Quando a crise de
creatividade chega a hollywood e comum adaptar-se historias reais,
normalmente historias marcantes cuja liçao sirva de exemplo para
quem ve o filme. Uma das adaptaçoes de historia real deste ano foi
este Captive que estreou muito silenciosamente provavelmente pelo
facto de não ter obtido grande recepçao critica, muito pelo
contrário e que comercialmente pese embora tenha tido estreia wide
os resultados foram muito limitados.
Sobre o filme podemos
desde já dizer que é uma das historias menos interessantes que foi
adaptada ao cinema, ou porque a adaptaçao é mal feita, ou porque a
historia e extremamente ambigua nunca dando total certeza do que
realmente é o objetivo da mesma. Ou seja temos um filme de um
sequestro de um fugitivo mas que rapidamente se torna numa relaçao
de descoberta entre uma toxicodependente e um psicopata que o filme
nunca consegue caracterizar. Alias acreditando na realidade do que
nos e dito, a historia em si, é do mais incongruente que há
memoria, alguem que arrisca a vida para não consumir a droga que
consumiu momentos antes porque decide nesse momento ter um ataque
moral. E um psicopata que mais parece um bom amigo que passa por
casa.
Resultado um dos filmes
mais cinzentos, menos objetivos que tenho memoria de ver, um daqueles
filmes em que tudo corre mal, quando a historia basica o suficiente
para um filme fácil mas todas as escolhas acabam por não chegar a
lado nenhum num completo vazio que é o filme.
Do lado positivo fica a
homenagem ás vitimas de um psicopata que apenas no fim descobrimos
que é quando assim o retrata no filme temos alguem que nunca
compreendemos, ora mau, ora sensivel, ora alguem sem pena de ninguem,
ora um bom amigo compreensivo, ou seja nestes detalhes o filme falha
em toda a escala.
A historia fala de um
prisioneiro que foge da cadeia matando quatro pessoas. Durante a fuga
esconde-se e faz refem uma jovem mãe, com problemas de
toxicodependencia com quem partilha a noite.
O argumento e muito,
muito fraco, desde logo na construçao das personagens no final
pensamos que a historia real e a forma como e sintetizada e concluida
nada tem a ver com aquilo que nos apresentaram e pior que isso todos
os dialogos sao do mais cliche que podia ser. Tratando-se de uma
historia real parece obvio que isso é defeito do argumento.
Na realizaçao um
expriente e desconhecido realizador que tem aqui a sua obra mais
visivel mas que tem um trabalho discreto, talvez não seja no seu
lado que o filme cai para niveis negativos, mas com uma realizaçao
tão básica também não serve de adorno ao filme em si.
No cast uma das piores
escolhas que me recordo Oyelowo nunca consegue dar imagem de perigoso
muito menos de psicopata, parece todo filme um incompreendido, um
injustiçado, sei que tudo isto é potenciado por uma pessima
caracterizaçao e contextualizaçao da personagem mas o actor não
consegue dar a volta por cima o que é mau para alguem que no ano
passado quase obtinha a nomeaçao para o Oscar. Tambem Mara não
convence no lado junkie que nunca consegue transmitir.
O melhor – A
homenagem a vitimas reais
O pior – A
incapacidade de conseguir contextualizar qualquer ponto do filme de
uma forma correta
Avaliação - D
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