Friday, January 08, 2016

Captive

Quando a crise de creatividade chega a hollywood e comum adaptar-se historias reais, normalmente historias marcantes cuja liçao sirva de exemplo para quem ve o filme. Uma das adaptaçoes de historia real deste ano foi este Captive que estreou muito silenciosamente provavelmente pelo facto de não ter obtido grande recepçao critica, muito pelo contrário e que comercialmente pese embora tenha tido estreia wide os resultados foram muito limitados.
Sobre o filme podemos desde já dizer que é uma das historias menos interessantes que foi adaptada ao cinema, ou porque a adaptaçao é mal feita, ou porque a historia e extremamente ambigua nunca dando total certeza do que realmente é o objetivo da mesma. Ou seja temos um filme de um sequestro de um fugitivo mas que rapidamente se torna numa relaçao de descoberta entre uma toxicodependente e um psicopata que o filme nunca consegue caracterizar. Alias acreditando na realidade do que nos e dito, a historia em si, é do mais incongruente que há memoria, alguem que arrisca a vida para não consumir a droga que consumiu momentos antes porque decide nesse momento ter um ataque moral. E um psicopata que mais parece um bom amigo que passa por casa.
Resultado um dos filmes mais cinzentos, menos objetivos que tenho memoria de ver, um daqueles filmes em que tudo corre mal, quando a historia basica o suficiente para um filme fácil mas todas as escolhas acabam por não chegar a lado nenhum num completo vazio que é o filme.
Do lado positivo fica a homenagem ás vitimas de um psicopata que apenas no fim descobrimos que é quando assim o retrata no filme temos alguem que nunca compreendemos, ora mau, ora sensivel, ora alguem sem pena de ninguem, ora um bom amigo compreensivo, ou seja nestes detalhes o filme falha em toda a escala.
A historia fala de um prisioneiro que foge da cadeia matando quatro pessoas. Durante a fuga esconde-se e faz refem uma jovem mãe, com problemas de toxicodependencia com quem partilha a noite.
O argumento e muito, muito fraco, desde logo na construçao das personagens no final pensamos que a historia real e a forma como e sintetizada e concluida nada tem a ver com aquilo que nos apresentaram e pior que isso todos os dialogos sao do mais cliche que podia ser. Tratando-se de uma historia real parece obvio que isso é defeito do argumento.
Na realizaçao um expriente e desconhecido realizador que tem aqui a sua obra mais visivel mas que tem um trabalho discreto, talvez não seja no seu lado que o filme cai para niveis negativos, mas com uma realizaçao tão básica também não serve de adorno ao filme em si.
No cast uma das piores escolhas que me recordo Oyelowo nunca consegue dar imagem de perigoso muito menos de psicopata, parece todo filme um incompreendido, um injustiçado, sei que tudo isto é potenciado por uma pessima caracterizaçao e contextualizaçao da personagem mas o actor não consegue dar a volta por cima o que é mau para alguem que no ano passado quase obtinha a nomeaçao para o Oscar. Tambem Mara não convence no lado junkie que nunca consegue transmitir.

O melhor – A homenagem a vitimas reais

O pior – A incapacidade de conseguir contextualizar qualquer ponto do filme de uma forma correta


Avaliação - D

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