Thursday, December 31, 2015

Star Wars: The Force Awakens

O desafia do ano cinematografico de 2015 esteve a cargo de JJ Abrams, depois de revitalizar franchisings como Missão Impossivel e principalmente Star Trek o experiente realizador ficou com a tarefa titanica de reinventar a maior saga do cinema, ou seja Star Wars. O objetivo passava por dar uma nova dinamica da saga, agora a cargo da Disney mas tambem homenagear o passado principalmente o mais longinquo. Numa primeira analise e mesmo com alguns fas insatisfeitos o filme cumpriu por completo os seus objetivos por completo, desde logo comercialmente onde tudo parece bem encaminhado para se tornar o filme mais rentavel da historia mas tambem criticamente com avaliaçoes essencialmente positivas que colocam a saga de novo no bom caminho depois dos tres ultimos filmes terem estado longe de qualquer tipo de consenço.
Mas o que nos trás este novo episodio, pois bem desde logo podemos dizer que é um filme bastante fiel a primeira saga, não so no espirito das personagens, com alguns repetentes a aparecerem mas mesmo na forma como as novas são montadas, e principalmente na linhagem narrativa seguida, uma estrutura simples, de facil compreensao com o objetivo não so de continuar a ser fiel aos seus fas mas quem sabe ganhar mais alguns entre os mais novos que pela primeira vez entram em contacto com a serie, a colocar como foco central novos personagens com origens digamos conhecidas.
Mas e tambem na fidelidade que reside o principal problema do filme ou seja ao repetir uma estrutura muito semelhante ao Episodio IV o primeiro lançado, o filme parece-me demasiado grande para ser tao repetitivo e ter tão poucos elementos importantes, com exclusao de uma unica opçao parece um filme receoso pensado de forma facil para nada estragar quando assim é agradamos todos mas temos dificuldades em vincar uma ideia e aqui parece residir o filme, que tem a preocupaçao demasiado grande com os fas, na forma como entrega algumas das revelações do filme desde inicio perdendo alguma força na forma como isso poderia resultar na fase final.
Mas mesmo assim parece estarmos perante um filme interessante que pode dar inicio a uma nova vitalidade da serie Abrams conseguiu tornar o filme engraçado, em dose inferior a alguns dos outros, ter ritmo de acçao essencial para todo o filme, o espirito e a forma como define a força tem o carisma de outros tempos e as novas personagens sao proximas do publico de cada um dos lados, por isso acho que temos um bom pontape de saida para o novo star wars.
O filme debruça diversos anos depois de Regresso de Jedi, Leia e Han Solo estao separados, Luke desapareceu, uma nova força levanta-se para controlar a galaxia e a ação esta em duas novas personagens uma orfã que negoceia sucata para sobreviver e um ex tropa imperial que arrependido tenta mudar de lado.
O argumento é eficaz, mas que excelente de que uma obra de creatividade e um filme que sabe dar alguns aspetos novos como homenagear tudo que tinha para fazer nos antigos, percebe-se num primeiro filme embora pareça que o filme tera de ser mais independente nos proximos caso contrario sera apenas uma homenagem ao que foi feito.
Em termos de realizaçao sempre pensei que iriamos ter uma inovaçao tecnica superior, não, o filme acaba por ser um filme que utiliza meios normais, numa produçao tambem ela dentro dos limites esta opçao pode ser para não cortar com os primeiros filmes, o que é aceitavel, mesmo assim em trabalho de realizaçao já vi Abrams com mais talento para reinventar.
No cast as aspostas em desconhecidos para papeis principais e claramente de risco mas funciona, ambos não sendo actores de primeira linha funcionam, tem carisma algo que o filme lhes oferece e poderao ter aqui um sucesso sem precedentes, algo que so e possivel num filme como este. Sobre os antigos Ford continua em boa forma ao contrario de Fisher longe de outros tempos. A escolha de Driver e Gleeson como viloes fica em Stand BY principalmente o primeiro parece ainda lançar algumas duvidas sobre o alcance da sua interpretaçao

O melhor – O espirito Star Wars presente em todo o filme.

O pior – Vinte anos depois deveria ter mais dados novos e uma assinatura mais inovadora



Avaliação - B-

Wednesday, December 30, 2015

Brooklyn

Desde o lançamento das primeiras listas de candidatos aos premios que este pequeno filme exibido em Sundance figurou nos candidatos, com o tempo e com o aparecimentos dos filmes de grande estudio foi ficando para tras nas preferencias de tal forma que apenas nas categorias decorativas e Soarise Ronan neste momento parecem ter algumas chances de nomeaçao, de um filme que conquistou a critica e que pela sua dimensao podemos dizer que tambem obteve bons resultados em termos comerciais.
Não existe nos ultimos anos grandes historias de amor a serem louvadas pela critica, pois bem Brooklyn preenche esse espaço assumindo-se marcadamente como um filme de amor, sendo esse o espirito que reside desde o inicio ao fim do filme. Mas nao e um filme que se centra apenas num tipo apostando no peso do amor tradicional mas tambem no amor de familia e mesmo pela patria, sendo o filme a forma como uma personagem consegue conciliar e fazer opçoes baseada no amor.
Assim temos um filme com diversos trunfos desde logo a sensibilidade com que todas as cenas sao realizadas com a preocupaçao por detalhes como cor, paisagem. Por outro lado em termos de balanço emocional e um filme naturalmente bonito com as persoangens principalmente as principais a darem o melhor lado do ser humano, num filme positivo, bem realizado e emotivo, que mesmo em detalher como a morte consegue dar sempre o lado com o melhor impacto.
Por estes motivos temos um filme marcante do presente ano, que em termos de base do argumento nao e mais do que uma simples historia de amor, mas que consegue com diversos adereços de primeira linha se tornar num optimo filme, emotivo, forte, e bem realizado e tudo para ser um dos filmes de destaque deste ano, talvez demasiado simples para grandes voos, mas com competencia em cada segmento de si proprio.
A historia fala de uma emigrante irlandesa que vai em busca de sucesso para os EUA deixando todos os seus amigos e familiares na terra natal, chegada ao EUA acaba por iniciar uma relaçao com um emigrante italiano contudo o regresso a terra natal vai colocar um conflito onde tera sempre pontos a perder.
O argumento nao podemos dizer que na sua linha narrativa central e algo de completamente diferente, muito pelo contrario e uma historia de amor igual a todas as outras a força do filme e na forma como potencia tudo, desde logo as personagens, os dialogos soltos, intuitivos e intensos, acabam por dar ao filme a força que de outra forma nao teria.
A realizaçao de John Crowley e uma das surpresas do ano a forma como balança a cor da protagonista com tudo o resto a forma como filma a dinamica relacional com um profundo conhecimento estetico e de artista, principalmente num realizador cujo primeiro filme de maiores dimensoes acabou por ser um floop este marca o nascimento de mais um realizador cujo trajeto tem de estar em linha de mira.
No cast todos os louros vai para Soarise Ronan com a nomeaçao aparentemente garantida e uma das mais fortes candidatas tem um registo forte, intenso, com toda a sensibilidade e emoçao que o filme precisa sem nunca perder o lado ingenuo que acaba por ser a componente mais forte do papel. Mesmo com estes atributos parece ser demasiado ambicioso a vitoria nos premios principais, mas com um ano menos forte podera atingir este patamar.

O melhor - A forma como o filme consegue ser bonito narrativamente e esteticamente

O pior - A historia de base ser uma simples historia de amor no tempo

Avaliação - B

The Perfect Guy

O cinema com base no espirito afro americano tem-se tornado nos ultimos anos algo muito comum com filmes a se debruçarem exclusivamente nesta cultura. Este ano surgiu ja com grande expansao um novo filme sobre a forma de thriller. os resultados deste tipo de filmes que tem como o seu elemento mais vincado Tyler Perry nunca conseguiram entusiasmar a critica que mais uma vez recebeu de forma negativa este filme, comercialmente as coisas tem corrido melhor nao so pela mais expansao em cinemas mas acima de tudo pela forma simplista dos seus argumentos.
Sobre o filme em nenhum titulo deste genero conseguimos observar filmes com grande profundidade narrativa, normalmente temos argumentos recorrentes, numa narrativa simples que reside em resultados que outros filmes semelhantes ja conseguiram. Pois bem aqui temos o mesmo, o tipico filme da obsessao, de alguem que cria uma optima imagem que aos poucos vai caindo e um climax de sobrevivencia. Tudo o que vimos neste filme ja vimos noutros com um melhor contexto e acima de tudo com melhores executantes.
Mas e interessante esta formula de colocar o enfase nas altas sociedades na falta de uma criaçao de empatia das personagens como se a ideia fosse dar o filme de uma forma rapida sem querer nunca explorar qualquer relaçao mas acima de tudo querer a parte de suspense de um thriller de qualidade mais que duvidosa.
Resulta assim um filme facil, que nos detalhes que poderia diferenciar o seu resultado acaba por falhar por exagerar em sequencias curtas sem profundidade por nao trabalhar qualquer uma das arestas do triangulo com o objectivo de tornar tudo rapidamente num filme de vida ou de morte. que conduz a que o resultado esteja bem perto da mediocridade.
A historia fala de uma mulher que depois de terminar uma relaçao pelo facto dela nao evoluir envolvesse com um desconhecido que inicialmente da a ideia de ser o homem perfeito mas que com o tempo começa a exibir comportamentos agressivos que tornam a relação numa obsessão completa.
Em termos de argumento ja observamos este filme em outros contextos com outra roupagem e na maioria das vezes com mais conteudos e mais promenor, aqui temos um argumento pobre mal trabalhado com sequencias demasiado curtas e que nunca explora o essencial para o filme ou seja as relaçoes que estao no epicentro da acçao
Na realizaçao David Rosenthal um realizador que aos poucos vai formando uma carreira no lado independente que aqui tem o primeiro grande filme de exposiçao publica e que o resultado e claramente frustrante cenas curtas realizadas de uma forma demasiado basica e que resulta numa decepçao de um realizador que talvez necessite de mais treino com filmes independentes.
No que diz respeito ao cast a escolha por interpretes de segunda linha acaba por ser o basico para um filme que nao exige mais, o mais conhecido dos interpretes Ealy acaba por dar uma pessima interpretaçao de um psicopata de um actor que ja pareceu mais talhado para altos rumos.

O melhor - Colocar os afro americanos numa posiçao vantajosa da sociedade.

O pior - A repetiçao de um argumento ja utilizado e que ja viveu melhores dias.


Avaliação - D+

Tuesday, December 29, 2015

Carol

Todd Haynes e um dos realizadores mais amados da critica especializada e principalmente pelos mais tradicionalistas, este ano e depois de uma excelente recepçao no festival de Cannes trouxe-nos este filme que rapidamente se tornou num dos filmes mais apreciados pela critica conseguindo estar forte na temporada dos premios e garantir desde já a mais que provavel nomeaçao ao oscar de melhor filme. Comercialmente Haynes não tem grandes objectivos dai que não surpreenda os parcos resultados comerciais do filme.
Pois bem é assim Carol uma obra prima tão sublime que tenha deixado toda a critica entregue ao filme, pois bem na minha opiniao a resposta e claramente não. Temos um filme com alguns trunfos bem definidos, desde logo toda a criaçao do espaço a sensibilidade como todas as cenas sao criadas, e principalmente a banda sonora que pauta todas as cenas do filme. Depois temos um filme tambem com muitos defeitos, o silencio nem sempre e amigo da quimica e principalmente quando se quer fazer uma relaçao tao forte e necessario palavras pontos de contacto algo que o filme nunca da, tornando sempre a relaçao muito mais carnal do que realmente amor.
Dai que e dificil considerar este um filme de amor, é mais um filme politico sobre a homossexualidade e o peso que isso tem em algumas questoes familiares, no tabu na sociedade antiga e uma afirmaçao de que a homossexualidade sempre existiu. Parece-nos claramente um filme com muito mais politica do que propriamente a historia poetica de amor que muitos exclamam que ele e.
Sendo um filme com algumas qualidades e na minha opiniao um filme longe de ser uma obra prima e um filme com bons momentos mas mesmo em termos de homossexualidade esta longe do que Ang Lee fez com o seu Brockback Mountain, e um filme bonito, bem realizado, bem contextualizado e bem produzido mas o resultado esta longe de ser um espando.
O filme fala de uma jovem funcionaria de uma loja que começa a sentir um fascinio por uma cliente mais velha com quem embarca numa aventura que vai definir toda a necessidade uma da outra, mesmo que as barreiras familiares e sociais não aceitem esta liberdade.
Em termos de argumento na minha opiniao estamos longe de estar perante um optimo argumento, poucas falas, uma historia simples, não muito creatividade faz do argumento algo simples de um cinema tradicional mas que não e aqui que o filme tem os seus trunfos.
Mais facil e gostar da realizaçao tradicionalista e detalhada de Haynes, não sendo um fa do realizador por tornar tudo demasiado subtil, parece-me obvio que a sua construçao temporal e interessante e perceber que o som poderia ser o seu maior auxilio em tornar a relaçao muito mais imponente foi o seu segredo.
No proximo mês dificilmente não veremos Blanchet e Mara nos nomeados aos Oscares provavelmente em categorias diferentes mas as nomeaçoes estao seguradas, as prestações mesmo sendo de bom nivel penso não estarem no topo da carreira de ambas que com facilidade conseguem cumprir com elevado nivel o que e exigido não fossem elas duas actrizes de primeiro plano, tambem no cast me parece que as interpretaçoes estao sobrevalorizadas.

O melhor – A realizaçao e a banda sonora.

O pior – A loucura critica por uma obra com muitos tiques de normalidade.


Avaliação - B-

Monday, December 28, 2015

Sleeping With Other People

As comedias romanticas tem sido um genero em abandono sejam elas tradicionalistas baseadas num amor idilico quer abordagens mais actuais e sexualizadas como este pequeno filme, que teve pouco ou nenhum fogo de artificio, que pese embora tenha conquistado a critica com avaliaçoes essencialmente positivas os resultados comerciais foram muito basicos para uma comedia não tendo atingido sequer o milhao de dolares.
Sobre o filme, podemos dizer que e dos poucos filmes que consegue encaixar no prototipo de comedia romantica da actualidade já que tem um lado mais fisico e por outro lado não esquece a base da necessidade do amor. Contudo pese embora seja um filme com quimica entre as personagens muito por culpa de uma boa construção da personagem feminina parece tambem um filme que se esforça em demasia no lado humoristico e de piada do filme para o resultado que obtem, sendo sempre um filme mais funcional do lado sentimental do que propriamente do lado humoristico ou mesmo sexualizado.
O filme começa com demasiado ritmo que vai perdendo para dar lugar ao lado mais emotivo, facilmente gostamos do casal protagonista e da forma como funcionam em conjunto e isso e o segredo de qualquer filme romantico para o mesmo resultar. Tem momentos em que o filme se tenta disfarçar ou de uma comedia actual simples, muito por culpa daquilo que Sudekis representa de momento como actor como acaba por ter optimos dialogos entre os protagonistas com uma profundidade que o filme por vezes parece não saber ter.
Enfim uma comedia em meio termo, bem mais complexa do que a maioria das comedias de estudio que todos os anos alimentam carreiras de actores como por exemplo Sudekis, mas tambem acaba por se esforçar demasiado para entrar neste registo deixando de lado uma vertente mais emocional e um climax mais intenso entre os personagens. Amadurece a relaçao para a tornar absurda na concretizaçao.
A historia fala de dois ex colegas de universidade que perderam a virgindade juntos que começam uma amizade com base nos falhanços sucessidos das suas relaçoes e nas abordagens diferentes que cada um tem das mesmas.
O argumento não e brilhante o jogo dos amigos que se apaixonam já foi muitas vezes utilizado, a forma como consegue conduzir a tensao sexual ao amor em si já e menos comum, pena e que o filme prepare quase tudo bem para concluir de uma forma de comedia de segunda divisao.
Na realizaçao uma habitue no genero que aqui tem a tarefa simplificada um registo simples sobrio sem grandes artimanhas num filme cujo valor e defeitos se encontram totalmente no argumento.
No cast Sudekis e um tipico actor mediocre de comedia e aqui não e mais que isso ou seja um actor que vive de algumas expressoes faciais e pouco mais, dai que o grande valor no filme vai para a excelente construçao de Alison Brie talvez com um dos melhores papeis comicos do ano, as emoçoes do filme sao do seu personagem que funciona com valor comico, valor emocional, e acima de tudo pela suavidade com que tudo e feito, uma das surpresas do filme.

O melhor – Alison Brie


O pior - O disparatado climax



Avaliação - C+

Sunday, December 27, 2015

A Walk in the Woods

Adaptações literarias foi sempre uma forma de Hollywood alimentar a sua industria cinematografica com adaptaçao de livros que se tornaram sucessos. Este era um filme há muito premitido e um sonho de Redford protagonizar com Paul Newman que nunca chegou a ter lugar. Este ano com um outro companheiro, concretamente Nick Nolte o filme viu a luz do dia com resultados modestos, desde logo criticamente onde as avaliaçoes medianas não deram grande impacto ao filme, mas tambem em termos comerciais onde pese embora a boa divulgação os resultados foram também eles modestos.
Sobre o filme, fazer uma comedia na terceira idade não e normalmente um objecto interessante principalmente quando reune dois actores nadas habituados a comedia. Mas o engraçado e que no lado cinzento de ambos existe uma quimica comica interessante porque dentro da rudeza se ambos existe uma espontaneadade que funciona bem em conjunto e que da ao filme uma quimica interessante que torna engraçado dialogos sem grande profundidade ou mesmo sem qualquer tipo de sublinhado.
E certo que não e um filme complexo ou com grande profundidade narrativa, torna-se mesmo em alguns momentos um filme demasiado pateta para os seus interpretes, principalmente quando opta por um humor fisico desactualizado. Mas na maior parte das vezes e um filme mais curioso do que outra coisa, um filme sobre amizade, um filme sobre retrospetiva da vida quando se esta perto do seu fim, e nisso o filme e interessante, não buscando a lagrima facil e um filme racional por uma vida feita de paixoes.
Assim sem grande ritmo temos uma comedia sobre um tema pouco comum, que pese embora seja emocionalmente pesado e tratado com leveza, não e um daqueles filmes que registamos com grande impacto, mas e um filme bem disposto sobre como acabar bem uma vida de luta, uma mensagem de esperança sobre continuar a viver e nisso o filme tem os seus louros.
A historia fala de dois amigos que se juntam no fim da idade para fazer uma caminhada que ira colocar em causa a resistencia de ambos mas que mais não e do que uma forma de ainda se sentirem vivos na ultima fase da sua vida.
O argumento tem bem mais sumo do que fruta, já que o disfarce de comedia simples, pode não dar de imediato a imagem de um filme forte e de uma mensagem claro que o filme acaba por ser, e obvio que poderia e deveria ter dialogos mais originais, poderia ter um humor mais actual, mas isso não inibe de grande parte dos objectos serem cumpridos.
O filme não tinha um excelente realizador, Kwapis foi sempre conhecido por comedias e series de televisao de comedia de sucesso moderado, aqui da primazia ao impacto paisagistico do filme sem grandes truques ou cuidados, num filme simples rodado em tom de comedia.
No cast e interessante ver Redford e Nolte, dois actores sempre intensos que fizeram grande parte da carreira no drama em comedia, principalmente o primeiro que ganhou um novo folego na sua carreira nos ultimos anos de forma a regressar bons papeis que durante muitos anos teve fora. Aqui tem um papel longe de ser brilhante mas diferente o mesmo para um Nolte mais gasto pela idade, e por isso com menos impactos nos ultimos anos.

O melhor – A forma suave de brindar a terceira idade com vida.

O pior – A escolha por vezes de um humor fisico inconsequente


Avaliação - C+

Creed

Existe uma saga na vida de Stallone que vai sempre ser aquela que lhe deu luz a uma carreira marcada por filme de baixa qualidade, essa saga nasceu da sua creatividade e chama-se Rocky, que lhe valeu oscar de melhor filme, e que passados 39 anos continua a ser o escape de uma carreira. Neste renascimento da saga com um novo protagonista, os resultados comerciais e criticos foram muito bons de uma saga que ficara certamente na historia como uma das mais miticas que o cinema já viu, e isso é a marca que Stallone deixara com o cinema.
Rocky e um filme simples que todos gostam, a historia do treino para superar os limites, o detalhe dos combates, a capacidade fisica dos seus interpretes. Pois bem Stallone aos setenta anos no ringue seria completamente absurdo, entrar pelo seu filho seria expectavel, pois bem nesta reinvenção da saga nada como pegar no filho do seu rival/amigo e torna-lo no heroi, Rocky sai do palco para encenador, o impacto emocional o mesmo, com o carisma amealhado nos filmes anteriores a ser bem aproveitado, desde os locais ate a banda sonora. Ou seja mais que uma recomeço parece estar clara a homenagem de um filme que consegue ter o impacto do primeiro filme.
Contudo e sendo obvio todas as virtudes acima descritas parece-nos que entretanto o cinema teve diversos filmes de box, alguns com mais sucessos de que outros, e neste ponto parece que Creed em termos narrativos não trás qualquer novidade, ou seja a forma, o desenvolvimento narrativo é o esperado, mesmo em termos de dialogos e relaçoes o filme e extremamente superficial aproveitando todo o campo conceitual que os filmes anteriores da saga amealharam, ou seja um filme que vale bem mais por estar envolvido num todo do que propriamente por si prorprio.
Mesmo assim um bom filme de entertenimento, um bom heredeiro de Rocky, mesmo que isoladamente já tenhamos visto filmes bem mais profundos e surpreendentes de luta, como por exemplo the Fighter, contudo concordamos que tudo e diferente com as escadas de Philadelphia e principalmente com a musica de fundo.
A historia fala do filho de Apollo Creed, que decide enverdar pela carreira de boxeur pedindo ajuda a Rocky como treinador de forma a tentar ter sucesso no mundo e fazer honra ao seu falecido pai que nunca conheceu.
Nenhum filme do Rocky foi conhecido por ser um poço de creatividade e originalidade ou seja sempre seguiu os pontos basicos de um filme de acçao desportiva, emotivo, e pouco racional, aqui temos mais do mesmo, o desenvolvimento da relaçao, os conflitos e o final é tudo By the book, dai estar longe de ser um argumento de referencia.
Na realização Stallone ficou de fora, para dar lugar a Ryan Coogler um jovem realizador que chamou a atençao do mundo com o excelente Fruitvale Station e que agora torna-se uma referencia com este filme, a realizaçao e actual, carismatica e potencia tudo que Rocky e o seu legado podiam potenciar, talvez o realizador Afro Americano mais promissor dos ultimos anos.
Em termos de cast existe dois pontos Jordan tem a disponibilidade fisica que o filme necessita embora nos pareça que a sua carreira já teve um destino melhor principalmente depois do que fez em Fruitvale Station tem repartido demasiado a sua carreira entre acção e comedia e isso pode-o tornar num actor de meio da tabela, aqui não tem espaço nem o filme necessita. Stallone tem um bom papel, principalmente porque preenche as suas limitaçoes obvias, com o pesar da idade, não tenta ser forte, e joga com as suas debilidades e isso faz deste papel, quase intuitivamente o papel da sua carreira, embora me pareça exagerado o ruido em torno do mesmo.

O melhor – O carisma natural da saga Rocky aproveitado ao maximo.

O pior – Um argumento fiel mas limitado ao basico


Avaliação - B-

Saturday, December 26, 2015

The Peanuts Movie

2015 ficou desde cedo marcado pelo lançamento do filme de animaçao que trazia de regresso Charlie Brown, Snoppy e todos os amigos, num lançamento de uma das maiores produtoras de animaçao concretamente a Blue Sky da Fox, apostada em tornar este filme um dos sucessos de Natal. O resultado do filme foi positivo em todos os vectores a generalidade da critica gostou da homenagem aos conceituados bonecos e comercialmente conseguiu resultados consistentes num período sempre dificil e longe do mediatismo que a banda desenhada já teve.
The Peanuts não tinha uma tarefa fácil para resultar por diversos motivos, desde logo porque era a passagem para animaçao 3d de desenhos animados quase pre historicos em termos de desenho e que sempre cresceram na banda desenhada tradicional, por outro lado este tradicionalismo e um aspeto vincado em todos os fãs e o facto do filme ter um humor muito proprio nem sempre actualizado que vem dos primordios da saga. Fazer tudo isto resultar num filme que tinha como imperativo os resultados, era muito dificil mas podemos dizer que todos os ingredientes esto lá num filme razoavel dentro do possivel.
E obvio que o sentido de humor fisico de Charlie Brown esta gasto e que e um filme que pensa muito mais nos adultos que cresceram com a serie do que propriamente a tentar angariar novos fãs, porque e claramente um filme com pouco risco no humor, demasiado tradicional, nem sempre com uma produçao de primeira linha, mas que faz uma optima ligaçao a algumas caracteristicas dos quadradinhos.
Do lado negativo o lado mais intlectualoide dos livros escritos por Snoopy que eram uma das presenças constantes no livros mas que deveria ter sido colocada de lado no filme, não dá qualquer tipo de acrescento ao filme, não tem graça, não tem dinamica mais parecendo um spot publicitario em que todos rezamos para chegar ao fim, percebo que o tradicionalismo fica mais vincado com esta presença mas o filme nada ganha com isto.
Sobre o filme temos Charlie Brown o miudo mais desastrado do mundo, que se ve apaixonado por uma nova colega de escola, a quem vai tentar fazer tudo para lhe fazer chamar a atençao com muitos precalços e com a ajuda sempre importante do seu cão.
Em termos de argumento temos uma boa conjugaçao da fidelidade aos comic com uma historia intensa que de a maior caracteristica de cada uma das personagens, parece e obvio que falta impacto na historia do Snoopy e do barao vermelho totalmente fora de contexto e que quebra o ritmo da trama central.
Em termos de produçao não temos um filme de primeiro nivel pese embora pense que isso e consciente para fazer funcionar o paralelismo com os desenhos animados e algum dos seus mais conhecidos vetores, dai que penso que este tradicionalismo funciona como cunho do filme.
No cast de vozes sem qualquer tipo de figura de referencia penso que o filme sai a ganhar com boas escolhas num filme que ate não exige neste segmento porque as personagens em si já estão num nivel de mediatismo sem paralelo.

O melhor – A forma como o filme consegue conjugar em termos esteticos o 3d com a tradicional banda desenhada.

O pior – Os intervalos com o Snoopy e o barão vermelho


Avaliação - C+

Thursday, December 24, 2015

The Lobster

Em 2015 existiu um filme que chamou a atençao do festival de Cannes por reunir um quase desconhecido realizador grego com um elenco recheado de pessoas com carreira em Hollywood, pese embora não tenha saido vencedor do certame o certo é que as suas boas avaliações acabaram por lhe dar o impulso critico necessário. Pese embora não tenha sido grande aposta em termos de premios, e ter observado a sua estreia ser adiada para Março do proximo ano onde se podera observar o pouco valor que o filme tem, e claro que criticamente o filme foi bem recebido.
Sempre me fascinou filmes que teorizam sobre modelos de sociedade futurista, e este e um dos filmes mais originais, mais completos sobre uma dessas sociedades e modelos reguladores. O filme consegue não so criar uma sociedade tão perto da nossa com regras tao bem definidas como ter um valor metaforico unico que o torna mais que um grande filme com um grande significado uma excelente obra metaforica com excelentes inspirações em outras obras.
O signficados de todas as leis do filme é incrivel, o filme debruça por diversos momentos, mas acima de tudo a tentativa de encontrarmos alguem a nos quando provavelmente vamos ter sempre sentimentos de atração pelo oposto, a definiçao de uma sociedade de regras onde todos tem que seguir, bem como o desfecho pre definido sao tratados de forma magistral do filme, que e dividido em dois segmentos inicialmente introduz as regras para depois as quebras, numa das mais naturais historias de amor do ano. Num filme que quer definir o que deve ser o amor a forma como tudo se quebra acaba por ser o lado mais interessante do filme.
Do lado negativo uma banda sonora irritante que segue o filme todo, sei que e uma forma muito europeia de fazer cinema e que já tinha estado presente em Youth mas penso que o filme tem uma forma de realizar muito tradicionalista, que cabe bem com o objecto do filme mas que acaba por tornar o filme algo excentrico e retirar-lhe das massas que um filme como este deveria ter.
A historia fala de um homem que depois de ficar sozinho tem de se deslocar por imposição para um hotel onde interage com outras pessoas solteiras, e na qual tem 45 dias para encontrar uma cara metade se não o fizer e transformado num animal, no caso dele uma lagosta.
O argumento e mais que criativo, mais que um filme totalmente rico em termos morais e mensagem uma obra literaria completa, a imaginação a ligaçao, a criação de um mundo tao diferente e tao igual ao nosso é inacreditavel, com personagens bem montadas naquele contexto permite mais que bons dialogos bons momentos, num dos melhores argumentos do ano.
E na realizaçao que eu encontro pessoalmente uma maior distancia dos meus gostos, tem bons momentos, estudados, creativos, com sentido estetico, mas por vezes principalmente na utilizaçao do som, exagera com instrumentais, quando noutros momentos parece que a musica poderia ter um outro valor e acaba por ser pano de muito fundo, mesmo assim não e um trabalho que baixe a qualidade do filme.
Em termos de interpretação Farrel tem talvez o papel mais diferente e conseguido dos ultimos anos da sua carreira, a sua presença a sua inquietação é algo que so esta ao alcance dos melhores, não e uma interpretação que chame a atençao mas e muito dificil com o silencio dar uma personagem tao complexa, que se torna mais facil na segunda fase com o lado sempre eficaz e feminino de Rachel Weisz.

O melhor – A originalidade do argumento

O pior – A banda sonora


Avaliação - B+

Wednesday, December 23, 2015

Extraction

Existem actores de uma nova vaga que fazem carreira em filmes de serie B, este filme junta dois destes actores, oriundos das arter marciais, desde logo Lutz e Carano, que já tiveram oportunidades noutro tipo de filmes mas assumem que é na acçao a sua praia. Este e mais um filme para explorar o potencial de action hero de ambos, num tipico filme de serie B que foi totalmente aniquilado pela critica e comercialmente não teve qualquer tipo de exposiçao estreando entre alguns dos coloços comerciais do ano.
Nunca se espera que um filme de acçao serie B seja denso, tenha uma narrativa complexa, mas tornar tudo isto num filme de hora e meia, com muitas personagens, com uma teoria da consipiração artilhada, e depois ainda querer ter tempo para sequencias de acção e claramente areia a mais para uma camioneta como a deste filme dai que nada resulte.
Desde logo a intriga ao querer dar twists, teorias da conspiraçao o filme não tem tempo nem personagens para a fazer parecer logica, tudo parece toques de magia, e sem sentido nenhum, e isso e um defeito que muitos filmes de serie A, tem mas que aqui torna tudo muito mais absurdo. Depois por outro lado ao apostar nesta vertente perdem o lado de acçao de intensidade, as sequencias de acçao sao do mais frouxo que existe, sem intensidade sem climax, e tudo isto num filme que tem os seus objectivos aqui centrados e facil perceber que não resulta.
Enfim um filme de serie B que quer ser mais, e acaba por nem cumprir os minimos do estilo que quer adoptar, quer fazer uma prato mais apetitoso com arroz e farinha e quando assim é sai uma presa facil para critica e principalmente um alvo facil para quem gosta de mau cinema que é o que este filme representa.
A historia fala de um funcionario do CIA sempre recusado como agente de campo, que começa a trabalhar por si, depois do seu pai, agende de campo do CIA ter sido raptado por uma organizaçao terrorista, aqui junto com outra agente com quem manteve uma relaçao de namoro tentam salvar o seu pai e mais que isso o mundo.
O argumento e do mais incosistente que me recordo em filmes de serie B, primeiro por não concretizar objectivos e depois por tentar ir mais longe do que aquilo que o filme alguma vez poderia ir, com tão curtas persoangens espelhados em dialogos monossilabicos.
Em termos de realizaçao ninguem estava a espera de arte e creatividade num filme como este, aqui temos uma serie de tiques de filmes de acçao usados de forma simples, não e um filme que queira ser complexo, mas não e pela realizaçao que as coisas falham.
Juntar Carano e Lutz num unico filme não se pode querer muita riqueza interpretativa já que as suas limitaçoes são mais que muitas, são como se diz na giria actores para andar à porrada e pedir algo mais que isso é um exercicio impossivel neste momento para ambos, sorte que o filme não peça mais. Pior é ver um Bruce Willis enterrado em filmes como este, que demonstra que nunca conseguiu sair de heroi de acçao para outros registos que poderiam tornar o final da sua carreira bem melhor.


O melhor – A curta duração

O pior – Querer dar complexidade a um filme que so podia ser preenchido com sequencias simples de acção


Avaliação - D-

Paranormal Activity : Ghost Dimension

Com a cadência de um filme por ano, nos ultima decada Paranormal Activity foi uma das sagas de maior sucesso no terror, depois do sucesso instantaneo do primeiro filme que conseguiu transformar 15000 dolares em milhoes, diversos filmes seguiram com o mesmo estilo, mas com um sucesso que foi sendo quase sempre reduzido de filme para filme. Este ano surgiu o ultimo anunciado filme, o primeiro em 3D. O resultado critico foi o pior de todos com avaliaçoes pessimas, algo que esta longe daquilo que obteve o primeiro filme, tambem comercialmente as coisas foram bem mais modestas mesmo assim com alguma consistencia tendo por base a pouca distribuiçao que este filme teve.
Se existe caracteristica ou defeito que ninguem pode apontar a qualquer filme da serie, e a capacidade de assustar, muito por culpa da forma do filme usualmente realizado com camaras, o certo e que o filme consegue assustar. Pena e que tenha caido no facilitismo de tornar tudo demasiado visivel e perder o seu grande ingrediente que e não sabermos a razão, agora tudo e visivel, e este filme por isso e claramente o pior da saga.
Tambem em termos de ligaçao este filme vai buscar pouco aos anteriores, temos Tobby, temos as irmas, mas a sua ligaçao quase nada fundamental para a conjugação e explicação dos filmes anteriores para alem de sabermos que estas estão possuidas algo que já nos foi dito em muitos dos filmes anteriores. Dai que o filme seja mais do mesmo, com uma presença mais fisica do lado negro que acaba por ser negativa para o impacto e originalidade do filme, mas que na essencia a forma de filmar e a mesma.
Podemos assim dizer que foi uma saga do mais ao menos, de filme para filme foi sendo explicada de uma forma pouco creativa a razao de tudo o que vemos, vai alterando pequenos pontos que nada mudavam a estrategia do filme sempre realizada da mesma forma, mas que acabou por tornar um objecto estranho e aperciado em mais um filme basico de terror com uma premissa igual a todos os outros.
O filme fala de uma familia que depois de ir viver para uma casa onde descobre uma camara e umas casseter percebe da presença de algo estranho na mesma que da voz pela criança da casa.
O argumento na sua base e repetitivo não temos qualquer ingrediente novo ou fundamental para a saga, temos os truques do costume, poucos dialogos e uma forma muito igual as outras e quando a repetiçao se torna a forma de fazer cinema usualmente não resulta.
Na realizaçao temos mais meios, o fazer de uma saga conhecida pelos curtos valores, um filme 3D parece-me obviamente um atentado a base da saga, dai que para alem de achar que nada acrescenta ao sucesso do filme e um desrespeito pelas origens pelo que so posso avaliar esta escolha como negativa.
No cast e obvio que esta saga nunca escolheu actores de primeira linha nem nunca precisou, basicamente pese medo e gritos e nisso qualquer actore de media divisao consegue dar.

O melhor – Conseguir meter medo

O pior – Claramente o 3D numa saga que chamou a atençao por fazer muito com pouco


Avaliação - D+

Tuesday, December 22, 2015

The Good Dinossaur

Todos os anos a Disney, tem dois momentos para lançar os seus filmes de animaçao, um primeiro no verão, normalmente apostas mais fortes e um no inverno apostado em rentabilizar o mercado de Natal e por vezes ter mais uma opçao para os Oscares. Nas primeiras listas deste ano, este era o filme marcadamente vencedor da critica, o que acabou por não acontecer, pese embora tenha sido bem recebido na generalidade foi completamente ofuscado por um tremendo sucesso critico de Inside Out, e comercialmente tambem ficou algo longe dos maiores sucessos da produtora.
Sobre o filme, normalmente a Disney consegue com alguma facilidade dar filmes com significado mas tambem ligeiros, engraçados e curiosos, pois bem este e um filme que apenas cumpre no primeiro ponto, e um filme emotivo, com um significado natalicio de familia e por aqui se esgotam os tipicos valores da Disney. Desde logo porque o filme quase nunca e engraçado e quando o tenta ser, é depois do filme estar adormecido, e em termos de ritmo muitas vezes é pausado, num filme muito solto e despegado entre cada segmento, como se realmente um road movie se tratasse, mas um filme infantil tem de ter outra intensidade.
Do lado positivo a cada vez maior produçao e realismo das imagens de animaçao da Disney, numa das componentes mais dificeis de dar realismo, como a agua e efeito molhado este filme é riquissimo no detalhe das imagens, o que talvez falta na construçao e definiçao das personagens principais todas elas demasiado esteriotipadas em toda a sua essencia.
Enfim um filme claramente sem o impacto de outros da Disney, mais emocional do que racional, mas simples do que profundo, um filme Disney para rentabilizar algum dinheiro numa epoca em que talvez a disney já tivesse apostado as fichas em Star Wars, não apostando toda a creatividade num filme que de Disney so tem mesmo a mensagem e a emoçao.
O filme fala de um dinossauro, com pouca capacidade fisica mas com bom coraçao, que depois da morte do pai, vê-se longe de casa numa jornada em que a sua sobrevivencia vai ser posta em prova sucessivamente apenas com a ajuda dum estranho e selvagem humano.
O argumento tem uma base já utilizada, não podemos dizer que e original a base do filme, na concretizaçao falta alguma espontaneadade algum humor, parece sempre um filme com uma toada emocional negativa, e que no fim consegue ter o impacto emocional desejado, alias o unico grande objectivo concluido.
Em termos de produçao temos aqui todas as ficas da Disney, um grau de promenor principalmente no contexto de um filme de primeira linha sem comparaçao, e elevar a fascia para os seguintes e evoluçao, e aquilo que a disney sempre nos habituou.
EM termos de casting de vozes uma vez que o filme foi visto em Portugues a mesma não sera avaliada.

O melhor – O nivel produtivo

O pior – Falta o lado descontraido de transmitir uma mensagem que a Disney nos habituou


Avaliação - C

Monday, December 21, 2015

Don Verdean

Há uns anos atrás Jared Hess apareceu com uma das comedias mais surpreendentes dos ultimos anos com poucos meios e com a satira aos nerds. Pois bem depois do sucesso e sempre mantendo o mesmo estilo nunca mais conseguiu este tipo de resultados, colecionando decepções criticas e comerciais como este Don Verdean, que foi um desastre critico e comercialmente não conseguiu sequer a expansao nacional nos EUA.
A comedia e um genero perigoso, principalmente quando não levamos a serio aquilo que queremos fazer, esse e o grande mal do filme assim como outros do realizador o facto de não inovar de cair da piada facil, e mais que isso gostar de se auto satirizar, ou seja o filme ser feito para ser mau, mesmo que tenha bons actores e uma boa premissa, e é nessa incapacidade do filme se levar a serio que o filme acaba por não funcionar e se tornar num estranho mundo.
Mesmo assim tem alguns momentos interessantes que nunca são aproveitados o facto da construção e planeamento das proprias descobertas era um caminho que o filme poderia aproveitar para ser engraçado curioso e dar oportunidade de crescimento das personagens. Assim temos uma boa ideia que tem pouco ou nenhum espaço de antena, que dá prevalencia a relaçoes entre personagens que nunca são concretas. Mesmo o twist final acaba por ser frouxo porque o filme não consegue manter o ritmo até então, muito por culpa de querer explorar a sua excentricidade.
Enfim uma comedia que do ponto de vista comica não funciona em plenitude, contrastando momentos de alguma originalidade humoristica com diversas sequencias de humor forçado que não resultam, em termos de filme nunca se leva a serio e com um pouco mais de preocupaçao poderia ser um filme com um resultado completamente diferente em termos de eficacia.
O filme fala de um arquiologo religioso que depois de um ano de insucessos começa a tentar construir ele proprio as suas descobertas, enquanto forma uma equipa que vai exigir mais, e o conduz para um caminho sem retorno.
O argumento vale muito mais pela ideia, pelas bases do que pela sua concretização, quer em termos de curiosidade quer mesmo em termos humoristicos, não sendo um argumento rico em personagens, as situaçoes d-ao-lhe alguma da vida que o filme tem.
Hess nunca foi um realizador habituado a grandes meios muito pelo contrario o seu amadorismo ao longo do tempo acabou por ser a sua imagem de marca, aqui mantém, o filme quase sempre é realizado em low cost, e as sequencias e guarda roupas tem o mau gosto tipico de um realizador que nunca se quer levar a serio.
Mas o grande desaproveitamente do filme esta no cast, um filme que junta Rockwell, Forte e Ryan teria de ser obviamente uma boa comedia ou um bom drama o talento esta lá em todos os seus protagonistas, pena e que o filme esteja mais preocupado nas excentricidades do que por as optimas peças no seu lugar.

O melhor – A criaçao das descobertas

O pior – Nunca querer se levar a serio


Avaliação - C

Sunday, December 20, 2015

Miss You Already

Catherine Hedrwick desde o momento em que tomou conta com sucesso da adaptação de Twilight ao cinema ganhou um outro protagonismo, num cinema que tem a emoçao como sua assinatura. Este ano e novamente num projecto independente veio este drama no feminino, mais vocacionado para a critica do que para o valor comercial, o filme acabou por não resultar em nenhuma destas componentes, desde logo comercialmente, onde a pouca expansao do filme diminui as suas chances de resultado, mas também criticamente onde o resultado foi tambem ele curto e não permitindo qualquer ambiçao do filme em termos de premios.
Sobre o filme, desde logo estas historias e que usualmente retratam os ultimos dias de uma doente oncologica ou a sua batalha contra a doença, sao normalmente filmes pesados, emotivamente intensos e que deixam sempre uma assinatura clara perante o espetador, pelo que nesta orientaçao o filme resulta, é pesado mesmo tentando fazer o balanço com um inicio ligeiro, ou com o lado positivo e louco da personagem reagir à doença, mas no final é aquilo que podia ser e isso acaba por dar ao filme essa mesma roupagem.
Mas por outro lado o filme quase não tem elementos diferenciadores que lhe deem qualquer tipo de diferença relativamente a outros filmes sobre a mesma tematica, quer em termos estruturais quer mesmo em termos de conteudos, e daqueles filmes que parece sempre demasiado preso a emotividade, pese embora a consiga no seu balanço conduzir sempre para os seus objectivos.
Assim, não sendo uma obra de arte creativa, e mais um filme emotivo, sobre a forma como se chega ao fim com uma doença a forma como se reage ou não e essa noticia cada vez mais comum, e um filme lamechas, mas sabe que o é, e jogo nesse facto como sendo o seu proprio objectivo dai que se possa dizer que resulta.
A historia fala de duas amigas inseparaveis em momentos diferentes da vida, uma acaba de engravidar depois de diversas tentativas enquanto a outra acaba por ter conhecimento que sofre de cancro da mama, em momentos de felicidade diferentes a relaçao é posta a prova com tamanhas adversidades.
O argumento e simples em tudo no seguimento narrativo obvio sem grandes explosoes, nas personagens que servem o interesse emocional do filme, mas acima de tudo nos dialogos sempre muito vaticinado para o sentimentalismo simples. Nao sendo uma obra, e um filme eficaz.
Hardwicke e uma realizadora experiente, pese embora os seus filmes não sejam obras tecnicas de referencia, sabe realizar bem expressoes emocionais dos personagens e aqui tem o melhor que o filme pede, sem arte, sem poesia, simples e cru.
No cast duas actrizes com exigencias diferentes e que resulta diferentemente em cada uma delas, o filme tem um brilho, a interpretaçao de Tony Colette é claramente uma das melhores do ano, de uma actriz que ao longo do ano tem sido cada vez mais eficiente na sua forma de actuar. Muitas outras actrizes foram reconhecidas pelo menos com nomeaçoes com papeis e filmes piores. Drew Barrymore tem um papel em toda a linha mais simples, mas que dá todo o relevo a quem tem de dar.

O melhor – Collette.

O pior – O lado comico não conseguir em momento algum contornar o lado dramático.


Avaliação - C+

Pawn's Sacrifice

Um biopic de uma figura tão singular como Bobby Fischer ainda para mais com a direção de um realizador tão competente como Edward Zwick era o primeiro caminho para a expetativa ser elevada relativamente a este filme. Contudo logo na pos produçao começaram os primeiros problemas com o adiamento de quase um ano do lançamento do filme, que posteriormente acabou por estrear sem grande força ou visibilidade desfraudando desde logo a expetativa comercial do filme, e mesmo criticamente pese embora tenha sido bem recebido ficou longo de entrar na luta pelos premios.
Sobre o filme desde logo efetuar um biopic sobre Xadrez um dos desportos, senão o mais mental de todos, e sempre dificil pela pouca açao pelo ritmo pausado que é jogar Xadrez, dai que o filme tinha nesse elemento de base desde logo um problema. Por outro lado pese embora Bobby fosse uma figura singular claramente alterado mentalmente, o facto de nunca ter sido uma figura simpatica acaba por tirar impacto do filme junto de um espetador que acabou por ficar farto das suas excentricidades mesmo que estas fossem relacionadas com a sua condiçao mental.
Por estas mesmas contrariedades naturais, e obvio que não e um filme facil, mas que cumpre na medida do possível desde logo na forma como consegue descrever e ir ao detalhe nas manias do proprio protagonista, por outro lado na maneira como o filme acaba por ser detalhado em termos de jogo. Pode parecer que abraça um período demasiado curto na vida de Fisher mas e exemplificativo de tudo o resto.
Assim, mesmo não sendo um biopic de todo o tamanho acaba por ser um filme interessante principalmente para perceber que por vezes os grandes genios têm dificuldades de adaptaçáo em diversos pontos.
Sobre o filme acabamos por precorrer toda a carreira e algumas manias de Bobby Fischer na forma como chegou até ao titulo mundial, em plena guerra fria e a forma como isso significou a vitoria dos americanos perante os Russos.
Em termos de argumento penso que temos um trabalho meritorio com um campo de trabalho dificil pelos aspectos que anteriormente referimos, podia dar espaço a alguma parte da vida apos o titulo mundial para ser um filme documentalmente mais completo.
Sobre a realizaçao Zwick e um bom realizador consegue principalmente na construçao temporal do filme ter algum detalhe e isso deve ser valorizado, não sendo tecnicamente algo de absolutamente genital e um filme com muitos bons momentos de realizaçao principalmente quando pega na imagem dentro da propria imagem.
No que diz respeito ao cast não acho nem nunca achei Tobey Mcguire um actor de primeira linha de Hollywood e aqui demonstra claramente falta de carisma para uma personagem tão particular. A arrogancia quase sempre cai na imbecilidade e não sei se esse era o objectivo do filme, posso ser o unico a afirmar mas para mim estamos perante uma clara maior personagem do que o actor. Nos secundarios pouco ou nenhum ponto de prova.

O melhor – A forma como a mente de Fisher pode ser rica num filme.

O pior – A forma como o filme para em andamento na vida do personagem


Avaliação - C+

Friday, December 18, 2015

Christmas Eve

Inicio de Dezembro é a epoca adequada para filmes natalicios, pois dá tempo que a pessoa se integre no espirito e dá alguma longevidade aos filmes, dai que seja normal que não apenas os grandes estudios mas também os pequenos apostem neste estilo de filme. Assim surgiu este filme sobre diversas historias que como muitas outras esteve longe de resultar na critica especializada com avaliaçoes muito negativas. Ja comercialmente a falta de figuras de primeira linha condenou inevitavelmente este filme ao fracasso.
Por vezes inspirados por Robert Altman surgiu a ideia de que qualquer filme desde que tivesse muitas historias paralelas funcionava, pelo curioso pela relaçao, mesmo que o resto fosse simples, ou mesmo sem grande conteudo. Aqui esta claramente a prova que não, que mesmo que a ideia seja curiosa e esteja criado o suporte para um filme cheio de bons dialogos e bons momentos, por vezes uma boa capa não chega se o recheio não for de acordo com ela, e aqui e obvio que não.
O problema deste filme e que não aproveita a boa ideia, a de diferente situaçoes, concretamente estarem fechados num elevador, com diferentes abordagens, uma mais comica, uma mais de romance, uma mais de intriga, e acaba por não conseguir fazer funcionar nenhuma, talvez com excepçao do romance por culpa da incapacidade de tornar os dialogos fortes neles proprios, e acima de tudo por cair no erro de um filme pequeno quando este estilo exige sempre filmes muito mais longos e trabalhados.
Por isso surge a ideia de um bolo bonito mas com um mau sabor, não conseguimos nunca achar sequer interessante quase nenhuma das historias, tendo o seu lado pior ainda no lado comico, pela falta de sentido que aquele segmento tem. Mas todas as outras nunca conseguem chegar ao espetador, ou porque são um cliche já usado, ou pior que isso porque as personagens sao sempre demasiado confusas para fazer funcionar pelo menos emocionalmente um filme de natal.
A historia fala de diversas pessoas que em diferentes espaços de Nova Iorque ficam presas no elevador na vespera de Natal, aqui e uma vez que tem de passar este tempo juntas acabam por criar laços, que tornam o seu natal pelo menos diferente.
No argumento temos de valorizar a ideia, a forma como em diferentes espaços quer dar ao filme toada diferente é original e creativa, e poderia funcionar num bom filme, caso as historias individualmente tivessem qualidade o que não é o caso, principalmente porque as ideias parecem ter-se esgotado na forma.
Na realizaçao um tambem pouco conhecido Mitch Davis tem aqui um trabalho simples, onde inaltece as luzes de Natal, uma boa escolha de Natal para a entrada mas pouco mais, o filme não exige grande creatividade ou tecnica, dai que seja uma realizaçao simples.
No cast poucas figuras conhecidas, Patrick Stewart é sempre sinonimo de eficacia e aqui num papel menos simpatico tambem funciona, de resto pouco ou nada a acrescentar num filme que nunca pede grandes interpretaçoes.

O melhor – A forma do filme.

O pior – O conteudo


Avaliação - D+

The Keeping Room

O Western foi um genero que nos ultimos dez anos ressurgiu, e o engraçado foi que não apenas nos grandes estudios com poucas escolhas mas certeiras, mas tambem no cinema mais independente como é o caso deste pequeno filme, de duas irmãs em plena guerra e na sobrevivencia pela ultrapassagem dos seus limites. Este e dos pequenos filmes que procorre os diferentes festivais com exito moderado, pese embora alguma ligeira simpatia critica mas que comercialmente mesmo com a presença de dois actores conhecidos do publico se torna um total vazio em termos de resultados.
Um Western para ser eficaz tem que ter alguns valores implicitos e fazer Western sem os mesmos e meio caminho para o insucesso, o protagonismo tem de estar acima de tudo em duas componentes, desde logo na honra e na vingança, pois bem este filme nada tem disso, alias o filme e tão descontextualizado que não percebemos em momento algum onde vêm as personagens e para onde querem ir, ou seja limitamo-nos a ter um jogo de sobrevivencia sem nunca percebermos bem porquê?
Alguns podem dizer e um genero do cinema aqui e agora, mas e obvio que qualquer filme que se revista desta caracteristica parte em obvia inferioridade relativamente a outros pela dificuldade do espetador conseguir se identificar com o filme, com os valores do filme e com as razões do filme, ainda para mais quando este e pequeno filmado a pouco ritmo emocional, e quase sem sequencias de acção.
Enfim um filme que apenas podemos considerar Western pelo seu contexto fisico e por um ou outro momento de frieza na forma como as execuçoes ou as consequencias as personagens ocorrem de uma forma imediata e espontanea, num filme com violencia não fisica mas acima de tudo na forma como as personagens, sejam elas qual for, se tratam entre si.
A historia fala de duas irmãs, agricultoras, que começam a ter de interiorizar a forma como a guerra influenciou a sua forma de viver, que vao ficar mais unidas no momento em que começam a ser vitimas da presença de dois estranhos com a pior das intençoes.
Em termos de argumento e uma historia sem grande conteudos, pouco contextualizada, poucos dialogos, quase nenhuma profundidade nas personagens que se limita a descrever uma situaçao de luta entre pessoas, e a tentativa delas sobreviverem, o que é manifestamente pouco para os dias de hoje.
Daniel Barber e um realizador que vem das curtas que tem aqui a sua primeira prova de fogo que acaba por ter pouco brilho, nunca consegue incutir no filme um ritmo desejado, deixando sempre o filme navegar na toada lenta dos filmes independentes pouco ambiciosos. Espera-se obras sequentes que irão definir o seu caminho.
No cast o protagonismo vai para a quase desconhecida Brit Marling que acaba por ter o papel mais exigente e conseguido do filme, a disponibilidade fisica e a versatilidade interpretativa da actriz sao o melhor do filme, deixando para segundo plano uma Steinfield de regresso ao genero que lhe deu a conhecer ao mundo, e um Worthington claramente num momento menos bom da sua carreira.

O melhor – Brit Marling

O pior – A falta de contexto de todo o filme


Avaliação - C-

Thursday, December 17, 2015

In the Heart of the Sea

Quando este filme de Ron Howard inicialmente esperado em Janeiro deste ano foi atrasado para Dezembro, muito se vaticinou sobre o valor do filme, e que este poderia ser um natural candidato na guerra pelas estatuetas, ou não fosse a obra de um realizador consagrado e já galardoado como ROn Howard. Contudo com as primeiras avaliações percebeu-se que seria um filme que chamaria a atenção mais pelo seu valor técnico do que propriamente pelo seu enredo, com avaliaçoes medianas insuficientes para fortalecer qualquer candidatura aos principais prémios. Mas tudo parece mais desastroso para o filme depois dos muito modestos resultados de bilheteira principalmente tendo em conta o potencial do filme.
Sobre o filme, nos ultimos anos temos assistido a diversos filmes que debruçam sobre a resistência, sobre a capacidade das pessoas sobreviverem em episodios únicos, mais que um filme sobre o combate entre o homem e a baleia, e uma historia sobre a luta dos homens e a sobrevivencia dos mesmos, com as mesmas caracteristicas de todos os outros mas com um detelha tecnico muito interessante.
Alias é na componente tecnica que resulta todos os trunfos do filme, bem realizado, a camara participa na acção dando toda a sensação de grandeza e desespero que o filme quer dar, transformando um espaço infinito numa terrivel claustrofobia, e nisso o filme é grande. Pena é que narrativamente seja complentamente frustrante, não tem grandes personagens, a forma como cria a personagem central como se de um heroi de banda desenhada se tratasse tira força ao filme, e o lado negro do vilão também não ajuda, tudo é demasiado gratuito e pouco trabalhado, intolerável num filme com esta dimensão.
No resultado final um filme totalmente agridoce, se tecnicamente é um filme que sabe bem ver, bem como o paralelismo entre os dois espaços temporais do filme, na essencia e um filme que narrativamente é previsivel e isso torna-o vazio, sentimos a falta de surpresa, sentimos a falta de bons dialogos e uma menor polarização comum dos filmes de acçao simples, e nao de um filme alegadamente de autor como este.
A historia fala de um navio de caça de baleias, que de repente em procura do sucesso vê-se na luta contra uma baleia branca que os segue, tornando a jornada que se previa de sucesso numa luta pela sobrevivencia que vai testar todos os limites da humanidade.
O argumento se na construção de base tem aspetos interessantes como a fração temporal do filme, na concretização nunca consegue potenciar boas personagens e bons dialogos, nem surpreender ou ter qualquer tipo de rasgo no desenvlvimento natural da historia. E quando assim é dificilmente temos um bom argumento.
Ron Howard e um bom realizador, mais certinho e eficar do que creativo, mas alguem que sabe sempre usar com alguma qualidade os meios a seu dispor, aqui tambem consegue a camara e um objecto da acçao, e tem optimos momentos de realizaçao, pena e que o argumento nao acompanhe esta virtude.
No cast temos desde logo o maior erro do filme querer um filme complexo ou uma personagem virtuosa com Hemsworth a liderar o cast parece-me obviamente demasiado ambicioso, primeiro porque o actor tem limitaçoes claras, que são bem visiveis no filme, onde parece nunca conseguir potenciar uma personagem limitada para outro patamar, o mesmo acontece com Benjamin Walker, o alegado vilão do filme que nunca consegue ajudar o seu colega de reparto pois também ele tem as mesmas dificuldades, sobra o jovem Tom Hollland em clara ascensção de forma e o verdadeiro heroi do filme, um jovem com carisma que parece ser ja um caso serio no nosso cinema.

O melhor - Efeitos especiais de primeira linha

O pior - Chris Hemsnworth não pode para já ser protagonista de qualquer filme com muitas ambiçoes


Avaliação - C+

Wednesday, December 16, 2015

The Intern

Ao longo dos ultimos anos, principalmente na ultima decada Nancy Meyers tornou-se numa das realizadores mais experientes em comedias tradicionais, normalmente com o foco nos mais experientes como ela gosta de dizer. os seus filmes tem conseguidos resultados interessantes e são respeitados criticamente se bem que lhe falta o sucesso que marque a sua carreira. Neste filme o usual, a critica ficou-se pela mediania e comercialmente acabou por resultar bem, algo que tambem e comum na realizadora.
Este e uma comedia facil de gostar, desde logo pela emocionalidade e pela empatia criada na relação que nao precisa de ser amorosa, de ser determinante, mas é simples de amizade, e aqui resulta a força emocional de um filme que consegue muito bem balançar os momentos emotivos com os momentos comicos, não tem medo de ser simples, de não ter risco, baseando todo o peso do filme numa relação simples que funciona e que se aproxima muito do espetador, e isso e um segredo simples mas que por vezes os filmes familiares tem dificuldade em saber utilizar.
Claro que estamos perante um filme previsivel, que tudo acaba por nos esperamos, ou que tudo se desenvolve dessa forma, mas é numa caminho conhecido que podemos por vezes perceber como e facil agradas um espetador com os ingredientes certos mesmo que estes sejam da dose certa. nao sendo um potento de creatividade ou uma força da natureza e um filme que sabe ser proximo do espetador, e que sabe perfeitamente o que deve usar de cada uma das suas caracteristicas.
Muitos poderão contudo ficar descontentes com o final, não e idilico mas e funcional, mas e real, num filme que muitas vezes foge do realismo para o entertenimento e no final e na mensagem que caímos no mundo real, que não nos é pedido para continuar o sonho, e isso acaba por ser uma mais valia também para tornar o filme completamente mais adulto.
A historia fala de um viuvo, que preocupado com a falta de tarefas é contratado para estagiário numa empresa dirigido por uma jovem empreendedora, com quem começa uma relação que vai passar para alem do âmbito profissional.
O argumento é naturalmente positivista, o balanço entre o emotivo e o cómico é bem feito, sem grandes rasgos no que diz respeito à creatividade ou originalidade, mas mesmo seguindo o caminho conhecido fá-lo de uma forma concreta.
Nancy Meyers é uma realizadora experiente que não perde muito tempo em detalhes técnicos dando o protagonismo aos seus protagonistas, nunca será uma figura de proa na realização, mas com a sua idade podemos dizer que tem algumas das comedias mais generalistas, usualmente do lado feminino dos ultimos anos, sem nunca abandonar algum tradicionalismo no seu cinema.
No cast, é engraçado como De Niro se transformou num actor completamente diferente na forma como passou de um actor intenso para nesta fase da sua carreira ser um actor comedia, e funcional, consegue ser emotivo, proximo do espetador mesmo que os papeis não tenham exigencia de outros momentos. Ao seu lado a sempre competente Anne Hathaway, uma actriz em clara subida de forma, que conjuga bem com De Niro, mesmo sendo simples o seu papel, que vale pela quimica inesperada entre os protagonistas

O melhor -A quimica De Niro Hathway

O Pior - O final pode nao conjugar com o resto do filme

Avaliação - B

Tuesday, December 15, 2015

Life

E conhecido o fascinio do realizador holandês Anton Corbijn por historias de mitos, depois de ter passado ao ecra o lado mais intimista de Ian Curtis, eis que este ano surge mais um mito que morreu cedo concretamente um filme que aborda a relação do mito James Dean com um fotografo, que da a conhecer o seu lado mais pessoal. Aparentemente um filme com algumas ambiçoes que rapidamente foram derrotadas por uma critica demasiado mediana, que nao deu o impulso necessario para o filme funcionar em termos comerciais.
Life e um filme mais do que James Dean um filme sobre a relaçao do mesmo com um fotografo e sobre duas pessoas muita antes de qualquer coisa. Contudo nesta relação acaba por surgir uma anamnese da figura de James Dean, das razoes da sua rebeldia, nao e um filme documental mas um filme sobre a forma dele reagir, e assim mesmo nao sendo uma obra prima nem nada que se pareça e um filme funcional numa abordagem diferente e contextualizada de um biopic.
Muitos poderao dizer que e demasiado simpatica ou daquelas abordagens pouco realistas na forma como caracteriza tao concreta personagem, e penso que sim, a ideia de que casa e melhor que tudo que o filme transmite e bonita, ser isso a razao de James Dean ter sido simplesmente um rebelde ja me parece uma dedução do filme para o fazer funcionar, e nisso o realismo perde.
Enfim um filme curioso que nem sempre tem o ritmo interessante ou mesmo e forte em contextualizaçao temporal. E um filme sobre personagens e é assim que quer ser, e uma abordagem sobre um ponto de vista muito proprio sobre um mito como james Dean e a forma como este nunca encaixou naquilo que a arte queria dele.
A historia fala de um fotografo que ve em James Dean o simbolo de uma geraçao apostando em tentar fotografar o mesmo como icon da popular revista Life como forma de ambos darem um salta nas carreiras.
O argumento tem bons momentos principalmente no paralelo que da entre as fotografias reais e a forma como estas são contextualizadas no cinema, parece ser demasiado enigmatico na personagem de Dean mais preocupado em dar o carisma a mesma do que propriamente em torná-la humana, e isso tira alguma profundidade ao filme.
A realizaçao do filme e simples algo que e comum no realizador de pouco risco, que se preocupa acima de tudo com o contexto e aqui temos um bom filme promonorizado, trabalhado ao qual falta apenas o toque artistico.
No que diz respeito ao cast a escolha de Pattinson leva-me a pensar no que Hollywood vê num actor que nao consegue ser concreto que se serve de dois ou tres tiques para tornar os seus papeis estranhos, numa papel que exigia alguma maior frieza, nao convence. Por outro lado De Haan um actor com parecenças muito grandes com Dean, tem um melhor papel embora a preocupaçao em nao quebrar mitos como a forma de falar de Dean torne o papel cansativo.

O melhor - A forma como explica a rebeldia de Dean num aspecto tao natural como saudades de casa.

O pior - Pattinson nao pode ser protagonista de um filme com ambiçoes

Avaliação  - C+

Monday, December 14, 2015

90 Minutes in Heaven

Na voga dos filmes relegiosos sobre fé, eis que este ano surgiu um outro titulo, aquele que aparentemente tinha mais para dar em termos de interpretes. Mas nem sempre o cinema e claro e este tornou-se claramente num filme menos do estilo ultrapassado e em muito por War Room. Os resultados tambem não ajudaram desde logo criticamente com avaliaçoes muito negativas mas tambem comercialmente onde os resultados para um filme com alguma expansao foram quase nulos.
A essencia deste tipo de filmes e sempre a mesma, ou seja, uma situaçao complicada por uma personagem que necessita de fe para ultrapassar, e o milagre ou quase acontece. Este e em grosso modo mais uma vez o que temos aqui, contudo com um ritmo absolutamente pachorrento, o filme tem mais de uma hora no qual temos a luta de uma personagem e outra simplesmente a desistir, mas não e isto que torna claramente fraco o que torna e a abertura e fechar de enredos sem grandes razões, sem explicaçoes como simplesmente se os probelmas tambem eles desaparecessem por milagre.
E um filme que passa por diferentes fase, uma parte mais de fe e de oração que e a inicial muito em volta do acidente e da sobrevivencia do protagonista, uma segunda no qual o filme vive o drama familiar o lado mais terra a terra pese embora nunca tenha qualquer ritmo ou qualquer riqueza narrativa e no final a experiencia sobrenatural, que cai no filme de paraquedas sem ligaçao ou significado tornando tudo quase transcendental no nivel de plausabilidade.
Mais um pessimo filme de um teor e numa forma que cada vez ganha moda e que nos tem dado alguns dos filmes mais sem qualidade dos ultimos tempos um genero novo que em momento algum conseguiu ter bom cinema mas que tem alimentado algumas produtoras criadas para o efeito mas que rapidamente pela falta de inovaçao vao diretos para DVD.
A historia fala de um pastor, que depois de um acidente no qual morre e sobrevive graças a oraçao de um colega fica num estado quase vegetal sendo a sua luta entre a sobrevivencia entre o inferno da sua nova condição e o ceu que conheceu nos momentos que esteve morto.
O argumento e um autentico conjunto de estradas sem saida o que diz muito da forma como o filme realmente se concretiza, não temos grandes personagens não temos grandes dialogos, tudo decorre sem grande rumo e o filme passa por diversas fases sem nunca ter um corpo comum esta tudo dito sobre a qualidade do filme.
A realização a cargo de um experiente realizador serie B e simples, tem mais qualidade do que alguns filmes do mesmo genero, principalmente na forma realista com que filma sequencia do desastre mas pena e que o argumento seja claramente inferior ainda a outros titulos do genero.
Este genero tem sido o refugo para muitos actores cujas carreiras derraparam aqui temos dois Christiensen e Bosworth seriam duas promessas há cerca de quinze anos que nunca cumpriaram aqui lutam pela sobrevivencia em filmes que não exigem nada e cuja pessima direção de actores torna as carreiras ainda mais a caminho do fim.

O melhor – A parte do meio quando abandona o lado religioso e se centra no lado humano.

O pior – Esta parte ser abandonada como algo que nunca existiu


Avaliação - D

Sunday, December 13, 2015

Bleeding Heart

Quando uma actriz com poucos recursos e que faz uma carreira baseada nos atributos fisicos e uma questao de tempo a ela ser completamente remetida para filmes de serie B, de acçao ou terror com pouca profundidade e normalmente visto por muito poucos. Foi isso que com o tempo ocorreu a Jessica Biel que aparece a protagonizar este pequeno thriller, que não existiu para a critica que acho que nem o viu e comercialmente sem tambem qualquer impacto.
Os thriller de serie B sao normalmente historias pouco congruentes, faceis, curtas, que potenciam todo o filme para a sua parte final e para a sua conclusao. Este e mais um pequeno filme desse com algumas virtudes mas com quase todos os defeitos deste genero. Desde logo o primeiro defeito para um filme tao pequeno e a monotonia, e incrivel a falta de ritmo do filme no primeiro terço, percebemos que a empatia entre as duas personagens centrais que tinha que ser forte para funcionar no filme todo e apressado e acima de tudo mal trabalhado em termos de impacto emocional.
E neste alicerce reside todas as fraquezas seguintes do filme, ou seja um filme que baseia tudo na força relacional entre duas personagens desconhecidas que sabem ser irmãs, quando esta e pouco forte ou surge colada com pouca cola, e normal que tudo tenha um impacto bem menor do que esperado e que o filme seja um cinzentão e previsivel filme, que decorre by the book, com falta de profundidade nas personagens e dialogo.
O unico ponto positivo surge na parte final na forma como consegue criar alguma duvida no espetador sobre a real posiçao de uma das protagonistas, não chega para colar o espetador nem para considerarmos este filme bom entertenimento mas cria alguma curiosidade algo que ao longo da restante duraçao nunca existe, num filme claramente distanciado do espetador.
A historia fala de uma instrutora de Yoga que acaba por saber que tem uma irmã, biologica que depois de conhecer, acaba por se aproximar. Uma vez que esta tem diversas dificuldades na sua vida entre as quais um violento relacionamento com o namorado, tenta ser mais que uma conhecida mas uma fonte de resoluçao dos seus problemas.
O argumento e nas suas bases previsivel, na historia, na diferenciaçao entre bons e vilões, muito curto na profundidade das personagens e dos dialogs, apenas consegue criar alguma intensidade quando decide colocar duvida no espetador contudo que posteriormente acaba por nada aproveitar para conduzir o filme para outros niveis.
Na realizaçao temos uma jovem realizador quase desconhecida ate aqui, o lado feminino esta presente na forma como filme o lado mais feminino das duas personagens e na forma como quer dar a união entre mulheres, mas e uma realização com falta de elementos potenticadores e creativos. Não sera com este tipo de apostas que dara o salto para um cinema de maior força.
No cast a razão pela qual Biel desceu no tamanho dos projectos e por ser uma actriz muito limitada, e com poucos recursos num filme que ate podia dar aso a algum maior brilhantistmo e experiementar novos caminhos limita-se ao base, o que demonstra ser um actriz para este tipo de projectos e não mais.

O melhor – A duvida criada em meados do filme.

O pior – Nunca conseguir imprimir qualquer ritmo ou intensidade emocional


Avaliação - C-