Sunday, June 28, 2015

Tomorrowland

Todos os anos acontecem no meio de sequelas e franchisings o lançamento de novos produtos, uns com mais sucessos do que outros. Para este ano e sobre a chancela da Disney surgia este Tommorowland, num estilo aventuras infantis juvenis com um dos seus obreiros de escola ao leme como Brad Bird. Muito investimento e os resultados completamente frustrantes para uma das grandes apostas de verao do estudio. Desde logo em termos criticos onde a mediania imperou, algo que normlamente a disney contorna com alguma facilidade, em termos comerciais e principalmente nos EUA o resultado foi muito curto não conseguindo ultrapassar a necessaria barreira dos cem milhoes.
Tomorrowland e um filme com muita ambiçao, mas que simplesmente não funciona como todo, daqueles filmes que tem inerente a si uma filosofia interessante e rico moralmente uma boa liçao de vida para os jovens mas os processos para chegar aqui são um entrelaçar de explicaçoes Sci Fi muitos efeitos especiais e muito pouca coesao no argumento o que faz o resultado final ser algo dificil de agradar.
E o filme ate tem os ingredientes que normalmente a Disney utiliza nos seus filmes familiares como humor, bons efeitos, neste caso mais exigentes efeitos do que espetaculares, ligaçoes fortes entre as personagens mas falha no mais essencial, que e a coesao de tudo, aqui o filme e mais que não funcional muito complicado, nas explicaçoes nos paralelismos e na objetividade da mensagem.
E para um filme tao confuso com um publico tal generalista o filme so podia falhar, para um publico alvo que gosta de pipocas e bons efeitos não pensar muito, mesmo que não seja complicado mas apenas confuso e uma exigencia que se faz a qualquer blockbuster e este desde cedo demonstra incapacidade de funcionar.
A historia fala de uma jovem que apos ser presa por invadir a nasa recebe um misterioso pin que a conduz para uma realidade e um mundo paralelo que quer conhecer, o mesmo que a leva a conhecer um isolado adulto com o qual vai perceber que ter aquele pin tem um significado e uma exigencia perante si.
O argumento tem um grande problema mais que complexo, tem demasiados caminhos longos o que o faz muito confuso e ate começa bem na opçao de narraçao entre as personagens principais mas quando abandona isto perde toda a originalidade, e as personagens deixam de ter a força necessaria.
Bird e um obreirio natural da Disney que se emancipou num bom Missao Impossivel mas que regressa aqui no seu primeiro grande filme de real action e o resultado e agri doce, demonstra capacidade para trabalhar com muitos meios mas falta-lhe um grande filme e uma marca de autor.
No cast Brit num ano de sublinhar a sua presença tem aqui o papel mais visivel mas que a coloca pouco a prova, e o tipico papel de teenager rebelde, que não consegue ter carisma para o filme, Clooney veste o fato de sofrido que tantas vezes já demonstrou mas acçao não e a sua praia e já comprovou isso.

O melhor – O estilo de narraçao dos primeiros dez minutos

O pior – A cafusao de um argumento que exigia ser objetivo


Avaliação – C-

Saturday, June 27, 2015

Poltergeist

Os remakes de terror sempre foram algo comum no cinema moderno, o que demonstra bem alguma falta de ideias para o genero ou pelo menos a repetiçao das mesmas. Este ano viu a luz do dia a nova versão de Poltergeist. Os resultados comerciais e criticos foram os tipicos num filme de terror de linha media, criticamente foi mediano, mesmo assim melhor do que o desastre tipico deste tipo de filmes, comercialmente sempre se pensou que a marca em questao fosse mais rentavel do que na realidade acabou por ser.
Sobre o filme Poltergeist pese embora seja um icon do terror podemos dizer que não e um dos topos de gama e isso nota-se neste filme, mais que um filme de terror e susto e um filme de presença, um filme de espiritos mais simples, mas isso tira o impacto que outros filmes de terror tem, bem como as explicações a volta de todo o fenomeno sao bem mais modestas do que outros filmes. E quando um filme de terror muitas vezes se reduz ao impacto e este não funciona entao o filme acaba por tambem ele ser um rotundo floop.
E o filme fora deste ponto ate tinha espaço para funcionar, alguns bons actores principalmente na dupla de protagonistas, algum humor entre eles que retira o lado mais negro e cinzento deste tipo de filmes, algumas linhagens paralelas como as dificuldades financeiras, mas o problema e que quando entra no terror e nas imagens para assustar esquece tudo isso e torna tudo ainda mais sem sentido e sem razao de ser.
Numa altura em que os filmes de terror já estao longe do sucesso ou mesmo da qualidade de outros tempos, onde argumentos se replicam constantementes este e o filme que deu origem ao guiao tipo de almas a tentar chatear uma familia numa casa, e neste caso percebe-se que o impacto deste filme ainda e menor do que os seguiram o seu conceito.
A historia fala de uma familia que muda de casa, para uma construida em cima do cemiterio percebendo de imediato que a mesma esta assolada por fantasmas que acabam por capturar um dos filhos do casal
O argumento como a maioria dos filmes de terror dos ultimos anos e repetitivo, aqui temos uma presença numa realidade paralela, mas pouco mais o climax e ainda mais frouxo do que os filmes do genero, e os poucos aspetos iniciais que dao vida as personagens em si, sao rapidamente abandonado.
A realizaçao a cargo de Kenan sempre mais relacionado com o terror de animaçao tem meios de uma grande produçao de terror mas nem sempre os usa, nem sempre utiliza este tipo de porcedimentos para intensificar o filme, e isso e uma critica forte.
No cast e um despredicio sem precedente ver Rockwell um dos melhores actores da atualidade num filme como este, ele nunca se sente confortavel porque o filme e a personagem limitam o seu potencial, mesmo dewitt parece obviamente ter mais valor do que este tipo de filmes, esperamos que hollywood permita os retornar as optimas carreiras que estavam a construiri

O melhor – Alguns apontamentos de personagens iniciais

O pior – Serem abandonadas para um frouxo e cinzento simples filme de terror


Avaliação - D

Thursday, June 25, 2015

The Second Best Exotic Marigold Hotel

Depois de alguns anos completamente perdido, John Madden conseguiu com este exotico Hotel algum do reconhecimento que cedo alcançou na sua carreira fruto do sucesso da paixao de shakespeare. Assim e pese embora o resultado deste segundo filme tenha ficado um pouco aquem do primeiro, nao so criticamente mas um pouco tambem comercialmente, Madden conseguiu tornar o conceito interessante e com alguns resultados validos quando comparado com outro tipo de escolhas.
Sobre o filme e sempre dificil para um filme surpreendente que o segundo filme seja tao bom como o primeiro, principalmente porque o risco normalmente e reduzido, mas isso nao se impunha neste filme ja que nos parecia facil nao desvirtuar o lado bom do primeiro filme e a simplicidade do mesmo. Dai que sem grandes alteraçoes as coisas corram como o previsto, temos um ritmo novelesco, as virtudes continuam a ser as mesmas concretamente uma mais valia do contexto cultural como pano de fundo, e lado simples da vida, deixando de lado os jovens e os bonitos para homenagear os que ja muito deram.
Mas se as virtudes estao bem presentes os defeitos tambem os seja as resoluçoes dos conflitos surgem com uma simplicidade que aprece que o filme tem medo que o conflito retire algum do lado mais claro do filme, tudo ser demasiado novelesco nas personagem retirando lhe alguma profundidade que so mesmo a persoangem de Maggie Smith consegue ter. Outro dos pontos que neste filme nos parece ligeiramente menos trabalhado e o balanço entre as personagens para que todas as historias tenham o seu lugar.
Mesmo assim um filme que segue um estilo proprio, que fez franchising num terreno dificil, que aproveita as potencialidades do primeiro filme sem nunca conseguir resolver os seus defeitos, e a natural continuaçao sem surpresas, ou seja quem gostou do primeiro vai gostar do segundo, mas nao sera nunca este capitulo que vai alterar a percepçao que se tem do conceito.
A historia segue as personagens do primeiro filme, com a ambiçao de Sonny construir um segundo hotel na altura em que tem todo o casamento agendado, o que torna tudo uma pilha de nervos para conseguir os seus objectivos nos conflitos de cada um dos seus hospedes.
O argumento e simples, sem risco, sem grandes profundidades, muitas vezes adoptando escolhas mais faceis do que fortes, mas o filme nao exige isso, explora a dimensao cultural bem o resto faz em dose moderada de um filme que ser ser emotivo mais que refletivo.
Madden nunca teve um grande filme em termos de realizaçao mas a exploraçao cultural que faz neste contexto merece um sublinhado, nao tem risco, nao tem um caracter artistico mas leva-nos a uma cidade diferente e isso por vezes e tao mas mas tao mais dificil.
No cast temos pouco ou nenhuma novidade, todos continuam nos seus bonecos, com maios ou menos protagonismo, Smith continua a ver a mais vincada, num Patel em subida de forma, de um actor a ter debaixo de olho nos proximos anos funcionando bem em comedia e drama. Nos novas aquisiçoes Gere e mais carisma do que valor

O melhor - A nova viagem a India

O pior - Nao ultrapassar as deficiencias do primeiro filme

Avaliação - C+

Wednesday, June 24, 2015

Woman in Gold

Foi estranha a opção de Simon Curtis, um realizador cujo trabalho anterior foi bastante valorizado, ter estreado a sua obra sobre os quadros roubados pelos Nazis, numa historia real num mês tão precoce do ano cinematografico, tirando-lhe qualquer tipo de hipoteses que poderia ter para os galardões. Talvez o motivo desta escolha foi alguma divisao na recepção do filme, que criticamente esteve longe de ser consensual. Em termos comerciais, e sendo uma produçao da BBC, principalmente nos EUA os resultados foram bastantes consistentes, o que é apenas usual para filmes bem recebidos criticamente.
E impossivel não comparar este filme, com as devidas diferenças com aquilo que Clooney fez com Monuments Men, e aqui podemos desde logo dizer que mesmo sendo um filme sobre um caso especifico este e o grande filme sobre a tematica. Porque é duro, sentimental, nunca perde o ritmo para ser um bom filme de entertenimento, e sublinha a preserverança de cada personagem.
E aqui residem os grandes trunfos de um bom filme, que sabe dar a dosagem de racionalidade nos conflitos que oferece individualmente as duas persoangens centrais, mas atenta aos promenores menos historicos como a forma como com algum humor caracteriza a relaçao entre as persoangens centrais o que leva o filme para um ligeireza que balança com a força dos sentimentos aqui traduzidos.
Por isso mesmo estamos perante um bom filme, que pode ser e verdade demasiado adornado nas suas intençoes para fazer resultar uma mensagem, e perder algum conteudo de algumas persoanges que deveria ter mais espaço, já que poderia dar outros conflitos ao filme, e torna-lo mais complexo, mas o resultado e interessante já que é intenso e pratico na mensagem que quer transmitir.
A historia fala de uma sobrevivente do holocausto, que tenta recuperar quadros valiosos pertence da sua familiar e que lhe foram subtraidos a quando das invasoes nazis, permanecendo desde entao na posse do estado.
O argumento sabe tirar o proveito da historia, tornando-a mais que um filme sobre uma disputa legal normalmente forte em termos emotivos, um filme de duas personagens, bem trabalhadas principalmente a central. Tem bons dialogs potencia alguns conflitos pese embora pudesse ter potenciado outros, cai em alguns cliches mas que não prejudicam o filme.
Simon Curtis e um realizador simples de historias mais do que grandes filmes, consegue aqui dar algum toque proprio nas imagens do passado, não consegue replicar este toque no lado contemporaneo. Parece-me um realizador em crescendo que sabe tirar o melhor proveito dos seus actores.
No cast Mirren encaixa perfeitamente no papel, que parece escrito a sua medida, a ironia, a suavidade a intensidade sao tudo predicados que Mirren sabe utilizar como poucas e a sua personagem neste filme pede isso. Domina o ecra mesmo que Reynolds tenha um papel esforçado diferente do seu habitual, mais interpretativo mais exigente e menos estetico. Nao preenche o ecra mas e de louvar a tentativa de mudar o paradigma. Nos restantes apenas algum relevo para Pryce que em cinco minutos consegue ser o unico que tira Mirren no epicentro do filme.

O melhor – A forma como consegue retirar todos os proveitos de uma grande historia num filme intenso.

O pior – Algumas linhas narrativas não sao plenamente potenciadas.


Avaliação - B

Insidious; Chapter 3

Os fenomenos de terror principalmente aqueles que triunfam em termos de bilheteira tem normalmente resultado numa fabrica de retalho, ou seja diversos filmes com a mesma base e nome, lançados em curto espaço de tempo. Este ano e em pleno verao surge o terceio episodio de Insidious, já sem Wan, e com o argumentista a estrear na realizaçao. Como os seus antecessores a critica não e muito nefasta para a saga com avaliaçoes medianas, comercialmente os resultados sem serem tao deslumbrantes como os priemiros dois filmes acabam por ser suficientes quem sabe para um terceiro episodio.
Quando se perde algumas das figuras de proa da saga no caso concreto o duo de protagonistas qualquer franchising so tem uma soluçao, o da prequela, e é esta a escolha do filme, que pouco ou nada tem a ver com os primeiros filmes, temos espiritos, uma personagem semelhante e nada mais, sendo tudo criado de novo no mundo dos espiritos não so presença em Insidious mas poderia ser a prequela de mais um pacote de filmes de terror dos ultimos anos.
Em termos de filmes sempre achei a saga bem realizada, com uma historia igual a tantas outras, pois bem neste terceiro filme a realizaçao torna-se vulgar quase sem qualquer toque de autor que Wan deu aos filmes anteriores, quase serie B, para se tornar o tipico jogo do gato e do rato que e visivel em todos os filmes de espiritos ou seja mais de 90% dos filmes de terror. Por ser mais um destes filmes e pelo impacto de terror estar bem abaixo de uma maioria de filmes sem grande qualidade este e não so de longe o pior filme da saga como provavelmente um dos piores deste registo.
E quando se chega a estas conclusoes e facil perceber que o filme e um desastre, e ate começa com alguma capacidade no terror nas imagens mas rapidamente torna-se num circo freak show que nada assusta mas que torna sim tudo numa excentricidade sem sentido capaz de piorar algo que de si já não tinha propriamente grande qualidade.
A historia fala de uma jovem que para tentar comunicar com a mae falecidade contacta uma medium Elise, já conhecida dos filmes anteriores, aqui começa a ser contactada por um fantasma com a tentaçao de roubar toda a sua alma para si, depois de um acidente que a colocou encapacitade depois a luta no mundo paralelo para a mesma continuar entre nos.
Em termos de argumento para alem de utilizar o padrao não so de toda a saga Insidious mas sim de todos os filmes de terror dos ultimos anos, nada de novo adquire, não sabe jogar com o argumento para potenciar os climax e as personagens sao simplesmente inexistentes, para alem de abandonar alguns pontos como a relação da jovem com o seu namorado.
Na realização Wan sabia fazer terror, mesmo com um argumento muito utilizado vincava a diferença nas imagens e sons, quase crus e aqui o filme perdeu tudo isso, um toque que era vital para o funcionamento da serie que o estreante Whannel na realização não conseguiu nem sequer tentou reproduzir.
No cast perder duas figuras como Wilson e Bryne pelo maior conhecimento das mesmas poderia ser perigoso, Mulroney tem mais intensidade como actor mas o filme não utiliza a sua personagem que serve quase como figurino, Sahye e a figura dos filmes e aqui demonstra que a sua persnagem e a que sobre de um registo sem sentido.

O melhor – A primeira imagem do fantasma

O pior – A falta de seguimento do unico grande valor da saga a realização -


Avaliação - D

Sunday, June 21, 2015

Manglehorn

Nesta tentativa de ultima vida de Al pacino, existiu um filme em quem se depositava serias esperanças, que era neste exercicio de um autor peculiar como Goordon Green e na sua estreia em Veneza em 2014. Para mal de ambos a receção foi algo fria tirando grande força ao filme que foi recebido com indiferença criticamente e isso acabou por condicionar um filme que por si so tinha pouco valor comercial.
Gordon Green tenta encontrar no cinema dramatico o balanço que nunca encontrou em termos de cinema de comedia. Mas pena é que com exceção do bom trabalho com Joe, nunca tenha encontrado grande sentido nas coisas. E mesmo em filme metapessoais com este consegue perder o sentido, que leva a pensar que o mesmo possa estar na forma de escrita ou na abordagem do realizador ao filme.
Neste caso Green tinha e esconde bem um dos segredos do filme, ou seja a relaçao central, e permanente do persoangem com o seu grande amor, e a sua conclusao e muito interessante, mas a forma como chega ate a esse momento, demonstra dificuldade do filme em controlar ritmos, passeando a um ritmo de cruzeiro por dificuldades de alguem, que tudo isso deveria ter mais impacto e isso ser traduzido no filme.
Assim fica a ideia de um produto que poderia ser interessante rico narrativamente, que e deprediçado numa abordagem completamente ao lado do filme, em preocupaçao em ser filosofico, em ser uma reflexao da pessoa, quando tudo de uma forma mais subtil e mais rica em dialogos simples, e em interaçao entre personagens conduziria ao mesmo resultado com outra imponencia. Existe filmes sem base que nunca podem funcionar, existe outros que parece que propositadamente parecem não querer funcionar.
A historia fala de um solitario fabricante de chaves, que se encontra com o coraçao partido pelo seu grande amor que continua a pautar a sua vida, com a entrada novamente do seu filho, e de um interesse acaba por colocar em causa esta relaçao e principalmente a sua forma de ser.
No argumento temos muito mais sumo do que fruta e isso usualmente denuncia um argumento mal trabalhado, principalmente porque fica a ideia que o filme poderia ser muito mais vivo e retirar mais das personagens. A opçao de um filme auto centrado e claramente reprovavel e isso condiciona o restante do filme.
Gordon Green gosta de ser indie e esta realizaçao e mesmo isso, uma serie de promenores sem sentido como se isso bastasse para ser cunho pessoal, parece obviamente na minha opinião sinais de maturidade, quando ele conseguir ter um estilo proprio com simplicidade de processos podera ser um bom realizador ate la coleciona tentativas falhadas.
Al Pacino não esta no auge da sua carreira, aqui sabe funcionar nos silencios e no lado introvertido tem mais dificuldade na expressao. Parece demasiado excentrico para a personagem em si, talvez Pacino atual deveria sair mais da personagem e o papel seria obvialmente mais valorizado.

O melhor – O sumo claro que o filme tem.

O pior – Que se perde porque a forma de extração quer ter o dominio do filme


Avaliação - C-

Danny Collins

2014/2015 fica marcado pela tentativa de Al Pacino renascer num ultimo folego da sua carreira depois de alguns anos de travessia completa no deserto. Nos ultimos dois anos diversos foram os filmes em que foi protagonista, em projectos de alguma dimensão, contudo os resultados nunca foram suficiente brilhantes para dar uma nova luz a carreira de um dos maiores. Entre todos os titulos aquele que acabou por ter mais visibilidade comercial foi este pequeno filme, que pese embora tal facto não foi alem de uma mediania em termos de recepçao critica.
Danny Collins e um filme simpatico, familiar, pouco pretencioso ou mesmo original e certo, mas acaba por ser um filme bem trabalhado emocionalmente, que o faz um interessante obra de entertenimento e pouco mais. A base do filme acaba por ser o unico ponto realmente original do filme, ou seja uma carta do John lennon fazer alguem mudar a sua vida no fim da mesma, de resto a redençao tratada da forma que hollywood normalmente a trata com a alteração do temperamento e a procura da familia com altos baixos
Mesmo conseguindo aproveitar grande parte do sentimentalismo que este tipo de guiões trazem, seria impossivel não registar que o filme e extremamente previsivel e recorre a todos os recursos tipicos do filme, o que lhe tira alguma autenticidade ou valor proprio, e que o torna indiferenciado de muitos outros filmes, pese embora execute bem todo o plano simplista que tem.
No fim temos um bom filme familiar, com um carrossel emotivo que preenche todos os passos do filme do genero com competencia pena e que em momento algum tenha o toque pessoal, o que conduza de um filme agradavel para um filme bom, e acima de tudo cai no erro e que para cantor Al Pacino so tem carisma.
A historia fala de uma estrela da musica, que de repente apos perceber que John Lennon lhe tinha escrito uma carta percebe que seguiu sempre a direçao errada na sua vida, pelo que procura os seus filhos e um grande amor, de forma ainda encontrar a redençao da sua vida.
O argumento e competente nos parametros e objectivos que se propoem, mas não arrisca nada e cai no excesso de previsibilidade, e quando assim o e, o sucesso do filme, fica reduzido a algusn pontos, e nunca atingira outros.
Na realizaçao a estreia de um argumentista de filmes comedia e de animaçao, tem um registo familiar, sem grandes movimentos nem procura de grandes toques de autoria propria, limita-se a deixar figuras proprias, brilharem.
O cast tem um Pacino trabalhador empenhado mas obviamente fora de forma, com uma condicionante da idade que não lhe permite ser natural, e se neste papel funciona parece por vezes exagerar. Para alem do mais o seu lado musical não funciona. No plano emocional boas escolhas de Cannavale e Garner, entrusados no estilo encaixam bem no lado mais sentimental que o filme precisa. Mas o melhor e a pequenida Giselle Eisenberg, num papel dificil que preenche o ecra, num dos papeis a registar de pequenas futuras estrelas.

O melhor – Conseguir ser competente nos propositos que tem.

O pior – AL Pacino a cantar


Avaliação - C+

Monday, June 15, 2015

While We're Young

A conjugação de esforços entre Ben Stiller e Baumbach já teve os seus resultados pelo creditado Greenberg, este ano esta equipa vencedor juntou-se novamente para mais uma comedia ao estilo do realizador mas sem a sua figura de referencia Gerwig. Os resultados criticos voltaram a ser interessantes e marcam um estilo muito proprio de um realizador que arrisca, em termos comerciais os seus filmes nao são tao sedutores, mas tem vindo a subir a parada o que podemos considerar interessante.
Baumbach e um realizador de personagens todos os seus filmes tentam demonstrar personagens desadapatados em termos de contexto e isso torna os filmes capazes de nos dar situaçoes diliciosas e bem trabalhadas mesmo que nao sejam inesquiciveis, acaba por tornar uma curiosidade moratoria interessante. E neste filme temos isso no contexto indicado, dai que posso obviamente assumir que e o meu filme preferido do realizador.
Desde logo porque essas curiosidades estao embebidas numa situaçao concreta actual, e que de alguma forma marca a realidade de muitos casais, a biologia não permitir que a maturaçao se faça, e nisso e que o filme e engraçado, ja que inicialmente achamos que o casal protagonista tem opçoes erradas e isso acaba por ser jocoso de nossa parte para no final percebermos que aquilo e invitavel e uma forma de resposta a adversidade.
E e na forma como Baubach consegue as suas comedias nao sejam mais do que dramas mascarados, que faz do seu cinema algo proprio e pouco comparavel, é certo que ainda tem muitos pontos a corrigir, como dar aos filmes uma maior intensidade sem perder o estilo, o por demasiadas vezes se perder numa eloquiencia de personagens que nada tem de objetivo para o filme, mas isso sao aspetos que com a maturação irão desaparecer e teremos comedias dramaticas mais que intensas emocionalmente fortes.
A historia fala de um casal, que nao deseja ter filhos que nao consegue tornar-se maduro e se relacionar com os casais da sua faixa etaria, ai começam a interagir com um casal hipster que gosta da tradiçao enquanto os protagonistas gostam da inovação.
O argumento e muito mais interessante no sumo que resulta do filme, no significado de tudo aquilo do que propriamente naquilo que realmente é, nem sempre consegue ter o melhor balanço em termos de ritmos do filme, pese embora seja muito rico em dialogos algo que Bauchamp faz como poucos.
Na realização é que parece que Bauchamp nao se desenvolve, aqui tinha espaço para maior risco, para dar algum toque proprio e diferenciador nos seus filmes algo que ate ao momento nunca fez nem tentou fazer, e o filme tinha espaço para isso mesmo. parece claramente o ponto onde o autor do filme se encontra mais verde.
No cast, Bauchamp tem uma boa quimica com Stiler porque o actor representa um pouco a imagem nos seus filmes, um comico com fundo dramatico, a personagem fora do lugar encaixa sempre em Stiller pese embora sem o brilho que teve em Greenberg, Naomi Watts e competente e encontra-se em forma e neste filme demonstra esse facto, Driver esta em clara ascenção e encaminha-se para ser um caso serio nos proximos anos.

O melhor - A comedia que esconde o drama

O pior - As eloquencias desnecessarias.

Avaliação - B

Sunday, June 14, 2015

11 Hour

A reunião de cineastas europeus com figuras conhecidas do cinema dos ultimos anos tem sido uma constante principalmente com actrizes em mó de baixo. Em 2014, foi Kim Basinger a ter este tipo de prestação neste pequeno filme. Os resultados foram a todos os niveis desastrosos, desde logo criticamente com avaliações bastante negativas mas tambem em termos comerciais onde o filme basicamente nunca existiu sendo mais um dos casos em que a alteração do nome consoante o mercado bem diz da receção generalizada do filme.
Existe filmes que quando chegamos ao seu fim e não percebemos sequer a sua intenção que rapidamente percebemos que sao um desastre de cima a abaixo, e este e claramente um deles. Inicialmente pensamos que e um filme de terror, com fantasmas da infancia, depois percebemos que não o é, mas que provavelmente e um drama com algum teor fantasmagorico que acaba por tambem não o ser acabando por ser um filme estranho, muito lento e acima de tudo com muito pouco conteudo.
Tudo parece mal escolhido no filme, desde logo Basinger carregada de base para tentar aparentar alguem com idade de reproduzir, e depois tudo, as personagens que entram e saem sem sabemos muito para onde elas vao e pior que isso onde elas vieram, a realizaçao escura como se o objetivo fosse dar um filme noir, que nos parece ser o unico objetivo do filme realmente cumprido, enfim um desastre sob a forma de longa metragem.
E filmes como este devem ser sublinhados principalmente porque sao tudo que os novos autores não devem fazer, por vezes e mais facil historias simples de emoçoes simples, do que pegar num tema como a dificuldade em engravidar e tornar quase num thriller sobrenatoral, claramente xenofobo considerando paises europeus como quase paises em subdesenvolvimento e tudo isto so pode se transformar num desastre artistico.
A historia fala de uma mulher desesperada por conseguir levar uma gravidez ate ao fim que acaba por decidir comprar uma criança recem nascida na Republica Checa de forma a ter alguma ajuda acaba por dar boleia a um toxicodependente anao com quem acorda ajuda no seu objetivo.
O argumento e basicamente inexistente, não basta ter uma ideia um padrao e não o preencher, pois parece que foi isso que surgiu na ideia do argumentista e realizador do filme, as personagens os dialogos e o desenvolvimento narrativo não existe.
No cast, acredito que seja dificil para uma atriz que sempre viveu da imagem, envelhecer, contudo tentar recuar vinte anos na sua idade num filme deste genero parece desespero numa carreira que já ganhou um oscar.

O melhor – É um filme noir

O pior – Sem qualquer tipo de conteudo


Avaliação - D-

Friday, June 12, 2015

5 to 7

Existem realizadores que dedicam toda a sua carreira a historias de amor, mesmo que nunca consigam o estrelato que provavelmente iriam obter noutro tipo de opções. Levin é um desses realizadores que aqui trás-nos um filme declaradamente romantico que recebeu avaliações muito variadas em termos criticos e comercialmente sem grandes figuras no cast pelo menos daquelas que chamam espetadores acabou por obter resultados comerciais modestos.
O cinema atual parece não deixar espaço para filmes romanticos por assim ser, quase literarios, e os que existem acabam por ser demasiado pausados ou simples na definiçao do amor perfeito. Acaba por ser nesta imperfeiçao que o filme funciona, tendo o seu ponto maximo na reflexao final que da um poder a relaçao central que durante o filme achamos curiosa mas nunca pensamos que ira terminar da forma como o filme realmente a concretiza, e ser surpeendido desta maneira e algo que não esperamos num filme apenas romantico.
Claro que o filme tem algumas debilidades, desde logo no caricato de toda a situação, na pouca plausibilidade da mesma, mas isso e o que o torna diferenciador, o facto de não procurar o conflito e tentar fazer o filme nos lados e razoes de todos sem tentar demonstrar quais as mais fortes e quais as que o espetador mais valoriza. Talvez por isso estamos perante um filme que mesmo sendo lento acaba por ter bons momentos e bastante emotivo principalmente no seu climax.
Mas o ponto mais maduro do filme foi não cair numa terceira relaçao que junto do espetador poderia funcionar mas que perderia todo sentido ao filme, que sabe tornar isso na sua moral. Nao cai no erro de ser um filme happy ending claro que o torna um pouco mais triste menos agradavel ao espetador mas muitas vezes esses sao o preço a pagar por um filme que quer ser acima de tudo literario.
O argumento fala de um jovem aspirante a escritor que conhece uma mulher francesa casada, começando uma relaçao extra conjugal com a mesma que e aceite pela restante familia. Mais que uma nova realidade acbaa por ser um choque cultural que vai enriquecer os momentos que passam juntos.
O argumento e interessante desde logo porque e maduro não caindo em facilitismos que tornariam o filme vulgar. Com a opçao pelo lado mais dificil dá nos mais das duas personagens centrais que crescem com o filme. Nao sendo um filme rico em grandes dialogos é rico em emotividade e isso e bastante positivo.
Levin tem uma realizaçao simples bucolica do lado mais natural de Manhattan e aproveita como poucos o trunfo deste territorio. O filme não sendo um potento de espontaneadade ou mesmo criatividade e eficaz e simples, deixando outros aspetos se valorizarem.
O cast tem como dupla de protagonistas um casal improvavel, Yelchin e um dos bons actores desta geraçao, versatil, intenso com carisma parece ser mal aproveitado num segundo plano de hollyowood, ao seu lado a bond girl Marlone e a suavidade, mais do que uma grande intepretaçao a sua presença suave e o segredo do filme.

O melhor – A climax romantico final em clima de no happy ending

O pior – Ser por vermosivel


Avaliação - B-

Get Hard

Uma comedia que reuna duas figuras tao conceituadas do mundo do genero como Kevin Hart e Will Ferrel e por si so um sinonimo de expetativa de boa disposiçao, principalmente pela junçao de dois estilos tao peculiares, diferentes mas a partida que combinem bem. Contudo o resultado logo demonstrou que tudo nao tinha corrido pelo melhor e que pelo menos a simbiose nao seria perfeita. Criticamente o resultado ficou aquem do esperado com avaliaçoes negativas e comercialmente o filme nao rendeu o que poderia render tao particular combinaçao
Sobre o filme podemos dizer que ele trás nos o tipico Hart de falas longas e rapidas no estilo de comedia afro americano, e que temos o Ferrel excentrico espontaneo nada previsivel, contudo o filme falha principalmente porque nao tem união ou seja a historia de base que poderia dar diversos gags acaba por ser tao vazia que o final e praticamente inexistente e torna tudo demasiado frio e sem sabor a pior critica que se pode fazer a um filme com estes dois protagonistas.
Mas o filme funciona como comedia, a resposta que se pode dizer é que não, pese embora tenha algumas linhas comicas interessantes algumas piadas que nos deixam libertar um sorriso na globalidade nada mais tem do que isso, nunca temos uma explosao ou nenhum momento marcante e isso e obviamente redutor na forma como o filme funciona.
Mas e no lado moratorio que normalmente as comedias tem que o filme tambem fica aquem do resultado esperado, o climax nunca e atingido a resoluçao final e tao basica que rapidamente achamos que o filme ainda vai ter mais desenvolvimentos e é pena pois esta uniao merecia um filme mais intenso, mais comico e claramente mais inesquecivel.
A historia fala de um empresario que acaba por ser burlado por o seu patrao e arrisca-se a ir para a cadeia, uma vez que sempre viveu uma vida de luxo e proteçao acaba por contratar o seu afro americano lavador de carros para o ensinar a adaptar-se a cultura prisional e assim sobreviver.
O argumento e muito limitado em todas as vertentes, e se a historia de base ate e comum o ser em filmes deste genero ja em termos de piada e valor comico esperava-se muito mais utilizando a materia prima de actores que tinha ao seu dispor.
Na realização Etan Cohen teve aqui a sua estreia em grandes filmes depois de ja ter assinado alguns argumentos interessantes a realizaçao e demasiado simplista, perante um filme com alguns meios o filme deveria ter uma vincada marca de autor que nunca tem, parece sempre um episodio de uma sit com e isso nao muito favoravel ao filme.
No cast quer Hart quer Ferrel estao nas suas personagens comicas de conforto, o filme dá maior incidencia ao estilo Ferrel mas e Hart que parece mais a vontade no filme, nao e dos melhores papeis nem mais marcantes de nenhum mas nao e por ai que o filme perde força.

O melhor - A junçao de dois icons da comedia

O pior - O filme nao resultar nem no valor comico.


Avaliação - C-

Tuesday, June 09, 2015

Testement of Youth

O cinema tem coisas de particularmente interessantes. Uma delas e como um ano pode dar a volta às carreiras de diversos actores tornando-os de um momento para o outro figuras conhecidas do grande publico. Este filme e mesmo um dos que isso e mais relevante, na altura em que foi produzido do trindente de protagonistas so Kir Harrington era conhecido pela sua prestaçao como John Snow, contudo depois dos sucessos de Ex-Machina e Kingsman este tornou-se num passeio de futuros promissores, num filme independente britanico que conseguiu boas criticas com algumas nomeaçoes para premios da critica inglesa, comercialmente não foi um filme com muita seduçao talvez por as figuras em questao ainda não o eram naquele momento.
Os filmes de guerra são sempre muito mais interessantes no final de os visualizarmos e na mensagem que nos querem dar do que propriamente no filme e no decurso da duração do filme. Este e claramente mais um filme desse genero ou seja, so no fim conseguimos observar a imponencia de uma mensagem de pacifismo mesmo nos momentos mais dificeis e isso e imponentemente sublinhado e bem trabalhado no filme.
O problema e que um filme de guerra deve ser intenso, e o filme poderia o ter sido em cada um dos segmentos desde logo na relaçao das personagens as mesmas sao descritas como fortes mas pouco trabalhadas para assim serem em termos de ecra, parece sempre que o filme perde mais tempo em poemas do que propriamente em explicar a força das relaçoes, e aqui podemos dizer que o filme poderia e deveria ser intenso emocionalmente.
E este facto perde tambem o facto como o filme não trabalha as mortes e o luto das mesmas o que conjugado com o ensino final poderia tornar um filme de um impacto ainda maior. Mesmo assim temos uma forma difrente de ver a guerra num biopic interessante que vale muito mais na mensagem e na pessoa em questao e no realismo de cada momento do que propriamente no filme e naquilo que o filme é na sua essencia.
A historia fala de uma estudante de Oxford que em plena primeira guerra mundial ve as suas pessoas mais chegadas, irmão, noivo e amigo irem para a guerra, acabando por responder ao vazio criado na sua vida com se voluntariar como enfermeira na guerra.
O argumento parece mais forte na mensagem que quer transmitr do que propriamente na forma com que se concretiza, as personagens ate sao interessantes e as suas motivaçoes tambem, mas a parte introdutoria deveria ter mais espaço, e aqui os dialogos deveriam ser mais intensos do ponto de vista emotivos, talvez menos literarios.
Na realizaçao Kent tem um tipico filme de epoca made by BBC sem grande risco, sem grande ritmo sempre apostado em que seja as personagens por si so a brilhares sem o potenciares. Mesmo dentro de algum tradicionalismo temos uma realizaçao simples e eficaz.
No cast este filme vem antecipar o que Ex-Machina já tinha demonstrado Vikander e uma das maiores promessas atuais do cinema mundial e com um talento multifacetado que deve ser trabalhado, tem intensidade tem recursos intepretativos e é bonita tudo parece ser os igredientes para o sucesso. Ao seu lado mas com menos brilho Egerton parece tambem ir no caminho certo, e daqueles actores com carisma que preenche o ecra mesmo quando não e mais que figurante e quando assim acontece boas coisas se esperam do seu futuro. Pior acaba por ser Harrigton quando foge do lado simplista de Snow os defices interpretativos e o excesso de muletas acabam por vir ao de cima.

O melhor – A mensgem de paz independente dos lados.

O pior – As relaçoes deveriam ser mais potenciadas na caracterização -


Avaliação - C+

Monday, June 08, 2015

Pitch Perfect 2

Três anos depois de um grupo de jovens a cantar a capela se ter tornado uma sensaçao na bilheteira eis que surge a natural sequela, com mais espetaculo, mais investimento e poucas alteraçoes. Os resultados comerciais do filme foram bem melhores do que os primeiros tornando esta saga um sucesso na escala mundial, muito tambem pela explosao entretanto de algumas das suas figuras. Em termos criticos muito parecido com o primeiro filme que tambem já tinha tido uma receçao interessante.
Sobre o filme pouco ou nada temos de particularmente novo, e isto e obviamente um defeito para qualquer tipo de sequela. Basicamente so muda o contexto e os adversarios bem como a dimensao do mesmo, de resto tudo igual, ou seja um filme que aposta quase todas as suas fichas na exploraçao dos espetaculos musicais já que em termos de argumento ou mesmo no trabalho de outros lados narrativos o filme não existe.
E provavelmente poderia trabalhar desde logo porque abre um paralelo que se trata na profissao e estagio da figura principal que cria conflito que tem a atençao do filme para depois sem qualquer tipo de explicaçao plausivel ou sequer logica abandonar sem qualquer tipo de explicaçao. O que para um grande estudio de hollywood e um floop quase primario.
Por ultimo e que tambem não funciona e o humor, o exagero na forma como usa a imgem obsesa de Rebel Wilson so por si e vazia de qualquer conteudo não faz comedia por si so, dai que o filme neste particular seja bem mais pobre do que aquilo que o primeiro foi, e isso deve-se ao facto de ser menos empreendedor e pior que isso menos trabalhado.
A historia continua a saga do mesmo grupo agora com o valor acrescentado de uma caloira com descendencia no grupo que para continuar a poder cantar tera de ganhar o concurso mundial algo que nunca os EUA conseguiu.
O argumento e o basico nos filmes de domingo a tarde de competiçao entre grupos não tem nada de novo, nada de original muito pelo contrario utiliza um humor que quase sempre não funciona e a pobreza das personagens parece ser propositada para fazer funcionar um outro aspeto no caso concreto a riqueza musical.
A realizaçao a cargo da estreante Banks e simples , claramente populista e MTV alias como todo o filme desde as interpretaçoes as escolhas como actrizes mas falta algum tipo de brilho natural, e obvio que para alguem inexperiente e sempre bom começar num filme com este tipo de visibilidade mas em demasia um filme de estudio.
No cast Kendrick mantem o rigisto sempre dual que e comum nas suas apariçoes, Rebel parece um estilo de humor que a mim não me satiffaz e tem aqui o pior capitulo, pena e ver Stanfield uma jovem que começou muito bem a sua carreira tornar-se numa MTV de segundo nivel.

O melhor – As produçoes e coreografias musicais

O pior – O vazio que acompanha tudo isto


Avaliação - D+

Sunday, June 07, 2015

Unfinished Business

Ken Scott e daqueles casos que teve um inicio de carreira interessante em termos de argumentista e realizador de comedia, que depois tem resultados completamente diferentes no primeiro e no segundo segmento. No primeiro filme que apenas realiza, e em nova colaboraçao com Vaugh tem aqui o seu pior resultado a todos os niveis, o maior desastre foi mesmo critico com resultados horriveis num filme totalmente negado neste vetor e que condicionou e tornou o filme num rotundo falhanço tambem comercial.
Sobre o filme, quando se ve Scott como argumentista percebe-se sempre que ele consegue balançar bem entre comedia e drama, e aqui começa o filme a falhar desde logo porque por um lado a parte da comedia não arrisca, salvaguardando-se de uma ou outra situação de humor sexualizado e pouco mais e de uma personagem concreta e o lado dramatico pese embora fosse um objetivo na dinamica familiar da personagem parece sempre algo perdida em termos objetivos.
Talvez por isso o filme seja uma hora e meia que passa rapido que soltamos algumas gargalhadas mas que não nos da particularmente nada em termos de originalidade da historia e mais que isso em termos de um dever moral ou sentimental que deve estar presente como tagline de uma comedia, dai que nos parece que falta muito para este filme funcionar.
Contudo parece-nos as criticas exageradas porque o filme em termos comicos consegue por vezes funcionar, muito devido a personagem de Franco, que leva em termos de humor o filme as costas já que os restantes colegas de cast tem as personagens mais serias e que parecem algo desenquadradas do filme principalmente o protagonista.
A historia fala de uma empresa consituida por três personalidades diferentes que estão no limite da sobrevivencia caso não façam um negocio que vai tornar tudo diferente, assim e para a negociação em que vao competir contra uma gigante, tem de se deslocar para Berlim onde tudo pode acontecer.
O argumento e limitado mais do que no filme em si na abrangencia do seu alcance, e o prblema aqui mais do que a forma comica do filme e na forma sentimental na riqueza moral de um filme que procura ter mas parece sempre perdido no lado mais dramatico e familiar do filme.
Scott e um realizador simples, de comedia familiar, aqui arrisca principalmente em termos sexuais, com alguma explicitude, se isso e torna o filme em termos comicos mais funcionais pode ser discutivel, mas que torna o seu trabalho vulgar isso torna para um realizador que começou muito bem no genero.
No cast todo o destaque vai para a particular construçao de Franco, e daqueles papeis que não sendo dificil e vistoso principalmente na forma como o filme corre, tem a seu cargo todo o humor do filme, apagando um Wilkinson desfoncortavel no genero e num vaugh repetitivo que esperamos alterar a forma em True Detetive.

O melhor – A personagem de Franco

O pior – O lado familiar do filme ser bastante vazio


Avaliação - C-

Results

Sundance é uma daquelas montras onde jovens realizadores normalmente apetrechados por algumas figuras conhecidas lançam filmes independentes baseados em argumentos originais e onde os mesmos são a figura central. Um dos filmes que esteve em competiçao pese embora nada tenha ganho foi este Results sobre o mundo da forma fisica, criticamente as coisas ate correram bem dai que o filme acabou por estrear nos EUA o que e sempre uma vitoria, comercialmente e um filme modesto e assim decorreu a sua trajetoria comercial.
Results e antes de mais um filme com dois pontos de analise distintos desde logo do ponto de vista da abordagem da adopção da vida em torno do exercicio fisico esta bem exposta nas duas personagens centrais e essa curiosidade da ao filme um originalidade vincada. Contudo no segundo ponto, o de uma historia de amor entre pessoas em que isso não e prioridade acaba por não ser bem conseguido tornando um filme num objeto demasiado estranho para ser aperciado, e o resultado esta longe de ser interessante.
E o filme ate começa bem principalmente na dinamica da personagem de Pearce, ela e bem apresentada tem aspetos particulares que o filme poderia aproveitar principalmente na historia de amor mas não aproveita da melhor forma isso, acabando por dar mais destaque a relação dele com um cliente com muita facilidade de amar do que propriamente a historia de amor aquela que tinha mais intensidade para dar ao filme.
A justificaçao poderia ser dar ao filme uma roupagem mais simples e menos apropriada para Sundance ou espirito independente mas muitas vezes e na simplicidade que os melhores registos aparecem e aproximam mais os filmes das pessoas aqui parece sempre que se preocupa pais com o estranho dos personagens e obsessao pelo exercicio do que conjugar as personagens para uma experiencia comum.
A historia fala de dois socios de um ginasio dedicados ao culto do corpo que se separam pese embora exista uma quimica entre ambos, no meio surge um excentrico cliente que facilmente se apaixona que vai trocar com o professor de ginastica todo o sentimento que consegue ter em troca da habilidade fisica.
O argumento tem altuns apontamentos interessantes principalmente na forma como define a personagem central de Pearce mas pouco ou quase nada acompanha este ponto, dialogos personagens e intensidade emotiva parece sempre ser um paralelo pouco trabalhado ao longo de todo o filme.
Bujalski tem ate ao momento o seu filme mais conceituado e como realizaçao não encontramos nenhum ponto particularmente relevnte ou trabalhado, o filme não arrisca e quase sempre assume para si uma indiferenciada realizaçao independente.
O cast tem altos e baixos se Pearce e bom actor e da o lado indiferente e frio que a personagem precisa e que isso ate combina bem com o lado mais tresloucado de Smulders, o problema esta em Corrigan num excesso de personagem de humor britanico que nada encaixa no filme.

O melhor – A personagem de Pearce

O pior – Carrigan


Avaliação - C

Friday, June 05, 2015

Gemma Bovery

O cinema europeu normalmente esta ajustado a argumentos mais ricos do ponto de vista de origem de ideias, e aqui temos mais uma vez isso, ou seja a forma como um padeiro consegue adaptar as pessoas que o rodeiam alguns dos contos literarios que marcaram a sua vida. Pese embora uma ideia a partida original o resultado foi modesto, desde logo criticamente onde ficou longo dos melhores resultados do cinema europeu criticamente e por conjugação também comercialmente o filme acabou por não resultar.
Gemma Bovery tem uma ideia excelente ou seja dar a personagem principal a ideia de narrador de uma adaptaçao de uma obra literaria, e certo que depois o filme pouco ou mais se torna do que uma adaptaçao contemporanea e de baixa profundidade de Madame Bovery e o resultado nao seja assim tao forte quando a ideia poderia valer acabando por ser so uma forma do filme adaptar o conto.
De resto e um daqueles filmes simpáticos sem grande profundidade, onde tudo decorre a um ritmo cruzeiros mas que acaba por ser bem visto, utiliza bem a escolha de Arteton com pretença Madame Bovery, e acaba por executar bem as tarefas ainda que modestas que se propoem.
Agora e logico que nao se trata de um dos grandes filmes do cinema europeu, daqueles que pensamos e observamos de imediato um gfilme para vincar o seu conteudo, pensamos mesmo que por vezes se torna muito repetitivo e lento na sua fase terminal e so o interessante final aberto acaba por dar ao filme alguma fluencia final.
A historia fala de um padeiro que e apaixonado pela litratura que ve um casal chamado Bovery ir residir para junto de si, ai apaixonado pelo romance Madame Bovery começa por perceber nos seus vizinhos uma proximidade muito grande a historia de base que se vai encaixando pouco a pouco.
A ideia original do argumento do filme e interessante talvez o romance escolhido nao fosse o mais apelativo e o mais dificil de adaptar aos nossos dias dai que a força da ideia central do filme seja um pouco menos vistosa perante a historia em questao. A adaptaçao nao e dificil nem tenta ser muito profunda, sendo o resultado satisfatorio.
A realizaçao francesa e simples, de planos longos sem grande trabalho ou aprumo artisitico deixa os interpretes terem os seus momentos e isso e o minimo exigido para o conceito do filme funcionar sem grande brilho.
No cast Arteton e excelente como Bovery, junta a suavidade e o lado mais sensual da personagem, e nisso Arteton tem esses atributos num papel natural que nao e de registo mas funciona.

O melhor - A ideia da adaptaçao do romanece a vida real

O pior - O romance escolhido poderia capitalizar mais a ideia

Avaliação - C+

Tuesday, June 02, 2015

Every Secret Thing

Com o sucesso de algumas serie de televisão sobre detetives, mesmo as menos convencionais como True Detetive, e comum nao so o cinema de primeiro plano, mas também o serie B, e este filme e um exemplo disso, pese embora o bom elenco reunido estamos obviamente num filme de pequeno estudio, com resultados tambem eles modestos desde logo comercialmente com uma mediania quase indiferente ao valor do filme, e nem a presença de algumas figuras conhecidas do grande publico lhe deu qualquer outro tipo de valor comercial.
Os anos 90 foram prodigos em filmes de detetives ou pelo menos de investigações policiais, que entretanto desapareceram, pois bem este ano este tipo de problematica parece reaparecer com uns filmes com mais meios e outros que se dissolvem num territorio dificil. Este e daqueles pequenos filmes que tem uma historia de base e uma abordagem interessante ao dar aquilo que o policia vai conhecendo de diferentes prespetivas ate ao resultado final, mas depois perde a intensidade necessaria na riqueza de personagens, principalmente na ligaçao e o plano mais pessoas dos detetives.
Mesmo assim temos um filme com algumas virtudes muito centrada na relaçao e nos motivos de cada uma das suspeitas, aqui temos duas vivencias complicadas mais diferentes e nesse descobrir da realidade de cada uma delas que o filme tem o seu maior valor, a formula de puzzle que se vai decifrando resulta sempre num filme policial e aqui nao e exceção.
Pena e que isto e feito sem grande dose de creatividade, e nos pequenos pontos o filme seja mesmo isso pequeno curto, sem risco, sem nada que o torne diferenciador ou mesmo de inegavel qualidade, a determinados momentos o filme quer seguir um trajeto sem obstaculos mas essa facilitismo tira de outros niveis e consequentemente de outros resultados.
A historia fala de duas jovens que em crianças sao acusadas da morte de uma criança e cumprem sete anos num reformatório, quando saem uma nova criança desaparece, e eis que as suspeitas sao as mesmas contudo tera sido um plano a dois ou nao.
O argumento tem um ingrediente interessante em termos de filmes policiais, o facto de esconder e bem a forma como vai seguir, mesmo que depois se concretize como um filme previsivel, a forma como se vai desenvolvendo funciona. Tem como grande brecha a quase falta de profundidade dos dois detetives e neste vetor poderia estar o segredo para mais altos voos do filme.
E ingrato avaliar uma realizaçao com poucos meios, e aqui temos isso, mesmo assim parece sempre que a opçao por um filme escuro por si propria nunca nos parece elemento qualificativo do filme, e aqui muito menos, para ter essa toada teria de ter outros elementos como contexto fisico proprio que o filme acaba por nunca ter.
Em termos de cast o filme e mais rico em nomes do que propriamente na qualidade das interpretaçoes, Lane e uma senhora atriz e o filme ganha com isso, mais pela presença do que pela exigencia do guiao, Banks esta em ma forma principalmente no lado mais independente, mas perde com a falta de profundidade da personagem, por fim, Fanning perde para a sua outra companheira de cast e suspeita, mas o filme tambem pese isso


O melhor - A forma de puzzle resulta sempre como entertenimento

O pior - A falta de profundidade das personagens que investigam

Avaliação - C

Monday, June 01, 2015

Aloft

Todos os anos os grandes festivais europeus, são prodigos em grandes surpresas mas tambem em algumas desilusoes. O ano passado em Berlim este filme que marcava a estreia internacional de Claudia Llosa foi um dos participantes mas desde cedo se percebeu que o passo tinha sido maior do que a perna, com avaliações criticas essencialmente negativas. Fora da corrida pelos premios o filme acabou por estrear agora no silencio como mais um em poucas salas selecionadas e com resultados comerciais praticamente inexistentes.
Sobre o filme, muitas vezes os cineastas exprimentalistas tem um problema grande que e o ritmo, que nao deixarem os filmes morrerem na sua eloquencia, e aqui o filme nao demora mais de dez minutos a perder toda a sua garra. E o problema esta na forma como o filme se apresenta, com poucos sons, quase sempre um silencio onde as persoanagens parecem desconfortaveis e mesmo a divisao da historia em dois segmentos temporais custa em ser apresentada e isso retira alguma eficacia ao seu resultado final.
Certo e que podemos dizer que estamos perante um filme emotivo, principalmente no conflito central, nas razoes do mesmo, e na junçao final, mas esta emotividade e força do filme baseia-se muito mais na capacidade interpretativa dos seus executantes do que na propria narrativa ou mesmo execucao da realizaçao.
Mesmo assim para um filme que estreia e compete num grande festival este e uma tremenda desilusao, um estilo de cinema ultrapassado a base de pouco movimento e quase sempre preso a riqueza das personagens mas mesmo essas quando ficam sozinhas e dependentes de uma historia tendem a nao conseguir levar o filme para outros patamares.
A historia fala de um mulher que abandona o filho na infancia e alguns anos depois, ao tornar-se uma figura conhecida reune-se com este no ambito de um trabalho jornalistico que vai por a nu o ressentimento e o conflito latente entre ambos.
O argumento e curto, principalmente porque nao trabalha nos dialogos e isso faz com que as proprias personagens fiquem demasiado limitadas, a culpa de tudo isso acaba por ser de um cinema mais de realizador do que de escrita e isso podemos dizer nao e sempre uma boa escolha.
Llosa tem uma realizaçao cinzenta que parece escolha para encaixar no espirito do filme, mas aqui parece-nos obvio que o filme se torna quase invisivel porque a historia nao da brilho e a realizaçao quer sempre dar o lado mais melancolico. parece quase sempre estar demasiado em cima dos seus actores.
O melhor do filme e o cast Connely e uma actriz de topo, numa fase menos conseguida da carreira muito por culpa das escolhas de filmes do que pela sua capacidade, Robert parece valer mais do que os filmes que vem mostrando, e Murphy e o complemento masculino a todos. E claramente o valor do filme.

O melhor - O cast

O pior - A falta de ritmo desde o primeiro minuto

Avaliação - D+