Friday, June 30, 2017

The Discovery

A aposta da Netflix no cinema tem tido algumas dificuldades em imperar, mesmo chamando a si, actores de primeira linha, conseguir lançar-se em festivais de primeira linha mas até ao momento sem grande resultado. Em Sundance deste ano o destaque da netflix era nesta descoberta, pese embora uma outra produção menos visivel apoiada pela empresa tenha ganho o premio principal. Este filme foi recebido com mediania contudo em termos comerciais a avaliação do sucesso dos filmes da Netflix só pode ser avaliado pelo mediatismo e neste caso não podemos dizer que tenha sido um filme de grande destaque.
A premissa de Discovery até podemos dizer que acaba por ser interessante, tentar fazer um filme que quer perceber o que acontece depois da vida. Parece-me que este ponto pode ser uma excelente base criativa para diferentes filmes. Neste caso podemos dizer que a ideia é melhor que a execução, olhando o filme no fim parece obvio que se trata de um filme com uma boa premissa, que trata com originalidade uma ideia criativa. COntudo na execução o filme tem principalmente no desenvolvimento da narrativa alguns problemas. O primeiro dos quais é uma introdução algo difusa que não prende o espetador, sendo na maior parte do tempo um filme sem ritmo.
Apenas com a sua conclusão acabamos por perceber que se trata de uma ideia bem montada, um bom plano generalista de um filme com ideias bem definidas mas nem sempre bem exploradas. Isto é o que diferencia um filme suficiente de um otimo filme, ou seja, a capacidade de se fazer um filme completo a tempo inteiro, e nao um filme que funciona porque a ideia central do argumento é tão forte que quase não exisita forma de não o fazer.
Contudo aos poucos tem vindo a parecer que a Netflix mais que arriscar em filmes comerciais tem adoptado alguns dos bons valores do cinema independente, dando-lhe recursos principalmente em termos de atores para voos mais elevados. parece um projeto em aperfeiçoamento, mas não me parece ainda que seja este filme que marque a viragem para algo nivel da produtora.
O filme fala de um grupo familiar que tenda descobrir o que ocorre com a nossa mente depois da morte. Num grupo marcado por conflitos familiares claros, que acaba por lançar a discussão da descoberta a todo o custo.
Em termos de argumento podemos dizer que temos uma boa historia, com uma ideia criativa e interessante que acaba por ser a base de todo o argumento. Em termos praticos acho que o filme tem melhores momentos na fase final do que no seu desenvolvimento onde tem algumas dificuldades quer com o ritmo e principalmente com a caracterização das personagens.
Na realização Charlie Mcdowell é um dos jovens valores da realização ainda numa fase inicial da carreira, relacionado em termos amorosos e familiares com algumas figuras relacionadas com o cinema tem aqui uma realização cinzenta, que acaba por nao potenciar, principalmente em termos de ritmo o valor total do filme. Esperaremos outros filmes para perceber o seu real valor.
Em termos de cast parece-nos que o filme não é equilibrado em termos de escolhas, se me parece que Redford, Mara e Plemons foram excelentes escolhas para os objetivos do filme, já no que diz respeito ao protagonista Segel parece-me muito mais rotinado para filmes comicos do que para personagens mais densas como esta.

O melhor - O final e o significado do mesmo.

O pior - A forma como o filme não adquire ritmo na fase inicial

Avaliação - B-

Thursday, June 29, 2017

The Bad Batch

Normalmente nos maiores festivais europeus surgem alguns pequenos filmes, de um circuito menor norte americano que acaba por chamar a atenção. Um desses filmes que o ano passado competiu e ganhou mesmo o grande premio do juri no Festival de Veneza foi este particular filme, que posteriormente apenas um ano depois viu a distribuição nos EUA, muito por culpa da sua peculariedade. Em termos criticos as coisas também não foram tão brilhantes nos EUA com avaliações positivas mas com uma tendência mais mediana. Comercialmente os resultados do filme são extremamente modestos principalmente tendo em conta que se trata de um filme com algum cartel em termos criticos.
Sobre o filme, desde logo podemos dizer facilmente que se trata de um filme negro, sem grande sentido, mas que acaba por ser visualmente bastante interessante. A forma como o filme em si acaba por dar-nos uma sociedade alienada e as diferenças entre estilos, de um ponto de vista muito proprio acaba por ser uma assinatura interessante, para um filme que muito pela sua irreverencia e forma acaba ele também por ser interessante.
E obvio que facilmente no final pensamos, "isto não faz grande sentido", mas por outro lado a forma como o filme nos dá duas sociedades completamente distintas da nossa e enquadra na mesma uma personagem, acaba por ser esteticamente e mesmo num cinema rebelde interessante, onde as cenas acabam por dar mais peso a um filme que narrativamente não tera grande alcance, mas que devido a sua estranheza acaba por ser interessante.
Claro que principalmente no final, poderia ter um climax mais assumido, poderia ser um filme mais falado, quase sempre os dialogos sao substituidos por sequencias de som, de definição, que acaba por ser o cartão postal de um filme que se assume como diferente, e que nos objetivos dessa diferença acaba por resultar em longa escala. E destes filmes que muitas vezes conseguimos gostar mesmo que tudo soe a demasiado distante.
O Filme fala de uma jovem que depois de ser solta de uma cadeia no deserto americano, acaba por ser capturada por uma tribo de canibais, até ao momento em que consegue sair e refugia-se numa outra sociedade chamada "the Dream" mais pacifica, contudo uma relação estranha com um dos membros da outra sociedade acaba por não conseguir definir onde quer residir.
Em termos de argumento podemos dizer que tudo é demasiado estranho, desde a base, aos poucos ou nenhum dialogo, a personagens que são apenas maneirismos, nao e propriamente um filme muito trabalhado deste ponto de vista.
Na realização a irreverência de Ana Lily Armipour acaba por ser contagiante e surpreendente, consegur ir buscar o lado servagem de outros filmes de deserto, e dota-lo de uma riqueza visual e musical muito interessante, num filme rebelde, mas com assinatura, e que me deixa curioso relativo ao restante percurso da jovem realizador.
No cast o protagonismo vai para a modelo Suki Waterhouse, que tem aqui um papel mais gráfico do que de interpretação que encaixa bem em si, ao seu lado Momoa também encaixa bem num filme mais visual, e com prestações também honrosas para as necessidades de Reeves e Carey.

O melhor - A forma como determinados momentos desconcertam aquilo que estamos habituados

O pior - Narrativamente e em termos de argumento deveria ser um filme bem mais rico

Avaliação - B-

Monday, June 26, 2017

The Dinner

Oren Moverman é um realizador israelita que os primeiros filmes se tornaram daqueles que exibidos em festivais menores tiveram o reconhecimento que o tornaram minimamente conceituado principalmente proximo da critica. Contudo o que conseguiu com os dois primeiros filmes acabou por não ser enquadrado nos seguintes, e este filme acabou por mesmo sendo exibido em alguns festivais de menor dimensão, não ser propriamente aperciado com avaliações demasiado medianas. Ja no que diz respeito ao valor comercial, os filmes do realizador parecem nunca ter este objetivo como o seu goal, dai que os resultados essenciais acabam por estar presente tendo em conta que se trata de um filme com pouca expansão.
Sobre o filme, podemos dizer que a grande aposta do filme centrou-se com a definição formal do filme dividida em segmentos como se de uma refeição se tratasse, depois acaba por ser uma comedia de costumes, mas quase sempre demasiado confusa na organização das cenas, no avanço e recuos, e nas janelas temporais quase sempre exageradas, que faz com que na primeira hora o filme, quase não consiga evoluir e acabamos sem perceber onde o filme quer chegar e qual vai ser o centro de conflito do filme, sobrando apenas um ou outro dialogos sem grande sentido.
Na segunda parte do filme, e depois de nos ser introduzido o foco central do filme, o filme consegue ganhar dimensao, principalmente porque puxa as personagens para as suas caracteristicas basilares, deixa de ser um filme confuso para ser algo com um proposito bem definido, para ser um conflito sem resoluçao, e aqui as personagens ganham força, principalmente na diade entre o lado masculino e feminino.
Mas como a maior parte dos filmes independentes e com essa marca registada o final acaba por não concluir nada, parece que nos deixa em pleno centro do conflito e isso é claramente uma forma que a mim pessoalmente não me agrada, principalmente depois do filme ter conseguido recuperar o espetador, acaba por seguidamente o abandonar num final completamente de repente, sem sentido, e sem moral.
Em termos de historia o filme fala de dois casais, em que os homens são irmãos e que tem uma questão relacionada com o comportamento dos filhos de ambos para resolver. Contudo de imediato parece que esta discussão tem mais elementos do passado do que do presente.
Em termos de argumento a base essencial do filme acaba por ser interessante na disputa entre o que tem que ser e aquilo que é mais animalesco na vertente familiar. Em termos de personagens estas vão crescendo com o filme, e isso acaba por ser meritorio, perde na primeira hora de enredo emaranhado e mais que isso no seu final completamente abrupto.
Na realização eu confesso que mesmo não sendo um realizador de proa em termos de abordagens aos filmes Moverman acaba por ter uma filmiografia interessante quer como argumentista quer como realizador. Aqui parece-me ser mais eficaz na definiçao do conceito do filme do que no argumento, mesmo assim por vezes parece baralhar demasiado o filme tirando-lhe uma objetividade que neste caso poderia ser benefica.
Por fim no que diz respeito ao cast Richard Gere parece ser de momento o actor do realizador, aqui num papel bem mais simples do que o anterior da o protagosnismo todo aos restantes com papeis e interpretações mais conseguidas. Coogan um humorista de base funciona a espaços, numa interpretação dificil mas com altos e baixos. Melhor e como já é habitual Linney, com a interpretação mais conistente e Hall com bons momentos.

O pior - A primeira hora e um final completamente absurdo

O melhor - Mesmo depois de uma hora de adormecimiento recuperar o filme a determinado período dentando depois tudo por agua abaixo

Avaliação  - C-

Sunday, June 25, 2017

Wonder Woman

Depois dos primeiros avanços da DC naquilo que foi a resposta à Marvel na batalha dos super herois ficamos desde logo com a sensação que a diferença entre ambos era colossal com clara vantagem para a Marvel, fruto não só da experiencia mas de um auxilio mais que frutifero com a Disney. Apenas no terceiro filme, ou seja com este Wonder Woman a DC conseguiu o sucesso critico com avaliações essencialmente positivas. Muito por fruto desta recepção tambem comercialmente Wonder Woman tornou-se rapidamente num dos sucessos deste ano e em termos de mediatismo pode funcionar como a alavanca que a DC necessitava para o seu mundo.
Eu como a maioria das pessoas sempre achei que os filmes da Marvel estavam num plano muito mais elevado do que os da DC, que pareceram-me sempre com dificuldades no carisma dos personagens na força dos vilões e principalmente na densidade do argumento, já que como a maioria não considerio The Dark Knight parte desta saga. Este Wonder Woman, pese embora em termos criticos tenha recuperado terreno na minha opiniao continua na mesma longe do que a Marvel ainda consegue fazer com o seu mundo. Na essencia temos neste filme muitos dos erros que a DC já teve nos seus filmes anteriores, falta de vilões a altura, filmes muito dependentes do nivel estetico e menos do argumento e uma pessima escolha de actores.
Estes sao os primeiros e os mais claros defeitos deste filme, que ate começa do ponto de vista estetico de uma forma muito interessante na forma como o mundo de Diana e caracterizado, mas com a chegada a guerra o filme acaba por em termos produtivos so apostar na sequencias de acção e torna-se repetitivo. Mas o grande problema do filme volta a ser narrativamente, demasiado previsivel, pouco espontaneo, onde apenas alguma sensualidade dos discursos entre os protagonista da algum toque de diferenciaçao ao filme, que de resto não consegue em termos de argumento ir buscar quer humor quer carisma.
Mas o problema que me parece ser cada vez mais vincado na DC da nova vaga e a dificuldade em fazer funcionar os viloes, aqui temos diversos e nenhum consegue preencher o filme, consegue combater em força de ecra com o protagonista, e muitas vezes esse e o principios para a historia falar.
Neste filme vamos a origem da Wonder Woman, do seu treino, da sua realidade ate a sua vinda para o nosso mundo, e a sua função nele, enquanto descobre os seus poderes e tem de lidar com uma força que pensa bem maior que ela.
Em termos de argumento penso que novamente o filme não tem linhagens originais que lhe de uma roupagem que o diferencie, isso denota-se num argumento que em termos de intriga e repetitivo e na falta de personagens carismaticas, não se espera isso do heroi mas num filme com quase duas horas e meia existe muito que pode ser potenciado.
Na realizaçao a escolha de Jenkins acabou por numa primeira fase do filme ser feliz, os primeiros vinte minutos sao de produçao e realizaçao de primeiro nivel, algo que vai desaparecendo num filme que por vezes é apenas eficaz no dominio dos seus efeitos.
No cast já disse muitas vezes que a aqui e onde a DC e goleado pela Marvel, e obvio que a figura de Gadot e funcional do ponto de vista comercial, mas e obviamente uma actriz com pouco tamanho e recursos e aqui denota-se na repetiçao constante de expressoes. Ao seu lado Pine esta longe tambem de ser um actor de primeira linha, e nos viloes, também me parece não funcionar mas aqui pela pouca dimensao dos mesmos no argumento do filme.

O melhor – Os primeiros vinte minutos de imagens brilhantes

O pior – A DC e os seus cast


Avaliação - C

Thursday, June 22, 2017

Smurfs: The Lost Village

Depois de dois primeiros filmes, em que os smurfs tiveram um misto de animação e imagens reais, com resultados diferentes em termos comerciais, as produtoras resoveram assumir o filme apenas como filme de animação, com menos verbas mas com o mesmo teor. Assim como os dois primeiros filmes em termos criticos as coisas não correram muito bem com avaliações essencialmente negativas. Comercialmente e tendo em conta que ja se trata do terceiro filme da saga é visivel o perder do fulgor com resultados consideraveis mas longe daquilo que conseguiu o primeiro filme.
Sobre o filme eu confesso que nos dois primeiros filmes, pensei que tudo era demasiado vazio e demasiado MTV, quer nas musicas quer na supercialidade das emoçoes, quer na repetiçao do conteudo. Com esta aposta por um cinema em exclusivo de animaçao o filme assume-se como mais infantil, como mais objetivo nos seus propositos, depois de descobrir que a imagem real nao trazia de interessante para o conceito do filme. Por esta mesma razão parece-me um filme ligeiramente mais sensato embora com muitos dos problemas dos primeiros dois filmes.
O primeiro é no pouco alcance ou trabalho na construçao de uma narrativa, a procura do real eu, e principalmente a falta de profundidade da maior parte das personagens, faz com que o filme acabe por se tornar pouco interessante e pouco intenso. Por outro lado e salvo um ou outro apontamento mais original na abordagem o filme tambem nunca consegue ser totalmente engraçado e conseguir fazer resultar de uma forma sublinhada o humor como uma das suas caracterisiticas mais basicas.
Por tudo isto, embora me parece ligeiramente melhor do que o filme anterior, e ja sem os elementos supresas de criaçao do primeiro filme, parece-me que na essencia este franchising nunca conseguiu encontrar um espaço proprio criativo, algo que o diferenciasse, principalmente tendo em conta o carisma que as persoangens tinham antes do franchising, parece sim que com tudo isto temos uma cultura pop vazia que tomou conta da saga.
A historia segue a tentantiva da Smurfina encontrar o seu real espaço, a sua principal caracteristica o que a leva a uma aldeia perdida com smurfs do sexo feminino que estão a ser seguidas pelo vilão Gargamel e os seus ajudantes.
Em termos de argumento ainda não foi neste filme que tivemos risco, que o filme consegue dar alguma diferença naquilo que ja conhecemos, temos o continuar de uma ideia, pouco trabalhada num cinema simples de animação mas longe do que de melhor se faz na animaçao.
Na realizaçao a batuta ficou a cargo de Kelly Asburn realizadora que ficou ligada ao segundo episodio de Shrek e o estranhissimo Gnomeo and Juliet. Aqui temos um filme com capacidade produtiva mas com pouco espaço de manobra, num realizador que ainda nao conseguiu uma figura de proa neste cinema.
No cast de vozes, menos figuras, mas que acabam por funcionar, as ecolhas de Lovato e Manganiello encaixam perfeitamente naquilo que o filme quer das suas personagens, ainda com espaço para outros cameos como o de Julia Roberts, num filme que exige pouco do seu naipe de vozes.

O melhor - A opçao por animaçao apenas nao tira tamanho ao filme.

O pior - Nunca ter encontrado uma abordagem diferenciadora propria

Avaliação - C-

Saturday, June 17, 2017

CHIPS

Dax Sheppard é daqueles actores realizadores que ao longo do tempo vai tentando com o seu estilo de humor pouco trabalhado e essencialmente fisico, encontrar o seu espaço no cinema norte americano. Contudo já com diversos filmes estreados podemos dizer que a sua carreira apenas esta a colecionar fiascos, por um lado criticos com avaliações sempre muito negativas para os seus projetos e tambem comerciais, onde um filme como este com alguma distribuição teve resultados completamente irrelevantes.
Sobre o filme, Dax Sheppard e aquele tipo de realizadores e argumentistas que aposta tudo no humor e no ritmo dos seus filmes, demonstrando em tudo o resto uma total ausencia de ideias que na forma como a narrativa dos seus filmes acaba sempre por ser um chiche pouco trabalhado, ou por tudo ser tão previsivel este aspeto do primeiro ao ultimo minuto.
Posto isto os filmes apenas poderao resultar se funcionarem em termos humoristicos e este aqui embora tenha alguns momentos, normalmente conseguidos pela diferença das personagens, pelo um lado mais fisico sexualizado, que demonstra alguma actualidade do registo e pela espontaneadade de Pena na comedia, parece pouco para catalogar este filme de minimamente conseguido nos seus propositos, quando na maior parte do tempo temos uma historia repetitiva sem qualquer tipo de suspense, mesmo sendo um filme que tenta a determinados momentos ter umas achas de policial.
Por tudo isto parece me obvio que em termos de carreira como cineasta Dax Sheppard esta longe de funcional, estranho e o facto do mesmo continuar a conseguir distribuir os seus filmes, como se já tivesse feito algo de relevante para o cinema em algum dos parametros que assina aqui e em que não funciona em nenhum deles.
A historia fala de um agende do FBI que integra de forma inflitrada uma equipa de patrulha de forma a tentar encontrar um gang se assaltos a carrinhas de valor, fazendo equipa com um rockie com pouca habilidade mas com experiencia em andar de mota.
Em termos de argumento podemos dizer que a base e o desenvolvimento narrativo do filme sao completamente inexistentes, repetitivos e pouco trabalhados. Mesmo que em termos humoristicos o filme consiga um ou dois momentos interessantes, parece pouco para considerar este argumento como positivo.
A realizaçao das comedias fisicas cada vez mais sao fundamentais para fazer os filmes funcionarem, e normalmente optar por algo conservador acaba por limitar o tamanho do filme, e Sheppard parece obviamente não ter talento para ser uma mais valia na realizaçao em qualquer filme seu, tendo em conta o que nos presenteou ate agora.
Por fim no cast, um contraste Sheppard sempre ligado a comedia não funciona, não tem carisma, não tem graça, não fer comedia, por seu lado Pena, mais versatil funciona bem melhor, sendo obviamente em todos os parametros melhor do que o seu companheiro de cast. So e pena que ultimamente tenha colecionado filmes de baixa qualidade como este.

O melhor – A espontaneadade de Michael Pena.

O pior – Dax Sheppard em qualquer uma das suas funções


Avaliação - C-

Thursday, June 15, 2017

Power Rangers

Eu confesso que como miudo nunca fui particularmente fã da serie dos power rangers pese embora conhecesse ao de leve a historia dos mesmos. Surpreendeu me contudo que em 2017 um estudio e um realizador tivesse meios elevados para fazer uma adaptaçao cinematografia da serie. Parecia que tudo tinha para falhar principalmente em termos criticos, contudo quando comecei a observar as primeiras avaliações percebi que pese embora fossem negativas não tinha sido o desastre que vaticinei. No que diz respeito ao desempenho comercial, embora seja uma produçao elevada os resultados acabam por ser consistentes tendo em conta o produto juvenil em si.
Sobre o filme, eu acho que em filmes como estes o primeiro acaba por ser o mais facil de funcionar, porque é aquele que fica menos refem das sequencias interminaveis de luta e aquele que nos da mais personagens. E é neste ponto que o filme acaba pelo som tom ligeiro ter alguma piada em termos juvenis, na forma como todos se vão unindo, no humor moderado, em uma outra saida com altguma curiosidade, mas principalmente pelo tom ligeiro que o filme consegue ter dentro do esteriotipo do filme juvenil.
Contudo quando passamos para a vertente de acção pura o filme perde, mesmo com meios de primeira linha que permite uma sequencia de luta impressionante do ponto de vista tecnico em termos de argumento e linhagem da historia o filme deixa de existir por completo, a não ser uma serie de monstros criados contra os gadgets dos rangers sem que muito mais seja trabalhado neste particular, e aqui fica o pronuncio dos filmes sequentes serem claramente muito piores do que um primeiro filme que na primeira fase acaba por ser simples.
Ou seja não poderiamos esperar em power rangers algo de muito diferente do que aqui vimos, poderia ter existido um trabalho mais tecnico em um ou outro momento, mas parece obvio que o objetivo era juntar esta saga um pouco ao que Michael bay faz com transformers, com um teor ligeiro e mais que isso efeitos de primeira linha. Como a saga de Bay podera chegar para o primiero filme, mas dificilmente teremos aqui uma saga com interesse futuro.
A historia fala na criaçao dos power rangers, com cinco pessoas que são unidas por uma descoberta constituindo uma equipa de rangers que tera de salvar a sua cidade do poder de uma ex-ranger com muitos poderes que tenta dominar o mundo.
Em termos de argumento claro que um filme dos power rangers tem alcance curto naquilo que pode ser, aqui temos o base sem grandes invenções na introdução do grupo, pior em termos de narrativa do conflito central, pouco trabalhada e apenas pensada para sequencias de luta de grande produção.
A realizaçao foi entregue a Dean Israelite que já tinha demonstrado alguma capacidade nos filmes de adolescentes com o estranho projeto Almanac. Aqui mais tarefeiro acaba por dar uma roupagem atualizada e do novo seculo aos rangers. Nao e por ele que o filme não tem dimensao.
Na aposta para os rangers um grupo de desconhecidos, jovens que procurar algum mediatismo no cinema, no lado dos consagrados Banks como vila, numa personagem mais gráfica do que outra coisa, e um Cranston mais carismatico para dar algum peso ao filme, embora entre fisicamente apenas alguns minutos no filme.

O melhor – A introduçao ser simplista mas com uma toada ligeira.

O pior – Os power rangers nunca permitirão uma narrativa muito brilhante


Avaluação - C

War Machine

Nos ultimos anos o imperio Netlix tem-se tornado algo absolutamente estratosferico, passando do mundo das series para o do cinema, embora neste particular ainda falte o filme que faça por completo esta mesma ascenção. Muitos pensariam que seria este filme produzido e interpretado por Bradd Pitt. Mas como aqui os resultados comerciais sao inexistentes o unico barometro possivel e critico e de mediatismo, e aqui penso que o ficou muito longe das melhores previsoes principalmente do ponto de vista critico com demasiada mediania nas suas avaliações
Sobre o filme as satiras sobre guerra fornecem normalmente alguns dos melhores filmes de guerra, principalmente pelo espirito critico que os filmes conseguem ter. Aqui temos uma primeira hora de boa qualidade cinematografica, numa comedia de costumes com personagens esteriotipadas mas todas elas com uma missao em termos de satira com a forma de estar na guerra. Durante esse periodo o filme sem nunca chegar a niveis muito alto consegue ser engraçado e cuioso, sendo sem sombra de duvida a melhor parte do filme a forma como se introduz.
Na segunda parte do filme a introduçao da guerra em si o filme torna-se totalmente vulgar, a graça desaparece para dar lugar a um filme cinzento de guerra quase sempre uma pequena produção que nada diferencia um filme que ate la se tinha diferenciado por uma irreverencia salutar. Um dos principais defeitos do filme é ter partes totalmente diferentes e com significados completamente diferentes, e isso não e pripriamente positivo para o resultado final do filme.
Fica a ideia que o filme a determinada altura desiste das suas caracteristicas que esgota o personagem e ainda tem mais duração pela frente. E obvio que em termos de guerra e de abordagem temos um filme rebelde, que nos faz lembrar, embora com muito menos qualidade o que Sam Mendes fez com Jarhead, mas parece que o filme poderia ter conquistado muito mais espaço se seguisse de uma forma simples e objetiva aquilo que traça na primeira metade do filme.
O filme fala numa equipa montada, e detalhada ao limite em torno de uma maquina de guerra que é enviada para o afeganistao de forma a continuar a guerra que se encontram a perder, sendo que ai tem que viver com a cada vez menor ajuda do governo em termos de meios para fazer face ao conflito ali existente.
O filme em termos de argumento tem dois momentos com resultados completamente diferentes, se em termos de parodia, o genero que adopte no primeiro pedaço do filme, as coisas funcionam, com personagens esteriotipadas engraçadas que acabam por dar ao filme aquilo que ele procura delas, posteriormente o filme torna-se repetitivo e cansativo, sendo o segundo lado do filme algo onde parecem que as ideias acabaram por deixar de existir e tudo é esferovite para encher.
Na realização a cargo de David Michod um realizador australiano de sucesso naquele pais que acaba por ter aqui o seu primeiro grande projeto com o selo de hollywood. Ele ate começa bem nos primeiros momentos principalmente na forma como filma a persoangem central. Quando entra nas dimensoes de guerra o filme torna-se pequeno e ele não consegue fazer nada que altere esta percepçao.
No casto, e um filme pensado para uma interpretaçao de primeiro nivel de Brad Pitt, pelos maneirismos da mesma, e por tudo que a personagem tras consigo, contudo Pitt não consegue ser realista, exagera nos tiques, o que funciona no lado satirico do filme, embora canse mas depois esgota-se na interpretaçao. Nos secundarios com menos revelancias algum sublinhado para Emory Cohen um dos melhores actores da sua geração que merece mais apostas.

O melhor – O Lado satirico do filme

O pior – A impressao que tudo se esgotou em termos de ideis na primeira hora


Avaliação - C

Monday, June 12, 2017

The Belko Experiment

Existem pequenos filmes, que muitas vezes por terem nos elemtos da sua produção alguem que entretanto conseguiu dar o salto para filmes de maior dimensão acabam por dar outra visibilidade a titulos que de outra forma seriam a todos os niveis mais escuros. Isso foi o que aconteceu com James Gunn, o argumentista e realizador de Guardiões da Galaxia e este filme escrito por si num genero completamente diferente. Em termos criticos o filme esteve longo do sucesso da obra mais conhecida de Gunn com avaliações mediana com ligeira tendência negativa. Por seu lado em termos comercias, conseguindo uma ligeira expansão wide, os resultados foram limitados muito por culpa da falta de figuras de referencia no cast do filme.
Sobre o filme, dentro da estratégia do terror, eu penso que os filmes sobre os limites da condução humana são muitas vezes aqueles que melhor funcionam, já que deixam de ter elementos paranormais, são naturalmente mais objetivos e mais que isso acabam por ainda causar mais horror no publico ja que o inimigo pode ser qualquer um de nos. E nisto o filme consegue esses elementos pela imprevisibilidade dos seus protagonistas, e pelo sentimento de claustrofobia ao prender os seus interpretes num espaço, que embora grande permanece sempre fechado.
E obvio que se trata de um filme que acaba por não ser original, muitos outros ja tiveram esta dimensão de terror psicologico com melhor efeito, como Saw, e mesmo Cubo, aqui temso algo mais cru, menos artistico e orignal no seu conceito, e menos trabalhado do ponto de vista de dimensão e profundidade narrativa, o que torna o filme até determinada altura previsivel, conseguindo apenas no fim, com o eliminar sucessido dos personagens se tornar mais estranho e ganhar ai um estilo mais proprio e imprevisivel.
O lado mais negativo do filme é ter muitos promenores em termos de produção, mais relacionados com filmes serie B, e aqui temos os interpretes, a forma como nem sempre existe risco e primor estetico nas imagens, a forma como o filme não consegue diferenciar num estilo proprio, optando sempre por adoptar uma produção de serie B, que acaba por lhe tirar dimensao.
O filme fala de uma serie de funcionarios de uma empresa na Colombia, que acabam por ficar fechados nas instalações da mesma, começando a ser obrigados a lutarem uns contra os outros para defender a sua sobrevivencia, sob a ordem de alguem que desconhecem.
Em termos de argumento pese embora nao existam muitos filmes com esta base, os que ja o fizeram tiveram sucesso, dai que a ideia não é nova, e não é potencializada de forma a este filme ganhar um estilo proprio, ou uma dimensão maior. O filme acaba por se tornar de uma forma simplista mais do mesmo, e com pouco conteudo, mesmo conseguindo alguns elementos que funcionam em termos de terror.
No que diz respeito à realização parece-nos claramente ser o parente mais pobre do filme, falta de risco, compoente estetica, pese embora seja uma realizador habituado ao genero do horror, aqui parece conseguir criar impacto em termos espaciais do filme, e na dureza da agressão mas falta outros elementos artisticos.
E mesmo no cast que o filme nao funciona, a falta de uma figura de primeira linha, que tome conta do filme, que acabe por ser a base de trabalho do mesmo, faz com que em termos de personagens o filme acabe por ser demasiado limitado.

O melhor - O filme consegue ter algum impacto em termos de horror por levar ao limite a condução humana.

O pior - O cast e totalmente obsoleto

Avaliação - C

Thursday, June 08, 2017

Lovesong

Sundance desde há uma decada para cá, e a maior montra do cinema indepentente, que diferencia aqueles filmes que acabam por se tornar caso serios de outros que fruto de um menor entusiasmo na recepção passam quase desprecibidos para a maior parte dos cinefilos. O ano passado em competiçao estreou este filme sobre amor no mesmo sexo, que pese embora resultados criticos positivos foram insuficientes para dar mais mediatismo ao filme. Comercialmente e uma vez que so agora o filme viu a luz do dia em cinemas selecionados os resultados foram muito curtos, passando rapidamente para a Netflix.
Sobre o filme podemos dizer que é acima de tudo sobre a caracterizaçao de uma relação entre duas mulheres, e naquilo que o filme nos dá em exclusivo sobre a relação podemos dizer que temos intensidade que temos os conflitos das personagens bem acentes, num filme assumidamente independente em toda a sua forma. Por isso penso que é um filme que consegue na maior parte do tempo e com simplicidade ir aos seus objetivos que é centrar o espetro do filme nas ambiguidades de uma relação nao esclarecida.
E o filme nem precisa de muitos momentos ou dialogos para fazer funcionar este objetivo. Um filme que como alguns independentes gosta de trablhar os sentimentos, consegue fazer funcionar a dupla de protgonistas na força da relaçao central, embora nos pareça que tudo o resto que o filme nos dá acaba por ser demasiado vazio e quando assim é o filme tem mais dificuldades em imperar e marcar a sua essencia.
Mesmo assim um filme com uma boa ideia, a da diferença entre o sentimento e o que esperam de nos, com intensidade na relaçao central que acaba por ser o enfoque de todo o filme, com uma dupla de protagonistas que funciona bem em conjunto, e que longe de ser uma filme de extrema qualidade consegue fazer passar a sua mensagem.
A historia fala de uma jovem, casada e mae, que segue numa road trip com uma amiga de infancia e universidade que percebe ser mais que uma amiga. COntudo a indefiniçao da relaçao acaba por as separar encontrando-se tres anos mais tarde para o casamento da segunda.
O argumento tem uma base interessante, actual na dictomia entre emoçao- razão. Nao e um argumento preenchido em termos da complexidade das personagens ou riqueza dos dialogos, contudo muito graças a algumas opções a relaçao funciona e parece que o argumento mais apagado faz isso ser assim.
Na realização So Young Kim uma realizadora de ascendencia asiatica que ainda procura o seu espaço, tendando diversos filmes mais pequenos, tem aqui um trabalho que se torna por vezes sensivel, que consegue filmar bem a proximidade entre as protagonistas, mesmo que depois tenha alguns tiques exagerados de cinema independente como cortes sem grande sentido.
No que diz respeito ao cast todas as despesas do filme estavam naquilo que Malone e Keough conseguiam fazem em sintonia, mais que em termos individuais e ambas funcionam bem na quimica e intimidade que partilham conduzindo o filme para um nivel mais positivo. Em termos individuais parece-me que Keough analisando a sua carreira nos parece mais versatil e a seguir nos proximos tempos.

O melhor - A quimica e intimidade implicita entre as personagens.

O pior - O filme tem muito pouco para alem deste ponto.

Avaliação - C+

Wednesday, June 07, 2017

Free Fire

Quando um grande nome como Martin Scrocese se junta a um elenco no minimo apelativo e num contexto de filme no minimo invulgar, surgem algumas expetativas relativamente aquilo que o filme na realidade vai ser. Este Free Fire que estreou em poucos cinemas acabou por se tornar num filme aceitavel do ponto de vista critico, com avaliações essencialmente positivas, sendo que comercialmente fruto da fraca distribuição acabou por se tornar muito limitado.
Sobre o filme, podemos dizer que a ideia do filme acaba por na sua simplicidade e no lado ridiculo da mesma por ser original em alguns pontos, ou seja o facto de ser um filme numa unica sequencia em tempo real, num unico espaço com muitas personagens acaba por ser diferente daquilo que estamos normalmente habituados a ver. Contudo tudo e demasiado redutor porque o filme nao tem espaço para muito quer em personagens quer nas surpresas narrativas, tornando-se na maioria da hora e meia de duração um filme extremamente repetitivo.
Mas tirando este defeito de significado que como é obvio esta presente e é percebido nas escolhas naturais do filme, existem dois aspetos que sao surpreendentes pela positiva, o primeiro e a capacidade de no meio de tanta confusao de balas, o filme ter espaço num e noutro momentos para dialogos de primeira linha, com um sentido de humor negro funcional e num filme que vale pelo insolito de tudo o que acaba por ser.
E obvio que é um filme de alcance limitado, mas em alturas em que o cinema mesmo na maior das complexidades se torna demasiado repetitivo, um filme repetitivo em si mesmo na sua essencia mas diferente de tudo o resto acaba por ser diferente e dar uma maior novidade para o espetador e nisso devemos valorizar este ponto de um filme que nem que seja pelo insolitio garante mais durabilidade nas nossas cabeças.
A historia fala de dois grupos diferentes que fazem um negocio de armas que fruto de um conflito entre dois elementos, um de cada fraçao acaba por começar aos tiros num local fechado, cheio de ricochetes, e que vai se tornar numa luta entre todos pelo dinheiro envolvido.
Em termos de argumento a ideia é no minimo insolita e por isso mesmo original. COntudo e obvio que um filme que se baseia unicamente numa cena rapidamente cai na repetiçao e nisso o filme torna-se cansativo. Em aspetos mais especificos o filme funciona bem em alguns momentos com dialogos de primeira linha.
Na realizaçao Ben Whetley ja em high risk tinha demonstrado ser um realizador que gosta de filmar o caos, aqui com dificuldades plenas pelo curto espaço do filme, tem uma ideia original, que contudo em termos de figurino de espaço poderia ter um impacto mais visual, mesmo assim, como realizador começa a ter uma assinatura que é o caos
No cast, temos diversos actores de uma primeira linha, contudo as personagens acabam por ser demasiado esteriotipadas com caracteristicas muito vincadas o que se tornam algo absurdas. Acaba por ser Sean Rilley aquele que chama a si mais atençao no filme e a disponibilidade fisica de Murphy

O melhor - A inovação de algo tão estranho ser a base de um filme.

O pior - Com o passar do tempo torna-se repetitivo

Avaliação - B-

A Cure for Wellness

Gore Verbenki e daqueles realizadores que depois de um período de grande sucesso marcado acima de tudo pela formula piratas das caraibas, tentou nos ultimos anos dar uma roupagem nova à sua carreira, primeiro com o enorme sucesso Rango, e neste filme com um lado mais artistico e mais estranho. COntudo ao contrario da maioria das suas inovações esta esteve longe de obter grandes resultados. Comercialmente o filme foi um autentico floop, com problemas inclusivamente na distribuição, e criticamente a mediania exagerada das avaliações não serviram de alavanca para qualquer tipo de prestação assinalável.
Sobre o filme, é interessante perceber que um filme esteticamente tão interessante, quer nos planos exteriores e mesmo nos planos interiores, e com uma ideia de base que não sendo original poderia ter impacto, se torna tao estranho que o distancia por completo do espetador, já que tem uma dificuldade imensa em transmitir qualquer motivo de interessse, emocional, ou mesmo no controlo de expetativa. Por tudo isto a longa duração do filme acaba por ser visualmente interessante mas em termos narrativos uma confusao que nada faz chegar ao espetador.
E o que falha no filme, se a introdução ate podemos dizer que deixa em aberto o restante do filme, tudo se prejudica em grande linhagem quando o filme tem o objetivo de ser denso, de ser estranho dentro de si proprio, e nao falo das sequencias de horror que acabam por dar o teor que o filme quer ter, mas o embroglio narrativo exagerado de um filme que mais nao é do que um conjunto de monstros em busca da eternidade.
Por tudo isto penso que é um dos filmes que no resultado final falha, que se torna tão ambicioso que não repara que na essencia e mais um filme igual a tantos outros sobre monstros, mas quando o tenta levar para um plano mais intlectual do ponto de vista narrativo acaba por não fazer funcionar qualquer um dos pontos, e tornar quase irrelevante a beleza estetica que o filme de uma forma clara tem.
A historia fala de um homem de negocios de uma empresa que se desloca a um estranho centro de bem estar de forma a tentar trazer para civilização um socio importante para fazer funcionar um  negócio que se coloca. Contudo ali chegado vai perceber que aquele centro é completamente diferente daquilo que estava a espera.
Em termos de argumento na essencia temos um filme simples, que dá tantas voltas, entre realidades, entre explicações que torna-se num nó que posteriormente quando o desata, já perdeu as personagens, o estilo e a proximidade com o publico, e esse é o grande problema do filme.
O trabalho de realização de Verbeski tem os seus lados positivos, bastante bonito e impressionante do ponto de vista estetico, por vezes perde-se na definição temporal do filme, com saltos e blocos de imagens que nada servem para o intuito real do filme. Pese embora tenha o impacto de outros momentos, não me parece que Verbeski na execução esteja na sua melhor forma.
Um dos problemas para o resultado comercial do filme, foi a escolha de um cast marcadamente mais critico do que comercial, isso faz com que as personagens sejam interpretadas de uma forma intensa, principalmente por DeHaan e Mia Goth, contudo são personagens muito mais fisicas do que interpretativas.

O melhor - Esteticamente o filme é bastante bonito

O pior - Narrativamente complica o fácil, e torna-se a determinados momentos desprovido de qualquer sentido logico

Avaliação - C-

Monday, June 05, 2017

John Wick: Chapter 2

É incrivel como por vezes alguns filmes que tudo têm para se tornar um autêntico saco de pancada da critica especializada se tornam autenticos filmes de cultos, que acabam por se tornar ao mesmo tempo sucessos comerciais e criticos. Um dos filmes mais recentes que encaixa perfeitamente neste fenomeno foi este John Wick, que viu este ano o segundo capitulo e prepara-se para finalizar a triologia. Este segundo filme conseguiu ainda melhores criticas do que o primeiro filme e comercialmente duplicou o resultado do seu antecessor tornando-se assim num sucesso natural do cinema.
Eu confesso que não fui nada adepto do primeiro filme, achei-o totalmente vazio que mais não é do que uma serie de lutas de um individuo contra o mundo, bem treinadas do ponto de vista de execução tecnica, mas num filme completamente ausente de argumento e tudo o resto. Pois bem o segundo filme é uma total continuação. Ou seja temos duas horas de sequencias de luta interminaveis, bem praticadas, que em termos de realização poderiam ter um pouco mais de risco ou inovação na abordagem, e que apenas muda o local. Em termos de historia em si temos outra vez o total deserto de ideias, algo que me parece ser pensado e a escolha do proprio filme.
John Wick sera talvez no futuro a triologia com menos dialogos e menos páginas de argumento que à memoria, a ideia de fazer um filme em que um individuo mata tudo que lhe aparece a frente pode até ser diferenciadora, mas tem como base um cada vez mais exigente cinema que neste caso deixou passar e valorizou a falta de esforço. Claro que temos o contraste com as sequencias mais estapafurdias da persongem como a relação com o cão, mas isso é muito pouco quando estamos a falar de cinema de primeira linha produtiva.
Por tudo isto serei e assumo sempre um critico deste tipo de cinema, parece-me demasiado facil, e por razoes que todos desconhecemos esta obra teve a sorte da critica gostar dela, ao contrario de centenas de filmes serie B que todos os anos vem a luz do dia com menos meios, mas o que é certo é que na essência o filme acaba por não ser mais que isso.
A historia do filme é facil de contar, John Wick tenta-se reformar mas para isso tem um ultimo trabalho, apos o executar acaba por ter atrás de si, quase todos os assassinos profissionais do mundo, e tem que sobreviver.
Em termos de argumento a ausência total dele, é algo que se pode facilmente sublinhar neste filme, em termos de argumento, personagens e desenvolvimento narrativo, o filme é apenas um motivo para sequencias de acção de um contra um batalhão.
Na realização Chad Sthaleski ja tinha sido o pioneiro do primeiro filme e regressa ao leme ou nao fosse a sua grande obra ate ao momento, ele que foi durante anos duplo de filmes de ação, alguns dos quais de maior sucesso. Como realizador parece sempre que tenta valorizar o trabalho fisico e de lutador dos seus interpretes do que arriscar numa abordagem mais artistica.
No cast, este filme anda à roda de um Keanu Reeves que depois de se perceber que os seus recursos interpretativos eram mais que limitados, orientou a sua carreira para acção e artes marciais, onde tem tido algum sucesso, mesmo que sejam filmes naturalmente mais simples de executar.


O melhor - Neste já estamos a espera do vazio narrativo

O pior - O cinema necessita obviamente de mais conteudo do que propriamente este filme dá

Avaliação - C-

Saturday, June 03, 2017

T2: Trainspotting

Vinte anos depois de Danny Boyle lançar ao mundo um grupo de drogados de Edinburg em algumas das mais amadas personagens do cinema moderno, e conseguir fazer de um filme de pequeno orçamento um dos filmes de culto dos ultimos vinte anos, surge a homenagem sob a forma de sequela, dando-nos o momento de cada uma das personagens anos depois. O resultado critico do filme embora inferior ao primeiro, algo que era esperado pelo facto da novidade já não estar presente, acabou por ser positivo. Comercialmente Trainspotting nunca foi um filme de multidoes mas acima de tudo um filme para quem realmente gosta de cinema.
Sou um adepto confesso do primeiro filme, penso mesmo que se trata de uma das raras obras primas dos ultimos anos, recheado de momentos marcantes. Este e uma digna sequela, onde acaba por ter muito que o primeiro filme, contudo sem tanto exagero ou as personagens não tivessem numa fase diferente da vida delas. E obvio que o primeiro filme iniciou uma forma de filmar que teve muitos seguidores, dai que a abordagem acaba por ser menos surpreendente, mesmo que os momentos e os dialogos sejam de primeira linha, ao mesmo tempo com um humor sublinhado mas mais que isso com o impacto que cada mensagem tem, mesmo nem sempre sendo transmitida da forma mais direta.
De resto temos a mesma forma das mesmas personagens, aquele humor que acaba por ser tudo no filme, as sequencias de limite que tanto ficaram no imaginario acabam por estar novamente presentes, numa junçao plena de tudo o que temos no primeiro filme. O que mais gostei neste filme e que não se preocupa com o resultado final, preocupa-se em homenagear o primeiro filme, mais que dar a este algo paupavel para recordar. O melhor elemento do filme, e saber que o primeiro filme era impossivel de igualar e torna-lo no centro deste segundo.
Por isso e que eu acho que muitas vezes as sequelas devem ser objetivamente mais modestas nos seus objetivos mais que isso e por isso que penso que o cinema e daqueles pontos que so com o tempo percebemos o valor real das suas obras, e digo este é daqueles filmes que nos da grandes momentos por si so, mas que nos faz sentir uma nostalgia relativamente ao primeiro filme que so um classico pode ter.
A historia segue o reencontro dos sobreviventes do primeiro filme de forma a tentar resolver o conflito criado pela solução final do primeiro filme. Entretanto vinte anos decorridos a vida de eles mudou, mas as caracteristicas quase nada.
Em termos de argumento e em virtude de porno a sequela literaria do primeiro filme nunca ter sido adaptada ao cinema, aqui temos um argumento de novo com algumas bases no porno para dar seguimento ao primeiro filme. O mesmo teor, o mesmo estilo, a riqueza interinseca de dialogos de primeira linha fazem deste filme um argumento mais basico do que o primeiro filme, mas tambem de grande qualidade.
O primeiro garante da qualidade desta sequela foi o facto de ter conseguido convencer Boyle a regressar ao projeto. O realizador britanico deve ser dos mais irreverentes creiativos e versateis realizadores da atualidade e aqui tem mais um trabalho de mestre, de alguem que assim como o filme ficara com o tempo mais vincado pelas obras singulares que vai deixando pelo cinema.
No cast a repetiçao de papeis que deram a conhecer ao mundo estes quatro actores encaixam perfeitamente. Mcgregor foi o mais bem sucedido e aquele que acabou por mudar mais algo que encaixa perfeitamente na sua personagem. Mas o destaque o filme e o regresso de Carlayle a uma personagem mitica e que ele tornou-a assim.

O melhor – A forma como mais que se valorizar a si e um filme que valoriza em muito o primeiro filme.

O pior – Quando acaba queremos mais destas personagens


Avaliação - B+

Friday, June 02, 2017

The Batman LEGO Movie

Desde o sucesso instantaneo que o original The Lego Movie se tornou que se percebeu que tudo iria ser o inicio de uma nova saga no mundo de animação apostada no mundo dos famosos brinquedos. A primeira adaptação foi de imediato Batman que já tinha sido um dos personagens mais famosos do primeiro filme. Em termos criticos novamente o filme conseguiu chamar a atenção com avaliações essencialmente positivas. Já do ponto de vista comercial mais uma vez resultados bastantes coesos o que faz prever que a saga e para continuar com outras adaptaçoes.
Eu confesso que pela novidade, pela originalidade produtiva e de argumento fui um fa confesso do primeiro lego movie. Neste segundo capitulo e nesta adaptaçao penso que vale muito mais pela curiosidade de vermos algumas das figuras miticas do cinema e não so em versao lego, e algum humor, digamos bem adulto e disparatado para os mais novos, do que propriamente pelo filme em si naquilo que o mesmo significa enquanto um todo.
Temos o humor disparatado e satirico do primeiro filme, aqui temos momentos de primeira linha pela facilidade com que o mesmo consegue brincar com diversos aspetos quer conhecidos quer outros. Mais que um filme com uma base narrativa diferente parece sempre ser um filme satira e isso pode tirar algum impacto naquilo que em termos de mensagem passa para o outro lado, e mesmo o lado bom dos viloes acaba por ser insuficiente para levar o filme para um prisma moral mais elevado já que grande parte do tempo parece que o filme se preocupa mais naquilo que consegue dar em termos produtivos do que propriamente aquilo que e enquanto filme.
Ou seja por muito que as caracteristicas basicas do primeiro filme estejam presentes nesta sequela ou neste estilo, parece obvio que aqui o objetivo foi mais conseguir amealhar dinheiro juntando herois e lego do que propriamente fazer algo diferente partindo da ideia, e isso torna obviamente este filme muito menos valioso do que o que deu origem a toda a saga,
A historia e uma adaptação de Batman, conjugando um grupo de herois contra a plenitude de vilões da saga. O objetivo do filme e a criaçao de um grupo que de alguma forma coloque termo a ambiçao de Joker de destruir Gotham tendo para esse efeito a colaboraçao de diversos outros viloes.
Em termos de argumento na historia de base o filme e muito mais vazio do que o seu antecessor. Mesmo mantendo o mesmo estilo de humor, e um ou outro plano mais ideologico, acaba sempre por ter mais sucesso na sátira do que propriamente em outro apontamento narrativo do filme.
Na realizaçao o trabalho esta a cargo Chris Mckay uma novidade neste estilo de filme oriundo da televisao em termos de produçao o filme consegue um nivel elevado com movimentos mais de acçao. Esteticamente penso que tudo e mais confuso do que no primeiro filme.
O leque de vozes e vastissimo com diversas presenças que funcionam como Ralph Fiennes e Will Arnett em maior destaque: mas isto acaba por ser apenas mais um condimento aquilo que o filme é em termos produtivos.

O melhor – A produçao e o humor.

O pior – Claramente inferior ao primeiro filme


Avaliação - C+

Thursday, June 01, 2017

Drone

Os conflitos entre os estados unidos e o medio oriente, já foram abordados em diversos filmes, quer filmes com maiores recursos que se tornaram filmes de referência, quer filmes de serie b nos diferentes generos. Aqui mais do ponto de vista dramatico surge um filme sobre os efeitos dos efeitos colaterais. O filme é obviamente pequeno de baixo orçamento que estreou quase em um ou dois cinemas sem resultados visiveis e criticamente e daqueles filmes que a maioria dos criticos nem sequer avaliou
Normalmente alguns dos melhores filme acabam por ser filmes sobre casos especificos num contexto de guerra geral. Aqui temos isso ou seja um filme que vai para alem da base do conflito em si, mesmo analisando-a de uma forma de implicação, mas centra-se no conflito familiar provocado pela aparição de uma pessoa cujos objetivos acabam por nao ser inicialmente bem percetiveis. O filme tem nessa abordagem do especifico para o geral, alguma astucia mas depois na execução narrativa tem algumas, para não dizer bastantes dificuldades.
A primeira das quais passa por ir demasiado cedo aos pontos fulcrais sem os explicar, ou seja no final do filme nunca conseguimos perceber ao certo como e que a informação acabou por chegar com tanto detalhe ao vilão, e mais que isso a facilidade com que tudo corre parece ser mais o argumento a procura de que tudo encaixe rapidamente bem do que propriamente uma ordem natural, o que tira ao filme alguma maturidade na forma com que desenvolve a sua historia.
Por outro lado o final do filme, acaba por se tornar um contrasenso à moral aceitavel, ou seja rapidamente um filme que poderia se tornar numa forma de pensar sobre determinadas acções acaba por se tornar num thriller simples daquele em que existe um intruso em casa, e que acaba por despoletar uma escalada de agressividade ate ao desenlace final
A historia fala de um pai de familia que tem como profissão controlar drones de guerra para o CIA, numa profissao com um horario igual a tantas outras. Tudo fica pior quando aparece em sua casa um paquistanes cujas verdadeiras intenções estão relacionadas com o trabalho do pai da familia.
Em termos de argumento eu penso sempre que os raciocinios sobre as implicações de um conflito armado e os seus danos colaterais sao filmes com um significado interessante e este também consegue essa mensagem. COntudo em termos de execução narrativa parece-me que por vezes o filme tem algumas dificuldades em concretizar partes da historia saltando ou simplificando. parece tambem muito limitado em termos de personagens, mas isso e mais comum num filme declaradamente serie B.
Na realização Jason Bourque é um realizador essencialmente de televisão e de pouca dimensão, que tem aqui um filme em que sao obvias as dificuldades de orçamento pela forma com que quase nao arrisca nas sequencias de terreno. Não sera com filmes destes que as coisas se potenciam mais em termos de carreira.
No cast um conjunto de desconhecidos comandados por um Sean Bean que demonstra nao estar numa grande fase da sua carreira, sendo que a orientação de atores é normalmente um dos aspetos mais descuidado nos filmes de produtoras inferiores e aqui isso e notorio.

O melhor - A abordagem aos danos colaterais de conflitos armados.

O pior - A forma como o filme tem demasiadas caracteristicas de cinema serie B

Avaliação - C