Num ano completamente atípico em termos de temporada de prémios existe um filme pequeno, lançado pela Amazon que tem estado bastante presente nos prémios ate ao momento atribuídos, que tem sido este Sound of Metal. Depois de uma excelente receção critica e avaliações muito interessantes o filme pese embora seja pequeno tem sido um dos que mais aplausos tem recebido do grande publico nos últimos tempos, e poderá ser uma presença clara na próxima temporada de prémios.
Sound of Metal mais que um filme bonito ou dramático e um filme concetual do seu primeiro ao ultimo minuto. A forma como trabalha a surdez na forma como comunica com o espetador através de sons da ao filme um caracter muito particular que funciona principalmente na ligação que vai fazendo do espetador com o publico, que vai de alguma forma sentindo aquilo que o protagonista vai sentindo.
E se o filme em termos estéticos, definição e interpretações e encontra a um nível muito elevado, acaba por ser no desencadeamento narrativo que não consegue acompanhar esta excelência. Principalmente na definição do filme que tendo em conta o assunto deveria de alguma forma funcionar como o imperativo moral de tudo aquilo que assistimos. Fica a ideia que o filme planeia tudo de uma forma bastante convicta mas que posteriormente tem dificuldade em assumir uma posição que me parecia importante para transformar um filme de produção pequena em algo maior.
Mesmo assim num ano em que não fomos propriamente brindados com cinema de primeira linha fruto das contingências que vivemos, eis que surge um filme com alguns condimentos diferentes, susentendado por uma interpretação de primeira linha que faz com que mereça um sublinhado especial nesta epoca dificil
A historia fala de uma apaixonado baterista de uma banda de metal que aos poucos começa a perder a audição que o faz perigar não so a sua relação amorosa como acima de tudo a sua carreira musical. O filme aborda o conflito interno da personagem em se adequar a sua nova situação ou em tentar uma intervenção com riscos.
O argumento do filme tem bons momentos quer na forma como cria conflitos à personagem de difícil resolução bem como com a forma com alguns diálogos embora algo irrelevantes conseguem ser bem montados. O problema do filme e na sua definição final em que tudo acaba por ser na sua essência pouco ou nada trabalhado, deixando tudo demasiado em aberto
Acaba por ser no cast que o filme tem alguns dos seus melhores atributos principalmente na excelente construção dramatica e fisica de um Riz Ahmed que e surpreendente e merece muita atenção nesta temporada de premios já que me parece um actor a ganhar bastante dimensão e este um filme que muitas vezes funciona como impulso para outros voos. AInda podemos dizer que e muito bem acessorado por uma Colman a ganhar uma dimensão mais independente e um quase desconhecido Paul Raci que consegue ser o unico que partilha protagonismo com Ahmed.
O melhor - Riz Ahmed
O pior - A conclusão
Avaliação - B