Este pequeno filme foi exibido em alguns festivais o ano passado sem grande celeuma, era uma abordagem independente de uma realização simplista de takes seguidos. Os resultados contudo não foram brilhantes para o filme nesses mesmos festivais onde apenas conseguiu ganhar um prémio num festival menor, já que as suas criticas ficaram pela mediania. Assim mesmo conseguindo ter sido exibido em cinemas seleccionados os resultados comerciais foram escassos muito pela falta de figuras de montra que acabassem por dar mais visibilidade ao filme.
Quando comecei a ver este filme tinha expectativas curtas, já que um filme mediano independente normalmente são filmes demasiado soltos. Pois bem no final fiquei bastante surpreendido com o resultado final, de uma obra dividida, com intriga, bem realizada na forma como cada sequência é filmada num único take, onde o contexto e algo de relevante, fazendo lembrar o que Inarritu fez com Birdman, e que nos prende do inicio ao fim de forma a tentar perceber o que liga todo o puzzle, e nisso é um filme que cria impacto junto do espectador, já que o mesmo é emocionalmente forte na relação central, mas também na forma temporalmente dispersa nos cria questões que posteriormente vão sendo respondidas, com alguma criatividade mesmo que exista claras referências na abordagem do filme.
Pese embora a critica de que o filme possa ser uma espécie de Pulp Fiction sem carisma seja facilmente encaixada no filme, não é nunca de deixar de sublinhar a forma como o filme consegue criar uma química interessante entre as duas personagens centrais à custa de diálogos bem escritos, e de uma realização que potencia todo o contexto, claro que se pode por em causa a plausibilidade do filme, mas isso é uma questão que pode ocorrer em quase todos os filmes, sejam eles de grande estúdio ou independentes.
Por isso na minha opinião, e pese embora seja um filme de 2015, este Too Late é uma das pérolas independentes do ano atual, um filme que nos prende, emocionalmente forte, que tem uma realização e abordagem noir interessante, que se apruma na forma que quer dar, ou seja um filme com muitos elementos de um filme completo que talvez merecesse mais atenção não só da critica mas principalmente dos espetadores.
A história fala de uma jovem stripper que estranhamente é morta num monte, quando tenta encontrar ajuda de um detective privado, o filme aborda o relacionamento de ambos, as razões do mesmo e as consequências de tão trágico acontecimento.
Em termos de argumento o filme é forte, é recheado de diálogos interessantes, principalmente os mantidos pela personagem principal. Em termos de caracterização de personagens e relações o filme parece ter valor, já que a relação central acaba por ter força junto do espectador. Na originalidade podemos dizer que ela existe mesmo que não seja a característica central deste argumento.
Na realização para estreia em longas metragens podemos dizer que Hauck tem um trabalho interessantíssimo, pese embora seja claro muitas referências no seu trabalho, utiliza as mesmas com engenho e arte para potenciar um estilo próprio ao filme. Pena o resultado do filme ter sido modesto porque para arranque um trabalho como este deveria ter um seguimento interessante, quer como realizador quer como argumentista. O único senão, pode ser discutível a forma como o filme é pensado temporalmente e se isso trás algum benefício para o mesmo.
Em termos de cast um filme sem grandes figuras com excepção do sempre convincente John Hawkes, é um actor carismático com muitos recursos dramáticos e que penso que merecia mais atenção da critica e das produções de hollywood, ao seu lado uma boa interpretação de Crystal Reed, mais conhecida por Teen Wolf, que aqui dá um passo para o grande ecrã num filme bem diferente da serie. A sua interpretação fica na retina.
O melhor - A capacidade do filme aliar um bom argumento, uma realização ambiciosa e boas interpretações
O pior - A formatação temporal do filme pode não ser a melhor.
Avaliação - B
Wednesday, August 31, 2016
Ice Age: Collision Course
Há catorze anos na autentica explosão do cinema de animação, a 20 Century Fox conseguiu intrometer-se no duelo Pixar Dreamworks com uma historia sobre animais extintos na pré historias. Interessante é que passados quase catorze anos e quatro filmes a saga ainda exista, contudo numa saga sempre a descer, este ultimo capitulo foi aquele que mais baixo foi, desde logo em termos críticos onde foi o único que até ao momento obteve criticas essencialmente negativas. Também em termos comerciais houve um decréscimo total principalmente nos EUA onde o filme foi um autêntico floop amenizado pelos melhores resultados em termos mundiais.
Sobre o filme, o que podemos dizer nos últimos filmes já nos parecia que seria quase impossível dar algo de novo a uma saga que já tinha em si quatro filmes. Pois bem é óbvio neste filme que as ideias já se tinham esgotado e com a tentativa de dar uma ideia diferente com a inclusão do lado dos meteoritos e alegado big bang que o filme tinha menos por onde ir buscar às suas origens e ficar completamente despido quer de graça quer de sentido, e assim acontece.
Facilmente podemos dizer que para além de ser obviamente o pior filme de toda a saga é talvez um dos piores filmes de animação dos últimos anos. Desde logo porque todas as personagens principais dos filmes anteriores basicamente não existem neste, ou seja não existe qualquer espaço para as mesmas. A graça do filme deixa também de existir, com as sequências de humor quase sempre a não funcionarem e em termos narrativos é perceptível que o filme nunca consegue sequer encontrar um fio narrativo coerente para as personagens já conhecidas darem, pelo menos, o lado já conhecido de si.
Assim pensamos que aqui será o fim da saga, parecendo claro que não há espaço quer para as personagens já conhecidas e que sempre deram vida à saga mas também em termos produtivos, os bonecos não não cativantes a produção não tem inovação e mesmo as aventuras do esquilo e da bolota já não tem piada e já é elevada a um exagero que não funciona, e isso deve ser a clara mensagem aos produtores do filme, que o produto esgotou, e durar 14 anos já é bem bom.
O filme tem uma premissa algo diferente dos anteriores, desta vez as figuras conhecidas do filme anterior, tem que tentar desviar a queda de um meteorito que pode por em causa toda a sobrevivência do mundo terrestre e dos seres que nele habitam.
O argumento que sempre tentou dar uma luz, ou uma preservativa sobre as diferentes idades e períodos da pré historia, tem aqui a sua abordagem sobre o big bang e se até aqui as coisas até tinham lógica o filme nunca consegue potenciar a ideia, principalmente na sua concretização, onde faz desaparecer algumas das figuras principais dos filmes anteriores dando protagonismo a outras personagens sem o carisma ou força das mais conhecidas. Ou seja, na minha opinião uma péssima escolha.
Em termos de produção, percebemos que a evolução foi pouca quando analisamos o filme de 2002 e o actual e percebemos que não existem grandes diferenças técnicas, ter estagnado só era compreensível se narrativamente o filme fosse potenciado e isso acaba por nunca o ser.
No cast de vozes para além das figuras já conhecidas e que funcionam na pele que ajudaram a crescer podemos dizer que as novas inclusões não trouxeram nada de novo a um filme, já que as novas personagens ou as mais focalizadas também elas pouco funcionam.
O melhor - A durabilidade de um protejo de animação.
o Pior - A decadência de uma saga que já deveria ter acabado
Avaliação - D
Sobre o filme, o que podemos dizer nos últimos filmes já nos parecia que seria quase impossível dar algo de novo a uma saga que já tinha em si quatro filmes. Pois bem é óbvio neste filme que as ideias já se tinham esgotado e com a tentativa de dar uma ideia diferente com a inclusão do lado dos meteoritos e alegado big bang que o filme tinha menos por onde ir buscar às suas origens e ficar completamente despido quer de graça quer de sentido, e assim acontece.
Facilmente podemos dizer que para além de ser obviamente o pior filme de toda a saga é talvez um dos piores filmes de animação dos últimos anos. Desde logo porque todas as personagens principais dos filmes anteriores basicamente não existem neste, ou seja não existe qualquer espaço para as mesmas. A graça do filme deixa também de existir, com as sequências de humor quase sempre a não funcionarem e em termos narrativos é perceptível que o filme nunca consegue sequer encontrar um fio narrativo coerente para as personagens já conhecidas darem, pelo menos, o lado já conhecido de si.
Assim pensamos que aqui será o fim da saga, parecendo claro que não há espaço quer para as personagens já conhecidas e que sempre deram vida à saga mas também em termos produtivos, os bonecos não não cativantes a produção não tem inovação e mesmo as aventuras do esquilo e da bolota já não tem piada e já é elevada a um exagero que não funciona, e isso deve ser a clara mensagem aos produtores do filme, que o produto esgotou, e durar 14 anos já é bem bom.
O filme tem uma premissa algo diferente dos anteriores, desta vez as figuras conhecidas do filme anterior, tem que tentar desviar a queda de um meteorito que pode por em causa toda a sobrevivência do mundo terrestre e dos seres que nele habitam.
O argumento que sempre tentou dar uma luz, ou uma preservativa sobre as diferentes idades e períodos da pré historia, tem aqui a sua abordagem sobre o big bang e se até aqui as coisas até tinham lógica o filme nunca consegue potenciar a ideia, principalmente na sua concretização, onde faz desaparecer algumas das figuras principais dos filmes anteriores dando protagonismo a outras personagens sem o carisma ou força das mais conhecidas. Ou seja, na minha opinião uma péssima escolha.
Em termos de produção, percebemos que a evolução foi pouca quando analisamos o filme de 2002 e o actual e percebemos que não existem grandes diferenças técnicas, ter estagnado só era compreensível se narrativamente o filme fosse potenciado e isso acaba por nunca o ser.
No cast de vozes para além das figuras já conhecidas e que funcionam na pele que ajudaram a crescer podemos dizer que as novas inclusões não trouxeram nada de novo a um filme, já que as novas personagens ou as mais focalizadas também elas pouco funcionam.
O melhor - A durabilidade de um protejo de animação.
o Pior - A decadência de uma saga que já deveria ter acabado
Avaliação - D
Sunday, August 28, 2016
Everybody Wants Some
Se existe algo que é
indiscutivel no cinema é que Richard Linklater é um dos maiores
cineastas do cinema moderno, nem tanto pelos agradaveis produtos
finais dos seus filmes, mas principalmente pelo processo da sua
produçao e sua realizaçao, fazendo com que os filmes sejam mais do
que as imagens mas experiencias. Este ano surge uma dissertação
sobre a loucura da entrada da universidade com este filme, que pega
precisamente onde Boyhood acabou com outras personagens o resultado
critico foi positivo embora menos entusiasmante do que o seu filme
anterior, em termos comercias os seus filmes tem um valor limitado,
dai que apenas podemos dizer que cumpriu os minimos.
Sobre o filme, podemos
dizer que Linklater tem uma forma de abordar os seus filmes, pelo
menos a maoria deles diferente da maior parte dos outros
realizadores, nos filmes são sobre personagens e momentos, não
temos uma linhagem narrativa, um climax, um conflito nada, ele tenta
retratar o dia a dia ou os momentos das pessoas de uma forma natural
com conversas naturais e isso e que faz do seu cinema interessante, a
forma como consegue construir personagens tao interessantes que nos
diga que aquele momento dela e especial, e o filme consegue isso, que
o grupo tenha impacto junto mas que tambem individualmente o filme
tenha esse interesse com um naipe interessante de personagens muito
bem montadas.
Depois temos talvez o
melhor filme de adolescentes do ultimo ano, o filme e mesmo isso,
festa e euforia de um grupo de pessoas diferentes, claro que temos um
autentico exagero, mas e um filme em que as personagens valem por si,
ou seja os detalhes de cada um nos momentos do filme, fazem-no ser ao
mesmo tempo engraçado como carismatico e nisso, Linklater sabre
tirar das palavras e das situações o melhor que se pode tirar deste
objeto.
O lado negativo a meu
ver prende-se com a personagem central, debruçando-se um filme numa
personagem especifica essa não pode perder todas as cenas para os
secundarios, e ai penso que a culpa é desde logo na construçao
menos conseguida da personagem em si e da sua caracterizaçao mas
tambem a meu ver da forma como a interpretaçao acaba por não dar
carisma a personagem, e aqui o filme perde alguma força.
A historia segue uma
equipa universitaria de basebol, sob o ponto de vista de um caloiro
que é integrado naquela comunidade e no fim de semana de festas que
antecede o primeiro dia de aulas, e da mudança brutal na rotina
daquela pessoa.
Em termos de argumento,
o filme funciona, numa abordagem narrativa sem que nada aconteça,
temos um filme rico em dialogos com muitas personagens todas elas
diferentes e que dao força ao filme, sendo o unico senão o pouco
aproveitamento da personagem central, claramente pior que todas as
outras.
Em termos de realizaçao
o trabalho de Linklater e dificil porque tem que criar e satirizar
com o mundo dos anos 80 e fá-lo ao limite com algum exagero que
acaba por ser pensado como forma de humor, e nisso o filme funciona
pois coloca-nos a olhar para o guarda roupa, decoraçao das festas e
banda sonora.
Sem recorrer a qualquer
figura conhecida, pelo menos muito conhecida o cast funciona
perfeitamente com optimas interpretaçoes da maioria dos escolhidos,
com excepção para Blake Jenner e a ele que Linklater da o papel
principal, mas quer pela construçao da personagem mas tambem por uma
maior rigidez interpretativa do actor e falta de carisma o filme
parece ser muito mais interessante quando esse protagonismo não é
assumido, num filme que tinha tudo para dar à luz uma nova estrela.
O melhor – A forma
como Linklater faz bons filmes de coisas simples.
O pior -Blake Jenner e
o seu Jake
Avaliação - B+
Ratchet and Clank
Uma das fontes de
inspiração para alguns dos filmes de holywood foram jogos de
computador ou consola famosos. Principalmente estes titulos dão
origem a filmes de carne e osso, mas no caso deste famoso jogo da
Play Station deu origem a um filme de animaçao. O resultado deste
projeto foi a todos os niveis desolador, ou seja em termos criticos
avaliaçoes muito negativas, e comerciais sem qualquer registo o que
deve por si só ter posto de lado qualquer ideia de fazer deste filme
o inicio de uma saga.
Desde logo confesso que
sempre achei o famoso jogo de computador algo aborrecido, demasiado
inventado sem grande paralelismo com qualquer universo dai que seria
sempre dificil ficar rendido a um filme sobre a mesma temática. Mas
colocando de parte este principio podemos facilmente dizer que se
trata de um obvio filme de segunda divisao de animaçao não só no
argumento mas mesmo tecnicamente.
Em termos de argumento
temos uma historia espacial tipica do pobre e remendado que se torna
heroi, e uma serie de cliches que encontramos em todas as animaçoes
de serie B, ou seja temos pouca originalidade, temos pouca ou quase
nenhuma mensagem, temos aquela tipica historia de alguem que quer
destroir o mundo e alguem tem que salvar, o que numa industria
totalmente implementada como a que temos hoje na animaçao me parece
completamente muito curto.
Também em termos
tecnicos temos um filme com algumas deficiencias mesmo que estas
sejam menos visiveis do que em termos narrativos. Temos pouca
originalidade e creatividade na construçao dos planetas, temos
bonecos criados sem grande sentido. Em termos positivos alguns
apontamentos de humor isolados, e mesmo estes nem sempre funcionam.
A historia fala de uma
especie de rato que sonha entrar para um grupo restrito de soldados
herois que quer salvar a galaxia, acaba por junto de um robot
defeituoso integrar este grupo na luta contra os planos de um
cientista louco que tem como unico objetivo destruir todos os
planetas.
Em termos de argumento
temos um simplismo quase gritante, parece-nos já termos ouvido esta
historia pelo menos milhares de vezes em termos humoristicos o filme
funciona a espaços, mesmo que muitas das tentativas declaradas de
fazer humor nem sempre funcione.
Em termos de realizaçao
temos a cargo deste filme uma dupla quase inoperante que teve como
trabalho mais visivel uma adaptaçao de animaçao das Tartarugas
Ninja ao cinema. Percebe-se que a tarefa esta cumprida mas que lhe
falta alguma originalidade e creatividade na produçao, que nem
sempre é esteticamente interessante.
Por fim no leque de
vozes podemos dizer que recuperar as vozes originais do jogo as
personagens centrais e uma boa escolha, sendo depois as escolhas de
Giamati, Dawson, Stallone e Goodman elementos interessantes que
encaixam bem no perfil das personagens que dão voz.
O melhor – Alguns
apontamentos de humor, principalmente a ligação dos empregados do
vilao com telemoveis
O pior – O argumento
sem mensagem declarada
Avaliação - D+
Saturday, August 27, 2016
Edge of Winter
Pode um filme
independente com quase nenhuma ambiçao comercial ou critica
conseguir captar para si duas das figuras em maior ascensão no
cinema atual. É estranho mas é verdade, Kinman e Holland são duas
das revelações dos ultimos anos e tem aqui um despique pai filho
que passou ao lado dos mais desatentos, desde logo porque foi um
filme com criticas extremamente medianas, e porque por outro lado
comercialmente foi um filme com pouca expansão, ou seja não
existiu.
Sobre o filme podemos
dizer que se trata de um tipico filme de matine de canal generalista,
ou seja tem um argumento basico e linear, e que no final perde algum
norte daquilo que quer dar, tendo muita dificuldade em se concluir
com um climax, que acaba por não ter, alias um thriller como este
com alguns momentos de alguma suspense teria obviamente que ter uma
conclusao mais assertiva e emocionante o que não tendo acaba por não
concretizar qualquer ideia do filme.
Mesmo no que diz
respeito a personagem central percebe-se sempre que o mesmo vai numa
escalada de desespero que me parece que o filme não utiliza como
deve ser, num tema algo actual como a regulaçao de poder paternal
entre progenitores separados o filme dasaproveita por completo a
ideia dando-lhe uma roupagem simplista do jogo do gato e do rato, com
os bons e maus extremamente bem definidos.
Talvez por isso seja um
filme independente de poucos recursos que daqui a uns meses poucos ou
nenhuns se recordarão, estranho é que no melhor momento da carreira
de ambos os protagonistas surja este filme cinzento sem grande cor,
que de alguma forma serve de time out ao que surgiu e ao que promete
surgir
A historia fala de dois
irmãos que sao deixados junto do progenitor com quem tem pouca ou
nenhuma relaçao. De imediato começam a perceber que o comportamento
daquele é instavél, tornando-se ainda pior quando para se abrigar
do inverno tem de ficar retidos numa cabana,
Em termos de argumento
temos uma estrutura simplista já utilizada de diversas formas em
temas muito semelhantes. Nao aproveita a atualidade do tema e pior
que isso, não consegue aproveitar uma personagem que tinha corpo
para mais. E um filme que não consegue crescer muito pelo seu
argumento.
Realizar em contextos
de inverno duro e pior que isso em pequenas cidades e quase sempre
feito da mesma maneira e este filme não consegue fugir ao
tradicional elemento escuro e pouco mais. Nao tem nenhum sublinhado
particular neste ponto de um realizador com o seu projeto mais
visivel.
Em termos de cast, duas
sensações diferentes, por um lado que Holland e um caso serio de um
actor jovem com recursos, pese embora o filme não os potencie e
clara a sua segurança em qualquer papel, já Kinman parece ter
dificuldades em convencer quando deixa de ser o simples heroi de
acção. Aqui tem talvez em termos de cinema o seu papel mais
exigente e o resultado não é perfeito.
O melhor – Tom
Holland
O pior – Não ter um
climax definido
Avaliação - C-
Star Trek : Beyond
Depois de ter ficado
orgão do seu potenciador, Star Trek tinha neste filme a missão de
fazer funcionar uma das sequelas que renasceu melhor nos ultimos
anos, no cinema de grande produçao, com JJ Abrhams apenas na
produçao. Os primeiros resultados foram interessantes para um filme
que aguardou para o fim da festa nos sempre concorridos meses de
verão. Em termos criticos e pese embora uma descida ligeira o filme
conseguiu novamente reunir em seu torno boas criticas. Comercialmente
os resultados nos EUA sem serem explosivos sao consistentes
principalmente num ano onde muitos dos filmes acabaram por se tornar
neste mercado um autentico desastre. A nivel mundial as coisas ainda
sao precoces de serem avaliadas.
Eu confesso que nunca
fui fa dos capitulos mais antigos, mas gostei da forma atual e bem
conhecedora do cinema de entertenimento que Abrhams conseguiu nos
novos filmes, em dois capitulos que mantiveram uma consistentes muito
grande. Neste filme temos claramente um filme menor, principalmente
porque e um filme em termos de narrativa muitos mais simples, direto
ao ponto, muito mais preocupado em potenciar os efeitos especiais do
que a graça e a relaçao entre as personagens e isso empobrece o
filme principalmente quando comparado com os filmes anteriores.
Mesmo assim o filme
ganha na sua segunda parte a uma primeira parte amorfa, no final
temos aquilo que melhor funcionou nos filmes anteriores, a graça e a
quimica entre muitas personagens e o sentido de grupo, e aqui o filme
recupera em parte algumas das virtudes que fizeram de si um sucesso
claro. Na primeira parte parece mais um simples filmes blockbuster de
grandes dimensoes, quase sem personagens e so acçao.
Outro dos elementos que
o filme perde relativamente ao seu anterior e no vilao. Nao que Elba
seja muito pior actor do que Cumberbacht mas a personagem do segundo
e muito mais trabalhada e interessante do que um vilao com dimensao
quase inexistente o que acaba por ter como força um conjunto de
efeitos especiais para mostrar a sua força, e isso pode ser
considerado alguma debilidade narrativa.
A historia segue a
tripulaçao da enterprise na tentativa de encontrar novos povos, aqui
acabam por ser atraidos para um planeta desconhecido onde vao ser
alvo da ira de um tirano ser que tem como objetivo bem mais do que
matar a tripulaçao.
Em termos de argumento
temos na base um filme muito mais simples e menos interessante do que
os anteriores, ou seja naquilo que o filme tras de novo a saga temos
muito pouco. Consegue na fase final recuperar alguns dos recursos
principalmente comicos que os primeiros filmes tem e acaba por salvar
melhor a cara na segunda parte do filme.
Lin normalmente mais
relacionado com os sucessos de Velocidade Furiosa tem aqui uma tarefa
dificil substituir Abrhams que e mais que um simples realizador, é
um cineasta, o filme tem dimensao, e acaba por ser nos detalhes que
percebemos que Lin e mais tarefeiro do que criados, principalmente
quando analisado em comparaçao.
E interessante o feito
do filme recuperar quase todos os principais actores, e acaba por dar
uma quimica mais interessante as personagens mesmo que sete anos
depois percebemos que se trata de actores limitados para um tipo de
registo, acabam por encaixar neste filme bem. No vilao Elba tem o
azar da personagem ser demasiado basica.
O melhor – O filme
recuperar o humor e quimica das personagens na sua fase final.
O pior – Ser
claramente um filme mais parecido com os basicos filmes de acçao de
verão
Avaliação - C+
Friday, August 26, 2016
Five Nights in Maine
Existem pequenos filmes
de realizadores em inicio de carreira, que tem como objetivo fazer
carreira em pequenos festivais que abram portas do sucesso para o
mercado americano. Em 2015 um desses filmes foi este Five Nights in
Maine, que pese embora tenha ganho alguns premios nesses festivais
não entusiasmou a critica dai que so um ano depois tivesse luz
verde, tendo estreado com resultados comerciais muito baixos para um
filme que pela sua visibilidade muitos não vao sequer ter
conhecimento.
Os filmes sobre luto,
são sempre filmes com uma toada dramatica pesada, e este filme acaba
por ter esses ingredientes principalmente ao ser um filme que se
baseia em exclusivo no sentimento simples de cada uma das duas
personagens. Aqui o filme pode e é quse sempre redutor, pese embora
a inconstancia da personagem feminina vá dando algum conflito ao
filme sabemos de imediato que tudo podera acabar apenas de uma
maneira, aquela que rapidamente une as pessoas na dor, e aqui reside
o grande problema do filme, é demasiado previsivel nos seus
processos e quase nunca consegue que o sofrimento bem pautado na
interpretaçao dos seus actores acabe por si so por ser a força e
alavanca do filme.
Esta falta de força
acaba por ser comum nos filmes independentes que não saem do patamar
de mediania, ou que se focam em apenas um ponto tornando-os
essencialmente redutor. Nesse particular parece-me que o filme
poderia explorar mais a personagem central, basicamente o mesmo
apenas responde a forma como a outra personagem vai gerindo
emocionalmente o filme, e quando o filme incide sobre uma personagem
quase sempre inexistente parece aqui haver espaço a mais.
Ou seja um filme que se
observa mas que tem dificuldade em deixar um registo significativo no
espetador, nos momentos em que o filme poderia conduzir a melhores e
mais emotivos dialogos o filme tem medo de arriscar, acabando por
como a maioria dos filmes sobre luto se tornar cinzento, sem
transmitr qualquer mensagem sequente.
A historia fala de um
recem viuvo que decide deslocar-se até uma pequena aldeia para
conhecer a sogra uma pessoa com um estranho temperamente que fica
agudizado pelo acontecimento trágico que une ambas as personagens.
Em termos de argumento
parece-me claramente um filme demasiado simplista e ao qual falta
algum rasgo de originalidade e creatividade. Ou seja parece
obviamente que o filme desenvolve mais uma personagem do que outra e
isso desiquilibra em termos narrativos o filme. Tambem em termos de
elementos diferenciadores tem alguma falta dos mesmos.
Na realizaçao Maris
Curran como todo o filme tem uma realizaçao simples, sem grande
brilho aposta principalmente em planos muito proximos das personagens
como forma de transmitir emoçoes algo que e standart e que não
permite tirar grandes ilaçoes sobre uma realizaçao quase como todo
filme algo cinzenta.
Por fim no cast depois
de Selma Olayelo tem tido algumas dificuldades em encontrar o filme
que lhe permita consolidar a carreira, aqui ate poderia ter o filme
ideal nas mão, mas parece sempre que a personagem e condicionada e
deixa todo o terreno para uma Weist veterana em boa forma que acaba
por nos dar a interpretaçao do filme, e o unico ponto em que o filme
obtem algum relevo.
O melhor – Diane
Weist
O pior – O filme
nunca conseguir utilizar a força emocional em beneficio proprio
Avaliação - C
Monday, August 15, 2016
The Shallows
É normal entre
lançamentos dos projetos maiores das produtoras de cinema surgirem
filmes com mencanismos mais simples apostados em tentar surpreender
um mercado sempre antento a alguns filmes com conteudos especificos.
Esta talvez seria a aposta para este filme que surpreendentemente
tendo um argumento claramente serie B conseguiu reunir algumas boas
avaliaçoes que na generalidade foram satisfatorias. Comercialmente e
sempre numa epoca de competiçao feroz podemos dizer que o filme teve
resultados medianos, não foi um desastre mas tambem não surpreendeu
num mercado cada vez mais previsivel.
Sobre o filme e depois
de vermos o trailer podemos facilmente perceber que é um filme
simplista quase serie B, mas com tecnicas e efeitos de primeira
linha. Ou seja um argumento praticamente inexistente, com uma logica
completamente incoerente mas que se salva do desastre total nas
habilidades e nos efeitos de ponta que acaba por ter. Desde logo a
inovação das camaras de açao que da ao filme um aspeto real
claramente forte, e por outro lado optimos efeitos especiais na
criaçao do montro aquatico, acabam por tornar num filme muito
previsivel em argumentos num espetaculo visual interessante.
Mas as mais valias do
filme acabam por aqui, que em termos de personagem de desenvolvimento
da historia e mesmo na forma como tudo se acaba por compor o filme no
maximo dos maximo um serie B de baixa qualidade, ou seja tudo e
demasiado mecanizado e previsivel, percebemos perfeitamente que o
filme não tem espaço para grande originalidade e creatividade e
quando assim e, sao filmes de alcance muito curto.
Ou seja uma boa
produçao mas claramente um filme muito pouco trabalhado naquilo que
enquanto historia da ao espetador que desde inicio a fim do filme
consegue perceber tudo o que o filme nos vai dar. Mesmo em termos de
limite da sobrevivencia parece-nos que o filme poderia e deveria ter
sido mais trabalhado.
A historia fala de uma
jovem estudante de medcina que visita uma praia aconselhada pela sua
falecida mãe para surfar ate que se ve encurralada por um perigoso
tubarão.
Em termos de argumento
o filme e o que as duas linhas anteriores descrevem, um argumento do
mais simples que há memoria, pouco trabalhado, um filme onde falta
personagens dialogos, nada original e totalmente copiado de milhares
de filmes de serie B, o que é claramente pouco para um filme com
alguns meios.
Em termos de realizaçao
Serra tem colecionado alguns dos filmes menos valorizados de Liam
Neeson. Neste filme tem uma realização actual, e com muita açao
bem traduzida para as camaras, podemos dizer que e um filme facil de
trabalhar com os meios ao dispor, mas parece-me claramente mais mão
de realizador do que nos seus filmes anteriores.
No cast o filme e one
woman show para Blake Lively uma actriz que ainda vive muito da sua
imagem fisica como fica demonstrado na primeira meia hora de filme,
na hora seguinte temos uma entrega fisica interessante mas penso que
ainda e curto para determinar se temos actriz para outros voos.
O melhor – A forma
actual de captar imagens com recurso as tecnologias atuais.
O pior – O argumento
de filme serie C
Avaliação - C
Saturday, August 13, 2016
Disorder
Existem diversos
filtros que fazem com que apenas filmes mais conhecidos e de melhor
resultado critico e comercial na europa consigam chegar e ser
distribuidos nos EUA: Um dos filmes lançados o ano passado que este
ano viu a luz do dia nos cinemas americanos foi este Maryland, que
nos EUA ganhou um novo nome, ou seja Disorder. Depois de uma recepçao
interessante no Festival de Cannes o filme recolheu resultados
criticos interessantes, já comercialmente ao não ser um filme
falado em inglês terá as dificuldades naturais para se impor num
competitivo mercado.
Sobre o filme, desde
logo podemos dizer que Disorder é um filme com caracteristicas
vincadas de cinema europeu, ou seja persoangens marcadas pelo
passado, um filme silencioso que quase sempre tenta nos dar sensaçoes
de desconforto, e poucas linhas de dialogos apontando para um final
onde se centra muito das apostas do filme e o que vai determinar se
tudo acaba por funcionar ou não para o espetador. Pois bem na minha
opinião sendo o final o melhor do filme acaba por tudo o resto ser
muito monotono e parado para fazer o twist final funcionar.
Por outro lado penso
que mesmo o final deveria ser mais objetivo mais concreto naquilo que
quer transmitir, pois mesmo assim podem surgir duvidas relativamente
ao que aconteceu e penso que num filme tao lento como este o unico
ponto de alguma vida deveria ser mais objetivo, mesmo que
implicitamente seja um final interessante quando observado na
conjetura de um filme que ate nos parece com um bom fio condutor e
uma ideia de base de primeiro nivel, parece é que execuçao não
permite que o filme tenha o impacto que o argumento, pelo menos a
base do mesmo merecia.
Ou seja um filme com
algumas das virtudes do cinema europeu, unico na forma como transmite
inquietaçao das personagens, mas com defeitos do mesmo cinema
principalmente nos filmes de menos dimensao, ou seja um ritmo
demasiado pausado, processos longos, poucos dialogos, muitas
sequencias de camara parada, que o tornam ao longo da sua duraçao
muitas vezes aborrecido, morto, sendo resgatado mas sem o mesmo tipo
de efeito para um fim mais interessante e que com outro tipo de
desenvolvimento poderia ter levado o filme para outros patamares.
A historia fala de um
ex-militar contratado para servir de guarda costas a esposa de um
libanes, contudo rapidamente começam a sofrer ameaças externas que
tera de o colocar no maximo alerta onde percebe que as suas condiçoes
mentais sao diferentes daquelas que tinha no periodo que antecedeu as
suas funçoes como militar.
Em termos de argumento
podemos dizer que o corpo da historia, é interessante, original e
funciona, o problema e na sua concretizaçao e em promenores, e quase
sempre um filme muito parado, onde as personagens passam grande parte
do tempo caladas, tornando este argumento algo enfraquecido, mesmo
partindo de um corpo bastante interessante.
Winocour e uma
realizadora ainda jovem que tem aqui o seu projeto mais mediatico,
conseguido reunir dois actores com experiencia de Hollywood o
resultado e claramente trandicionalista europeu com imagens muito
focadas no protagonista e no seu sofrimento sendo que aqui o filme
não tem nada de novo relativamente ao que já se faz na europa.
Esperamos os seguintes filmes para traçar o seu perfi.
Em termos de cast, o
filme tem todo o peso na interpretaçao de Schoenaerts, o actor cada
vez mais presença vincada em filmes europeus e americanos tem aqui
talvez um dos papeis de maior destaque na sua carreira, na qual
cumpre, pese embora fique a impressao que a personagem dava para
mais, e que o actor fruto de um guiao concretamente frouxo não da
tudo o que a personagem poderia dar, já Kruger muito mais figurante
não teve um papel de tanto destaque.
O melhor - O fio
condutor do argumento
O pior – Ser durante
grande parte da duração um filme demasiado silencioso
Avaliação - C+
Thursday, August 11, 2016
Neighbors 2: Sorority Rising
Dois anos depois de
Seth Rogen e Zac Efron ter levado a rivalidade entre vizinho ao
maximo, e se ter tornado numa das comedias de maior sucesso comercial
e critico deste ano eis que surge a sua natural sequela. Como é
habitual em sequelas de filmes comicos, os resultados principalmente
comerciais foram muito piores, com resultados, principalmente nos EUA
desoladores, criticamente as coisas foram mais medianas do que o
primeiro filme, mesmo que comparativamente com outras comedias não
se podera considerar o resultado deste filme como um desastre.
Desde logo confesso que
ao contrario da maioria das pessoas não fui um fã do primeiro
filme, achei que tinha um humor repetitivo demasiado fisico e quase
sempre sem graça. Este e claramente um filme de espetro muito mais
simples, no que diz respeito ao exagero ao lado fisico, pese embora
continue a ser o humor predominante, mas como é um filme mais curto
torna-se menos cansativo sendo tambem minha opiniao que em
determinados momentos o filme em termos comicos funcione melhor,
demonstrando um humor mais actual e claramente menos sexualizado.
E obvio que ao ser um
filme mais curto e um filme menos trabalhado dai que sera facil
entender algum desanimo para quem gostou do primeiro filme, no
sentido oposto que não gostou do primeiro filme pode-se sentir mais
confortavel num filme menos exagerado, com um humor mais escrito e
menos fisico, mesmo que seja claro que todos os filmes de Rogen
tenham sempre os mesmos temas e torna os filmes extremamente
repetiviso.
E obvio que em termos
de novidade o filme e menos convincente do que o primeiro, ou seja
temos uma historia já conhecida e a repetiçao principalmente na
base do filme e claramente obvia em todo o filme. Mesmo assim
parece-me estarmos perante um filme mais basico, de objetivos mais
faceis de cumprir e por isso na minha opiniao um melhor filme.
A historia segue as
personagens do primeiro filme sendo que a vizinhança esta a cargo de
uma irmandade feminina que se quer concentrar mesmo ao lado do casal
de protagonistas, que nesta disputa vai ter um aliado de pese, e um
velho conhecido de outras rivalidades.
Em termos de base o
argumento deste filme e semelhante ao primeiro, contudo em termos de
humor podemos dizer que a simplicidade de processos faz o filme em
momentos ter mais graça mesmo que nem sempre seja um filme coeso e
eficaz neste ponto.
Na realizaçao Stoller
regressa ao seu principal papel, e podemos dizer que o faz da forma
que nos habituou um realizaçao actual em prol do humor de um
realizador que raramente sai da sua zona de conforto sendo assim
dificil analisar o seu real valor.
No cast Efron e Rogen
repetem papeis que encaixam no seu estilo de actor comico, sendo que
a inclusao de Moretz não e propriamente daquelas que dá forma a uma
actriz que já mostrou outro tipo de pregaminhos em filmes de melhor
nivel. Penso que a jovem nem sempre esta a tomar as melhores decisoes
da sua carreira
O melhor – Mais
objetivo no humor do que o primeiro filme.
O pior – Repetiçao
dos mesmos temas de todos os filmes de Rogen
Avaliação - C
Wednesday, August 10, 2016
God's Not Dead 2
Dois anos depois do
primeiro filme desta saga sobre a crença da religiao catolica ter
supreendido com excelentes resultados, no meio da epoca pascal. Eis
que dois anos depois e mesmo resisitindo ao desastre critico do
primeiro filme surgiu a sua sequela com os mesmos objetivos bem
definidos ou seja um filme claramente sobre crença religiosa crista,
algo que se tornou muito comum nestes dois ultimos anos no cinema
americano. O resultado critico deste segundo capitulo foi basicamente
o mesmo, ou seja, um desastre completo, por seu lado em termos
comerciais baixou e muito aquilo que o primeiro filme conseguiu
fazer, quem sabe pondo termino a um franchising com um estilo que
parecia ter-se instalado.
Em penso que sera
sempre dificil fazer a analise deste lado pondo de lado as nossas
crenças religiosas. Desde logo e de ateu assumido que sou, parece
claramente que se trata de um filme que aborda uma rotaçao
completamente diferente daquela que estamos habituados. Ou seja
parece sempre ser um filme com uma abordagem estranha sobre um não
tema, pelo menos da forma como as coisas se põe.
E o que é este não
tema, e uma guerra contra a crença crista que não existe, sendo com
total normalidade principalmente nos paises mais desenvolvidos que se
aceita a crença de cada um. Ou seja o filme tenta descrever uma
sociedade que repodia e não deixa as pessoas exprimir a sua religiao
algo que claramente não existe, tentando sim potenciar um fanatismo
religioso sem qualquer tipo de sentido, sendo uma mensagem muito
dificil de aceitar.
E depois deste ponto, e
mesmo pensando que o filme adopta uma forma diferente de comunicar
alguns pilares da religiao atravez de cinema e musica mais actual,
penso que a mensagem é semelhante, de o lado bom ser o nosso e todos
os outros e mau, o que claramente pelo menos na minha forma de ver
nunca deve ser a maneira que se exprime qualquer tipo de religiao.
A historia segue desta vez uma professora que depois de fazer numa aula referencias a vida de Jesus Cristo tem um processo civel devido ao facto de tentar potenciar nos seus alunos uma crença religiosa algo que não estaria na lei daquele pais.
A historia segue desta vez uma professora que depois de fazer numa aula referencias a vida de Jesus Cristo tem um processo civel devido ao facto de tentar potenciar nos seus alunos uma crença religiosa algo que não estaria na lei daquele pais.
O filme deve ser
diferenciado na mensagem que tras, claramente assumida como de
religiao cristã e pouco mais, como filme e claramente um filme
esteriotipado com uma diferenciaçao quase patetica entre bons e maus
num estilo de filme que já não se usa.
Na realiaçao um
expriente realizador sempre ligado a este tipo de registos Harold
Cronk que teve o seu maior sucesso no primeiro capitulo desta saga
tem aqui um trabalho muito semelhante ao primeiro filme, o estilo
televisivo sem grande rasgo, num genero onde o sucesso e dificil e
ainda mais o louvor dos espetadores.
No cast este filme
assim como o primeiro não tem figuras de proa mas sim actores em
mare baixa da carreira, Joan Hart depois de vinte anos dos seus
sucessos tem uma personagem desinteressante claramente serie B, não
sendo com este filmes que relança carreira nenhuma, já Ramis
protagonista de alguns bons filmes no final do seculo passado e
sempre agradavel de se ver, mesmo que as coisas nunca funcionem
O melhor – Alguma
actualidade da religiao
O pior – A forma
completamente fora do mundo de definir expressao religiosa
Avaliação - D+
Tuesday, August 09, 2016
Suicide Squad
Desde o momento em que
foi anunciado e posteriormente a forma como o seu trailer foi um
sucesso universal que esta reunião de vilões da DC se tornou de
imediato um dos acontecimentos cinematograficos para este 2016, ainda
mais quando foi mencionado que o mesmo seguia a dimensao DC dos super
herois. Pois bem pese embora Agosto não seja habitualmente um mês
de grandes sucessos o resultado comercial do filme aparentemente é
muito bem conseguido. Ja criticamente ainda não foi desta que a DC
voltou aos sucessos conseguidos principalmente com The Dark Knight,
com resultados abaixo das expetativas.
Sobre o filme, podemos
dizer que integrar um filme sobre viloes da DC num contexto de um
universo que trara muitos filmes pode ser uma escolha ambiciosa
principalmente se posteriormente os quiser mudar de lado, e pela
empatia entre espetador e publico. E nesse particular mesmo sendo um
filme corajoso penso que rapidamente condicionou aquilo que estas
personagens podem fazer no futuro com excepçao de Joker que quase e
um cameo no filme, ou não fosse um dos maiores trunfos daquele
universo. Mas para alem de arriscado nesta ideia o filme corre poucos
riscos, principalmente narrativos onde o filme na sua linha central é
limitado, sem profundidade sem capacidade para tornar algumas
personagens mais do que duas linhas de caracterizaçao.
Mas com estas
limitaçoes é possivel fazer um filme interessante, o resultado ate
pode ser positivo, o filme começa bem a primeira hora tem diversos
promenores, tem irreverencia, tem sentido de estetica ou seja tudo o
que um filme politicamente incorreto necessita, e nisso o filme
principalmente em promenores e principalmente na primeira hora
funciona e bem, sendo a caracterizaçao dos personagens alguns dos
melhores momentos.
Na segundo hora o filme
tem o seu curto sumo a não ser suficiente para o elevar
principalmente quando comparado com alguns filmes do universo marvel,
acabando por encaixar mais na mediania que os filmes da DC tem
ocupado desde que este universo foi inventado. Ou seja a lufada de ar
fresco que muitos pensariam que este filme seria, apenas cumpre pela
metade, e com um particular sublinhado para um dos melhores elementos
do filme, a banda sonora.
A historia segue a
acção de Batman VS Superman, depois do desaparecimento de super
homem e com receio que um novo ser poderoso surja com intençoes mais
negativas, uma agente dos serviços de inteligencia cria uma equipa
de força com alguns dos maiores viloes da terra que de imediato tem
de ser postos a prova.
O argumento não é
brilhante, pese embora pegue numa das ideias mais cretivas da DC, a
forma como o filme cresce não nos parece muito original, quer na
historia de base, quer na pouca prespetiva e complexidade que da a
maioria das personagens, com excepçao das duas centrais. Nao e um
filme de personagens e normalmente isso diferencia um optimo
blockbuster de um produto mais mediano.
Ayer e um bom
realizador ao longo do tempo em diversos contextos, principalmente
policia já demonstrou um sentido de realismo interessante. No filme
com mais meios e com os holofotes perante si, tem uma realiaçao de
mais a menos, uma fase inicial interessante que vai desaparecendo ao
longo do filme, para se tornar quase numa obra de tarefeiro, eu
particularmente esperava mais autor e menos operário.
No cast, com uma numero
elevado de personagens o encaixe dos actores em figuras já
conhecidas seria importante, e o maior destaque vai para Robbie e a
sua criaçao de Harley Quinn, brilhante, engraçada, na vertente
comica que diferencia o filme, ao seu lado Smith recupera o carisma e
boa forma em filmes de acçao que tinha perdido nas suas ultimas
tentativas. DO lado mais negativo Kinnman parece demasiado preso a
uma personagem que tambem nos parece mal criada, e também Delavigne
parece demasiado não atriz para ser a vila de um filme com este
peso. Sobre a maior prova de fogo do filme, Leto, penso que o filme
não lhe exige quase nada, para alem da gargalhada, tudo o resto a
caracterizaçao cumpriu, mas penso que uma personagem que foi
interpretada por Ledger da forma que foi, não poderia nunca ser
surpreendente
O melhor – Harley
Quinn
O pior – Faltar mais
risco a um filme naturalmente incorrecto
Avaliação - C+
Monday, August 08, 2016
The Legend of Tarzan
Tem sido uma das
tendências do cinema actual passar para live action algumas das
figuras mais consagradas da banda desenhada, quer com replicas das
historias originais quer outras abordagens. Um desses filmes foi esta
Legend of Tarzan apostado numa sequela da historia conhecida e com
Yates, o responsavel final de Harry Potter como realizador. Os
resultados foram medianos criticamente com avaliações medio
negativas, comercialmente longe de se tornar um grande sucesso como
foi o caso de Livro da Selva mas ao mesmo tempo longe de ser o floop
rotundo de outros filmes.
Sobre o filme, desde
logo começamos por sublinhar a coragem de partir de uma historia
nova com base numa conhecida, direi mesmo que este é o tipo de
apostas de risco e que mostra coragem na produçao, mesmo que a
historia em si seja simplista, com o regresso as origens e com as
premissas do original sem muito arriscar dando espaço aos efeitos
especiais. Pois bem é aqui que o filme falha em grande escala,
quando comparado com outros filmes do mesmo nivel produtivo este e
claramente um filme muito aquem, muito digital e informatico e o uso
desses metodos neste caso esta longe da perfeição.
Depois um filme obvio,
o risco e a coragem acabaram na ideia, pois tudo o resto e
predifinido com o limite minimo de risco, ou seja a historia de base
e simples, as personagens tem todas papeis definidos, o filme quase
não tem guião, e o recurso a excesso de retrocessos temporais por
vezes fazem-nos pensar que seria melhor um filme que seguisse o
inicio de Tarzan do que propriamente ir atras momento apos momento.
Enfim um filme que
encaixa no perfil de blockbuster de verão de nivel medio, daqueles
filmes que tem declaradamente como objetivo central o angariar
dinheiro e pouco mais, e onde alguma escolhas podem ser muito
discutiveis principalmente no cast. E um filme que nos parece muito
modesto para dar o inicio a uma saga embora os resultados por si so
não o inibam.
A historia segue Tarzan
depois da historia conhecida, onde esta instalado com jane em
Inglaterra ate que e chamado no sentido de tentar acabar com um
conflito na salva do Congo onde nasceu e foi criado, contudo as
ambiçoes de o trazerem de volta a selva podem não ser as mais
claras.
Em termos de argumento
é uma ideia interessante como todas as que tentam dar continuidade a
algo conhecido, mas cujo o risco acaba ai, porque tudo o resto e tão
esteriotipado que nos faz pensar que a ideia talvez funcionasse
melhor com a historia de base. E um filme quase sem personagens e
dialogos.
Yates era um simples
desconhecido ate Harry Potter e tem aqui a primeira prova de fogo
antes de regressar ao mundo de Harry Potter, penso que foi melhor
tarefeiro na saga mundialmente conhecida do que neste filme, aqui tem
algum risco mas depois falha na forma como encaixa os efeitos no
filme e isso é necessario ate no mais basico dos tarefeiros.
Em termos de cast se as
escolhas de Robbie e principalmente de Waltz parecem ser escolhas
faceis em papeis faceis e que encaixam nas caracteristicas de cada um
deles, já Saasgard parece uma escolha de risco que não funciona,
nunca foi um actor mainstream e isso nota-se em alguma falta de
dimensao e carisma, numa personagem que também nos parece muito
limitada. Alias so consegue algum protagonismo quando a personagem de
Samuel L Jackson prepara caminho, numa boa escolha como aliado e
apontamentos de humor, ainda que reduzidos do filme.
O melhor – Sempre de
louvar o tentar descobriro a parte desconhecida do conhecido
O pior – O filme
esgotar a originalidade e a creatividade na ideia de base
Avaliação - C
Sunday, August 07, 2016
Elvis & Nixon
Se existe fotografia
capaz de resultar num filme era obviamente uma estranha fotografia
que juntou Elvis Presley e Richard Nixon, cujos reais contornos nunca
foram totalmente do conheciento publico. Este ano e pela mão de uma
realizadora habituada a filmes independentes numa produçao da recem
chegada Amazon surgiu este filme que criticamente passou com uma
mediania positiva mas que comercialmente e fruto da pouca expansao
teve apenas os resultados possiveis.
Sobre o filme, era
importante perceber que tipo de abordagem seria feita a historia de
uma das fotografias mais contorversas da historias. Pois bem a
abordagem e de comedia e de ridiculo da situaçao, e baseada numa
fase particularmente psicotiva da vida de Elvis. Pois bem ai o filme
acaba por ser uma satira sobre o star power, com um humor simples,
não de gargalhada profunda mas sempre bem disposto, capaz de mais do
que buscar qualquer logica e seguimento para a situaçao ironizar
sobre a mesma numa caricatura das duas figuras aqui retratadas e aqui
o filme funciona nessa escolha, de ser engraçado mais que factual.
Claro que com esta
escolha não podera ser um filme documento, um filme de investigação,
pois rapidamente percebemos que muito do que nos e dito no filme e
algo criado pelas pessoas que quiseram dar esta roupagem não so a
situaçao mas tambem aos personagens sem nunca chocar com a imagem
que o publico em geral tem de tais personagens. E nisto o filme
podera ser pouco corajoso não entra muito nas dinamicas pessoais de
ambos preferindo um curto e simples filme, que por isso não tem asas
para voos maiores.
Mesmo assim
interessante e original a ideia de tentar criar um filme sobre o
conhecido sobre a situaçao, a parte do dialogos funciona
principalmente na forma como o dialogo de egos acaba por funcionar em
personagens tao distintas. O filme ganha muito por ter escolhido dois
actores de grande nivel num despique de interpretaçoes.
O filme fala sobre
Elivs e a tentativa do mesmo para legalizar as suas armas tentar se
tornar um agente infiltrado na investigaçao de drogas solicitando
isto mesmo pessoalmente ao presidente de então Richard Nixon.
O argumento do filme
parte de um principio original durante toda a sua duraçao e sempre
mais engraçado do que promenorizado ganhando no fim e na sua
pergunta final mais uma vez um ponto de grande interesse. E daqueles
filmes que mesmo não sendo um poço de ideias novas funciona, mesmo
que por vezes exagere na caricatura dos personagens demasiado
unidimensionais.
Na realizaçao Lisa
Johnson e uma realizadora de comedias indie e adoptou esta estutura
para o filme, sem grandes rasgos ou procura de uma criaçao temporal
de excelencia da o palco aos seus actores e isso parece ter sido uma
boa opçao. A caracterizaçao principalmente de Elvis parece
excessiva.
No cast Shannon e
Spacey os dois ultimos viloes de super homem sao dois actores de
primeira linha e neste filme comprovam não so funcionar em qualquer
tipo de regras mas ainda com humor, Shannon e mais orignal mais fora
do que estamos habituados, Spacey cola ao seu Underwood mas e uma boa
opçao já que penso que na forma como criou esta personagem de
grande sucesso teve sempre em conta Nixon. Um duelo de grandes
interpretaçoes de dois grandes actores da atualidade.
O melhor – A pergunta
final.
O pior – O excesso de
esteriotipo da criaçao de Elvis em alguns momentos
Avaliação - C+
Friday, August 05, 2016
Into the Forest
Os pequenos festivais são espaços não so para realizadores em inicio de carreira mas tambem para alguns que ja tiveram os seus momentos de maior fama, principalmente comercial, tentarem um novo impeto nas suas carreiras. Podemos dizer que foi o que aconteceu com Patricia Rozema neste novo filme. Os resultados comerciais foram muito deprimentes principamlmente num filme com duas figuras conhecidas do grande publico. Comercialmente e depois da presença em festivais mais pequenos este filme canadiano, ficou-se pela mediania que nao lhe serviu de grande impuso para a sua carreira.
Sobre o filme podemos dizer que este tipo de filmes se form bem criado e com cabeça tronco e membros pode ter um resultado interessante, ou seja o cinema que teoriza sobre o desaparecimento de bens que agora achamos essenciais normalmente dão sempre uma boa vertente do ser humano, e podemos dizer que este filme consegue isso na primeira hora, na forma como vai filtrando o superfulo ate ao essencial.
O problema e que a determinada altura o filme não sabe como se pode concluir e torna-se quase utopico, parece tambem esquecer algo que durante muito tempo e claramente uma das suas preocupaçoes a boa contextualizaçao temporal, mas com o tempo percebe-se que o filme entra num caminho sem saida e nessa fase podemos dizer que a sua conclusão fica muito aquem do resultado completo de todo o filme, que principalmente na ligaçao umbilical das duas personagens centrais funciona bastante bem.
Ou seja um filme simples que parte de uma excelente premissa mas que penso que a leva longe demais, durante muito tempo parece que o filme teria que ter no fim uma volta à normalidade e nao se tornar num filme de sobrevivencia sem fim e utopico na sua resoluçao. E daqueles filmes que por diversas vezes leva uma toada demasiado suave para o tema que trata, mas claramente não consegue manter o equilibrio entre uma promissora e funcional primeira parte e uma conclusão que nos parece que não funciona.
A historia fala de duas irmãs que apos o colapso da energia acabam por estar juntas no meio de uma floresta numa casa aparentemente de tecnologia de ponta. COm o passar do tempo e com a escassez de meios terao de lutar mais pela sbrevivencia do que por qualquer outra coisa.
Em termos de argumento podemos dizer que temos um bom principio, uma boa ideia, que inicialmente funciona, com o passar do tempo vai perdendo algumas das ferramentes que a faziam funcionar tornando-se algo extremada. Mesmo assim de registar duas personagens diferentes que se complementam e uma conclusao que merecia mais.
Na realização apesar de inicialmente fazer pensar que vamos ter risco, e aspeto artistico o filme nunca confirma esta ameaça, tornando-se numa realizaçao simples de produçao de meia gama. O filme tinha espaço para mais do que o funcional que é.
No cast duas actrizes que estao num segundo patamar de hollywood mas com muitos recursos, principalmente Page, intensa em termos dramaticos e funcional em termos comicos com a melhor construçao do filme, Wood parece mais extremada mais preocupada em picos de interpretaçao mas num papel menos corerente
O melhor - Claramente a ideia de base
O pior - A conclusão
Avaliação - C+
Sobre o filme podemos dizer que este tipo de filmes se form bem criado e com cabeça tronco e membros pode ter um resultado interessante, ou seja o cinema que teoriza sobre o desaparecimento de bens que agora achamos essenciais normalmente dão sempre uma boa vertente do ser humano, e podemos dizer que este filme consegue isso na primeira hora, na forma como vai filtrando o superfulo ate ao essencial.
O problema e que a determinada altura o filme não sabe como se pode concluir e torna-se quase utopico, parece tambem esquecer algo que durante muito tempo e claramente uma das suas preocupaçoes a boa contextualizaçao temporal, mas com o tempo percebe-se que o filme entra num caminho sem saida e nessa fase podemos dizer que a sua conclusão fica muito aquem do resultado completo de todo o filme, que principalmente na ligaçao umbilical das duas personagens centrais funciona bastante bem.
Ou seja um filme simples que parte de uma excelente premissa mas que penso que a leva longe demais, durante muito tempo parece que o filme teria que ter no fim uma volta à normalidade e nao se tornar num filme de sobrevivencia sem fim e utopico na sua resoluçao. E daqueles filmes que por diversas vezes leva uma toada demasiado suave para o tema que trata, mas claramente não consegue manter o equilibrio entre uma promissora e funcional primeira parte e uma conclusão que nos parece que não funciona.
A historia fala de duas irmãs que apos o colapso da energia acabam por estar juntas no meio de uma floresta numa casa aparentemente de tecnologia de ponta. COm o passar do tempo e com a escassez de meios terao de lutar mais pela sbrevivencia do que por qualquer outra coisa.
Em termos de argumento podemos dizer que temos um bom principio, uma boa ideia, que inicialmente funciona, com o passar do tempo vai perdendo algumas das ferramentes que a faziam funcionar tornando-se algo extremada. Mesmo assim de registar duas personagens diferentes que se complementam e uma conclusao que merecia mais.
Na realização apesar de inicialmente fazer pensar que vamos ter risco, e aspeto artistico o filme nunca confirma esta ameaça, tornando-se numa realizaçao simples de produçao de meia gama. O filme tinha espaço para mais do que o funcional que é.
No cast duas actrizes que estao num segundo patamar de hollywood mas com muitos recursos, principalmente Page, intensa em termos dramaticos e funcional em termos comicos com a melhor construçao do filme, Wood parece mais extremada mais preocupada em picos de interpretaçao mas num papel menos corerente
O melhor - Claramente a ideia de base
O pior - A conclusão
Avaliação - C+
Thursday, August 04, 2016
Tallulah
É clara a estrategia
da Netflix aos poucos dominar por completo não só os telefilmes bem
como filmes de expansao curta que se intrometem principalmente na
luta pelos premios. Foi o que aconteceu o ano passado com Beasts of
No Nation, e este ano com este filme em Sundance. Os resultados
criticos do filme até foram positivos pese embora insuficientes para
trazer o premio. Em termos comerciais a estrategia da Netflix e
vender o seu canal, dai que sera sempre dificil avaliar o que o filme
conta por si.
Sobre o filme, podemos
dizer que o estilo telefilme está lá de principio a fim, daqueles
filmes muito baseado em historias de vida, mas ao mesmo tempo que
consegue ser pouco convencional principalmente na forma como cria uma
personagem excentrica mas ao mesmo tempo emocionalmente interessante
na simbiose com a sua antagonia. E nisto o filme funciona sem nunca
necessitar de deixar de ser um filme vulgar na sua simplicidade e dos
seus mecanismos prende-nos ao ecrã, sendo que a opçao por uma linha
moralmente desiquilibrada nos faz pensar da forma como o filme
termina, que acaba por ser simples mas funcional.
Este e um filme que
obviamente não vamos nunca considerar uma obra prima, é um filme
claramente na sua maior parte simples, em termos narrativos apenas
arrisca quando nos faz o paralelismo de sair da terra e a força que
nos temos para agarrar a vida, o unico apontamento poetico do filme
mas que funciona, principalmente potenciado no seu fim. Este ponto
acaba por tornar um filme simples, e nem sempre surpreendente um
pouco melhor, mesmo que o filme seja sempre mais agradavel do que
espetacular.
E um filme claramente
feminino, mas que questiona não divide personagens em singularidades
dando-lhe complexidade e ao memso tempo diferente dimensoes em
prespetiva e nisso o filme torna-se mais adulto e mais profundo do
que o simples historia de vida de domingo a tarde que acaba por ser a
sua roupagem inicial.
A historia fala de uma
jovem, totalmente perdida na vida, que o unico objetivo e viver dia a
dia na sua carrinha com o seu namorado. Abandonada por este tenta
sobreviver com a ajuda de uma criança que rapta junto da mãe do seu
namorado desaparecido.
Em termos de argumento
mesmo não sendo um poço de originalidade e creatividade e um filme
interessante, com barreiras curtas dá-nos algo de diferente dentro
da historia de vida. Nao é um filme de lados bons e maus, ou de
opçoes boas e erradas, debruça-se profundamente sobre cada tema e
para isso funciona personagens bem montadas, e dialogos simples mas
objetivamente funcionais.
Sian Header é já uma
figura conhecida do mundo da televisao graças ao sucesso de Orange
is the New Black, nesta passagem para o cinema com a chancela da
Netflix que tambem produz a sua serie, temos uma realiaçao simples,
claramente feminina. Nao é claramente o ponto que mais chama a
atençao do filme, já que são visiveis muitos tiques de televisao,
mas Nova Iorque dá uma ajuda para tudo.
Em termos de cast não
é um filme dificil, parece-nos que Page está demasiado masculina
para o papel, principalmente defendendo alguma heterossexualidade,
mas combina bem com Janney, quimica que já vem de Juno, esta tem o
melhor papel do filme, e o mais exigente e um das boas interpretaçoes
do ano ate ao presente momento.
O melhor – O filme
conseguir diferenciar uma historia demasiado normal
O pior – Ser na
essencia um filme de caso de vida de televisao
Avaliação - B-
Independence Day: Ressurgence
Existem filmes que
ficarão para sempre como marcos de um estilo de cinema num
determinado periodo de tempo. Um desses filmes foi Independence Day
que deu inicio com sucesso a uma serie de filmes catastrofe e de
destruição massiva com efeitos especiais de ponta. Ao contrario da
maior parte dos filmes de sucesso de holywood tivemos de esperar
vinte anos por um segundo filme e com resultados claramente
desoladores, desde logo criticos com avaliaçoes essencialmente
negativas para esta abordagem, mas tambem comerciais, onde
principalmente nos EUA ficou muito longe daquilo que o primeiro
conseguiu.
Sobre o filme, se
existia uma razão para o primeiro filme ter funcionado era na data o
carisma e o humor de Will Smith, desde logo a falta do seu
protagonista maior deveria ser um sinal que não tinha muita logica
fazer num novo filme, mesmo que grande grosso dos outros
protagonistas tem aceite retomar o papel, principalmente porque a
carreira deles nunca se tornou nada de excelente. De resto temos
claramente um filme completamente limitado principalmente quando
comparado com o primeiro, deixou de ter graça, a ação e as
personagens sao claramente inexistentes e por vezes em termos de
entalhes narrativos parece um filme tirado da serie B, o que para uma
produçao acima dos 100 milhoes podemos dizer que e um desastre.
Por outro lado o filme
segue um tradicionalismo dos anos 90, onde existia menos exigencia em
termos de argumentos mais complexos e surpreendentes e é aqui que o
filme falha em toda a linha, esta explicaçao para o regresso não
existe, a coerencia das personagens e dos seus encontros ainda pior,
tudo parece não seguir qualquer logica interna e quando assim é
chegamos por diversas vezes a pensar que o filme e o que uma criança
pensaria se lhe pedissem para fazer uma nova roupagem de um filme
como este.
E as mas noticias e que
a forma como o filme e montado e principalmente finalizado dá a
noçao que se espera um franchising de lutas e efeitos especiais
interminaveis contra extra terrestres, em mais duas horas de cinema
de base sem recheio e sem qualquer motivos de interesse.
A historia passa vinte
anos do primeiro filme, com o reacender da ameaça, percebemos que os
salvadores possiveis sao os herois do primeiro filme ou a sua
descendencia.
Em termos de argumento
o filme é um claro erro em toda a linha, as ligaçoes ao primeiro
filme são do menos intuitivas que á memoria, basicas, sem
creatividade e originalidade. Em termos de linha de base, algo que
poderia estar no menu standart de qualquer filme serie B, a logica
das personagens, ligações e dialogos e pensar em chavões de filmes
sem qualquer tipo de exigencia.
Emmerich, não e neste
momento o realizador que era no momento em que fez o primeiro filme,
perdeu creatividade, impacto da novidade dos seus filmes, perdeu
nome, e isso neste filme nota-se, mesmo com meios de ponta o filme
nunca é diferente, nunca arrisca e nunca tem assinatura pessoal.
Claramente numa fase muito descendente da sua carreira.
Independence Day sem
Will Smith era obvio que não funcionava, principalmente porque
nenhum dos seus colegas de cast do primeiro filme eram actores sequer
medianos, porque a sua personagem era alma do primeiro filme, e
percebe-se que todos juntos sem Smith ainda demonstram mais a falta
que ele lhes faz, principalmente quando o substituto ainda é o pior
dos Hemsworth.
O melhor – As frases
do primeiro filme na apresentaçao.
O pior – O facto de
terem homenageado um primeiro filme de acçao com qualidade num
pessimo filme de acçao.
Avaliação - D
Tuesday, August 02, 2016
Last Days in the Desert
A história de Jesus Cristo tem nos últimos anos em Hollywood sido tema de diversos filmes que tentar retratar diferentes momentos da vida do messias. Normalmente são filmes com menos meios pelo menos em termos de cast e realizadores, e com um âmbito mais básico. Aqui temos uma abordagem diferente, numa meditação sobre uma experiência não tão abordada na vida de jesus. Os resultados foram aceitáveis em termos críticos com avaliações essencialmente positivas. Já no que diz respeito ao percurso comercial, a sua pouca expansão, acabou por condicionar e muito os parcos resultados do filme.
A história temos um período de reflexão de Jesus Cristo pelo deserto e a forma como este contacta com uma família e alguns dos ensinamentos que dai surgem. O filme é na sua essência um filme de fé, grande parte da história são os conflitos internos da personagem e isso faz com que o filme nem sempre tenha grande ritmo, chegando mesmo a ser cansativo. Só na parte final o filme adquire realmente motivos de interesse no conflito principalmente das personagens secundarias, já que objetivamente existe sempre alguma dificuldade em perceber o propósito do filme para a personagem central.
Eu sei que nem sempre é facil fazer filmes sobre uma personagem tão amada como jesus Cristo que a forma como a personagem tem que ser caracterizada é simples, pena é que se repitam filmes que sabem que a margem de manobra é curta, e que acabem por ser mais do mesmo. Neste caso pese embora a abordagem seja ligeiramente diferente, penso que em termos estruturais nada dá de novo relativamente aquilo que anteriormente já foi efetuado.
Ou seja temos muito pouco a realçar num filme demasiado cinzento, talvez a relação pai filho contextualizada pela personagem, os altos e baixos, e pouco mais num filme que passa demasiado tempo a descrever uma personagem a deambular no deserto com todos os interesses que isso possa ter.
A historia fala de uma passagem na vida de Jesus Cristo em que o mesmo permanece vários dias no deserto no sentido de contactar com o seu pai, ou seja Deus, aqui acaba por conhecer uma familia que o ajuda, na qual a mãe sofre de uma doença, o filho tem a ambiçao de sair do deserto e o pai de manter a familia unida.
Em termos de argumento é um filme extremamente limitado de base, ou seja é daqueles filmes que não tem grandes persoangens, cuja caracterização de Jesus encaixa naquilo que pode ser trabalhado e os restantes são meros fantoches para o obejtivo da personagem principal.
Rodrigo Garcia é um realizador Colombiano, muito relacionado com alguns programas de televisão, mas já com alguns filmes. Aqui tem uma realização simples, principalmente porque o deserto não é propriamente o espaço que permita grandes momentos de cinema, principalmente quando retratado de uma forma básica.
O cast Ewan Mcgregor e um Jesus Cristo nada provavel pela sua fisionomia, podemos dizer que neste caso temos um papel simples, quase silencioso. Ao seu lado destaque para um Hinds sempre intenso nas suas construções e um Sheridan que nos parece claramente estar fora de tom para o filme em questão.
O melhor - A relação pai filho
O pior - Grande parte do filme ser uma personagem a deambular no deserto
Avaliação - C-
A história temos um período de reflexão de Jesus Cristo pelo deserto e a forma como este contacta com uma família e alguns dos ensinamentos que dai surgem. O filme é na sua essência um filme de fé, grande parte da história são os conflitos internos da personagem e isso faz com que o filme nem sempre tenha grande ritmo, chegando mesmo a ser cansativo. Só na parte final o filme adquire realmente motivos de interesse no conflito principalmente das personagens secundarias, já que objetivamente existe sempre alguma dificuldade em perceber o propósito do filme para a personagem central.
Eu sei que nem sempre é facil fazer filmes sobre uma personagem tão amada como jesus Cristo que a forma como a personagem tem que ser caracterizada é simples, pena é que se repitam filmes que sabem que a margem de manobra é curta, e que acabem por ser mais do mesmo. Neste caso pese embora a abordagem seja ligeiramente diferente, penso que em termos estruturais nada dá de novo relativamente aquilo que anteriormente já foi efetuado.
Ou seja temos muito pouco a realçar num filme demasiado cinzento, talvez a relação pai filho contextualizada pela personagem, os altos e baixos, e pouco mais num filme que passa demasiado tempo a descrever uma personagem a deambular no deserto com todos os interesses que isso possa ter.
A historia fala de uma passagem na vida de Jesus Cristo em que o mesmo permanece vários dias no deserto no sentido de contactar com o seu pai, ou seja Deus, aqui acaba por conhecer uma familia que o ajuda, na qual a mãe sofre de uma doença, o filho tem a ambiçao de sair do deserto e o pai de manter a familia unida.
Em termos de argumento é um filme extremamente limitado de base, ou seja é daqueles filmes que não tem grandes persoangens, cuja caracterização de Jesus encaixa naquilo que pode ser trabalhado e os restantes são meros fantoches para o obejtivo da personagem principal.
Rodrigo Garcia é um realizador Colombiano, muito relacionado com alguns programas de televisão, mas já com alguns filmes. Aqui tem uma realização simples, principalmente porque o deserto não é propriamente o espaço que permita grandes momentos de cinema, principalmente quando retratado de uma forma básica.
O cast Ewan Mcgregor e um Jesus Cristo nada provavel pela sua fisionomia, podemos dizer que neste caso temos um papel simples, quase silencioso. Ao seu lado destaque para um Hinds sempre intenso nas suas construções e um Sheridan que nos parece claramente estar fora de tom para o filme em questão.
O melhor - A relação pai filho
O pior - Grande parte do filme ser uma personagem a deambular no deserto
Avaliação - C-
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