Wednesday, August 31, 2016

Too Late

Este pequeno filme foi exibido em alguns festivais o ano passado sem grande celeuma, era uma abordagem independente de uma realização simplista de takes seguidos. Os resultados contudo não foram brilhantes para o filme nesses mesmos festivais onde apenas conseguiu ganhar um prémio num festival menor, já que as suas criticas ficaram pela mediania. Assim mesmo conseguindo ter sido exibido em cinemas seleccionados os resultados comerciais foram escassos muito pela falta de figuras de montra que acabassem por dar mais visibilidade ao filme.
Quando comecei a ver este filme tinha expectativas curtas, já que um filme mediano independente normalmente são filmes demasiado soltos. Pois bem no final fiquei bastante surpreendido com o resultado final, de uma obra dividida, com intriga, bem realizada na forma como cada sequência é filmada num único take, onde o contexto e algo de relevante, fazendo lembrar o que Inarritu fez com Birdman, e que nos prende do inicio ao fim de forma a tentar perceber o que liga todo o puzzle, e nisso é um filme que cria impacto junto do espectador, já que o mesmo é emocionalmente forte na relação central, mas também na forma temporalmente dispersa nos cria questões que posteriormente vão sendo respondidas, com alguma criatividade mesmo que exista claras referências na abordagem do filme.
Pese embora a critica de que o filme possa ser uma espécie de Pulp Fiction sem carisma seja facilmente encaixada no filme, não é nunca de deixar de sublinhar a forma como o filme consegue criar uma química interessante entre as duas personagens centrais à custa de diálogos bem escritos, e de uma realização que potencia todo o contexto, claro que se pode por em causa a plausibilidade do filme, mas isso é uma questão que pode ocorrer em quase todos os filmes, sejam eles de grande estúdio ou independentes.
Por isso na minha opinião, e pese embora seja um filme de 2015, este Too Late é uma das pérolas independentes do ano atual, um filme que nos prende, emocionalmente forte, que tem uma realização e abordagem noir interessante, que se apruma na forma que quer dar, ou seja um filme com muitos elementos de um filme completo que talvez merecesse mais atenção não só da critica mas principalmente dos espetadores.
A história fala de uma jovem stripper que estranhamente é morta num monte, quando tenta encontrar ajuda de um detective privado, o filme aborda o relacionamento de ambos, as razões do mesmo e as consequências de tão trágico acontecimento.
Em termos de argumento o filme é forte, é recheado de diálogos interessantes, principalmente os mantidos pela personagem principal. Em termos de caracterização de personagens e relações o filme parece ter valor, já que a relação central acaba por ter força junto do espectador. Na originalidade podemos dizer que ela existe mesmo que não seja a característica central deste argumento.
Na realização para estreia em longas metragens podemos dizer que Hauck tem um trabalho interessantíssimo, pese embora seja claro muitas referências no seu trabalho, utiliza as mesmas com engenho e arte para potenciar um estilo próprio ao filme. Pena o resultado do filme ter sido modesto porque para arranque um trabalho como este deveria ter um seguimento interessante, quer como realizador quer como argumentista. O único senão, pode ser discutível a forma como o filme é pensado temporalmente e se isso trás algum benefício para o mesmo.
Em termos de cast um filme sem grandes figuras com excepção do sempre convincente John Hawkes, é um actor carismático com muitos recursos dramáticos e que penso que merecia mais atenção da critica e das produções de hollywood, ao seu lado uma boa interpretação de Crystal Reed, mais conhecida por Teen Wolf, que aqui dá um passo para o grande ecrã num filme bem diferente da serie. A sua interpretação fica na retina.


O melhor - A capacidade do filme aliar um bom argumento, uma realização ambiciosa e boas interpretações


O pior - A formatação temporal do filme pode não ser a melhor.

Avaliação - B

Ice Age: Collision Course

Há catorze anos na autentica explosão do cinema de animação, a 20 Century Fox conseguiu intrometer-se no duelo Pixar Dreamworks com uma historia sobre animais extintos na pré historias. Interessante é que passados quase catorze anos e quatro filmes a saga ainda exista, contudo numa saga sempre a descer, este ultimo capitulo foi aquele que mais baixo foi, desde logo em termos críticos onde foi o único que até ao momento obteve criticas essencialmente negativas. Também em termos comerciais houve um decréscimo total principalmente nos EUA onde o filme foi um autêntico floop amenizado pelos melhores resultados em termos mundiais.
Sobre o filme, o que podemos dizer nos últimos filmes já nos parecia que seria quase impossível dar algo de novo a uma saga que já tinha em si quatro filmes. Pois bem é óbvio neste filme que as ideias já se tinham esgotado e com a tentativa de dar uma ideia diferente com a inclusão do lado dos meteoritos e alegado big bang que o filme tinha menos por onde ir buscar às suas origens e ficar completamente despido quer de graça quer de sentido, e assim acontece.
Facilmente podemos dizer que para além de ser obviamente o pior filme de toda a saga é talvez um dos piores filmes de animação dos últimos anos. Desde logo porque todas as personagens principais dos filmes anteriores basicamente não existem neste, ou seja não existe qualquer espaço para as mesmas. A graça do filme deixa também de existir, com as sequências de humor quase sempre a não funcionarem e em termos narrativos é perceptível que o filme nunca consegue sequer encontrar um fio narrativo coerente para as personagens já conhecidas darem, pelo menos, o lado já conhecido de si.
Assim pensamos que aqui será o fim da saga, parecendo claro que não há espaço quer para as personagens já conhecidas e que sempre deram vida à saga mas também em termos produtivos, os bonecos não não cativantes a produção não tem inovação e mesmo as aventuras do esquilo e da bolota já não tem piada e já é elevada a um exagero que não funciona, e isso deve ser a clara mensagem aos produtores do filme, que o produto esgotou, e durar 14 anos já é bem bom.
O filme tem uma premissa algo diferente dos anteriores, desta vez as figuras conhecidas do filme anterior, tem que tentar desviar a queda de um meteorito que pode por em causa toda a sobrevivência do mundo terrestre e dos seres que nele habitam.
O argumento que sempre tentou dar uma luz, ou uma preservativa sobre as diferentes idades e períodos da pré historia, tem aqui a sua abordagem sobre o big bang e se até aqui as coisas até tinham lógica o filme nunca consegue potenciar a ideia, principalmente na sua concretização, onde faz desaparecer algumas das figuras principais dos filmes anteriores dando protagonismo a outras personagens sem o carisma ou força das mais conhecidas. Ou seja, na minha opinião uma péssima escolha.
Em termos de produção, percebemos que a evolução foi pouca quando analisamos o filme de 2002 e o actual e percebemos que não existem grandes diferenças técnicas, ter estagnado só era compreensível se narrativamente o filme fosse potenciado e isso acaba por nunca o ser.
No cast de vozes para além das figuras já conhecidas e que funcionam na pele que ajudaram a crescer podemos dizer que as novas inclusões não trouxeram nada de novo a um filme, já que as novas personagens ou as mais focalizadas também elas pouco funcionam.

O melhor - A durabilidade de um protejo de animação.

o Pior - A decadência de uma saga que já deveria ter acabado

Avaliação - D

Sunday, August 28, 2016

Everybody Wants Some

Se existe algo que é indiscutivel no cinema é que Richard Linklater é um dos maiores cineastas do cinema moderno, nem tanto pelos agradaveis produtos finais dos seus filmes, mas principalmente pelo processo da sua produçao e sua realizaçao, fazendo com que os filmes sejam mais do que as imagens mas experiencias. Este ano surge uma dissertação sobre a loucura da entrada da universidade com este filme, que pega precisamente onde Boyhood acabou com outras personagens o resultado critico foi positivo embora menos entusiasmante do que o seu filme anterior, em termos comercias os seus filmes tem um valor limitado, dai que apenas podemos dizer que cumpriu os minimos.
Sobre o filme, podemos dizer que Linklater tem uma forma de abordar os seus filmes, pelo menos a maoria deles diferente da maior parte dos outros realizadores, nos filmes são sobre personagens e momentos, não temos uma linhagem narrativa, um climax, um conflito nada, ele tenta retratar o dia a dia ou os momentos das pessoas de uma forma natural com conversas naturais e isso e que faz do seu cinema interessante, a forma como consegue construir personagens tao interessantes que nos diga que aquele momento dela e especial, e o filme consegue isso, que o grupo tenha impacto junto mas que tambem individualmente o filme tenha esse interesse com um naipe interessante de personagens muito bem montadas.
Depois temos talvez o melhor filme de adolescentes do ultimo ano, o filme e mesmo isso, festa e euforia de um grupo de pessoas diferentes, claro que temos um autentico exagero, mas e um filme em que as personagens valem por si, ou seja os detalhes de cada um nos momentos do filme, fazem-no ser ao mesmo tempo engraçado como carismatico e nisso, Linklater sabre tirar das palavras e das situações o melhor que se pode tirar deste objeto.
O lado negativo a meu ver prende-se com a personagem central, debruçando-se um filme numa personagem especifica essa não pode perder todas as cenas para os secundarios, e ai penso que a culpa é desde logo na construçao menos conseguida da personagem em si e da sua caracterizaçao mas tambem a meu ver da forma como a interpretaçao acaba por não dar carisma a personagem, e aqui o filme perde alguma força.
A historia segue uma equipa universitaria de basebol, sob o ponto de vista de um caloiro que é integrado naquela comunidade e no fim de semana de festas que antecede o primeiro dia de aulas, e da mudança brutal na rotina daquela pessoa.
Em termos de argumento, o filme funciona, numa abordagem narrativa sem que nada aconteça, temos um filme rico em dialogos com muitas personagens todas elas diferentes e que dao força ao filme, sendo o unico senão o pouco aproveitamento da personagem central, claramente pior que todas as outras.
Em termos de realizaçao o trabalho de Linklater e dificil porque tem que criar e satirizar com o mundo dos anos 80 e fá-lo ao limite com algum exagero que acaba por ser pensado como forma de humor, e nisso o filme funciona pois coloca-nos a olhar para o guarda roupa, decoraçao das festas e banda sonora.
Sem recorrer a qualquer figura conhecida, pelo menos muito conhecida o cast funciona perfeitamente com optimas interpretaçoes da maioria dos escolhidos, com excepção para Blake Jenner e a ele que Linklater da o papel principal, mas quer pela construçao da personagem mas tambem por uma maior rigidez interpretativa do actor e falta de carisma o filme parece ser muito mais interessante quando esse protagonismo não é assumido, num filme que tinha tudo para dar à luz uma nova estrela.

O melhor – A forma como Linklater faz bons filmes de coisas simples.

O pior -Blake Jenner e o seu Jake


Avaliação - B+

Ratchet and Clank

Uma das fontes de inspiração para alguns dos filmes de holywood foram jogos de computador ou consola famosos. Principalmente estes titulos dão origem a filmes de carne e osso, mas no caso deste famoso jogo da Play Station deu origem a um filme de animaçao. O resultado deste projeto foi a todos os niveis desolador, ou seja em termos criticos avaliaçoes muito negativas, e comerciais sem qualquer registo o que deve por si só ter posto de lado qualquer ideia de fazer deste filme o inicio de uma saga.
Desde logo confesso que sempre achei o famoso jogo de computador algo aborrecido, demasiado inventado sem grande paralelismo com qualquer universo dai que seria sempre dificil ficar rendido a um filme sobre a mesma temática. Mas colocando de parte este principio podemos facilmente dizer que se trata de um obvio filme de segunda divisao de animaçao não só no argumento mas mesmo tecnicamente.
Em termos de argumento temos uma historia espacial tipica do pobre e remendado que se torna heroi, e uma serie de cliches que encontramos em todas as animaçoes de serie B, ou seja temos pouca originalidade, temos pouca ou quase nenhuma mensagem, temos aquela tipica historia de alguem que quer destroir o mundo e alguem tem que salvar, o que numa industria totalmente implementada como a que temos hoje na animaçao me parece completamente muito curto.
Também em termos tecnicos temos um filme com algumas deficiencias mesmo que estas sejam menos visiveis do que em termos narrativos. Temos pouca originalidade e creatividade na construçao dos planetas, temos bonecos criados sem grande sentido. Em termos positivos alguns apontamentos de humor isolados, e mesmo estes nem sempre funcionam.
A historia fala de uma especie de rato que sonha entrar para um grupo restrito de soldados herois que quer salvar a galaxia, acaba por junto de um robot defeituoso integrar este grupo na luta contra os planos de um cientista louco que tem como unico objetivo destruir todos os planetas.
Em termos de argumento temos um simplismo quase gritante, parece-nos já termos ouvido esta historia pelo menos milhares de vezes em termos humoristicos o filme funciona a espaços, mesmo que muitas das tentativas declaradas de fazer humor nem sempre funcione.
Em termos de realizaçao temos a cargo deste filme uma dupla quase inoperante que teve como trabalho mais visivel uma adaptaçao de animaçao das Tartarugas Ninja ao cinema. Percebe-se que a tarefa esta cumprida mas que lhe falta alguma originalidade e creatividade na produçao, que nem sempre é esteticamente interessante.
Por fim no leque de vozes podemos dizer que recuperar as vozes originais do jogo as personagens centrais e uma boa escolha, sendo depois as escolhas de Giamati, Dawson, Stallone e Goodman elementos interessantes que encaixam bem no perfil das personagens que dão voz.

O melhor – Alguns apontamentos de humor, principalmente a ligação dos empregados do vilao com telemoveis

O pior – O argumento sem mensagem declarada



Avaliação - D+

Saturday, August 27, 2016

Edge of Winter

Pode um filme independente com quase nenhuma ambiçao comercial ou critica conseguir captar para si duas das figuras em maior ascensão no cinema atual. É estranho mas é verdade, Kinman e Holland são duas das revelações dos ultimos anos e tem aqui um despique pai filho que passou ao lado dos mais desatentos, desde logo porque foi um filme com criticas extremamente medianas, e porque por outro lado comercialmente foi um filme com pouca expansão, ou seja não existiu.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um tipico filme de matine de canal generalista, ou seja tem um argumento basico e linear, e que no final perde algum norte daquilo que quer dar, tendo muita dificuldade em se concluir com um climax, que acaba por não ter, alias um thriller como este com alguns momentos de alguma suspense teria obviamente que ter uma conclusao mais assertiva e emocionante o que não tendo acaba por não concretizar qualquer ideia do filme.
Mesmo no que diz respeito a personagem central percebe-se sempre que o mesmo vai numa escalada de desespero que me parece que o filme não utiliza como deve ser, num tema algo actual como a regulaçao de poder paternal entre progenitores separados o filme dasaproveita por completo a ideia dando-lhe uma roupagem simplista do jogo do gato e do rato, com os bons e maus extremamente bem definidos.
Talvez por isso seja um filme independente de poucos recursos que daqui a uns meses poucos ou nenhuns se recordarão, estranho é que no melhor momento da carreira de ambos os protagonistas surja este filme cinzento sem grande cor, que de alguma forma serve de time out ao que surgiu e ao que promete surgir
A historia fala de dois irmãos que sao deixados junto do progenitor com quem tem pouca ou nenhuma relaçao. De imediato começam a perceber que o comportamento daquele é instavél, tornando-se ainda pior quando para se abrigar do inverno tem de ficar retidos numa cabana,
Em termos de argumento temos uma estrutura simplista já utilizada de diversas formas em temas muito semelhantes. Nao aproveita a atualidade do tema e pior que isso, não consegue aproveitar uma personagem que tinha corpo para mais. E um filme que não consegue crescer muito pelo seu argumento.
Realizar em contextos de inverno duro e pior que isso em pequenas cidades e quase sempre feito da mesma maneira e este filme não consegue fugir ao tradicional elemento escuro e pouco mais. Nao tem nenhum sublinhado particular neste ponto de um realizador com o seu projeto mais visivel.
Em termos de cast, duas sensações diferentes, por um lado que Holland e um caso serio de um actor jovem com recursos, pese embora o filme não os potencie e clara a sua segurança em qualquer papel, já Kinman parece ter dificuldades em convencer quando deixa de ser o simples heroi de acção. Aqui tem talvez em termos de cinema o seu papel mais exigente e o resultado não é perfeito.

O melhor – Tom Holland

O pior – Não ter um climax definido


Avaliação - C-

Star Trek : Beyond

Depois de ter ficado orgão do seu potenciador, Star Trek tinha neste filme a missão de fazer funcionar uma das sequelas que renasceu melhor nos ultimos anos, no cinema de grande produçao, com JJ Abrhams apenas na produçao. Os primeiros resultados foram interessantes para um filme que aguardou para o fim da festa nos sempre concorridos meses de verão. Em termos criticos e pese embora uma descida ligeira o filme conseguiu novamente reunir em seu torno boas criticas. Comercialmente os resultados nos EUA sem serem explosivos sao consistentes principalmente num ano onde muitos dos filmes acabaram por se tornar neste mercado um autentico desastre. A nivel mundial as coisas ainda sao precoces de serem avaliadas.
Eu confesso que nunca fui fa dos capitulos mais antigos, mas gostei da forma atual e bem conhecedora do cinema de entertenimento que Abrhams conseguiu nos novos filmes, em dois capitulos que mantiveram uma consistentes muito grande. Neste filme temos claramente um filme menor, principalmente porque e um filme em termos de narrativa muitos mais simples, direto ao ponto, muito mais preocupado em potenciar os efeitos especiais do que a graça e a relaçao entre as personagens e isso empobrece o filme principalmente quando comparado com os filmes anteriores.
Mesmo assim o filme ganha na sua segunda parte a uma primeira parte amorfa, no final temos aquilo que melhor funcionou nos filmes anteriores, a graça e a quimica entre muitas personagens e o sentido de grupo, e aqui o filme recupera em parte algumas das virtudes que fizeram de si um sucesso claro. Na primeira parte parece mais um simples filmes blockbuster de grandes dimensoes, quase sem personagens e so acçao.
Outro dos elementos que o filme perde relativamente ao seu anterior e no vilao. Nao que Elba seja muito pior actor do que Cumberbacht mas a personagem do segundo e muito mais trabalhada e interessante do que um vilao com dimensao quase inexistente o que acaba por ter como força um conjunto de efeitos especiais para mostrar a sua força, e isso pode ser considerado alguma debilidade narrativa.
A historia segue a tripulaçao da enterprise na tentativa de encontrar novos povos, aqui acabam por ser atraidos para um planeta desconhecido onde vao ser alvo da ira de um tirano ser que tem como objetivo bem mais do que matar a tripulaçao.
Em termos de argumento temos na base um filme muito mais simples e menos interessante do que os anteriores, ou seja naquilo que o filme tras de novo a saga temos muito pouco. Consegue na fase final recuperar alguns dos recursos principalmente comicos que os primeiros filmes tem e acaba por salvar melhor a cara na segunda parte do filme.
Lin normalmente mais relacionado com os sucessos de Velocidade Furiosa tem aqui uma tarefa dificil substituir Abrhams que e mais que um simples realizador, é um cineasta, o filme tem dimensao, e acaba por ser nos detalhes que percebemos que Lin e mais tarefeiro do que criados, principalmente quando analisado em comparaçao.
E interessante o feito do filme recuperar quase todos os principais actores, e acaba por dar uma quimica mais interessante as personagens mesmo que sete anos depois percebemos que se trata de actores limitados para um tipo de registo, acabam por encaixar neste filme bem. No vilao Elba tem o azar da personagem ser demasiado basica.

O melhor – O filme recuperar o humor e quimica das personagens na sua fase final.

O pior – Ser claramente um filme mais parecido com os basicos filmes de acçao de verão


Avaliação - C+

Friday, August 26, 2016

Five Nights in Maine

Existem pequenos filmes de realizadores em inicio de carreira, que tem como objetivo fazer carreira em pequenos festivais que abram portas do sucesso para o mercado americano. Em 2015 um desses filmes foi este Five Nights in Maine, que pese embora tenha ganho alguns premios nesses festivais não entusiasmou a critica dai que so um ano depois tivesse luz verde, tendo estreado com resultados comerciais muito baixos para um filme que pela sua visibilidade muitos não vao sequer ter conhecimento.
Os filmes sobre luto, são sempre filmes com uma toada dramatica pesada, e este filme acaba por ter esses ingredientes principalmente ao ser um filme que se baseia em exclusivo no sentimento simples de cada uma das duas personagens. Aqui o filme pode e é quse sempre redutor, pese embora a inconstancia da personagem feminina vá dando algum conflito ao filme sabemos de imediato que tudo podera acabar apenas de uma maneira, aquela que rapidamente une as pessoas na dor, e aqui reside o grande problema do filme, é demasiado previsivel nos seus processos e quase nunca consegue que o sofrimento bem pautado na interpretaçao dos seus actores acabe por si so por ser a força e alavanca do filme.
Esta falta de força acaba por ser comum nos filmes independentes que não saem do patamar de mediania, ou que se focam em apenas um ponto tornando-os essencialmente redutor. Nesse particular parece-me que o filme poderia explorar mais a personagem central, basicamente o mesmo apenas responde a forma como a outra personagem vai gerindo emocionalmente o filme, e quando o filme incide sobre uma personagem quase sempre inexistente parece aqui haver espaço a mais.
Ou seja um filme que se observa mas que tem dificuldade em deixar um registo significativo no espetador, nos momentos em que o filme poderia conduzir a melhores e mais emotivos dialogos o filme tem medo de arriscar, acabando por como a maioria dos filmes sobre luto se tornar cinzento, sem transmitr qualquer mensagem sequente.
A historia fala de um recem viuvo que decide deslocar-se até uma pequena aldeia para conhecer a sogra uma pessoa com um estranho temperamente que fica agudizado pelo acontecimento trágico que une ambas as personagens.
Em termos de argumento parece-me claramente um filme demasiado simplista e ao qual falta algum rasgo de originalidade e creatividade. Ou seja parece obviamente que o filme desenvolve mais uma personagem do que outra e isso desiquilibra em termos narrativos o filme. Tambem em termos de elementos diferenciadores tem alguma falta dos mesmos.
Na realizaçao Maris Curran como todo o filme tem uma realizaçao simples, sem grande brilho aposta principalmente em planos muito proximos das personagens como forma de transmitir emoçoes algo que e standart e que não permite tirar grandes ilaçoes sobre uma realizaçao quase como todo filme algo cinzenta.
Por fim no cast depois de Selma Olayelo tem tido algumas dificuldades em encontrar o filme que lhe permita consolidar a carreira, aqui ate poderia ter o filme ideal nas mão, mas parece sempre que a personagem e condicionada e deixa todo o terreno para uma Weist veterana em boa forma que acaba por nos dar a interpretaçao do filme, e o unico ponto em que o filme obtem algum relevo.

O melhor – Diane Weist

O pior – O filme nunca conseguir utilizar a força emocional em beneficio proprio


Avaliação - C

Monday, August 15, 2016

The Shallows

É normal entre lançamentos dos projetos maiores das produtoras de cinema surgirem filmes com mencanismos mais simples apostados em tentar surpreender um mercado sempre antento a alguns filmes com conteudos especificos. Esta talvez seria a aposta para este filme que surpreendentemente tendo um argumento claramente serie B conseguiu reunir algumas boas avaliaçoes que na generalidade foram satisfatorias. Comercialmente e sempre numa epoca de competiçao feroz podemos dizer que o filme teve resultados medianos, não foi um desastre mas tambem não surpreendeu num mercado cada vez mais previsivel.
Sobre o filme e depois de vermos o trailer podemos facilmente perceber que é um filme simplista quase serie B, mas com tecnicas e efeitos de primeira linha. Ou seja um argumento praticamente inexistente, com uma logica completamente incoerente mas que se salva do desastre total nas habilidades e nos efeitos de ponta que acaba por ter. Desde logo a inovação das camaras de açao que da ao filme um aspeto real claramente forte, e por outro lado optimos efeitos especiais na criaçao do montro aquatico, acabam por tornar num filme muito previsivel em argumentos num espetaculo visual interessante.
Mas as mais valias do filme acabam por aqui, que em termos de personagem de desenvolvimento da historia e mesmo na forma como tudo se acaba por compor o filme no maximo dos maximo um serie B de baixa qualidade, ou seja tudo e demasiado mecanizado e previsivel, percebemos perfeitamente que o filme não tem espaço para grande originalidade e creatividade e quando assim e, sao filmes de alcance muito curto.
Ou seja uma boa produçao mas claramente um filme muito pouco trabalhado naquilo que enquanto historia da ao espetador que desde inicio a fim do filme consegue perceber tudo o que o filme nos vai dar. Mesmo em termos de limite da sobrevivencia parece-nos que o filme poderia e deveria ter sido mais trabalhado.
A historia fala de uma jovem estudante de medcina que visita uma praia aconselhada pela sua falecida mãe para surfar ate que se ve encurralada por um perigoso tubarão.
Em termos de argumento o filme e o que as duas linhas anteriores descrevem, um argumento do mais simples que há memoria, pouco trabalhado, um filme onde falta personagens dialogos, nada original e totalmente copiado de milhares de filmes de serie B, o que é claramente pouco para um filme com alguns meios.
Em termos de realizaçao Serra tem colecionado alguns dos filmes menos valorizados de Liam Neeson. Neste filme tem uma realização actual, e com muita açao bem traduzida para as camaras, podemos dizer que e um filme facil de trabalhar com os meios ao dispor, mas parece-me claramente mais mão de realizador do que nos seus filmes anteriores.
No cast o filme e one woman show para Blake Lively uma actriz que ainda vive muito da sua imagem fisica como fica demonstrado na primeira meia hora de filme, na hora seguinte temos uma entrega fisica interessante mas penso que ainda e curto para determinar se temos actriz para outros voos.

O melhor – A forma actual de captar imagens com recurso as tecnologias atuais.

O pior – O argumento de filme serie C


Avaliação - C

Saturday, August 13, 2016

Disorder

Existem diversos filtros que fazem com que apenas filmes mais conhecidos e de melhor resultado critico e comercial na europa consigam chegar e ser distribuidos nos EUA: Um dos filmes lançados o ano passado que este ano viu a luz do dia nos cinemas americanos foi este Maryland, que nos EUA ganhou um novo nome, ou seja Disorder. Depois de uma recepçao interessante no Festival de Cannes o filme recolheu resultados criticos interessantes, já comercialmente ao não ser um filme falado em inglês terá as dificuldades naturais para se impor num competitivo mercado.
Sobre o filme, desde logo podemos dizer que Disorder é um filme com caracteristicas vincadas de cinema europeu, ou seja persoangens marcadas pelo passado, um filme silencioso que quase sempre tenta nos dar sensaçoes de desconforto, e poucas linhas de dialogos apontando para um final onde se centra muito das apostas do filme e o que vai determinar se tudo acaba por funcionar ou não para o espetador. Pois bem na minha opinião sendo o final o melhor do filme acaba por tudo o resto ser muito monotono e parado para fazer o twist final funcionar.
Por outro lado penso que mesmo o final deveria ser mais objetivo mais concreto naquilo que quer transmitir, pois mesmo assim podem surgir duvidas relativamente ao que aconteceu e penso que num filme tao lento como este o unico ponto de alguma vida deveria ser mais objetivo, mesmo que implicitamente seja um final interessante quando observado na conjetura de um filme que ate nos parece com um bom fio condutor e uma ideia de base de primeiro nivel, parece é que execuçao não permite que o filme tenha o impacto que o argumento, pelo menos a base do mesmo merecia.
Ou seja um filme com algumas das virtudes do cinema europeu, unico na forma como transmite inquietaçao das personagens, mas com defeitos do mesmo cinema principalmente nos filmes de menos dimensao, ou seja um ritmo demasiado pausado, processos longos, poucos dialogos, muitas sequencias de camara parada, que o tornam ao longo da sua duraçao muitas vezes aborrecido, morto, sendo resgatado mas sem o mesmo tipo de efeito para um fim mais interessante e que com outro tipo de desenvolvimento poderia ter levado o filme para outros patamares.
A historia fala de um ex-militar contratado para servir de guarda costas a esposa de um libanes, contudo rapidamente começam a sofrer ameaças externas que tera de o colocar no maximo alerta onde percebe que as suas condiçoes mentais sao diferentes daquelas que tinha no periodo que antecedeu as suas funçoes como militar.
Em termos de argumento podemos dizer que o corpo da historia, é interessante, original e funciona, o problema e na sua concretizaçao e em promenores, e quase sempre um filme muito parado, onde as personagens passam grande parte do tempo caladas, tornando este argumento algo enfraquecido, mesmo partindo de um corpo bastante interessante.
Winocour e uma realizadora ainda jovem que tem aqui o seu projeto mais mediatico, conseguido reunir dois actores com experiencia de Hollywood o resultado e claramente trandicionalista europeu com imagens muito focadas no protagonista e no seu sofrimento sendo que aqui o filme não tem nada de novo relativamente ao que já se faz na europa. Esperamos os seguintes filmes para traçar o seu perfi.
Em termos de cast, o filme tem todo o peso na interpretaçao de Schoenaerts, o actor cada vez mais presença vincada em filmes europeus e americanos tem aqui talvez um dos papeis de maior destaque na sua carreira, na qual cumpre, pese embora fique a impressao que a personagem dava para mais, e que o actor fruto de um guiao concretamente frouxo não da tudo o que a personagem poderia dar, já Kruger muito mais figurante não teve um papel de tanto destaque.

O melhor - O fio condutor do argumento

O pior – Ser durante grande parte da duração um filme demasiado silencioso


Avaliação - C+

Thursday, August 11, 2016

Neighbors 2: Sorority Rising

Dois anos depois de Seth Rogen e Zac Efron ter levado a rivalidade entre vizinho ao maximo, e se ter tornado numa das comedias de maior sucesso comercial e critico deste ano eis que surge a sua natural sequela. Como é habitual em sequelas de filmes comicos, os resultados principalmente comerciais foram muito piores, com resultados, principalmente nos EUA desoladores, criticamente as coisas foram mais medianas do que o primeiro filme, mesmo que comparativamente com outras comedias não se podera considerar o resultado deste filme como um desastre.
Desde logo confesso que ao contrario da maioria das pessoas não fui um fã do primeiro filme, achei que tinha um humor repetitivo demasiado fisico e quase sempre sem graça. Este e claramente um filme de espetro muito mais simples, no que diz respeito ao exagero ao lado fisico, pese embora continue a ser o humor predominante, mas como é um filme mais curto torna-se menos cansativo sendo tambem minha opiniao que em determinados momentos o filme em termos comicos funcione melhor, demonstrando um humor mais actual e claramente menos sexualizado.
E obvio que ao ser um filme mais curto e um filme menos trabalhado dai que sera facil entender algum desanimo para quem gostou do primeiro filme, no sentido oposto que não gostou do primeiro filme pode-se sentir mais confortavel num filme menos exagerado, com um humor mais escrito e menos fisico, mesmo que seja claro que todos os filmes de Rogen tenham sempre os mesmos temas e torna os filmes extremamente repetiviso.
E obvio que em termos de novidade o filme e menos convincente do que o primeiro, ou seja temos uma historia já conhecida e a repetiçao principalmente na base do filme e claramente obvia em todo o filme. Mesmo assim parece-me estarmos perante um filme mais basico, de objetivos mais faceis de cumprir e por isso na minha opiniao um melhor filme.
A historia segue as personagens do primeiro filme sendo que a vizinhança esta a cargo de uma irmandade feminina que se quer concentrar mesmo ao lado do casal de protagonistas, que nesta disputa vai ter um aliado de pese, e um velho conhecido de outras rivalidades.
Em termos de base o argumento deste filme e semelhante ao primeiro, contudo em termos de humor podemos dizer que a simplicidade de processos faz o filme em momentos ter mais graça mesmo que nem sempre seja um filme coeso e eficaz neste ponto.
Na realizaçao Stoller regressa ao seu principal papel, e podemos dizer que o faz da forma que nos habituou um realizaçao actual em prol do humor de um realizador que raramente sai da sua zona de conforto sendo assim dificil analisar o seu real valor.
No cast Efron e Rogen repetem papeis que encaixam no seu estilo de actor comico, sendo que a inclusao de Moretz não e propriamente daquelas que dá forma a uma actriz que já mostrou outro tipo de pregaminhos em filmes de melhor nivel. Penso que a jovem nem sempre esta a tomar as melhores decisoes da sua carreira


O melhor – Mais objetivo no humor do que o primeiro filme.

O pior – Repetiçao dos mesmos temas de todos os filmes de Rogen


Avaliação - C

Wednesday, August 10, 2016

God's Not Dead 2

Dois anos depois do primeiro filme desta saga sobre a crença da religiao catolica ter supreendido com excelentes resultados, no meio da epoca pascal. Eis que dois anos depois e mesmo resisitindo ao desastre critico do primeiro filme surgiu a sua sequela com os mesmos objetivos bem definidos ou seja um filme claramente sobre crença religiosa crista, algo que se tornou muito comum nestes dois ultimos anos no cinema americano. O resultado critico deste segundo capitulo foi basicamente o mesmo, ou seja, um desastre completo, por seu lado em termos comerciais baixou e muito aquilo que o primeiro filme conseguiu fazer, quem sabe pondo termino a um franchising com um estilo que parecia ter-se instalado.
Em penso que sera sempre dificil fazer a analise deste lado pondo de lado as nossas crenças religiosas. Desde logo e de ateu assumido que sou, parece claramente que se trata de um filme que aborda uma rotaçao completamente diferente daquela que estamos habituados. Ou seja parece sempre ser um filme com uma abordagem estranha sobre um não tema, pelo menos da forma como as coisas se põe.
E o que é este não tema, e uma guerra contra a crença crista que não existe, sendo com total normalidade principalmente nos paises mais desenvolvidos que se aceita a crença de cada um. Ou seja o filme tenta descrever uma sociedade que repodia e não deixa as pessoas exprimir a sua religiao algo que claramente não existe, tentando sim potenciar um fanatismo religioso sem qualquer tipo de sentido, sendo uma mensagem muito dificil de aceitar.
E depois deste ponto, e mesmo pensando que o filme adopta uma forma diferente de comunicar alguns pilares da religiao atravez de cinema e musica mais actual, penso que a mensagem é semelhante, de o lado bom ser o nosso e todos os outros e mau, o que claramente pelo menos na minha forma de ver nunca deve ser a maneira que se exprime qualquer tipo de religiao.
A historia segue desta vez uma professora que depois de fazer numa aula referencias a vida de Jesus Cristo tem um processo civel devido ao facto de tentar potenciar nos seus alunos uma crença religiosa algo que não estaria na lei daquele pais.
O filme deve ser diferenciado na mensagem que tras, claramente assumida como de religiao cristã e pouco mais, como filme e claramente um filme esteriotipado com uma diferenciaçao quase patetica entre bons e maus num estilo de filme que já não se usa.
Na realiaçao um expriente realizador sempre ligado a este tipo de registos Harold Cronk que teve o seu maior sucesso no primeiro capitulo desta saga tem aqui um trabalho muito semelhante ao primeiro filme, o estilo televisivo sem grande rasgo, num genero onde o sucesso e dificil e ainda mais o louvor dos espetadores.
No cast este filme assim como o primeiro não tem figuras de proa mas sim actores em mare baixa da carreira, Joan Hart depois de vinte anos dos seus sucessos tem uma personagem desinteressante claramente serie B, não sendo com este filmes que relança carreira nenhuma, já Ramis protagonista de alguns bons filmes no final do seculo passado e sempre agradavel de se ver, mesmo que as coisas nunca funcionem

O melhor – Alguma actualidade da religiao

O pior – A forma completamente fora do mundo de definir expressao religiosa


Avaliação - D+

Tuesday, August 09, 2016

Suicide Squad

Desde o momento em que foi anunciado e posteriormente a forma como o seu trailer foi um sucesso universal que esta reunião de vilões da DC se tornou de imediato um dos acontecimentos cinematograficos para este 2016, ainda mais quando foi mencionado que o mesmo seguia a dimensao DC dos super herois. Pois bem pese embora Agosto não seja habitualmente um mês de grandes sucessos o resultado comercial do filme aparentemente é muito bem conseguido. Ja criticamente ainda não foi desta que a DC voltou aos sucessos conseguidos principalmente com The Dark Knight, com resultados abaixo das expetativas.
Sobre o filme, podemos dizer que integrar um filme sobre viloes da DC num contexto de um universo que trara muitos filmes pode ser uma escolha ambiciosa principalmente se posteriormente os quiser mudar de lado, e pela empatia entre espetador e publico. E nesse particular mesmo sendo um filme corajoso penso que rapidamente condicionou aquilo que estas personagens podem fazer no futuro com excepçao de Joker que quase e um cameo no filme, ou não fosse um dos maiores trunfos daquele universo. Mas para alem de arriscado nesta ideia o filme corre poucos riscos, principalmente narrativos onde o filme na sua linha central é limitado, sem profundidade sem capacidade para tornar algumas personagens mais do que duas linhas de caracterizaçao.
Mas com estas limitaçoes é possivel fazer um filme interessante, o resultado ate pode ser positivo, o filme começa bem a primeira hora tem diversos promenores, tem irreverencia, tem sentido de estetica ou seja tudo o que um filme politicamente incorreto necessita, e nisso o filme principalmente em promenores e principalmente na primeira hora funciona e bem, sendo a caracterizaçao dos personagens alguns dos melhores momentos.
Na segundo hora o filme tem o seu curto sumo a não ser suficiente para o elevar principalmente quando comparado com alguns filmes do universo marvel, acabando por encaixar mais na mediania que os filmes da DC tem ocupado desde que este universo foi inventado. Ou seja a lufada de ar fresco que muitos pensariam que este filme seria, apenas cumpre pela metade, e com um particular sublinhado para um dos melhores elementos do filme, a banda sonora.
A historia segue a acção de Batman VS Superman, depois do desaparecimento de super homem e com receio que um novo ser poderoso surja com intençoes mais negativas, uma agente dos serviços de inteligencia cria uma equipa de força com alguns dos maiores viloes da terra que de imediato tem de ser postos a prova.
O argumento não é brilhante, pese embora pegue numa das ideias mais cretivas da DC, a forma como o filme cresce não nos parece muito original, quer na historia de base, quer na pouca prespetiva e complexidade que da a maioria das personagens, com excepçao das duas centrais. Nao e um filme de personagens e normalmente isso diferencia um optimo blockbuster de um produto mais mediano.
Ayer e um bom realizador ao longo do tempo em diversos contextos, principalmente policia já demonstrou um sentido de realismo interessante. No filme com mais meios e com os holofotes perante si, tem uma realiaçao de mais a menos, uma fase inicial interessante que vai desaparecendo ao longo do filme, para se tornar quase numa obra de tarefeiro, eu particularmente esperava mais autor e menos operário.
No cast, com uma numero elevado de personagens o encaixe dos actores em figuras já conhecidas seria importante, e o maior destaque vai para Robbie e a sua criaçao de Harley Quinn, brilhante, engraçada, na vertente comica que diferencia o filme, ao seu lado Smith recupera o carisma e boa forma em filmes de acçao que tinha perdido nas suas ultimas tentativas. DO lado mais negativo Kinnman parece demasiado preso a uma personagem que tambem nos parece mal criada, e também Delavigne parece demasiado não atriz para ser a vila de um filme com este peso. Sobre a maior prova de fogo do filme, Leto, penso que o filme não lhe exige quase nada, para alem da gargalhada, tudo o resto a caracterizaçao cumpriu, mas penso que uma personagem que foi interpretada por Ledger da forma que foi, não poderia nunca ser surpreendente

O melhor – Harley Quinn

O pior – Faltar mais risco a um filme naturalmente incorrecto


Avaliação - C+

Monday, August 08, 2016

The Legend of Tarzan

Tem sido uma das tendências do cinema actual passar para live action algumas das figuras mais consagradas da banda desenhada, quer com replicas das historias originais quer outras abordagens. Um desses filmes foi esta Legend of Tarzan apostado numa sequela da historia conhecida e com Yates, o responsavel final de Harry Potter como realizador. Os resultados foram medianos criticamente com avaliações medio negativas, comercialmente longe de se tornar um grande sucesso como foi o caso de Livro da Selva mas ao mesmo tempo longe de ser o floop rotundo de outros filmes.
Sobre o filme, desde logo começamos por sublinhar a coragem de partir de uma historia nova com base numa conhecida, direi mesmo que este é o tipo de apostas de risco e que mostra coragem na produçao, mesmo que a historia em si seja simplista, com o regresso as origens e com as premissas do original sem muito arriscar dando espaço aos efeitos especiais. Pois bem é aqui que o filme falha em grande escala, quando comparado com outros filmes do mesmo nivel produtivo este e claramente um filme muito aquem, muito digital e informatico e o uso desses metodos neste caso esta longe da perfeição.
Depois um filme obvio, o risco e a coragem acabaram na ideia, pois tudo o resto e predifinido com o limite minimo de risco, ou seja a historia de base e simples, as personagens tem todas papeis definidos, o filme quase não tem guião, e o recurso a excesso de retrocessos temporais por vezes fazem-nos pensar que seria melhor um filme que seguisse o inicio de Tarzan do que propriamente ir atras momento apos momento.
Enfim um filme que encaixa no perfil de blockbuster de verão de nivel medio, daqueles filmes que tem declaradamente como objetivo central o angariar dinheiro e pouco mais, e onde alguma escolhas podem ser muito discutiveis principalmente no cast. E um filme que nos parece muito modesto para dar o inicio a uma saga embora os resultados por si so não o inibam.
A historia segue Tarzan depois da historia conhecida, onde esta instalado com jane em Inglaterra ate que e chamado no sentido de tentar acabar com um conflito na salva do Congo onde nasceu e foi criado, contudo as ambiçoes de o trazerem de volta a selva podem não ser as mais claras.
Em termos de argumento é uma ideia interessante como todas as que tentam dar continuidade a algo conhecido, mas cujo o risco acaba ai, porque tudo o resto e tão esteriotipado que nos faz pensar que a ideia talvez funcionasse melhor com a historia de base. E um filme quase sem personagens e dialogos.
Yates era um simples desconhecido ate Harry Potter e tem aqui a primeira prova de fogo antes de regressar ao mundo de Harry Potter, penso que foi melhor tarefeiro na saga mundialmente conhecida do que neste filme, aqui tem algum risco mas depois falha na forma como encaixa os efeitos no filme e isso é necessario ate no mais basico dos tarefeiros.
Em termos de cast se as escolhas de Robbie e principalmente de Waltz parecem ser escolhas faceis em papeis faceis e que encaixam nas caracteristicas de cada um deles, já Saasgard parece uma escolha de risco que não funciona, nunca foi um actor mainstream e isso nota-se em alguma falta de dimensao e carisma, numa personagem que também nos parece muito limitada. Alias so consegue algum protagonismo quando a personagem de Samuel L Jackson prepara caminho, numa boa escolha como aliado e apontamentos de humor, ainda que reduzidos do filme.

O melhor – Sempre de louvar o tentar descobriro a parte desconhecida do conhecido

O pior – O filme esgotar a originalidade e a creatividade na ideia de base


Avaliação - C

Sunday, August 07, 2016

Elvis & Nixon

Se existe fotografia capaz de resultar num filme era obviamente uma estranha fotografia que juntou Elvis Presley e Richard Nixon, cujos reais contornos nunca foram totalmente do conheciento publico. Este ano e pela mão de uma realizadora habituada a filmes independentes numa produçao da recem chegada Amazon surgiu este filme que criticamente passou com uma mediania positiva mas que comercialmente e fruto da pouca expansao teve apenas os resultados possiveis.
Sobre o filme, era importante perceber que tipo de abordagem seria feita a historia de uma das fotografias mais contorversas da historias. Pois bem a abordagem e de comedia e de ridiculo da situaçao, e baseada numa fase particularmente psicotiva da vida de Elvis. Pois bem ai o filme acaba por ser uma satira sobre o star power, com um humor simples, não de gargalhada profunda mas sempre bem disposto, capaz de mais do que buscar qualquer logica e seguimento para a situaçao ironizar sobre a mesma numa caricatura das duas figuras aqui retratadas e aqui o filme funciona nessa escolha, de ser engraçado mais que factual.
Claro que com esta escolha não podera ser um filme documento, um filme de investigação, pois rapidamente percebemos que muito do que nos e dito no filme e algo criado pelas pessoas que quiseram dar esta roupagem não so a situaçao mas tambem aos personagens sem nunca chocar com a imagem que o publico em geral tem de tais personagens. E nisto o filme podera ser pouco corajoso não entra muito nas dinamicas pessoais de ambos preferindo um curto e simples filme, que por isso não tem asas para voos maiores.
Mesmo assim interessante e original a ideia de tentar criar um filme sobre o conhecido sobre a situaçao, a parte do dialogos funciona principalmente na forma como o dialogo de egos acaba por funcionar em personagens tao distintas. O filme ganha muito por ter escolhido dois actores de grande nivel num despique de interpretaçoes.
O filme fala sobre Elivs e a tentativa do mesmo para legalizar as suas armas tentar se tornar um agente infiltrado na investigaçao de drogas solicitando isto mesmo pessoalmente ao presidente de então Richard Nixon.
O argumento do filme parte de um principio original durante toda a sua duraçao e sempre mais engraçado do que promenorizado ganhando no fim e na sua pergunta final mais uma vez um ponto de grande interesse. E daqueles filmes que mesmo não sendo um poço de ideias novas funciona, mesmo que por vezes exagere na caricatura dos personagens demasiado unidimensionais.
Na realizaçao Lisa Johnson e uma realizadora de comedias indie e adoptou esta estutura para o filme, sem grandes rasgos ou procura de uma criaçao temporal de excelencia da o palco aos seus actores e isso parece ter sido uma boa opçao. A caracterizaçao principalmente de Elvis parece excessiva.
No cast Shannon e Spacey os dois ultimos viloes de super homem sao dois actores de primeira linha e neste filme comprovam não so funcionar em qualquer tipo de regras mas ainda com humor, Shannon e mais orignal mais fora do que estamos habituados, Spacey cola ao seu Underwood mas e uma boa opçao já que penso que na forma como criou esta personagem de grande sucesso teve sempre em conta Nixon. Um duelo de grandes interpretaçoes de dois grandes actores da atualidade.

O melhor – A pergunta final.

O pior – O excesso de esteriotipo da criaçao de Elvis em alguns momentos


Avaliação - C+

Friday, August 05, 2016

Into the Forest

Os pequenos festivais são espaços não so para realizadores em inicio de carreira mas tambem para alguns que ja tiveram os seus momentos de maior fama, principalmente comercial, tentarem um novo impeto nas suas carreiras. Podemos dizer que foi o que aconteceu com Patricia Rozema neste novo filme. Os resultados comerciais foram muito deprimentes principamlmente num filme com duas figuras conhecidas do grande publico. Comercialmente e depois da presença em festivais mais pequenos este filme canadiano, ficou-se pela mediania que nao lhe serviu de grande impuso para a sua carreira.
Sobre o filme podemos dizer que este tipo de filmes se form bem criado e com cabeça tronco e membros pode ter um resultado interessante, ou seja o cinema que teoriza sobre o desaparecimento de bens que agora achamos essenciais normalmente dão sempre uma boa vertente do ser humano, e podemos dizer que este filme consegue isso na primeira hora, na forma como vai filtrando o superfulo ate ao essencial.
O problema e que a determinada altura o filme não sabe como se pode concluir e torna-se quase utopico, parece tambem esquecer algo que durante muito tempo e claramente uma das suas preocupaçoes a boa contextualizaçao temporal, mas com o tempo percebe-se que o filme entra num caminho sem saida e nessa fase podemos dizer que a sua conclusão fica muito aquem do resultado completo de todo o filme, que principalmente na ligaçao umbilical das duas personagens centrais funciona bastante bem.
Ou seja um filme simples que parte de uma excelente premissa mas que penso que a leva longe demais, durante muito tempo parece que o filme teria que ter no fim uma volta à normalidade e nao se tornar num filme de sobrevivencia sem fim e utopico na sua resoluçao. E daqueles filmes que por diversas vezes leva uma toada demasiado suave para o tema que trata, mas claramente não consegue manter o equilibrio entre uma promissora e funcional primeira parte e uma conclusão que nos parece que não funciona.
A historia fala de duas irmãs que apos o colapso da energia acabam por estar juntas no meio de uma floresta numa casa aparentemente de tecnologia de ponta. COm o passar do tempo e com a escassez de meios terao de lutar mais pela sbrevivencia do que por qualquer outra coisa.
Em termos de argumento podemos dizer que temos um bom principio, uma boa ideia, que inicialmente funciona, com o passar do tempo vai perdendo algumas das ferramentes que a faziam funcionar tornando-se algo extremada. Mesmo assim de registar duas personagens diferentes que se complementam e uma conclusao que merecia mais.
Na realização apesar de inicialmente fazer pensar que vamos ter risco, e aspeto artistico o filme nunca confirma esta ameaça, tornando-se numa realizaçao simples de produçao de meia gama. O filme tinha espaço para mais do que o funcional que é.
No cast duas actrizes que estao num segundo patamar de hollywood mas com muitos recursos, principalmente Page, intensa em termos dramaticos e funcional em termos comicos com a melhor construçao do filme, Wood parece mais extremada mais preocupada em picos de interpretaçao mas num papel menos corerente


O melhor - Claramente a ideia de base

O pior - A conclusão


Avaliação - C+

Thursday, August 04, 2016

Tallulah

É clara a estrategia da Netflix aos poucos dominar por completo não só os telefilmes bem como filmes de expansao curta que se intrometem principalmente na luta pelos premios. Foi o que aconteceu o ano passado com Beasts of No Nation, e este ano com este filme em Sundance. Os resultados criticos do filme até foram positivos pese embora insuficientes para trazer o premio. Em termos comerciais a estrategia da Netflix e vender o seu canal, dai que sera sempre dificil avaliar o que o filme conta por si.
Sobre o filme, podemos dizer que o estilo telefilme está lá de principio a fim, daqueles filmes muito baseado em historias de vida, mas ao mesmo tempo que consegue ser pouco convencional principalmente na forma como cria uma personagem excentrica mas ao mesmo tempo emocionalmente interessante na simbiose com a sua antagonia. E nisto o filme funciona sem nunca necessitar de deixar de ser um filme vulgar na sua simplicidade e dos seus mecanismos prende-nos ao ecrã, sendo que a opçao por uma linha moralmente desiquilibrada nos faz pensar da forma como o filme termina, que acaba por ser simples mas funcional.
Este e um filme que obviamente não vamos nunca considerar uma obra prima, é um filme claramente na sua maior parte simples, em termos narrativos apenas arrisca quando nos faz o paralelismo de sair da terra e a força que nos temos para agarrar a vida, o unico apontamento poetico do filme mas que funciona, principalmente potenciado no seu fim. Este ponto acaba por tornar um filme simples, e nem sempre surpreendente um pouco melhor, mesmo que o filme seja sempre mais agradavel do que espetacular.
E um filme claramente feminino, mas que questiona não divide personagens em singularidades dando-lhe complexidade e ao memso tempo diferente dimensoes em prespetiva e nisso o filme torna-se mais adulto e mais profundo do que o simples historia de vida de domingo a tarde que acaba por ser a sua roupagem inicial.
A historia fala de uma jovem, totalmente perdida na vida, que o unico objetivo e viver dia a dia na sua carrinha com o seu namorado. Abandonada por este tenta sobreviver com a ajuda de uma criança que rapta junto da mãe do seu namorado desaparecido.
Em termos de argumento mesmo não sendo um poço de originalidade e creatividade e um filme interessante, com barreiras curtas dá-nos algo de diferente dentro da historia de vida. Nao é um filme de lados bons e maus, ou de opçoes boas e erradas, debruça-se profundamente sobre cada tema e para isso funciona personagens bem montadas, e dialogos simples mas objetivamente funcionais.
Sian Header é já uma figura conhecida do mundo da televisao graças ao sucesso de Orange is the New Black, nesta passagem para o cinema com a chancela da Netflix que tambem produz a sua serie, temos uma realiaçao simples, claramente feminina. Nao é claramente o ponto que mais chama a atençao do filme, já que são visiveis muitos tiques de televisao, mas Nova Iorque dá uma ajuda para tudo.
Em termos de cast não é um filme dificil, parece-nos que Page está demasiado masculina para o papel, principalmente defendendo alguma heterossexualidade, mas combina bem com Janney, quimica que já vem de Juno, esta tem o melhor papel do filme, e o mais exigente e um das boas interpretaçoes do ano ate ao presente momento.

O melhor – O filme conseguir diferenciar uma historia demasiado normal

O pior – Ser na essencia um filme de caso de vida de televisao


Avaliação - B-

Independence Day: Ressurgence

Existem filmes que ficarão para sempre como marcos de um estilo de cinema num determinado periodo de tempo. Um desses filmes foi Independence Day que deu inicio com sucesso a uma serie de filmes catastrofe e de destruição massiva com efeitos especiais de ponta. Ao contrario da maior parte dos filmes de sucesso de holywood tivemos de esperar vinte anos por um segundo filme e com resultados claramente desoladores, desde logo criticos com avaliaçoes essencialmente negativas para esta abordagem, mas tambem comerciais, onde principalmente nos EUA ficou muito longe daquilo que o primeiro conseguiu.
Sobre o filme, se existia uma razão para o primeiro filme ter funcionado era na data o carisma e o humor de Will Smith, desde logo a falta do seu protagonista maior deveria ser um sinal que não tinha muita logica fazer num novo filme, mesmo que grande grosso dos outros protagonistas tem aceite retomar o papel, principalmente porque a carreira deles nunca se tornou nada de excelente. De resto temos claramente um filme completamente limitado principalmente quando comparado com o primeiro, deixou de ter graça, a ação e as personagens sao claramente inexistentes e por vezes em termos de entalhes narrativos parece um filme tirado da serie B, o que para uma produçao acima dos 100 milhoes podemos dizer que e um desastre.
Por outro lado o filme segue um tradicionalismo dos anos 90, onde existia menos exigencia em termos de argumentos mais complexos e surpreendentes e é aqui que o filme falha em toda a linha, esta explicaçao para o regresso não existe, a coerencia das personagens e dos seus encontros ainda pior, tudo parece não seguir qualquer logica interna e quando assim é chegamos por diversas vezes a pensar que o filme e o que uma criança pensaria se lhe pedissem para fazer uma nova roupagem de um filme como este.
E as mas noticias e que a forma como o filme e montado e principalmente finalizado dá a noçao que se espera um franchising de lutas e efeitos especiais interminaveis contra extra terrestres, em mais duas horas de cinema de base sem recheio e sem qualquer motivos de interesse.
A historia passa vinte anos do primeiro filme, com o reacender da ameaça, percebemos que os salvadores possiveis sao os herois do primeiro filme ou a sua descendencia.
Em termos de argumento o filme é um claro erro em toda a linha, as ligaçoes ao primeiro filme são do menos intuitivas que á memoria, basicas, sem creatividade e originalidade. Em termos de linha de base, algo que poderia estar no menu standart de qualquer filme serie B, a logica das personagens, ligações e dialogos e pensar em chavões de filmes sem qualquer tipo de exigencia.
Emmerich, não e neste momento o realizador que era no momento em que fez o primeiro filme, perdeu creatividade, impacto da novidade dos seus filmes, perdeu nome, e isso neste filme nota-se, mesmo com meios de ponta o filme nunca é diferente, nunca arrisca e nunca tem assinatura pessoal. Claramente numa fase muito descendente da sua carreira.
Independence Day sem Will Smith era obvio que não funcionava, principalmente porque nenhum dos seus colegas de cast do primeiro filme eram actores sequer medianos, porque a sua personagem era alma do primeiro filme, e percebe-se que todos juntos sem Smith ainda demonstram mais a falta que ele lhes faz, principalmente quando o substituto ainda é o pior dos Hemsworth.


O melhor – As frases do primeiro filme na apresentaçao.

O pior – O facto de terem homenageado um primeiro filme de acçao com qualidade num pessimo filme de acçao.


Avaliação - D

Tuesday, August 02, 2016

Last Days in the Desert

A história de Jesus Cristo tem nos últimos anos em Hollywood sido tema de diversos filmes que tentar retratar diferentes momentos da vida do messias. Normalmente são filmes com menos meios pelo menos em termos de cast e realizadores, e com um âmbito mais básico. Aqui temos uma abordagem diferente, numa meditação sobre uma experiência não tão abordada na vida de jesus. Os resultados foram aceitáveis em termos críticos com avaliações essencialmente positivas. Já no que diz respeito ao percurso comercial, a sua pouca expansão, acabou por condicionar e muito os parcos resultados do filme.
A história temos um período de reflexão de Jesus Cristo pelo deserto e a forma como este contacta com uma família e alguns dos ensinamentos que dai surgem. O filme é na sua essência um filme de fé, grande parte da história são os conflitos internos da personagem e isso faz com que o filme nem sempre tenha grande ritmo, chegando mesmo a ser cansativo. Só na parte final o filme adquire realmente motivos de interesse no conflito principalmente das personagens secundarias, já que objetivamente existe sempre alguma dificuldade em perceber o propósito do filme para a personagem central.
Eu sei que nem sempre é facil fazer filmes sobre uma personagem tão amada como jesus Cristo que a forma como a personagem tem que ser caracterizada é simples, pena é que se repitam filmes que sabem que a margem de manobra é curta, e que acabem por ser mais do mesmo. Neste caso pese embora a abordagem seja ligeiramente diferente, penso que em termos estruturais nada dá de novo relativamente aquilo que anteriormente já foi efetuado.
Ou seja temos muito pouco a realçar num filme demasiado cinzento, talvez a relação pai filho contextualizada pela personagem, os altos e baixos, e pouco mais num filme que passa demasiado tempo a descrever uma personagem a deambular no deserto com todos os interesses que isso possa ter.
A historia fala de uma passagem na vida de Jesus Cristo em que o mesmo permanece vários dias no deserto no sentido de contactar com o seu pai, ou seja Deus, aqui acaba por conhecer uma familia que o ajuda, na qual a mãe sofre de uma doença, o filho tem a ambiçao de sair do deserto e o pai de manter a familia unida.
Em termos de argumento é um filme extremamente limitado de base, ou seja é daqueles filmes que não tem grandes persoangens, cuja caracterização de Jesus encaixa naquilo que pode ser trabalhado e os restantes são meros fantoches para o obejtivo da personagem principal.
Rodrigo Garcia é um realizador Colombiano, muito relacionado com alguns programas de televisão, mas já com alguns filmes. Aqui tem uma realização simples, principalmente porque o deserto não é propriamente o espaço que permita grandes momentos de cinema, principalmente quando retratado de uma forma básica.
O cast Ewan Mcgregor e um Jesus Cristo nada provavel pela sua fisionomia, podemos dizer que neste caso temos um papel simples, quase silencioso. Ao seu lado destaque para um Hinds sempre intenso nas suas construções e um Sheridan que nos parece claramente estar fora de tom para o filme em questão.

O melhor - A relação pai filho

O pior - Grande parte do filme ser uma personagem a deambular no deserto

Avaliação - C-