Saturday, March 26, 2016

Batman Vs Superman: Dawn of Justice


O maior acontecimento agendado para o ano de 2016 em termos de Hollywood pelo menos em termos de mediatismo era este confronto entre dois dos maiores super herois do mundo da banda desenhada Batman Vs Super Homem, depois dos filmes independentes de cada um, a reunião era uma questão de tempo. Para este filme a expetativa era muito pese embora a escolha de Ben Afleck tinha sido bastante criticada. O filme estreou com os primeiros resultados a serem comercialmente muito interessantes dando pode a DC para o que vem a seguir. Em termos criticos as coisas correram bem piores com avaliaçoes que oscilam entre a mediania a o negativo o que pode ser bastante complicado de digerir para um filme como este.
Era conhecida a dificuldade deste filme resultar em pleno, principalmente porque os herois vem de filmes bem diferentes, se o lado fantasia e impossivel de dissociar de Superhomem, Nolan conseguiu tornar a historia do batman numa possibilidade e em algo actual, na melhor adaptaçao de um heroi ao cinema. Dai que obviamente e para os mundos conjugarem o filme tinha que ser mais Super Homem do que Batman e acaba por ser, ou seja temos muitos mais elementos fantasticos no filme, muito mais cenas de efeitos especiais interminaveis, maior dimensao mas menos argumento.
E pese embora o filme não perca muito tempo a definir esta Batman como não se dissociando da triologia de Nolan o certo e que o filme ate começa mais narrativo com a questao da forma como o Superhomem e visto pela positiva ou negativa. Contudo essa primeira hora de filme claramente mais complexa, mais politica mais forte da lugar na segunda fase e um espetaculo de efeitos especiais sem personagens sem grandes dialogos e filme torna-se mais vazio. Um dos pontos em que a DC perde obviamente para a Marvel e que os filmes sao menos completos em termos de entertenimento porque a quimica comica entre as personagens nunca existe nem e trabalhada.
No final fica a sensação que o filme poderia ser melhor, mais comico, e que será sempre menor quando comparado no essencial com o Universo Marvel, parace claramente mais vazio, falta quimica, falta historia a um filme que no final vale da forma mitica que personagens já tem, sejam elas as atuais ou as que se advinham que vao entrar e pouco mais, num filme que e um simples filme de acçao.
A historia divide Metropolis e Gotham por um rio, sendo que Bruce Wayne desconfia da verdadeira essencia de Super Homem, o que leva a um confornto entre ambos com objetivos parecidos, que vai ter de ser conjugado para combater um mal comum.
O argumento começa bem, onde a DC mais resultou foi na humanizaçao dos seus herois e do seu ambiente, e aqui o filme ate começa por ir para esse pondo com a disputa relativa a forma de ver o heroi, mas rapidamente se torna num filme de acçao e ai a falta de elementos como interaçao verbal entre personagens e valores comicos fazem com que o filme saia a perder contra os seus diretos competidores.
Snyder e o criador do novo super homem e foi a pessoa escolhida para dar vida a nova DC, se esteticamente e um realizador apurado por vezes parece exagerar em cor, em planos tornado os filmes mais quadros do que filmes, e ai parece que a historia fica limitada.
E no cast que o filme tem alguns dos seus maiores problemas, Cavill já tinha demonstrado no primeiro Super Homem que falta-lhe capacidade interpretativa, aqui e mesmo um boneco de cera, que faz com que a personagem seja um mito sem qualquer tipo de forma, ou que consiga sequer criar empatia com o publico e isso é muito culpa do actor e da sua construçao, ao seu lado um Afleck que tem o mesmo problema pese embora a sua personagem seja mais complexa, parece sempre um Batman de segundo plano, evidenciando nos momentos que requer mais intensidade interpretativa as dificuldades que sao conhecidas ao actor. Nas novas escolhas Eisenberg parace uma boa escolha principalmente no lado mais lunativo, Gadot tem uma personagem limitada que não dissipa as duvidas se a escolha não foi unica e exclusivamente estetica.

O melhor – A primeira hora de filme.

O pior – Quando o lado humano se acaba o filme fica com pouco mais que os efeitos para mostrar



Avaliação - C+

Friday, March 25, 2016

James White

Todos os anos surgem alguns filmes pequenos sem grandes nomes nos seus interpretes que se tornam perolas indies que marcam presença em pequenos trofeus mas que são demasiado pequenos para conseguir atingir um patamar maior. Um desses filmes de 2015 foi este James White com uma optima recepção critica mas sem dimensao comercial, conseguiu algumas nomeaçoes da critica mas não conseguiu atingir a dimensao para os premios maiores.
Este e um filme declaradamente de matriz independente, bem mais definido do que a maioria dos filmes que se dizem deste genero, e isso e facilmente perceptivel na forma de filmar, na intensidade das cenas mais do que propriamente no perfecionismo tecnico. E um filme de pequenas coisas, de objetivos simples a não ser contar a historia de um jovem perturbado que tem de lidar com o cancro da mãe, não e um filme com uma linhagem naturam com principio meio e fim e isso acaba por condicionar o seu impacto, mas sim uma hora e meia a deriva de uma personagem cujo contexto parece se ter virado contra si.
E um filme com algumas virtudes, a intensidade dos conflitos, a emoçao de alguns dialogos principalmente no sofrimento das suas personagens, mas tambem como defeitos que provocam um dano assinalavel, desde logo a forma como o filme não e organizado em termos estruturais o seu frouxo final, que de alguma forma não permite que a mensagem seja tao significativa não permite elevar o resultado do filme para outro tipo de patamares.
Mas e sempre bom quando um filme arrisca, principalmente com poucos meios, temos um filme de clara assinatura na forma como filma as personagens em movimento, um filme que sabe atingir picos emocionais, mas e pena que o resultado final não seja tao forte com os seus valores maiores pois ai teriamos a falar de um filme com outro tipo de impacto.
A historia fala de um jovem que perde o pai, e se encontra perdido na sociedade ate ao momento em que começa a ajudar a mae a viver com a fase terminar de um cancro que o vai deixar desprotegido de uma vida já sem rumo.
O argumento tem altos e baixos, funciona muito melhor na parte com dialogos intensos do ponto de vista emocional, do que propriamente no geral, a pouca organizaçao e um climax muito pouco intensod acaba por não permitir que o filme seja tao eficaz no seu resultado, mesmo sendo facil reconhecer os bons momentos de algumas sequencias.
Josh Mond e um dos bons valores de um cinema independente de autor, que aqui demonstra bem a sua assinatura, uma realizaçao pouco estetica mas viva, uma assinatura na forma como da enfase a sua personagem e ao seu sofrimento de um jovem realizador que para estreia conseguiu dar luz ao seu trabalho
No cast muito boas as escolhas de dois actores com papeis exigentes e com optimas interpretaçoes, desde logo Abbot com intensidade principalmente nos picos de intensidade, uma prestação dificil e intensa, mas todos os louros vai para Nixon, que depois de uma carreira marcada por uma prestação suave em Sexo e a Cidade merecia mais atençao dos premios nesta sua construçao intensa de um papel de uma vida.

O melhor – Cynthia Nixon

O pior – A conclusao algo apagada


Avaliação - C+

The Forrest

Já se tornou tradição nos ultimos anos que o primeiro fim de semana de estreias do ano seja marcado por titulos de terror. Este ano surgiu este pequeno filme baseado no mito da floresta suicida bem conhecida no Japão, com atores oriundos das series e com as expetativas moderadas de um filme que e lançado apos a explosao de Dezembro. Os resultados do filme foram debeis, desde logo criticamente com avaliaçoes negativas, sendo que comercialmente não sendo nenhum desastre tambem esteve longe de qualquer registo significativo.
Sobre este filme existe aquilo que vemos que é francamente pouco trabalhado no que diz respeito a personagem ao passado da personagem, a forma como esta vai assumindo o que quer do filme, com a intensidade e mesmo com a forma com que o filme acaba por ter pouco impacto no seu climax, algo que e necessario para um filme de terror resultar. Dai que a primeira vista uma avaliação essencialmente negativa parecia o destino. Mas o filme leva-nos a ter alguma curiosidade sobre algumas interrogaçoes que fazemos que nos podem dar respostas interessantes conduzindo o filme para o lado da doença mental e da dupla personagem, que embora nunca seja assumido obviamente no filme podera ser uma explicaçao para aquilo tudo que assistimos e nesse particular sem nunca ser um filme com a força de outros que trataram do mesmo tema, temos obviamente um filme bem mais funcional.
Mas esta tese tem pros e contras para aceitar no filme, ou se e uma resposta de algumas pessoas que viram o filme para os buracos narrativos que sao mais que muitos que o filme tem. Lançando a duvida se o filme e realmente o que estamos a ver ou exercicio de racicionio ao espetador, como nunca existiu resposta vou dar o beneficio da duvida ao lado melhor.
Enfim em termos de terror o filme esta num lado bem mais fraco sequencias esperadas com os truques esteriotipados e pouco mais, num climax absolutamente inexistente o que para um filme de impacto parece-nos claramente algo pouco interessante.
A historia fala de um jovem que em face do desaparecimento da sua irma, numa floresta conhecida por ser comum para o uso de suicidios no Japao decide entrar na mesma de forma a tentar encontrar a sua irma.
O argumento como todo o filme carece de uma definiçao de objetivos que ainda hoje pouco é conhecido se o filme e basicamente aquilo que vimos podemos dizer que e limitado em todos os sentidos como personagens e dialogos. Se e algo mais pelo menos como exercicio e um filme com os seus truques.
Em termos de realizaçao Toquio e uma cidade interessante em termos de realizaçao e a estreia deJason Zada acaba por retirar os dois bons lados da cidade, mas de resto pouco a referir uma realizaçao simples de terror.
No cast Dorner e uma atriz para já de televisao e nos filmes de terror nem sempre sao os certos para dar outro tipo de salto, com composiçoes modestas pouco exigentes e aqui e o que temos com tambem pouco destaque por os seus colegas de cast.

O melhor – Se o objetivo do filme e um exercicio para o espetador

O pior – Mas no que demonstra poderia ser bem mais capaz


Avaliação - C

Tuesday, March 22, 2016

The 5th Wave

Esta década poderá ser facilmente declarada como a década das aventuras juvenis em termos de adaptação ao cinema de obras literárias. Este ano e no sempre complicado mês de Janeiro surgiu este filme, que como muitos outros debruça sobre a tentativa de sobrevivência do seu grupo, contra a superioridade instalada. O filme pese embora tivesse alguns objectivos comerciais que acabou por obter principalmente nos terrenos fora dos EUA, foi um autêntico desastre critico com avaliações essencialmente negativas.
Sobre o filme podemos dizer que era óbvio principalmente depois dos sucessos de Harry Potter e Hunger Games, que iriam surgir diversos parentes pobres sobre a resistência e a luta de grupos de jovens, sendo que alguns obtiveram sucesso outros menos como o desastroso Ender's Game. Este e claramente um dos parentes pobres, com um vazio de argumento de personagens que basicamente quer colocar uma heroína na luta contra os vilões, neste caso um grupo de extra terrestres em forma humana.
Alias as falhas de produção são tantas que poderíamos perder quase uma manhã a numerá-las, como ferimentos que desaparecem, relações que crescem de forma repentina e deixam de interessar no minuto seguinte, enfim uma panóplia de como narrativamente não se deve fazer um filme principalmente quando se quer iniciar um franchising e ganhar adeptos. Eu não sei se o filme vai ter seguimento em face dos curtos resultados obtidos pelo filme, mas certo é que em termos de interesse e um filme que nunca consegue despertar esse interesse a nenhum dos seus espectadores.
E tudo não fica mais danoso porque e um filme que pouco ou nada arrisca, rapidamente define o lado bom e mau da diade, com fronteiras muito bem definidas, mas que nunca consegue atingir qualquer climax, o final aberto parece na minha opinião demasiado ambicioso para um filme que tem tão pouco a mostrar.
A historia fala de uma jovem que depois de ficar sem os seus pais depois de um ataque extraterrestre tenta encontrar o seu irmão que foi conduzido para um perímetro militar alegadamente controlado pelos resistência humana.
O argumento e um vazio, uma historia totalmente esteriotipada, pouco complexa, com diversos buracos narrativos, que em caso de desconhecimento do livro em si, nos faz pensar se o livro e assim tão básico ou se a adaptação limita a historia ao seu condimento mínimo, em termos de personagens, diálogos e valor narrativo.
J Blakeson tem aqui a sua primeira prova de fogo de grande estúdio e falha o filme não tem qualquer assinatura de criador, parecendo sempre um filme cansado sem rasgo sem intensidade, e mesmo nos efeitos parece sempre um filme demasiado poupado não só em termos artísticos mas mesmo na utilização
de meios.
No cast Moretz ja teve na minha opinião uma carreira mais sustentada, para uma actriz intensa e com alguma presença estética sofre por a sua personagem tem um âmbito reduzido, não lhe pedindo em momento algum qualquer recurso. Nos secundários a questão que se levante é o que faz Schreiber num filme como este.

O melhor - Os resultados podem impedir uma sequela

O pior - A forma como se pode pensar que uma história tão simples possa dar frutos

Avaliação - D+

Saturday, March 19, 2016

The Program

Durante anos foi anunciado por diversas vezes um filme sobre a vida de Lance Amstrong, inicialmente como o heroi que foi durante uma década, de forma a glorificar as suas vitorias, depois da descoberta a forma como ele conseguiu enganar meio mundo. Dai que quando soube que á frente do filme estaria o metódico Stephen Frears as melhores expetativas existiram devido ao peso de um realizador experiente numa historia tão complicada. Talvez por ser a quebra do maior mito desportivo dos EUA os resultados comerciais, principalmente naquele pais foram muito reduzidos, como se de negaçao se tratasse e nem as criticas essencialmente positivas permitiram que o filme tivesse a atenção que deveria ter.
Um biopic pela negativa e sempre um filme mais dificil de aceitar do que a homenagem, pois bem este e claramente um filme que nos trás o lado mau de Amstrong sem qualquer piedade por tudo que passou na sua doença e a superaçao que mesmo com Droga teve de ter. Dai que seja um filme algo parcial pela negativa para com a sua figura e isso poderá não ter caido bem, mesmo naqueles que chateados com tudo o que aconteceu gostariam de algo menos tendencioso.
Pese embora tal facto estamos perante um filme cuidadoso, que estudou, que consegue criar de uma forma irrepreensivel todo o trajecto do corredor, e mesmo criar com alguma força as sequencias do Tour, que para mim, um amante do ciclismo me parece muito bem feito. Podemos dizer que talvez o filme seja curto demais, opçao que me parece de forma a tornar o filme mais facil de assistir e menos massador mas contar uma historia tao complexa num espaço de tempo tao curto parece-me no minimo discutivel.
Mesmo assim parece claramente um bom filme, muito bem produzido, direto ao ponto, capaz de explicar mesmo para leigos o que esteve em causa, mesmo na dimensao da fraude, bem interpretado. Um filme non grato para todos que ainda pensam que tudo aconteceu, daqueles filmes que nos da a realidade por muito que ela custe. Nao e o filme que o cinema desejava para encher as salas mas a sua antitese e é coragem para o fazer.
A historia fala de toda a ascenção e a forma como Lance Amstrong ganhou 7 voltas a frança em bicicleta, a forma como tudo foi um acto de batota numa personalidade que apenas tinha um objetivo ganhar.
O argumento baseado num livro parcial não podia deixar de o seu, dando sempre o lado negativo da sua personagem. Pese embora esteja presente todos os pontos importantes da vida do ciclista entra pouco na vida do mesmo, dando um caracter muito objetivo aquilo que quer tratar.
Frears e um dos melhores realizadores a criar contextos para personagens e aqui na sempre dificil logistica que é simular uma corrida de ciclismo, principalmente para um realizador já com idade avançada o resultado é interessante, sereno, e principalmente muito bem detalhado em termos de promenor das equipas em si.
Por fim em termos de interpretaçao, o mais prejudicado pela pouca expansao do filme acabou por ser Ben Forster numa criaçao totalmente explendida, intensida, dificil de Lance Amstrong, num papel com capacidade para lutar pelos premios que acabou por ser colocada de lado pela negaçao. Mas num actor com esta capacidade certamente outras possibilidades visão. Nos secundarios bom cast, não muito mediatico mas que encaixam bem nas suas verdadeiras pele.

O melhor – A coragem de contar a historia que os americanos não queriam ouvir

O pior – Parece curto de mais e algo parcial


Avaliação - B

The Brothers Grimsby

Sacha Baron Cohen e claramente um dos humoristas mais funcionais e mais polemicos da atualidade. A capacidade dele inventar personagens tem sido comum ao longo dos anos umas com maiores sucessos do que outras mas sempre com muita polemica e uma publicidade ao mesmo nivel. Este ano dedicou-se aos filmes de espiões com uma dupla improvavel com Mark Strong. Talvez por não ser um filme de uma personagem o filme tornou-se num rotundo falhanço de bilheteira o que podera fazer o autor a repensar a sua forma de humor. Criticamente ele tem conseguido sempre não entrar na derrota total pese embora tambem seja um terreno onde evidentemente já foi mais feliz.
Sobre o filme podemos dizer que o exagero e todo o lado incorreto que so Sacha consegue ser esta em todo o filme, temos o exagero e mesmo todo o nojo sexual que já nos habituou talvez levado a um extremo nunca antes visto, temos mais umas personagens a serem totalmente satirizadas, e um filme com a tipica pouca historia quase como um contexto para o comediante fazer as suas piadas. E aqui reside o principal problema do filme o seu lado macabro e o seu humor de mau gosto perdem muitas vezes espaço para a acçao e o filme por vezes pensa-se que é demasiado desligado a piada da acçao.
Por outro lado penso que todos que gostam da forma de fazer humor do comediante vao sair satisfeitos do filme porque o estilo e o mesmo e mais que isso na forma sexualizada vai mesmo mais longe do que alguns dos anteriores e mesmo esses já tinham ido bem longe. Cada vez mais explicito o filme acaba por deixar muitas vezes de ser engraçado para ser obsceno, e isso na piada nem sempre funciona.
Mas e de sublinhar a coragem de um actor que subprime todos os limites da decencia tendo um unico objetivo de ser polemico e nesse sentido o filme mais uma vez o é, não deixando de lado a critica politica na forma como satiriza e muito com Donald Trump. Pena e que o filme não seja muito mais do que Sacha.
A historia fala de dois irmaos que sao separados e tem vida completamente diferentes por um lado um agente do MI6 e por outro um trabalhador fabril pai de onze filhos que apenas quer futebol e cerveja que vao ter um reencontro que vai necessitar que cada um seja um pouco do outro.
Em termos de argumento todo o foco vai na capacidade do filme funcionar humoristicamente, para e neste particular e um filme ambicioso arriscado, para alguns o filme funciona para outros menos, penso que por vezes o filme deveria optar por um humor mais subtil e menos visual.
Na realizaçao Leterrier e um realizador que colecionava sucessos, tendo inclusivamente já conseguido dirigir blockbusters de valor assinalavel. Aqui tem um filme que é pouco interessante para o realizador porque o foco não esta em si, mesmo assim tem bons momentos como as sequencias in loco, pena e que claramente não seja um filme para alguem que se queira valorizar na realizaçao.
No cast o filme roda em torno daquilo de Baron Cohen sabe fazer satira, tornar-se num boneco que mais uma vez e pensado em tudo que possa ser mau gosto, polemico, ele encarna sempre bem este lado. Strong parece mais perdido pese embora o lado duro seja o seu objetivo falta quimica com o Cohen e isso acaba por não dar impacto ao filme, o resto sao presenças para dar nome ao filme.

O melhor – Baron Cohen tem a sua assinatura vincada no filme.

O pior – Nem sempre o seu gosto em termos de humor é o meu


Avaliação - C

Tuesday, March 15, 2016

Remember

Nos ultimos anos temos assistido a uma maior visibilidade no cinema canadiano que pese embora ainda recentemente Denis Villeneuve tenha conseguido dar o salto oriundo deste cinema para hollywood. Este filme um pequeno thriller pese embora internamente, ou seja no Canadá tenha obtido avaliações positivas externaomente as coisas estiveram longe de tanto entusiasmo critico com uma mediania incapaz de impulsionar este filme para outros voos. Em termos comerciais como a maioria dos filmes fora do circuito de divulgação teve as dificuldades inerentes e acabou basicamente por não existir neste ponto.
Sobre o filme, confesso que nos primeiros dois terços do filme, pensei que estivesse perante uma ideia interessante ja utilizada em muitos outros filmes mas que ela iria acabar por tornar o filme demasiado simples, pragmatico sem toques de genialidade, que aparece na sua conclusão. Como todos os thrillers a ideia com que ficamos do resultado final do filme é a ultima e este filme, mesmo nao sendo uma surpresa total consegue surpreender com um final pouco expectavel e congruente com o filme em si.
São diversos os temas que o filme aborda de forma totalmente diferente a maior parte dos quais de uma forma superficial com os campos de concentraçao e mais que isso a demencia nos idosos. Mas o que o filme resulta e uma especie de memento dos pequeninos de uma personagem que fruto da idade acaba por se esquecer de muita coisa. E é na forma como o filme joga com este facto que tudo acaba por se tornar a nivel de entertenimento interessante, intenso e funcional.
E obvio que estamos longe do que por exemplo Nolan fez com Memento, pese embora a relaçao dos filmes seja notoria na forma como o filme utiliza a escrita como facilitador de memoria, e um filme que passa grande parte da sua duraçao adormecido numa simplicidade de processos pouco fascinante mas que arranca para um final intenso como deveria ser. Muitos poderao dizer que nao era facil tudo ocorrer como no filme acaba por acontecer, mas penso que o filme nunca pensou em ser um objeto realista mas sim um thriller de açao na terceira idade.
A historia fala de dois ex prisioneiros de um campo de concentração nazi que acabam por num Centro de Idosos planear a morte do chefe do campo responsavel pela morte da familia de ambos. A cargo ficara um dos idosos com problemas de memoria relacionado com a idade avançada.
O argumento inicialmente e muito simples, aos poucos a personagem vai interagindo com as diferentes possibilidades de ser o assassino da sua familia, acabando por resolver estas sequencias na minha opiniao de uma forma apressada. A forma como filme consegue se concluir, mesmo nao sendo um poço de originalidade acaba por ser no minimo surpeendente e isso num thriller é um trunfo irrefutável.
Em termos de realizaçao Egoyan tem sido um realizador de um circuito mais independente mas que tem lançado alguns filmes bastante interessantes e alguns dos quais mesmo polemicos. E um realizador que neste filme é simplista, dando a primazia as personagens e a forma fisica debilitada das mesmas, nao tem grande ambiçao num filme em que o argumento é o seu potencial.
Em termos de cast confesso muito interessante um actor na idade de Plummer ainda ter força para um papel tão disponivel como este, é o centro do filme e funciona, ao seu lado temos um Landau mais debilitado, e uma serie de actores de segundo plano que aparecem e desaparecem com as suas personagens. A valorizar principalmente por se tratar de um actor quase nos 90 anos a protagonizar um filme de acçao

O melhor - A conclusao e o climax do filme.

O pior - Começa demasiado simplista em processos de tentativa erro

Avaliação - B-

Monday, March 14, 2016

The Legend of Barney Thomson

Robert Carlyle apesar de no final do seculo passado ter tido alguma dimensao internacional foi sempre um actor que seguiu a sua carreira no cinema mais independente do Reino Unido. Desde Transpooting que sempre foi assim e aqui tem a sua primeira longa metragem como realizador. EMbora para consumo interno o filme teve criticas moderadamente positivas, em termos comerciais ao ser um filme independente do Reino Unido com pouca expansao as coisas foram sempre limitadas.
Robert Carlyle sera sempre um incon de um cinema rebelde, que teve inicio e muito em Guy Ritchie e Danny Boyle. Pois bem para o seu filme de estreia temos muito daquilo que e o lado mais rebelde de cada um dos realizadores, pea critica, pela satira pelo humor negro tudo sao as caracteristicas do filme, em toda a sua criaçao, desde o primeiro ao ultimo momento sempre com um sotaque escoces ahuerrido que ainda lhe da um ar mais cru. E obvio que esta longe em todos os aspectos do significado so filmes de grandes realizadores mas o estilo está la, mais que na realizaçao principalmente no argumento.
Para aqueles que gostam de um cinema coeso de mensagem e obvio que este nao e o filme ideial para verem, muito pelo contrario temos o tipico filme idiota onde algumas sequencias nao tem qualquer tipo de sentido, as personagens na sua essencia tambem nao, mas acaba por ser um exercicio de estilo interessante, principalmente na inocencia da personagem central, o nervoso e desastroso Barney. E neste lado desastrado que o filme mesmo sem ter graça é eficaz nos seus propositos.
Pese embora tal facto e um filme com um alcance muito curto e que poderia e deveria ter uma realizaçao mais forte, mais creativa, que pudesse dar alguma força para um filme completamente diferente. E obvio que o que o filme significa e curto do que quase uma short storty sem grande sentido ou mesmo sem grande racionalidade mas este estilo de cinema britanico mais fisico mais sujo acaba por ter um espaço muito particular no cinema atual.
O filme fala sobre um pessimo funcionario de uma barbiaria, que se encontra dependente da sua mãe que sem querer acaba por matar o seu patrão e tem que resolver esse mesmo problema para nao ser detido pela policia sendo que a sua unica ajuda e mesmo uma mãe no minimo peculiar.
Em termos de argumento temos um filme algo limitado naquilo que realmente significa e no sentido daquilo que e transmitido, se bem que o sem sentido de algumas sequencias fazem o filme parecer mais interessante e faz alguns dialogos terem um valor improvavel, o que em termos comicos acaba por funcionar no seu lado mais negro.
Carlyle realizador tem pouco risco num filme que tinha espaço para muito mais, podemos dizer que a inexperiencia do realizador impediu do filme ir mais longe, trazer mais influencias na sua criaçao que acaba por se limitar ao argumento. Veremos os seus proximos filmes caso eles existam.
Em termos de cast excelentes interpretaçoes de Carlyle naquele lado menos trabalhado e de raiva que ele interpreta tao bem, e que consegue tirar muito partido da dualidade duro-meigo. Ao seu lado Emma Thompson num dos melhores registos recentes da sua carreira, com intensidade, carisma e acaba por ser o lado creativo do filme.

O melhor - As interpretações principais

O pior -O curto alcance de uma historia muito elementar.

Avaliação - C+

How to be Single

Todos os anos a epoca do dia dos namorados é um espaço onde alguns estudios aproveitam para lançar apostas mais ligeiras, normalmente ou comedias ou filmes romanticos. COntudo 2016 foi um pouco diferente pese embora tenha tido o tipico filme de Nicholas Sparks, a comedia, teve pela primeira vez um filme declaradamente para os solteiros como este. Esta comedia bastante feminina acabou por ter resultados criticos medianos, o que e sempre positivo num terreno tão pantanoso e comercialmente resultou quem sabe indicando um novo terreno comercial para o dia dos namorados, ou seja os solteiros.
Sobre o filme podemos dizer que e o tipico filme simples sobre diversas personagens algumas das quais que se cruzam entre si, o filme começa como o tipico filme romantico, com personagens com propositos diferentes no filme algumas mais emotivas, dando força a outras relaçoes que nao de namoro, e uma para funcionar de total elemento comico como é o caso de Rebel Wilson. COntudo o filme funciona de forma totalmente diversa nos dois segmentos se no ponto de vista emocional temos uma simples mas eficaz comedia nao romantica, do ponto de vista comico nao sou adepto da forma de Wilson fazer um humor, é facil, demasiado descritiva e sem qualquer tipo de piada inteligente, o que para mim e um desproposito para um filme que em tudo resto tem simplicidade de processos.
O filme tem um claro outro problema mas parece-me que este e um objetivo do proprio filme, que é o de ser extremamente feminista na diferença de analise perante a forma de olhar as relações, num filme que nao as diferencia assim tão objetivamente acaba por ser na justificação do mesmo ato de formas diferentes que o filme falha, para funcionar e ser mais racionalizado no ponto de vista feminino.
Mesmo assim uma comedia com alguns valores, que nao cai facilmente no romantismo que poderia destruir algum dos significados ou moratoria que o filme queria assumir, mas que parece assim ter um final demasiado aberto, o que numa comedia de grande publico pode nem sempre ser muito funcional. Pena e que a comedia sempre exagerade de Wilson torne o filme emotivo e simpatico num exercicio comico obseceno de uma forma gratuita que as personagens nao necessitava,
A historia fala de quatro mulheres que numa fase da vida em que se encontram solteiras acabam por gerir de forma diferente este estado, não so na convivencia uma com as outras mas acima de tudo na forma como vêm o homem.
O argumento é simples, tem um proposito muito bem estabelecido que é desvalorizar a necessidade da relação amorosa por si só, sem grande truques, sem grandes adereços o filme funciona de forma simples, com personagens qb para as necessidades do filme. Numa historia sempre muito mais emotiva do que comica, ja que isso ficou a cargo do estilo de humor discutivel de Wilson.
Confesso que Ditter tem nos ultimos tempos sabido tirar intensidade emocional dos seus filmes, criando imagens cliches mas que funcionam em termos emotivos no seu filme. Embora mais comercial mas menor intenso do que no seu filme anterior tem ganho algum protagonismo num registo de dificil forma, e de aceitação.
No cast existe pouco risco Johnson esta em termos de imagem bem lançada depois do sucesso de 50 Sombras de Gray, aqui tem uma personagem semelhante onde funciona a sua sensualidade e o lado mais simples da atriz. Brie e Mann são feitas para este tipo de papel que cumprem sem qualquer dificuldade. Wilson e mais do mesmo, as personagens sao sempre iguais e o seu humor repetido.

O melhor - Alguma intensidade emocional do filme

O pior - Rebel Wilson e o seu humor de muito baixo nível.

Avaliação - C

Saturday, March 12, 2016

Pride and Prejudice and Zombies

O sucessodo mundo dos Zombies, muito potenciado pelo fulgor de Walking Dead, fez com qual algumas das hitorias literarias sobre estes mortos vivos visse a luz do dia no cinema, entre os quais este peculiar filme que junta algo que a partida nunca se poderia unir, como o classico de Jane Austen e Zombies. Esta adaptaçao ao cinema da obra literaria já de si irreverente não conseguiu imperar desde logo criticamente com avaliações medianas mas na sua maioria negativas nem comercialmente talvez o maior objetivo do filme mas que acabou por não se concretizar com resultados comerciais muito modestos.
Parece obvio para quem conhece a historia de amor de Orgulho e Preconceito e quem conhece os filmes normais de zombies que dificilmente esta união não seria estranho, e esta diferença de base acaba por ser o grande obstaculo desde logo do filme que se fraciona em demasia no que realmente e a adaptaçao do livro de Jane Austen no tipico filme de epoca da caça ao Zombie, nunca conseguindo criar um meio termo e o filme ser claramente fracionado.
Direi mesmo que quase nada existia a fazer no filme quando as coisas não se ligam não existe nenhum milagre que poderia fazer este filme resultar, a não ser um estilo Tarantino rebelde que o filme nunca adopta, pensando mesmo que o grande problema do filme e que na maior parte do tempo se leva a serio, tirando a primeira sequencia do filme, e quando a historia e a que sabemos sabemos de imediato que abordagem tinha necessariamente que ser outra.
Ou seja uma adaptaçao absurda de um livro tambem ele absurda que tem como unico objetivo aproveitar a cada vez maior loucura por Zombies para fazer rentabilizar um projeto demasiado fora do circuito.
A historia segue os parametros de Orgulho em Precoceito seguindo o amor de Lizzy e de Mr. Darcu que contudo lutam por uma epidemia que colocou Londres em risco de um ataque de Zombies.
O argumento e desde logo na sua ideia de base algo sem sentido nenhum que resulta num argumento sem sentido nenhum, para alem de que ao seguir o base faz um filme que salta entre momentos diferentes ora um filme de amor de epoca ora um filme de zombies, enfim um disparate escrito.
Na realizaçao Steers teve a dificil tarefa de fazer um filme que dificilmente funcionaria, numa obra de cinema parece que desiste muito cedo de dar um cunho proprio e irreverente ao filme, o que ao adoptar um estilo tradicional fez o filme querer parecer serio o que seria sempre totalmente impossivel.
No cast diversos actores britanicos com o protagonismo a ir para Lilly James, parece-me que e uma actriz com potencial para sagas de acçao, e que no filme acaba por funcionar principalmente no par com Rilley que tem contra si a voz, que mais uma vez parece desasustada do personagem. Nao sendo um filme dificil e o tipico filme que facilmente se cai em personagens e interpretaçoes negativas o que acaba por nem ocorrer.

O melhor – A primeira cena do filme.

O pior – A ideia e um absurdo como livro e ainda mais como filme.

Avaliação - D+


Thursday, March 10, 2016

Jane got a gun

Se existisse um prémio para a rodagem mais díficil do ano certamente que este western estaria certamente entre os mais premiados. Não é facil um filme ao longo da sua produçao perder os dois protagonistas masculinos, um realizador e ver a sua data de estreia adiada. Com tantos obstáculos e obvio que o filme teria pouca expetativa estreando apenas em cinemas selecionados nos EUA que ate tiveram bom resultado tendo em conta a parca distribuição, criticamente a mediania de um filme sem grandes repercussão.
Com tantas dificuldades de produçao confesso que sempre esperei um filme diferente, um filme mais original uma abordagem diferente sobre a forma de fazer western. pelo que o resultado, ou seja um simples, objetivo e direto western me levante muitas duvidas onde é que poderiam existir as divergencias creativas num filme tipico de vingança e sobrevivencia num deserto americano, sem grandes dialogos ou mesmo profundidade narrativa, quase o standart do western. Pois bem confesso que desconheço os motivos de tanto alarido para um filme tão simples.
É certo que me parece que o filme tem demasiada mão de obra para personagens tão limitadas, tirando a protagonista pouco ou nada existe de relevante nos três outros personagens masculinos, parece obviamente um filme pensado em ser um western no feminino mas parece pouco ambicioso na sua construção, e mesmo na forma como quase nunca consegue dar impacto emocional as suas sequencias centrais, parecendo sim, talvez por todo o ruido à volta um filme desgastado por si só.
Mas num western existe questoes fundamentais que tem de estar presente como vingança e honra e nisto o filme tem estes ingredientes embora mais ligeiros que em muitos outros filmes bem mais funcionais o certo é que estes pontos estão presentes e são o epicentro do filme. Podemos tambem dizer que em termos produtivos e tendo em conta o cast o filme poderia e deveria ser mais arrojado mais original e tecnicamente mais impressionante.
A historia fala de uma mulher que ve o seu marido e a sua casa ameaçada por um grupo de bandidos tendo que pedir apoio ao seu ex namorado que abandonou depois de pensar que este tinha falecido na guerra.
O argumento e muito simples um western com os ingredientes de base, nao muito potenciado ou trabalhado. Parece que as personagens nao são potenciadas e os dialogos limitados ao apelo emocional, não sendo claramente um fator diferenciador do filme.
O'Connor ficou com um trabalho bastante complicado depois de apanhar um comboio que nao era seu, de um realizador que vinha de um filme vencedor, bastante apreciado pelo publico em geral que tem aqui um menor potencial na sua carreira que se desculpa pela forma como foi chamado ao filme. Remediar nunca pode ser criar.
No cast temos um filme riquissimo embora com menos força do que o cast original pelo menos em mediatismo, o filme roda em torno de Portman que me parece neste filme em baixa de forma. As sequencias de intensidade dramatica parecem algo forçadas e o carisma nem sempre sta presente numa personagem que necessitava disto. Parece a momentos que a actriz nao consegue compreender a personagem e o filme perde força com isso. Nos secundarios Edgerton e o melhor do filme, intenso, dramaticamente eficaz esta num optimo momento de forma, e o filme tem na sua presença os picos. Mas o pior de tudo vai para a esteriotipada criaçao de Mcgregor de um vilão frouxo que o actor o interprete de uma forma ainda mais frouxa, num erro total de cast, nao pela falta de qualidade do actor mas antes pela sua forma muito particular de nao ter entendido que esta personagem tinha que ser constrangedor para outros.

O melhor - Edgerton

O pior - McGregor

Avaliação - C

Tuesday, March 08, 2016

Daddy's Home

Depois do sucesso de The other Guys bem como outros que ultimamente Mark Whalberg tem dedicado a carreira seria uma questão de tempo o mesmo reunir-se novamente com Will Farrel desta vez num filme de antagonismo entre personagens. No estilo comico e pese embora o filme tenha sido bem pior recebido do que a anterior colaboraçao entre ambos comercialmente a dupla funciona e o filme triunfou em termos de bilheteira o principal objetivo.
Eu confesso que gostei de the other guys e que vejo em maneiras diferentes um bom potencial humoristico em ambos os actores, dai que o filme tenha a sua piada quando consegue potenciar este valor em cada um deles, mesmo que seja claramente menos feliz, com um humor mais basico do que o anterior o filme consegue imprimir algumas gargalhadas o que para começar cumpre o primeiro objetivo.
Contudo em tudo o resto estamos perante um filme com grandes limitaçoes algumas das quais de produçao amadora como o momento em que Whalberg e dobrado ou a sequencia de Go Pro com um video maker de terceira divisao e nisto um filme com este grau de produçao e inadimissivel termos no mesmo filme dois dos piores momentos de produçao que me lembro de ver. Nem a desculpa do efeito comico desta opçao me parece plausivel porque o filme nada ganha com isto.
Por terceiro lado o filme e na sua essencia um filme goofy na historia no desenvolvimento na rivalidade mas acima de tudo na forma como a resolve os ultimos dez minutos parecem retirado de um serie B de humor dos anos 80, e isso num filme com este investimento com protagonistas de humor de primeira linha aprece claramente pouco. Comparativamente com outras comedias pode-se aceitar.
A historia fala de um padrasto que tenta encontrar o amor dos seus filhos que fica tudo mais dificil quando o fixe pai biologico aparece em cena e é tudo aquilo que os miudos sonham que ele deveria ser.
O argumento tem dois pontos completamente distintos, em termos humoristicos sem ser um primeira linha acaba por funcionar em algumas das suas graças o que e desde logo interessante pese embora o filme como todo não seja interessante, seja esteriotipado e nas resoluçoes pouco creativo.
Na realizaçao Sean Anders um habitue de comedias bem mais fracas do que esta tem erros quase inadmissiveis a este nivel a sequencia da go pro e provavelmente a pior montagem que vi nos ultimos anos em cinema de hollywood e isso mancha qualquer trabalho de realizaçao.
No cast Ferrel nos seus papeis bipolares habituais que potenciam força humoristica, e Whalberg cada vez mais dedicado ao genero que acaba por disfarçar algumas dificuldades de intensidade dramatica e o seu lado mais noir funciona bem em termos humoristicos, contudo em papeis menores na carreira de ambos.

O melhor – Algumas piadas funcionam

O pior – Os erros de montagem primaria



Avaliação - C

Yosemite

James Franco tem-se tornado nos ultimos anos um exprimentalista no cinema ao protagonizar, escrever ou realizar diversos filmes pequenos muitos deles homenageando a sua origem. Este ano e baseado numa historia escrita por si deu à luz este pequeno filme que deu inicio ao arranque do presente ano cinematografico com uma estreia modesta. O resultado do filme foi muito limitado, criticamente numa mediania que não conseguiu dar grande impulso ao filme e comercialmente com a pouca distribuição e natural pouco valor comercial o filme tambem não conseguiu grandes resultados.
Sobre o filme já muitas vezes disse aqui que fracionar historias num registo final com menos de uma hora e meia e o primeiro caminho para o filme não funcionar em muitos dos seus aspetos. Pois bem este e um caso, o filme até tem um registo inicial directo objetivo mas com a inclusao das outras historias perde muito da objetividade e do sentido perceptivel, tanto e que no fim ficamos com a sensação que o filme não tem objetivos ou mesmo qualquer sentido.
Podemos dizer que e diferentes formas de retratar a forma como os menores vivem mas o certo é que o filme deixa muitos buracos abertos e mesmo a interceção entre as historias não e vincada pareendo quase sempre um filme pouco coeso, que tinha muito para dar para no final ser quase uma mao cheia de nada.
Pouco ou nada se regista de particularmente interessante neste filme a não ser um conjunto de boas interpretaçoes de atores pequenos que tem a sua estreia neste projeto e pouco mais, mesmo a presença de Franco desaparece para tornar o filme como um conjunto de tres curtas de impacto quase inexistente.
A historia fala de três pre adolescentes e as vivencias de cada um ate se juntarem no sentido de descobrirem um animal que se encontra solto na sua terra de origem.
No argumento podemos dizer que a historia até e simples em cada um dos seus fragmentos mais dificil e perceber o proposito os objetivos comuns do filme que parecem sempre escondidos, parece sempre um filme demasiado introspetivo pouco objetivo e sem grande forma de percebermos aonde queria ir.
Na realizaçao uma inexperiente realizadora de escola indie que faz as sequencias longas, no sentido de tentar ir mais alem do que os dialogos da personagem. Num filme com poucos meios pouco ou mais poderia fazer já que isso estava obviamente destinado ao argumento.
No cast Franco basicamente não existe, entra os primeiros vinte minutos para dar dimensao ao projeto que tem nos seus jovens protagonistas papeis interessantes de grau de dificuldade diminuto e certo mas acabam por ser eles o verdadeiro coração do filme.

O melhor – Os pequenos interpretes

O pior – Sairmos sem perceber a mensagem do filme


Avaliação - D+

Sunday, March 06, 2016

Triple 9

John Hillcoat é talvez um dos realizadores australianos que teve inicio no cinema deste pais que conseguiu dar o salto para Hollywood pese embora nos seus filmes nunca tenha conseguido repetir o sucesso que conseguiu no seu pais de origem. Neste filme com um elenco de luxo acabou por conseguir criticas demasiado medianas tendo em conta a sua carreira e comercialmente tendo em conta os parametros supra descritos teve resultados muito fracos o que podera conduzir num regresso a casa para voltar ao sucesso.
Este e tipico filme policial na diferença entre policias e bandidos , nesta dualidade o filme começa bem dando um bocadinho de cada personagens os locais onde as barreiras se esbatem e onde tudo podera conduzir ao problema dai que a primeira hora do filme acaba por ser um filme classico não muito original e certo, mas uma introdução interessante de um filme que rapidamente percebemos ter excesso de personagens ou pelo menos estas serem todas muito impotantes e o filme querer dar relevo a elas todas.
Mas se a primeira metade do filme e positiva a segunda e totalmente polvora seca, já que o filme não consegue ter intensidade, não consegue ter ritmo, não consegue ter impacto enquanto as personagens vao desaparecendo, tudo parace sem sabor, quase como se de um figurante se tratava, falta desenvolvimento das personagens já que todas aparecem e desaparecem sem nunca sabermos realmente o que são, e apenas a escolha pelo puzzle podera ter algum significado para um climax final completemente inexistente.
Assim num filme que da tanto relevo inicial as diferentes personagens a forma como controi a sua sequencia essencial e a forma como se termina e quase primaria para quem queria que o filme resultasse num real e de impacto policial, acaba por ser um filme que se perde totalmente e tem um final em ritmo apressado como que quem não sabe o que fazer para descalçar um filme com demasiados caminhos. Um caso de um filme que tem um bom inicio uma boa contruçao mas que no final não consegue perceber a obra que tinha entre si.
A historia fala de um grupo de assaltantes sob ordens da mafia russa que tem que planear um ultimo assalto, contudo as ligaçoes entre patroes e grupo começa a ficar conflituosa e a policia começa a investigar o que esta na origem deste mesmo grupo.
O argumento e simples, muito basico na tipica historia de policia ladores, e acima de tudo na forma como lida com a corrupção, não e um filme com grandes dialogos ou grandes desenvovlimentos de personagens mas tudo fica pior quando o filme não consegue se contretizar com um final totalmente frouxo.
Hillcoat tem uma realização competente, normalmente dando o lado servagem e perigoso das ruas, numa realizaçao na acçao, com bons planos de definiçao tactica policia mesmo colocando de lado alguma arte e primor estetico, mas não e por ele neste leme que o filme perde intensidade.
Num dos cast mais rico em numero podemos dizer que é um filme que não aproveita a sua materia prima porque as personagens sao reduzidas, Harrelson no seu estilo habitual acaba por ser o que da mais vida ao filme, mesmo que seja um papel cliche na sua carreira, conseguimos ver alguma melhoria em Affleck como protagonista com mais presença, mas o desastre vai para a total força da personagem de Ejiofor que demonstra muitas dificuldades do actor em dar lados mais negros e uma autentica criaçao de tiques de Winslet como vila do filme.

O melhor – A forma como o filme entra contextualizando tudo e todos

O pior – A irrisoria ultima meia hora do filme


Avaliação - C-

Saturday, March 05, 2016

Knight of Cup

Terrence Mallick e um realizador unico na sua forma de abordar o cinema, usualmente sem grande argumento dando primazia a imagem narrado, o seu estilo e inconfundivel de nivel artistico incontestavel mas nem sempre um cinema muito aperciado. Depois de dois filmes realizados ao mesmo tempo surge este que foi apresentado no Festival de Berlim com uma recepção critica mista, comercialmente e conhecido que não e o forte do realizador e provavelmente este sera um filme apenas para alguns.
Confesso desde logo que não gosto nem nunca gostarei deste estilo de cinema narrado e muitas vezes sem ligaçao ou argumento de Mallick, acho que a função entertenimento deve estar sempre presente no cinema pelo menos naquele que gosto e tenho dificuldade e perceber como em algum momento este filme não serao aborrecidas duas horas de sequencias bonitas e bem realizadas mas que no final quase nada transmite ao espetador numa ideia geral do que viu para alem de uma parca relaçao familiar.
Outro ponto que a mim particularmente me desaponta e ver um dos melhores cast num filme ser tao desprediçado em monologos em personagens inexistentes. Um dia destes numa avaliaçao a este filme ouvia um comercial de duas horas pois bem o filme e isso uma sequencia e desligada serie de imagens bonitas bem realizadas mas que não significam rigorosamente nada. Optimo para alguns pseudo artistas e amantes de pseudo arte mas longe do cinema tradicional e principalmente do cinema como a forma de contar historias artisticamente atraves de imagens.
Nao sei se algum momento Mallick ira mudar esta sua forma de ver cinema, certo e que poucos ou nenhuns seguiram o seu registo pelo que os seus filmes continuam a ser acontecimentos principalmente pela falta de paralelo dos mesmos.
A historia segue um artista de hollywood e as suas diferentes relações e a forma como a sua infancia condiciona o resultado das mesmas.
O argumento e inexistente pelo que analisar algo que não existe para alem de parcas palavras que sao expressadas pelos personagens acaba por ser claramente uma falta de tempo.
Na realizaçao podemos dizer que e o ponto mais interessante do filme como acaba por ser em todos os filmes de Mallick a sua capacidade para dar-nos imagens unicas e contextualizar personagens seria obviamente ainda mais potenciada se o argumento existisse, de um realizador que parece querer ser so por si noticia.
No cast ter Bale, Blanchet e Portman e não os usar ou transformar em meros figurantes de declamaçao poetica é simplesmente algo que quase que goza com muitos realizadores que com historias e ideias melhores não conseguem ter a mao de obra para tornar os seus filmes o que quer que seja.

O melhor – A realizaçao

O pior – Um cinema de intlecto barato



Avaliação - D+

Alvin and Chipmunks: The Road Chip

Cinco anos apos o segundo filme desta saga, sempre monosprezada pela critica mas com resultados de bilheteira consistentes surge o terceiro filme de Alvin e os Esquilos com o mesmo protagonista, o mesmo estilo, o mesmo registo de vozes. Mais uma vez este terceiro filme foi totalmente destruido pela critica algo que tem sido habitual na saga sendo que comercialmente mesmo sendo claro um abrandamento relativo aos filmes anteriores continua com resultados consistentes que podem muito bem gerar um quarto filme.
Alvin and Chipmunks são uns desenhos animados muito proximos da população mais jovem, dai que esta transposição para o cinema essencialmente musical e com temas da atualidade mais para uma população juvenil e no minimo estranha pois tem dificuldade em definir o seu publico alvo já que a forma de humor e obviamente mais resultante em crianças bem mais novas mas o estilo mtv e mais para adolescentes que contudo nunca vao gostar da forma como filme esta pensado.
Por isso e dificil de pensar como e que este filme pode resultar num argumento e numa historia tão basica tão cheia de cliches com personagens e momentos tão desinteressantes para alem de ter a piada facil entendida por crianças de cinco anos. Pois bem o filme não resulta os bonecos são irritantes os momentos musicais disparatados mas o pior de tudo e mesmo um argumento totalmente inexistente e disparatado.
Por todo o caminho seguido por esta saga e para bem de algum mediatismo e carisma que os desenhos animados ainda têm que ela não continue, já que aos poucos a imagem que vamos tendo da saga e esta e não a dos irrequietos desenhos animados,e esta esta muito longe do resultado da serie.
A historia segue a relação de Dave com os seus “filhos” agora que tenta iniciar uma relação com uma namorada já progenitora, o que vai dar aos protagonistas um novo conceito de familiar que podera não ser propriamente o que eles mais querem.
O argumento e totalmente disparatado uma comedia totalmente desatualizada e sem qualquer tipo de graça, personagens introduzidas pateticas e sem qualquer tipo de conteudo, e basicamente um argumento que apenas quer potenciar os gritos de Alvin.
O realizador habituado a comedia de baixa qualidade usualmente com produçoes da disney muito pouco funcionais, tem aqui um trabalho mais uma vez pessimo, de todos os filmes da saga e aquele que pior junta a animaçao com as personagens reais quase sempre mal produzido de um tarefeiro de comedia de baixa qualidade.
No cast muito pouco a referir Jason Lee fruto da pouca evolução da carreira já funciona nestes filmes em piloto automatico e tudo o resto são cast de vozes remisturadas cuja avaliação nem sequer consegue ser feita.

O melhor – O decrescimo dos resultados economicos do filme.

O pior – Eles não determinarem indiscutivelmente o fim da saga



Avaliação - D

Tuesday, March 01, 2016

The Lady in the Van

Todos os anos o cinema britanico aposta na altura dos oscares no lançamento nos EUA em diversos filmes apostando que um deles consiga entrar na temporada de premios. Este ano nenhum conseguiu estar em plena forma, sendo este aquele que principalmente na interpretação de Maggie Smith mais proximo teve desse feito, depois de avaliaçoes positivas e um resultado bastante consistente comercialmente, num terreno sempre dificil para filmes tradicionais ingleses.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo é um interessante e creativo biopic, que demonstra que ainda existe capacidade para alguma diversidade e originalidade na abordagem a um filme que assume a tradição tipica britanica, no formalismo, na comedia e nos costumes das suas personagens. Por esse mesmo facto mesmo sendo um filme com ritmo lento, e com um caracter demasiado circular, e um filme original na forma como divide as personagens, e mais que isso um filme engraçado, bem interpretado e que consegue ter impacto emocional.
No lado negativo a contextualizaçao temporal, num filme que decorre ao longo de diversos anos nao existir diferenças significativas nas personagens e pior do que isso linhagem temporal faz com que o filme nao seja de imediato perceptivel na dimensao e significado do seu tempo, algo que ainda fornece mais impacto ao real resultado do filme, e que este esconde de uma forma que nos parece quase amadora na analise dos potenciais do filme.
Assim um filme interessante um biopic sobre uma personagem particular o que e fundamental para o filme resultar, uma abordagem tradicional mas ao mesmo tempo descontraida, humoristica, que permite que o filme seja observado quase sempre sem o impacto mais critico do que estamos a ver, mas mais importante um filme que potencia uma optima personagem e uma optima prestação da sua protagonista.
O filme fala sobre uma estranha mulher com pessimo feitio que reside numa carrinha numa zona de Londres, aos poucos começa a relacionar-se com um dos vizinhos de tal forma que instala a sua caravana dentro do terreno do mesmo.
O argumento tem algumas virtudes interessantes uma abordagem original, bem mais do que contar a historia que da ao filme alguma inovação, bons dialogos principalmente potenciados por uma muito bem caracterizada personagem central, e no guiao que o filme tem um dos seus vetores centrais.
Na realização Nicholas Hytner é um experiente realizador sempre na tradição britanica, aqui tem uma realizaçao tradicional sem grande arrojo mas que funciona para os propositos do filme, nao sendo a pessima definiçao temporal claramente um erro quase primário.
No cast o filme roda em torno dos seus dois interpretes mas onde Maggie Smith brilha em toda a linha com um papel que deveria receber mais atençao nos premios individuais, pese embora proximo do que ja fez noutros filmes e uma personagem dificil, coerente, exigente ao longo de todo o filme e que funciona, e nao existe assim tantos papeis femininos que funcionem desta forma.

O melhor - Maggie Smith e a forma como a sua personagem foi construida

O pior - A pessima definição temporal do filme

Avaliação - B-