Sunday, August 30, 2009

Orphan


Starring: Vera Farmiga, Peter Sarsgaard, Isabelle Fuhrman, CCH Pounder, Jimmy Bennett
Directed by: Jaume Collet-Serra

Orphan é daqueles filmes de um terror mais tradicional, envolvido na maldade pura das personagens e nao em conceitos mais inventivos envolvendo anjos e demonios, ou seja a corrente mais em voga no terror da actualidade. Talvez por isso as coisas acabaram por ficar mais favoraveis para um filme curioso, que tinha uma dupla de protagonistas criticamente de peso, o que deixou apreensivos a maioria dos criticos, que apesar de nao ter com particular interesse admirado esta peculiar obra o certo e que por momentos ainda duvidaram da possibilidade deste filme ser uma agradavel surpresa, mas como ja se sabe o terror e um genero menor. No que diz respeito aos resultados de bilheteira as coisas foram mais modestas, com resultados medianos, que permitiram que o filme conseguisse ser abordado mas sem grande histeria.
E de relevar que este tipo de terror, e bastante mais creativo e simples do que outras tematicas o que por ssi so acaba por valorizar um filme que nao se deixa cair em tendencias nem sempre agradaveis de um cinema de terror em clara tendencia de desespero. Talvez por isso seja de valorizar o facto de o filme ter conseguido adquirir um clima altamente intenso, de conseguir abalar de principio a fim com barreiras morais, conseguindo mesmo ser intenso maduro e a determinada fase assustador, o que acaba por tornar o filme bem conseguido nos termos a que se propos.
E certo que a determinado momento e principalmente perto da sua conclusao o filme perde um pouco a auto disciplina que mantem, e torna-se demasiado exagerado, principalmente na justificaçao encontrada para caracterizar e justificar a personagem central.
A historia fala-nos do processo de adopçao de uma peculiar criança, que aos poucos vai atormentar toda a estabilidade familiar, atraves de uma perfida e perigosa personalidade.
O argumento e bem construido do ponto de vista da capacidade de impressionar e nos objectivos que o terror se propoem a ele proprio, perde um pouco nas justificaçoes que apresenta para unir as peças de um filme sempre complicado de compilar
A nivel de realizaçao e obvio que o terror nao e um terreno de eleiçao para realizadores de gabarito, contudo parece-nos obvio que principalmente na forma de filmar e caracterizar a vila o filme acaba por adquirir um trunfo que surte eficazmente ao longo de todo o filme
Quanto ao casting, dois actores fortes de titulos menos comerciais e mais de autor, acabam por tornar um filme bem interpretado e intenso, com particular destaque para a excelente intepretaçao de Farmiga, e menso relevo para Saarsgard, termina pela mençao honrosa pela perfida interpretaçao de Fuhrman, uma jovem com talento neste tipo de registo e agradavel surpresa do filme.

O melhor -.O terror tradicional

O pior - As explicaçoes do filme

Avaliação - C+

Saturday, August 29, 2009

Observe and Report

As comedias sarcasticas desenvolvidas pelo talento humorístico e físico de Seth Rogen, tem nos últimos tempos ganho cada vez mais mediatismo, compilando uma serie de filmes que intercalam entre sucessos e resultados mais modestos, mas que num pequeno ápice de tempo tem tornado o actor numa das figuras proeminentes da nova cultura comunicacional em termos de humor.. Este ano entre alguma diversidade de títulos surgiu este observe and report, um pequeno filme, que acabou por surtir efeito junto do publico com resultados consistentes de bilheteira, mesmo que em termos críticos outras comedias do actor tenham sido mais valorizadas.
Este filme e da gama que nos apresentou nos últimos tempos Seth Rogen o mais pequeno em dimensão cinematográfica e por conseguinte aquele cujos valores como comedia ou mesmo como narrativa se encontram mais frustrados. A narrativa não e muito complexa, atingindo picos de ridicularidade em determinados pontos, o certo e que o filme nunca consegue ser conseguido em termos de força própria ou mesmo reação as sequencias que se desenvolvem. Resiste a espaços pelo humor bruto quase de mau gosto, em determinados pontos ou então pelo ridículo quase serie primário de determinados momentos de declarado mau cinema.
O filme tem momentos de grande intensidade, a forma como a personagem central tenta entrar na policia emprega ao filme um bom ritmo, contudo fica-se por estas pequenas ameaças que nunca conseguem concretizar o filme, ou conduzi-lo para um nível mais exigente. E daqueles filmes suaves, pouco profundos bem disposto mas pouco mais
O filme fala de um guarda de super mercado que se encontra com um processo de um prevertido que anda a mostrar como veio ao mundo e a assustar os clientes e trabalhadores do centro, aqui conta as diversas ocorrências e peripécias com uma serie de personagens curiosas e muito próprias
O argumento tenta a determinados momentos ser creativo, não so na ideia de base que tenta transmitir mas também no conteúdo que quer passar, muitas vezes acaba por não conseguir o que se torna algo ridículo em determinados segmentos do filme. Parece-nos ainda algo parco na forma como as personagens do filme são criadas
A realização também esta longe de ser fabulosa, parada, pouco ambiciosa, não tem neste segmento o relevo que se poderia exigir, sem contudo contaminar o filme
A interpretação tem um Rogen sempre disponível no ponto de vista físico, ao qual se reúne uma Anna Faris igual a si mesmo com grande dose de imbecilidade, e um Ray Liotta em desespero de carreira.

O melhor – A figura do protagonista

O pior – Em determinados momentos perde a força e ritmo e raramente consegue recuperar das quebras


Avaliação - C

Observe and Report

The Proposal

Há muito tempo que Sandra Bullock estava arredada de grandes sucessos de ecrã, mesmo sendo a comedia romântica um estilo no qual se movimenta como poucos, e uma das mais conceituadas actrizes do género. Contudo este ano tinha um filme, que poderia surgir como tudo ou não para revitalizar a sua amorfa carreira. Ou seja um filme com um contexto de guerra dos sexos com poder a mistura, com uma serie de gags mais maduros, e acima de tudo um partner numa boa maré em Hollywood, e o que é certo e que resultou, e se do ponto de vista critico nem sequer objectivo se torna para uma actriz mais próxima da multidão, do outro lado podemos ver um consistente mercado num filme blockbuster de verão
A Proposta e daqueles filmes cujas piadas se gastam por completo no trailer de apresentação do filme, pouco ou nada sobra no terreno do humor para fazer com que o filme consiga surpreender dentro de outros perssupostos, numa típica historinha de amor, com muitos tiques demasiado típicos neste tipo de conceito, e acima de tudo pouca enovação e creatividade.
Tem bons momentos, principalmente quando assume algum pudor das personagens, e aqui consegue os melhores registos humorísticos, por outro lado perde quando se prende a um cinema tradicional que já não coaduna com os cinemas de grande estúdio actuais, que deviam apostar noutro tipo de registo.
E daquelas comedias de fácil visualização, e acima de tudo para deixar de lado tudo o que faz parte do nosso quotodiano
O filme fala de uma editora de sucesso canadiana, que se ve com o visto caducada e com a necessidade de fazer algo para não ser deportada, nada melhor do que simular um noivado com o seu assistente, contudo e devido a constante avaliação do processo, o acordo tem de ir mais em frente e consiste em esta se dar a conhecer aos pais do alegado noivo
O argumento e tradicionalista, básico apenas apostando no mais essencial e com pouco mais de registo, não é de primeira linha, mas apenas um esforçado tentativa e pouco arriscada de arrecadar algum valor, que acaba por ser conseguido
A realização e pouco conseguida na maioria dos seus registos, onde apenas os momentos dos diálogos de cama e chão trazem uma lufada de ar fresco a uma realização algo cinzenta
Também a nível de interpretação o filme fica bastante aquém, com uma Sandra Bullock agastada, por vezes mesmo pouco activa, e cada vez mais limitada em termos de interpretação, e um Reynolds que pouco mais consegue ser do que um acompanhante conceituado

O melhor – As piadas do trailer

O pior – O tradicionalismo da narrativa

Avaliação - C

Saturday, August 15, 2009

I Love You Man


Starring: Paul Rudd, Jason Segel, Rashida Jones, Sarah Burns, Jaime Pressly
Directed by: John Hamburg

Paul Rudd e Jason Siegle sao dois dos dinamizadores de um novo estilo de comedia proximo do espectador, num registo sempre simpatico, e opressivo, nem sempre politicamente correcto e certo que encontramos num registo muito semelhante e numa pequena comunidade de actores, uma serie de titulos creativos que devolveu a esperança a um terreno como a comedia pura. Este i love you man e mais um desse registo de filmes capaz de conciliar como poucos o primor e louvor critico com um resultado de bilheteira de grande nivel, tornando-se de repente num sucesso.
I Love You Man, e uma daquelas comedias que funciona em cada um dos seus riscos sem grande dificuldade de revendicar para si um espirito agradavel, prximo do espectador, que permite que uma comedia seja marcante mesmo que nao tenha momentos de referencia.
I Love You Man, e um filme que trabalha bem o tema, e acima de tudo tem a liçao de casa bem estudada, nao se perde em formalismos e tudo começa a dar-se com a rotina das personagens e o charme transmitida por estas, o espectador adquire rapidamente interesse e proximidade com o filme o que o torna excessivelmente agradavel.
A historia fala-nos de um competente executivo que tem dificuldade em fazer amigos do mesmo sexo, o que se torna preocupante quando a sua noiva tem um grupo de amigas muito proxima, numa busca desenfreada pelo melhor amigo
O argumento e competente, mesmo que sem momentos de referencia no terreno do humor puro, o filme esta extremamente forte na construçao das personagens e interaçao entre estas, do plano moral um bom prenuncia de um filme importante no genero
A realizaçao e pouco trabalhada, nao e de primeira linha mas nao compromete, os momentos mais dificeis sao contornados com simplificaçoes, nao e o melhor segmento do filme mas tb e daqueles que tem menos visibilidade
Por fim o cast Siegel e Rudd movimentam-se bem no registo tipo da maioria das suas personagens neste tipo de filme dai que nada de novo nos seja dado, louvores para a simplicidade e a ternura de Jones, uma actriz para manter por perto nos ultimos tempos, nao e facil aliar a suavidade a beleza e o carisma que ela transmite no filme

O melhor Jones

O pior- Algum exagero na intimidade das personagens

Avaliação - B

Tuesday, August 04, 2009

Public Enemies


Starring: Johnny Depp, Christian Bale, Marion Cotillard, Channing Tatum, David Wenham
Directed by: Michael Mann

Se existe filme que aguardava com particular expectativa era este Public Enemies, não so por reunir dois, na minha opiniao, dos melhores e mais carismaticos do momento, mas tambem pelo facto de Michael Mann dar uma intensidade e um poder as suas personagens. Dai que fiquei um pouco surpreso com o pouco celeuma criado por este filme principalmente em termos comerciais, apesar de ter conseguido ser debatido nos circuitos dos entendidos o certo e que o filme em termos de bilheteirna nao conseguiu ir alem do consistente. ja criticamente apesar da maioria de criticas positivas, o certo e que o filme nao foi consensual, o que de alguma forma lhe tirou a dimensao que em algum ponto foi esperado que tivesse.
Public Enemies e um filme algo parco em desenvolvimento narrativo e isso acaba por contaminar o ritmo do filme, pese embora nos traga personagens de encher o olho, num cast quase sem precedente, o certo e que o filme vive das personagens e da interaçao estre estas, nao consegue ter vida propria num argumento cujas circunstancias caminhem para o terreno da ambiçao.
Mesmo assim estamos perante um filme academicamente irrepreensivem, com nota de louvor na maioria dos aspectos particulares que aborda, pena e que a intensidade do filme nao chame o espectador a si, que em determinados momentos o envolvimento politico do filme o torne algo cinzento e nos faça esperar por mais poder de fogo e ao mesmo tempo maior creatividade da historia.
O filme fala-nos do confronto entre duas personagens fortissimas, o ladrao de bancos enigmatico e carismatico Dillinger, e um policia apostado em fazer historia, acaba por ser no egocentrismo das personagens que radica o confronto e toda a força do filme
O argumento e interessante do ponto de vista de construçao ao acentar em duas das personagens mais fortes dos ultimos tempos a base do filme, contudo o filme parece ser algo preso no seu desenvolvimento demasiado repetitivo, sem grandes dialogos, optando por frases soltas tb elas fortes, nao e um argumento de primeira, pese embora tenha materia prima para o ser
A realizaçao de MAnn tem o seu cunho de forma assinalada, a falta de limunisidade o confronto constante de personagens, o envolvimento sonoro, e caracteristico de um realizador de primeira linha, que mais uma vez perde na envolvencia demasiado initimista que da aos seus filmes
O cast magnifico, reunir Depp e Bale num so filme é algo que so poderia resultar num espectaculo de interpretaçao, dois dos melhores actores da actualidade em confronto, aqui os louvores vao maioritariamente para Depp com uma personagem mais vistosa, mesmo assim a frieza de Bale e o contraste arrepiante num dos melhores confrontos do cinema moderno, esperamos um novo round, com os papeis trocados quem sabe

O melhor - Depp secundado por Bale

O pior - A falta de desenvolvimento da narrativa

Avaliação - B