Desde o momento em que este biopic sobre os ultimos dias de Judy Garland foi anunciado se percebeu que o filme poderia conjugar alguns dos problemas da exigencia de hollywood e a forma como a mesma desde cedo acabou por ser determinante na vida dificil do astro do cinema. O filme que estreou com alguns objetivos de premios, foi moderadamente bem recebido pela critica sendo que todas as ambições de premios se resumem a Renee. Ja no que diz respeito em termos de valor comercial para um filme que inicialmente teve pouca expansao os resultados foram excelentes talvez por ainda estar bem presente o mito da atriz.
Sobre o filme podemos dizer que e um biopic pensado num momento proprio final da atriz, embora consiga reunir alguns dos elementos dos anos primeiros da sua carreira e a forma como tudo ficou associado a esses primeiros anos. Nao e um filme particularmente original na abordagem, seguindo o lado mais tradicional dos biopics, dando a prevalencia a interpretaçao e do maneirismos de Zelweeger que levam o filme para o seu maior patamar.
Pensamos que no que diz respeito as razões dos problemas pese embora o filme toque ao de leve nas mesmas um filme sobre os primeiros anos de Judy poderiam mesmo ser um verdadeiro aviso aos perigos da industria e uma auto critica bem mais assertiva sobre os perigos de uma industria dominada por homens e onde a beleza e um ponto fundamental.
Ou seja Judy vale mais pelos promenores, aqui principalmente a personagem a sim, os acontecimentos e as interpretações do que propriamente o filme se torna enquanto conteudo isolado. Pese embora tal facto parece-nos claro que e um dos filmes a ver do ano, muito por culpa de um excelente desempenho da sua protagonista.
O filme traz nos os ultimos tempos da vida de Judy Garland concretamente quando esta se muda para Londres para uma serie de concertos que demonstram bem as suas fraquezas numa altura em que a sua carreira e vida pessoal estão longe de estar no melhor.
No que diz respeito ao argumento temos mais que tudo um filme que tenta detalhar os ultimos tempos de uma vida publica, com o estilo proprio de um biopic deste genero. O filme nao quer fugir a polemicas mas nao quer comprar guerras e ai talvez podesser mais audacioso dando mais tempo de antena aos anos de ouro da atriz.
Na realizaçao Rupert Goold e ainda um novato em hollywood pese embora o seu primeiro filme tenha tido alguma atençao da critica. Em termos de abordagem o filme não arrisca muito, e fica a noção que numa vida em que parte foi passada em Oz o filme poderia ser mais arriscado.
No cast falar do filme e acima de tudo falar de Zelweger, a actriz acaba por nos dar um papel total do primeiro ao ultimo minuto, com drama, interpretação e capacidades vocais e um daqueles filmes que fica relacionado a sua interpretaçao. Nao sei se vai valer oscar, mas e claramente do melhor que vimos este ano.
O melhor - Zelweeger
O pior - Fica a ideia que os primeiros anos mereciam mais atenção
Avaliação - C+
Sunday, December 22, 2019
Saturday, December 21, 2019
Lucy in the Sky
Todos os anos existem filmes pensados para a temporada de premios que se posicionam em festivais proprios para essa publicidade mas que rapidamente se percebe que vao ter o efeito contrário e se vao tornar autenticos desastres criticos. De todos os filmes que se lançaram o que melhor encaixa neste procedimento foi este filme sobre uma astronauta que foi a lua e regressou diferente. Criticamente o filme foi um desastre com avaliações muito negativas, o que resultou ainda num percurso comercial pessimo.
SObre o filme podemos dizer que a base ou a historia parece-me que tinha muito por onde funcionar, no que diz respeito ao relate do ajuste a um feito extraordinario. Aqui o filme parte de uma base ou um objetivo que me parece sinceramente funcionar e que poderia resultar num bom filme, contudo acaba por não o ser muito por culpa de ficarmos total sensação que a realizadora nunca encontra a estrada da comunicação do filme.
Se em termos de personagem até acho que o filme é competente, já que nos da um lado perdido de uma Portman em boa forma, nos secundarios o filme nao existe, limitando-se a intercalar momentos de um filme adormecido com cenas onde parece querer adquirir um valor estetico e ideologico que sinceramente ou filme tinha sobre o seu todo, ou assim colado nao faz qualquer sentido.
Ou seja um filme que nos conta uma historia tipo do preço a pagar pelo extraordinario, mas que se centra demasiado numa boa personagem deixando para segundo plano outros aspetos que poderiam ser mais potenciados como os conflitos familiares ou mais que isso a forma como o conflito interno da personagem poderia ter outro impacto nas suas açoes.
A historia fala de uma astronauta que depois de ter estado no espaço regressa a casa, onde se sente uma pessoa diferente tendo dificuldade em regressar as suas rotinas do dia a dia, principalmente em termos conjugais colocando todo o foco em regressar ao local onde foi feliz.
Em termos de argumento mais que uma boa historia o filme nao consegue ter um bom argumento porque nao consegue definir para si as linhas orientadoras. Isso denota-se na forma como evolui bastante a personagem central mas as restantes desaparecem no filme.
Na realizaçao o filme marcava a estreia de Noah Hawley no cinema depois de ter estado associado a series de sucesso como Legion e principalmente Fargo. A realizaçao é desiquilibrada mais que qualquer coisa, tendo momentos em que parece que se quer fazer algo diferenciador, com outros onde deixa o filme se adormecer.
No cast Portman consegue ser intensa numa boa personagem e acaba por ser o que de melhor o filme tem na comunicaçao com o espetador. Hamm e igual a si proprio num papel algo redutor e Stevens basicamente nao existe naquilo que é o desenvolvimento do filme.
O melhor - A personagem central
O pior - O desiquilibrio no restante do filme, principalmente ideologico
Avaliação - C
SObre o filme podemos dizer que a base ou a historia parece-me que tinha muito por onde funcionar, no que diz respeito ao relate do ajuste a um feito extraordinario. Aqui o filme parte de uma base ou um objetivo que me parece sinceramente funcionar e que poderia resultar num bom filme, contudo acaba por não o ser muito por culpa de ficarmos total sensação que a realizadora nunca encontra a estrada da comunicação do filme.
Se em termos de personagem até acho que o filme é competente, já que nos da um lado perdido de uma Portman em boa forma, nos secundarios o filme nao existe, limitando-se a intercalar momentos de um filme adormecido com cenas onde parece querer adquirir um valor estetico e ideologico que sinceramente ou filme tinha sobre o seu todo, ou assim colado nao faz qualquer sentido.
Ou seja um filme que nos conta uma historia tipo do preço a pagar pelo extraordinario, mas que se centra demasiado numa boa personagem deixando para segundo plano outros aspetos que poderiam ser mais potenciados como os conflitos familiares ou mais que isso a forma como o conflito interno da personagem poderia ter outro impacto nas suas açoes.
A historia fala de uma astronauta que depois de ter estado no espaço regressa a casa, onde se sente uma pessoa diferente tendo dificuldade em regressar as suas rotinas do dia a dia, principalmente em termos conjugais colocando todo o foco em regressar ao local onde foi feliz.
Em termos de argumento mais que uma boa historia o filme nao consegue ter um bom argumento porque nao consegue definir para si as linhas orientadoras. Isso denota-se na forma como evolui bastante a personagem central mas as restantes desaparecem no filme.
Na realizaçao o filme marcava a estreia de Noah Hawley no cinema depois de ter estado associado a series de sucesso como Legion e principalmente Fargo. A realizaçao é desiquilibrada mais que qualquer coisa, tendo momentos em que parece que se quer fazer algo diferenciador, com outros onde deixa o filme se adormecer.
No cast Portman consegue ser intensa numa boa personagem e acaba por ser o que de melhor o filme tem na comunicaçao com o espetador. Hamm e igual a si proprio num papel algo redutor e Stevens basicamente nao existe naquilo que é o desenvolvimento do filme.
O melhor - A personagem central
O pior - O desiquilibrio no restante do filme, principalmente ideologico
Avaliação - C
Friday, December 20, 2019
Zombieland: Double Tap
Dez anos depois desta comedia de ação com Zombies ter sido uma das sensações do ano, surge a sua sequela com o mesmo grupo, embora Breslin se tenha tornado entretanto uma adulta e o lado mais infantil tenha sido perdido. Em termos criticos este segundo filme ficou ligeiramente aquem do primeiro com avaliações bastante mais medianas. Comercialmente os resultados foram basicamente os mesmos, o que com o sucesso do primeiro filme sabe claramente a pouco.
SObre o filme podemos dizer que é uma sequela natural do primeiro filme, dando destaque total ao lado humoristico e ironico das suas abordagens. O filme sem ter um argumento de base muito competente consegue funcionar acima de tudo pela graça do seu humor, e por algumas abordagens de realização, numa comedia soft, que tras o melhor que o estilo Harelsson e principalmente EIsenberg podem trazer em conjugação.
COmo no primeiro filme parece que a logica esta ausente do filme, mas isso acaba por ser uma otima solução para o valor comico do filme. As situações e as regras pautam um filme quase sempre intenso e de ritmo elevado, ficando o concurso de morte mais original de zombie na retina como um dos momentos mais originais do filme.
O unico senão na reuniao do grupo acaba por ser a forma como a personagem de Wichita se molda a algum crescimiento que entretanto Stone foi tendo como actriz dramatica, a personagem desaparece do filme e o seu lado mais sanguinario deixa o filme algo orfão quando comparado com o primeiro filme. COntudo e um filme que serve perfeitamente os seus propositos ser a originalidade do primeiro filme, já que se trata naturalmente de uma sequela.
O filme demonstra o mesmo grupo anos apos o primeiro filme, numa tentativa de se desenvolver perante pessoas. Columbus é rejeitado por WIchita. Little Rock decide que quer conhecer novas pessoas e desenvolve-se mais uma road trip por entre os mortos vivos.
Em termos de base do argumento ao ser um segundo filme, o lado introdutivo interessante para o crescimento das personagens desaparece, dando luz a um segundo elemento que se trata o valor comico das piadas onde o filme e claramente mais funcional.
Desde o primeiro filme muito se esperou da carreira de Fleisher que até a presente data apenas com ZOmbieland conseguiu o sucesso. TOrnou-se num realizador de comedias de açao muito pouco aceites criticamente mas que o publico vai aceitando, mas longe do trajeto que lhe assumiram depois do primeiro zombieland.
Em termos de cast Eisenberg e Harrelson estao extremamente confortaveis nos papeis que encaixam perfeitamente no estilo de ambos enquanto actores. Breslin perdeu a graça como adulta, e Stone nunca se sente confortavel num registo que digamos deixou de ser o seu. Nas novas introduções algum relevo para a personagem tonta de Deutch
O melhor - O valor comico do filme.
O pior - A novidade do conceito ja nao existe
Avaliação - B
SObre o filme podemos dizer que é uma sequela natural do primeiro filme, dando destaque total ao lado humoristico e ironico das suas abordagens. O filme sem ter um argumento de base muito competente consegue funcionar acima de tudo pela graça do seu humor, e por algumas abordagens de realização, numa comedia soft, que tras o melhor que o estilo Harelsson e principalmente EIsenberg podem trazer em conjugação.
COmo no primeiro filme parece que a logica esta ausente do filme, mas isso acaba por ser uma otima solução para o valor comico do filme. As situações e as regras pautam um filme quase sempre intenso e de ritmo elevado, ficando o concurso de morte mais original de zombie na retina como um dos momentos mais originais do filme.
O unico senão na reuniao do grupo acaba por ser a forma como a personagem de Wichita se molda a algum crescimiento que entretanto Stone foi tendo como actriz dramatica, a personagem desaparece do filme e o seu lado mais sanguinario deixa o filme algo orfão quando comparado com o primeiro filme. COntudo e um filme que serve perfeitamente os seus propositos ser a originalidade do primeiro filme, já que se trata naturalmente de uma sequela.
O filme demonstra o mesmo grupo anos apos o primeiro filme, numa tentativa de se desenvolver perante pessoas. Columbus é rejeitado por WIchita. Little Rock decide que quer conhecer novas pessoas e desenvolve-se mais uma road trip por entre os mortos vivos.
Em termos de base do argumento ao ser um segundo filme, o lado introdutivo interessante para o crescimento das personagens desaparece, dando luz a um segundo elemento que se trata o valor comico das piadas onde o filme e claramente mais funcional.
Desde o primeiro filme muito se esperou da carreira de Fleisher que até a presente data apenas com ZOmbieland conseguiu o sucesso. TOrnou-se num realizador de comedias de açao muito pouco aceites criticamente mas que o publico vai aceitando, mas longe do trajeto que lhe assumiram depois do primeiro zombieland.
Em termos de cast Eisenberg e Harrelson estao extremamente confortaveis nos papeis que encaixam perfeitamente no estilo de ambos enquanto actores. Breslin perdeu a graça como adulta, e Stone nunca se sente confortavel num registo que digamos deixou de ser o seu. Nas novas introduções algum relevo para a personagem tonta de Deutch
O melhor - O valor comico do filme.
O pior - A novidade do conceito ja nao existe
Avaliação - B
6 Undergound
Num ano em que a Netflix conquistou em pleno um espaço muito proprio na 7 arte, neste final de ano a produtora não se ficou pelos filmes para premios tendo também lançado este filme de ação pensado para o grande publico, ou não fosse o novo filme do Blockbuster mor, Michael Bay. Em termos criticos pouca novidade, a relação entr Bay e a critica não é a melhor e este filme marcou mais um capitulo nessa relação. Comercialmente penso que este é um filme que tem tudo para ser um sucesso da aplicaçao embora tenha sido lançado numa fase que os cinefilos apontam bateria para outro tipo de conteudo.
Sobre o filme podemos dizer que não sou nada fá da forma de realizar de Bay, o qual esquece total logica dos argumentos para tentar dar o maior evento de efeitos especiais que há memoria, pois bem neste filme temos mais do mesmo. Uma historia sem qualquer tipo de sentido ou coesão, uma serie de graçolas que é onde o filme ainda melhor funciona, e a tipica açao interminavel com efeitos e slow motions para todos os gostos, num exercicio de estilo de qualidade mais que duvidosa.
A ideia que fica e que Bay faz de proposito na forma como seca por completo o argumento dos seus filmes. Aqui temos uma serie de personagens com caracteristicas proprias sem historia, que aparecem em flashes, num argumento e montagem confusa, que nos leva unicamente a atenção para onde Bay é irrepreensivel que é nos efeitos e utilização massiva dos mesmos, já que no restante o filme é um deserto de ideias, onde apenas algum humor vai libertado o lado repetitivo do filme.
Ou seja temos mais uma obra de Bay, que ficara certamente na historia como um despredicio de dinheiro sem qualquer tipo de valor criativo, tendo no entanto a plena noçao que este tipo de registo funciona bem no estilo desejado e do publico para o qual é direcionado.
A historia fala de um grupo de pessoas que se reune em torno de um bilionario dado como morto, que tem como objetivo capturar e tirar o poder a um ditador de um pais, de forma a substituir pelo irmão o qual parece ser a melhor soluçao para o seu povo.
Em termos de argumento na base o filme é um deserto de ideias, um conjunto de pontas soltas, pouco trabalhadas, e um cliche total na narrativa central. Fica a apenas algumas graçolas e curiosidades que funcionam do ponto de vista humoristico, mas para uma produçao tao cara isso e sabe a muito pouco.
Bay tem uma realizaçao muito propria. Nao gostando do estilo é obvio que ele tem uma assinatura nos seus filmes, de takes curtos e slow motion, e dar total primazia aos efeitos especiais. Este filme é Bay na sua essencia.
No cast temos um conjunto de atores de segunda linha capitaneados por um Reynolds com uma personagem a seu gosto, num misto de açao e comicidade que funciona bem e tem pintado a sua carreira depois do sucesso total de Deadpool. Falta um vilão de peso e tudo o resto no cast.
O melhor - Algumas graçolas
O pior - A sensação que Bay queima dinheiro
Avaliação - C-
Sobre o filme podemos dizer que não sou nada fá da forma de realizar de Bay, o qual esquece total logica dos argumentos para tentar dar o maior evento de efeitos especiais que há memoria, pois bem neste filme temos mais do mesmo. Uma historia sem qualquer tipo de sentido ou coesão, uma serie de graçolas que é onde o filme ainda melhor funciona, e a tipica açao interminavel com efeitos e slow motions para todos os gostos, num exercicio de estilo de qualidade mais que duvidosa.
A ideia que fica e que Bay faz de proposito na forma como seca por completo o argumento dos seus filmes. Aqui temos uma serie de personagens com caracteristicas proprias sem historia, que aparecem em flashes, num argumento e montagem confusa, que nos leva unicamente a atenção para onde Bay é irrepreensivel que é nos efeitos e utilização massiva dos mesmos, já que no restante o filme é um deserto de ideias, onde apenas algum humor vai libertado o lado repetitivo do filme.
Ou seja temos mais uma obra de Bay, que ficara certamente na historia como um despredicio de dinheiro sem qualquer tipo de valor criativo, tendo no entanto a plena noçao que este tipo de registo funciona bem no estilo desejado e do publico para o qual é direcionado.
A historia fala de um grupo de pessoas que se reune em torno de um bilionario dado como morto, que tem como objetivo capturar e tirar o poder a um ditador de um pais, de forma a substituir pelo irmão o qual parece ser a melhor soluçao para o seu povo.
Em termos de argumento na base o filme é um deserto de ideias, um conjunto de pontas soltas, pouco trabalhadas, e um cliche total na narrativa central. Fica a apenas algumas graçolas e curiosidades que funcionam do ponto de vista humoristico, mas para uma produçao tao cara isso e sabe a muito pouco.
Bay tem uma realizaçao muito propria. Nao gostando do estilo é obvio que ele tem uma assinatura nos seus filmes, de takes curtos e slow motion, e dar total primazia aos efeitos especiais. Este filme é Bay na sua essencia.
No cast temos um conjunto de atores de segunda linha capitaneados por um Reynolds com uma personagem a seu gosto, num misto de açao e comicidade que funciona bem e tem pintado a sua carreira depois do sucesso total de Deadpool. Falta um vilão de peso e tudo o resto no cast.
O melhor - Algumas graçolas
O pior - A sensação que Bay queima dinheiro
Avaliação - C-
Monday, December 16, 2019
Doctor Sleep
Volvidas decadas depois de Kubrik ter supreendido o mundo do cinema com o seu terrorifico Shinning, eis que surge a sequela, novamente escrita por Stephen King, e com a direção a ser entregue a Mike Flannagan realizador de cinema e televisao apostado em devolver algum conceito ao terror. Criticamente as coisas nao foram brilhantes para o filme, embora fosse fiel ao estilo original. Comercialmente tendo em conta o inconico que se tornou o filme também não foi brilhante o percurso do filme.
Shinning e daqueles filmes que pelo estilo e principalmente pela realizaçao se tornou totalmente iconico. Este filme no estilo de realizaçao e principalmente na conjugação das imagens com o terror mantem esse carimbo embora tenha uma historia claramente mais reboscada mas que espremido acaba por ser muito pouco.
Alias ficamos com a sensação que o filme é extremamente longo para o seu objetivo principal que é conduzir todas as personagens para o hotel do primeiro filme, aqui o filme ganha substancia mais pela curiosidade de voltarmos a ver o lado visual de Shinning mais do que aquilo que realmente significa para um novo filme, que tem muita dificuldade em ser mais que homenagem ao primeiro filme.
Ou seja para aqueles que gostaram do filme de base temos um filme interessante do ponto de vista concetual, bem escolhido em termos de vilões, mesmo que a historia seja algo confusa, ou pouco interessante. Sobre naquilo que o podia rentabilizar mais que era os pontos de contacto com o primeiro filme.-
A historia fala de Danny Torrance ja adulto, ainda agonizado pelo seu passado, que devido as suas capacidades vai tentar ajudar uma poderosa menor dotada pelo "brilho" de um grupo de malvados que se alimentam desta habilidade.
Em termos de argumento na base existe uma tentativa de simplificar o conceito que funciona naquilo que realmente interessa. E um filme que numa fase inicial e demasiado confuso a colocar as cartas em jogo mas que percebe o que o publico espera no seu final.
Na realizaçao Flannagan teve sucesso principalmente no sucesso da sua serie de terror para a NEtflix, tem aqui um filme grande nas suas mãos, com um resultado interessante, principalmente na forma como consegue potenciar as sequencias finais proximas do primeiro filme. E um filme com o estilo dele, que o mesmo aproveita para ganhar alguma dimensao na setima arte.
No cast a escolha de Mcgregor penso que nao e brilhante. Parece-me atualmente um ator de recurso que tem dificuldade em nos dar prestações iconicas, algo que teve no inicio da sua carreira. Nos secundarios os maiores louros vai para uma Fergunson em boa forma, no lado negro do filme.
O melhor - A ultima meia hora cheia de memorias passadas
O pior - A confusao inicial do argumento
Avaliação - C+
Shinning e daqueles filmes que pelo estilo e principalmente pela realizaçao se tornou totalmente iconico. Este filme no estilo de realizaçao e principalmente na conjugação das imagens com o terror mantem esse carimbo embora tenha uma historia claramente mais reboscada mas que espremido acaba por ser muito pouco.
Alias ficamos com a sensação que o filme é extremamente longo para o seu objetivo principal que é conduzir todas as personagens para o hotel do primeiro filme, aqui o filme ganha substancia mais pela curiosidade de voltarmos a ver o lado visual de Shinning mais do que aquilo que realmente significa para um novo filme, que tem muita dificuldade em ser mais que homenagem ao primeiro filme.
Ou seja para aqueles que gostaram do filme de base temos um filme interessante do ponto de vista concetual, bem escolhido em termos de vilões, mesmo que a historia seja algo confusa, ou pouco interessante. Sobre naquilo que o podia rentabilizar mais que era os pontos de contacto com o primeiro filme.-
A historia fala de Danny Torrance ja adulto, ainda agonizado pelo seu passado, que devido as suas capacidades vai tentar ajudar uma poderosa menor dotada pelo "brilho" de um grupo de malvados que se alimentam desta habilidade.
Em termos de argumento na base existe uma tentativa de simplificar o conceito que funciona naquilo que realmente interessa. E um filme que numa fase inicial e demasiado confuso a colocar as cartas em jogo mas que percebe o que o publico espera no seu final.
Na realizaçao Flannagan teve sucesso principalmente no sucesso da sua serie de terror para a NEtflix, tem aqui um filme grande nas suas mãos, com um resultado interessante, principalmente na forma como consegue potenciar as sequencias finais proximas do primeiro filme. E um filme com o estilo dele, que o mesmo aproveita para ganhar alguma dimensao na setima arte.
No cast a escolha de Mcgregor penso que nao e brilhante. Parece-me atualmente um ator de recurso que tem dificuldade em nos dar prestações iconicas, algo que teve no inicio da sua carreira. Nos secundarios os maiores louros vai para uma Fergunson em boa forma, no lado negro do filme.
O melhor - A ultima meia hora cheia de memorias passadas
O pior - A confusao inicial do argumento
Avaliação - C+
Friday, December 13, 2019
The Farewell
Num ano em que a critica especializada parece ter descoberto e se apaixonado pelo cinema asiatico, um dos responsáveis maximos por esta aproximação foi esta comedia familiar chinesa, que acabou fruto da unanimidade critica a sua volta, tornar-se não só um fenomeno critico mas também um fenomeno de bilheteira nos EUA muito por culpa da mensagem de familia que passa.
Sobre o filme podemos começar por dizer que é um filme de costumes, somos conduzidos para as tradiçoes e para o modo de vida chines, numa familia que se espalhou pelo mundo ao mesmo tempo que temos um filme sobre personagens tentando ser familia apos a descoberta da doença do pilar de todos eles. Nesse particular o balanço entre a comedia e o drama do filme é muito bem feito sempre com a curiosidade de nos apresentar uma forma de vida.
The Farewell não e um filme grande, é um filme que acima de tudo funciona nas ligações, nas emoçoes, na forma como estas ao longo do tempo nos são partilhadas e escondidas, a forma como consegue conciliar sequencias de emoçao e desespero com insolitos culturais que nos fazem soltar uma gargalhada, que faz desta comedia familiar, um filme singular e acima de tudo bastante competente.
Claro que muitos poderão dizer que é uma historia de vida familiar igual a muitas outras, mas a originalidade não por si so exigida para um filme funcionar, a forma como se prepara os pontos fortes de um filme simples podem conduzir a que este tenha o reflexo desejado no espetador e este filme consegue isso com força.
A historia fala de uma familia chinesa espalhada pelo mundo, que se junta na cidade origem de todos para um casamento, que mais nao e um pretexto de se despedirem da avó a qual foi diagnosticada um cancro que lhe da poucos meses de vida, aproveitanto esse ponto para a despedida anunciada.
Em termos de argumento a historia é bonita na sua plenitude, tem emoção, originalidade e um balanço emocional entre os lados da ponte. Em termos de originalidade fica apenas o insolito de algumas situações.
Na realizaçao Lulu Wang teve aqui um sucesso muito por culpa da vitoria do publico em Sundance. Mais que uma realizaçao de excelencia o filme consegue misturar a cultura ocidental fazendo-a entrar no lado chines e isso da uma experiencia bastante diferente.
No cast a opçao em exclusivo por atrizes chinesas funciona. Akwafina esta entre os melhores papeis do ano para todos os criticos, e realmente é a ponte do filme, com uma prestação adulta e intensa ainda que por vezes apagada pela sua companheira de cast Shzen Zhao, que e o coraçao do filme.
O melhor - O balanço emocional do tema no filme.
O pior - A historia de base e simples
Avaliação - B+
Sobre o filme podemos começar por dizer que é um filme de costumes, somos conduzidos para as tradiçoes e para o modo de vida chines, numa familia que se espalhou pelo mundo ao mesmo tempo que temos um filme sobre personagens tentando ser familia apos a descoberta da doença do pilar de todos eles. Nesse particular o balanço entre a comedia e o drama do filme é muito bem feito sempre com a curiosidade de nos apresentar uma forma de vida.
The Farewell não e um filme grande, é um filme que acima de tudo funciona nas ligações, nas emoçoes, na forma como estas ao longo do tempo nos são partilhadas e escondidas, a forma como consegue conciliar sequencias de emoçao e desespero com insolitos culturais que nos fazem soltar uma gargalhada, que faz desta comedia familiar, um filme singular e acima de tudo bastante competente.
Claro que muitos poderão dizer que é uma historia de vida familiar igual a muitas outras, mas a originalidade não por si so exigida para um filme funcionar, a forma como se prepara os pontos fortes de um filme simples podem conduzir a que este tenha o reflexo desejado no espetador e este filme consegue isso com força.
A historia fala de uma familia chinesa espalhada pelo mundo, que se junta na cidade origem de todos para um casamento, que mais nao e um pretexto de se despedirem da avó a qual foi diagnosticada um cancro que lhe da poucos meses de vida, aproveitanto esse ponto para a despedida anunciada.
Em termos de argumento a historia é bonita na sua plenitude, tem emoção, originalidade e um balanço emocional entre os lados da ponte. Em termos de originalidade fica apenas o insolito de algumas situações.
Na realizaçao Lulu Wang teve aqui um sucesso muito por culpa da vitoria do publico em Sundance. Mais que uma realizaçao de excelencia o filme consegue misturar a cultura ocidental fazendo-a entrar no lado chines e isso da uma experiencia bastante diferente.
No cast a opçao em exclusivo por atrizes chinesas funciona. Akwafina esta entre os melhores papeis do ano para todos os criticos, e realmente é a ponte do filme, com uma prestação adulta e intensa ainda que por vezes apagada pela sua companheira de cast Shzen Zhao, que e o coraçao do filme.
O melhor - O balanço emocional do tema no filme.
O pior - A historia de base e simples
Avaliação - B+
Thursday, December 12, 2019
The Wolf Hour
Estreado numa semana de novas experiencias no festival de Sundance deste ano, este particular filme pela data de estreia terá alimentado algumas esperanças de fazer alguma presença na temporada de premios. Contudo rapidamente estas esperanças acabaram por se dissipar, ja que criticamente as coisas não correram bem e comercialmente tem as condições todas para se tornar num filme praticamente invisivel do ponto de vista comercial.
Sobre o filme podemos dizer que o filme e pensado do primeiro ao ultimo minuto numa interpretaçao e na possibilidade de dar a Watts uma personagem que a levasse ao sucesso critico e quem sabe a corrida pelos premios. E apesar de ser sem sombra de duvida o que de melhor tem o filme e uma alavanca qualitativa e claramente insuficiente para fazer uma obra escura, nem sempre consistente resultar já que como a personagem e um filme que acaba por deambular em excesso.
O filme tem o lado contextual que é caotico e nos leva as personagens para as situações limite que o filme nos quer dar. Por seu lado o filme perde essencialmente porque nao explica em momento algum a razão da catastrofe emocional da personagem nem tão pouco dá-lhe linhas narrativas para explicar o seu contexto e a sua evoluçao, limitando-se a descrever interações com ou menos sentido da mesma ao longo de um espaço temporal.
Ou seja o ponto de partida espacial e mesmo temporal que permitia um filme claustrofobico no desastre contextual, perde-se numa personagem difusa, e que nem sempre consegue impregar no filme o caos organizado para fazer um filme como este resultar essencialmente junto do espetador.
A historia fala de uma ex- escritora famosa que faz uma retirada para a casa da sua avo situada num bairro social de um bronx destruido em pleno verão quente, com um serial Killer em açao. O filme demonstra a dificuldade social da personagem numa altura dificil para se viver solitario.
Em termos de argumento parece-me que o filme falha em dois pontos centrais, desde logo porque explica muito pouco a personagem central, e mais que isso porque nunca incute uma linha narrativa forte que segure o filme na sua duração. Nos elementos contextuais tudo está la para resultar mas nao os usa de forma conveniente.
No que diz respeito à realizaçao Blank Griffin tem um trabalho competente, principalmente na expressao visual do caos que acaba por funcionar no espectro que o filme quer dar de desorganizaçao. Nem sempre consegue incutir o ritmo esperado ao filme, e isso e um defeito de uma realização demasiado escura.
No que diz respeito ao cast, mesmo longe da sua melhor forma Watts tem um trabalho exigente que funciona na sua expressao emocional. Gosto particularmente dos momentos de uma das revelações do ano, ou seja, Harriso Jr, embora nem sempre a sua personagem tenha a antena devida.
O melhor - A imagem da desorganizaçao
O pior - O filme ser algo preso a um circulo sem grande evolução, porque esconde a personagem
Avaliação - D+
Sobre o filme podemos dizer que o filme e pensado do primeiro ao ultimo minuto numa interpretaçao e na possibilidade de dar a Watts uma personagem que a levasse ao sucesso critico e quem sabe a corrida pelos premios. E apesar de ser sem sombra de duvida o que de melhor tem o filme e uma alavanca qualitativa e claramente insuficiente para fazer uma obra escura, nem sempre consistente resultar já que como a personagem e um filme que acaba por deambular em excesso.
O filme tem o lado contextual que é caotico e nos leva as personagens para as situações limite que o filme nos quer dar. Por seu lado o filme perde essencialmente porque nao explica em momento algum a razão da catastrofe emocional da personagem nem tão pouco dá-lhe linhas narrativas para explicar o seu contexto e a sua evoluçao, limitando-se a descrever interações com ou menos sentido da mesma ao longo de um espaço temporal.
Ou seja o ponto de partida espacial e mesmo temporal que permitia um filme claustrofobico no desastre contextual, perde-se numa personagem difusa, e que nem sempre consegue impregar no filme o caos organizado para fazer um filme como este resultar essencialmente junto do espetador.
A historia fala de uma ex- escritora famosa que faz uma retirada para a casa da sua avo situada num bairro social de um bronx destruido em pleno verão quente, com um serial Killer em açao. O filme demonstra a dificuldade social da personagem numa altura dificil para se viver solitario.
Em termos de argumento parece-me que o filme falha em dois pontos centrais, desde logo porque explica muito pouco a personagem central, e mais que isso porque nunca incute uma linha narrativa forte que segure o filme na sua duração. Nos elementos contextuais tudo está la para resultar mas nao os usa de forma conveniente.
No que diz respeito à realizaçao Blank Griffin tem um trabalho competente, principalmente na expressao visual do caos que acaba por funcionar no espectro que o filme quer dar de desorganizaçao. Nem sempre consegue incutir o ritmo esperado ao filme, e isso e um defeito de uma realização demasiado escura.
No que diz respeito ao cast, mesmo longe da sua melhor forma Watts tem um trabalho exigente que funciona na sua expressao emocional. Gosto particularmente dos momentos de uma das revelações do ano, ou seja, Harriso Jr, embora nem sempre a sua personagem tenha a antena devida.
O melhor - A imagem da desorganizaçao
O pior - O filme ser algo preso a um circulo sem grande evolução, porque esconde a personagem
Avaliação - D+
Wednesday, December 11, 2019
The Report
Desde o inicio do ano que este filme que foi lançado cedo no ano em alguns festivais, foi apontado como um possível candidato aos prémios. Criticamente o fervor inicial foi-se dissuadindo ou não estivesse aqui patente uma tematica complicada, e politica e que fratura a opinião publica. Do ponto de vista comercial este arrefecimento acabou também por não permitir uma grande estreia nos EUA, o que de alguma forma poderá ser alterada com o facto do filme ter conseguido uma nomeaçao para os globos de ouro.
Sobre o filme posso dizer que é um filme politico, uma avaliação ainda que parcial a atuaçao da CIA no pos 11 de Setembro. E um filme pesado, que toca no lado mais complidado do reinado Bush Cheeney, sendo o lado mais serio do que satirizou Vice. NEsse particular e um filme detalhado, denunciador, nem sempre fácil devido as condicionantes legais mas que funciona no impacto que quer ter e quem sabe merecia mais visibilidade.
Claro que é um filme parcial, que grande parte do tempo nos dá acima de tudo um dos lados da barricada, acabando posteriormente por dar pouco espaço ao seu contraditório. Na aplicação pratica do filme, pese embora algo circular o mesmo debate a fundo uma questão complicada, e mais que isso a forma como a politica ultrapassou entre si todas as barreiras que lhe foram colocadas.
Ou seja um thriller politico intenso, detalhado, inteligente, embora me pareça grande parte do tempo parcial, dá-nos uma boa versão de um dos lados dos factos bem como o poder associado a cada organização. Mais que um filme de personagens e um filme sobre algo que aconteceu, e que muitos gostavam que tivesse tido outra roupagem.
A historia fala de um inspetor do senado que entra na investigação das tecnicas de interrogatorio utilizadas pelo CIA apos um 11 de Setembro, tentando perceber o lucro ou a falta dele, na forma como foi seguido este estilo.
Em termos de argumento embora parcial temos uma historia detalhada, intensa, mas mais que isso é um filme que consegue criar o impacto de tudo o que ali está em causa, com os seus meandros politicos. As personagens nem sempre são totalmente trabalhadas mas a primazia ao acontecimento parece-me uma boa escolha.
Na realizaçao Scott Z Burns tem aqui a sua estreia como realizador depois de alguns argumentos em filmes que reunem a açao e a politica. Nao era facil num filme tao teorico ter intensidade e a realizaçao consegue isso. Os saltos temporais nem sempre acabam por ser perfeitos mas nao condiciona o efeito pratico do filme.
No cast temos um Adam Driver em boa forma, nao sendo um papel muito dificil, o ator funciona no registo de alguem convicto das suas ideias, deixando mais protagonismo para um Benning intensa, e que lhe valeu mais uma nomeaçao para um globo de ouro, e uma serie de actores secundarios compententes embora com personagens simples.
O melhor - A denuncia
O pior - Algo parcial
Avaliação - B
Sobre o filme posso dizer que é um filme politico, uma avaliação ainda que parcial a atuaçao da CIA no pos 11 de Setembro. E um filme pesado, que toca no lado mais complidado do reinado Bush Cheeney, sendo o lado mais serio do que satirizou Vice. NEsse particular e um filme detalhado, denunciador, nem sempre fácil devido as condicionantes legais mas que funciona no impacto que quer ter e quem sabe merecia mais visibilidade.
Claro que é um filme parcial, que grande parte do tempo nos dá acima de tudo um dos lados da barricada, acabando posteriormente por dar pouco espaço ao seu contraditório. Na aplicação pratica do filme, pese embora algo circular o mesmo debate a fundo uma questão complicada, e mais que isso a forma como a politica ultrapassou entre si todas as barreiras que lhe foram colocadas.
Ou seja um thriller politico intenso, detalhado, inteligente, embora me pareça grande parte do tempo parcial, dá-nos uma boa versão de um dos lados dos factos bem como o poder associado a cada organização. Mais que um filme de personagens e um filme sobre algo que aconteceu, e que muitos gostavam que tivesse tido outra roupagem.
A historia fala de um inspetor do senado que entra na investigação das tecnicas de interrogatorio utilizadas pelo CIA apos um 11 de Setembro, tentando perceber o lucro ou a falta dele, na forma como foi seguido este estilo.
Em termos de argumento embora parcial temos uma historia detalhada, intensa, mas mais que isso é um filme que consegue criar o impacto de tudo o que ali está em causa, com os seus meandros politicos. As personagens nem sempre são totalmente trabalhadas mas a primazia ao acontecimento parece-me uma boa escolha.
Na realizaçao Scott Z Burns tem aqui a sua estreia como realizador depois de alguns argumentos em filmes que reunem a açao e a politica. Nao era facil num filme tao teorico ter intensidade e a realizaçao consegue isso. Os saltos temporais nem sempre acabam por ser perfeitos mas nao condiciona o efeito pratico do filme.
No cast temos um Adam Driver em boa forma, nao sendo um papel muito dificil, o ator funciona no registo de alguem convicto das suas ideias, deixando mais protagonismo para um Benning intensa, e que lhe valeu mais uma nomeaçao para um globo de ouro, e uma serie de actores secundarios compententes embora com personagens simples.
O melhor - A denuncia
O pior - Algo parcial
Avaliação - B
Tuesday, December 10, 2019
Playmobil: The Movie
Depois do sucesso instantaneo que se tornou o primeiro filme Lego seria uma questão de tempo ate outros brinquedos e formatos terem o seu proprio filme. O primeiro a avançar com o projeto foi o parente mais proximo da lego, ou seja a PLaymobil. COntudo os resultados foram totalmente opostos, criticamente foi um descalabro e pior que tudo comercialmente tornou-se num dos maiores flops da historia do cinema, algo que pode indicar que o original pode funcionar mas o restante tera dificuldades.
SObre o filme confesso que a mistura entre a animaçao e o Liveaction parece-me algo confusa principalmente nas transiçoes e os paralelismos, e facil porque torna o filme mais proximo de todos nos mas a mensagem proxima acaba por nao ser propriamente brilhante, muito por culpa de nao ter trabalhado em momento algum as personagens de base.
Outro dos pontos que parece nao funcional e o facto de rapidamente se esquecer das particularidades dos bonecos enquanto brinquedos, algo que Lego nunca faz, isso torna o filme uma animaçao onde em vez de bonecos temos o formato Playmobil numa viagem pelos seus diferentes universos sem nunca o filme abraçar uma historia ou algo que funcione como corpo narrativo do que quer contar.
Na falta de elementos da narrativa o filme tenta abraçar generos e falha primeiro porque em termos de humor nunca consegue na verdade ser engraçado e pior que isso no lado musical a escolha de interpretes para vozes torna tudo muito denunciado.
A historia fala de dois irmãos que brincam com PLaymobil, mas apos ficarem orfaos acabam por se afastar nesta atividade ate ao momento em que ambos entram para aquele mundo dos brinquedos numa luta pela sobrevivencia.
Em termos de argumento a ideia de base e na essencia aquilo que vimos em Lego Movie, mas com um fio narrativo completamente inexistente numa propaganda simples ao brinquedo. Onde o Lego funciona que e no humor este filme nunca consegue encontrar a melhor forma.
Na realizaçao tudo foi entregue a DI Salvo que faz um trabalho competente mas que perde os pontos fundamentais do brinquedo como as pernas nao dobrarem. A animaçao seria dificil e talvez so com uma produtora de primeira linha poderia nao ser desastroso.
No cast Taylor Joy foi uma escolha que pareceu interessante mas a personagem dela e inexistente assim como Bateman. SObre uma serie de vozes e cantores para secundario que servem apenas para alguma curiosidade e os momentos musicais.
O melhor - As expressoes faciais dos bonecos
O pior - A historia nao existir
Avaliação - D+
SObre o filme confesso que a mistura entre a animaçao e o Liveaction parece-me algo confusa principalmente nas transiçoes e os paralelismos, e facil porque torna o filme mais proximo de todos nos mas a mensagem proxima acaba por nao ser propriamente brilhante, muito por culpa de nao ter trabalhado em momento algum as personagens de base.
Outro dos pontos que parece nao funcional e o facto de rapidamente se esquecer das particularidades dos bonecos enquanto brinquedos, algo que Lego nunca faz, isso torna o filme uma animaçao onde em vez de bonecos temos o formato Playmobil numa viagem pelos seus diferentes universos sem nunca o filme abraçar uma historia ou algo que funcione como corpo narrativo do que quer contar.
Na falta de elementos da narrativa o filme tenta abraçar generos e falha primeiro porque em termos de humor nunca consegue na verdade ser engraçado e pior que isso no lado musical a escolha de interpretes para vozes torna tudo muito denunciado.
A historia fala de dois irmãos que brincam com PLaymobil, mas apos ficarem orfaos acabam por se afastar nesta atividade ate ao momento em que ambos entram para aquele mundo dos brinquedos numa luta pela sobrevivencia.
Em termos de argumento a ideia de base e na essencia aquilo que vimos em Lego Movie, mas com um fio narrativo completamente inexistente numa propaganda simples ao brinquedo. Onde o Lego funciona que e no humor este filme nunca consegue encontrar a melhor forma.
Na realizaçao tudo foi entregue a DI Salvo que faz um trabalho competente mas que perde os pontos fundamentais do brinquedo como as pernas nao dobrarem. A animaçao seria dificil e talvez so com uma produtora de primeira linha poderia nao ser desastroso.
No cast Taylor Joy foi uma escolha que pareceu interessante mas a personagem dela e inexistente assim como Bateman. SObre uma serie de vozes e cantores para secundario que servem apenas para alguma curiosidade e os momentos musicais.
O melhor - As expressoes faciais dos bonecos
O pior - A historia nao existir
Avaliação - D+
Monday, December 09, 2019
The Aeronauts
Felicity Jones e Eddie Redmeyne protagonizaram uma das duplas de maior sucesso no cinema moderno na sua ida ao cinema como Hawkings e a esposa, que resultou no oscar para o ator britanico. Pois bem o reencontro surgiu este ano a cargo de um realizador ingles em autentica zona de tiro para os premios. O filme contudo pese embora tenha sido bem avaliado nao teve o impacto suficiente para ser um verdadeiro candidato. Sobrava a vertente comercial onde as coisas tambem tiveram longe do sucesso.
SObre o filme eu confesso que por vezes não consigo perceber a razão pela qual um feito unico nas mãos do cinema acaba por ser um exagero disparatado que acaba por tornar absurdo a historia veridica e entusiasmante que esta a ser transmitida. Parece-me claro que o filme tem uma boa historia, e bem realizado, arrisca mas depois exagera tornado a personagem feminina num super homem com mais poderes do que o homem de ferro.
Percebe-se que o filme não consegue trabalhar o argumento para lhe dar mais que um funcional filme de ação, mas que do ponto de vista produtivo e estetico tem algum cuidado dando-nos boas imagens e algumas sequencias de açao, onde JOnes funciona bem. Fica tambem a ideia que rapidamente quando se tem Redmeyne ao dispor tem que se trabalhar a excentricidade das personagens que neste caso e totalmente escusada.
Ou seja um filme curto em termos de tamalho, que fica a ideia que cai no erro de tornar o brilhante no impossivel. Tecnicamente e um filme com louros esteticos mas fica a ideia que a historia com mais rigor e mais personagens no lado do argumento e com pes na terra na ambiçao de potenciar as personagens poderia dar um filme bem mais valioso.
A historia fala no projeto de um ambicioso cientista e de uma aeronauta em bater o record de altitude de um ser humano num balão, numa altura em que o feito significa muito mais do que o record que acaba por ser batido.
Em termos de argumento o filme pensa acima de tudo no prazer imediato do espetador, colocando de lado os dialogos de primeira linha ou grande desenvolvimento dos personagens. COmo entertenimento rapido funciona embora critique a abordagem demasiado james bond que faz do feito.
TOm Harper e um realizador que teve o maior sucesso em series mas que ja teve alguns filmes como realizador. O seu caracter estetico e a forma como o filme consegue unir a imagem a descoberta e interessante, sendo um dos bons apontamentos do filme, num realizador que me parece ter qualidade para funcionar num argumento mais capaz.
No cast eu gosto de Jones como heroina de açao, penso que tem recursos e qualidades interpretativas que permitem ser uma boa lider de filmes de açao e nao so. AO seu lado tem um Redmeyne que encontrou um boneco que funcionou e repete-o vezes sem conta colocando em duvida se ter a versatilidade para se tornar uma referencia em Hollywood, para ja nao me parece.
O melhor - Tecnicamente e um filme bonito
O pior - O feito nao necessitade de ser de um filme de açao de super herois para o ser
Avaliação - B-
SObre o filme eu confesso que por vezes não consigo perceber a razão pela qual um feito unico nas mãos do cinema acaba por ser um exagero disparatado que acaba por tornar absurdo a historia veridica e entusiasmante que esta a ser transmitida. Parece-me claro que o filme tem uma boa historia, e bem realizado, arrisca mas depois exagera tornado a personagem feminina num super homem com mais poderes do que o homem de ferro.
Percebe-se que o filme não consegue trabalhar o argumento para lhe dar mais que um funcional filme de ação, mas que do ponto de vista produtivo e estetico tem algum cuidado dando-nos boas imagens e algumas sequencias de açao, onde JOnes funciona bem. Fica tambem a ideia que rapidamente quando se tem Redmeyne ao dispor tem que se trabalhar a excentricidade das personagens que neste caso e totalmente escusada.
Ou seja um filme curto em termos de tamalho, que fica a ideia que cai no erro de tornar o brilhante no impossivel. Tecnicamente e um filme com louros esteticos mas fica a ideia que a historia com mais rigor e mais personagens no lado do argumento e com pes na terra na ambiçao de potenciar as personagens poderia dar um filme bem mais valioso.
A historia fala no projeto de um ambicioso cientista e de uma aeronauta em bater o record de altitude de um ser humano num balão, numa altura em que o feito significa muito mais do que o record que acaba por ser batido.
Em termos de argumento o filme pensa acima de tudo no prazer imediato do espetador, colocando de lado os dialogos de primeira linha ou grande desenvolvimento dos personagens. COmo entertenimento rapido funciona embora critique a abordagem demasiado james bond que faz do feito.
TOm Harper e um realizador que teve o maior sucesso em series mas que ja teve alguns filmes como realizador. O seu caracter estetico e a forma como o filme consegue unir a imagem a descoberta e interessante, sendo um dos bons apontamentos do filme, num realizador que me parece ter qualidade para funcionar num argumento mais capaz.
No cast eu gosto de Jones como heroina de açao, penso que tem recursos e qualidades interpretativas que permitem ser uma boa lider de filmes de açao e nao so. AO seu lado tem um Redmeyne que encontrou um boneco que funcionou e repete-o vezes sem conta colocando em duvida se ter a versatilidade para se tornar uma referencia em Hollywood, para ja nao me parece.
O melhor - Tecnicamente e um filme bonito
O pior - O feito nao necessitade de ser de um filme de açao de super herois para o ser
Avaliação - B-
Sunday, December 08, 2019
Freaks
O sci Fi mais relacionado com o cinema independente tem sido responsavel por alguns dos filmes mais surpreendentes dos ultimos tempos, principalmente porque sem a necessidade de um registo fulcral de bilheteira pode arriscar em guiões menos convencionais. Isso foi tentado neste pequeno filme que ganhou alguns festivais da especialidade do fantastico conseguindo avaliaçoes razoaveis. Por sua vez comercialmente a falta de figuras de primeira linha acabou por condicionar em toda a escala o resultado comercial.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo e ambicioso ao permitir que a sua personagem central esteja em diversos planos temporais do mundo e com poderes quase interminaveis torna o filme arrojado mas nem sempre na minha opiniao essa componente acaba por ser suficientemente forte para dar um filme diferente acabando o filme por se baralhar muitas vezes com todas as possibilidades que tem.
Por tudo isto parece-me que Freaks poderia ser um filme negro, envolvente mas que acaba por nao o ser muito por culpa de ser algo confuso nos seus principios ou nao os simplificar para poder dar ao filme o ritmo ou a envolvencia que se pedia, o que torna imediatamente o filme algo deconetado e algo mesmo aborrecido.
Ou seja fica apenas a ideia do caos que o filme consegue implementar na relaçao pai filha e pouco mais, parece-nos que num filme sem a exigencia de bilheteira poderia tornar-se bem mais capaz na comunicaçao com o espetador e tornar-se mais objetivo.
A historia fala de um pai que guarda em casa uma filha com super poderes que é preseguida pelo mundo. COntudo com o crescimento e ao aumentar a curiosidade pelo que esta la fora a busca de respostas começa a tornar um perigo.
No argumento o principio do filme e dificil mas poderia resultar de forma competente se tivessemos um trabalho objetivo. FIca a ideia que o filme é algo parco nessa linha e que o resultado final nem sempre funciona porque o filme nao consegue simplificar certos apontamentos do filme.
Na realizaçao deste filme temos um dupla de realizadores quase desconhecida associada ao sci fi independente que tiveram aqui o seu trabalho mais visivel. COm um filme de poucos meios a realizaçao e simplista e pouco arriscada, mas algum reconhecimento que este filme trouxe pode abrir novas portas no futuro.
Na interpretaçao temos um sempre intenso Dern que tem aproveitados estes ultimos anos para ganhar um conceito ate entao inxeistente. AO seu lado um Hirch que tem ganho algum impacto em termos de cinema independente embora nos pareça longe de ser um ator de primeiro plano.
O melhor - ALguns principios narrativos do filme.~
O pior -Nao conseguir simplificar procedimentos
Avaliação - C
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo e ambicioso ao permitir que a sua personagem central esteja em diversos planos temporais do mundo e com poderes quase interminaveis torna o filme arrojado mas nem sempre na minha opiniao essa componente acaba por ser suficientemente forte para dar um filme diferente acabando o filme por se baralhar muitas vezes com todas as possibilidades que tem.
Por tudo isto parece-me que Freaks poderia ser um filme negro, envolvente mas que acaba por nao o ser muito por culpa de ser algo confuso nos seus principios ou nao os simplificar para poder dar ao filme o ritmo ou a envolvencia que se pedia, o que torna imediatamente o filme algo deconetado e algo mesmo aborrecido.
Ou seja fica apenas a ideia do caos que o filme consegue implementar na relaçao pai filha e pouco mais, parece-nos que num filme sem a exigencia de bilheteira poderia tornar-se bem mais capaz na comunicaçao com o espetador e tornar-se mais objetivo.
A historia fala de um pai que guarda em casa uma filha com super poderes que é preseguida pelo mundo. COntudo com o crescimento e ao aumentar a curiosidade pelo que esta la fora a busca de respostas começa a tornar um perigo.
No argumento o principio do filme e dificil mas poderia resultar de forma competente se tivessemos um trabalho objetivo. FIca a ideia que o filme é algo parco nessa linha e que o resultado final nem sempre funciona porque o filme nao consegue simplificar certos apontamentos do filme.
Na realizaçao deste filme temos um dupla de realizadores quase desconhecida associada ao sci fi independente que tiveram aqui o seu trabalho mais visivel. COm um filme de poucos meios a realizaçao e simplista e pouco arriscada, mas algum reconhecimento que este filme trouxe pode abrir novas portas no futuro.
Na interpretaçao temos um sempre intenso Dern que tem aproveitados estes ultimos anos para ganhar um conceito ate entao inxeistente. AO seu lado um Hirch que tem ganho algum impacto em termos de cinema independente embora nos pareça longe de ser um ator de primeiro plano.
O melhor - ALguns principios narrativos do filme.~
O pior -Nao conseguir simplificar procedimentos
Avaliação - C
Thursday, December 05, 2019
Artic Dogs
A netflix tem adotado em alguns casos uma estrategia algo estranho no que diz respeito à distribuição dos seus produtos. Ora lançou diretamente Klaus no streaming ora optou por uma estrategia completamente diferente para este filme de animaçao muito por culpa do cast de vozes. Contudo este tornou-se um verdadeiro falhanço em todos os sentidos, criticamente foi um dos filmes piores avaliados do ano, sendo que também comercialmente a estrategia falhou com resultados muito fracos, tornando-se no pior resultado de animaçao do ano.
Sobre o filme eu ate confesso que conjeturalmente o filme começa bem, o ambiente gélido permite-lhe ser carinhoso na definiçao do espaço, mesmo que rapidamente percebemos que o filme sera mais tonto do que racional, com algumas personagens a procura de um efeito comico imediato que acabam por nunca conseguir e que por isso o filme fica demasiado absurdo para funcionar. Nao so na ideia dos correios, mas no vilao e mais que isso no humor.
Ou seja em termos de valor de qualidade parece que o filme apenas consegue funcionar no plano estetico ao conduzir as personagens para o artico, aqui o filme consegue ser familiar e principalmente agradavel na sensação de espaço que acaba por desaproveitar com um argumento disparatado que até pode ter uma boa mensagem moral, mas que se perde numa abordagem demasiado ridicularizada do contexto.
Ou seja um filme de animaçao que segue o que de pior se tem feito no que diz respeito a um genero que sofre alguma crise de identidade. Nao deixa de ser curioso a Netflix estar no que de melhor e pior se fez neste terreno, numa abordagem mais concetual e nesta mais comercial.
A historia segue uma raposa do artico que tem como objetivo ser distribuidora de correio trabalho feito por caes fortes, de repente percebe estar no centro de um plano maquiavelico que pode colocar em causa a sobrevivencia da sua localidade.
O argumento do filme parte de um bom valor moral, mas nao o consegue traduzir minimamente num bom filme com boas personagens, um bom argumento nem tão pouco valor comico, por ser excessivo e algo caricaturado, isso acaba por tonar o filme essencialmente mais do mesmo que ja vimos noutros projetos de pouco sucesso na animaçao.
Em termos de realizaçao o filme Aaron Woodley e um realizador com pouco valor de animaçao que aqui ate começa bem na forma como caracteriza esteticamente a cidade onde tudo acontece mas que depois torna-se algo rudimentar. nao nos parece uma grande produçao mas nao e na estetica que o filme perde.
Muito se percebe da qualidade duvidosa de um argumento de animaçao quando a aposta e total nas vozes. Aqui temos atores de primeira linha que encaixam bem nas personagens mas nao conseguem salvar um guião pobre de si.
O melhor - A cidade onde tudo acontesse.
O pior - O humor disparatado
Avaliação - D+
Sobre o filme eu ate confesso que conjeturalmente o filme começa bem, o ambiente gélido permite-lhe ser carinhoso na definiçao do espaço, mesmo que rapidamente percebemos que o filme sera mais tonto do que racional, com algumas personagens a procura de um efeito comico imediato que acabam por nunca conseguir e que por isso o filme fica demasiado absurdo para funcionar. Nao so na ideia dos correios, mas no vilao e mais que isso no humor.
Ou seja em termos de valor de qualidade parece que o filme apenas consegue funcionar no plano estetico ao conduzir as personagens para o artico, aqui o filme consegue ser familiar e principalmente agradavel na sensação de espaço que acaba por desaproveitar com um argumento disparatado que até pode ter uma boa mensagem moral, mas que se perde numa abordagem demasiado ridicularizada do contexto.
Ou seja um filme de animaçao que segue o que de pior se tem feito no que diz respeito a um genero que sofre alguma crise de identidade. Nao deixa de ser curioso a Netflix estar no que de melhor e pior se fez neste terreno, numa abordagem mais concetual e nesta mais comercial.
A historia segue uma raposa do artico que tem como objetivo ser distribuidora de correio trabalho feito por caes fortes, de repente percebe estar no centro de um plano maquiavelico que pode colocar em causa a sobrevivencia da sua localidade.
O argumento do filme parte de um bom valor moral, mas nao o consegue traduzir minimamente num bom filme com boas personagens, um bom argumento nem tão pouco valor comico, por ser excessivo e algo caricaturado, isso acaba por tonar o filme essencialmente mais do mesmo que ja vimos noutros projetos de pouco sucesso na animaçao.
Em termos de realizaçao o filme Aaron Woodley e um realizador com pouco valor de animaçao que aqui ate começa bem na forma como caracteriza esteticamente a cidade onde tudo acontece mas que depois torna-se algo rudimentar. nao nos parece uma grande produçao mas nao e na estetica que o filme perde.
Muito se percebe da qualidade duvidosa de um argumento de animaçao quando a aposta e total nas vozes. Aqui temos atores de primeira linha que encaixam bem nas personagens mas nao conseguem salvar um guião pobre de si.
O melhor - A cidade onde tudo acontesse.
O pior - O humor disparatado
Avaliação - D+
Wednesday, December 04, 2019
Before you Know It
Existe uma serie de autores oriundos do teatro que normalmente tentam os seus projetos cinematograficos a grande parte das vezes interpretadas pelos mesmos. Este pequeno filme foi um desses filmes que compareceu na sempre competente montra de Sundance, com criticas razoaveis embora nao entusiasmantes. Em termos comerciais a falta de figuras de primeira linha acabou por limitar em muito a competencia comercial do filme.
Sobre o filme temos um filme familiar passado no mundo artistico que acima de tudo tenta perceber o que uma dinamica entre irmãs à procura do sucesso. O filme tem demasiadas pontas tipicas deste tipo de filmes independentes, principalmente no que diz respeito à excentricidade quase irrealista das personagens. O filme tenta adquirir um caracter ligeiro que nem sempre parece funcionar porque em termos humoristicos o filme nunca consegue ser empolgante.
Existe um ponto intimista que o filme funciona bem, e na contextualizaçao fisica do teatro de casa das personagens, a degradação, as dificuldades mas ao mesmo tempo o amor à causa estão bem patentes naquele pequeno local, o que torna o filme engraçado, sendo que os momentos passados naquele espaço dao o caracter intimo que é uma boa base para o filme mesmo que nem sempre consiga potenciar com o resto.
Ou seja temos aqui um tipico filme independente, que acaba por ser pouco empolgante, embora tenha bons momentos. Fica a ideia que talvez com outros atores o filme poderia ter sido mais convincente ou mesmo mais trabalhado no que diz respeito ao seu resultado final. Mas e sempre de louvar quando alguem abraça um projeto como este em todas as vertentes.
A historia fala de uma jovem argumentista que vive com o pai, irmã e sobrinha que tenta rentabilizar a peça do seu excentrico pai, o qual acaba por falecer e leva a mesma a ter de encontrar a famosa mãe e restruturar este relacionamento.
Em termos de argumento temos uma historia simples com personagens excentricas do mundo da arte, que acaba por ser algo estranho. E um filme nem sempre equilibrado que conjuga bons momentos com outros claramente menos fortes.
Na realizaçao temos uma boa escolha da residência e do espaço familiar contudo no restante parece-nos um trabalho simples, sem grande brilho, com o caracter intimista que a realizadora parece querer entregar ao filme do primeiro ao ultimo minuto,.
As escolhas para interpretaçao das duas argumentistas funcionam porque da a ideia que ambas vao para onde querem ir, embora com prestações demasiado pessoalizadas. Fica a indicaçao da bela pretação de Mandy Pantikyn, que merece algum destaque no filme.
O melhor - O cenario da casa e do teatro familiar
O pior - Demasiada excentricidade das personagens
AValiação - C
Sobre o filme temos um filme familiar passado no mundo artistico que acima de tudo tenta perceber o que uma dinamica entre irmãs à procura do sucesso. O filme tem demasiadas pontas tipicas deste tipo de filmes independentes, principalmente no que diz respeito à excentricidade quase irrealista das personagens. O filme tenta adquirir um caracter ligeiro que nem sempre parece funcionar porque em termos humoristicos o filme nunca consegue ser empolgante.
Existe um ponto intimista que o filme funciona bem, e na contextualizaçao fisica do teatro de casa das personagens, a degradação, as dificuldades mas ao mesmo tempo o amor à causa estão bem patentes naquele pequeno local, o que torna o filme engraçado, sendo que os momentos passados naquele espaço dao o caracter intimo que é uma boa base para o filme mesmo que nem sempre consiga potenciar com o resto.
Ou seja temos aqui um tipico filme independente, que acaba por ser pouco empolgante, embora tenha bons momentos. Fica a ideia que talvez com outros atores o filme poderia ter sido mais convincente ou mesmo mais trabalhado no que diz respeito ao seu resultado final. Mas e sempre de louvar quando alguem abraça um projeto como este em todas as vertentes.
A historia fala de uma jovem argumentista que vive com o pai, irmã e sobrinha que tenta rentabilizar a peça do seu excentrico pai, o qual acaba por falecer e leva a mesma a ter de encontrar a famosa mãe e restruturar este relacionamento.
Em termos de argumento temos uma historia simples com personagens excentricas do mundo da arte, que acaba por ser algo estranho. E um filme nem sempre equilibrado que conjuga bons momentos com outros claramente menos fortes.
Na realizaçao temos uma boa escolha da residência e do espaço familiar contudo no restante parece-nos um trabalho simples, sem grande brilho, com o caracter intimista que a realizadora parece querer entregar ao filme do primeiro ao ultimo minuto,.
As escolhas para interpretaçao das duas argumentistas funcionam porque da a ideia que ambas vao para onde querem ir, embora com prestações demasiado pessoalizadas. Fica a indicaçao da bela pretação de Mandy Pantikyn, que merece algum destaque no filme.
O melhor - O cenario da casa e do teatro familiar
O pior - Demasiada excentricidade das personagens
AValiação - C
Tuesday, December 03, 2019
Hustlers
Hustlers foi uma das sensações deste Outono no cinema atual, ao misturar o lado mais comercial e fisico de Jennifer Lopes com o sub mundo da prostituição de luxo, numa historia veridica. Criticamente Hustlers foi uma das boas surpresas do ano sendo indicada mesmo como possivel candidato a premios. Comercialmente os resultados tambem foram muito positivos talvez porque a forma fisica de Lopez tenha chamado a atenção.
Sobre o filme podemos dizer que temos alguns momentos bem trabalhados, principalmente nas dinamicas dos clubes noturnos, da ligação entre as mulheres, de algumas sequencias bem realizadas e mais que isso na metafora que aquelas mulheres utilizaram para escolher as suas vitimas. Nestes pontos o filme funciona e acaba por ser interessante na sua comparação.
O problema e que no golpe em si o filme não consegue ter intensidade e mais que isso o filme acaba por deixar morrer o entusiasmo inicil. Tambem na linhagem temporal deveriamos ter mais reflexo do tempo nas personagens o que nao leva o espetador a perceber muito a forma como o tempo foi passando tratando-se nesse particular de um filme algo confuso nestes procedimentos.
COntudo tendo em conta que se trata de um assunto que nem sempre tem a sua atençao, o resultado e positivo, fica a ideia que conseguimos a espaços entrar no mundo destas mulheres e criar empatia, mesmo percebendo o errado de toda a sua atuaçao. O filme vai perdendo força mas e obvio que é muito melhor do que o esperado.
A historia fala de um grupo de mulheres de alterne que depois da crise de 2008 e com dificuldade em vender o seu produto decidem golpear homens da alta sociedade com aliciamento, e drogas para depois gastarem o seu cartao de credito.
Em termos de argumento o filme é basicamente interessante nos seus primeiros momentos, uma introduçao conjetural bem fundamentada, mas no golpe perde esse impacto, muito por culpa do nao crescimento das personagens, mesmo assim um filme arriscado que funciona.
Na realizaçao Scarfia tem aqui o seu filme mais mediatico que vale principalmente pelas sequencias de bar, onde adopta um estilo in loco muito presente, fica a ideia que por vezes poderia ter ido buscar mais irreverencia a outros filmes mas o resultado final funciona.
No cast a lideraçao e entregue a Wu que nos da uma personagem simples, sem grande dificuldade deixando ser LOpez a ter o mediatismo principalmente pelas sequencias de dança, terreno onde se sente bem. Pese embora os louvores parece-me que temos a Lopez de sempre a funcionar onde sempre funcionou
O melhor - A entrada num mundo ainda enigmatico
O pior - A forma como o filme deixa morrer onde deveria ter mais ritmo
Avaliação - C+
Sobre o filme podemos dizer que temos alguns momentos bem trabalhados, principalmente nas dinamicas dos clubes noturnos, da ligação entre as mulheres, de algumas sequencias bem realizadas e mais que isso na metafora que aquelas mulheres utilizaram para escolher as suas vitimas. Nestes pontos o filme funciona e acaba por ser interessante na sua comparação.
O problema e que no golpe em si o filme não consegue ter intensidade e mais que isso o filme acaba por deixar morrer o entusiasmo inicil. Tambem na linhagem temporal deveriamos ter mais reflexo do tempo nas personagens o que nao leva o espetador a perceber muito a forma como o tempo foi passando tratando-se nesse particular de um filme algo confuso nestes procedimentos.
COntudo tendo em conta que se trata de um assunto que nem sempre tem a sua atençao, o resultado e positivo, fica a ideia que conseguimos a espaços entrar no mundo destas mulheres e criar empatia, mesmo percebendo o errado de toda a sua atuaçao. O filme vai perdendo força mas e obvio que é muito melhor do que o esperado.
A historia fala de um grupo de mulheres de alterne que depois da crise de 2008 e com dificuldade em vender o seu produto decidem golpear homens da alta sociedade com aliciamento, e drogas para depois gastarem o seu cartao de credito.
Em termos de argumento o filme é basicamente interessante nos seus primeiros momentos, uma introduçao conjetural bem fundamentada, mas no golpe perde esse impacto, muito por culpa do nao crescimento das personagens, mesmo assim um filme arriscado que funciona.
Na realizaçao Scarfia tem aqui o seu filme mais mediatico que vale principalmente pelas sequencias de bar, onde adopta um estilo in loco muito presente, fica a ideia que por vezes poderia ter ido buscar mais irreverencia a outros filmes mas o resultado final funciona.
No cast a lideraçao e entregue a Wu que nos da uma personagem simples, sem grande dificuldade deixando ser LOpez a ter o mediatismo principalmente pelas sequencias de dança, terreno onde se sente bem. Pese embora os louvores parece-me que temos a Lopez de sempre a funcionar onde sempre funcionou
O melhor - A entrada num mundo ainda enigmatico
O pior - A forma como o filme deixa morrer onde deveria ter mais ritmo
Avaliação - C+
Monday, December 02, 2019
Abominable
A dreamworks parece nos ultimos anos ter desacelerado no que diz respeito a sua produçao de animaçao contudo este ano surgiu mais um projeto proximo de How to train your dragon mas agora com um abominavel homem das neves. Em termos criticos as coisas passaram ainda com alguma modestia tendo em conta o que de melhor se conseguiu no genero. Comercialmente parece que tirando projetos mais continuos a animaçao nao passa pelos melhores dias e este filme teve longe de grande sucesso.
Sobre o filme desde logo temos que valorizar a abertura da animaçao a outros contextos, algo que ja tinha sido efetuado em Big Hero Six e que agora continua pela mao da Dreamworks. O lado cultural e global das personagens e da sua cultura e bem introduzida nos primeiros momentos do filme, algo que devera ser valorizado.
QUando entra na açao em si o filme torna-se muito mais previsivel e vulgar, com uma personagem do imaginario longe de ser muito desenvolvida quer narrativamente mas principalmente tecnicamente o filme depois tem os perceitos morais tipicos dos filmes de animaçao e torna-se mais do mesmo, num terreno que necessita urgentemente de novas formulas.
No final um filme vulgar, que fica a ideia principalmente pelo inicio que poderia ser mais proativo se trabalhasse mais a universalidade cultural. Rapidamente se torna num filme de açao com pouco humor ou curiosidades e isso sao normalmente elementos chaves para fazer a animaçao resultar.
A historia fala de uma jovem que sonha em viajar pela CHina que de repente percebe que no topo do predio onde vive reside uma criatura das neves a quem vai ajudar a regressar a casa contra uma empresa que quer rentabilizar o valor da criatura.
Em termos de argumento o filme na sua genese e mais do mesmo, não sendo a historia de base muito original, trabalhada, acabando por cair sempre na previsibilidade. O inicio e o lado cultural enquanto dura funciona, mas falta alguma graça ao projeto.
Na realizaçao Jill Culton depois de escrever alguns filmes de animaçao tem aqui a sua estreia. Tecnicamente nem sempre me parece um filme feliz ou arriscado. A personagem central merecia mais atributos e sentido estetico e isso diminui o poder central do filme.
No cast de vozes pouco ou nada a registar. Figuras quase desconhecidas com o sotaque oriental para contextualizar o filme e pouco mais. Apenas Poulson como vila mas numa personagem com pouco carisma para a voz se fazer notar.
O melhor - O inicio cultural do filme.
O pior - O design da personagem
Avaliação - C
Sobre o filme desde logo temos que valorizar a abertura da animaçao a outros contextos, algo que ja tinha sido efetuado em Big Hero Six e que agora continua pela mao da Dreamworks. O lado cultural e global das personagens e da sua cultura e bem introduzida nos primeiros momentos do filme, algo que devera ser valorizado.
QUando entra na açao em si o filme torna-se muito mais previsivel e vulgar, com uma personagem do imaginario longe de ser muito desenvolvida quer narrativamente mas principalmente tecnicamente o filme depois tem os perceitos morais tipicos dos filmes de animaçao e torna-se mais do mesmo, num terreno que necessita urgentemente de novas formulas.
No final um filme vulgar, que fica a ideia principalmente pelo inicio que poderia ser mais proativo se trabalhasse mais a universalidade cultural. Rapidamente se torna num filme de açao com pouco humor ou curiosidades e isso sao normalmente elementos chaves para fazer a animaçao resultar.
A historia fala de uma jovem que sonha em viajar pela CHina que de repente percebe que no topo do predio onde vive reside uma criatura das neves a quem vai ajudar a regressar a casa contra uma empresa que quer rentabilizar o valor da criatura.
Em termos de argumento o filme na sua genese e mais do mesmo, não sendo a historia de base muito original, trabalhada, acabando por cair sempre na previsibilidade. O inicio e o lado cultural enquanto dura funciona, mas falta alguma graça ao projeto.
Na realizaçao Jill Culton depois de escrever alguns filmes de animaçao tem aqui a sua estreia. Tecnicamente nem sempre me parece um filme feliz ou arriscado. A personagem central merecia mais atributos e sentido estetico e isso diminui o poder central do filme.
No cast de vozes pouco ou nada a registar. Figuras quase desconhecidas com o sotaque oriental para contextualizar o filme e pouco mais. Apenas Poulson como vila mas numa personagem com pouco carisma para a voz se fazer notar.
O melhor - O inicio cultural do filme.
O pior - O design da personagem
Avaliação - C
The Irishman
Desde que foi anunciado este projeto que se percebeu que se trataria do maior lançamento de sempre de uma companhia de streaming, desde logo por todos os envolvidos, mas mais que isso porque seria o primeiro grande acontecimento a ser potenciado ao maximo por uma aplicaçao de streaming sendo facil prever que nada depois deste filme sairia igual. A critica venerou o novo trabalho de Scrocese que apelidou como um regresso ao cinema que ele mais gosta. Comercialmente em termos da estreia as coisas nao foram brilhantes mas tudo aponta que se torne rapidamente num dos objetos mais vistos da netflix.
SObre o filme podemos dizer que regressamos a um dos conceitos onde Marty se sente mais a vontade e onde temos aquilo que fez dele um dos maiores cineastas de todos os tempos. Os dialogos, a forma como entra dentro das dinamicas da mafia nova iorquina o sublime da realiaçao, e inegavel que o filme tem qualidade. Mas tambem tem defeitos principalmente quando comparado com os melhores filmes do genero, o maior deles e nao ter ritmo suficiente para aguentar uma duraçao demasiado longa, e isso reflete-se muito no resultado final do filme.
Parece-nos que de muitos filmes que poderiam marcar esta colaboraçao Irishman nao e o mais feliz para ser visto em streaming pois e lento e mais que isso longo, e os elementos distratores de uma casa influenciam algum desligar do espetador, que regressa nos momentos em que as cenas vao ao que de melhor Marty sabe fazer, mas isso nao esta sempre presente.
Ou seja mesmo sendo um bom e completo filme de mafia, esta longe do que de melhor Marty ou mesmo outros fizeram. Fica o saudosismo de percebermos como De niro e Pesci funcionam bem juntos e com um Pacino que encaixa perfeitamente no registo, mas ao mesmo tempo fica com a ideia que a duraçao do filme e uma presunçao do realizador que nao lhe saiu perfeitamente.
A historia fala de uma camionista que rapidamente se torna num homem de mao da mafia americana aproximando-se de Hoffa e da forma como este quer controlar um dos sindicatos mais importantes da historia.
No argumento temos dialogos de primeira linha com o simbolismo e ironia do que de melhor se faz em Hollywood. Contudo mesmo neste particular o filme nao consegue sempre manter este nivel, tornando-se algo repetitivo nas personagens e isso acaba por adormecer o ritmo.
A realizaçao de Scrocese e imponente, temos sequencias perfeitas e originais temos outras que nem tanto. Fica a ideia que num filme com esta duraçao era fundamental nao adormecer o filme e isso nem sempre e conseguido.
No cast eu confesso que gostei particularmente da ausencia presente de De Niro, nao sendo um papel brilhante parece-me consistente e de longe o melhor que tem feito nos ultimos anos. Pacino tem o papel mais vistoso, e Pesci demonstra que e dos melhores neste tipo de registo.
O melhor - O cast
O pior - A duraçao tendo em conta o ritmo algo lento
Avaliação - B
SObre o filme podemos dizer que regressamos a um dos conceitos onde Marty se sente mais a vontade e onde temos aquilo que fez dele um dos maiores cineastas de todos os tempos. Os dialogos, a forma como entra dentro das dinamicas da mafia nova iorquina o sublime da realiaçao, e inegavel que o filme tem qualidade. Mas tambem tem defeitos principalmente quando comparado com os melhores filmes do genero, o maior deles e nao ter ritmo suficiente para aguentar uma duraçao demasiado longa, e isso reflete-se muito no resultado final do filme.
Parece-nos que de muitos filmes que poderiam marcar esta colaboraçao Irishman nao e o mais feliz para ser visto em streaming pois e lento e mais que isso longo, e os elementos distratores de uma casa influenciam algum desligar do espetador, que regressa nos momentos em que as cenas vao ao que de melhor Marty sabe fazer, mas isso nao esta sempre presente.
Ou seja mesmo sendo um bom e completo filme de mafia, esta longe do que de melhor Marty ou mesmo outros fizeram. Fica o saudosismo de percebermos como De niro e Pesci funcionam bem juntos e com um Pacino que encaixa perfeitamente no registo, mas ao mesmo tempo fica com a ideia que a duraçao do filme e uma presunçao do realizador que nao lhe saiu perfeitamente.
A historia fala de uma camionista que rapidamente se torna num homem de mao da mafia americana aproximando-se de Hoffa e da forma como este quer controlar um dos sindicatos mais importantes da historia.
No argumento temos dialogos de primeira linha com o simbolismo e ironia do que de melhor se faz em Hollywood. Contudo mesmo neste particular o filme nao consegue sempre manter este nivel, tornando-se algo repetitivo nas personagens e isso acaba por adormecer o ritmo.
A realizaçao de Scrocese e imponente, temos sequencias perfeitas e originais temos outras que nem tanto. Fica a ideia que num filme com esta duraçao era fundamental nao adormecer o filme e isso nem sempre e conseguido.
No cast eu confesso que gostei particularmente da ausencia presente de De Niro, nao sendo um papel brilhante parece-me consistente e de longe o melhor que tem feito nos ultimos anos. Pacino tem o papel mais vistoso, e Pesci demonstra que e dos melhores neste tipo de registo.
O melhor - O cast
O pior - A duraçao tendo em conta o ritmo algo lento
Avaliação - B
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