Os remakes estão na moda em Hollywood, quer dos maiores sucessos quer dos filmes que acabaram por ganhar algum mediatismo com o passar do tempo. Um desses miticos filmes foi sem duvida Ben Hur, um filme apetecivel de remodelar, principalmente tendo em conta a inovação tecnoclogica entretanto desenvolvida. O corajoso Bekmambetov com uns resultados completamente desastrosos desde o ponto de vista critico com avaliações essencialmente negativas quer comercialmente onde a produção carissima do filme resultou num desastre no box office.
Sobre o filme confesso que a ideia de fazer um remake de ben-hur me pareceu desde logo disparatada, porque o primeiro filme está muito presente em todos nós pela forma como já foi transmitido inumeras vezes na televisão, e porque é um classico do cinema, dai que uma adaptação de um filme com estes atributos apenas poderia ser feita com algo de novo, algo que o filme nunca consegue, para além de alguma competência tecnica registada com go pro, na base o filme é repetitivo e nem sempre com os melhores executores.
Alias o unico ponto onde o filme poderá funcionar é no obvio da tecnologia, ou não fosse um filme com uma produçao milionária, depois varios erros em diversos pontos, desde logo no cast, recheado de atores em principio de carreira e ainda sem carisma para suportar um filme como este, o facto do argumento que muito pese teve no passado ja ter sido diversas vezes adaptado em diversas vertentes e por fim a caracterização fisica das personagens, com erros que nos fazem pensar do profissionalismo principalmente do guarda roupa.
E para um filme tão tecnico como este, estreado no verão para grandes audiencias o resultado é claramente insatisfatorio, mesmo que a historia facil e conhecida permita um entertenimento rápico, com a velha semântica da vingança que nos junta sempre ao ecrã, certo é que quando nos debruçamos sobre aspeto a aspeto do filme encontramos muitos problemas e muitas deficiencias para um filme de primeira linha produtiva de hollywood.
A história e a conhecida de Ben-Hur dois irmãos adotivos que cresceram juntos que por motivos de diferença de religião se encontram em dois lados diferentes de um conflito que acaba por por em questão a amizade transformando-a numa rivalidade.
O argumento é conhecido e no filme pouco ou nada é inovado, claro que num filme com este peso alterar o que quer que seja é preocupante, mas num filme como este e principalmente por alguma dasatualização da historia ficaria melhor e com mais impacto alguma alteração.
Na realização o Bekmambetov, o realizador russo que já nos tinha trazido Wanted, tem claramente mérito pela grandiosidade produtiva do filme mas claramente demérito por algumas escolhas e algumas falhas em termos produtivos, impensáveis num filme com esta dimensão. Ele que desde Wanted não conseguiu retomar o caminho para o sucesso.
Em termos de cast muitos erros de palmatoria, um filme com esta dimensão só podia ser seguro por protagonistas consagrados e não um Houston que até cortar o cabelo está longe de ser simbolo de qualquer virilidade, por um Kebbell que coleciona filmes onde parece sempre a mesma personagem, e por um Morgan Freeman rastaman sem grande sentido. Parece-me que é no cast que o filme começa a perder dimensão.
O melhor - O entertenimento está lá.
O pior - Falhas de produção de um amadorismo inconcebível.
Avaliação - C-
Tuesday, November 29, 2016
Monday, November 28, 2016
Almost Christmas
Produtores, atores e
realizadores afro americanos de uma segunda linha do cinema americano
têm de estar muito contentes com o facto de Tyler Perry ter criado
uma industria de cinema só nesta comunidade cada vez maior e
influente em Hollywood. Este ano por parte de um dos seus executores
surgiu um filme simples de natal, com resultados criticos mediano o
que até acaba por ser bom para o genero, já comercialmente as
coisas correram bem com campanhas com limites sempre bem definidos.
Filmes sobre familias
reunidos e os conflitos acesos no Natal é algo que sempre foi comum
há decadas com resultados normalmente semelhantes ou seja filmes com
pouco alcance, esteriotipados mas que servem de warm up para o
espirito natalicio. Este filme e em termos narrativos mais do mesmo,
conflitos familiares, muitos deles so porque sim, conflitos que
parecem arruinar todo o natal salvo pelo gongo. E se aqui o filme é
igual a muitos outros o filme perde em termos de espirito natalicio.
Aqui penso que o filme podia ser mais trabalhado, mas sequencias de
mesa, de noite de frio, muitas das vezes apenas um ou outro efeito
separa o filme de qualquer outra reunião de familia.
Outro dos pontos que
muitas vezes o filme nem sempre funciona e na forma como tenta gerir
o lado dramático e equilibrá-lo com o lado mais comico, parece que
tem sempre mais força o lado dramatico, mesmo que o filme por vezes
esqueça vertentes como a dos medicamentos do jogados ou mesmo a
forma como personagens em conflito desaparecem sem resolução, nesse
particular parece um filme pouco trabalhado e algo imaturo, mesmo que
me pareça que nos conflitos o filme funciona melhor do que na pouca
graça que tem.
Ou seja um filme de
natal, igual a muitos outros, com um espirito positivo de familia,
com alguns ingredientes embora com muitos outros em falta, de um
estilo de cinema em expansao mas que ainda falta um grande filme que
seja simbolo do mesmo.
A historia fala de
quatro irmãos que se deslocar a terra natal de forma a passarem o
natal com o pai, depois da morte da mãe, com muitos conflitos
latentes quer entre eles, quer individualmente os cinco dias serão
mais que um teste a familia.
Em termos de argumento
temos um filme de espetro curto, ou seja um filme com objtivos muito
diretos, nem sempre muito trabalhado e um equilibrio de generos pouco
interessante. Tambem em personagens e em dialogos mais do mesmo.
No que diz respeito a
realizaçao, um filme como este pede espirito natalicio, e nem sempre
Talbert consegue ter, talvez no fim com a luz, já que grande parte
do tempo me parece um filme demasiado claro e cujas circunstancias
poderiam ser diversas. Num filme como este tudo poderia ser mais
trabalhado para espirito natalicio.
Este tipo de filmes tem
lançado as suas proprias figuras como Gabriel Union, Omar Epps,
entre outros, sao filmes pouco exigentes normalmente tipico de
telenovelas, mas que preenchem carreiras menores com algum interesse.
Do lado dos consagrados um Glover completamente fora de forma, e uma
Monique que depois do oscar não se dedicou a uma carreira de cinema
que poderia ser interessante.
O melhor – O
sentimento familiar
O pior – O
esteriotipo ligeiramente mais vazio em termos de espirito natalicio
Avaliação - C
Saturday, November 26, 2016
Fantastic Beasts Where to Find Them
Depois do sucesso
univesrsal que se tornou Harry Potter quer na literatura quer no
cinema, era obvio que JK Rowling teria de rentabilizar este produto
principalmente no seu universo. Dai que não estranhou esta prequela
bem longinqua com novas personagens e algumas que a espaços tinham
entrado na serie mais rentavel do cinema. Para o primeiro filme
podemos desde logo dizer que criticamente os resultados foram
proximos com avaliações essencialmente positivas. Comercialmente as
dificuldades foram maiores pese embora os bons resultados
principalmente por não ter as figuras mais mediaticas e o
paralelismo com a saga do pequeno feiticeiro não ser tão obvia.
Sobre o filme eu
confesso que no final os filmes Harry Potter conseguiram dar a magia
dos livros e isso so e possivel devido a uma excelente produçao que
foi colecionando filmes interessantes, uns mais que outros. Neste
filme temos o mesmo espirito pese embora num contexto diferente os
EUA, por outro lado temos muita dificuldade na introdução do filme,
não so as personagens não sao logo interessantes, como o filme
deixa-se adormecer numa primeira hora de cinema demasiado lento.
Confesso que ao
intervalo pensei que era um total despredicio de tempo, muito por
culpa de uma personagem central cheia de tiques que me faz questionar
se Redmayne não consegue fazer personagens sem tiques constantes e
até exagerados. Mas na segunda parte o filme consegue ser mais
intenso, consegue ser mais abrangente e abrir um espetro quem sabe
para uma saga mais longa com uma questão politica clara e salva um
pouco um filme que inicialmente estava a ser demasiado enfadonho para
um produçao para diversos publicos alvo.
No final saimos com uma
clara noçao que o filme vai do menor ao mais, que mesmo assim ainda
fica longe dos melhores Harry Potter, que as personagens terão bem
mais dificuldade de se sublinhar junto do espetador e que
provavelmente vamos ter na base um filme bem mais maduro e para
adultos do que Harry Potter. Mas parece-me que a amostra poderia ter
ficado muito condicionada por uma primeira hora de um filme
narrativamente confuso e sem chama.
A historia fala de um
feiticeiro que se desloca a Nova Iorque acompanhado de uma pasta
cheia de criaturas estranhas que acabam por se libertar e criar o
panico numa cidade que ainda não vive enraizada com os magicos.
O argumento do filme
tem diversos momentos uma primeira parte desorganizada, confusa, que
não introduz o melhor das personagens e uma segunda parte mais
capaz, que lança um debate interessante e maduro, e que consegue
mais caracteristicas relacionadas com filmes para grande publico,
como acção e sentido de humor.
Yates e o realizador
natural deste filme depois de ter concluido os ultimos quatro filmes
de Harry Potter, aqui consegue dar o contexto ideal, trabalhando como
sempre fez, bem como os efeitos de ponta. Assim como aconteceia com a
maioria dos Harry Potter o filme perde principalmente por faltar
alguma assinatura.
Sobre o cast, parece-me
que é um filme onde as personagens são demasiado caricaturas
demasiado presas a tiques muitas vezes sem sentido, tendo maior
dimensão na personagem central que chega a ser irritante a forma
dela andar e falar. DO lado dos vilões quer Miller quer Farrel estão
longe de ter qualquer tipo de dimensão num filme que exigia mais
impacto nas intepretações.
O melhor – A forma
como lança o debate da forma como convivem duas realidades
O pior – A primeira
hora enfadonha de cinema sem chama
Avaliação - C+
Sunday, November 20, 2016
Hell or High Water
Existem pequenos filmes
que pouca expetativa lançam em termos comerciais, mas que
impulsionados por boas recepções criticas acabam por se tornarem
maiores. Isto poderá ser o caso deste pequeno filme que estreou
silenciosamente em Agosto, mas que devido a uma excelente recepção
critica e uma interessante carreira comercial, surge agora em algumas
listas como candidato aos premios em algumas categorias, mesmo sendo
claramente um filme mais pequeno, certo é que na corrida já se
encontra e isso pode já ser considerado meritório.
Se existe critica que
normalmente ocorre aos Western e a forma como tudo é demasiado serio
ou violento, na forma como repete os temas a abordar. Pois bem este
filme, mesmo contemporaneo aborda o interior americano com todas
essas caracteristicas mas dota a historia de personagens tão
interessantes e tão diferentes que torna cada momento como uma boa
recepção de bom cinema e de bom argumento, não precisa nunca de
ter uma historia completamente diferente ou de ser original na base
quando no seu conteudo e cada cena e potenciada ao maximo pelo
carisma e caracteristicas da maioria das personagens e pelos dialogos
de primeira linha em Hollywood.
Isso pode não chegar
para grandes premios que normalmente valorizam bases mais fortes do
que a velha historia dos policias e ladrões, mas este e o tipo de
filme que demonstra que mesmo historias de base conhecidas podem ser
potenciadas caso exista força e creatividade nos diferentes momentos
do filme, e nesse balanço o filme é muito interessante já que é
engraçado quando o tem que ser, e é muitas vezes é o western duro
na sua essencia e por isso é claramente um dos filmes mais
surpreendentes pela positiva do ano.
Mas em termos de brilho
não podemos esquecer a excelente banda sonora composta por Nick Cave
que da o contexto ideal de um interior parado no tempo e mais que
isso na forma como cada preseguição se torna mais carismatica. Ou
seja um western bem montado nas bases e requintados com atributos de
argumento de primeira linha.
A historia fala de dois
irmãos assaltantes de banco com um proposito definido que começam a
ser investigados por dois policias locais, tendo em vista a captura
do duo que causa o terror nas cidades do texas profundo.
Em termos de argumento
como já disse não temos uma historia de base particularmente
diferente, ou um filme com uma essencia sublinhada de primeira linha.
Mas a forma como potencia uma historia comum em mais de hora e meia
de dialogos impontentes que fazem crescer personagens e com um
sentido de humor de primeira linha, faz deste argumento algo a ter em
conta em termos de premios.
Na realizaçao Mckenzie
tem aqui o seu filme mais mediatico pese embora já anteriormente
tenha chamado a atençao da critica em filmes menores, aqui sabe
perfeitamente o que o filme lhe pede, o lado wild do territorio, o
lado duro, de um realizador que tem um bom trabalho de western
profundo abrilhantado pela banda sonora. A ter em conta no futuro.
No cast excelentes
interpretaçoes quer de Foster quer de bridges, eu particularmente
gosto mais do papel do primeiro do que do segundo, embora seja mais
facil gostar do segundo. Foster e um camalião a cada filme pode dar
vertentes diferentes e sempre com uma intensidade tremenda, merecendo
já outro tipo de destaque em Hollywood. Já Bridges quando os filmes
vão para o contexto de interior movimenta-se como uma luva. No
protagonismo Pine melhor que o usual mas ofuscado pela companhia.
O melhor – Os
dialogos de um argumento de primeira linha
O pior – A historia
de base poderia ter mais sumo
Avaliação - B+
Life on the Line
Existe fases de
carreiras de actores que conseguiram muito mediatismo que não é
facil de lidar, não só pelas controversias de quem está mais longe
do sucesso mas acima de tudo pela dificuldade em continuar a ser
protagonista de filmes de primeira linha. Essa e a fase em que se
encontra neste momento John Travolta colecionando filmes de serie B.
Este é mais um que apenas um ano depois conseguiu estrear em alguns
cinema nos EUA com um anonimato complexto e mais um desastre critico
a somar a muitos outros que o ator vai colecionando nos ultimos anos.
Este é claramente um
daqueles filmes que percebemos que defende uma causa nobre, ao
homenagear os trabalhadores das linhas eletricas e os perios
inerentes à sua profissão e é de louvar os ultimos dois minutos de
imagens que o filme entrega no fim de forma a dar propaganda a
instituições de apoio as familias das vítimas, e nisso e uma vez
que nem sempre é olhada como uma profissao de grande risco o filme
tem claramente um valor social assinlável.
Mas os pontos positivos
do filme acabaram por aqui já que em termos de filme em sí é um
autentico desastre a todos os niveis, desde logo narrativamente onde
as personagen agem sem grande lógica onde mudam de opinião de
minuto a minuto, sem qualquer consistência e mais que isso sem
qualquer fio condutor, muito do que vimos não tem razão de ser e o
que vem a seguir ainda pior. Temos filosofias de vida dos anos 50
como a defesa da mulher nascida para casar e mais que isso temos
momento em que determinadas personagens mudam de opinião minuto apos
minuto, tornando o filme completamente inarrável em diversos
setores.
Mas não se fica pelo
argumento a forma como o filme nunca funciona, em termos de
realizaçao o filme insiste em nos dar modificações do ceu, a
prespetivar mudanças climatéricas totalmente formadas digitalmente,
o que não só é mal feito como demonstra muita da pregiça que esta
inerente a todos os preceitos do filme. Neste momento exigimos muito
mais para um filme que estreia ainda que em poucos cinemas.
A historia fala de um
trabalhador de linhas eletricas que cuidou da sobrinha, cujo pai
morreu num desastre elétrico. Numa altura em que esta tenta escolher
entre a familia e a profissao, uma nova tempestade acaba por exigir
um risco na sua profissao.
Em termos de argumento
e não colocando de lado o valor de alerta e social do filme para com
esta classe, como filme o argumento é pessimo em todos os sentidos,
na construção e desenvolvimento das personagens, na forma como
estas se alteram, na falta de um plano global e numa história cheia
de cliches de domingo à tarde, penso que não existe espaço na
primeira linha de argumentos para filmes como este.
Na realização um
desastre igual Hackl não e uma figura de referência do cinema e por
este caminho vai continuar no direto para aluguer, a insistência em
sequencias de ceu digitalmente mal criadas é dos piores apontamentos
que recentemente vi num filme filme e isso é claramente pessimo.
No cast Travolta nunca
foi um actor com recursos de primeira linha pese embora esteja ligado
a grandes filmes. Nos ultimos anos e muito pela sua estranha
aparência fisica tornou-se ainda mais limitado em termos de
expressão, e neste filme tudo é ainda mais potenciado por uma
caracterização e uma construção de um papel que não ajuda.
Bosworth mesmo tendo também ela muitas dificuldades não parece tão
mal
O melhor – O valor
social dos ultimos dois minutos.
O pior – As
persoangens e as suas mutações constantes e sem razão.
Avaliação - D
Saturday, November 19, 2016
Hacksaw Ridge
Demorou dez anos o
regresso de Mel Gibson à realização depois de um período de
interregno depois de duas obras controversas mas que vincaram o seu
caracter controverso. Depois desta paragem Gibson apostava numa
história mais convencional para todo o público, pese embora insista
no tema da religião. A expetativa resultou já que comercialmente e
pese embora o filme não tenha estreado em tantos cinemas os
resultados foram sustentados. Por seu lado criticamente foi bem
recebido nas primeiras visualizações, contudo poderá ser
insuficiente para lançar o filme nas nomeaçoes aos oscares mas o
futuro o dirá.
Gibson tem algumas
caracteristicas bem vincadas como realizador que o tornam bastante
singular, principalmente na crueldade e realismo das sequencias mais
violentas, e neste filme temos essa assinatura bem vincada em algumas
das mais realistas, duras e intensas cenas de batalha dos ultimos
tempos, e nisso o filme é imperial, marcante e eleva-o para o topo
dos filmes de guerra, ou não fosse o filme realizado por alguem tão
prefecionista como Mel Gibson.
Pelo lado negativo
quando se fala de um filme baseado em historia real espera-se um
filme dual, um filme complexo e nisso o filme não consegue ser acaba
sempre por ter uma abordagem para grande publico, simpatica com a
personagem, tornando muitas vezes o filme mais de um heroi de acçao
do que propriamente uma adaptaçao da realidade, eu compreendo que
realizadores a procura de um espaço tenham este tipo de abordagem
extremamente cinematografica da historia com truques esteriotipadas,
como o mau que vira bom, ou como o salvo pelo gongo, mas num
realizador como Gibson e depois do realismo das imagens existe
diversas sequencias de cinema puro de ficção que não ficam bem
neste tipo de adaptaçoes.
Mesmo assim o realismo
de Gibson e a força das suas imagens prevalece perante estes
defeitos e o resultado é um filme competente de grande impacto, onde
mesmo na fase inicial Gibson consegue tornar o filme descontraido
como dando um relaxante para o que vem a seguir e nisso Gibson e
experiente na procura do publico. O filme consegue ter humor e
intensidade mas por vezes é demasiado Hollywoodesco na tentativa de
fortalecer uma personagem que pelo feito já seria forte.
A historia fala em toda
a vida de um jovem objetor de consciencia que tudo faz para ir
defender os EUA na segunda guerra mundial no Japao. E no campo de
batalha os seus feitos em salvar da morte diversos colegas de guerra
sempre recusando empunhar qualquer arma de fogo.
Em termos de argumento
parece obvio que a historia de base e de primeira linha, contudo a
adaptação parece.me demasiado standartizada naquilo que funciona em
filmes de acção americanos, e isso faz o realismo e o inspirado em
factos reais nem sempre nos convencer com a sua autenticidade,
principalmente na caracterização das personagem principal.
Se existe algo que
sabemos que Gibson é, é bom realizador e a forma com consegue
construir realismo e força nas imagens é algo que absolutamente
esta comprovado e neste filme faz novamente num genero que não tinha
abordado como a guerra contemporaneo. Claramente a grande mais valia
do filme.
Em termos de cast temos
um terreno agridoce, mesmo na construção de Garfield, se existe
momentos em que o actor consegue uma intencidade e uma autenticidade
de primeira linha, por outro lado por vezes falta-lhe realismo,
talvez por alguma ma construçao ou exagero na definiçao da
personagem. Parece sempre mais confortavel nas exigencias fisicas do
papel do que propriamente no seu nivel mais dramatico. Nos restantes
boa escolha de Weaving o melhor papel do filme, e claramente um erro
de casting em Vaugh o filme pede outro tipo de actor, e a sua ironia
descontrai o filme mas muitas vezes é exagerada.
O melhor – A
realizaçao de Gibson
O pior – A forma como
quiseram tornar as caracteristas e as motivações da personagem um
exagero demasiado cinematografico
Avaliação - B
Friday, November 18, 2016
Bastille Day
Existe filmes que todas as conjecturas até poderiam conduzir a um sucesso mas que um simples acontecimento muda tudo. Isso foi o que aconteceu a esta produção europeia que teve a infelicidade de estrear um dia antes de um ataque terrorista em França concretamente no dia da Bastilha. Isso fez com que o filme acabasse por ser atrasado e não fosse um tema bastante interessante para o publico. Talvez por isso apenas meses depois e em cinemas seleccionados o filme estreou nos EUA com resultados que aparentemente serão curtos. Em termos comerciais a mediania típica de um filme de acção.
Sobre o filme podemos desde logo dizer que o facto de ser um filme de terrorismo incomum em que tais ato são uma manobra de contra terrorismo acaba por o diferenciar pelo menos na base da maioria dos filmes semelhantes. Para alem desse facto, o centrar de atenção num pais europeu também altera um pouquinho as bases usuais deste tipo de filme de acção.
Mas a novidade acaba-se por ai, depois torna-se num estereotipado e nem sempre interessante filme de acção, com as típicas traições e os bons americanos, algo que me surpreende principalmente sendo uma produção TF1, sequências de luta e de acção pouco espectaculares e quase sempre demasiado previsíveis, e uma ou duas tiradas de humor em personagens completamente uni dimensionais não chegam para elevar o filme para outro patamar de entretenimento. O resultado é o típico filme de domingo à tarde muito próximo de outros filmes que vão direitos para aluguer com outros protagonistas.
Quanto ao paralelismo com a realidade o filme tem pouco, nunca se trata de atos terroristas religiosos mas sim um fundamentalismo criado nas sociedades orientais e nisso o filme é original e alerta para essa possibilidade. Parece sempre um filme muito mais bem escrito do que concretizado demonstrando ainda existir diferenças na forma como um filme de ação pode atingir certa complexidade e estrutura em produções mais hollywoodescas e a dificuldade que ainda tem em produções europeias.
A historia fala de de carteirista que de repente se vê envolvido num ataque terrorista e nesses momentos começa a ser investigado por um agente do CIA que tenta descobrir a origem do referido ataque.
No que concerte ao argumento podemos dizer que a estrutura do filme principalmente na forma como enreda o ataque e os seus autores temos alguma originalidade no filme, na concretização nem tanto, o filme parece demasiado estereotipado, pouco complexo com situações de humor colocas à pressa, fica a ideia de que com a base do filme e algo mais pensado e racional poderia sair um bom filme de ação.
Na realização James Watkins surpreendeu-me pela positiva em terror com a sua mulher de negro. Aparentemente os filmes de acção são mais fáceis de entusiasmar mas neste caso parece-me claramente menos interessante o seu trabalho, muito previsível, muito colado com o que já fizeram na saga Taken, o filme acaba por neste aspecto não ter qualquer elemento diferenciador para um realizador que anteriormente tinha criado uma expectativa positiva à sua volta.
O filme tem alguma inteligência na escolha dos atores, Elba está em boa forma e com um bom conceito comercial, funcionando bem como herói de ação, e Madden é um produto da famosa Guerra dos Tronos. Contudo se o primeiro já demonstrou atributos de um ator completo, aqui o filme nada lhe pede do que carisma e disponibilidade física o que é fácil para ele, mesmo sendo óbvio que se trata de uma das personagens mais desinteressantes que lhe foi dada. Madden não parece ter tantos recursos para alem de principal em filmes pouco exigentes.
O melhor - A forma como o argumento nos dá uma nova versão do terrorismo.
O pior - O filme ser sempre demasiado previsível e estereotipado
na sua concretização.
Avaliação - C
Sobre o filme podemos desde logo dizer que o facto de ser um filme de terrorismo incomum em que tais ato são uma manobra de contra terrorismo acaba por o diferenciar pelo menos na base da maioria dos filmes semelhantes. Para alem desse facto, o centrar de atenção num pais europeu também altera um pouquinho as bases usuais deste tipo de filme de acção.
Mas a novidade acaba-se por ai, depois torna-se num estereotipado e nem sempre interessante filme de acção, com as típicas traições e os bons americanos, algo que me surpreende principalmente sendo uma produção TF1, sequências de luta e de acção pouco espectaculares e quase sempre demasiado previsíveis, e uma ou duas tiradas de humor em personagens completamente uni dimensionais não chegam para elevar o filme para outro patamar de entretenimento. O resultado é o típico filme de domingo à tarde muito próximo de outros filmes que vão direitos para aluguer com outros protagonistas.
Quanto ao paralelismo com a realidade o filme tem pouco, nunca se trata de atos terroristas religiosos mas sim um fundamentalismo criado nas sociedades orientais e nisso o filme é original e alerta para essa possibilidade. Parece sempre um filme muito mais bem escrito do que concretizado demonstrando ainda existir diferenças na forma como um filme de ação pode atingir certa complexidade e estrutura em produções mais hollywoodescas e a dificuldade que ainda tem em produções europeias.
A historia fala de de carteirista que de repente se vê envolvido num ataque terrorista e nesses momentos começa a ser investigado por um agente do CIA que tenta descobrir a origem do referido ataque.
No que concerte ao argumento podemos dizer que a estrutura do filme principalmente na forma como enreda o ataque e os seus autores temos alguma originalidade no filme, na concretização nem tanto, o filme parece demasiado estereotipado, pouco complexo com situações de humor colocas à pressa, fica a ideia de que com a base do filme e algo mais pensado e racional poderia sair um bom filme de ação.
Na realização James Watkins surpreendeu-me pela positiva em terror com a sua mulher de negro. Aparentemente os filmes de acção são mais fáceis de entusiasmar mas neste caso parece-me claramente menos interessante o seu trabalho, muito previsível, muito colado com o que já fizeram na saga Taken, o filme acaba por neste aspecto não ter qualquer elemento diferenciador para um realizador que anteriormente tinha criado uma expectativa positiva à sua volta.
O filme tem alguma inteligência na escolha dos atores, Elba está em boa forma e com um bom conceito comercial, funcionando bem como herói de ação, e Madden é um produto da famosa Guerra dos Tronos. Contudo se o primeiro já demonstrou atributos de um ator completo, aqui o filme nada lhe pede do que carisma e disponibilidade física o que é fácil para ele, mesmo sendo óbvio que se trata de uma das personagens mais desinteressantes que lhe foi dada. Madden não parece ter tantos recursos para alem de principal em filmes pouco exigentes.
O melhor - A forma como o argumento nos dá uma nova versão do terrorismo.
O pior - O filme ser sempre demasiado previsível e estereotipado
na sua concretização.
Avaliação - C
Thursday, November 17, 2016
Don't Think Twice
Se existe um tipo de
hollywood e normalmente o genero da comedia gosta de homenagear é o
precurso até ao sucesso de um comediante. Neste filme temos a
comedia de improviso sempre com a ambiçao do sucesso. Talvez por
isso este filme mesmo sem figuras pelo menos no cinema de primeira
linha tenha obtido excelentes avaliações, na forma como da imagem a
muitos grupos de teatro em Nova Iorque e a forma como todos
ambicionam o mesmo. E obvio que uma comedia, ainda para mais não
declarada tem alguma dificuldades quando não tem nenhuma figura de
montra mas mesmo assim para as ambições dos filmes os resultados
foram sustentados.
Uma das coisas que eu
gosto nos filmes é quando eles entram em mundos ou realidades das
quais conhecemos pouco, como o teatro de comedia em Nova Iorque e as
lutas e as formas, e nisso o filme e interessante na forma como
descreve o grupo de teatro, com as suas rotinas, com o seu estilo e
principalmente com as suas limitações, e nisso é um filme maduro,
que nunca procura a gargalhada fácil embora seja uma comedia. Parece
muitas vezes levar o tema a serio tornando-se num filme muitas vezes
mais dramatico do que comico, o que não é facil pela forma como o
filme facilmente poderia ir noutro sentido e acaba por ser nesta
escolha que o filme em termos de resultado final funciona.
Claro que se vamos
procurar uma comedia de gargalhada facil, ou se vamos a espera do
estilo de humor de keegan-Michael Key saimos defraudados pelo filme,
que tem um estilo muito mais pausado, muito mais vertido nos dialogos
do que propriamente numa comedia mais fisica, embora por vezes a
utilize principalmente em espetaculos, e nisso o filme consegue ao
mesmo tempo ter força entre os personagens nas suas diferenças e no
coletivo mas mais que isso na forma como demonstra bem a dificuldade
da arte independente.
Pelo lado negativo o
excesso de hipsterismo da personagem central de Sam, tudo bem que o
filme queria escolher esta personagem como veiculo da mensagem, mas
por essa forma e por querer carregar toda a dimensao pedagogica numa
unica personagem tira bastante realismo a mesma na forma em que as
suas escolhas são incompreensiveis e a falta de dialogo da mesma
torna-a num figurante com destaque de protagonista.
A historia fala de um
grupo de amigos protagonista de um grupo de teatro de improviso que
tem como sonho chegar a televisao, todo o grupo acaba por entrar em
conflito com alguns aspetos na vida de cada um que altera a dinamica
de grupo, ao mesmo tempo que tem de lutar por sobreviver como grupo.
Em termos de argumento
o filme tem opçoes muito inteligentes, desde logo o tom do filme em
não optar pela comedia facil, e levar o seu objetivo a serio. Pena e
que por vezes principalmente nos espetaculos as coisas não saiam tao
engraçadas como dialogos menos ensaiados no filme. Em termos de
personagem claras contradiçoes na personagem central, parece ser
claramente um desiquilibrio no balanço entre as personagens.
Na realizaçao Mike
Birbiglia tem uma trabalho simples, ele que tambem protagoniza o
filme parece muitas vezes ter o filme como uma autobiografia pela
forma como da as sequencias ao seu personagem e como por fezes enfoca
o seu ponto de vista. De resto interessante o clima de proximidade
que faz nas sequencias de espetaculo.
No cast pouca dimensão
e por conseguinte pouco ou nenhum jogo de risco. Nos destaques mais
positivos Chris Gethard parece ser aquele que melhor balança entre o
humor e o lado mais dramatico quando o filme lhe pede, por outro lado
Gillian Jacobs demonstra capacidade mas perde com a ambiguidade da
personagem.
O melhor – O filme
encontrar o tom certo numa comedia seria
O pior – As
incongruencias da personagem Sam, pelo peso moral que lhe é dado
Avaliação - B-
Pete's Dragon
Nos últimos anos a Disney tem apostado em tornar algumas das suas histórias conhecidas dos mais pequenos em filmes de real action. As historias mais conhecidas tem sido lançadas em plena febre da epoca alta, enquanto outras acabam por estrear de uma forma mais silenciosa, em meses menos fortes como foi o caso deste filme. Em termos de resultados o filme conseguiu os seus objetivos, boas avaliações criticas o que acaba por ser uma necessidade da qualidade disney e em termos comerciais tendo em conta o mês de estreia podemos considerar os resultados aceitáveis se bem que longo do padrãs disney.
Sobre o filme podemos dizer que a Disney sempre nos habitou a filmes com emoção, graça e técnicamente inovadores, neste filme temos muito pouco destes elementos com excepção do primeiro. Se em termos emotivos e principalmente na forma ternurenta como a relação central é caracterizada e filmada o filme funciona, por outro lado para um filme para mais pequenos parece que o filme tinha espaço para mais graça, para mais descontracção o que acaba por nunca ter, tornando-se um filme maçudo para os mais pequenos já que a meia hora inicial e um conjunto de interações entre o menor e o dragão sem fala e repetitiva. Por fim em termos técnicos também me parece claramente que se trata de um filme menor da disney, o efeito do Elliot está longe de ser convincente parecendo quase sempre uma animação basica num filme real.
Por tudo isto parece-me que o filme é demasiado pequeno nos seus elementos principalmente quando comparado com outras adaptações da Disney, se bem que todos sabemos que em termos narrativos a historia é a conhecida e pouco ou nada se poderia alterar, mas nos adereços e principalmente técnicamente parece um filme pouco potenciado e quase sempre com os elementos necessários em dose muito limitada.
Claro que podemos sempre pensar que se trata de um filme para crianças que é a adaptação de uma historia antiga, e nisso claramente que temos fidelidade ao original, também é verdade que não tentar ser engraçado é melhor do que tentar ser e não funcionar, mas a ideia que fica é que com a Disney a tentar dar potencial a esta historia, com o leque de atores em questão o filme deveria ser bastante mais marcante do que uma obra de visionamento rápido.
A historia do filme é a conhecida do Pedro e o Dragão, o menino selvagem que é criado com um dragão na montanha, até ao momento em que acaba por ser encontrado e conduzido para uma familia o que coloca a descoberto o seu amigo.
Em termos de argumento o filme é demasiado básico, limita-se ao estritamente necessário, falta-lhe alguns elementos que normalmente a Disney coloca nos seus filmes, principalmente personagens mais profundas, sentido de humor e alguma actualidade. Resume-se assim uma adaptação simples da história conhecida.
David Lowery é um realizador que vem do cinema independente com bons resultados criticos, aqui na passagem para grande estudio podemos dizer que esperavamos mais autor, o filme é demasiado simples, nem sempre os efeitos especiais são os melhores, e salva-se pelo contexto de interior americano verde que dá boas paisagens mas pouco mais. O filme é recheado ainda de incongruências temporais e de lógica de espaço.
Em termos de cast o filme é rico, ter no mesmo filme Dallas Howard e Refdord podemos dizer que é muito bom para um filme de crianças que nunca pede muito aos seus protagonistas. Nos mais pequenos parece obvio que Oona Laurence tem mais carisma e mais atributos do que Oakes Fegley, o que contradiz o facto do segundo ser o protagonista do filme.
O melhor - Quem gosta da fidelidade da história de base.
O pior - Os efeitos especiais e as incongruências temporais e de espaço.
Avaliação - C
Sobre o filme podemos dizer que a Disney sempre nos habitou a filmes com emoção, graça e técnicamente inovadores, neste filme temos muito pouco destes elementos com excepção do primeiro. Se em termos emotivos e principalmente na forma ternurenta como a relação central é caracterizada e filmada o filme funciona, por outro lado para um filme para mais pequenos parece que o filme tinha espaço para mais graça, para mais descontracção o que acaba por nunca ter, tornando-se um filme maçudo para os mais pequenos já que a meia hora inicial e um conjunto de interações entre o menor e o dragão sem fala e repetitiva. Por fim em termos técnicos também me parece claramente que se trata de um filme menor da disney, o efeito do Elliot está longe de ser convincente parecendo quase sempre uma animação basica num filme real.
Por tudo isto parece-me que o filme é demasiado pequeno nos seus elementos principalmente quando comparado com outras adaptações da Disney, se bem que todos sabemos que em termos narrativos a historia é a conhecida e pouco ou nada se poderia alterar, mas nos adereços e principalmente técnicamente parece um filme pouco potenciado e quase sempre com os elementos necessários em dose muito limitada.
Claro que podemos sempre pensar que se trata de um filme para crianças que é a adaptação de uma historia antiga, e nisso claramente que temos fidelidade ao original, também é verdade que não tentar ser engraçado é melhor do que tentar ser e não funcionar, mas a ideia que fica é que com a Disney a tentar dar potencial a esta historia, com o leque de atores em questão o filme deveria ser bastante mais marcante do que uma obra de visionamento rápido.
A historia do filme é a conhecida do Pedro e o Dragão, o menino selvagem que é criado com um dragão na montanha, até ao momento em que acaba por ser encontrado e conduzido para uma familia o que coloca a descoberto o seu amigo.
Em termos de argumento o filme é demasiado básico, limita-se ao estritamente necessário, falta-lhe alguns elementos que normalmente a Disney coloca nos seus filmes, principalmente personagens mais profundas, sentido de humor e alguma actualidade. Resume-se assim uma adaptação simples da história conhecida.
David Lowery é um realizador que vem do cinema independente com bons resultados criticos, aqui na passagem para grande estudio podemos dizer que esperavamos mais autor, o filme é demasiado simples, nem sempre os efeitos especiais são os melhores, e salva-se pelo contexto de interior americano verde que dá boas paisagens mas pouco mais. O filme é recheado ainda de incongruências temporais e de lógica de espaço.
Em termos de cast o filme é rico, ter no mesmo filme Dallas Howard e Refdord podemos dizer que é muito bom para um filme de crianças que nunca pede muito aos seus protagonistas. Nos mais pequenos parece obvio que Oona Laurence tem mais carisma e mais atributos do que Oakes Fegley, o que contradiz o facto do segundo ser o protagonista do filme.
O melhor - Quem gosta da fidelidade da história de base.
O pior - Os efeitos especiais e as incongruências temporais e de espaço.
Avaliação - C
Sunday, November 13, 2016
The Wild Life
Cada vez mais
assistimos a produções europeias de animação baseadas na forma
como os grandes estudios americanos produzem os seus maiores
sucessos. Contudo normalmente os resultados sao bem diferentes. Este
ano uma produçao belga e francesa reinventou a historia de Robinson
Crusoe. O resultado comercial e critico foi um desastre para um filme
que pareceu conseguir o mais dificil que foi uma expansao grande do
filme nos EUA.
Sobre o filme podemos
dizer que se em termos produtivos até já conseguimos encontrar
alguma qualidade nas produções europeias, na forma como conseguem
com um aspeto realista criar não so seres humanos mas tambem
circunstancias como à chuva e o molhado, em termos narrativos o que
serapara a industria de hollywood das restantes em termos de animação
é gigantesco. Ou seja aqui apenas podemos contar uma historia sem
nunca esperar uma moratória associada de referência, um ensinamento
um valor moral, e este filme é mais uma prova dessa diferença.
Mas o problema deste
filme não é apenas esse, o que temos visto é que na falta de
ideias originais para animaçao estes estudios tem adoptado versões
de historias conhecidas ligeiramente alteradas, mas que caem no erro
de alterar o que é historico e o que foi marcante, como é o caso
deste filme, alegadamente sobre Robinson Crusoe, que mais não é do
que um mau madagascar numa ilha deserta, sem a graça e sem a força
das personagens que os filmes de hollywood de animação conseguem
ter.
E visto as dificuldades
quer na linhagem narrativa central, quer na forma como a mensagem
também quase não existe sobrava analisar a decoração, os
promenores, as curiosidades que o filme nunca tem, nem faz qualquer
esforço para ter, é um filme direto, nâo perde tempo em
embelezamento circunstancial, o que numa boa historia poderia ser
dispensavel, num filme sofrivel como este era o que poderia dar um
condimento que o tirasse de uma total mediocridade.
O filme fala sobre uma
abordagem à historia de Robinson Crusoe, desde o seu naufrágio até
a forma como o mesmo acabou por se adaptar aos animais já ali
existentes, ao mesmo tempo que tem que lutar contra a ameaça de um
conjunto de gatos que desejam vingança.
Em termos de argumento
o filme é pobre, enquanto adaptação de uma historia que dela
apenas tem o nome da personagem, e enquanto historia construida de
base, basicamente temos tudo de uma forma muito minimalista, perdendo
ainda mais pela falta de uma mensagem na sua historia.
Em termos produtivos
existe pontos onde já existe uma aproximação entre a europa e os
EUA em termos do realismo e dos efeitos das suas animações, aqui
principalmente a àgua e o molhado são bem trabalhado, já o fogo
ainda não conseguiu ser plenamente trabalhado por os estudios
europeus, pelo menos o que vimos neste filme.
Em termos de vozes sem
grandes figuras, penso que o filme destaca pouco esta componente, as
personagens também são demasiado vazias para grandes nomes poderem
dar outra dimensão, e nisso o filme ate foi inteligente em
economizar cache.
O melhor – Alguns
efeitos produtivos como a chuva.
O pior – Adaptar uma
historia conhecida tornando-a num cliche sem qualquer conteúdo moral
Avaliação - D+
Mr. Right
Anna Kendrick e Sam
Rockwell são dois actores tipicos de comedia de medio baixo
orçamento. A primeira mais relacionada com a comédia romântica, o
segundo mais com a comedia negra em géneros quese tocam por vezes.
Pese embora não seja o primeiro projeto comum, é o primeiro em que
são protagonistas. Com um ano de atraso o filme estreou nos EUA com
resultados muito moderados comercialmente principalmente tendo em
conta a dupla de protagonistas. Criticamente a mediania com que o
filme foi avaliado não permitiu que o mesmo acabasse por se
potenciar mais comercialmente.
Sobre o filme, se
existe género que nos últimos tempos ficou em desuso foi a comedia
negra, sem preocupação de logica ou de dialogos muito inteligentes,
por essa mesma falta de uso, podemos facilmente observar este filme e
pensar, isto não tem qualquer tipo de sentido, e o certo é que o
filme parece nunca querer mais do que despertar algumas gargalhadas
ou alguma situações insólitas sendo o resultado bastante mediano.
Ou seja, em termos de graça o filme nunca desperta verdadeiramente a
gargalhada, mas o sorriso de uma filme de fácil visualização para
hora e meia sem pensar, mas com a excepção de um ou dois momentos
não nos recordamos particularmente de qualquer piada do filme, o que
para uma comedia não podemos dizer que é propriamente interessante.
Por outro lado na linha
narrativa, o filme é claramente um absurdo, mas que rapidamente se
assume como tal, sublinhando mais a comedia do que um filme de acção
ou qualquer outra coisa. E daqueles filmes que vimos rapido, que nos
faz passar o tempo sem nos lamentarmos, mas que algum tempo depois
nada nos recordamos do mesmo. Claro que me parece um despredicio de
talento ter Rockwell e Roth desprediçarem tempo num filme tao
indiferente como este, mas não podemos dizer que é um filme que nos
transmita maus centimentos.
Claro é que mesmo no
genero de comedia noir, já tivemos filmes muito mais originais, com
muito mais graça e que mais que isso permitiam dialogos deliciosos,
algo que o genero permite em grande escala, aqui temos claramente um
filme de serie B, assumidamente comedia, cujo resultado pode ser
analisado num simples encolher de ombros.
A historia fala de uma
jovem adulta, que entra em depressao depois de ser trocada pelo
namorado, ate que conhece um estranho individuo no supermercado que é
nada mais nada menos do que um assassino profissional de elite, que
está a ser procurado por diversas pessoas.
Em termos de argumento
em todos os niveis o filme tem reais limitações, primeiramente pelo
humor nunca ser de primeira linha, por outro lado por não potenciar
dialogos que se recordem, e por fim porque o absurdo e sempre uma
marca d'agua, embora neste genero isto até pode ser compreensivel.
No que diz respeito à
realização Paco Cabezas tem uma trabalho simples, sem grandes
riscos ou ambições para um realizador que aqui tem o seu filme mais
visivel depois de algumas colaborações na televisão, se quer
marcar uma linha ou ganhar tem que arriscar muito mais do que o fez
neste filme.
No cast, já disse
muitas vezes aqui, que é uma pena Sam Rockwell estar perdido em
comédias de segunda linha, pois penso que é dos poucos actores que
com carisma consegue ter capacidades na comédia e no drama, contudo
poucos foram os filmes que exploraram as capacidades e uma
naturalidade com que ele faz as coisas, e aqui temos outra vez só o
lado comico. Já Kendrick com mais visibilidade, penso que é uma
atriz limitada, que em termos de humor fisico muitas vezes exprimenta
sem na minha opinião nunca resultar. Também me é dificil ver Roth
num filme tão pouco ambicioso como este.
O melhor – A forma
como o filme rapidamente assume que é declaradamente absurdo.
O pior – O filme
tinha espaço para dialogos mais insólitos e marcantes.
Avaliação - C
Arrival
O canadiano Denis
Villeneuve tem nos ultimos anos sido um dos realizadores mais
constantes de hollywood, depois dos sucessos de Prisioners e de
Sicario passando por um estranhissimo Enemy, em todos os filmes que
tem feito tem conseguido boas recepções critica que colocou os seus
filmes sempre em posiçao de corrida aos premios embora nenhum dos
seus filmes anteriores tenha conseguido nomeaçoes nas categorias
principais. Este ano no genero Sci Fi tras-nos um filme que recebeu
uma excelente recepçao, capaz de colocar mais uma vez o filme na
luta pelos premios e tambem comercialmente os primeiros resultados
indiciar muita consistencia que pode ser o balanço necessario para
assumir a candidatura.
Sobre o filme podemos
dizer que é um filme claramente com diversas influências, vemos
neste filme o lado poético de Mallick, com a diferença de termos
bem assinadalo um corpo efetivo do filme. Temos o lado kubrick na
forma como é simples e inquietante os contactos com extraterrestres,
e temos um lado fincher na forma como no final somos completamente
surpreendidos pelo seu twist. Mas se acharmos que toda esta união dá
um filme perfeito, enganem-se. Nem sempre é um filme fácil de ver,
desde logo porque a primeira hora é demasiado parada, demasiado
repetitiva em sequencias bem realizadas mas que nada faz evoluir o
filme, e por outro lado temos uma base de dificil compreensão,
principalmente na relação entre a protagonista, e um coronel que a
obriga a descobrir o que ninguem sabe.
Claramente que o filme
a todos os niveis e conduzido para expoentes bem mais elevados com a
sua conclusão que faz por um lado sublinhar diversas vertentes do
comportamento humano como a sua mais valia, com aquilo que nos
diferencia dos animais, e principalmente a forma como o final é
desvendado torna o filme como um dos twists mais imprevisiveis dos
ultimos tempos e para isso temos uma realização e montagem de
mestria do realizador.
Assim e facil
considerar um filme de primeira linhagem porque saimos com o impacto
e a moral de um final intenso, poético e imponente, claro que tudo o
resto e a forma como é filmado acaba por dar ao filme este mesmo
impacto. Mas parece-me que durante espaços o filme é demasiado
parado, demasiado silencioso, demasiado prese por vezes a alguns
elementos do seu argumento sem grande sentido. Mas em termos de
resultado final, é claramente na minha opinião o melhor filme de
Villneuve desde a sua chegada assumida a Hollywood.
A historia fala de uma
professora que assolada pela morte da filha acaba por ser contratada
pelo exercito norte americano para junto com um fisico tentar
estabelecer contacto com extraterrestres que invadiram diversos
pontos do planeta e saber a suas reais intenções.
A historia do ponto de
vista de linha narrativa central é simples, e por vezes tão confusa
que muito não faz sentido. O certo é que a estrategia de Villeneuve
e bem diferente é dar um corpo para transmitir uma mensagem porque
no final é isso que importa, e no final a mensagem sobrepoem se a
todo o restante, e aqui o filme e o argumento valem por uma mensagem
e por um twist final de compendio.
Villneuve esta cada vez
mais realizador, parece-me que ainda não adquiriu um estilo proprio,
embora exista muita proximidade entre este seu filme e Enemy, na cor,
na banda sonora mesmo na mensagem, mas relativamente aos seus filmes
anteriores penso ter referências diferentes mas ainda não uma
assinatura, ou pelo menos uma demasiado proxima de outros
realizadores. No futuro tera um imponente desafio nas maos que e
recuperar Blad Runner, mas nos ultimos anos os seus trabalhos tem
sido criticamente dos mais efetivos de Hollywood.
EM termos de cast o
filme dá toda historia a Amy Adams, uma das mais talentosas actrizes
do momento, que consegue dar a todos os filmes aquilo que eles
precisam, aqui tem um pouco de tudo, interpretação fisica, recursos
dramaticos e presença para liderar um filme. Nao e claramente o seu
mais imponente papel, mas por conjugaçao de esforços pode ser o seu
mais reconhecido, a ver vamos. Nos restantes papeis mais simplicidade
nunca é um filme que procura interpretaçoes de primeira linha.
O melhor – A mensagem
provodada pelo twist final.
O pior – O filme ser
extremamente parado e silencioso na primeira hora
Avaliação - B
Saturday, November 12, 2016
Elle
Paul Verohven foi nos
anos 90 o realizador dos thrilers sexuais, dos filmes onde a sedução
estava muito perto da morte e que lhe valeu os maiores sucessos
enquanto realizador, mesmo que criticamente tenha resultado nos seus
maiores falhanços. Já na fase final da vida o realizador regressa à
europa com filmes mais de autor, mais preocupado com a critica do que
com o publico, e neste Elle, poderá mesmo conseguir o que nunca
conseguiu que é concorrer aos oscares para melhor filme estrangeiro
depois de uma boa recepção critica. Comercialmente ao ser um filme
europeu, e de tradição europeia terá mais dificuldades.
Sobre o filme, se
existe coisa que Verhoven sempre fez nos seus filmes foi juntar sexo
com a morte, e se nos filmes de hollywood as coisas eram mais
simplistas em filmes de quem matou quem, aqui neste filme temos mais
que isso, temos um filme de personagem, ambigua, estranha, mas
vincada dai que mesmo sem nunca a percebermos, a mesma inqueta-nos
nos diversos momentos e nesse particular o filme é intenso,
colaborando para esse efeito muito a intensa prestação de uma das
melhores actrizes europeias dos ultimos anos.
Pese embora este facto
parece-me que na essencia o filme não é muito diferente do que
Verhonven fez em Instinto Fatal, temos um filme que por vezes entra
em ciclo vicioso e se torna demasiado redundante, parecendo que ao
longo da sua duração repete ideias sem parecer querer sair do
sitio. Existem tramas mais felizes do que outras, as relações
familiares do filme são muito melhor trabalhadas do que as de
amizade e isso principalmente em intensidade emotiva acaba por
momentos desiquilibrar o filme.
Por isso mesmo estando
longe de uma obra de referencia do cinema europeu, temos um filme que
vale muito pela sua personagem central, um filme que tem momentos
demasiado diferentes, entre alguma ligeireza, até um jogo de sedução
de uma intensidade interessante, mesmo que quase sempre a logica nas
razões fique demasiado ao lado. O lado mais pervertido do filme
também me parece demasiado levado ao extremo.
O filme fala de uma
mulher, conhecida por ser a filha do mais conhecido serial Killer de
França que se encontra no meio de diversos conflitos com a familia,
e os diferentes elementos, mantem uma relação dual com um casal de
amigo, e com o seu vizinho. Isto depois de ser violada por um
desconhecido.
Elle tem um argumento
complicado nem sempre com muita logica. Sem duvida que tem um
argumento forte na criaçao da personagem embora me pareça algo
desiquilibrado no balanço entre lados do argumento, quer na
qualidade quer na intensidade e principalmente no tom.
O holandes mais
conhecido da realização tem aqui um trabalho simples, de
personagens longe dos efeitos de Robocop e Total Recall do inicio da
carreira, regressou a casa com o estilo europeu. Se conseguir a
consagraçao neste filme sera mais por uma carreira montanha russa do
que propriamente pelo excelente trabalho neste filme.
Huppert e uma actriz
com uma intensidade e um poder de inquetar muito grande, uma das
melhores do cinema europeu tem aqui um dos papeis mais intensos e
mais versateis do ano, tems espaço para tudo, emoçao,
disponibilidade fisica, capacidade de seduçaõ e fuciona em todos,
não deixando espaço para olharmos para qualquer elemento do cast.
O melhor – Huppert
O pior – Os balanços
entre conflitos fazem o filme ser algo desiquilibrado
Avaliação - C+
Kubo and the Two Strings
Num cinema de animação
claramente dominado pelos grandes estudios nos ultimos anos alguns
menores tem tentado ganhar o protagonismo atravez da diferença.
Neste particular a Laika Studios tem arrojado com os seus complexos
stop motion que conseguem como no caso deste filme obter uma
excelente recepção critica, das melhores em termos de animação no
presente ano, mas que em termos comerciais talvel pela sua
complexidade não consiga chegar tão perto, principalmente dos mais
pequenos.
Sobre o filme podemos
desde logo dizer que em termos produtivos é uma das animações mais
complexas e com um dos resultados mais surpreendentes que há memoria
no mundo da animação, o empenho, o trabalho, a precisão e o
detalhe que o filme tem para um stop motion e algo de nos deixar
boquiaberto com o trabalho e com o resultado final, e isso tem de ser
de longe o grande sublinhado desse filme, ou seja a produção e a
dificuldade do filme.
Mas claro que todo o
filme depende daquilo que conta, e se a mensagem é claramente
positiva, o que é importante para um filme de animação, em termos
de argumento o filme tem algumas dificuldades, desde logo no seu
inicio, demasiado apagado, demora muito tempo a adquirir intensidade
o que pode ser bastante danoso junto da população mais pequena. Por
outro lado e algo sombrio o que tambem poderá afastar os mais
pequenos. Contudo com a introduçao da macaca do besouro o filme
ganha aquilo que um filme de animação tem que ter intensidade de
acção, e humor, muitas vezes com graça, o que conduz o filme para
um final mais moratío do que espetacular.
O resultado contudo
global do filme é bastante interessante principalmente na forma como
o filme consegue conciliar um desenvolvimento tecnico impressionante,
com um bom conjunto de vozes, e com uma historia que não sendo das
melhores em termos de animação cumpre. Parece-me claramente que o
excesso de duração e o seu inicio lento não benificia o filme.
A historia fala de um
jovem contador de hitorias que apenas vive com a mãe num estado
psicologico de catatonia que de repente tem de encontrar as peças de
guerra do seu pai, para conseguir resistir as investidas de um
malevolo avo e das suas tias.
Em termos de argumento
e principalmente comparando com outras vertentes do filme, não
estamos na primeira linha, ou seja, temos uma historia simples, por
vezes com bom humor, principalmente a partir de metade do filme, mas
que não particularmente grande novidade. A forma como o filme
demonstra as suas linhas morais parece demasiado direta, já que
durante grande parte do filme não temos a percepção do que o filme
nos vai ensinar.
Em termos de realização
e produçao, este Kubo e dos filmes tecnicamente e mesmo em termos de
evolução e grandiosidade mais impressionantes que me recordo. Ao
optar pelo Stopmotion podemos dizer que é absolutamente
impressionante o que assistimos, e que demosntra que com mais
trabalho no argumento esta produtora pode competir com qualquer uma.
No cast de vozes
podemos dizer que o filme escolhe e encaixa perfeitamente as vozes de
Theron, McConaughey, Fiennes e Mara em cada uma das personagens,
sendo as ultimas duas de actores com uma interpretação vocal de
primeira linha.
O melhor – A
qualidade produtiva
O pior – A excessiva
duração
Avaliação - B-
Friday, November 11, 2016
Little Men
Existem filmes de
realizadores independentes que consistentemente conseguem bons
resultados em termos dos festivais onde são lançados mas
posteriormente nunca conseguem grande visibilidade, por serem mesmo
isso interessantes filmes criticos. Se olharmos para medias de
avaliação este pequeno filme deve ter algumas das melhores
avaliações do ano e mesmo assim poucos ouviram falar dele com
resultados comerciais quase rudimentares.
Sobre o filme, o mais
importante quando um filme e de pequena produção é o realismo, é
o filme transmitir algo que poderia ser bem real, e aqui penso que o
filme é eximio na forma como é paralelo ao mundo real, onde não
existe lado certo nem lado errado, onde claramente a centralidade de
quem esta mais proximo é o nosso primeiro objetivo e so depois os
seguintes, e nisso o filme é interessante na forma como focaliza
numa relação de amizade, mas depois dá dois lados de uma disputa
com causas e argumentos plausiveis para a mesma questão, e na forma
como o filme e simples neste ponto acaba por o tornar incrivelmente
real, ou seja uma historia banal mas que poderia acontecer, sem nunca
termos um desenlace satisfatorio.
Certo é que para o
filme ter mais impacto deveria ter mais impressionismo, mais
qualidade de apontamentos, ser mais bonito, não realizado da forma
simples que o cinema independente mais tradicional tem, poderia em
termos de intensidade dramatica ter mais conflito ou mesmo um final
mais emotivo, mas isso poderia criar no filme um maior impacto, mas
distanciava-o do realismo que faz dele um filme com uma mensagem e um
realismo muito interessante.
Por este mesmo facto e
muito embora por vezes me pareça um filme que não consegue fazer um
sublinhado claro nos seus espetadores, e um filme que acima de tudo
consegue no final dar a imagem de um bom resultado ao seu espetador,
que muitas vezes ve filmes independentes sem um sentido objetivo,
distante dos nossos dias, este é precisamente um contrario, um
conjunto de personagens iguais a tantas outras com interesses
divergentes, onde os maios pequenos distantes do mundo material, nada
conseguem perceber do que está a sua volta.
A historia fala de duas
familias distintas com um interesse divergente no aluguer de uma
loja, isto vai embater no facto dos filhos de ambos os agregados
manterem uma relação muito proxima de amizade, e cujas familias em
disputa poderão por em causa.
Em termos de argumento
parece-me que um ponto salta á vista pelo lado positivo a forma como
o filme consegue quase sempre caracterizar o lado mais humano dos
seus personagens, o que pode tirar algum conflito ao filme e alguma
intensidade emocional, mas acaba por aproximar a caracterização de
um bom senso nas personagens que muitas vezes existe e por motivos de
funcionar melhor, muitas vezes so chega a uma ou outra personagem.
Na realização Ira
Sachs e um dos bons valores do cinema independente que coleciona
sucessos criticos sem mudar o seu registo, talvez já merecesse um
filme com mais meios, e com mais dimensão, talves se sentisse
perdido pois a sua forma de realizar e muito tradicional, mas não
arriscando é impossivel perceber. Já se percebeu que neste estilo
de cinema funciona juntando bons filmes com realizações simples.
No cast temos uma
entrega emocional e simples dos seus protagonistas, eu sempre achei
Kinnear muito melhor actor melodramatico do que em comedia, pese
embora sempre tenha optado pelo segundo genero, aqui funciona bem no
seu lado mais desgastado. Mas e nos mais novos que surge a grande
revelação do filme na minha opinião Michael Barbieri tem um papel
em cheio no filme, daqueles que é simples, mas a sua descontração
a sua intensidade quando tem que a ter podia ser mesmo o seu
portfolio para outros papeis que penso que cedo terá. A registar
este nome, e diga-se que o protagonista e outro jovem, Theo Taplitz
que perde todas as cenas para o seu companheiro de tela.
O melhor – O realismo
e o bom senso das personagens.
O pior – Com estas
caracteristicas tira alguma intensidade e poder de fogo emocional
Avaliação - B-
War Dogs
Desde o sucesso de The Hangover que Todd Phillips se tornou no mais reconhecido realizador exclusivamente de comédia, reunindo não só sucessos comerciais mas também alguma força critica o que é bastante difícil principalmente no mundo da comédia. Este ano Todd Phillips tentou, sem perder a ligação à comédia tentar ir mais longe concretamente no que diz respeito à abordagem de uma historia real. Se criticamente as coisas nem correram mal, com avaliações medianas com tendência positiva, o pior foi mesmo comercialmente onde o filme ficou muito longe dos maiores sucessos do realizador, fazendo pesar, na minha opinião a falta de uma clara figura de cartaz nos protagonistas do filme.
SObre o filme, confesso que não é daqueles filmes faceis de avaliar, parece-me que se por um lado se denota uma maior maturidade e alguma originalidade na abordagem de Phillips, na forma como conjuga sempre bem a banda sonora com cada momento do filme, na forma como balança sempre ao longo do filme as diferenças entre as persoangens, mas por outro lado parece-me claro que é um filme com muita dificuldade de se assumir num genero concreto, ou seja entre a denuncia de algo real e a comédia simples, território mais usual do realizador, o que resulta numa mistura nem sempre o mais bem conseguida principalmente no balanço de ritmos.
Mas é claro que o filme tem momentos bastante originais, de uma abordagem actual, criativa de um tema como o que fala, que é o tráfico de armas para fins militares. E isso Phillips parece claramente dar um salto qualitativo na forma mais do que no conteudo, obviamente não sera o melhor filme de Phillips mas em termos gerais é o ambicioso, ou não fosse a adaptação de uma história real, com contornos politicos.
Do lado negativo penso que para um filme como este, Phillips poderia e deveria ter escolhido actores diferentes, mais adultos, mais versáteis, mais desligados da comedia, porque a determinadas alturas observamos que determinadas piadas do filme não tem sentido, e parecem retiradas de uma comedia noir feita de base e nao o relato de uma história real. O filme poderia ser descontraido, mas não precisava de ser tonto em diversos momentos com situações sem grande sentido, muitas vezes sem piada e que apenas pareciam sublinhar que o filme se queria afirmar como uma comedia.
A historia fala de dois amigos de infância com vivencias e personalidades completamente diferentes que se unem numa empresa de forma a fazer tráfico de armas e munições para municiar frentes armadas suportadas pelo exercito americano.
Em termos de argumento o filme tem uma abordagem interessante, principalmente na forma como tenta que uma historia real seja mais que isso na forma como vai dando adereços que potencializam a historia em si. Perde por muitas vezes não encontrar o balanço certo entre o lado exclusivamente comico com aquilo que esta a ser comunicado.
Eu confesso que longe de ser o mais marcante filme de Todd Phillips e para mim um dos seus melhores trabalhos de realização, principalmente por alguma maturidade no tema, sem nunca perder a capacidade de jogar com os elementos mais descontraídos, de uma banda sonora para cada momento, e para momentos de uma realização dinâmica e de assinatura.
Penso que no cast o filme tem problemas, se o lado mais inocente de Teller ainda pode funcionar para alguns dos objectivos do filme, embora me pareça que o actor ainda tem alguma falta de carisma e intensidade em alguns momentos, Hill apenas surge no filme com objetivos cómicos o que para um filme que em momentos se tem que levar a serio não funciona. para isso contriubui uma personagem totalmente esteriotipada e mais que isso uma construção pouco completa de um actor que penso que tem muitas dificuldades quanto se pede outro registo.
O melhor - A banda sonora e a forma como a mesma entra no filme.
O pior - Hill
Avaliação - C+
SObre o filme, confesso que não é daqueles filmes faceis de avaliar, parece-me que se por um lado se denota uma maior maturidade e alguma originalidade na abordagem de Phillips, na forma como conjuga sempre bem a banda sonora com cada momento do filme, na forma como balança sempre ao longo do filme as diferenças entre as persoangens, mas por outro lado parece-me claro que é um filme com muita dificuldade de se assumir num genero concreto, ou seja entre a denuncia de algo real e a comédia simples, território mais usual do realizador, o que resulta numa mistura nem sempre o mais bem conseguida principalmente no balanço de ritmos.
Mas é claro que o filme tem momentos bastante originais, de uma abordagem actual, criativa de um tema como o que fala, que é o tráfico de armas para fins militares. E isso Phillips parece claramente dar um salto qualitativo na forma mais do que no conteudo, obviamente não sera o melhor filme de Phillips mas em termos gerais é o ambicioso, ou não fosse a adaptação de uma história real, com contornos politicos.
Do lado negativo penso que para um filme como este, Phillips poderia e deveria ter escolhido actores diferentes, mais adultos, mais versáteis, mais desligados da comedia, porque a determinadas alturas observamos que determinadas piadas do filme não tem sentido, e parecem retiradas de uma comedia noir feita de base e nao o relato de uma história real. O filme poderia ser descontraido, mas não precisava de ser tonto em diversos momentos com situações sem grande sentido, muitas vezes sem piada e que apenas pareciam sublinhar que o filme se queria afirmar como uma comedia.
A historia fala de dois amigos de infância com vivencias e personalidades completamente diferentes que se unem numa empresa de forma a fazer tráfico de armas e munições para municiar frentes armadas suportadas pelo exercito americano.
Em termos de argumento o filme tem uma abordagem interessante, principalmente na forma como tenta que uma historia real seja mais que isso na forma como vai dando adereços que potencializam a historia em si. Perde por muitas vezes não encontrar o balanço certo entre o lado exclusivamente comico com aquilo que esta a ser comunicado.
Eu confesso que longe de ser o mais marcante filme de Todd Phillips e para mim um dos seus melhores trabalhos de realização, principalmente por alguma maturidade no tema, sem nunca perder a capacidade de jogar com os elementos mais descontraídos, de uma banda sonora para cada momento, e para momentos de uma realização dinâmica e de assinatura.
Penso que no cast o filme tem problemas, se o lado mais inocente de Teller ainda pode funcionar para alguns dos objectivos do filme, embora me pareça que o actor ainda tem alguma falta de carisma e intensidade em alguns momentos, Hill apenas surge no filme com objetivos cómicos o que para um filme que em momentos se tem que levar a serio não funciona. para isso contriubui uma personagem totalmente esteriotipada e mais que isso uma construção pouco completa de um actor que penso que tem muitas dificuldades quanto se pede outro registo.
O melhor - A banda sonora e a forma como a mesma entra no filme.
O pior - Hill
Avaliação - C+
Tuesday, November 08, 2016
Hands of Stone
Se existe género desporitvo que resultou ao longo do tempo em diversos filmes de grande qualidade, foi o boxe, se nos lembrarmos nos ultimos anos de filmes como Rocky e principalmente como Touro Enraivecido percebemos que talvez o boxe foi o unico desporto que resultou em obras eternas do cinema. Ultimamente mais que guiões originais tem surgido biopic de alguns dos melhores lutadores da historia, sendo que este ano,e com um clima muito sul americano surgiu este filme sobre Roberto Duran. Os resultados criticos do filme foram medianos, talvez por estrear numa epoca demasiado indiferente, comercialmente com a pouca expansão que teve, pese embora tenha estreado em wide, podemos considerar os resultados como normais.
Este filme, tem todos os lados de um biopic, por um lado é um filme de altos e baixos na personagem, algo que se reflete na forma matura como o filme consegue analisar algumas partes e tem muitas mais dificuldades na forma de analisar outras, balançando na forma como a personagem se balança, que na sua caracterização e nas suas particularidades o filme funciona, e nos seus desiquilibrios que penso que o filme é demasiado ficcionado, principalmente na forma como este acaba por parecer nos dar duas vertentes demasiado distintas da mesma personagem.
Por este mesmo facto parece mais um filme com coração do que por vezes do que razão, embora seja de sublinhar a capacidade do filme manter o seu ritmo e tornar um biopic num objetivo suave, de entertenimento, bem produzido, que muitas vezes consegue com o seu protagonista, tenha altos niveis interpretativos, e mais que isso algum equilibrio entre o melhor de uma pessoa, algo que todos têm de ter.
Por este mesmo facto e não sendo um biopic para a eternidade igual a alguns que já tiveram lugar é um filme competente, com defeitos declarados, mas que acaba por conseguir prender o espetador a uma historia, por vezes previsivel, que embora nos dê as duas faces da medalha por vezes nos pareça demasiado positiva, e com demasiados atalhos, mas que principalmente em termos narrativos, de entretenimento e principalmente na forma como o filme acaba por ser simples acaba por funcionar.
A historia fala sobre a subida ao sucesso do heroi do boxe do panama Roberto Duran, desde o tempo de pobreza extrema até ser campeão do mundo de boxe, sempre ao lado da sua mulher, que desde cedo se tornou a sua companheira, ao longo das oscilações de quem não estava preparado para tanto sucesso.
O argumento é simples, podemos dizer que diversas vezes é mais romantico do que propriamente descritivo ou factual, que por vezes trabalha em tornar o filme mais apetecivel como obra de entertenimento, mas o cinema acaba por ser isso, e na forma como as personagens funcionam individualmente e em conjunto poderemos facilmente dizer que se trata de um argumento objetivo.
Na realização Jakubowicz realizador venezuelano, acaba por cumprir, principalmente pela forma metódica da sua realização, sem tentar dar grandes passos. Grande parte do tempo, principalmente nas sequencias de boxe, poderia ter maior arrojo, maior creatividade, mas para um jovem realizador fora de hollywood ter De Niro no cast não deve dar espaço para muito mais.
No cast tem alguns dos melhores apontamentos do filme, Edgar Ramirez tem aqui um dos seus melhores papeis desde que se tornou vincado no cinema mundial, intenso, fisicamente disponivel, carismático, talvez com o filme com melhor avaliações poderia estar presente em algumas listas de designados, mesmo De Niro, que tantas vezes nos tem brindado com prestações mais simples e discutiveis, tem aqui um papel maduro e interessante, penso que é no cast que o filme tem as suas mais valias.
O melhor - Edgar Ramirez
O pior - O filme ter diversas oscilações de congruência na personagem central
Avaliação - C+
Este filme, tem todos os lados de um biopic, por um lado é um filme de altos e baixos na personagem, algo que se reflete na forma matura como o filme consegue analisar algumas partes e tem muitas mais dificuldades na forma de analisar outras, balançando na forma como a personagem se balança, que na sua caracterização e nas suas particularidades o filme funciona, e nos seus desiquilibrios que penso que o filme é demasiado ficcionado, principalmente na forma como este acaba por parecer nos dar duas vertentes demasiado distintas da mesma personagem.
Por este mesmo facto parece mais um filme com coração do que por vezes do que razão, embora seja de sublinhar a capacidade do filme manter o seu ritmo e tornar um biopic num objetivo suave, de entertenimento, bem produzido, que muitas vezes consegue com o seu protagonista, tenha altos niveis interpretativos, e mais que isso algum equilibrio entre o melhor de uma pessoa, algo que todos têm de ter.
Por este mesmo facto e não sendo um biopic para a eternidade igual a alguns que já tiveram lugar é um filme competente, com defeitos declarados, mas que acaba por conseguir prender o espetador a uma historia, por vezes previsivel, que embora nos dê as duas faces da medalha por vezes nos pareça demasiado positiva, e com demasiados atalhos, mas que principalmente em termos narrativos, de entretenimento e principalmente na forma como o filme acaba por ser simples acaba por funcionar.
A historia fala sobre a subida ao sucesso do heroi do boxe do panama Roberto Duran, desde o tempo de pobreza extrema até ser campeão do mundo de boxe, sempre ao lado da sua mulher, que desde cedo se tornou a sua companheira, ao longo das oscilações de quem não estava preparado para tanto sucesso.
O argumento é simples, podemos dizer que diversas vezes é mais romantico do que propriamente descritivo ou factual, que por vezes trabalha em tornar o filme mais apetecivel como obra de entertenimento, mas o cinema acaba por ser isso, e na forma como as personagens funcionam individualmente e em conjunto poderemos facilmente dizer que se trata de um argumento objetivo.
Na realização Jakubowicz realizador venezuelano, acaba por cumprir, principalmente pela forma metódica da sua realização, sem tentar dar grandes passos. Grande parte do tempo, principalmente nas sequencias de boxe, poderia ter maior arrojo, maior creatividade, mas para um jovem realizador fora de hollywood ter De Niro no cast não deve dar espaço para muito mais.
No cast tem alguns dos melhores apontamentos do filme, Edgar Ramirez tem aqui um dos seus melhores papeis desde que se tornou vincado no cinema mundial, intenso, fisicamente disponivel, carismático, talvez com o filme com melhor avaliações poderia estar presente em algumas listas de designados, mesmo De Niro, que tantas vezes nos tem brindado com prestações mais simples e discutiveis, tem aqui um papel maduro e interessante, penso que é no cast que o filme tem as suas mais valias.
O melhor - Edgar Ramirez
O pior - O filme ter diversas oscilações de congruência na personagem central
Avaliação - C+
Sunday, November 06, 2016
Ouija: Origin of Evil
O género terror é de
todos os que anualmente lançam diversos produtos, aquele que a sua
forma de desempenho mais dificil é de perceber. E desde logo podemos
começar com este filme, seria sempre dificil um filme o primeiro
Ouija ter uma sequela desde logo porque criticamente foi um desastre
e comercialmente foi apenas razoavel. Mas com um novo realizador já
conhecedor do genero existiu uma nova aposta que ate ao momento
parece ter resultado, criticamente o filme conseguiu boas avaliações
algo que tem sido comum de uma forma estranha a quase todos os filmes
do genero lançados este ano. Comercialmente ainda em curso os
resultados ficaram muito proximos do primeiro produto.
Eu confesso que não
sou fã de filmes de terror porque acho que na essencia eles tem
quase todos os mesmo argumento mudando apenas o estilo. Entao quando
surgem sequelas basicamente temos uma ou outra personagem repetida,
podemos mudar a roupagem mas na essencia o filme e uma repetiçao de
cliches que e claramente o que aqui acontece, previsibilidade, muito
tempo para entrar no terror propriamente dito, e dai para mim ser
muito estranho estas boas avaliações quando outros filmes iguais
acabam por não a conseguir ter.
O unico ponto
diferenciado que pode ser encontrado no filme e a realização e a
boa contextualização de epoca, ai sim o filme consegue ser
tradicionalista, e a abordagem da prequela tem cada vez mais sido
comum muito por esta possibilidade, algo que ninguem consegue fazer
como James Wan, mas que com o tempo tem sido cada vez mais comum e
aqui temos claramente essa descendencia, que embora peque por ser
pouco original, certo e que o filme e muito do que tenta ser.
Assim sobra uma
repetiçao de uma historia, com alguns promenores principalmente de
produçao e contexto diferentes que tornam o filme ligeiramente mais
promenorizado mas em termos reais tudo e a repetiçao do primeiro
filme, mas acima de tudo de outros filmes, e quando o terror não
impressiona ou não traz nada de novo dificilmente pode ter algum
relevo.
A historia vai ao
inicio do jogo, quando uma familia constituida por uma mae viuva e
duas jovens tentam contactar com o falecido pai e abrem o jogo para
quem menos esperavam.
Em termos de argumento
a constancia do espirito maligno e a sua prepetuação por diversas
personagens foi ideia de base para centenas de filme, alguns deles já
este ano, dai que a repetição constante da estrategia denota bem
alguma falta de ideia que passa pelo cinema. Em termos de argbumento
nada se encontra de novo neste filme.
Na realizaçao podemos
dizer que Mike Flanagan, que já tinha tido alguns sucessos no terror
percebeu bem o que funciona normalmente nos filmes de Wan e deu-lhe
uma roupagem parecida, perdendo por não ser original e por repetir
um produto que outros já tinham testado, mesmo sendo esta a unico
upgrade relativamente ao prmeiro filme.
Em termos de cast o
terror e um terreno ou para desconhecidos a procura de um lugar de
destaque ou para pessoas que já tiveram os seus momentos e agora não
conseguem encontrar rumo, porque e um genero que nada exige aos seus
interpretes e neste filme e mais do mesmo.
O melhor Algum upgrade
na realização.
O pior – Porque razao
repetiram a ideia
Avaliação - D+
A Monster Calls
A forma como ao longo
do tempo alguns realizadores espanhois conseguiram algum espaço na
industria de hollywood faz perceber a qualidade do cinema espanhol,
principalmente na forma creativa como alguns realizadores conseguem
fazer sublinhas as suas ideias verdadeiros passaportes para outros
voos. Nos ultimos anos um desses realizadores foi J A Bayona que
depois do sucesso do espanhol orfanato, conseguiu entrar na corrida
aos oscares com o seu Impossible, e que aqui tem a estreia no genero
fantastico com criticas interessantes, pese embora me pareça que
pelo estilo do filme a entrada na corrida aos oscares não seja facil
Comercialmente em face de so agora ter tido estreia em alguns
circuitos e apenas no final do ano ter a estreia nos EUA, e
completamente impossivel fazer qualquer tipo de previsão.
Sobre o filme, podemos
dizer que para um filme de fantasia o tema não podia ser mais
pesado, ou seja temos um filme que inicialmente começa demasiado
silencioso, de uma forma escura, que ao longo do tempo vai dando as
suas partes, nem sempre sendo facil as ir juntando, parecendo muitas
vezes dificil perceber qual o objetivo do filme todo, o certo é que
no seu climax percebemos a dimensao da mensagem, onde o filme quer
chegar, e saimos do cinema com reação do corpo, de um filme
complexo, emotivo, e com um tema de tal forma pesado que nos deixa
absolutamente anestisiados, e essa capacidade de transmitir este tipo
de sensações so e possivel com um filme de bom nivel.
Claro que quando vamos
ver um filme de fantasia, com monstros e essas coisas esperamos mais
entertenimento ou que este seja mais objetivo, isso não acontece
principalmente na primeira parcela do filme, tudo é negativo, e o
filme trabalha bem isso, porque é um filme sobre a perda, que não
quer ser simpatico mas sim realista mesmo que isso faça o filme ser
demasiado triste. O maior problema do filme passa em por vezes ser
demasiado cinzento principalmente na sua parte inicial, e por vezes
não ser facil mesmo no final ver o paralelismo da historia inicial
com aquilo que a personagem tem que entender.
Mas e claramente um dos
bons filmes do ano, que consegue misturar generos de uma forma
interessante, da forma que sem contar consegue envolver o espetador,
com uma historia intensa, pesada, muito bem interpretada, e que
consegue no final, ter o lado emotivo, o lado simbolico que tras ao
filme um sublinhado bastante interessante. Podera não ter a dimensao
de um filme de oscar, mas e claramente um filme a assistir.
A historia fala de um
menor, que tem uma vida demasiado cinzente, por um lado a mãe esta
com uma doença terminal e é vitima de bullyng na escola, sendo que
o seu futuro e residir com uma avo bastante rigida, tudo resulta na
relação com um estranho monstro da arvore.
Em termos de argumento
o filme é interessante, com base numa historia criativa, com
signitifado literario, o filme consegue tirar o melhor da historia,
no sublinhado da mensagem, mesmo que me parece que a este nivel nem
sempre e um filme com ritmo equilibrados, e com as personagens
totalmente aproveitadas para o filme. Excelente a personagem central.
Bayona nos tres filmes
mais conhecidos conseguiu demonstrar diversas caracteristicas que
fazem dele um excelente realizador, realismo, diversidade e mais que
isso intensidade, o que fez em tres filmes tao diferentes so esta ao
alcance de um prodigio e esperamos que hollywood lhe de oportunidades
pois estamos perante um dos realizadores em melhor forma do cinema
europeu.
No cast temos
interpretações de primeira linha em todos os interpretes mas com
maior destaque para o jovem MacDougall com uma das interpretações
mais intensas e complicadas em termos juvenis dos ultimos anos, o
jovem preenche o ecrá, é versatil, é subtil, e intenso é
dramartico tudo que me parece sublinhar uma interpretação que
poderá merecer mais que elogios na epoca dos premios. Em termos de
secundarios excelente presença de Jones, uma actriz em clara
ascensão em Hollywood e que parece estar a criar alicerces para uma
carreira de primeira linha, com outro filme este papel poderia lhe
valer uma entrada na luta pelos oscares, contudo este tipo de hitoria
não é habitualmente o mais apaixonante para as academias.
O melhor – A forma
como o filme consegue conjugar generos tao distintos
O pior – Nem sempre
ser obvia a mensagem e a historia, em alguns segmentos
Avaliação - B
Tuesday, November 01, 2016
Indignation
Todos sabemos que os
meses de verão são marcados pelo lançamento de diversos filmes com
mais objetivos comerciais do que criticos, dai que apenas as
produtoras mais pequenas lançam filmes com objetivos mais criticos
como foi o caso da Summit com este filme, sobre a adaptação de um
jovem com convicções fortes ao mundo universitario. Certo é que
este filme de estreia do realizador James Schamus se tornou num dos
sucessos criticos do inicio do ano com avaliações essencialmente
positivas. Comercialmente para um filme com pouca expansao podemos
considerar os resultados muito mais que satisfatorios, contudo a
conjetura parece insuficiente para potenciar este filme para a
corrida aos premios.
Sobre o filme podemos
dizer que mesmo sendo um filme com um ritmo algo lento, é um filme
com boas personagens muito definidas, complexas, com personalidade
forte e por outro lado dialogos que abraçam diversos
fundamentalismos e que são de excelente funcionamento. Mais que tudo
parece-me um filme sobre saude mental e a forma como tudo pode
acontecer em grande stress, e nisso e de forma diferente o filme
consegue transmitir um pouco da suas mensagem com cada uma das
personagens que completam o final.
Assim se do lado
positivo temos um filme com grandes momentos narrativos, de dialogo
ou não fosse adaptado de uma obra de Phillip Roth, por outro lado
parece que a abordagem nem sempre tem elementos diferenciadores nas
suas diferentes componentes, fica na retina sequencias de dialogo
longas, o que corta o ritmo ao filme, mesmo que algumas tenham
grandes momentos quer em termos de um debate ideologico quer mesmo
nos bons momentos que permite aos seus interpretes.
Ou seja um filme
interessante, curioso, que longe de ser uma obra prima, ou ter força
suficiente para sublinhar-se como algo de totalmente diferenciador
acaba por nas suas personagens transmitir de uma forma vincada a sua
mensagem bem pensada ao espetador, permitindo também, sem nunca ser
extremado nas suas posiçoes, um debate ou uma reflexão sobre
diversas formas de pensar.
A historia fala de um
jovem pacato, que ganha uma bolsa e desloca-se para universidade onde
com os objetivos bem formados e com uma personalidade forte vai
tentar fazer com que nenhum tipo de experiencia modifique os seus
ideias.
Em termos de argumento
temos uma boa adaptação, principalmente na caracterizaçao complexa
das personagens que dá ao filme uma interessante maturidade e
permite dialogos ao mesmo tempo profundos como reflexivos. Talvez nem
sempre o argumento consiga temporizar e equilibrar os ritmos do
filme.
Para primeiro filme
podemos dizer que Schamus sai com um bom resultado, principalmente
porque criticamente o filme funcionou, embora nos pareça que as mais
valias do filme estão no seu argumento e historia de origem, já que
em termos de abordagem o realizador optou por algum tradicionalismos.
Por fim em termos de
cast, já referi noutras avaliações que me parece que Lerman e um
dos actores da sua geração com mais atributos e potencial, reune em
si uma capacidade comica, com um lado mais dramatico com recursos,
aqui ainda que nem sempre potenciados ao maximo, temos este seu
segundo vetor. Ao seu lado temos Gadon com um ano interessante, em
que se mostra ao mundo, num papel simples, e onde nem sempre a
intensidade da personagem reflete o que poderia ser.
O melhor – A
profundidade e conteudo de alguns dialogos
O pior – Nem sempre o
filme conseguir equilibrar os seus ritmos
Avaliação - C+
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