Sunday, March 26, 2006


Underworld - Evolution

Starring:
Kate Beckinsale, Scott Speedman, Bill Nighy, Derek Jacobi, Tony Curran
Directed by:
Len Wiseman

As sequelas são quase sempre tentativas de receber mais algum dinheiro com um produto inicialmente rentavel, pois bem este não foge a esse principio. O filme começa com um claro nascimento de um novo vilão, e depois mais do mesmo, fugas, lutas entre montros que nunca se compreendem bem o quê, dialogos tipicos de pessoas que viram muitos filmes do rambo, e está pronto para ir para o cinema mais um filme. Se já o primeiro tinha estado longe de ser grande coisa, este desce um pouquinho mais, primeiro porque lhe falta alguma qualidade de Nighy, e depois porque o tema (o grande ponto forte do filme, ou seja a luta entre dois tipos de montros) já e conhecido e acaba por se esbater neste segundo capitulo.
A grande evolução do filme diz respeito a uma realização mais bem conseguida, menos confusa que o primeiro com momentos de alguma arte, com particular destaque as cenas de luta. O argumento tal como no primeiro filme opta pela simplicidade disfarçada, já que o conteudo de fundo surge como algo complexo e sobrenatural, mas é sempre transposto de uma forma muito simplista no ecrã
AO contrário do primeiro este filme apesar de ter uma aceitação razoavel por parte dos espectadores (mesmo assim longe do sucesso do primeiro) acaba por ser um grande floop critico, que não é totalmente surpresa tendo em conta as articulações do filme.
O cast é minimamente bem conseguido Beckinsale é bastante sensual como selene dando a beleza que o filme precisa, Speedman é tão inofensivo que acaba por dar todo o (justo) protagonismo a Beckinsale.
Para quem gostou do primeiro de certeza que não vai sair desiludido deste pois é a continuação obvia de um primeiro filme ja de sim mediocre

O Melhor: A beleza de Beckinsale.

O Pior: O pensar que o filme até poderia ser engraçado se não perdesse tanto tempo em lutas que n levam a lado nenhum

Avaliação - C-

Saturday, March 25, 2006


Pride and Prejudice - Orgulho e Preconceito

Starring:
Keira Knightley, Matthew MacFadyen, Rosamund Pike, Jena Malone, Donald Sutherland
Directed by:
Joe Wright

Nos ultimos tempos, o cinema tem ausentado a adaptação de grandes obras, ficando estas limitadas a alguns produtor originários de algum tradicionalismo britânico, sendo que é neste contexto que sai esta versão de Orgulho e Preconceito. Ao contrário das ultimas adaptações, este filme não cai no erro de inovar, ou alterar, uma obra que por si só é imortal. E para que mexer em obras que tão facilmente cativaram o publico, não será mais inteligente simplesmente dar imagem as palavras de Austen neste caso. Esta é sem sombra de duvida a maior virtude do filme, o academismo que adopta, o rigor literário presendo, pondo de lado qualquer têndencia de dar uma visão individual de uma história UNiversal, Wright opta por o tradicionalismo, quase teatral na realização, caracterização das personages e acima de tudo no argumento.
O filme conseguiu por estes motivos agradar os dois publicos alvo, por um lado os espectadores que se deslocaram em massa (principalmente na europa) para visualizar o filme, e um reconhecimento quase unanime crítico de um filme belo e acima de tudo rigoroso.
Contra o filme esta alguma falta de necessidade de voltar a optar por um filme descontextualizado com uma moral que apesar de forte dificilmente é transponivel para a actualidade, e um pouco a repetição de tiques ja presentes em outras adaptações da autora como "Ema e Sensibilidade e Bo, Senso", mesmo assim estamos perante uma das obras mais artisticas capz de ter lutado com os melhores do ano pelos diferentes prémios atribuidos.
De salientar ainda a magnifica realização deste estreante, dando inicios de podermos estar perante o nascimento de mais um academico e talentoso realizador britânico de epoca, na boa tradição de Frears e Ivory.
Quanto ao cast, este parece-nos muito bem selecionado, principalmente nos protagonistas, se por um lado Keira enche o ecrã em cada cena que entra (apesar de me parecer em demasia a nomeação para o Oscar) por outro Matthew transmite uma arrogância incial que facilmente se transforma numa sensibilidade muito bem interpretada, alertando para estarmos atentos aos proximos passos deste actor já que para quase total desconhecido, toma por vezes a redeas de um filme complexo como este.
Enfim mais uma tradução academica de uma autora de epoca academica, que pode não apaixonar ninguem, mas também nunca vai desagradar!

O Melhor. O facto de se não ter caido na tentação de alterar a historia, os classicos existem porque são perfeitos e não devem ser alterados

O Pior: Algum rigor a mais tipico em filmes de epoca que acaba por retirar algum ritmo ao filme e provocar sonolência ao espectador

Avaliação - B

Friday, March 24, 2006

Frágeis

De: Jaume Balagueró
Com: Calista Flockhart, Yasmin Murphy, Elena Anaya

O terror deste inicio de seculo tem pautado por contar historias de espititos com histórias mal resolvidas, que permanecem no mundo dos vivos de forma a se vingarem! Esta poderia ser a sinopse de 70% dos ultimos titulos produzidos por Hollywood, no genero de terror. POis bem a europa sempre mais originar nas suas obras surpreende negativamente ao lançar um titulo nos mesmos moldes, uma produção espanhola e inglesa que se baseia nas desventuras de uma enfermeira num hospital pediatrico envadido por acontecimentos sobre naturais, como podem de ver nada de novo tras o argumento, sendo que esta falta de novidade esta presente durante o filme todo, com situações previsiveis, mortes nada interessantes, exploração das relações entre as personagens quase pouco trabalhadas, sendo grande parte das personagens simples figurações de um filme que apenas quer assustar, sendo que grande parte das vezes nem isso consegue.
Apesar de tudo isto o grande floop do filme reside na falta de sustentação, e de base sólida na forma como se constroi a relação (queria o autor forte), entre a enfermeira e a paciente, parecendo cair aquele sentimento todo de algo sim para anormal. A favor do filme joga alguma brutalidade de imagens principalmente a forma como organizou o habitat da vilã e acima de tudo a sua aparencia, horrorosa, no bom sentido da palavra. Fora isto estamos perante um filme sem conteudo, baseado em premissas de sucesso que a cada dia que passa mais cançam o espectador que implora por novas ideias no genero de terror. E a constatação que nos ultimos tempos a originalidade europeia tem se deixado influenciar pela vertente menos positiva e com menor qualidade de hollywood.
As ambições do filme também me parecem demasiado elevadas já que por um lado, ao adoptar a lingua inglesa procurou maior mediatismo e exito comercial (ja tinha indicios a historia de base do filme que seria essas as motivações), depois a escolha de um cast com a presença de actores conhecidos (não direi super estrelas porque nenhum chega a um nome de top em hollywood) como a irreconhecivem Calista, desenquadrada do papél, nunca se conseguiu desligar da poderosa ally, que a vai preseguir e inibir sempre, e Richard, eterno vilão em mega produções Hollywoodescas (Moulin Rouge, Van Helsing MI2) que aqui opta por um registo mais aceite e moralmente positivo, apesar de parecer totalmente decorativo.
Em conlusão um filme chiclet que apenas nos poe a pensar ate quando vamos ter de aguentar com obras deste género, e que por vezes os actores devem-se centrar naquilo que lhes deu sucesso e nao entrarem por caminhos que nao conhecem. Nao e Calista!!!

O Melhor: O 2º andar do hospital, muito bem caracterizado e perfeito para filme de terror

O Pior: Muda a cassete e toca o mesmo e esta música nem bem gravada esta

Avaliação D+

Monday, March 20, 2006


Yours, Mine and Ours

Starring:
Dennis Quaid, Rene Russo, Linda Hunt, Rip Torn, Jerry O'Connell
Directed by:
Raja Gosnell

A comédia familiar todos os anos deixa uma descêndencia interminavel, e mesmo quando as ideias acabam, existe sempre o remake, daquelas que obtiveram maior sucesso. Se adicionarmos a isto o sucesso do primeiro há duzia é mais barato, podemos perceber onde surge a origem deste filme.
Realizado por um dos cineastas com mais sucesso no tipo, Your mine and ours, apostou-se desde logo em ser um dos objectos de maior sucesso do ano, juntando vários ingredientes promotores de sucesso, como o cast, realizador, e acima de tudo uma concentração de produtoras para promover um objecto à partida infalivel.
Contudo toda a fartura costuma sempre dar em fome, assim encontramos um filme que por um lado esteve longe de conquistar a critica, e mesmo o publico teve longe da acetação que tivera por outros titulos do género. As razões para isto, podem estar relacionada com o exagero que cai o filme, juntar 18 crianças numa casa só poderia dar confusão, já que nenhum filme com 90 minutos poderia ir além das situações tipicas dos filmes de domingo à tarde, e de personagens esteriotipadas ao limite. Assim estamos perante um filme que nada de novo trás ao genero insistindo nas mesmas piadas e nas mesmas situações, em momento algum aproveitando as potencialidades que por vezes parecem despontar.
Com particular destaque neste ambito, o confronto de práticas educativas entre os dois elementos adultos, e acima de tudo o talento das estrelas principais, particularmente Russo que parece totalmente desenquadrada de um filme que nunca lhe permite brilhar como merece.
De resto a velha história dos twists na forma como as crianças se relacionam com os pais e entre si, colminando num filme simples, que promete repetir-se vezes sem conta num domingo a tarde perto de nós. De referir ainda o facto que o filme adopta sempre um fio de condução pouco coeso que chega mesmo a romper na parte final, com situações completamente desprovidas de sentido e acima de tudo de lógica, parece-nos então que estamos perante um filme que devido a sua falta de conteudo nunca nos chega a desagradar profundamente, mas que por sua vez já esquecemos do seu conteudo 10 minutos apos a visualização
De referir que o despredicio de meios do filme parece-nos gritante e faz-nos estar contentes com a queda merecida de grandes estudos que não se cansam de apoiar projectos vazios como este

O Melhor: O confronto entre as práticas educativos

O Pior: Existir filmes mil vezes superior a estes que lutam por uma produtora e distribuidora forte, enquando este quase vazio de filme consegue reunir um numero elevado delas

Avaliação - D+

Sunday, March 19, 2006


Os Três Enterros de um Homem

Starring:
Tommy Lee Jones, Julio Cedillo, Vanessa Bauche, Dwight Yoakam, Barry Tubb
Directed by:
Tommy Lee Jones

Muitas vezes Hollywood é um pouco ingrata com as suas estrelas, principalmente quando estas tentam dar um novo rumo à sua carreira, colocando-se atrás das cameras em projectos pessoais. Assim Tommy Lee Jones teve de recorrer a dinheiro europeu (Besson) e mexinaco para tornar real esta sua obra. Contudo a critica americana constuma funcionar em direcção opoata idolaterando este tipo de obra de forma a considerá-la quase um qulto.
Será assim esta obra tão singular? A minha opinião não vai neste sentido, apesar de retratar a honra como necessidade básica de qualquer americano profundo, o filme acaba muitas vezes por se tornar nos tipicos filmes de viagem longa com os problemas tipicos destas, oferecendo uma caracterização fisica desgastante, sempre perante principios como defesa de honra e vingança.
Mesmo assim estamos perante uma obra bastante fiel na reprodução das dificuldades da america desconhecida, longe da azafama das grandes cidades.
Assim estamos perante duas personagens em tudo semelhantes, com as emoções resguardados no canto mais obscuro das suas personalidades, vão seguir uma viagem até ao Mexico com o intuito de enterrar Melquiades Estrada, um Mexicano misterioso que se vai revelando ao longo do filme. O filme oferece imagens algo cruas principalmente do cadaver que segue durante toda a viagem. Apesar da originalidade e da boa realização do filme, o filme peca em determinados aspectos, alguma falta de ritmo que quase deixa o espectador vagarosamente seguindo filme, e uma montagem inicial algo confusa, que acaba por não trazer nenhum beneficio ao longo do filme.
De referir a escolha de um cast bem conseguido, já que se por um lado a integração de Lee Jones é prefeitamente justificada, tendo em conta que se trata de uma obra intimista quer dele quer mesmo da sua personagem, a escolha de Pepper para o papél mais dificil do filme acaba por se ganha, dando a clara ideia que este actos se torna cada vez mais eficaz depois de um inicio complicado marcado pelo prtagonismo num dos filmes mais mal amados de sempre o cientológico Batfield Earth.

O Melhor. A dureza dos cenários, e a interpretação de Pepper.

O Pior: Demasiado profundo no retratamento de uma America quase desconhecida para um Europeu, que tem dificuldade em estabelecer paralalos do filme com a realidade

Avaliação B-

Thursday, March 16, 2006


Bandidas

Starring:
Penelope Cruz, Salma Hayek, Steve Zahn, Dwight Yoakam, Audra Blaser
Directed by:
Joachim Roenning, Espen Sandberg

Todos os anos o mago do blockbuster europeu Luc Besson, produz titulos, capazes de romper com a idiologia tradicional dos titulos feitos no velho continente, substituindo grandes histórias por mega-produções sustentadas por alguns actores conhecidos de todo o público. Este ano Besson optou por fazer uma passagem pela acção mexicana, escolhendo duas das maiores estrelas latinas para protagonizar o seu novo titulo.
Quanto ao tipo depois de exprimentar as artes marciais asiaticas, resolveu desta vez apostar num western tipico, com histórias de vingança e com muito muito pó, contudo ao contrario dos titulos anterios deste produtor, resolveu oferecer um filme mais suave, com ligeiro teor cómico, contudo o filme raramente funciona, primeiro porque o esteriotipo está sempre presente, depois porque há um claro caminho pelo mais fácil e acima de tudo o cast apesar de recheado de super-estrelas esta longe de conter actores de credenciais assinaladas, já que se por um lado Hayek ainda consegue prestações de qualidade, Cruz só na sua terra natal parece convencer quer o público quer a critica, aos quais se junta Zahn, incapaz de contornar a imagem de ingenuo que todos surpreendeu numa fase inicial, mas que actualmente e tendo em conta a repetição constante de papeis, acaba por se tornar cada vez mais cansativo.
Outro dos grandes pontos fracos do filme é a incapacidade do filme se desenvolver em determinados pontos fulcrais, bem como uma realização incapaz de nos marca. Assim estamos perante um filme demasiado simples, que acaba por falhar nos aspectos que a partida lhe poderiam trazer mais vantagens. Ressalta como mais valia do filme a sensualidade impressionante transmitida pelas personagens principais que contrariam os defices linguisticos e de actuação com a sensualidade latina capaz de roer de inveja grandes das estrelas naturais de Hollywood.
Este filme mais uma vez vem demonstrar alguma da incapacidade de os europeus funcionarem com grandes meios, e assentuando cada vez mais a excepção que foi " O quinto elemento" no panorama cinematográfico

O Melhor. A beleza de Hayek e Cruz, o filme nao e mais que uma propaganda aos seua atributos, e que atributos!!!

O pior. O vazio de conteudo de um argumento excessivamente esteriotipado, e a repetição de Zahn em ser ridiculo

Avaliação: D+

Monday, March 13, 2006


The Family Stone - A Joia da Familia.

Starring:
Dermot Mulroney, Diane Keaton, Sarah Jessica Parker, Claire Danes, Rachel McAdams
Directed by:
Thomas Bezucha

Poucos filmes conseguem uma antitese tão grande como esta obra, capaz de extremar emoções, variando entre uma comédia familiar, com momentos de drama intenso, A joia da Familia é a partida uma das obras mais singulares do final de 2005, conseguindo reunir todos os ingredientes das softs comedias familiares com a profundidade de obras de autor e marcadamente trágicas.
Assim entramos na casa dos Stone, familia completamente atipica, capaz de juntar as mais diversas personalidades, colocando-nos na prespectiva de Meredith (Parker), aos poucos as nossas emoções relativas a familia vão-se moldando como a da personagem, acabando por conseguir uma grande cumplicidade com o espectador.
O filme vai ganhando aos poucos intensidade, intercalando momentos de humor, com episodios de soltar a lágrima, sendo que é na diferença de eficacia entre estes dois pontos que reside o aspecto mais débil do filme. Se por um lado a vertente dramática está muito bem contruida, capaz de facilmente emocionar e abalar o espectados, os conteudos cómicos e com maior relevância os envolvimentos amorosos, carecem de realismo e profundidade, quase retirados de histórias de encantar. Dai que na minha opinião considere um bom ensaio este filme que com uma boa conjugação destes dois segmentos poderia ter sido uma obra singular no panorama cinematográfico. Mesmo assim estamos perante um bom filme, mesmo que por diversas vezes caia na rotina das comédias familiares, com os seus vicios menos salutar.
No que diz respeito ao argumento, este poderia ter potenciado uns dialogos mais marcantes, ja que as personagens apesar de algo esteriotipadas dariam aso a mais qualidade.
A realização é competento, sendo uma das grandes armas do filme o brilhante cast, recheado de actores tipicos deste género de filmes, salientando-se as excelentes caracterizações de Parker, Mulroney e assima de tudo McAdams a assumir-se como uma das actrizes a ter em conta num futuro bastante próximo.
Enfim um filme arrojado, que poderia ser melhor mas mesmo assim está muito acima da mediania das obras semelhantes

O melhor- Vamos rir, chorar e descobrir emoções que pensavamos impossiveis de conjugar

O Pior- As historias amorosas, parece que o autor limitou-se a fazer o mais simples neste parametro

Avaliação - B-

Pink Panther - A Pantera Cor de Rosa.

Starring:
Kevin Kline, Steve Martin, Jean Reno, Emily Mortimer, Beyoncé Knowles
Directed by:
Shawn Levy

Uma das perguntas que se pode fazer, é porquê de um remake sobre um filme tão simples e tão desactualizado como a pantera cor de rosa, ainda para mais quando o seu maior icon, acaba por ser um desenho animado que não aparece no filme? A resposta só pode ser a tentativa de Steve Martin, autor e actor do filme encotrar um argumento ao seu nivel de representação e humor, ou seja desactualizado.
Assim viajamos mais uma vez até frança, onde se investiga um homicidio e um roubo, conduzindo a uma serie de gags sucessivos e extremamente previsiveis, capaz por vezes de nor fazer sorrir, apesar de nunca conseguir chegar a gargalhada em si, sustentado por um argumento muito pouco coerente, com articulações muito débeis, conduz a 90 minutos de entertenimento pouco eficaz, e que concerteza facilmente ultrapassado por qualquer acção consequente.
Este blockbuster que adiou a sua estreia (talvez por receio de uma competição feroz marcada para Verão de 2005) chega finalmente aos cinemas com uma aceitação razoavel, apesar dos seguidores da serie se mostrarem muito descontentes com o resultado (mas enfim acontece sempre isto).
A realização ficou a cargo de um experiente no genero, acabando por cumprir neste particular, apesar da debilidade do argumento e de mais uma vez o egocentrismo de Martin marcar o filme, o filme acaba por desapontar apesar da boa disposição que transmite, principalmente na simpatia da personagem de Jean Reno de longe o melhor actor em cena. De referir também o oportunismo da presença da cantora Beyonce, capaz de garantir alguma receita ao filme
Enfim estamos perante um remake com pouca razão de ser, mas que acaba por seguir a lógica das obras anteriores, mesmo que isso pouco abone a seu favor. De apontar a falta da ironia tipica dos filmes antecedentes, já que esta é transformado na tentativa da gragalhada facil e maioritariamente física.

O Melhor: Clive Owen na unica sua aparição como agente secreto que nunca chegou a ser

O Pior: Demasiado humor físico e fácil caindo por diversas vezes no ridiculo, e em atestados de ingenuidade aos espectadores.

Avaliação C-

Sunday, March 12, 2006


Casanova

Starring:
Heath Ledger, Sienna Miller, Jeremy Irons, Lena Olin, Oliver Platt
Directed by:
Lasse Hallstrom

Há histórias que rapidamente se tornam lendas no universo mitológico da cultura Universal, sendo que o imaginário dos sedutores do mundo idolteram Giacomo Casanova. Assim um dos realizadores mais académicos e premiados de Hollywood (Lasse Hallstrom premiado por Chocolate, e Regras de Casa) decidiu dedicar um segundo filme deste ano (depois do grande fiasco que foi uma Vida Inacabada) a uma adaptação suave da história do mito Casanova.
Pois bem a ambição deste filme é muito curta, não é mais do que um argumento simplista, baseado numa serie de situações bem humoradas, e personagens pouco caracterizadas.
A caracterização espacial do filme é bastante bem conseguida, dando grande enfase a uma veneza cheia de espaço de grande romantismo, contudo nunca este é aproveitado, já que os acontecimentos vão surgindo a um ritmo de cruzeiro, e com situações que por diversas vezes entram num ambito demasiado ridiculo, para um filme com assumidas manifetações aos prémios, desiludindo neste aspecto já que para os principios do filme, estamos perante uma obra demasiado simplista e pouco original, caindo por diversas vezes em sequencias marcadamente previsiveis e pouco cativantes.
Ganha grande relevo o climax final do filme que acaba por salvar em parte o registo do filme transformando uma obra de tonalidade mediocre em algo mais valioso mas incapaz de ultrapassar a mediania de outras obras.
O argumento e realização nada trazem de novo para o cinema de epoca, enquanto que o cast parece-me claramente mal escolhodo sendo que heath volta ao registos vulgares do passado, ignorando os registos mais bem conseguidos efectuados durante 2005 (Brockeback mountain, Brothers Grim). Tambem Irons já teve melhores dias, demonstrando uma clara baixa de forma, visivel na seleção de papéis durante os ultimos anos. Salva-se Oliver Platt capaz dos melhores momentos do filme oferencedo o teor de humor que tanto o caracteriza.

O Melhor. Sem sombra de duvida os ultimos 5 minutos de filem

O Pior. Por vezes surpreende por tão basico e previsivél que se torna. O tom demasiado familiar que o filme adopta acaba por frustar as expectativas de quem esperava algo mais singular e historico.

Avaliação C

Friday, March 10, 2006


The New World

Starring:
Colin Farrell, Christopher Plummer, Wes Studi, August Schellenberg, Raoul Trujillo
Directed by:
Terrence Malick

Se por um lado toda a gente conhece a versão disney da história de amor entra Pocahontas e John Smith, poucos alguma vez terão imagindo uma versão tão intimista como este New World. Uma obra de um autor peculiar que resulta em mais de duas horas de cinema díficil, por vezes penoso, mas que sempre acabamos por admirar pela qualidade de todas as integrantes do filme. Malick sempre se apaixonou por dar primazia aos dialogos poeticos internos das suas personagens em deterimento de uma interação verbal entre estes, optando por trocas de olhares e toques como forma de interação, oferecendo um romantismo quase poetico durante todo o filme, já que este conduz o telespectador numa dissertação sobre o amor e acima de tudo sobre a faceta poética do mesmo.
Este filme esquecido por toda a gente (espectadores e prémior), provavelmente porque é um objecto demasiado intimista e demasiado próximo de uma literatura reflexiva, ganhando na beleza das imagens e das palavras perdendo em ritmo e na essencia do cinema, ou seja a interação com o espectador, o que se pode traduzir numa rejeição completa por parte das pessoas em relação ao filme
Os aspectos mais fortes do filme, são uma fotografia brilhante, capaz de fazer inveja as melhores fotografias de sempre, e uma revelação no cast, com a escolha surpreendente de uma total desconhecida para o papel central do filme (pocahontas). De referir a grande competência das outras escolhas de Malick optando por dois dos mais talentosos actores da nova geração para os outros papeis centrais. (Farrel, Bale).
O argumento demonstra um caracter simplista do filme, e o cunho de autor que Mallick ja nos habituou, já que encontramos grandes paralelismos na forma de filmar com os titulos precedentes do autor (Barreira Invisivel mais recentemente).
Para concluir, o facto das personagens centrais nao terem ficado na sala de montagem como sucedeu com Gary Oldman e Vigo Mortenssen no titulo anterior do realizador, ou mesmo a quase aniquilação total de personagens (como a de Adrien Brody no mesmo filme), contornando assim as polémicas que tanto contextualizaram as experiencias de realização passadas do autor.

O Melhor: A obra de arte do filme, todos vão achar bonito o resultado final

O Pior: O processo do filme apesar de belo, torna-se por vezes demasiado intimista, e demasiado dificil para o espectador

Avaliação - B

Saturday, March 04, 2006


Capote

Starring:
Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Clifton Collins Jr, Chris Cooper, Bruce Greenwood
Directed by:
Bennett Miller

Existe papeis que pela sua força se tornam autenticos exemplos de como actuar. Sem qualquer tipo de duvida o desempenho de Hoffman neste filme vai ser recordado durante anos e anos como um dos melhores das ultimas decadas, oferecendo momentos de autentico festival de interpretação, conduzindo sobre os seus tiques e inquietações um filme, concluindo mesmo com a nomeação do filme para a categoria maior dos oscares da academia!!!
Mas é o filme mais que a interpretação, seria injusto dizer o contrário, mesmo que o filme ficará sempre na retina pelo desempenho do seu actor e não pela realização, argumento, nem o filme em si, que mais não é do que um biopic original, sobre um dos maiores escritores da america, mais concretamente o percurso para a realização de uma das suas obras mais conhecidas, com as vantagens e desvantagens que sobressaem deste facto.
Numa analise fria parece-me claramente exagerado a coerencia critica em relação a este filme, o que me coloca algumas questões, onde é que estaria o filme sem a interpetação, é assim tão diferente (com a excepção de se tratar de truman capote) do genero! Talvez não, mas isso será sempre relativizado pelo facto de estarmos perante um realizador na sua primeira obra, e pela prestação de Hoffman.
No competo geral estamos perante um filme justo, mas que parte à partida como o parente pobre dos vertices nomeados para o Oscar, sendo o mais que justo oscar ao actor um prémio de consulação de um filme que certamente nunca esperou chegar tão longe!!!

O melhor: Hoffman para o OSCAR

O Pior: Apesar de tudo esperava muito mais de um filme tão consensual, aquela personagem merecia um filme mais apaixonante!!!

Avaliação B-

Match Point

Starring:
Brian Cox, Matthew Goode, Scarlett Johansson, Emily Mortimer, Jonathan Rhys-Meyers
Directed by:
Woody Allen

É consensual que nos ultimos tempos Allen estava arredado dos grandes filmes, apresentando sucessivamente filmes simples, com pouco fundo e sustentado em dialogos filosóficos e cheios de sentido, capazes de agradar os fás do autor mas incapaz de entrar no goto de todos os outros. Pois bem com match point allen corta com quase todo o seu passado diferente, apresentando um filme mais negro, substituindo o tom cómico por um tom mais dramático a acima de tudo substituindo as palavras por gestos e expressões faciais, integrando tudo isto numa narrativa muito complexa e bem contruida. De referir ainda a mudança de cenário, a incrivél Manhatan é substituida por Londres, onde apesar da grande caracterização espacial, Allen demonstra ainda estar longe do conhecimento que tem na sua terra natal.
Assim estamos perante um filme bem contruido, sustentado numa personagem em contrução de personalidade, algo perdida em si próprio (Meyers) depois surge um misto de amor, traição, mistério, tocando ao de leve temáticas como as patologias das classes altas e o aborto.
No inicio do filme a personagem principal encontra-se a ler Dostoievsky, pois bem os paralelismos com a obra crime e castigo, do autor são mais que muitos, estando presente com grande destaque nos ultimos 20 minutos de filme.
Mas será este filme um dos melhores do ano? Na minha optica é discutivel, se por um lado o filme está bem contruido e surpreende prlo facto de ser um obra singular na carreira de um autor singular, o facto é que pouco de novo nos trás o filme, com uma história de centro algo batida em Hollywood, mesmo assim Allen faz o filme com mestria o que o retira do medianismo tradicional deste tipo de obras.
A realização de Allen é bem conseguida principalmente nos contrastes preto branco quase metaforico que vai fazendo ao longo de todo o filme. O cast é extremamente arrojado, apostado em actores jovens, e se por um lado Scarlett é garantia de qualidade, Meyers (eterno secundário em filmes épicos, mas que já tinha surpreendido tudo e todos com o andrógina Brian Slade em Velvet Goldmine) era uma aposta de risco, contudo a meu ver ganha, já que a grande expressividade facial e vocal do actor contornal alguns défices relacionados com a componete motora, principalmente a sua locumução (muito feminina!).
O argumento mesmo longe das obras primas de Allen é muito bem contruido e é com naturalidade que o vimos com uma nomeação para os OScares da academia!!!
Estamos em conclusão perante um filme que teve o maior reconhecimento critico de Allen desde "As faces de Harry",e quem sabe o renascimento do autor noutro género.

O melhor. A capacidade de Allen surpreender quer na comédia quer no Drama

O Pior. Perde-se na fase intermédia do filme, penso que uma maior exploração dos conflitos finais da personagem poderiam enriquecer o filme

Avaliação - B