Wednesday, January 27, 2016

Macbeth

Shakespeare sempre foi uma inspiração para o cinema, desde adaptações classicas a invenções, poucos sao os anos em que uma sua adaptação não ve a luz do dia. Este ano e dentro de uma adaptação mais classica surgiu este Macbeth, que foi estreado com sucesso critico no último festival de Cannes. Contudo na estreia mundial as coisas apesar de terem sido positivas nao foram tão unanimes. Comercialmente estreando entre muitos filmes de maior destaque acabou por não ter protagonismo ainda para mais quando nao conseguiu entrar na corrida pelos trofeus.
Macbeth e uma historia pensada para o teatro e uma historia conhecida. Tentar ser fiel ao escrito de Shakespeare e fazer um filme intenso com toda a força da peça de teatro e a meu ver dificil e no caso concreto de Macbeth direi mesmo impossivel. Porque a passagem e imediata e porque o teatro não exige a coerencia de uma peça de teatro, e é nisto que o filme ou mesmo qualquer adaptaçao fiel do livro tera dificuldades ou seja retratar a forma como a ambiçao acaba por danificar moralmente a personagem. No filme temos uma mudança repentina pouco trabalhada, principalmente porque o filme mais que contar a historia quer adornar com uma realização bonita e de impacto.
Alias e mesmo na realizaçao e na fotografia que o filme tem os unicos elementos diferenciadores relativamente a outras adaptaçoes, mais adaptado com novas tecnologias com o primor e rigor de cada cena o filme e bonito mais que narrativamente interessante, as sequencias de luta são trabalhadas e contextualizadas para um cinema artistico mais que real, poderemos dizer que se trata de um filme que queria tornar Macbeth um filme artistico mais que a historia em si.
Mas isso e pouco principalmente quando um filme estreia em festivais e em Dezembro as ambiçoes dos oscares sao sempre assinlaveis e neste caso parece obviamente que uma decima adaptaçao do filme teria obviamente de ter muito mais do que apenas compoenentes tecnicas boa fotografia e bons interpretes. Ao filme falta realismo, e acima de tudo arriscar em dar algo mais a historia que a maioria ja conhece.
A historia e a conhecida um chefe de soldados depois de defender o rei é informado que um dia sera rei por tres bruxas o que cria nele uma ansia de chegar a este lugar, começando a colocar de lado todos aqueles que se intepõem no seu caminho para a profecia.
O argumento tem uma dificuldade de estrattegia bem presente, ao querer utilizar grande parte das linhas originais do livro acaba por distanciar o filme de uma ação real, e principalmente em cinema isso tira impacto, porque existe diferenças na estrutura entre o teatro e o cinema e o filme nunca consegue adaptar a segunda ao primeiro em termos de argumento.
Ninguem podera dizer que Kurzel nao arrisca na realizaçao, cada sequencia de luta e pensado para se tornar bonito quase como um bailado de cor, aqui um trabalho interessante que podera ser mais rentavel com argumentos mais originais e diferenciadores. Veremos o que resulta da adaptaçao do videojogo Assassin Creed.
No cast nao existiu risco entregas os papeis principais a Fassbender e Cottilard e o garante da intensidade que as personagens necessitam, Fassbender esta em muito boa forma e a intensidade deste filme completa um ano de ascensão de um dos melhores actores da atualidade que se entrega em pleno a um papel mitico.

O melhor - A realizaçao

O pior - A falta de novidade na historia ou na abordagem

Avaliação - C

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