Spike Lee e
um realizador controverso, podemos não gostar dos seus filmes,
considerar os mesmos extremamente tendenciosos do ponto de vista
racial, mas é certo que o mesmo arrisca nos mesmos, tem cuidado com
o primor estetico e é um referencia polemica do cinema. Depois de
nos ultimos filmes as coisas não terem corrido muito bem este ano
lançou uma adaptaçao de uma obra grega aos dias de hoje. Os
resultados criticos foram interessantes, o seu regresso as boas
avaliaçoes, insuficientes contudo para entrar em qualquer corrida,
por sua vez comercialmente as coisas estao muito em baixom o filme
teve pouca expansao e pior que isso foi pouco visto.
Sobre o
filme uma adaptaçao de uma obra antiga ao mundo moderno,
principalmente quando se quer ficar com algum do texto integral soa
sempre a demasiado teatral, e esse e o grande problema do filme, mais
que o filme e uma peça de teatro uma encenaçao, por isso o lado
musical, o lado estetico o lado da cor que o filme tem, e que o
tornam num objeto creativo, perfecionista, arriscado mas funcional do
filme.
O tema e
polemico a ligaçao da sexualidade com a guerra numa guerra de
genero, ele consegue fazer o filme com um teor leve, quase
humoristico, nas sempre com a capacidade de denunciar que o filme
tem. Mais uma vez e este e o lado mais cansativo de Lee vem o lado da
diferença racial, que mesmo sendo tocada muito ao de leve esta
presente no filme. Mas temos inovaçao no realizador, na cor, na
musica, na forma como transforma uma obra grega num bailado moderno e
isso a que anotar.
Muito
sentiram esta forma de filmar e mais que isso a forma do argumento
estranho, e dificil entrar na forma do filme, dai que se conseguirmos
vamos desfrutar do filme, caso contrario o filme não sera facil de
acabar, não e um filme para se amar, mas sim para gostar dos
apontamentos, o tema da guerra de gangs e repetitivo e a resoluçao
demasiado teatral e pouco narrativa. Num filme com mais virtudes do
que defeitos, temos o lado de um toque actual numa historia
universal.
A historia
fala de chicago dos gangs que matam crianças e entre si diariamente
numa tentativa de acabar com esta guerra as mulheres juntam-se e
exigem o fim da guerra para voltarem a ter sexo.
O argumento
e interessante na medida em que ajusta uma historia da antiguidade
aos nossos dias e ainda para mais a um ambiente de bairro, claro que
algumas das adaptaçoes poderiam ter mais creatividade mas funcionar
já e um ganho para um projeto dificil, principalmente na forma como
os dialogos sao escritos.
Spike Lee
tem aqui uma obra mais estetica mais espetacular do que grande parte
dos seus filmes, temos cor, temos encenaçao, temos bailado, temos
atualidade mostrando Spike Lee que não esta morto e que o cinema
para alguns e uma forma de expressao
No cast nos
principais papeis poucos actores de renome Teyhona Parris tem o papel
de maior destaque e entrega bastante sensualidade a um filme que
exige isso, do outro lado parece menos convincente Nick Cannon num
papel que exigia mais dualidade parece sempre um rapper em modo slow.
Bons cameos de Snipes e principalmente de Samuel L Jackson.
O melhor –
A peça de teatro
O pior –
Ser um filme dificil de entrar
Avaliação
- B-
No comments:
Post a Comment