Monday, March 31, 2008

Shutter



Starring:
Rachael Taylor, Joshua Jackson, David Denman, James Kyson Lee, Maya Hazen
Directed by:
Masayuki Ochiai



Ainda existe uma grande duvida em Hollywood, porque razao continua-se a fazer remakes sucessivos de filmes de terror japoneses, quando há mais de dois anos estes colecionam fiascos criticos e mesmo ultimamente de bilheteira, contudo parece que estamos completamente invadidos por este fenomeno, imagine-se que so este ano ja vamos na 3 aposta do genero e todas com as mesmas respostas negativas quer por parte da critica quer por parte do publico, se bem que os valores medianos fazem com que o fenomeno nao tenha fim a vista.


O tipo de filme e sempre semelhante, um espirito ligado ao passado das personagens decide evadir o dia a dia destes conturbando a calma e a felicidade destes, o que muda e a sua forma de propagaçao que neste filme vai ainda mais longe na copia so trocando a cassete de video de Ring, pelas maquinas fotograficas que vao desvendando a aparição.


Depois o costume, pouca luz pouco desenvolvimento da historia, que se limita a sua premissa central, perseguiçoes, poucas mortes e gritos ate dizer chega. Numa formula repetida ate a exaustao no cinema de terror oriental e que agora parece ser copiado sem paralelo pelo cinema norte americano.


Este genero de filmes pela sua essencia de remake nao so torna os filmes pouco creativos como ainda estrafa o pouco de terrorifico que as baixas produçoes asiaticas conseguem criar, este fenomeno criou alguma das piores obras que Hollywood viu neste ultimos anos, este Shutter nao sera a pior, ja que adquire uma narrativa simples e linear que nao complica, e nao demonstra qualquer tipo de ansiedade em conquistar terreno impossivel.


O argumento e repetitivo em demasia, utiliza a formula japonesa na mesma realidade que esta, num conjunto de personagens que caem do ceu, nunca chegando a ser familiares com o espectador, o desenvolvimento narrativo nao vai muito mais longe do que logico, e rapidamente chegamos a uma conclusao sem qualquer tipo de elemento surpresa no seu intermedio, enfim um argumento pobre que infelizmente ja estamos habituados no genero em causa.


A realizaçao e importante neste tipo de filmes e joga-se aqui uma carta essencial no futuro que o filme adquire, nada melhor que um realizador de origem para primar alguma ligaçao ao primeiro filme, contudo as opçoes por sequencias pouco luminosas, para favorecer o clima de suspense nem sempre parece a melhor opçao com perdas de noçao espacial do espectador.


Os remakes de filmes de terror asiaticos tem sido o terreno preferido para ex idolos de serie juvenis reaparecerem em carreiras cinematograficas pouco brilhantes, aqui o há muito desaparecido Jackson, que depois do exito de Skulls e quase ter sido nova batman, desapareceu da carreira promissora que anunciavam acabando no ultimo degrau da fama, em papeis sem qualquer tipo de relevo em filmes de quarta divisao, ao seu lado outro grupo de actores mais habituais da Tv, sem nada de brilhante a registar.


O melhor - Apesar de tudo a linearidade do desenvolvimento narrativo.


O pior - Chega destes remakes.


Avaliação - C-


Saturday, March 29, 2008

Chapter 27



Starring:
Lindsay Lohan, Jared Leto, Matthew Humphreys, Brian O'Neill (II), Adam Scarimbolo
Directed by:
Jarrett Schaefer



Fazer um filme sobre uma das pessoas mais odiadas da historia universal é um risco claro, ainda para mais quando se aborda apenas de uma forma limitado apenas o acontecimento que marcou a vida de Mark Chapman, mas tambem o panorama musical dos ultimos 120 anos, ou seja a morte de John Lennon, o filme como e obvio nao agradou as distribuidores, e nem uma rodagem interessante, onde o actor jared Leto teve de engordar quase 40 kilos, conseguiram que o filme tivesse uma distribuiçao mais alongada, sendo os resultados de bilheteira, e apos diversos atrasos dificeis de percepcionar, bem como a reacçao critica.


O filme nao tenta em nenhum momento relatar a origem e a vida deste assasino, nem tenta explicar o fenomeno, tenta sim caracterizar o estado da pessoa que conduziu ao acto, num filme muito mais forte na procura dos conflitos internos da personagem do que propriamente nos seus conflitos externos.


Talvez por isso o filme seja monotono, sem sabor, demasiado ambiguo, demasiado para dentro e pouco rico na exploraçao de uma vertenta mais extreorizada da personagem, no final apenas sabemos que estamos perante uma pessoa perturbada, sem saber o grau, a razao nem tao pouco a pertubaçao, chegamos mesmo a nem saber ao certo o que teve por tras de tal acontecimento dada a ambiguisade de um filme sem ritmo e acima de tudo sem linha narrativa que mantenha o espectador pragado ao ecrã.


O filme retrata apenas os ultimos 3 dias antes do assassinato da vida do autor do crime, desde a deambulação por hoteis, a procura de contactar com o lider dos beatles, ate ao encontro causal com outra fã, numa serie de conflitos internos e mentais que conduz ao fatidico acontecimento, na fase final tenta abarcar um terreno mais contextual e cultural mas está demasiado intimista para o fazer.


O argumento, tenta demonstrar a perturbaçao de uma forma subliminar, tudo e demasiado reflexivo, tudo e demasiado interior e pouco exterior e isso refecte-se num filme algo morto, pouco interessante, onde mesmo as personagens sao soltas sem grandes indicações, numa historia que contada desta forma até parece desinteressante.


A realização e sombria a maior parte das vezes opta por planos isolados da personagem central em conflito consigo mesma, nunca consegue ser imperial, demasiada centrada em planos escuros, como que metaforizando o que iria suceder, e o episodio que marca todo o filme. A obra de estreia do realizador ficara marcada pela coragem mas pouco pela qualidade apresentada.


Para o polemico personagem uma escolha arriscada, Leto, tem-se dado sempre melhor com personagens sombrias e pouco comerciais do que propriamente nas tentativas de rentabilizar a imagem, e de louvar o exercicio fisico disponibilizado por um actor, algo arredado dos grandes filmes, mas que tem demonstrado nos ultimos anos, mais talento do que aquilo que se percepcionava. O restanto cast e cinzento como o proprio filme.


O melhor - A caracterizaçao fisica de Leto.


O Pior - O filme abarca em demasia o mundo interno da personagem.


Avaliação - D+


Friday, March 28, 2008

Drillbit Taylor



Starring:
Owen Wilson, Alex Frost, Matt Gallini, Troy Gentile, Nate Hartley
Directed by:
Steven Brill


Nos ultimos tempos Hollywood tem assistido ao explodir de um tipo de comédias, algo peculiar, debruçada sobre as aventuras sociais dos chamados "loosers", o inicio deste fenomeno começou com o Icon Napoleon Dynamite, mas só o ano passado com os sucessos de Knocked Up e principalmente de Superbad, o genero ficou cada vez mais forte. Este ano e dos mesmos autores destes filmes surgiu este peculiar filme incidindo sobre uma faixa etária mais jovem de "loosers", com o ponto de interesse de ser o primeiro filme apos a depressão de Owen Wilson. Ao contrario dos seus antecessores, o filme esteve longe de ter grandes criticas, com a maioria delas mostrar indiferença perante ele, bem como a nivel de bilheteira estar muito distante dos sucessos estrondosos quer de Super Bad, e mesmo de Knocked Up.


Drillbit Taylor, e mais um filme politicamente incorrecto sobre as aventuras sociais de um grupo de Nerds, desta vez a diferença relativamente aos seus antecessores, e a inexistencia do elemento supresa ja que estamos muito mais habituados ao genero e por isso mais exigentes. A formula e repetida e por isso menos considerada, contudo o filme resulta bastante bem do ponto de vista humoristico conseguindo por vezes gags de uma realização extrema, as sequencias na casa de banha são brilhantes. Contudo como guiao de desenvolvimento da historia e obviamente um parente pobre do genero, tudo parece demasiado fantasioso, fora da realidade, como de marionetas se tratasse. Dai que o pouco realismo que estes filmes tentam ter esbatem no absurdo de inumeras situações principalmente aquelas que envolvem o personagem que dá nome ao filme.


A historia aborda a entrada de tres jovens com problemas de aceitaçao social no mundo do liceu, e que depois de serem constantemente vitimas de Bully, decidem contratar um guarda costas, aqui surge a personagem de WIlson, um sem abrigo que se tenta passar por ex ranger. depois o normal jogo de proximidade de conflito, com muitos gags de humor fisico, e mesmo de humor mais negro, mas o filme nunca tenta adquirir grande complexidade perferindo sempre recair sobre o mais superficial possivel.


O argumento funciona bem quer na caracterizaçao dos elementos mais jovens dos filmes e no submundo Nerd, mas perde um pouquinto quando tenta entrar dentro de outras realidades, sendo pouco coeso neste ponto, a narrativa esta longe do ponto de vista de creatividade e riqueza de historia de ser forte, salvando-se pelas situaçoes comicas, que na maior parte das vezes conseguem chegar aos seus intentos.


A realização de uma comedia deste genero e sempre um aspecto mais pobre do filme, e neste filme nao e excepçao, pouco risco, pouco mais que o natural o filme desenrola-se a um bom ritmo sem qualquer tipo de objectivos neste segmento do que transmitir as imagens mais tipicas que o guião requer.


O cast, é bem conseguido principalmente na imagem e na forma como sao desempenhados os papeis juvenis, já Wilson, parece sempre melhor actor nas comedias com uma tonalidade mais melodramatica, principalmente naquelas em que e autor do argumento do que propriamente nestas comedias de humor mais fisico, onde as suas limitaçoes parecem por demais evidente. demonstrando não ser um actor versatil, nem dotado de grandes instrumentos de interpretaçao.


O melhor - As sequencias algo sadicas da casa de banho.


o Pior - Alguma confusão na dinamica moral apresentada



Avaliação - C+


Thursday, March 27, 2008

Meet the Browns



Starring:
Tyler Perry, Angela Bassett, Jenifer Lewis, Tamela J. Mann, Chloe Bailey
Directed by:
Tyler Perry


Tyker perry é sem sombra de duvidas uma das personagens mais peculiares e estranhas de Hollywood, primeiro porque ficou conhecido, com uma serie de produçoes teatrais telenovelescas, onde têm como elo uma idosa interpretada por si. O sucesso surpreendente veio com O Diary of Mad Black Woman, e a partir dai, num registo sempre calmo de historias na comunidade afro americana, Tyler Perry foi colecionando sucessos, e é talves hoje um dos autores afro americanos mais poderosos do cinema norte americano. o mais surpreendente da carreira do autor, é que os seus filmes de tão simples que são normalmente algo desprezados pela critica, contudo a nivel de espectadores os filmes sem qualquer tipo de estrelas colecionam sucessos, sendo o fenomeno mais inexplicavel circuscrito ao horizonte americano, ja que a exportaçao ainda nao foi conseguida pelo autor e realizador.


A toada narrativa de Tyler Perry, baseia-se sempre em pressupostos muito simplistas quase de telefilme, e tenta sempre reunir um pouco de drama familiar, nas disputas dos elementos da familia sempre presente na sua historia, que alia com humor simplista normalmente traduzida em personagens bem delimitadas, e propositas para este sentido, principalmente a sua já mitica madea, que marca a prestaçao de Perry como autor, numa personagem presente em todos os seus filmes.


Neste filme, Perry, aborda as dificuldades financeiras de uma mae solteira que de repente observa que o seu pai que nunca conheceu acabou de morrer, no contacto com esta familia de origem tem algumas surpresas, bem como um novo par amoroso, num filme fácil, pouco creativo, mas que entra rapidamente nos espectadores principalmente nos fãs de telenovelas. Ou seja como o proprio Perry diz, as pessoas que vão a igreja tambem merecem o seu proprio cinema.


O filme é demasiado simplista, e pouco creativo, tudo parece demasiado rotinado, e torna ainda mais o sucesso de Perry como um enigma, ja que nem como autor, realizador, nem argumentista se demonstra a excelencia, de um autor de historias vulgares.


O argumento é o tipico de um enredo de telenovela, personagens unidimensionais, logica narrativa denunciada, demasiado sentimental nos principios e sem qualquer tipo de rebeldia, o certo e que Perry consegue com este tipo facil de argumentos ganhar reconhecimento e mediatismo.


Como realizador, Perry limita-se a fazero que ja tinha feito anteriormente em peças de teatro e ediçoes de dvd, nenhum dos filmes lançados ate ao momento, são originalmente criados para este proposito, mas elaboraçoes anteriores em diversos formatos do realizador. Tambem neste capitulo nao e facil de perceber o sucesso do realizador, que demonstra limitaçoes e acima de tudo a sua maior caracteristica pouco risco.


O cast pela primeira vez na sua filmiografia, conta com um nome de maior dimensão Angela Basset domina o cast, num filme pouco forte a nivel de personagens e tao pouco a nivel de interpretaçoes nao existe espaço para brilhantismo, e mesmo assim o restante cast denota debilidades de personagens esteriotipadas e desinteressantes.


O melhor - A ligeireza da narrativa.


O pior - Tornar-se um mito este tipo de filmes, de uma simplicidade exagerada.


Avaliação - C-


Wednesday, March 26, 2008

Walk Hard: The Dewey Cox Story


Director:Jake Kasdan
Cast : John C. Reilly, Jenna FischerMargo Martindale,Kristen Wiig, Chip Hormess


A produtora deste filme tem nestes ultimos tempos apresentado uns filmes peculiares, com um humor nem sempre inteligente mas basiado em figuras ficcionais que trespassam a evolução de diferentes generos, o inicio foi com Anchorman, com Will Ferrel na liderança, na qual abordava a tematica da televisao, e agora com este Dewey Cox, abordando nao so a evoluçao musical mas ao longo das diferentes decadas, mas tambem as tendencias e os fenomenos culturais adjacentes.


O filme conseguiu um bom registo critico, tendo inclusive conseguido duas nomeaçoes para os globos de ouro se bem que comercialmente tenha ficado muito longe dos bons resultados de Anchoraman.


Analisar este filme e algo comlicado se por um lado é impressionante o nivel creativo e factual do filme na forma como consegue tão bem retratar as diferentes fases da musica, quase como se de uma enciclopedia se tratasse, o certo é que a ridicularidade do seu humor tiram todo o caracter forte do filme, tornando-o por vezes numa comedia comercial de pouco relevo e quase nunca engraçada. Assim parece que tudo no filme poderia se tornar fortemente epico,mas a escolha de uma toada humoristica discutivel acaba por por em causa a força final de um filme.


O filme tem como principal objectivo homenagear as diferentes fases musicais, passando pelos diversos tempor pela aura de um artista imaginario, que contacta com pessoas bem conhecidas, e com os verdadeiros mitos historicos dos nossos dias, o filme neste ponto e muito interessante e resulta numa boa sequencia de imagens num filme muito forte do ponto de vista interpretativo e narrativo.


O filme conta-nos a historia de Dewey Cox, um cantor com uma historia peculiar, e e nos seus pontos de vida que o filme acaba por se tornar humuristicamente ridiculo e perder algum peso na sua dimensão, observamos a evoluçao pelas diferentes fases pessoais, artisticas e no convivio com drogas e mulheres, sempre com o exagero tipico do humor que utiliza.


O argumento e dos pontos mais creativos do filme consegue ser interessantissimo nos paralelismos que faz na evoluçao que vai dando em todos os segmentos, perde na vertente comica, nunca utilizando humor inteligente quase sempre fisico e exagerado, principalmente na criaçao e desenvovimento das personagens de base.


O filho de Kasdan, tem uma obra dificil principalmente nas recreaçoes temporais sucessivas que e obrigado a fazer, na maior parte do tempo realiza com eficacia um filme dificil mas que acaba por na generalidade ter na realizaçao uma das suas grandes virtudes.


O cast deve ser analisado em duas vertentes, por um lado os protagonistas onde o filme e totalmente dominado pela boa prestaçao de Rilley, se bem que nem sempre com o realismo que o papel necessitava, mas brilha num papel muito apelativo para o publico, mas o mais impressionante no filme e o leque infindavel de participaçoes especiais, desde os humoristas no papel de Beatles, a Jack White como Elvis, ate a apariçao final de Eddie Vedder, tem neste ponto o verdadeiro charme do filme.


O melhor - As participaçoes especiais.


O Pior - O ridiculo do humor utilizado.


Avaliação - B-


Tuesday, March 25, 2008

Reservation Road



Starring:
Joaquin Phoenix, Mark Ruffalo, Jennifer Connelly, Mira Sorvino, Elle Fanning
Directed by:
Terry George



Antes da visualização dos filmes, existia um que perfilava em toda a lista dos filmes mais aguardados do ano e nos mais que provaveis concorrentes directos as diferentes estatuetas por todo o globo, o elemento comum a todo eles era este Reservation Road, que marcava o regresso de um realizador que tinha marcado com o seu Hotel Ruando num elenco do mais aperciado actualmente em Hollywood, foi a histeria total em volta de um projecto considerado vencedor muito antes de ter saido. Contudo com as primeiras visualizações o pior aconteceu, o filme nao convenceu os criticos que deram uma valorizaçao extremadamente negativa, e isto condicionou a carreira total do filme, que se tornou num dos maiores floops do ano passado, e o patinho feio da Oscars Season, nao venceu nada, foi negado completamente pela critica e nunca conseguiu sequer uma expansão directa. Enfim um desastre a nivel de resultados.


As expectativas são obstaculos dificeis de contornar, e neste filme acaba por ser o maior desafio do filme, e obvio que o filme não e excelente, nao e a obra prima que todos os criticos americanos esperariam, e um filme simples, quase novelesco que decorre a um bom ritmo, mas esta longe de ser um mau filme, talvez simplifique em demasia alguns processos, mas e uma agadavel historia do ponto de vista narrativo e principalmente na capacidade do filme produzir sentimentos fortes quer nas suas personagens bem como leva-las para o espectador.


Reservation Road e um drama puro um filme sobre os conflitos internos das personagens, sobre conflitos silenciosos e nesse segmento o filme e de uma intensidade impressionante, contudo tem defeciencias principalmente no emarenhamento relacional, que parece confinar o mundo a 6 personagens, não permitindo um realismo narrativo que o filme necessitava e tornando o espectador demasiado desconfiado do guião que lhe e apresentado.


A historia aborda a morte de uma criança por atropelamento e a tentativa dos familiares encontrarem o autor do acto fatal, depois envolve-se com um advogado que e nada mais o autor do mesmo acto, o filme aborda acima de tudo os dramas familiares do primeiro e os internos do segundo ate ao reencontro final, nao tem a profunidade nem a complexidade narrativa que esperariam, mas e um filme moralmente rico.


O argumento e do ponto de vista de construção bem efectuado, intenso, capaz de dar protagonismo aos sentimentos, e de inqueitar com personagens dimensionalmente fortes, contudo perde na tentativa de simplificar tudo e limitar tudo em demasia aquelas personagens, faz o filme ser mais curto e com mais ritmo mas faz o filme ser uma obra menor a nivel de argumento e podera ter sido fulcar no fracasso do filme.


Terry george surpreendeu todo o mundo com Hotel Ruanda, num registo diferente e menos espetacular george da todo o brilho as explosões dos seus actores, nas vertentes mais dramaticas, limitando-se a olhar para eles silenciosamente como que respeitando todos os dramas estão a ocorrer, a realização nao e vistosa mas e eficaz.


O unico ponto onde o filme e grandioso e nas interpretações, um elenco comandado por Pheonix, Connely e Ruffalo, e criticamente um passo para o sucesso e neste filme todos se encontram no melhor das suas possibilidades Pheonix num papel mais introvertido demosntra uma alternacia impressionante de registos que o torna num dos actores completos de momento, Connely tem sempre o caracter obrio que um drama precisa, e Rufallo surpreende num registo extremamente dramatico e distante dos papeis mais superficiais que nos tem habituado. Brilhante cast.


O melhor - O duelo final interpretativo.


O Pior - As expectativas terem colocado um filme terreo no olimpo.


Avaliação - B-


Sunday, March 23, 2008

Never Back Down



Starring:
Sean Faris, Amber Heard, Djimon Hounsou, Cam Gigandet, Evan Peters
Directed by:
Jeff Wadlow


A geração Mtv na ultima decada não teve quase nenhum filme puramente de acção ou na sua essencia o chamado Filmes de luta que foram muito usuais na decada de 90 principalmente no pos Karate Kid. Never Back Down apostou-se em fazer renascer um genero algo apagado do mapa de forma a avaliar a recepçao a esse terreno. Num filme pequeno de uma produtora pequena sem grandes estrelas, o verdadeiro filme exploratorio, concentrado em actrizes bonitas, luta e musica. Os resultados foram algo dicotomicos, por um lado os resultados de bilheteira foram na sua maioria positivos, e que abrem terreno para novos filmes do genero, por outro lado a critica extremamente negativa a todos os pontos negativos do filme, não foram extremamente positivas a este filme.


Never Back Down deve ser avaliado segundo dois pontos como filme está longe de grande grau de elaboração, tudo e demasiado simplista facil, e pouco coeso, demasiado cinematografico e tipico dos filmes de acçao directamente para video, contudo a facilidade de visualização faz com que o tempo em volta deste filmes seja agradavel, na tipica conjugação do bom contra o mal, com outros apontamentos normalmente agradaveis para o espectador.


Não podemos esperar grandes coisas do filme, o argumento e inumeramente repetitivo, a coreografia das lutas estão longe de serem brilhantes, o sentido ideologico e narrativo do filme quase nunca esta presente, numa historinha basica, sem grandes objectivos mas que acaba por ter alguma eficacia num serão de domingo a tarde.


Não sera o filme ideal para quem gosta de cinema de autor, uma historia de um jovem orfão de pai que muda de escola e começa a perceber que na sua actual escola o lider e um combatente de lutas de rua que gosta de humilhar os outros, depois de um treino e algum drama familiar e amoroso tudo caminha para o confronto final.


O argumento do filme e repetitivo pouco creativo, pouco elaborado e sem grandes objectivos. as personagens sao o maximo limitadas possiveis, e as relações destas são tão esteriotipadas que por vezes parecem retiradas de um filme mexicano de serie B. O argumento e limitado mas parece que isto e propositado com os objectivos tambem eles limitados do filme.


A realização não e brilhante as sequencias de luta raramente conseguem explorar bom desenvoltimento cinematografico do filme, normalmente estas seqeuncias sao algo confusas, e o filme perde alguma intensidade por este facto, contudo tem em determinados pontos bons momento principalmente quando utiliza as novas tecnologias a sequencia do Youtube e deliciosa.


O cast e desprovido de dimensao e de renome dos principais protagonistas apenas Housoun num papel demasiado limitado como instructor de luta da alguma dimensao a este segmento do filme, contudo da mais aso ao seu poderio fisico do que a sua qualidade interpretativa. Para os principais papeis, actores jovens retirados de series juvenis, em papeis muito enquadrados com aquilo que nos habituaram nestas presenças.


O melhor - A sequencia de captação e polifração de videos.


O pior - A limitação propria do genero


Avaliação - C


Friday, March 21, 2008

Dr. Seuss' Horton hears a Who



Starring:
Jim Carrey, Steve Carell, Dan Fogler, Carol Burnett, Seth Rogen
Directed by:
Jimmy Hayward, Steve Martino


O monopolio do cinema de animação, foi nos ultimos tempos uma batalha continua entre a SKG Dreamworks e a Pixar, contudo neste verdadeiro duelo de titas, a unica produtora que consegue se aproximar é a 20 century fox, principalmente com a saga de idade do gelo. Dos mesmos produtores surge uma aposta arrojada no terreno da animação. Num filme diferente, arrojado, e que coloca sem duvidas esta produtora como a 3º grande do genero. o filme obteve bons resultados de bilheteira, se bem que se o estrondo de idade do gelo, nem dos campeoes da SKG e Pixar, e conseguiu boas criticas, talvez as melhores de um ano, ainda em começo. Que o torna ate ao momento como o maior sucesso de 2008.


A animação sempre foi rica em argumentos extremamente originais e de uma creatividade imensa, principalmente na base do universo paralelo de diferentes seres e animais, contudo nenhum tinha ido tão longe numa ideia de base como esta história, num paralelismo de universos dimensionais, na forma como constroi não so cada uma destas realidades (algo mais pobre neste particular do que estamos habituados) mas acima de tudo na coesao com que consegue explorar o contacto entre ambas. Nos filmes mais infantis como este normalmente e dificil de encontrar uma excelencia da coesao narrativa, contudo neste titulo esse particular e muito surpreendente na tentativa de explicar todos os pontos menos logicos de um filme na sua essencia pouco logico.


Obviamente que nao temos a excelencia narrativa e moral dos universos criados nos diferentes filmes da pixar, mas conseguimos ter neste filme, uma historia de base interessante e creativa, ao mesmo tempo capaz de enterter o espectador do principio ao fim, e com um humor inteligente, bem articulado e actualizado, que tem sido a grande dificuldade dos filmes menores de animaçao.


è um filme completo, que consegue novamente ser interessante para as diferentes idades, se os universos sao algo infantis, a forma do argumento ja se adequa bastante aos mais velhor.


A historia fala-nos de um elefante que apos uma queda na agua aumenta a sua capacidade auditiva e ouve num pequena flor vozes, e descobre que la se encontra um mundo paralelo com seres e habitantes, dai e depois do contacto e a tentativa das duas personagens nas diferentes realidades tentar provar que nao estão malucos e que este paralelismo existe lutando pela vivencia salutar dos mesmos.


O argumento do filme tem uma coesão impressionante principalmente na forma como liga todas as pontas do filme nao deixando qualquer tipo de caminho aberto para tras, pode nao ser do mais rico na forma como caracteriza as personagens, sendo este ponto visivel nas limitaçoes poe exemplo dos viloes da historia, mas contraria este facto com a originalidade da base e da ideia principal do filme. Mesmo do ponto de vista de intensidade tematica do filme, temos uma historia riquissima, e bastante adulta.


Do ponto de vista produtivo e notorio que a 20 fox ainda se encontra longe do primor quer da SKG quer da Pixar, mas tenta contornar com outro tipo de apostas, como ja tinha efectuado com o humor em idade do gelo, e com a complexidade narrativa neste filme. Obviamente que esta um pouco aquem do que melhor vimos, mas isso parece nao ser fulcral para o desenvolvimento do filme.


Ao contrario, ou mesmo na tentativa de contornar as dificuldades produtivas o filme aposta, na riqueza do cast, dois dos maiores simbolos da comedia fisica norte americana, criam um cenario dificil de melhorar no registo vocal, poucos tem a capacidade interpretativa vocal de Carey e Carrel, dai que o filme acaba por ter neste ponto a sua maior força comercial, apostando em dois pesos pesados para assumir as suas personagens principais, Neste particular o destaque vai para excelente interpretaçao vocal de Carrel, ja Carey, devido a sua infindavel qualidade neste particular, pensamos que poderia ser ainda mais espetacular apesar do bom registo.


O melhor - O humor actual do filme


O pior - As limitaçoes da produçao visual do filme


Avaliação -B


Doomsday


Starring:
Rhona Mitra, Bob Hoskins, Alexander Siddig, Adrian Lester, Sean Pertwee
Directed by:
Neil Marshall



A conjectura futura com contornos apocaliticos tem apimentado diversos titulos a maioria dos quais normalmente em filmes de serie B com representação comercial mediada, este ano e sem grandes estrelas mas com uma campanha publicitaria arrojada surgiu este Doomsday, as primeiras expectativas comerciais do filme eram elevadas, contudo a falta de figuras de renome conduziu a resultados modestos que retiraram toda a potencia comercial de um filme que iniciou esta luta com grande vigor, associado a todos estes factos esta uma recepçao critica pobrezinha que faz diminuir toda a base incidencia do filme.


Doomsday parece desde logo na forma como e contruido uma adaptaçao de um video jogo, onde e apresentado o cenario e o contexto, sao introduzidas as personagens, ja que nunca chegam a evoluir, e depois dá-se a luta pela missão, o estrategema simplista do filme quase nunca e creativo sendo mais do mesmo num segmento ja de si pouco evoluido narrativamente.


O filme tenta ser uma obra de acção pura na escassez de dialogo na introduçao do narrador, e na riqueza de sequencias quer de batalha, mas assima de tudo a ultima presseguiçao ao sabor de um bentley, mas tudo o resto e demasiado pobrezinho para rentabilizar uma obra tão modesta.


No filme encontramo-nos nos futuro onde uma parte dos EUA foram fechados em quarentena devido a uma infecçao, com um novo alastrar do virus existe necessidade de avaliar o que realmente aconteceu desde o fecho daquele local, onde encontram uma sociedade quase dantesca, onde têm de lutar ao maximo pela subrevivencia.


Tudo isto num filme ritmado, mas sempre algo modesto nas suas ambiçoes, e pouco creativo optando quase sempre pelo caminho mais simples do processo.


O argumento pouco mais evoluido e do que video jogo, o contexto e fielmente construido e caracterizado, as personagens pouco mais do que introduzidas, o desenvolvimento narrativo logico no quadro apresentado, a falta de dialogo demasiado evidente num filme onde o narrador acaba por desempenhar um papel mais fulcral que qualquer personagem, em suma modestissimo.


Marshall tinha surpreendido o mundo do cinema no muito bem recebido Descent, neste filme mudifica a formula e o genero apostando numa visão mais apocalitica, ele sabe como criar contextos e como filmar, demonstrando apetencias para este tipo de filmes, contudo necessita de guiões mais fortes para ver o seu trabalho cada vez mais aperciado.


O cast não tem figuras de renome, a tentativa de lançar Mithra como figura de acção não surgiu efeito, talvez pela falta de visibilidade ainda notoria da actriz, do ponto de vista fisica esta nao me parece apresentar problemas para se impor a este nivel, precisa e de mais mediatismo e isto debilita muito o filme, Hoskins está longe das luzes da ribalta num papel demosntrativo de todo o cast, ou seja insignificante.




O melhor - A sequencia de acção final




O pior - POuco epico e chamativo na sua construção




Avaliação - C-

Tuesday, March 18, 2008

In Bruges




Ao olharmos para o cast deste filme ficamos algo surpreendidas pelo pouco vigor comercial que o filme adoptou, principalmente pelo ritmo da sua ideias, e depois pelo vigor que parece imperar. Dai que mesmo sendo um filme com expansão limitada o cast garantiu alguma dimensão ao titulo que efectuou para este tipo de lançamentos bons resultados, bem como louvor critico positivo.
Antes de mais o filme é um retrato da cidade de Brugges, que deve por si so estar orgulhosa da homenagem prestada, num filme peculiar, homenageando e incidindo acima de tudo na dimensão turística da cidade que se torna interveniente no desenvolvimento da trama.
O filme tem personagens intensas e fortes que permitem acima de tudo a qualidade dos diálogos. Os actores encontram-se de corpo e alma num guião rebelde e arriscado, contudo na maior parte das opções narrativas demasiado confuso.
O grande ponto negativo do filme e a ânsia de surpreender, e não tentar ser minimamente lógico, complicando em demasia uma historia que pelas suas virtudes já facultadas não perdia nada em ter uma formula global mais simples
A história desenvolve-se em torno de dois assassinos profissionais que são deslocados para Bruges, enquanto aguardam indicações relacionados com o novo trabalho as distintas personalidades vão-se confrontando na forma como estes se vão entrelaçando com as dinâmicas e o contexto da própria cidade. Ate que o trabalho surge e está longe de ser aquilo que todos esperavam que fosse.
O argumento e muito bom na construção das personagens, bem como no seu desenvolvimento, o que permite diálogos de primeira linha e que confere a intensidade e o ritmo que o filme necessita. Contudo os nós do argumento tornaram por vezes o filme demasiado complexo e desprovido de um sentido máximo.
A realização opta em demasiado por planos nocturnos, e apesar de incidir sobre o carácter enigmático da cidade, parece nunca tirar desta todo o aproveitamento possível, sendo um segmento algo inexplorado num filme que poderia potenciar mais e bem melhor.
Um cast com Farrel e Phienes só podia dar num filme brilhantemente desempenhado, ainda que em momentos de carreira algo agastados, ambos se encontram neste filme ao nível que os fés notáveis e acima de tudo aperciado por critica e publico. Ao qual se une o sempre eficaz Gleeson.

O melhor – O regresso do carisma de Ralph

O pior – Tentar ir demasiado longe nos entrelaces narrativos.

Avaliação – C+

Monday, March 17, 2008

The Water Horse: The Legend of Deep




O final do ano é sempre uma epoca onde filmes que ate efectuam uma boa carreira comercial ficam totalmente "tapados" pelos filmes da corrida dos oscares. Este ano o caso mais elucidativo desta pratica comum, foi este Water Horse, uma mega produçao europeia, baseada na historia do monstro Loch Ness, efectuada de uma forma algo familiar e juvenil, o filme conseguiu resultados bastante positivos nao so a nivel comercial em todo o mundo e inclusive no dificil terreno norte americano, mas tambem conseguiu amealhar algum respeito critico.

O filme centra-se basicamente em dois aspectos interessantes mas que resultam de forma diferente, por um lado como filme familiar na abordagem da relaçao do jovem protagonista com o estranho animal em forma de dragão, neste particular o filme parece-me excessivamente infantil, pouco creativo as situaçoes exageradamente esteriotipadas. Contudo noutros aspectos e principalmente no contexto politico e culural que o filme aderessa a narrativa observamos um complexo desenvolvimento, contudo este apenas embeleza algumas das dificuldades experienciadas pelo filme principalmente no plano da creatividade onde o filme e sempre demasiado repetitvo e quase nunca despoleta um interesse demasiado nos espectadores que conseguem quase prever todos os segmentos de desenvolvimento do filme.

A historia fala da historia de um jovem orfão de pai, que encontra um misterioso ovo na zona circundante a sua casa, ate que descobre que e uma especia de dragão que se encontra la dentro, inicialmente começa a cuidar deste mas depois isto torna-se incomportavel devido as suas dimensoes, ate que começa uma disputa total pela tentativa de caçarem tao estranha especie, num clima de guerra, e a tentativa de o jovem defender a estranha amizade.

O conteudo tipico dos filmes normais e pouco creativos familiares, que se desenrola sempre num ritmo algo lento e quase nunca perto do espectador.

O argumento e eficaz principalmente no desenvolvimento da relação do jovem com o animal, consegue transmitir os sentimentos fraternos, mas por sua vez nao consegue o mesmo nivel no desenvolvimento narrativo e na complexificaçao das outras personagens onde o filme e sempre limitado quer no seu conteudo e no seu desenvolvimento, sempre preso.

A realização de Russel tambem tem dificuldades principalmente na integraçao do efeito especial no filme, primeiro porque o efeito esta longe de ser brilhante e depois porque nao existe força na forma como integra este facto. Tambem no restante do filme a realização nao consegue passar a barreira da mediania.

O filme nao e interessante do ponto de vista de cast, dai que uma actriz como Watson e desaproveitada num papel tao limitado, ja Chaplin encontra-se mais perto daquilo que efectuou em outros filmes, com uma presença algo apagada apesar de eficaz. Ja o pequeno Etel, que maravilhou no estranho Millons, tem aqui um papel menos forte mas o actor parece ter valor principalmente nas dinamicas mais emocionais do filme.


O melhor - O contexto cultural criado.


O pior - Ser demasiado colado ao esteriotipo familiar.


Avaliação -C

Saturday, March 15, 2008

College Road Trip



Starring:
Martin Lawrence, Raven Symone, Arnetia Walker, Michael Landes, Brianna Russo
Directed by:
Roger Kumble


Os inicios do ano sao prodigos em filmes passados na comunidade afro americanos, centrados num humor fisico, um dos espoentes maximos deste cinema e Martin Lawrence, á algum tempo arredado dos grandes sucessos de bilheteira continua a desenvolver um bom numero de trabalhos por ano, embora sempre muito repetitivo e com resultados cada vez mais desoladores. Num trabalho de um realizador, que conseguiu mediatismo numa interessante adaptçao de ligações perigosas, College Road Trip nao melhorou o trajecto do actor a nivel critico, com resultados desinteressantes e negativos, mas por sua vez conseguiu melhorias assinalaveis do ponto de vista comercial onde o filme para o genero que representa conseguiu uma visibilidade significativa.


College Road Trip e uma comedia tipica familiar, com um humor muito fisico e algo ridicularizado nas suas componetes narrativas centrais o filme e de curta duração e tenta dar um poderia dinamico interessante, mas nunca consegue disfarçar a repetividade e as limitações de um argumento algo linear, e pouco corajoso. O filme consegue so muito a espaços ter humor conseguido em sequencias isoladas, num filme que na maior parte do tempo peca por ser extremamente histerico principalmente na forma como as personagens mais jovens actuam.


A historia aborda uma relaçao entre um pai e um filho na entrada da jovem para a universidade, aqui entramos num on road movie com muita pouca piada, e desinteressante num filme que pode ser assinalavel para uma matine de fim de semana mas nada mais.


O argumento e do ponto de vista creativo algo nulo, apenas encadeia uma historia familiar num conceito ja utilizado, conjungando uma criaçao pouco interessante de personagens, com o desenvolvimento pouco intenso de um filme apenas com objectivos de entertenimento, mas memso nesse particular com dificuldades muito visiveis


Roger Kumble, na minha opiniao surpreendeu com a forma e as escolhas bem conseguidas que fez no seu primeio filme, Cruel Intentions, arriscou nem sempre muito aperciado mas a qualidade estava la de forma evidente, contudo dos ultimos tempos a aposta por uma dinamica mais de comedia nao lhe mostrou grandes dotes, mesmo Sweetest Thing tambem não tinha sido uma obra de grande qualidade e este filme volta a denotar as mesmas dificuldades.


O cast e limitado num cast dominado pelo tipico Lawrence, com as suas interpretaçoes tipicas, que aperciam uma determinada franja da populaçao mas nada mais. O restante cast peca por um exterimso exagerado.


O melhor - Sequencia na Universidade inicial.


O Pior - o Histerismo da protagonista,



Avaliação - C-


Thursday, March 13, 2008

10,000 Bc


STARRING



Steven Strait, Camilla Belle, Cliff Curtis, Omar Shariff, Timothy Barlow



Inicialmente quando se percebeu que este filme iria sair em Março desde logo surgiu a ideia de que este ano a epoca alta do cinema iria começar mais cedo, e logo com um peso pesado dos Blockbusters numa aposta grandiosa de Emerich e dos seus efeitos especiais, sempre prontos a surpreender os mais ceptiocos de Hollywood. Um acontecimento do ano estava marcado para este ano, muitos considerariam que seria o verdadeiro bastiao cinematografico da pre historia. Contudo desde logo e com as primeiras criticas observou-se que algo poderia correr mal, nao so do ponto de vista critico onde Emerich nunca foi muito considerado e ja colecionou inclusive um falhanço estrondoso com Godzilla, contudo neste caso as criticas foram ainda mais pesadas, e logo na estreia observou-se que mesmo na bilheteira estavamos perante uma desilusão, sem vigor nem resultados de blockbuster o filme parece caminhar para se tornar um dos floops relativos deste ano.



Emerich nunca foi conhecido pela complexidade dos seus filmes, ou então pela maturidade dos seus guiões, contudo esta falta de envolvencia, de complexidade e de desenvolvimento atinge proporçoes gritantes, parece que o realizador alemão se esquece por completo da narrativa do filme reunindo apenas uma base nuclear retirada de qualquer filme de acção de ultima categoria, reunindo uma duzia de frases pré feitas, e aposta tudo nos efeitos especiais e na qualidade fotografica do filme.O que torna este filme, como uma das obras mais pobres narrativamente que há historia, e tornam, ao contrario dos seus anteriores filmes, um filme aborrecido mesmo do ponto de vista de entertenimento.



Obviamente que visualisamos alguns dos efeitos especiais mais brutais que há memoria principalmente na recriação das diferentes especies, com clara ligação ao conteudo de Idade do Gelo. Bem como uma fase final riquissima na dimensao produtiva que atinge, nao so em cenarios mas tambem no inumero numero de figurinos presentes. Mas nada disto disfarça uma linha narrativa fraquissima, que leva o espectador a nunca encontrar um objectivo cinematografico claro nesta obra.



A historia e o mais basico e linear que á memoria, numa junção profetica um conjunto de habitantes num passado longinquo vê-se dominado por um conjunto de pessoas tiranas, e tudo muda quando um guerreiro com poderes especiais consegue nao so alterar o espirito das pessoas mas tambem dos animais e sozinho consegue derrotar o imperio, sempre com o cliche de salvar a sua amada, Uma historia repetida pouco desenvolvida, com traços mitologicos impreceptiveis por diversas ocasioes.



O argumento do filme, e sem duvida um dos argumentos mais mal elaborados que há memoria para uma grande produção, os protagonistas sao mal caracterizados desprovidos de carisma, enquanto que toda a linear historia e criada em torno de uma força das personagens que nunca existe. Os dialogos para alem de soaream a cliches de filmes do genero, nunca sao bem enquadrados e o desenvolvimento narrativo atinge niveis gritantes de pobreza e previsibilidade.. Enfim o grande desastre do filme.



Emerich movimenta-se como quer no terreno das mega produções com diversos meios tecnologicos, sabe prefeitamente como aproveitar cada efeito especial disponivel para tornar o seu filme o mais grandioso que á memoria, e neste segmento conseguiu fazer um filme impressionante do ponto de vista estetico, mas completamente nulo em todos os outros segmentos.


Foi na escolha do cast que começaram a surgir as primeiras jovens, aposta em jovens actores inexperientes, cujo o papel de maior destaque era em filmes de terror de qualidade mais que duvidosa, era um risco muito elvado para um filme com tanto em jogo, e tambem neste segmento acaba por perder, Starit perde-se totalmente na dimensão do filme, chegando em determinadas ocasioes em provocar pena no espectador perante tão excessivo peso num actor tão limitado, a menina nespresso Bell, que ate poderia ter alguma vantagem pela visibilidade do curto anuncio, tambem nao consegue responder as necessidades de um filme, negativo neste particular.


O melhor : Os espetaculares efeitos especiais.


O Pior - Um argumento pessimo, um exemplo de como não se perde tempo em pensar uma historia.



Avaliação - D


Tuesday, March 11, 2008

The Orphanage



Starring:
Belen Rueda, Fernando Cayo, Roger Princep, Geraldine Chaplin, Montserrat Carulla (II)
Directed by:
Juan Antonio Bayona, Patricia Echevarra, Margarita Garcia Rodriguez


O terror espanhol tem nos ultimos anos conquistado e lançado as melhores obras dos ultimos anos neste terreno, principalmente no contacto e no paralelismo trabalhado entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Desde The Others de Amenabar, passando pelo brilhante Labirinto de Fauno, eis que este este Orfanato surge como o sucessor natural de um genero de cinema que tem oferecido uma das melhores obras dos ultimos tempos. Candidato natural dos espanhois aos oscares acabou por nao ser nomeado, mas mesmo assim acabou por conseguir alguma visibilidade no seu lançamento dos EUA, que colocou uma carreira comercial brilhante.


Desde labirinto de Fauno que nao via uma experiencia de terror tao forte, e com maior intensidade neste particular, os filmes de espiritos podem ser interessantes desde que nao exagerados, desde que o mais realistas e vermisveis possivel. E neste particular os espanhois tem nos ultimos anos conquistado um lugar especial, com filmes misteriosos, com argumentos brilhantes e uma realização intensa que serve na plenitude os objectivos do filme. mais que um filme de terror interessante o filme assume-se como um filme narrativamente forte, bem realizado transformando-se numa das melhores obras do ultimo ano, num filme forte em todoas os aspectos que se propoe, e com a capacidade de pregar o espectador do primeiro ao ultimo minuto.


Alias tem sido brilhante os ultimos anos cinematograficos dos nuestros hermanos nao so no genero dramatico mas no poderio narrativo em terrenos onde os americanos tem demonstrado dificuldade em efectuar obras maduras. provocando um ciume generalizado.


Para alem disto o paralelismo de realidades sao excepcionalmente criadas sem nunca perder sentido dos seus objectivos, numa obra creativamente singular, que é uma lufada de ar fresco.


A historia conta a historia de um jovem casal que adopta um jovem com Hiv, e acabam por ir residir para um antigo orfanato, onde começam a surgir acontecimentos misteriosos. Um filme actual nas preocupaçoes, e numa dualidade de realidades interessantes, vem demonstrar que o cinema de terror tem espaço para obras inesqueciveis.


O argumento e tudo aquilo que um argumento de terror deve ser, coeso, intenso, forte na qualidade das imagens que nos permite visualizar, personagens carismaticas, especificidades e trechos de complemento fortes, numa das obras mais intensas e fortes de terror dos ultimos anos, que nos faz ainda acreditar no genero.


A realizaçao fica a cardo de um conjunto de realizadores mas o projecto e assumido por Guillermo del toro, que assume um genero muito proprio num filme com muitas semelhanças com o seu anterior, mostrando qualidades que fazem dele o realizador mais promissor do momento e o unico capaz de ser comparavel com Tim Burton na construçao de mundos e realidades paralelamente interessantes. A realizaçao em todos os aspectos e creativa e fortemente conciliada com os interesses do filme.


Para o cast, um conjunto de actores espanhois, contudo todas as atençoes estao na excelente prestaçao de Belen Rueda o grande coraçao e alma do filme numa prestação que demonstra mais uma vez a qualidade dos actores espanhois bem como a possiblidade de exportaçao dos mesmos, e premiados com o oscar dado a Bardem este ano.


O melhor - O contexto criado ao longo de toda a casa.


O pior - Que os estados unidos nao consigam entrar no mesmo nivel no genero


Avalição - A-


Monday, March 10, 2008

The Other Boleyn Girl




Quando observamos um dos pré candidatos anunciados aos oscars de um ano ver a sua estreia atrasada para os primeiros meses do ano seguinte, são duas as conclusões que se podem tirar. Primeiro do ponto de vista de qualidade, o filme ficou aquém daquilo que o estúdio esperava dele, tornando-o numa desilusão quase certo, e se isto acontece, a distribuidora, quase nada irá apostar na promoção comercial da obra. The Other Boleyn Girl, é o último exemplo vivo deste estereotipo. Figurante assíduo nas primeiras listas de candidatos deste ano, o filme acabou por fugir a esta disputa, atrasando o seu lançamento. Os resultados aquando das primeiras visualizações confirmaram o pouco valor critico do filme, que conduziram também a sua pouca incidência comercial.
The Other Boleyn Girl, tem contra si a complexidade do pressuposto histórico que aborda, já que este por si só exigia, rigor e força na forma como se trata de um episodio tão forte para a Historia Universal. E é na falta de rigor, mais que na eficácia do filme em si que reside os principais erros e problemas do filme.
Uma historia tão complexa e cheia de especificidades está muito para alem das possibilidades de um estreante. A exigência típica das historias universais replicadas no ecrã não facilitou também a exploração do filme.
Chadwick caiu num risco imensurável que lhe custou caro, por querer entrar num plano que exigia mais que as suas qualidades, que são visíveis na forma como consegue dar dimensão as suas personagens femininas, e principalmente na intensidade que confere aos relacionamentos centrais do filme, contudo não consegue colocar o rigor histórico, e isso normalmente resulta num pecado capital no relacionamento do filme com a rigorosa critica cinematográfica.
Outro dos erros do filme é assumir-se como um filme de paixão e desejo, deixando para segundo plano a politica e religião, actores principais desta trama e que poderiam enriquecer bastante o filme.
The Other Boleyn Girl não e um mau filme, mas torna-se limitado tendo em conta o campo em que incide.
O filme debruça-se na sua essência no relacionamento de Henry VIII com as duas irmãs Boleyn, das diferentes articulações, e jogadas de um verdadeiro e complexo triangulo amoroso.
O argumento acaba por ser o “Patinho feio” do filme, já que ao não incutir rigor histórico nem complexidade politica na narrativa, torna o filme limitado na sua base, conduzindo a negação generalizada em seu redor. Mesmo que do ponto de vista exclusivo da construção da historia até consiga obter uma coesão interessante.
Chadwick, será sempre visto como um aventureiro, depois do risco que depositou na sua obra de estreia. Numa obra tão complexa, com meios produtivos de primeira linha, não escondeu, nem conseguiu tão pouco disfarçar as suas limitações como realizador, contudo esta coragem para arriscar aliada com uma maior experiência cinematográfica, poderão traduzir no futuro obras interessantes no panorama global.
Juntar Portman e Johansson, é um sonho para qualquer realizador, dado reunir duas actrizes jovens, bonitas, capazes, com estatuo e carisma no mesmo filme e o primeiro passo para o sucesso. Desta disputa particular o filme pelo seu desenvolvimento faz brilhar mais Portman, que domina todas as sequencias que partilha, com momentos de grande nível principalmente na conclusão do filme. Confirmando-se como o único peso pesado de todos argumentos que o filme apresenta. Johansson, está mais discreta e menos deslumbrante que Portman, sendo a personagem a grande responsável por este facto, sendo a sua presença positiva. Do lado negativo encontramos um Bana sem brilho, num Henry VIII mal construído desde a nascença, que torna uma das personagens mais fascinantes da historia universar num rei básico unidimensional e repetitivo, ao qual Bana contribui para esta falta de densidade.

O melhor – As ultimas cenas de Portman

O pior – A falta de complexidade e rigor histórico.

Avaliação – C+

Saturday, March 08, 2008

The Bank Job


Starring:
Jason Statham, Saffron Burrows, Stephen Campbell Moore, Daniel Mays, James Faulkner
Directed by:
Roger Donaldson



Roger Donaldson é daqueles realizadores que fez uma vida toda ligado a filmes de acção, e que de repente torna-se numa menor produção dos estudios norte americanos, ja anteriormente no seu ultimo filme notou-se que o realizador nao tinha a maquina produtiva que o tornou conhecido. Agora nesta incursão pelo Reino Unido, ROger Donadson alia-se a um tipico filme de acção ingles, com muito pouco dialogo e acima de tudo muita ação. A nivel comercial o filme nao consegue interagir com mercados mais competitivos sendo que na sua maioria o mercado britanico. a critica mostrou-se proxima de um filme, com criticas na sua maioria favoraveis.


A primeira coisa que toda a gente se lembra e que o filme e o verdadeiro esteriotipo de Stathanm, filme com muito barulho e explusões centrado no Bad Boy do protagonista.


De resto um estilo muito britanico de um filme pouco intenso com muitos poucos motivos de interesse para um filme com alguma dimensao mas que nao se torna pouco original.


A historia conta um grupo de ladroes contratados para roubar um banco, contudo apanham-se envolvidos numa conspiraçao muito maior, de repente e uma luta constante entre o grupo e tudo que o rodeia.


O argumento apesar de bem articulado nem sempre e creativo e esteriotipado na construção das personagens. e um filme deacção tipico sem grandes avanços, que poderia ter muito mais força e maturaçao de que este filme tem.


Donaldson e um homem fisico de filmes de acçao completa e neste filme volta ao seu dinamismo maximo, o filme nem sempre e forte nas componentes esteticas, mas tem momentos interessantes de realização.


Tambem no cast o filme nao e ambicioso com a personagem ao estilo puro do protagonista o filme desenrola-se sem grande intensidade de interpretaçao, salvando se alguma qualidade estetica de Burrows.




O melhor - O ritmo e o humor ingles.




O pior - O filme ser mais do mesmo de Stahtahm.




Avaliação - C

Thursday, March 06, 2008

Semi Pro




Will ferrel conquistou nos ultimos anos um espaço muito singular no mundo da comedia, adoptando um estilo muito propria, inicialmente Ferrel conquistou uma critica mais aberta a novos estilos de humor, tendo tambem consequentemente conquistando o publico com as suas comedias tresloucadas. Contudo nos ultimos tempos tinha sido mais que evidente, que a repetiçao constante de piadas, de estilo de filmes, e acima de tudo de personagens, muito enquadrado naquilo que Ferrel faz melhor, estaria a esgotar, Assim Semi pro, para muitos o primeiro filme com dimensao a ultrapassar os 100 milhoes, acabou por se tornar num pequeno fracasso, com resultados modestos, apesar da critica continuar a aceitar esta forma de humor de uma forma geral.

O ano passado por este periodo, Ferrel lancava um filme no mundo da patinagem , pois bem para perceber o que e este Semi Pro, basta passar a formula para o mundo do Basketbal americano, na altura dos cabelos afros, e do estilo maximo dos jogadores, a personagem poderia ser a mesma em mudança de ramo, o tipo de piadas igual e a formula narrativa, continua com a simplicidade tipica dos filmes desporitvos, loosers tornam-se campeoes.

Neste filme Ferrel e treinador, jogador e promotor de uma equipa que joga para pavilhoes vazios, ate que ve que precisa de ficar nos 4 primeiros para transportar para a NBA caso contrario tem que terminar com a equipa, com a aquisiçao de um ex campeao, tudo muda, com a excentricidade constante de Ferrel, o filme e repetitivo, quase sempre sem graça, exagerado, non sense. Pouco ou nada contribui para o cinema sendo a repetição da formula tendo em vista o lucro facil.

O argumento e repetitivo em outros filmes de Farrel, nao traz nada de nova a construçao da propria personagem do actor, e semelhante as habitualmente representada por eles, o filme parece assim com defices de oroginalidade, e mesmo do primor moral que estes filmes costumam ter.

A realizaçao ao contrario por exemplo de Ancharoman, e mesmo de Blades os Glory, fica muito aquem, o realismo dos jogos nunca e conseguido e as especificaçoes nunca sao utilizadas, com uma limitaçao de ter pouco trabalho tambem neste segmento, torna o filme algo pequeno em dimensao.

O cast, e obvio que Ferrel encaixa como ninguem em lunatico, excentrico, non sense, contudo ja cansa tanta repetiçao de conceito, numa altura em que nos parecia que poderia dar o salto para componentes mais dramaticos, farrel desilude no regresso a um conceito que nada lhe podera trazer. como secundarios Andre 3000 tem a melhor aspecto do filme, a sua caracterizaçao, embora tenhamos duvidas das suas qualidades como actor, e Harlssom a procura do mediatismo perdido.


O melhor - O cabelo afro de Andre 3000


O pior - Ser repetitivo ate a exaustao.


Avaliação - C-

Wednesday, March 05, 2008

Love in the Time of Cholera




Poucos foram os romances de grande renome que forma grandes sucessos do cinema, primeiro porque as expectativas estão sempre elevadas, e depois porque muita da leitura extensiva e dos promenores literarios ficam sempre diminuidas em 120 minutos de filme. Contudo surgiu algum celeuma, quando se percebeu que seria o academinsta Newell a ser responsavel por um filme como esta, a fidelidade a obra em deterimento de uma adaptaçao livre estava garantida. Contudo e mesmo tendo conseguido uma boa distribuçao a limitaçao dos cinemas logo deu a pereceber que o filme nao seria o sucesso do livro, e que talvez o filme nao conseguisse ser assim tao bem recebido. A critica nao gostou da forma como viu o romance adaptado, e o publico seguiu-lhe os passos, nao conseguindo o filme cumprir os seus principais propositos.

Confesso que depois de ler as criticas ao filme me assustei com o possivel desastre que poderia presenciar, é logico que pela riqueza sentimental do livro em momento algum o filme poderia chegar a esse nivel, e que talvez sem estes a historia nao faz muito sentido. Newell por um lado consegue fazer o filme resultar no seu romantismo, e na dinamica apaixonada com que filma, contudo não consegue preencher os vazios de uma obra demasiado literaria e que parecerá sempre vazias na frieza das imagens.

O filme no plano emocional e bem conseguido consegue com grande facilidade criar ligações e provocar sentimentos no espectador, no plano de conteudo o filme tem algumas quebras principalmente temporais, a opçao de manter sempre os mesmos actores e duvidosa e nao favoreça a contextualizaçao temporal do filme.

Tambem a grandiosidade produtiva fica um pouco a quem, raramente num filme com um semblante tao romantico conseguimos assestir a uma beleza fotografica das imagens que sao transmitidas.

Mas o ponto mais indiscutivel e o facto do filme ser perseguido pela obra genial de Marquez, e ai que seja sempre algo negativista, contudo parece-nos que a analise isolada ao filme, nos da uma obra conseguida sem brilhar.

O argumento tinha para si a tarefa mais dificil, concentrar uma das obras mais lidas da actualidade e com uma complexidade descritiva impressionante num filme com pouco mais de duas horas, consegue capturar por momentos, sem conseguir transportar a complexidade e a qualidade da obra e das personagens, ficando aquem do esperado, embora nos pareça que fosse dificil fazer melhor.

newell e um dos realizadores mais academicos do reino unido, com ele teremos sempre a garantia de fidelidade aos espectadores, contudo nesta obra e de um ponto de vista mais exclusivo da realizaçao, parece-nos que maior risco, maior qualidade da capturação de imagens seria positivo, o que acaba por nao suceder.

O cast quase por completo latino, transporta o filme para uma realidade mais proxima daquilo que idealizamos do livro, bardem e um protagonista, que tem um papel dificil, mas nao impressiona na sua criação, demasiado repetitivo, falta algum fulgor ao actor que tanto nos encantou em No Country For old Man, e que consegue bem melhor que isto. Os louvores vao na plenitude, para Mezzogiorno, a desconhecida italiana, domina todas as sequencias que entra, facilitada pela maioria delas ser partilhadas com as limitaçoes de sempre de Bratt.


O melhor - Capaz de transmitir o romantismo do livro.


O pior - Mas nao atinge um terço da profundidade deste.


avaliação - B-

Tuesday, March 04, 2008

Resurrecting the Champ




Muitos provavelmente estranharão o porque de nunca terem ouvido falar de um filme que reune actores deste calibre não só comercial, mas tambem em determinados pontos critico. A resposta e dificil de dar, talvez por o filme olhar com poucas ambiçoes para um terreno comercial e se apostar numa vertente critica, podera ser uma das explicações. Embora esta ambiguidade esteja tambem ela latente ao longo de todo o filme. E quando nao existe decisão neste particular e provavel que o resultado acabe por nao ser o melhor em nenhum dos segmentos, o filme teve muita dificuldade em se impor na distribuiçao e por logica, nas bilheteiras, e em termos de critica, a mediania, foi o resultado mais obtido.

O filme representa um pouco esta dualidade tambem na qualidade que apresenta, se por um lado, tem uma vertente algo independente e de autor, na forma como a narrativa e estabelecida, dificultando a sua implementaçao em mercados mais abertos, tambem e certo que a forma apaixonada e algo sentimentalista com que o filme e abordado nao permite aquele caracter rebelde tao aperciado pelos amantes do cinema de autor. O filme cai num paradoxo que o leva a ser uma obra que muitos irão perder quando tem alguns pontos de interesse.

Na globalidade o filme nao consegue fugir a uma mediania assinalavel, se inicialmente nos da uma visão romantica da vida, e da valorizaçao da mesma, ao pouco vai se construido numa liçao de vida, mais que um relato e uma homenagem a mesma, o sentimentalismo gratuito vai-se perdendo, contudo tambem a moral do filme vai ficando cada vez mais obscura, na forma como a narrativa se vai desenvolvendo.

Tem a vantagem de nao ser um filme logico, nem tao pouco previsivel, de esconder e desvendar aos poucos os seus segredos, contudo tudo e feito com uma ligeireza, que nao se coaduna com os temas em causa.

A historia fala-nos sobre um jornalista desportivo marcado pelo legado e historial do seu pai, que de procura o protagonismo de uma vida, ao encontrar um ex campeao de box, como sem abrigo decide, centrar nele as atençoes do artigo que lhe dara a notoriedade desejado, contudo nem tudo e assim tao facil, sendo o filme nao so a relaçao do jornalista com o campeao, mas acima de tudo a relaçao deste com a notoriedade.

O argumento apesar de responsavel e surpreendente em momentos, cai por diversas vezes no romantismo profundo na forma como vai guiando as perosnagens, que sao pouco densas, na sua profundidade. Na personagem de JAckson, nunca chegamos a conhecer realmente e talves fosse esse o principal objectivo do espectador a partir de determinado momento.

A realização, tenta se diferenciar com um estilo mais 70s, o que da uma toada forte ao filme, mas encontra-se longe do cinema actual. A realizaçao como grande parte do filme, da sentimentos contraditorios a um espectador que sente prazer, mas nao reflecte como devia.

O cast, o papel de Jackson, tem tanto de brilhante pelos tiques corporais como de irritante, pela forma como estes se reflectem no espectador, rapidamente ficamos fartos daquela voz, e daquela humildade, num papel, que noutro registo poderia valer ouro, assim so vale o reconhecimento de um actor bem melhor do que aquilo que a sua carreira tornou. Ja Harnett, encontra-se preso a personagens unidimensionais sem espaço para aventuras, que o levam a figurar num plano critico menor. Esperamos a sua explosao á muito tempo, e começamos a ficar apreensivos.


O melhor - O twist moral do filme.


O pior - A voz de Jackson


Avaliação - C+

Monday, March 03, 2008

Vantage Point


cast:
Dennis Quaid, Matthew Fox, William Hurt, Forest Whitaker, Sigourney Weaver, Shelby Fenner

Directors
Pete Travis


Vantage Point é daqueles filmes por quem ficamos apaixonados logo no trailer, devido ao seu conceito simplista, prometendo acção e misterio, naquilo que poderá surgir do verdadeiro entertenimento. TAlvez pelo bom momento de alguns dos seus actores desde logo observou-se que seria uma aposta comercial forte, considerando a altura do ano onde e lançado. Dai que os resultados de bilheteira ate ao momento sejam bastante positivos, sendo que a critica distanciou-se um pouquinho de um filme algo simplista nos processos.
Vantage Point é ate ao momento a agradavel supresa do ano, consegue fazer um filme com um ritmo magnifico, com um conceito produtivo e narrativo creativamente interessante, e resultar num produto final de qualidade assumida. Não perde tempo em filosofias, e um filme de intensidade elevada, uma das qualidades mais assumidas num cinema de acção.
O conceito e o grande trunfo do filme, 8 personagens num local, um atentado, e observamos os diferentes pontos de vista ao longo daquela meia hora, aos poucos o filme serve como Puzzle que vai ganhando cada vez mais contornos, para um produto final com grande coesao, o que seria a priori o grande obstaculo do filme.
O filme consegue nos seus diferentes pontos manter o nivel de interesse entre as personagens, talvez a conclusao seja demasiado elaborada, e nem sempre os caminhos os mais fortes, mas no final o filme funciona nao so como um exercicio creativo de grande plano mas mesmo no competo geral como um bom filme de acçao.
O argumento e a montagem sao os pontos mais fortes do filme, a forma como a montagem joga ao sabor da intensidade e suspense do argumento sao a base que sustem um filme sem grandes personagens, nem primor narrativo mas que funciona bastante bem nao so junto ao espectador comum mas tambem junto daqueles que gostam de projectos arriscados e creativos.
A realização e posta em causa ao longo de todo o filme, tem de dar elementos para os seguintes pontos, arrisca na sucessão, nas sequencias mais activas, mais que filmas, o realizador faz com que as imagens sejam tambem elas as protagonistas, estando bastante bom este aspecto do filme.
Nao e um filme de personagens nem de interpretações, nenhum dos actores do extenso cast brilha, nenhum tem esse espaço ja que o brilhantismo vai para a montagem em si, podendo parecer alguns talentos desprediçados como Whitecker. Mas nao o é, o filme percisa de prontidao na transmissão do seu conteudo.

O melhor -A montagem.

O Pior - Alguma facilidade excessiva na conclusão.

Avaliação - B

Sunday, March 02, 2008

The Diving Bell and Butterfly



Starring:
Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Anne Consigny, Emma De Caunes, Max von Sydow
Directed by:
Julian Schnabel


Todos os anos Hollywood pisca o olho a um filme fora dos circuitos habituais, sendo que a frança arredada desta honra a alguns anos regressou este ano, e desde cedo observou-se que este seria o filme outsider dos premios, de um cinema menos produtivo normalmente mais marcado a um registo mais tipicamente europeu, isto apesar de ser realizado por um americano, o filme e todo ele rodado em frances. Foi a grande supresa da epoca dos premios chegando mesmo às nomeaçoes para os oscares, contudo foi nos globos que este filma mais brilhou vencendo o premio para melhor filme nao ingles, e acima de tudo o surpreendente globo de ouro para melhor realizador, contudo nem esta recepçao nem os premios conseguiram alteram em muito o precurso tipico de um filme europeu na maioria das bilheteiras mundiais.


Mais que um grande filme a primeira coisa que ressalta á vista quando visualizamos o filme e que estamos perante um exercicio creativo na sua maior excelencia, que se traduz numa obra singular, e acima de tudo uma obra genuina de um autor, com muitas especificidades. E quando isto acontece com um realizador competente normalmente surgem obras de grande qualidade. Nao achei contudo o filme algo transcendente ou brilhante, achei sim um bom filme, que consegue reunir na forma e nas escolhas de realizaçao sempre os seus pontos de maior relevo contendo nesta componente valors incomparaveis. Contudo a historia apesar de absorvente e intensa, já a visualisamos de uma forma mais forte e dinamica principalmente no excelente Mar Adentro.


Isto contudo nao quer retirar o merito a um filme original, forte e que consegue demonstrar que ainda existe muito terreno para conquistar nos metodos de filmagem, a forma quase unica com que nos transporta para a visao mais que debelitada do protagonista e genial na forma como transporta o espectador para um dramaç Esta forma de imagem coloca o espectador como protagonista. Contudo o filme perde-se a determinado pontos com filosofias menores, com personagens menos importantes para o desenvolvimento, parecendo o filme querer remeter-se pelo superficial e nao abordar uma profundidade sentimental que poderia trazer benificios.


O filme fala-n0s sobre a recuperaçao de um dos produtores da Elle Magazzine apos uma ataque que lhe pos "Vegetal", sempre presos na sua propria visao do mundo vamos vendo a lenta recuperaçao, enquanto que esta faz um balanço da sua vida e das suas proprias relaçoes e conflitos, e neste segmento que nos parece que o filme poderia estar um pouquito mais desenvolvido.


O argumento tem um aspecto muito interessante, adoptar toda a historia para o constrangimento da forma como Schnabel decide realizar o filme, e neste ponto temos de valorizar este exercicio, contudo na forma como desenvolve as diferentes relaçoes, e caracteriza os personagens secundarios penso que o filme poderia ter ido mais longe, embora a originalidade do conceito esteja presente tambem de forma vincada no proprio argumento.


A realização de Schnabem, e absolutamente genial em todos os pontos, quer pela vivacidade e originalidade que da a obra, pela forma como transporta o espectador para as dificuldades e conflitos da personagens, esta realizaçao e uma inovaçao e bem comprovar que a inovaçao nos diferentes terrenos do cinema ainda e possivel.


Quanto ao cast, esta forma de realizaçao limita um pouco o protagonismo dos actores mesmo assim regista-se a excelente interpretaçao ocular de Amalric, num papel complicado, de resto o filme nao da espaço para mais brilhantismo porque este concentra-se na realizaçao.


O melhor - julian Schnabel


O Pior - A profundidade emocional poderia ser mais densa


Avaliação - B