Quando um realizador habituado a filmes de grandes meios decide fugir da rotina e lançar-se sobre filmes mais complexos, normalmente os resultados nao sao os esperados. E isso que pode dizer o megalomano Roland Emerich, depois de este ano se ter aventurado neste filme sobre a luta pelos direitos dos homossexuais. Nao que o tema nao seja nobre mas filmes baseados em argumentos complexos e ideologicos nem sempre foi a forma de estar de Emmerich que viu este seu projeto ser grandemente chumbado pela critica que negou totalmente o filme, por outro lado comercialmente o filme simplesmente nao existiu.
SOtewall e um filme ambicioso na forma como tenta nos dar a forma como os tabus relacionados com a sexualidade tentando fazer um filme documental. O problema e quando se pega num tema como este sem total noçao dos conceitos e torna-se tudo num grande cliche. Desde logo a violencia gratuita como se todos os artifices do poder fossem animais totais, ou mesmo a forma como descreve todos os homossexuais como drag queens histericos. E neste ponto que o filme falha porque acaba por ser o primeiro a ter um preconceito latente que quer combater.
Mas nao e apenas nesta grande falha que o filme tem defeitos, outro dos grandes e narrativamente falando e o facto das personagens serem demasiado esteriotipadas, em todos os quadrantes desde o lado nos homossexuais em luta desde os policias violentos, mesmo quem se aproveita da situação tudo e demasiado esteriotipado o que torna as cenas em si com o mesmo problema, de reaçao, para alguem que quer representar um acontecimento real, tudo parece demasiado preparado e normalmente isso e um grande handicap na forma como o filme chega as pessoas.
Ou seja para um filme funcionar e necessario bem mais do que uma boa intenção politica que o filme ate pode ter, e necessário uma capacidade de tornar as coisas proximas, e em casos reais as coisas plausiveis algo que o filme neste caso nunca consegue.
A historia fala do movimento criado em busca dos direitos e aceitação da homossexualidade como um forma de vida, dentro da comunidade Stonewall e os seus confrontos com a autoridade de forma a reivindicar as suas opções.
O argumento e extremamente esteriotipado, e daqueles filmes que parece ser construido em bases morais solidas mas que acaba por tropeçar nas mesmas o que me parece obviamente mau em termos da forma como o filme funciona no espectador, prejudicando não só a narrativa mas acima de tudo também os diálogos.
Na realizaçao Emmerich é obviamente um realizador que nasceu para trabalhar com outros meios, aqui tenta mudar este ADN com uma realização simples, quase com espirito independente mas isso fica quase na pouca cor das imagens ja que contextualmente nao e um filme que marca a sua diferença. Acho bem o risco em caminhos opostos, nem que seja para dizer como neste caso que se nasceu para outro tipo de cinema.
O cast e pobre, Irvine e um actor que há diversos anos ja protagonizou diversos filmes com alguns meios mas ainda nao conseguiu dar o salto para o cinema de primeira linha, muito provavelmente porque lhe falta intensidade e versatilidade. Aqui um papel que ate poderia ter impacto, mas que parece igual a todos os outros que fez e principalmente denota uma grande falta de carisma. Melhor Ryan Meyers um actor que encaixa muito bem no papel de homossexual principalmente pelos seus traços algo androgenas, mas e pouco num papel que nao é também ele de grande expansao
O melhor - O risco de um realizador de acçao.
O pior - O esteriotipo que quer combater estar bem patente no filme.
Avaliação - D+
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