Friday, July 26, 2024

The Exorcism

 Quando este filme foi anunciado todos pensaram que seria mais um reboot da saga do exorcista com uma nova roupagem e com uma estrela de primeira linha que ainda o ano passado teve na sua lista de filmes um projeto sobre exorcismo. Pois bem o filme acaba por ser algo diferente sendo um filme de exorcismo nas gravações de um filme sobre o conhecido conceito. Este filme mesmo com esta inovação teorica acabou por ser um desastre completo, nem tanto na critica especializada onde ficou pela mediania, mas pelo publico que recusou o filme. Em termos comerciais o passa palavra e acima de tudo a publicidade negativa do filme fizeram dele um dos flops de verão.

Sobre o filme podemos dizer que o inicio com a ideia de ser um filme dentro de um filme podia dar ao filme algumas características diferenciadas que poderiam ser bem potenciadas, mas as quais acabam por sempre não resultar, desde logo porque no momento em que o filme entra no lado parnormal fica mais preocupado em fazer funcionar esteticamente um Crowe potenciado, do que propriamente uma coesão no argumento e na sua narrativa.

Fica a ideia que o filme entrado neste ponto esquece toda a base e preocupa-se essencialmente no lado estético do suspense, das imagens fortes mesmo que em termos de historia tudo deixa de fazer sentido, dos espetadores se desligarem completamente da historia e a sua conclusao acaba por ja ter pouco a ver com o que vimos. Nao tem força para se diferenciar dos filmes habituais de exorcismos mas também no registo acaba por ser um filme desligado.

Ou seja um filme com pouco ou nada de relevante, num estilo repetitivo onde mesmo a introduçao de um ou dois elementos que sejam estranhos ao estilo acaba por nao trazer significativamente nada de novo. Em termos de horror funciona um ou dois frames e de resto pouco mais, num desastre que tem sido muito comum nos ultimos projetos de Crowe.

A historia fala de um ator decadente contratado para uma nova versão do exorcista mas tudo parece correr mal no projeto, mesmo com a sua filha contratada como assistente de produção, sendo que tudo fica pior quando o mesmo começa a ser possuido por uma força demoniaca do seu passado.

O argumento tem a base tipica dos filmes de exorcismo mas depois acaba por nas explicações e nas arterias narrativas falhar porque nada e particularmente explicativo e mais que isso pouco ou nada e impactante em termos de sentido. Quando assim o e o filme acaba por se perder nas suas indefiniçoes.

Na realizaçao a escolha recaiu sobre Joshua John Miller um jovem realizador quase desconhecido, o qual tenta aqui ganhar um protagonismo particular, com um filme com demasiados cortes e um estilo de realizaçao demasiado parado. Tem algumas imagens que sao fortes mas pouco mais, num projeto que nao funciona como um todo.

No cast Crowe tem dois filmes seguidos sobre exorcismo e sobre ele proprio possuido algo que me parece bem caracterizador do estado da sua carreira longe do fulgor com que cresceu. Ele tem intensidade mas nao e nestes papeis e mesmo a solo, que consegue ir ao regresso do seu carisma


O melhor - Alguns frames visuais

O pior - A forma como o filme acaba por nao conseguir explicar o que quer ser


Avaliação - D

In a Violent Nature

 


Sundance é sempre um habitat para novos realizadores com projetos arrojados conseguirem o seu espaço e uma capacidade de expandirem os seus filmes para alem do esperado. Este ano surgiu este filme de terror, com muito sangue e violência que conseguiu chamar a atenção da critica com avaliações fortes, o que conduziu a que o filme obtivesse uma estreia com expansão Wide que lhe deu resultados de bilheteira que de outra forma seriam impossíveis.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo é de poucas palavras e muita imagem, e que o terror e o horror do filme está bem presente no lado estético e na forma como o filme explora a brutalidade dos homicídios. O filme pode parecer um pouco despido em tudo o resto, percebemos pouco da personagen, e mesmo das vítimas e um terceiro ato completamente fora do que vimos antes acaba por encaixar mal no nível de violência ao limite que o filme tem nos primeiros dois segmentos.

No que diz respeito ao resto, para quem gosta de violência, sangue e horror o filme e ótimo porque não tem filtros, mas nos dias de hoje, e numa altura em que muitos filmes de horror já exploraram tal campo, parece que este estilo de abordagem e insuficiente para alimentar um filme e neste caso sobre quase mais nada

Assim um filme de terror que tem uma abordagem diferente na forma de filme, que impressiona mais que agrada, que é cru, mas é pouco maturo ou da algo para alem desse horror. Quando o cinema chama a si este foguete, parece claro que é curto para ser um filme de impacto maior.

à historia segue um individuo que renasce apos um medalhão ter sido retirado do lugar onde aparentemente terá sido enterrado, e de forma a recuperar o que é seu decide matar de forma brutal todos os que encontra na floresta em questao~

O argumento é básico, pouco ou nada trabalhado, e acima de tudo é um filme com pouco conteúdo de diálogos e personagens. Parece encaixar mal no filme o seu final, em que tenta obter algo para alem do horror mas fica a ideia que ninguém percebe muito bem tal intenção.

Na realização Chris Nash tem o lado estético da violência muito presente na sua assinatura num realizador que já tinha tido trabalhos esporádicos no terror mas que assume como a sua praia. O horror e filmado com realismo e com impacto, mas e sempre um género onde se percebe muito pouco as valências do seu realizador.

 

No que diz respeito ao cast, podemos dizer que temos muito pouco de personagens, e dai pouco espaço para grandes interpretações de um filme com atores totalmente desconhecidos.


O melhor – O horror de algumas mortes

O pior – A forma como o filme tenta englobar um terceiro ato, fora de tom


Avaliação - C

Wednesday, July 24, 2024

My Spy : The Eternal City

 Numa altura em que o Covid estava em marcha os serviços de streaming tiveram nesse momento uma proponderância elevada que fez com que alguns filmes com bases curtas se tornassem em fenomenos comerciais, que agora, quatro anos depois começam a libertar os seus primeiros frutos em sequelas. Foi o caso da Prime com o seu My Spy a tipica comedia do agente da CIA com uma menor, que agora cresceu mas que a aplicação resolveu dar-lhe uma nova aventura, desta vez em Italia. Criticamente o filme foi um floop um pouco na onda do que já tinha sido o seu filme anterior. Do ponto de vista comercial, tudo indica que será um dos ingredientes naturais de verão, embora com um prazo de validade algo curto.

Sobre o filme podemos dizer que se trata do mesmo estilo do primeiro filme, o humor relacionado com o lado sentimental do personagem de Bautista, e acima de tudo um pretexto, ainda que mal articulado para levar as personagens para diversas cidades de italia e ali tentar fazer a ação de estudio junto dos locais mais emblematicos da cidade. O problema e que em termos humoristicos, o filme funciona mal, algo que no primeiro filme já tinha acontecido, e ainda para mais a intriga acaba por ser preenchida de uma forma algo em cima do joelho, para um filme com objetivos claramente curtos.

Fica a ideia que a Prime que tem estado algo calma no lançamento de novos projetos de base na aplicação tinha de mostrar serviço, e que acabou por o fazer da forma que normalmente mais facil é, que e uma sequela de um filme de algum sucesso. Pese embora tal iniciativa fica evidente que se trata de um filme com falta de ideias, onde a ligaçao com uma criança funciona sempre melhor do que com uma adolescente, e um despredicio de meios na ida ate italia.

Por tudo isto um tipico filme de açao de segunda linha, de uma produtora com meios, que aposta num franchsing que teve uma ideia de base que poderia ser proxima do publico mais juvenil, mas que dificilmente conseguiria ter uma continuidade efetiva. Por tudo isto sobra um filme algo longo para o estilo, mas que acaba por preencher o espaço que lhe estava destinado.

O filme fala dos personagens do primeiro filme, agora numa ligaçao familiar, ate que numa viagem de estudo da mais pequena, surge um rapto que leva a que o seu padrasto tenha de entrar novamente em ação como agendes especial.

O argumento e basico na narrativa, na intriga, muitas vezes disparatado em algumas escolhas. Do ponto de vista humoristico temos esforço mas pouca efetividade, fica a ideia que na maior parte do tempo as piadas nao se concretizam e numa comedia de açao isso provoca um dano assinalavel.

Peter Segal regressa no mesmo papel de realizador, algo que ja  tinha sido no primeiro filme um realizador que teve na explosao de Sandler os seus melhores momentos mas cuja carreira, mesmo no genero foi decaindo em protagonismo acabando em telefilmes de qualidade duvidosa ainda que com alguns meios empregues.

No cast Bautista tem a fisionomia que o filme requer para a dualidade, mas ja o vimos mais eficaz na comedia, ao seu lado a jovem Coleman parece claramente procurar um espaço como adolescente que ganhou como criança e uma Faris sempre vocacionada para o humor mais goofy mas pouco mais.


o melhor - Itália funciona sempre

o pior - O humor não e suficientemente rentável.


Avaliação - D+

Sunday, July 21, 2024

Inside Out 2

 Nove anos depois da Pixar entrar na mente das pessoas com o seu Inside Out um dos ultimos grandes classicos da produtora eis que, num momento em que a Disney passa por claras dificuldades surge a sua sequela, com novas emoçoes e uma idade bem diferente da personagem. As primeiras avaliações confirmaram que a aposta foi ganha do ponto de vista critico fazendo com a pixar regressasse ao sucesso. Do ponto de vista comercial, num ano onde as grandes apostas estavam todas a falhar a Disney lançou o seu as de trunfo e neste momento o mais serio candidato a filme mais visto do ano por pequenos e adultos.

Sobre o filme podemos dizer que o primeiro Inside Out esta longe de ser um filme de crianças, e um filme de animação que toca na mente de uma criança e este segundo filme segue a etapa evolutiva da personagem e o filme torna-se normalmente mais complicado com emoçoes mais complexas, mas que o filme sabe aproveitar e contextualizar sem exagero mas com o impacto e o realismo que cada um merece ter.

Esta capacidade merece ser louvada ainda que me pareça que o contexto que o filme usa para esta exploraçao emocional poderá ser algo menos impactante como o desporto, fica a ideia que o filme poderia ainda ter mais resultado na ansiedade do sucesso escolar, ou da relação de namoro, mas mesmo assim numa altura em que cada vez mais os mais pequenos sao levados para um contexto competitivo desportivo o filme parece ser interessante desse ponto de vista.

Sendo uma sequela e por isso nao ser surpreendente ja que muito do que ja vimos e alguns truques de luta e mesmo na conclusao ja tinhamos visto no primeiro filme, a pixar regressou a capacidade de criar um mundo de coisas com um realismo impressionante ficando mesmo a convição de ansiedade e uma das personagens mais bem montadas e com mais significado da produtora.

A historia segue Riley, ainda em San Francisco, mas numa fase diferente da vida em plena puberdade de onde surge novas emoçoes que tomam um poder maior do que propriamente as basicas com que cresceu. Tudo fica pior quando acaba por entrar num estagio de hoquei, onde tem de escolher entre as amigas de sempre que vao embora, e novas amigas.

O argumento e realista e original como so a pixar em animação consegue fazer. Claro que o trabalho do priemiro filme é uma base qualitativa quase inquebravel, mas todos os aspetos novos que o filme trás funcionam, e um bom completemento ao primeiro filme, ainda que a base pessoal da historia poderia ser mais robusta.

Na escolha para a realizaçao, a Disney escolheu Kelsey Mann, um dos melhores argumentistas da Disney que tem aqui a sua estreia num filme de primeira linha com um bom resultado. Sabe criar e concetualizar muito bem o que existe de novo e aproveita o que funcionou no primeiro filme, numa abordagem colorida e para todos.

Na escolha de vozes como vi a versão dobrada não vou opinar sobre as escolhas de base.


O melhor - O realismo das novas emoçoes

O pior - A historia de base desportiva pode ser menos intensa do que o filme a torna.


Avaliação - B

Young Woman and the Sea

 Numa altura em que o mundo se prepara para uns novos jogos olimpicos eis que a Disney e Jerry Buckheimer trazem a vida um biopic sobre um dos feitos desportivos mais fortes do seculo passado, ainda que em anos bem longinquos. Este filme que foi pensado para streaming mas que foi fazer uma estreia no cinema nada relevante ate conseguiu obter bons resultados criticos, embora comercialmente a estrategia inicial tenha sido bem melhor do que a executada.

SObre o filme o primeiro grande problema do mesmo e o momento em que foi lançado, quando ainda nem passou um ano desde a Netflix ter demonstrado o feito epico de Nyad, pode soar ao mesmo este filme porque o feito é parecido e o filme naturalmente acaba por ser um exercicio de superaçao muito semelhante, embora me pareça que principalmente na interpretaçao de base o primeiro seja claramente superior.

Este filme tem duas vantagens narrativas, desde logo o contexto pos guerra onde se trata, o que leva o filme para uma dimensão cultural e de direitos de mulheres muito mais forte. Tambem fica a ideia que o filme quer ser mais ligeiro e menos rigoroso, mas as duas horas de filme torna-se algo demais para um filme cuja hora final e extremamente repetitivo.

Mas fica o registo de um feito memoravel com um impacto no crescimento do desporto feminino, que tambem tem em se a forma como a mesma foi recebida nos EUA algo que nos dias de hoje seria muito dificil. Por tudo isto temos um filme interessante, com um registo historico interessante, mesmo que em termos de filme em si, pouco mais do que satisfaz.

A historia trás-nos o feito de Trudey Ederle e a forma como como mulher se aterveu a tentar passar o canal da mancha a nado, depois de na infancia quase ter morrido de sarampo, numa historia de superaçao e da forma como impos o desporto feminino.

No que diz respeito ao argumento nota-se algumas preocupações e alteraçoes a historia central para o filme ter mais impacto emocional e narrativo. Nao obstante destas alteraçoes os feitos mais imponentes acabam por ser bem retratados numa historia que e documentada, ainda que com principios basicos.

Na realizaçao os produtores foram ressuscitar Ronning depois de lhe terem entregue o ultimo pirata das caraibas sem grande sucesso. Aqui os procedimentos sao mais simples, um bom trabalho de contextualizaçao temporal do desporto o que nem sempre e facil em face do contexto temporal do filme, mas nas sequencias de nado poderia ter mais arte.

No cast eu confesso que Riley tinha tudo para ter uma interpretaçao fisicamente mais imponente, mas parece igual a maior parte dos seus papeis, colocando duvida sobre a sua versatilidade, num filme a solo que normalmente potencia grandes interpretaçoes esta fica bastante aquem, com maneirismos repetidos constantes.


O melhor - O feito retratado

O pior - A ultima hora algo repetitiva


Avaliação - C+

Saturday, July 20, 2024

The Watchers

 M Night Shylaman foi dos realizadores que melhor conseguiu fazer filmes que reuniam o misterior e criaturas estranhas e parece que isso foi transmitido a sua filha que tem neste filme a sua estreia mas com um estilo muito proximo do tipo de filme onde o seu pai foi mais eficaz. Neste estreia surgiu este filme que conseguiu uma distribuição interessante, pese embora do ponto de vista critico as coisas nao tenham corrido propriamente bem. Comercialmente o filme teve resultados algo rudimentares ja que nem as estrelas do filme me parecem suficientemente impactantes para melhor desempenho comercial, nem este horror terror costuma ter grandes seguidores.

Sobre o filme podemos começar por dizer que o mesmo tem uma base de horror estranha concretamente colocando peças numa floresta densa onde parece ser impossivel sair, ate que de repende e com o cair da noite surgem uns estranhos seres que colocam a sobrevivencia dos mesmos em causa.

O filme tem o misterio e o lado de suspense visual tipico de Shylaman pai, na forma como as personagens sao desenhadas, do horror, o lado musical das cenas, mas a repetiçao do estilo surge tambem no desenvolvimento e quando o filme assume o que realmente e junto do espetador. O final acaba por ser melhor do que a repetiçao e cliche constante da primeira hora de filme, com os conflitos entre humanos e a sobrevivencia a todo custo.

Watchers nao e propriamente um filme de terror, mas mais um filme de horror sobrenatural, o filme consegue ter esse impacto mais sensorial, mesmo que nao seja propriamente nada de novo nas suas escolhas e fique sempre a ideia que a hora e meio que temos das personagens dao-ns muito pouco sobre elas.

A historia fala de uma jovem marcada pelo passado, que numa viagem profissional se perde numa floresta e acaba por encontrar tres pessoas na mesma situação que lhe explicam que para sobreviver tem de se refugiar durante a noite numa cabana envidraçada.

O argumento é original na abordagem, com risco, mas a sua competencia nem sempre e a melhor desde logo porque as personagens nunca sao propriamente muito potenciadas, e a resolução das duvidas da uma volta cientifica se calhar desnecessaria.

Na realizaçao podemos dizer que a filha Shylaman tem claramente todos os maneirismos esteticos do pai e tambem todo o lado mais critico principalmente no desenlace explicativo final. POr isso pensamos que temos mais uma questao de herança do que de arte.

No cast temos uma Fanning a tentar construir uma carreira adulta que nao tem sido propriamente facil de construir e esta personagem demasiado parada nao sera certamente grande contributo. Ao seu lado o lado visual de terror de FUéré funciona sempre e aqui nao foi exceção


O melhor - Sempre o suspense intenso do filme


O pior - Observando filmes do cla percebemos rapidamente o que vai acontecer


Avaliação - C

The Boy and Heron

 O filme que trouxe a gloria antiga ao maior criador de longas metragens de animação orientais da historia, conseguiu finalmente entregar a Miyazaki o reconhecimento da academia com o oscar para melhor filme de animaçao, num filme que marca muito a sua carreira, num filme sobre perda, animais, mundo imaginario e reencontro. Este filme acabou por conquistar em longo plano a critica e os premios, sendo que comercialmente para um cinema tradicionalista oriental os resultados foram brilhantes num sucesso completo.

SObre o filme eu confesso que ao longo da carreira do autor Chihiro foi na minha opinião o seu melhor filme pois mesmo tendo em si todos os ingredientes da carreira de um autor particular conseguia ter uma mensagem intensa e o filme conseguia ter um claro fio condutor permanente, nos restantes achei sempre que o filme entra muito facil na divagação, e em metaforas extremadas que afasta por completo o filme dos mais pequenos, que ate podem gostar da estetica mas tem claramente dificuldade em chegar a essencia dos projetos.

Talvez este seja ainda o mais dificil, desde o momento em que o filme entra na torre fica a ideia que o filme abre a imaginação de tal forma difusa que se perde um pouco o norte do que o filme quer transmitir. No final o filme recompoem um pouco mas fica sempre a sensação que tudo e demasiado estranho para ser eficaz. Os faz de Miyiasaki ficaram sempre surpreendidos pelos seus mundos imaginarios, quem nao conhece nao ficara certamente a gostar por este filme.

Numa altura em que o cinema esta em tudo standartizado, este tipo de filme e uma referencia do cinema das ultimas decadas e assinatura clara. Nao me parece que fosse o melhor filme do realizador para obter a unanimidade mas muitas vezes o facto tempo acaba por ser essencial, e neste caso parece-me que o contexto temporal e bem melhor que o filme em si.

A historia fala de um jovem orfão que regressa a base da sua máe falecida depois do seu pai iniciar uma relaçáo com a sua tia, contudo com um nascimento quase a surgir de um irmáo, eis que ele embarca numa aventura numa torre secreta contra os momentos do passado dos seus antepassados.

EM termos de argumento o estilo de cinema de Miyazaki e difuso num misto de realidades que nem sempre e simples de seguir, e neste caso principalmente no lado da fantasia isso nao acontece. O filme tem os elementos tipicos do realizador, uma mensagem forte emotiva, mas parece-me que o trajeto do argumento e demasiado complicado para o resultado.

Na realização Miyazaki e um dos mitos vivos da animação com um conjunto de filmes que fazem da sua carreira iconica, pelo estilo, pelo conceito e pela arte visual unica muito presente no filme. NAo temos riscos na assinatura mas temos o seu lado estetico ao maximo.

No cast de vozes na versao original sempre a expressividade estridente niponica e sempre o melhor espelho de um filme como este.


O melhor - A fantasia sem limites

O pior - ALgo confuso demais


Avaliação - C+

Tuesday, July 16, 2024

Kingdom of Planet of the Apes

 Alguns anos depois do sucesso desta nova reedição de planeta dos macacos a qual teve por base maior a personagem de Ceasar interpretada e criada por Andy Serkis, surge a sua sequela, muitos anos depois, e numa luta constante entre espécies de macacos. Esta nova saga conseguiu conquistar a critica mais tradicional e este filme conseguiu esse objetivo com criticas interessantes. Em termos comerciais a falta de figuras de primeira linha foi substituída por efeitos técnicos de ponta. Comercialmente os resultados foram muito interessantes principalmente num ano em que as principais apostas falharam.

No que diz respeito ao filme podemos dizer que temos um filme que aposta tudo na inovação tecnológica e na inovação dos efeitos especiais dos macacos, dai que grande parte da duração do filme não tenha uma intervenção de primeira linha de humanos, deixando o filme a explorar toda a riqueza de um mundo totalmente criado por macacos de diversa ordem, nao sendo propriamente um filme rico em termos narrativos.

No final o filme abre novas vagas, numa disputa entre seres humanos e macacos, num filme que acaba por ser apenas a organização da especie. O filme tem uma disputa de especies, traições mas em termos narrativos e um filme pouco trabalhado, deixando ser como protagonista a sua produçao que tem claramente os melhores atributos. numa saga que me parece, pelo menos do ponto de vista algo cinzenta, sobra o lado qualitativo dos efeitos e das expressões.

Numa altura em que o cinema está em clara falta de ideias que acabem por tornar o cinema inovador, tenta-se aprimorar tecnlogicamente as ideias de sucesso de um passado recente. Esta saga e competente sem ser estrondosa, ja consegue sobreviver sem figuras de referencia mas parece estar a atingir um teto em termos de produçao que nao permitira outro espaço.

A historia segue a civilização dos macacos apos o dominio de Cesar, numa luta entre classes e forma de vida, potenciada acima de tudo no medo que eles tem da retaliação dos humanos e da forma como a guerra das especies podera rapidamente escalar.

O argumento tem a base dos primeiros filmes, mas mais centrada na luta dentro da especie. Nao temos propriamente uma evolução narrativa ou um filme marcado por ideias particularmente diferenciadoras, mas temos acima de tudo a abertura para novos filmes.

Na realizaçao Wes Ball e um tarefeiro de grande estudio ja com alguns produtos comerciais caros, mas que aqui tem a sua aposta de maior risco. O filme é grandioso tecnicamente embora sem grande risco concetual de um realizador competente mas com pouco rasgo um pouco como toda a carreira do mesmo.

No cast o filme tem boas apostas na escolha de interpretes para expressões de macacos, com a tecnologia que ja tinha funcionado bem com o Ceasar de Serkis, no lado humano a aposta numa quase desconhecida como Freya Allan funciona, porque a personagem e misteriosa e o seu lado desconhecido ajuda, e porque o filme quase nada requer desse ponto.


O melhor - O lado tecnologico do filme.

O pior - Duas horas e meia e muito tempo para o sumo efetivo do filme.


Avaliaçãoo - C+

Wednesday, July 10, 2024

Sight

 Desde o fenómeno Sound of Freedom que a Angel Pictures associada ao lado mais conservador e religioso norte americano tem estado mais em foque, tentando repetir os procedimentos simples, e acima de tudo a doutrina que conduziu ao sucesso completo do seu filme cartaz. Este ano surgiu uma nova historia de vida desta vez de um medico oftalmologista oriundo da China, num filme que criticamente foi sofrível, como a maior parte dos projetos da produtora, sendo que, comercialmente provavelmente o que funcionou em Sound of Freedom dificilmente se irá repetir.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata do estilo típico da produtora, ou seja, uma historia de vida, com muita emoção, num filme pensado para potenciar ao máximo a personagem que se quer louvar, numa mistura de biopic e muita fé, mas com pouca razão na forma como as coisas foram sendo feitas, num cinema claro de segunda linha com propósitos muito particulares.

E daqueles filmes que rapidamente poderia ir para um serviço de streaming de qualidade baixa, porque tudo e mecanizado para a emoçao facil, para tudo funcionar positivamente na empatia entre o espetador e a personagem central, numa serie de cliches em que se percebe que o filme quer vender um produto individual que o final coloca totalmente no centro.

GOstando-se ou nao do lado corriqueiro do filme certo e que a Angel e o seu lado populista tem conseguido marcar uma agenda propria no cinema americano. Pese embora nunca mais tenha repetido o seu filme mais famoso fica a ideia que veio para ficar porque e um cinema barato pouco ou nada exigente que ocupa espaço.

O filme fala de um medico oftamologista com um passado cruel que regressa aos seus fantasmas quando tem de tentar recuperar a visao de uma criança indiana que o faz querer acreditar e ter fe em forças superiores que podem fazer superar os seus medos.

O argumento e claramente corriqueiro do primeiro ao ultimo minuto numa conjugação de cliches, de personagens unidirecionais um daqueles biopics em que tudo corre bem para a personagem a qual e programada para aproximar-se ao maximo do publico.

Na realizaçao do projeto temos Hyatt um habitue de filmes religiosos de epoca e de fé, que tenta dar o lado emocional no estilo telefilme de segunda tipico num genero que nao faz carreiras mas tarefas.

No cast apenas a presença de Kennear e surpreendente embora este genro seja cada vez mais o refugio para atores sem grandes projetos com participações de pouco risco. A escolha de Chen como protagonista e tão mediocre como todo o filme.

O melhor - A mensagens acaba por ser sempre positiva.

O pior - A forma como o filme acaba por ser uma mare de cliches de segundo nivel


Avaliação - D+

Monday, July 08, 2024

Space Cadet

 Todos sabem que as apostas de verão da Prime são naturalmente mais modestas a todos os níveis do que habitualmente fazem a Apple mas principalmente a Netflix. Esta estreia surge no âmbito de comedias românticas sobre sonhos não cumpridos com um humor para toda a família e pouca coesão em termos de forma como a historia vai-se construindo. Este filme foi um autentico flop critico com avaliações pessimas e comercialmente não me parece que seja o valor comercial de Roberts que resgate qualquer filme desta natureza.

Sobre o filme podemos dizer que é sem qualquer duvida um dos filmes mais absurdos que me lembro de ver, daqueles que aos dez minutos já me questionou bastantes vezes o porquê de ter iniciado, e todo o percurso do filme acaba por confirmar os piores prognosticos numa comedia disparatada, sem graça, que tenta um humor fisico que nunca acontece e que ridiculariza todas as instituições crediveis que retrata.

Fica a ideia que o disparate não tem noçao da sua dimensão e que tudo o que vemos parece retirado de uma enciclopedia de como não fazer uma comedia a todos os niveis, interpretativos, realização, mas cima de tudo do argumento que fica na maior parte do tempo preso aos maneirismos quase sempre pouco interessantes da sua protagonista.

Todo o absurdo do filme começa com a ideia estupida que qualquer curriculo falso consegue passar na Nasa, mas se isto é estupido tudo o que vem em seguida em termos de humor, ligação e resoluções torna-se ainda mais absurdo a todos os niveis do que propriamente a ideia principal e isso diz muito da qualidade do filme apresentado.

A historia segue uma jovem bartender que numa epifania sua decide cumprir o seu sonho e candidatar-se à Nasa mesmo sem ter qualquer tipo de curriculo para o fazer, contudo apos o mesmo ter sido falsificado acaba por ser selecionada e ter de tentar enganar a escolha.

No argumento podemos dizer que disparata e a melhor definiçao para o que vimos do primeiro ao ultimo minuto, sendo que isso é claro na historia, na piada, ou falta dela e no desenvolvimento narrativo, ou seja, um terror.

Na realizaçao de um telefilme a escolha recaiu em Liz Garcia uma realizadora que essencialmente trabalha para aplicações sem grandes feitos que tem aqui o trabalho tipico, sendo que as sequenncias espaciais são de um amadorismo atroz que explica o facto da realizadora ficar acima de tudo neste tipo de cinema.

No cast Roberts nao esta no seu melhor nivel colecionando comedias de segunda linha que de filme para filme vao piorando a qualidade como esta. os secundarios fazem a fraca figura de todo o filme.


O melhor - Nada

O pior - Duas horas de mau cinema


Avaliação - D-

Saturday, July 06, 2024

Beverly Hills Cop: Axel F

 Quarenta anos depois de Eddie Murphy se ter eternizado no cinema na mistura de comedia e ação no seu caça policias eis que a Netflix aposta numa sequela que tenta revitalizar ou homenagear o filme. Murphy repete o papel, temos a mitica musica, e acima de tudo tentamos revivar o espirito dos anos 80. Criticamente o filme ficou pela mediania, mas comercialmente ira certamente ocupar alguns serões de verão por esse mundo fora.

Sobre o filme podemos dizer que o genero de açao comica estava na moda nos anos 80, mas passaram 40 anos desde então e muita coisa mudou, desde logo no estilo de humor que o filme tenta repetir sem nunca ter o impacto dos primeiros filmes. Fica a ideia que o que nos leva verdadeiramente para o filme de base e a musica e pouco mais, ja que ate o proprio Murphy tem menos ritmo a todos os niveis e a sua idade torna as sequencias de açao, pouco trabalhadas quase sempre irrealistas.

A forma como o filme tenta criar uma intriga policial e proxima do que fazia nos primeiros filmes, observa-se a homenagem de ir buscar os interpretes originais, mesmo que a carreira da maioria dos mesmos nao tenha propriamente sido brilhante, temos o cliche da descendencia e um ajudante que neste caso e um ator conhecido mas pouco mais. A intriga e previsivel e o filme quer ir rapidamente para as loucuras da personagem central, mesmo isso ja nao tenha o encanto de outros tempos.

Fica para os mais nostalgicos a homenagem mesmo que na essencia seja sempre um filme que nada tras ao que ja tinhamos visto. Os mais puros vao achar desnecessarios, os mais velhos vão sentir um ligeiro conforto, mas nao e um filme para criar novos seguidores, ou que consiga mesmo explicar junto dos espetadores o que significou a quarente anos o filme original e o que era na altura a carreira de Murphy.

A historia segue o regresso de Axel a Beverly Hills para ajudar a sua filha advogada a qual se encontra englobada numa intriga que envolve policias corruptos e que exige a presença do investigador mais proeminente da materia.

O argumento e repetido, nota-se a preocupaçao de nao quebrar muito com o que foi feito no passado nem em termos humoristicos nem em termos esteticos. A intriga e previsivel, e o filme nao e propriamente rico em termos comicos. Fica a ideia da homenagem mas pouco mais.

Para a realização do projeto a escolha recaiu em Mark Molley um jovem totalmente desconhecido que seguiu os passos do original, com muitas referencias musicais mas pouco ou nenhum risco ou assinatura. O filme quase roça o telefilme e isso nunca e propriamente um grande elogio para uma longa metragem.

No cast Murphy esta mais velho sem a frescura ou a intensidade de outros tempos mas a personagem e ele. O filme tenta dar um lado jovem ao mesmo mas nem sempre as coisas encaixam. Os secundarios sao os de sempre, com carreiras pouco impactantes. A incorporaçao de Gordon Levitt é apenas comercial ja que incorpora pouco para o filme.


O melhor - A musica iconica

O pior - A sensação que o tempo desgasta o conceito


Avaliação - C

Thursday, July 04, 2024

A Family Affair

 Uma das grandes apostas de verão da Netflix foi esta comedia romantica que junta novamente Efron e Kidman como eventual duo romantico, não obstante dos mais de dez anos que os separa, numa comedia familiar. Criticamente os resultados foram mediocres, muito na onde do que habitualmente consegue a Netflix nas suas grandes produçoes de verão. Comercialmente este e daqueles filmes que tem todos os ingredientes de resultar comercialmente numa aplicação e os primeiros dados vão nesse sentido.

Sobre o filme já vimos dezenas de vezes filmes sobre relações com a mãe da amiga, aqui temos uma ligeira diferença no genero que basicamente e a relação com a mãe da funcionário. O problema do filme começa com o estilo de humor disparatado e na forma como cria a personagem central como um simples idiota, que acaba por nao dar nenhuma credibilidade ou mesmo valor emocional ao que vem a seguir, e isso leva o filme mais proximo da comedia parva do que do romantismo que no final quer ter.

O segundo problema do filme e a falta de forma clara dos seus protagonistas que parecem sempre estar a fazer um favor ao filme ainda maior do que a satira dos filmes de açao que o filme engloba em si proprio. Alias o filme nao funciona nas cenas amorosas, todas demasiado cliche e sem contexto, mas também não funciona na dinamica mãe-filha ja que ambas parecem sempre demasiado distantes para o impacto emocional que o filme quer ter.

Por tudo isto temos uma fraca comedia romantica, com o seu maior problema é não conseguir ser minimamente engraçada, fica a ideia que o filme a determinada altura desiste mesmo de ter graça, e em termos romanticos faltam muitos ingredientes o primeiro dos quais o realismo das duas personagens que parecem retirados de um computador dos anos 80.

A historia fala de uma jovem assistente de uma estrela de cinema que vê a sua relação com a sua mãe a ficar danificada quando descobre que esta tem uma relação amorosa com o seu patrão com quem mantem uma relação muito contordaba.

O argumento do filme tem o cliche tipico do amor pela estrela, mas o problema são nas linhagens que dai saem, quer do ponto de vista emotivo do romance onde o filme tem muita dificuldade em criar quimica no duo, mas tambem no valor comico quase sempre desprediçado.

Na realização do projeto temos LaGravenese um realizador ja experiente que teve na adaptação de BEaautifull Creatures a sua grande aposta, que falhou nunca mais tendo um projeto de tal dimensão. Aqui um telefilme, com bons planos de espaço para fomentar a quimica do casal que raramente vai para alem disso.

No cast temos um Efron que ficou sem qualquer expressão depois das intervenções cirurgicas que ve em Kidman um reflexo parecido. Ambos tentam encontrar o registo comico adolescente de uma King monocordica, mas e muito pouco. Apenas Bathes parece estar em minima forma.


O melhor - Alguns planos de espaço


O pior - A forma como o filme nao consegue ser engraçado nem romantico


Avaliação - D+

Wednesday, July 03, 2024

If

 Numa altura em que o cinema de verão deste ano teve alguma dificuldade em se aproximar do grande publico, existiram projetos ambiciosos de nomes conhecidos do cinema atual, mas que acabaram por não ser propriamente brilhantes do ponto de vista comercial. If era um desses filmes ambiciosos de estúdio, com um elenco de primeira linha, um realizador próximo do publico. Criticamente o filme ficou-se por uma mediania que acabou por surpreender já que Krasinski normalmente é alguém que sabe muito bem o que ambos alvos querem, por sua vez, do ponto de vista comercialmente o inicio brando acabou por acelerar e os resultados acabaram por ser competentes.

No que diz respeito ao filme podemos dizer desde logo que o mesmo tem sentimento e coração de uma forma bem sublinhada. O filme sabe gerir muito bem o melodrama com o lado mais cómico e descontraido, sendo que aos poucos as personagens e a forma como o filme leva os espetadores a sua infancia faz o filme ter esse peso emocional, e simplicidade de comunicação que funciona.~

Nao e obviamente um filme de massas, nao e um filme que tenha um valor comico muito aprimorado, sendo sempre simples e mais destinado ao sorriso do que a gargalhada, mas e o filme que nos faz recordar a infancia e o que vamos perdendo quando crescemos. E daqueles filmes que o tempo lhe pode dar mais destaque do que o primeiro impacto que se calhar esperaria mais Reynolds do que propriamente coraçao

If parece-me um filme fora de tempo, demasiado puro, quem sabe para os dias de hoje, demasiado tradicionalista, e isso faz com que ficamos perdidos onde o filme quer ir. É muito mais um drama introspetivos do que uma comedia para toda a familia. Tem alguma dificuldade em assumir o seu publico mesmo que isso o torne quase sempre num filme emocionalmente rico.

A historia fala de uma jovem orfã de mãe, que perante uma intervençao cirurgica do seu pai fica em casa da sua distante avó, ate que descobre que no ultimo andar do predio desta vive uma serie de personagens de ficção que tem como objetivo serem os amigos imaginarios perdidos de diversas pessoas.

O argumento do filme é ambicioso naquilo que é os seus objetivos emocionais. Fica a ideia que do ponto de vista comico poderia ser mais intenso, mas isso se calhar dar-lhe-ia uma toada mais descontraida que o filme nao quer ter. O lado emotivo do filme é o mais eficaz.

Krasinki e um bom realizador principalmente de filmes de ação de primeira linha que tem aqui um estilo diferente. Nota-se a tentativa de ser tradicional, e o filme funciona na forma como vai buscas inspiração a classicos como Roger Rabitt na ligação entre a imagem digital e a real. E uma variação do seu estilo de cinema embora com menos assinatura que os anteriores.

No cast temos uma jovem Cailey Flemming que da ao filme a suavidade que o filme quer ter, no misto entre a inocencia e a dor. Temos um Reynolds mais introvertido, e uma boa escolha de vozes para as personagens digitais


O melhor - O coração do filme.

O pior - Talvez a nivel de valor comico o filme nao seja sempre funcional


Avaliação - B-

Friday, June 28, 2024

Summer Camp

 A carreira de Diane Keaton nos ultimos anos tem sido uma coleçao de comedias mediocres em que se reune com outras atrizes na terceira idade, para filme a fazer lembrar do passado em road trip ou reuniões com piadas pouco interessantes e uma estranha especie de filme adolescente que na verdade acaba por passar na terceira idade. Este ano, neste verão mais um capitulo sob a tutela de uma colonia de férias, com o resultado critico de sempre, ou seja muito negativo, e comercialmente principalmente os mais velhos e saudosistas ainda vão oferecer alguma plateia a este tipo de projetos, embora cada vez menor.

Sobre o filme podemos dizer que quem viu os ultimos quatro filmes da atriz em reunião com atrizes da mesma geração vai rapidamente perceber o que vai ver neste, alias fica a clara ideia que a personagem de Diane Keaton e claramente a mesma, nos maneirismos, forma e mesmo tipo de graça, ou falta dela. Este filme tem contra si um ponto que torna tudo ainda mais ridiculo que é ser um mais declarado filme de adolescentes na terceira idade, com este Levy plastificado a encaixar bem no quanto absurdo o filme acaba por ser.

Na essência falha tudo, podemos facilmente assumir, a historia e a base geracional do filme é ela totalmente errada do primeiro ao ultimo minuto, em termos humoritistico o filme nunca funciona verdadeiramente, a intriga é a esperada ao longo da sua duração sem qualquer tipo de extra, sem qualquer risco, sem qualquer originalidade, e um filme que facilmente se percebe que vai ser fraco concretiza que é mesmo fraco.

Um filme medíocre que vai dando para dar emprego e acima de tudo tempo de ecra a atrizes que foram significativas há umas décadas, mas que acabam por cair neste registo cada vez mais facil de não saber envelhecer e criar um género de peter pan que acaba por não ser minimamente interessante para o cinema em si.

A historia fala de três amigas de longa data que decidem ir reviver uma reunião de uma colonia de férias onde é reavivado o seu passado, os interesses amorosos, a ligação, a amizade e até as inimigas, num regresso ao passado na terceira idade.

O argumento é o absurdo que a sinopse represente num humor mal articulado, quase sempre demasiado convencional, em personagens pouco trabalhadas, mas acima de tudo um projeto que tem muito pouco de novo e acima de tudo de atual.

No que diz respeito à realização temos ao leme Castille Landon a realizadora de After, que neste caso tem um estilo de realização diferente, mas claramente fora de sitio. A tentativa de fazer uma comedia adolescente na terceira idade não me parece minimamente funcional e Landon nao o torna.

Os ultimos anos da carreira de Keaton tem sido acima de tudo tenebrosa, com repetição de personagens, ao seu lado Bathes acaba por ser uma das atrizes que participam neste filme com uma carreira mais consolidade.


O melhor -  curta duração


O pior - O resto


Avaliação - D-

Thursday, June 27, 2024

Ezra

Existem filmes com bons elencos, com uma tematica que normalmente e bastante proxima do publico que aguardam tempo infinito de forma surpreendente o seu lançamento para depois ficarem sem o mediatismo esperado. Pode ser isso que aconteceu com este drama familiar realizado por Goldwyn, que acabou por apenas um ano depois de estar pronto de ter o seu lançamento com criticas medianas, dentro do tipo normal do filme em questão, sendo que comercialmente os resultados foram uma desilusão, principalmente tendo em conta um elenco, mesmo com algumas participaçoes que pareciam conduzir a um maior destaque.

Sobre o filme a tematica de ter um filho com caracteristicas especiais e sempre interessante pelo menos na forma como o filme pode ser rico do ponto de vista emotivo. O filme consegue criar essa ligaçao do personagem central com os pais, e com os conflitos que dai surgem, embora estes caiam quase sempre no cliche exagerado que leva ao extremo das açoes. Aqui o filme e demasiado by the book, demasiado pensado para uma matine e menos uma capacidade de tocar a fundo o que o filme quer tratar.

Nao obstante disto o filme fala de diversas linhagens, do ponto de vista do adulto, da criança, de todos em volta, sem ter a tendencia de ter o lado bom e mau da historia mas normalmente vai a procura de formas de viver o problema sem que com isso perca muito tempo em ir muito ao fundo da questão, num filme que quer ser ligeiro, e que isso marca as suas opções.

Onde eu penso que o filme funciona pior acaba por ser alguns maneirismos exagerados da personagem infantil, algumas delas que poderão ser desconetadas com a problematica assumida. Por tudo isto fica a ideia que o filme acaba por ser uma analise colorida a uma problematia, com varios cliches de estudio com pouco risco, que cumpre no limite os seus objetivos.

A historia fala de um comediante que fica perto do redline quando o seu filho autista acaba por ser expulso da escola, e o leva a uma reação que conduz a uma ordem de afastamento, que conduz a uma fuga deste com o seu filho de forma a tentar encontrar respostas quer para o menor quer para ele enquanto pai.

O argumento tem um ponto interessante a forma de ser pai em caracteristicas muito particulares. O filme tenta criar os conflitos permanentes das personagens adultas, mas fica-se pela rama na resolução da maior parte dos pontos. Nao e propriamente um filme que quer ir ao fundo da questão, mas a ideia que fica é que para um nivel de estudio o filme cumpre o lado emotivo que quer ter.

Goldwyin e um conhecido ator que tambem tem alguns projetos como realizador principalmente em termos de televisao, que acabou por nunca lhe dar alguma dimensao. Aqui tem risco nulo, deixa a historia e a emoçao funcionar, mas e daqueles filmes que nao e propriamente grande panfleto para qualquer realizador.

No aque diz respeito ao cast Canavalle parece sempre uma segunda escolha para uma segunda linha de filmes, mas que tem a liderança deste projeto, em que fica sempre melhor no lado descontraido do que no pese dramatico que em momentos o filme exige. Ao seu lado um De Niro em piloto automatico e um jovem Fitzgerald que nos parece quase sempre demasiado mecanizado.


O melhor - O lado emocional no filme

O pior - O facto do filme ter dificuldade em ir mais alem do que a superficie


Avaliação - C

Monday, June 24, 2024

Trigger Warnig

 Existem carreiras de Hollywood que de um dia para o outro desaparecem totalmente do radar das revistas e surgem em pequenos filmes para nos lembrarem que a pessoa continua viva. Podemos dizer que foi isso  que aconteceu neste filme pequenissimo da Netflix para nos fazer lembrar que Alba ja foi uma das super stars do momento e que agora coleciona filmes de açao serie B como este, que nao fosse a Netflix iria rapidamente para o deposito de um streaming de baixa qualidade. Criticamente o filme foi o desastre esperado que se percebe aos dois seguindos do trailer. Comercialmente numa altura em que a Netflix esta totalmente perdida este filme podera ocurpar algum espaço nos mais jovens em ferias mas pouco mais.

Sobre o filme podemos dizer que este e o tipo de filme que os herois de açao fazem quando ficam fora de prazo mas que continuam a ter projetos cada vez mais pequenos. O filme e pequeno do primeiro ao ultimo minuto, no argumento completamente disparatado, com uma intriga descomunal que acaba na fase final por ser apenas um espaço para Alba ter sequencias de luta, onde a mesma fora de forma encaixa no plano secundario que o filme quer ter.

Se existia algumas duvidas para tentar perceber os motivos da carreira de Alba, filmes como este demonstram bem as suas lacunas como interprete e mesmo na açao. FIca a clara noção que o filme sabe que e fraco e tenta ao maximo, que o filme corra rapido e com procedimentos simples, mas o resultado imediato que o filme tem de ocurpar um lugar na biblioteca da netflix.

POr tudo isto temos um mediocre filme que tem como unico proposito anunciar ao mundo que Jessica Alba ainda trabalha apesar da decada em que ninguem ouviu nada da mesma, num filme fraco, com poucas ambiçoes, numa especie de policial de rotina, com uma intriga exagerada, para tentar da a Alba a imagem de dura que ja perdeu faz anos.

A historia fala de uma espiã norte americana que apos a morte do pai regressa a sua terra natal, onde percebe que se calhar o acidente que vitimou o seu pai, teve a mão de terceiro e tinha um objetivo bem maior que propriamente a morte dele.

O argumento e modesto a todos os niveis do primeiro ao ultimo minuto, personagens lineares, uma intriga exagerada e cheia de buracos, dialogos que parecem escritos por chat gpt, e pouco mais num tipico filme de ação de segunda linha do primeiro ao ultimo minuto.

Na realizaçao do projeto Surya e uma realizadora desconhecida com alguns projetos criticamente interessantes no pais de origem mas que nesta passagem para estudio escolheu um projeto debil, que acaba por se calhar danificar o momento da sua carreira.

Alba nunca foi uma boa atriz e se calhar isso colocou-a nesta posiçao em que sobre ser heroina de açao de filmes fracos e pouco mais. Se calhar vao existir muitos mais porque existem contas para pagar e pouco espaço para mais alguma coisa. O filme nao consegue chamar a si outros atores conhecidos.


O melhor - Apesar de tudo a narrativa simples e facil de acompanhar.

O pior - O lugar deste tipo de projetos e no aluguer distante

 Avaliação - D+

Friday, June 21, 2024

The Great Lillian Hall

 A Max encontra-se numa fase em que tenta reformular o seu conteúdo, depois de alguns anos em que basicamente apostava nas series da HBO e alguma divulgação sequente dos filmes da WB. Este ano surgiu um pequeno filme ja com a sua assinatura com um elenco mais sénior que chamou a atenbção da critica e promete ser um dos telefilmes mais bem avaliados do ano. Este filme conseguiu estabelecer uma boa resposta critica, contudo comercialmente ao ter dificuldade em ser lançado diretamente em alguns mercados ainda não permitiu um impacto mais global.

Este filme é uma obra que toca num assunto particularmente relevante que se trata na degradação fisica de uma carreira de ator, que pelas suas vicicitudes nem sempre da espaço para a retirada no momento correto, levando a que a ligaçao entre a realidade e a ficção dos papeis muitas vezes nao exista. O fillme toca bem nesse ponto e trás para a discussão algo muito particular de uma forma intensa, sustentado numa boa interpretação e definição da personagem de Lange.

Fica no entanto a ideia que o filme não consegue criar um ritmo elevado, e as misturas entre realidade e ficção sempre na cabeça da personagem poderia e deveria ser mais trabalhado ponto a ponto: Não obstante deste ponto o filme consegue quase sempre chegar no seu proprio estilo convencional onde quer. Fica a ideia que tem elementos suficientes para ser um razoavel telefilme, mesmo que sem atributos para muito mais.

Um filme que nos deixa interessados, que nos faz ter atenção a suma serie de aspetos bastante particulares do dia a dia de um ator conceituado, mesmo que posteriormente o filme siga um caminho algo linear. Nao e esperada muita criatividade num telefilme, mas a historia acaba por ser transmitida com clarividência.

A historia segue uma atriz estrela, nos ultimos anos de carreira, marcada pela morte do marido que começa a sentir a degradação do seu corpo, enquanto tenta continuar na carreira que fez a sua vida.

O argumento do filme e interessante no tema que quer abordar, consegue ir buscar os aspetos corretos, mas as vezes falta-lhe o rasgo de diferenciaçao na personagem e mesmo nas situações que conduza o filme para patamares mais diferenciados. Nao obstante deste ponto o filme consegue os seus intuitos.

Na realizaçao temos Cristofer um argumentista conhecido com alguns projetos ao longo da sua carreira com algum resultado, embora os mais relevantes tenham sido diretamente para televisao como o ja longuinquo GIA que apresentou uma das melhores versões de Angelina Jolie. Aqui um trabalho tipico de telefilme, uma historia relevante sem grandes artefactos de imagem.

No cast temos uma Jessica Lange que deve se ter revisto na personagem, por ser uma atriz de uma carreira longa a procura de continuidade. Temos uma boa prestação com as indecisões tipicas da idade, que demonstra que mesmo os atores mais inexperientes nos papeis certos conseguem continuar a ter a sua luz, numa intepretação quase a solo.


O melhor - O que o filme transmite

O pior - O ritmo tipico de telefilme


Avaliação - C+

Saturday, June 15, 2024

Hit Man

Este filme da Netflix, a sua maior aposta de verão, tentando fazer rentabilizar ao maximo o Star Value que Glenn Powell ganhou nos ultimos tempos, teve uma estrategia de lançamento no minimo peculiar. Ja que nos EUA e nos circuitos maiores acabou por ser lançado como o produto major da aplicação de streaming mas em alguns paises, acabou por ir aos cinemas, quem sabe potenciado pela boa receção critica que o filme obteve. Comercialmente e dificil avaliar o resultado em face de uma estrategia algo diferenciada, mas os resultados pelo mundo fora nao tem sido brilhantes talvez devesse ter ido diretamente para a aplicação.

Sobre o filme temos uma comedia biográfica que adota um caracter ligeiro que tenta potenciar ao maximo os disfarces e os diversos momentos da personagem, entrando depois por uma intriga policial. O inicio do filme nao e facil, ritmo baixo, dialogos extremamente longos e mais que isso, tudo nao conduz a uma especial definiçao da personagem, ficando sempre a ideia que o filme, principalmente no seu primeiro terço tem alguma dificuldade em comunicar o que realmente quer de si proprio.

Com a passagem para o segundo segmento e com a introduçao da personagem de Maddisson e na intriga policial o filme joga mais no jogo do gato e do rato, da colocação de situações dificeis para a personagem ultrapassar com avanços e recuos tipicos de um mediano filme policia. Nao obstante disto, o filme adquire mais ritmo, é mais intenso e funciona melhor, embora me pareça sempre que é algo modesto em todo o seu teor para o que estamos habituados a ver de Linklater.

Por tudo isto temos um mediano filme de açao, que aproveita o star power atual do seu protagonista, o qual nem sempre e particularmente rico do ponto de vista interpretativo. A historia do personagem e peculiar, mas como biopic parece sempre algo mais fantasiado do que propriamente criado com excelencia para um resultado mais impactante.

A historia segue um professor que acaba por começar a colaborar com a policia ate que adquire a alegada identidade de um assassino profissional que o objetivo e deter pessoas que contratam alguem para esse fim, sendo que no momento em que conhece uma das suas clientes com quem se envolve todo o profissionalismo muda de figura.

O argumento do filme nem sempre tem o equilibrio necessario principalmente entre os seus tempos. INicialmente fica a ideia que o filme e algo lento, demasiado longo nos dialogos, passando para um ritmo mais condizente com um filme de açao de verão, mas mesmo assim longe de ser particularmtne diferenciado na historia ou em qualquer outro elemento.

Tendo um realizador tao unico como Linklater fica a ideia que o filme sabe a pouco. Temos algum cheirinho do tipo de escrita do realizador nos dialogos iniciais, mas rapidamente percebemos que e fora de tom para aquilo que o filme realmente queria. De resto o filme acaba por ser mais funcional quando tenta ser mais simples.

No cast e obvio que Powell esta numa fase boa comercial, e o filme aproveita isso dando diferentes vertentes do ator o qual e tambem argumentista do projeto. Nao fica a clara ideia de que o mesmo tem muitos recursos para alem do gala de filmes comerciais. Ao seu lado Arjona perdeu nos ultimos tempo algum furor nos seus projetos e que tenta recuperar pela vertente mais sensual que lhe deu maior projeçao.


O melhor - A segunda fase leva o filme para um terreno mais obvio.


O pior - A parte lenta em que o filme tenta ser mais que um comercial mediano de verao


Avaliação - C+

Thursday, June 13, 2024

Back to Black

 Amy Winehouse é uma das figuras mais iconicas dos ultimos tempos, quer pelo conceito melodico e pelo sucesso imediato que teve, mas acima de tudo pela vida auto destrutiva que conduziu a sua morte e junção ao clube dos 27 quando ja quase ninguem pensava que seria possivel o grupo ter novos elementos. Este tipo de historias sao amadas por Hollywood de forma a transmitir ao mundo a sua representação. A produçao ficou a cargo de uma produtora inglesa com resultados criticos desoladores, sendo que comercialmente a estrategia de distribuir de forma diferenciada entre a europa e os estados unidos, o resultado comercial nos EUA foi muito curto onde contribuiu uma produçao algo british para o produto.

Sobre o filme podemos dizer que o que sobra de Amy Winehouse para alem da sua musica mais famosa e incontornavel que ocupa grande parte do tempo, sobra o desalinho e a impulsividade e muito pouco mais. Tenta-se dar um lado romantico e inocente que rapidamente se aproxima em demasia de uma pobreza emocional muito relevante, tornando-se num filme que nao e propriamente rico sobre a vertente mais concreta da personagem a qual nem sempre e bem trabalhada no filme, nao indo muito para alem do seu desalinho.

O filme assume-se como uma historia de amor irreverente e desconcertante. Blake e uma das figuras mais odiadas da historia, associado ao degredo da personagem, mas o filme acaba por ser mais simpatico dando a vertente de uma irreverência trabalhada, e de uma relação de impulsos onde pouco ou nada era pensado sobre o dia seguinte, e isso acaba por dar uma especie de Bonnie e Clyde da musica dos anos 90 com o desfecho que todos conhecemos.

O filme fica aquem das expetativas, começa numa abordagem muito clean, muito familiar de uma personagem caotica, que nunca tem o seu contexto devidamente espelhado. O filme nao quer ser duro, e isso por vezes conduz sempre a uma versão algo simpatica de tudo a volta da personagem e todos esperavamos mais risco em todos os aspetos.

A historia segue a ascensão de Winehouse e a sua musica, ao sucesso global, enquanto a sua vida emocional e romantica acabava por ser uma montanha russa que a conduziu ao tragico final que todos conhecemos.

O filme tenta ser detalhado nos acontecimentos musicais da cantora, mas parece receoso em ir ao epicentro dos seus conflitos e dos seus demonios. O filme tenta trabalhar a relaçao central como dual, mas fica muito por esclarecer e a sensaçao que o filme, mesmo em termos narrativos nunca quer ir ao fundo do poço.

Um dos problemas do filme começou na escolha da realizadora Sam Taylor Johnson e mais conhecidas pelos seus floops em 50 SOmbras de Grey do que por algum outro tipo de trabalho que fez e aqui arrisca quase nada. Um estilo britanico standart num filme que exigia mais autora.

No cast a escolha da desconhecida Marisa Abela para protagonista nao foi 100 porcento funcional, desde logo porque o arriscar ser a voz, nem sempre sai bem, com maneirismos a mais para a personagem. E nunca parece ser capaz de ir ao fundo do que a personagem foi. Ao seu lado um Coonor sempre funcional e intenso que acaba por ser o melhor do filme no seu impactante Blake.


O melhor - Connor merecia melhor filme.


O pior - O filme em muitos aspetos fica pela linha de agua em vez de ir ao fundo da personagem


Avaliação - C-













Tuesday, June 11, 2024

Unsung Hero

 Numa altura em que cada vez mais esta a existir um mercado sobre historias reais de fé e de familia, eis que este ano com mais uma vez um elenco totalmente desconhecido surgiu mais um drama religioso sobre sentimentos positivos na familia que conduziram ao sucesso. Quase contado na primeira pessoa por Joel Smallbone, o filme surgiu com as avaliaçoes medianas, algo negativas tipicas do genero. Comercialmente nao sendo lançado por uma das operadoras mais fortes do genero, os resultados acabaram por ser muito mais interessantes do que propriamente era expetavel.

Sobre o filme podemos dizer que temos a tipica historia de domingo a tarde, alguem com problemas de fe depois de um insucesso profissional e a forma como toda a familia tem que se organizar dentro da adversidade para ir buscar o sucesso. O filme e o esperado do primeiro ao ultimo minuto, com muita emoçao, mas o filme sempre contado como se de uma novela de serie b se tratasse cheio de cliches emocionais e pouco mais.

Um dos problemas deste genero de filme acaba por ser que cada vez mais o que os filmes são demasiado semelhantes, demasiados presos a cliches desnecessarios a musicas de impacto nulo, e filmes que transmitem boas emoçoes, mas tem uma agenda quase indiferente no cinema. COntudo parece que existe um publico que quer ver isto, e o que e certo e que semana apos semana os resultados comerciais aparecem.

Assim mais um filme do genero cristão, que trata de uma historia real que a maior parte das pessoas desconhece, que marca o insucesso e sucesso familiar na adversidade recheado de cliches de filmes de terceira linha, mas que fruto dos tempos conseguiu uym impacto comercial que seria, há anos atras totalmente impossivel de servir.

A historia segue um produtor musical que depois de um insucesso tremendo tem de ir com a sua familia numerosa para os EUA, a procura de um recomeço, contudo os insucessos e as dificuldades economicas, ligado a dificuldade em acreditar nas pessoas leva a familia a dificuldades muito severas.

O argumento e o expetavel, a historia e razoavelmente interessante, embora iguala  muitas outras, denota-se a preocupaçao que tudo funcione emocional com nenhum cuidado estetico ou mesmo algum tipo de cuidado no que diz respeito a capacidade de surpreender o espetador.

Na realizaçao um dos realizadores e protagonistas e um dos menores do filme, dai a proximidade emocional a todo o filme, ao seu lado Richard Ramsey desconhecido, numa especie de telefilme que pouco ou nada e abonatorio para as carreiras.

Estes filmes tem muita dificuldade em chamar nomes conhecidos, a maior parte dos interpretes sao figuras quase irrelevantes com personagens lineares, e alguns secundarios que ja os vimos, em fases menos intensas da carreira onde procuram algum tempo de ecra. Muito pouco.


O melhor - Tem sempre emoçoes simples


O pior - O facto deste tipo de filmes nao arriscar nada


Avaliação - C-

Saturday, June 08, 2024

The Strangers: Chapter One

 The Strangers e um filme de terror que quando foi lançado pouco ou nada foi significativo, contudo com o passar dos anos acabou por surgiu uma prequela e agora, para surpresa de todos uma triologia sob a batuta do experiente, mas distante da critica Renny Harlin. Neste primeiro filme lançado em pleno mes os Blockbusters o resultado critico deixaram muito a desejar principalmente para quem tinha a ambiçao de começar uma saga. Comercialmente as coisas nao foram tao más como poderiam ter sido, mas tambem me parece curto para alimentar tres filmes.

Para quem viu o primeiro The Strangers podemos dizer que este e basicamente igual em todos os seus principios, na ida das personagens para uma cidade distante, a ida para uma casa escondida e o surgimento de tres personagens mascaradas, apostada em criar todo o terror entre as personagens. O filme nao e propriamente muito duro em termos de imagens, mas a estetica das mascaras funciona sempre em alguns momentos, embora num estilo demasiado obvio.

NO final fica muito por responder, nao fosse o primeiro de tres filmes, como quem esta por tras das mascaras que seguimento ira ter a protagonista depois de ter sobrevivido e pouco mais, ja que temos o tipico filme de estudio sobre adolescentes em situaçao limite, nao temos propriamente muito terror, mas mais sustos esteticos que nos leva acima de tudo a nao compreender como e que o filme acabou por ser lançado numa triologia.

Fica muitas duvidas sobre o que vem a seguir, principalmente porque se percebe que o filme nao ira trazer nada a nenhum nivel de novo sobre o que ja vimos anteriormente. Outro dos problemas e que todos conhecemos Harlin pela sua forma de fazer filmes faceis, dai que sera surpreendente se os proximos capitulos surpreenderem e passarem o valor mediocre deste.

O argumento e o conhecido da saga, um casal perde-se numa pequena cidade do interior dos USA, e acabam por ser conduzidos para uma casa de turismo rural, onde ambos acabam por receber uma misteriosa visita de tres pessoas com mascaras com o objetivo de os matar.

Sobre a historia temos um filme simples em que nada e explicado para alem do terror momentaneo. O filme tenta criar alguns conflitos e divergencias entre os elementos do casal para fazer o filme crescer mas utiliza isso pouco porque na essencia rapidamente se torna num filme do gato e do rato.

Na realizaçao o experiente Harlin regressa ao cinema de estudio depois de muitos anos afastados e que fizeram pensar que a sua carreira estava direcionado para a serie b. um colecionador de filmes fracos de estudio que acaba aqui por ter mais um, numa obsessão por uma triologia sem grande sentido, assim como a maioria da sua carreira.

Para protagonista o filme escolhe dois jovens atores oriundos de series mas com pouco ou nenhum tempo de cinema. Num filme de terror basico nao e necessario muito para alem de grito e entrega fisica num filme que apenas nos seguintes se vai perceber o que quer retirar da personagem central.


O melhor - Os viloes nao sao paranormais.

O pior - O primeiro de tres filmes que se advinham mediocres


Avaliação - C-

Friday, June 07, 2024

Challangers

 Estreado no ultimo festival de Veneza este projeto de Luga Guadagnino sobre o Tenis, levantou a curiosidade por trazer Zendaya fora do seu territorio mais comercial, num filme sobre amizade, amor e competiçao. O filme surpreendeu positivamente os festivais onde foi apresentado com criticas muito interessantes e surpreendeu o filme ser lançado comercialmente em pleno verão de blockbusters, ja que poderia ser um filme com algum valor de premios, que pode ser dissipado com o tempo que falta para os mesmos. COmercialmente, os resultados foram consistentes, se calhar pelo facto de Zendaya ter neste momento um valor comercial de primeira linha.

Sobre o filme podemos dizer que para quem gosta de tenis, e dos que melhor consegue entrar no mundo daquele desporto, e dar algumas das sequencias de tenis mais bem gravadas que temos memoria. Muito disto esta na escolha interessantissima da banda sonora que da um estilo incrivel ao filme e torna-se mesmo muitas vezes o protagonista maior do filme.

Mas o filme nao se fica pelo valor tecnico, e um filme estranho e ambiguo sobre as personagens, as quais nunca chegamos a conhecer, e um filme que acaba por ser uma montanha russa de relações, ligações, que é conduzido por excelentes interpretaçoes e um filme com um suspense latente que nos leva ao longo da sua duração para um prisma original, e sempre com algo a ser dado em cada conversa.

Por tudo isto Challangers e o primeiro grande filme do ano a todos os niveis, interprtativo, originalidade do argumento e mais que tudo os promenores concetuais que fazem do filme muito marcante para os espetadores, embora fique a sensação que algumas questões dos porques das personagens nao sejam propriamente respondidas.

A historia fala de dois amigos que cresceram totalmente juntos no mundo do tenis em que tudo mudo com a entrada em cena de uma estrela feminina no tenis que acaba por acabar com a harmonia sempre existente na dupla.

O argumento da-nos uma das maiores rivalidades ficcionais desportivas que temos memoria, e o filme vai potenciar isso nas diferenças das personagens e pela a intensidade da personagem central. E rico, ter dialogos de primeira linha com muito conteudo e acima de tudo manter a ambiguidade que o filme quer para si.

Guagadino e um realizador de ponta que teve em Call Me By Your Name o seu ponto mais significativo, mas tem termos de realizaçao parece-me claro que este e o seu melhor filme. Concetual, arriscado, com ritmo, com um excelente balanço de todos os aspetos do filme que merecem todo o destaque de um dos realizadores do momento.

No cast o filme tem como protagonistas dois atores quase desconhecidos, mas cujas prestações anteriores ja tinham ficado na retina e aqui demonstram os atributos que fazem deles dois casos series do Hollywood. Feist tem muitos recursos e o filme usa-os, Connor tem uma capacidade unica de utilizar a ironia, e Zendaya da o valor comercial que o filme quer ter.


O melhor - A rivalidade e a banda sonora.


O pior - Algumas perguntas ficam por responder


Avaliação -. B+

Tarot

 Num ano em que o terror encontra-se como prato do dia para diferentes gostos, com filmes de terror juvenil com figuras conhecidas, ate projetos mais concetuais, eis que o verão tem sido prodigo neste tipo de registo. Tarot e um filme que entra na primeira linha de filmes de grande estudio com um terror direto, entrando com o tarot e as suas figuras num terror muito estetico. Comercialmente como a maior parte dos filmes deste genero o resultado foi um desastre. Comercialmente a presença de alguns icons pops de um cinema mais adolescente permitiu ao filme um resultado comercial bem mais consistente do que o filme viria a merecer.

SObre o filme podemos dizer que temos o tipico filme de terror de estudio juvenil, um conjunto de jovens em grupo, uma premoniçao e mortes diferentes e a luta dos resistentes contra o destino. O filme falha a nivel concetual, nao explica, nao e de horror claro, e fica a clara ideia que muitas das vezez o filme acha que impressiona bem mais do que acaba por fazer.

Tambem em logica o filme nao existe, se em filmes como Final Destination o acidente casual da ao filme um terror pouco visual, aqui temos uma força demoniaca que se disfarça sem qualquer explicaçao nas cartas do tarot unica e exclusivamente para o filme ter um teor visual ja que de resto nao existe qualquer tipo de sentido e explicaçao.

OU seja um pessimo filme de terror, sem personagens acabando por ser apenas aquele tipo de filme em que sabemos que as personagens vão morrer sem conhecermos as mesmas, e mais que isso um final que nunca conseguimos perceber na forma como se vem livre da força demoniaco. Tudo um desastre.

O filme fala de um conjunto de amigos num fim de semana juntos, em que um dos elementos apos encontrar um baralho de tarot acaba por ler o futuro aos outros elementos que conduz a um destino completamente escrito para todos.

O argumento e o tipico do filmes de terror de estudio pouco trabalhados. Nao sabemos nada sobre as personagens as quais apenas tem de esperar a morte, e depois um final a atalhado para dar resposta ao destino fatal.

Na realizaçao do projeto uma dupla de realizadores quase desconhecido, os quais estão associados a argumentos de serie B. o filme nao e propriamente artistico, nem tenta ser. O lado estetico das mortes ficam muito aquem do que vimos em filmes mais pequenos, e um trabalho muito aquem do exigido.

No cast um conjunto de atores reconhecidos do publico adolescente ainda sem carreira, os quais tentam ganhar aqui espaço junto do publico mais jovem, claramente a populaçao alvo do projeto. Neste tipo de filmes nao sobre qualquer registo para os seus interpretes.


O melhor - Ser um filme curto

O pior - Nao se dar sequer ao trabalho de explicar alguns porques das coisas


AValiação - D

Thursday, June 06, 2024

Civil War

 Alex Garland e um dos argumentistas realizadores do cinema atual que melhor consegue espelhar o caos que uma sociedade de pode tornar, ficando sempre a impressão que é um ator pouco acarinhado nos seus projetos, apesar da sua dimensão concetual. Este ano surgiu mais uma obra sobre isso, desta vez sobre o jornalismo de guerra numa cenario hipotetico. Este seu novo filme conquistou a critica algo que tem sido habtiual no realizador, sendo que comercialmente, num territorio onde normalmente tem mais dificuldades novamente as coisas resultaram com resultados de impacto significativo.

Sobre o filme podemos dizer que Garland nao quis historia nem muitos porquês, ele dá o conflito extremado num pais como os EUA fracionado por ideologia e depois basicamente embarcamos nos perigos de uma road trip em jornalistas de guerra e na ligação entre eles. O filme ganha pela dureza de todos os conceitos de guerra que utiliza mas mais que isso na satira ainda que incapotada da obra maior que a pessoa que tao bem ele trás na cena final.

Poucos ou mesmo nenhum consegue criar tao bem um caos hipotetico como Garland e incrivel a forma como torna locais conhecidos totalmente desgastados pela guerra, ou na forma como desprove por completo as personagens de qualquer humanismo, numa serie de sequencias que da ao grupo de protagonistas, quase como se um video jogo se tornasse.

Por tudo isto Guerra Civil e um filme concetual interessante que marca bem o estilo de Garland como realizador. E um filme forte, duro, que nao necessita de uma grande intriga porque a mensagem que quer da encontra-se bem visivel do primeiro ao ultimo minuto do filme. E um realizador com objetivos muito fortes que os atinge de uma forma significativa.

O filme segue uma serie de quatro jornalistas que embarcam numa road trip perigosa ate Washington em plena guerra vicil americana de forma a retratarem o golpe de estado que se anuncia.

O argumento nao e propriamente muito trabalhar. Garland quer um pretexto mas nao o quer explicar, esse nao e o fundamento que ele quer do filme, o que ele quer e falar sobre a essencia do jornalismo de guerra e a mensagem sobre essa tarefa e isso consegue bem.

Na realizaçao o caos organizado de Garland em situaçoes que parecem comum e uma assinatura que me parece que ele consegue incutir nos seus filmes como nenhum. O meio termo entre filme de estudio e algum risco caotico tambem e uma imagem de marca de um realizador que ja merecia outra dimensao.

No cast temos Dunst longe da fama de outros tempos, Moura a ganhar impacto fora das series e uma jovem Spaeny a ganhar cada vez mais espaço, em personagens algo intensas mas que o filme as coloca como carne para canhão na mensagem. Fica-se pela prestação num filme interessante mesmo que o melhor registo de interpretaçao va para o cameo de Plemmons.


O melhor - A dureza de guerra e o caros de Garland.

O pior - Nao sabemos muito das personagens


Avaliação - B

Wednesday, June 05, 2024

The Long Game

 Os dramas desportivos são do genero mais universal que temos no cinema, sempre apostado em dar a conhecer ao mundo façanhas desportivas e outros marcos culturais e sociais que vão sendo retratados em filmes com maior e menor dimensão. Este ano surgiu este pequeno filme sobre a cultura mexicana de imigração nos EUA; a segregação racial e golf. Criticamente o resultado ate foi positivo mesmo sendo um filme pequeno e de ambições curtas. Do ponto de vista comercial  os resultados foram escassos principalmente tendo em conta a população mexicana nos EUA:

Sobre o filme podemos dizer que e um filme obvio, algo cliche, sobre os temas que quer tratar num desporto que normalmente nao e muito abordado no cinema pela pouca intensidade dos momentos. O filme funciona mais no plano cultural e dos cuidados, aqui o filme entra no cliche tipico, sendo que do ponto de vista dos feitos podemos dizer que nao e totalmente percetivel, como outros filmes sobre o desporto americano não o são do ponto de vista global.

O filme e emocionalmente interessante na ligação entre as personagens e principalmente na entreajuda entre pessoas com a mesma base em posições diferentes, mas pouco mais. Percebe-se que seria um filme serie B, de domingo a tarde, com objetivos curtos, com um planeamento muito especifico para objetivos curtos, mas fica a sensação que é um filme demasiado preso ao livro.

Por tudo isto temos um filme basico com o pressuporto de ter um testemunho cultural, e mais que isso dar a conhecer um feito particular desportivo, num desporto de modos, mas que aqui acabou por demonstrar a sua rigidez independentemente da qualidade dos executantes. O filme e simples, com muito coraçao e pouca maturidade tentando ir para alem dos pressupostos basicos

A historia fala de um conjunto de jovens emigrantes mexicanos que colaboram num campo de golf, mas que têm o sonho de se tornar jogadores ate que um praticante, professor decide treinar e tornar o sonho num desporto com muitas barreiras sociais fosse uma realidade para os jovens.

NO que diz respeito ao argumento temos o feito, muito interessante a nivel social, e de empenho, mas a forma como o filme trabalha acaba por ser demasiado basico, e preenchido por cliches nos diferentes elementos do filme. Nao temos propriamente muito trabalho em personagens e dialogos.

Na realizaçao um realizador culturalmente proximo do contexto social do filme, que da ao filme um ritmo de telefilme e de serie B. Nota-se a preocupação cultural mas pouco mais num percurso que nos parece que va ser dedicado a homenagem cultural.

No cast temos alguns habitues neste tipo de registo Hernandez tornou-se num tipico ator de filmes de segunda linha depois de inicio muito interessante nunca se confirmou para alem deste estilo. Ao seu lado um Quaid tipico secundario em filmes serie B, e uma serie de jovens hispanicos, desconhecidos a procura de tempo de ecra.


O melhor - O feito desportivo

O pior - O filme nunca sair da roupagem cliche de domingo a tarde


Avaliação - C

Boy Kills World

 Este estranhissimo filme que junta uma especie de John Wick com Hunger Games, teve mais de um ano a espera do seu lançamento pese embora fosse um filme de uma produtora de segunda linha, conseguiu no sempre abrangente mes de Abril a sua estreia. Criticamente o resultado foi mediano, muito na onde da maior parte dos filmes do genero nos ultimos tempos, sendo que comercialmente e com o crescimento da figura de Skaarsgard, se esperava mais com resultados muito curtos.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma violenta comedia negra, do genero heroi contra o mundo com muito sangue, alguns twists, humor mordaz e principalmente um segredo que faz na maior parte do tempo o filme ser original, que e termos um narrador, bem conhecido da saga BOb Burgers e dar-nos os pensamentos da personagem principal, mudo. Este apontamento é o que melhor funciona no filme, na sua originalidade, mas mais que isso na sua comicidade.

Em termos de historia temos muito pouco, a vingança de alguem que matou a familia e se tornou numa maquina de matar, onde o twist apenas condimenta uma historia curta que tenta acima de tudo deixar espaço para o lado mais concetual e estetico que o filme quer ter, com exagero de sangue e com um lado disparatado que dao ao filme o seu estilo rebelde.

Por tudo isto num ano em que nos parece que os filmes estão em termos de qualidade muito longe do que deveriam estar, temos pelo menos um filme diferente, de ambiçoes curtas, mas que pelas suas particularidades acaba por em muitos momentos enterter, e isso ja nao e mau tendo em conta o que temos visto.

A historia segue um jovem mudo que depois de ver a sua familia ser morta pela familia mais poderosa e que governa o mundo onde vive e treinado por um estranho oriental com o objetivo de matar todos os que conduziram a sua situação.

O argumento e o tipico de filmes deste genero que cada vez são mais e tem como base John Wick. O filme aqui arrisca num twist significativo que funciona melhor no ritmo do filme do que propriamente pelo seu significado. O humor narrado funciona e é o segredo central do filme.

Pese embora os produtores fossem conhecidos mais associados ao terror, um realizador acabou por ser Moritz Mohr, um realizador alemão sem qualquer registo significativo que tem aqui um projeto com ritmo, longe de ser esteticamente muito elaborado mas que cumpre os seus objetivos.

Skaarsgard esta a adquirir o estatuto de heroi revoltado de açao que tem neste filme e se prepara no futuro Corvo. E um ator intenso, nao e propriamente alguem com uma riqueza dramatica acentuada, mas nao sei se este e o espaço que melhor lhe serve, num filme quase a solo.


O melhor - A irreverencia do filme narrado

O pior - A historia acaba por ser sempre a mesma


AValiação - B-

Monday, June 03, 2024

The Ministry of Ungentlemanly Warfare

 Guy Ritchie tem estado nos ultimos anos hiperativo com diversos projetos principalmente em cinema, mas tambem para televisão onde o seu Gentelman teve um sucesso muito interessante na Netflix. Neste ano temos a sua roupagem  para um alegado acontecimento da 2 grande guerra com um grupo ilegal e a importancia do seu trabalho de campo. O filme recolheu criticas medianas, muito de encontro ao habitual nos filmes mais genericos do realizador, e comercialmente as coisas nao foram propriamente brilhantes tendo em conta a presença de Cavill sempre com o estatuto comercial de estrela de primeira linha.

Quem esta habituado ao cinema mais standartizado de Ritchie vai perceber que o filme e claramente aquilo que se estava a espera. Pouco ou nenhum detalhe historico, muitos tiros, exercicios de estilo e frases feitas, o comum para o realizador normalmente numa prespetiva mais atual, desta vez em clima de 2 guerra mundial. Dai que a previsibilidade do filme e o apontamento que mais salta a vista quando acabamos de o ver principalmente tendo em conta os intervenientes conhecidos.

Um dos apontamentos que menos gosto de Ritchie e que tudo tem que ser um excercicio de estilo, a forma como o disparo e feito, o comentario anterior, mas depois os filmes sao algo vazios neste caso muito lineares com pouco ou nenhum detalhe sobre uma operaçao que a ter existido desta forma merecia ser tratada de uma forma mais madura, mas isso nao e o cinema de Ritchie e ele admite isso desde o primeiro minuto.

Ou seja mais um filme para o grupo do realizador, que a longo prazo nao se vai diferenciar em muito da maioria dos mesmos, numa especie de Inglorious Bastards de terceiro nivel. O filme tenta ser engraçado e carismatico mas parece ficar sempre pelo meio caminho, e a quantidade de balas disparadas muitas vezes compensa a preguiça de uma intriga mais completa.

O filme fala de um grupo de foras da lei, contratados pelo governo ingles de forma a colocar em check o poder maritimo nazi, e assim permitir um impacto maior da ajuda americana, num grupo que tinha uma missao arriscada e fora do protocolo legal.

A historia poderia ser interessante se fosse trabalhada a serio e nao como um filme de Ritchie onde as preocupações sao em frases feitas e em açao pura. O filme desaproveita as personagens e o feito para um filme de desgaste rapido.

Ritchie tem uma assinatura de forma indiscutivel, mas nem sempre me parece que seja a melhor assinatura, os seus filmes sao demasiado medianos, semelhantes independentemente da tematica e do encaixa temporal que tenha. Aqui temos isso, de um realizador que se chegou a pensar que poderia ter outro valor.

No cast um conjunto de habitues do realizador que tambem nao sao propriamente conhecidos pelos seus atributos enquanto atores e o filme percebe isso fazendo-os funcionar nos principios curtos que Ritchie quer das suas personagens.


O melhor - O feito historico

O pior - Ritchie transformar isto numa pastilha elastica de sabor rapido


Avaliação - C