Wednesday, February 28, 2007


The Course of Golden Flower




A media produtiva de uma grande produção de Tawian tem sido fantastica com o lançamento de um titulo por ano, capaz de demonstrar toda a capacidade deste tipo de cinema com um genero dramatico e de acção muito próprio, constituindo-se ja uma tradição no mundo do cinema o lançamento anual do seu representante.

A tradição começão com o Tigre e Dragão, e como todos os pioneiros todos os outros nunca mais conseguiram de aproximar nem da qualidade nem do sucesso do primeiro, apesar de todos os outros terem conseguido entrar nos diferentes mercados e mesmo na discussao de alguns premios, se bem que na sua maioria tecnicos e secundarios.

Este ano este Course of golden flowers foi talves de todos aquele que mais passou despercebido, primeiro porque a critica apesar de ter admirado o filme nao o aclamou, e depois porque este em pouco relevo na temporada de galardoes que acaba de terminar, conseguindo apenas umas nomeações para os oscares em algumas categorias tecnicas falhando a nomeaçao para melhor filme estrangeiro.

Este e um filme com todas as virtudes do genero potenciadas ao maximo, uma historia plena de tragedia e dramatismo, onde honra e familia são os valores principais, muito na linha do que ja tinha sido retratado em Heroi e Tigre e Dragão. Depois o conflito ao sabor de lutas que nos oferecem algumas das melhores imagens que temos possibilidade de ver na grande tela. Tudo isto num contexto impressionantemente belo, tentando retratar a sociedade chinesa de imperadores antes de cristo.

E é neste plano que achamos que o filme ressalta mais a visto, na sua componente tecnica de aderessos, guarda roupa, direcção artistica e fotografia, aspectos onde pensamos que TAwian nunca tinha arriscado e investido tanto, ficando o espectador fascinado de principio a fim com a riqueza e a beleza das imagens transmitidas, e neste particular o filme e brilhante a capacidade do espectador se envenar com as imagens que vao sendo dadas, pensadas ao promenor levam a que se abstraia do verdadeiro conteudo do filme, e só dê pelo valor deste perto do final. Este aspecto tb parece estar presente por o filme inicialmente se perder em promenores minoritarios, e pela dificuldade de assumir uma trama central. Duas secundarias vao se paralelizando sendo que aquela que talvez tenha conquistado mais o espectador seja a preterida e concluida rapidamente. Assim parece-nos que o argumento contem algumas opçoes discutiveis quanto ao relevo das narrativas e sequencia destas, mesmo que contenha bem definidos os ingredientes habituais e necessarios para este tipo de filmes, talvez falhe na inexistencia de lutas individuais que normalmente serve momentos coreografos de grande beleza e que tao bem inaltecem este tipo de filmes.

A realização de Yimou vem na linha do que ja tinha feito no intragavel segredo dos punhais voadores, oferencendo imagens de beleza incomparavel, se bem que neste filme parece-nos mais evoluido e ainda mais rico do que nos anteriores, pena e que ainda lhe falte a qualidade como autor para chegar ao que facilmente lee chegou, (Sem grandes experiencias anteriores) em Tigre e Dragão. Mas com este volume de tentativas, achamos que todos tamos atentos a isso.

Para o cast, Yimou preteriu desta vez da Habitue Zanhg Ziu, apostando em dois das maiores estrelas deste cinema, com dimensao internacional, Chow Youn Fat, uma das maiores estrelas e protagonista de Tigre e dragão, e Gong Li que depois das brilhantes prestações em Memorias de uma Gueisha e acima de tudo Miami Vice, aparece-nos numa estreia no genero, ambos recriam bem as suas personagens, se bem que se note que neste genero de filmes as interpretações sao deixadas para segundo plano, evidenta na fraquissima prestação da maioria dos restantes actores.

Enfim a proposta apresentada por Taiwan para 2006, com os seus mais conhecidos predicados presentes, longe do melhor, mas sempre capaz de nos oferecer historias dramaticas intensas e imagens unicas.


O melhor - A direcção artistica do filme... do melhor alguma vez feito.


O pior - O drama sempre presente para quando um filme diferente...


Avaliação - B

Charlottes Web




Todos os natais os grandes estudios lançam filmes tipicamente familiares, prontos para reunir toda a familia e todas as idades numa sala de cinema, tentando incutir o espirito familiar, e se nos ultimos anos esses titulos têm sido encobridos pela conquista cinematografica do genero fantastico. Este ano voltamos a ter uma historia simples tradicional, de forma a reunir a familia, e essa historia é este Charlottes Web.

Na tradiçao dos filmes que dão poder de palavra a animais, Charlotte aposta aqui em salientar a amizade entre um porco, como muitas semelhanças fisicas e voz com o mitico porquinho chamado Babe, com uma aranha transformada em fada madrinha.

Os resultados do filme e apesar de ter estado longe de grande euforia a sua volta foram equilibrados e consistentes o que resultou em resultados maioritariamente satisfatorios.

Tambem a critica acabou por na sua maioria aplaudir o filme, afirmando-o como um regresso a uma tradiçao abandonada.

O filme é extremamente tradicional, conta nos a historia de uma menina que se aproxima sentimentalmente de um porquinho, este por sua vez vê se obrigado a ir para um celeiro cheio de animais, e aqui começa a luta para este demonstrar qualidades que o afastem da mesa, neste particular recebe a ajuda amiga e magica de uma surpreendente aranha. O filme tem muito pouco de novo, mas consegue ao mesmo tempo ser engraçado emotivo e ternurento se bem que quase sempre soe a historias antigas e demasiado vistas.

O ponto mais negativo do filme e a falta de interesse das personagens humanas, demasiado lineares e basicas em nada favorecem o decorrer do filme que poderia ser mais interessante e original sem a presença destes.

De salientar a capacidade produtiva do filme na forma como consegue potencializar um discurso visual nos animais, num dos efeitos especiai do genro mais bem conseguidos.

O argumento apesar de repetitivo e extremamente bem conseguido na forma como liga os animais se bem que por vezes a falta de originalidade canse um bocadinho, mesmo assim parece nos que consegue traduzir o que e necessario num filme familiar, bem estar, carinho e ternura sob um ponto de vista emotivo. PArece-nos importante a forma adulta com que integra a tematica da morte, por vezes dificil de encaixar em filmes familiares mas que nos parece superiormente integrada neste titulo.

A realização apesar de estar longe de ser brilhante, e positiva salientando se as interaçãos entre os animais que exigem bastante mais da camara. Aqui sublinhe-se os grandes planos das bocas dos animais de forma a transmitir o realismo do discurso.

O cast de vozes e uma autentica constelação de estrelas e acabam por ser este aspecto um dos que ganha mais saliencia no filme, com particular destaque para os emprestimos de vozes de Buscemi ao rato e Roberts a magica aranha. Ja no que diz respeito as prestações de carne e osso, parece-nos que a estrela infantil Fanning tem nos ultimos tempo repetido em demasia este tipo de papeis, deixando de lado algum risco que esteve presente nos momentos iniciais da sua carreira e que parece agora desaparecer, e que leva a uma maior indiferença das pessoas pelo seu talento. Devendo rapidamente pensar a sua carreira para nao estarmos perante outra estrela juvenil cadente.

ENfim um filme tipico de natal, familiar com as virtudes e defeitos tipicos dos mesmos.


O melhor - A forma como transmite a realidade do discurso dos animais, eles articulam fisicamente cada simples palavra.


O pior - A sensação de que tudo o que o filme nos tras ja foi por demais visto


Avaliação - B-

Sunday, February 25, 2007


Bobby




Era um dos filmes mais esperados do ano, nao porque se esperava um grande filme, mas sim porque era o risco total de um actor mergulhado no esquecimento e em problemas a varios niveis que aposta tudo o que tem num filme de sua autoria, em que arrisca tudo para regressar a fama como se tratasse de um ultimo suspiro.

Nao se pode dizer que Emilio Estevez ganhou na totalidade este enorme desafio, o filme apresentado em veneza teve uma recepção extremamente fragmentada, entre aplausos intensos e assobios, e ao mesmo tempo o filme teve longe de uma recepção de bilheteira calorosa. Nao conseguindo se intrometer na luta pelos premios, seu objectivo primario.

Para este risco todo Estevez optou por um filme original, mas extremamente arriscado tentando contar as 22 historias de pessoas presentes no hotel onde bobby Kennedy acabava por ser assassinado tentando com estas historia por um lado homenagear o politico e contextualizar o ambiente politico onde estava inserido

O filme e narrativemente pobre, o risco é extremamente absurdo levado pelas dinamicas de filmes que compactam historias estevez leva ao exagero este pronuncio o que fragiliza em grande escala o filme, primeiro porque nenhuma historia consegue ganhar a profundidade necessaria e por outro lado as personagens sao extremamente vazias, e demasiado soltas. A originalidade e intenção sao boas mas o resultado soa a frustante ja que com 2 minutos por historia dificilmente se consegue convencer o espectador.

As historias sao extremamente diferentes e com diferentes intensidades e se existem algumas com um valor moral interessante existem outras que funcionam como mero acessorio para a dinamica e desenvolvimento do filme.

Todos estes aspectos tornam este filme algo penoso de seguir que so consegue ganhar ritmo com a entrada no hotel de Bobby, mas mesmo assim tarde demais para salvar o filme. E obvio que o filme podera estar extremamente perto do coraçao dos americanos, mas dificilmente conseguira convencer alguem externo a realidade externa que o filme tenta contar.

O argumento é um risco demasiado idiota tentando compilar e fazer o impossivel conciliar 22 historias em pouco mais de hora e meia de filme, como e obvio esta tarefa falha, tornando um filme segmentado, com pouco mais de que pequenos apontamentos para cada story. A intenção era boa mas extremamente dificil de por em pratica.

A realização de Estevez acaba por ser um dos pontos mais valorizados e artisiticos do filme, arriscando a reuniao de imagens reais com imagens ficcionais com as dificuldades que sao inerentes, mesmo assim nestas ultimas existe alguma dificuldade em arriscar salientando se apenas a desfocalização da personagem do Bobby.

O cast e recheado de estrelas, talvez numa manifestação de relação proxima do seu realizador mais de duas dezenas de estrelas de hollywood resolveram colaborar neste projecto, onde se unem alguns dos actores que assim como Estevez se encontram na mare baixa de carreiras outrora de sucesso, como Slater, Stone e Moore, e outros que mesmo em boa forma tem a polemica consigo Lohan e Wood. Nenhum deles brilha mas as suas presenças tornam sem duvida este filme mais rico, mesmo que grande parte deles nao seja totalmente conhecido pelas suas qualidades interpretativos.

Enfim o risco deve ser pensado e nao inconsciente, mas o esforço e dedicaçao foram valorizados com a nomeação para globo de ouro de melhor filme dramatico.


O melhor - A pele que estevez deixou por este filme


O pior - 22 historias era impossivel resultar


Avaliação - C

Friday, February 23, 2007


The Last King Of Scotland



COnfesso que nenhum dos filmes anteriormente realizados que abordavam os problemas do continente africano me tinha cativado a longa virtude. Talvez por serem demasiado serios, exagerados, monotonos e demasiado equilibrados e pouco surpreendentes. Pois bem Last King of Scotland quebra todas estas barreiras. É um bipic estruturado narrativamente coeso, mas acrescenta ritmo, densidade, comedia e acima de tudo despreende-se de algum tradicionalismo monotono, num filme que apesar de moralmente absorvente e intenso opta por retratar dum ponto de vista pop, que resulta em grande escala. A grande virtude do filme foi nao se prender apenas aos factos historicos preferindo criar uma personagem semi real para nos dar o ponto de vista da historia.

O filme inicialmente pequeno em dimensão e em expectativas, rapidamente se tornou numa das maiores surpresas criticas do ano, que permitiu que as luzes da ribalta de apontassem a um filme inicialmente menor. Mas principalmente nas suas interpretações. Withaker tem limpado tudo na categoria de melhor actor, e Mcvoy centrou atenções dos cinefilos para si apesar de ser algo encobrido pelo seu companheiro de ecra.

O grande ponto do filme e o ritmo que adopta e o estilo creativo e original com que filma, contrapondo sequencias intensas emocional e fisicamente com apontamentos de humor de primeira linha, muito na sequencia da forma como controi a personagem de Abibi. Depois consegue despistar os grandes problemas dos biopics, o drama, os sublinhar de aspectos notorios, aqui nao opta por ser sintetico centrando a sua historia nas duas personagens.

O ponto mais negativo do filme esta no facto de o filme conter cortes narrativos que nao permitem ter uma noção completa das trasnformações no relacionamento entre Abibi e o seu medico, que parece alterar-se de uma forma extremamente brusca.

Também as outras personagens sao demasiado figurativas nao tendo densidade, as suas historias sao abandonadas ao longo do filme sem qualquer tipo de justificações. Sendo que estes pontos nao adquirem maior relevo porque a relação e as historias das duas personagens principais sao extremamente bem encadeadas. O filme consegue despertar todo o tipo de emoçoes e sensações no espectador muito por culpa de um argumento extremamente bem estruturado e montado que assenta na recriação de personagens fortes em todos os sentidos, onde se destaca as cenas em que Abibi brilha em longa escala. pode falhar em algum enfraquecimento dos secundarios preteridos relativamente aos outros.

A realização de Mcdonnald e muito bem efectuada conseguindo conciliar imagens que jogam de forma positiva com o guiao e acima de tudo com toques de criatividade artisitica do realizador, insiste de uma forma extremamente conseguida nas feiçoes de Withaker capaz de conciliar um olhar terno e simpatico com um ponto mais rude. Que ajuda imenso o facto de ter um olho maior que outro.

As interpretações do filme sao brilhantes, e se acima de tudo Withaker brilha em longa escala e os premior apenas sao sequencia natural de uma interpretação magistral, parece-me que este facto acaba por assombrar a tb excelente prestação de Mccvoy que depois de cronicas de Narnia demonstra qualidade para estarmos atentos a este actor que concilia uma excelente capacidade interpretativa fisica e emocional o que nem sempre e facil.

Enfim um dos filmes sensação do ano, que confirma que nem tudo que e biopic tem que ser chato por regra.


O melhor: POis nao podia deixar de ser a interpretação de Withaker


O pior - As outras personagens sucumbem ao duelo Carrigan - Abibi

~


Avaliação - B+

Wednesday, February 21, 2007


SherryBaby




Nas nomeações para o globo de ouro surpreendeu em longa escala a nomeação de Maggie, por um filme pequenissimo que tinha sido lançado em meados de agosto mas que quase ninguem se lembrava. Esta nomeação conduziu a que as luzes incidissem sobre o filme, conduzindo a que o filme já editado em DVD conseguisse melhores resultados neste circuito do que os irrisorios resultados no mercado limitado de cinema.

E convem desde logo enunciar que este filme trata-se de uma historia tipica de telefilmes, uma mulher sai em liberdade condicional, e tenta refazer a sua vida em diversos niveis. As dificuldades que encontra sao variadas, e por vezes os passos atras ficam cada vez mais intensos.O filme e realizado em termos de telefilme com a narrativa a ser limitada ao interessada, conduzindo sempre a personagem para conflitos interiores extremamentes fortes. Contudo parece que o filme pouco ou mais é mesmo do que um telefilme, a historia é basica sem grandes alterações ao que é comum neste tipo de filmes, contudo parece-nos que as personagens com excepção de Sherry são extremamente pobres, sem conteudo sem motivações, e sem personalidade aparente, que conduz a relações extremamente ambiguas e que contaminam o desenvolvimento de um filme ja de si pouco interessante. Parece-nos também que estamos perante um filme sobrevalorizado em larga escala pelo facto de se tornar uma historia de vida produzida por um estudio pequeno que lhe permite arriscar em certos pontos se bem que não garanta qualidade de realização.

O argumento e limitado do ponto de vista narrativo e de construção das personagens, sendo que o ponto pior acaba por ser nos dialogos construidos principalmente na personagem de Sherry que se limita a dizer palavroes sem qualquer sentido, na maior reuniao de palavroes dos ultimos tempos no cinema, aspecto totalmente desnecessario no filme.

A realização é completamente indiferente no filme adoptando o registo de telefilme, sem grandes planos e movimentos, assumindo aqui também a modestia na produção.

As interpretações apesar de bem conseguidas nao parecem deslubrar, sendo que o reconhecimento do papel de Maggie surge mais pela complexidade da sua personagem e por alguma paixão por este tipo de personagens do que propriamente pelo conteudo e qualidade da mesma, mesma assim este e um dos aspectos mais salientados e de maior qualidade de um filme mediocre na sua generalidade.


O melhor - Apesar de tudo o confronto entre a familia biologica e a emocional.


O pior - A falta de conteudo e motivação das personagens secundarias



Avaliação - C

Tuesday, February 20, 2007


Hollywoodland




O cinema dentro do cinema tem dado alguns dos filmes mais interessantes dos ultimos tempos, acima de tudo quando se pega num dos maiores segredos de Hollywood. A suspeição a volta da morte do actor de Superman The Serie George Reeves. É este misterio que tenta aqui ser abordado, sem respostas mas apenas com possiveis soluções tentanto assim despistar polémicas que poderiam estar no filme. Hollywoodland era um dos filmes aguardados do ano, primeiro porque o tema era ao mesmo tempo interessante e polemico, e depois porque tentava recuperar para o cinema de qualidade Ben Aflfect num momento extremamente penoso da sua carreira. O primeiro ponto não foi plenamente concretizado, e apesar de um reconhecimento critico mediano o filme teve longe de ter um acolhimento consensual, não conseguindo se intormeter nem nos premios, nem arrecadar bons resultados de bilheteira. Contudo parece que na segunda tarefa foi extremamente coroada de exito, a prestação de Alfect é um dos aspectora mais valorativos do filme tendo inclusive lhe valido o premio de melhor interpretação masculina no Festival de Veneza e a nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Actor Secundario, falhou a nomeação para o Oscar telvez por alguma resitencia de alguns academicosa um filme que poe em causa as manobras de bastidores do proprio cinema.

O filme conta-nos duas historia segmentadas temporalmente,. Uma primeira sobre a vida de Geroge Reeves, os seus feiros a sua personalidade e acima de tudo as suas relações que colminam na sua mesteriosa morte, e por outro a historia de um investigador privado, contratado para tentar perceber o que realmente aconteceu com Reeves, estas historia entram em desenvolvimento com ligeiros pontos de contacto, mas paralelamente, para um climax final que de alguma forma retira a coragem demonstrada anteriormente, do genero lançar achas para uma fogueira mas rapidamente lançando o extintor quando observa que não tem poder para controlar o fogo, parecendo assim o filme parecer um autentico engano ao espectador, que é positivamente surpreendente mas algo decepcionante.

O argumento do filme esta bem contruido com um paralelismo narrativo exemplarmente constuido, as historias e as personagens encontram-se bem construidas e narrativamente complexas, as suas interações se bem que a um nivel inferior tb são positivas. Parece-nos fallhar na conclusão do filme, não assumindo as pistas que dá mas acima de tudo demonstrando pouca investigação dos autores do filme.

A realização, de um dos mestres da televisão, mas ainda calorio no cinema demosntra mesmo isso, tiques de series em abundancia, e algum exagero nos planos soltos, mesmo assim e apesar da mediania apresentanda nao compromete nunca os intentos do filme. Sendo de aperciar os jogos de cor utilizados no fato de superhomem promenor extremamente interessante.

O ponto mais forte do filme acaba por se centrar nas interpretações de um cast no minimo polemico, primeiro porque o risco de escolher alguem tão criticado como AlfecK acarreta varios riscos, contudo neste ponto o filme ganha em toda a escala já que o actor conseguiu unanimidade relativa a sua excelente interpretação. Contudo parece-nos que existe alguma indiferença injusta perante o excelente papel tb apresentado por Brody, talvez porque estejamos mais habituados a excelencia de actuação deste actor, certo é que Brody consegue um papel rico em todos os niveis, salientando-se o nivel fisico e emocional. Todo o restante cast encontra-se bem mas sem deslumbrar.

Um bom filme mas que devia assumir mais o seu conteudo.


O melhor - As interpretações de Brody e Affleck


O Pior - Alguma falta de assumir um final, uma historia e um desenlace com todas as polemicas que poderiam adevir...seria um markting excelente, e o filme ficaria bem melhor


Avaliação - B-

Sunday, February 18, 2007




Ta na moda os filmes norte americanos abordarem as dificuldades politicas em Africa, tudo começou com Hotel Ruanda e desde ai Hollywood nao tem parado de adaptar contextos diversificados, este ano ficaram três destes titulos para o final do ano: o ja analisado Blood Diamond, Last King of Scotland e o parente pobre Catch a Fire.

De todos estes e pese embora alguma dimensão do realizador Phillip Noyce, Catch a Fire era o filme mais modeste, primeiro porque nao conseguiu convencer o publico e a critica preferiu outros filmes entre eles Last King of Scotland, depois a inexistencia de um elenco de renome tambem pode contribuir para a fraca carreira comercial do filme.

De todos os filmes, talvez catch a fire tenha dois pontos a seus favor, primeiro e o unico que arrisca dar avisão dos africanos, e por outro tem o tema politico mais controvesio e mais polemico de todos, o Aperthied, mas a isso une-se o facto de Noyce ser acima de tudo um realizador de filmes de acção algo vazios, o que se visualiza na falta de conteudo complexidade e ambição do filme.

Todos os aspectos valorativos do filme rodeam a personagem interpretada por Luke a unica com sentido politico, com dinamicas pessoais e interactivas complexas, de resto o filme segue extremamente esteriotipado, sem arriscar, e sem aproveitar um contexto que poderia ser extremamente rico numa possivel analise valorativa do filme.

Apesar de nao ser brilhante o filme e politicamente correcto pertinente abordando um tema ate a actualidade pouco desenvolvido pelos grandes estudios e pela industria de cinema norte americana.

O argumento do filme é extremamente simplista nao parecendo aproveitar todo o potencial quer do tema quer mesmo da interação das personagens, tudo parece extremamente circunstancial e linear numa questão toda ela pouca linear. Nota se tb um subdesenvolvimento da facção branca do filme, cujas personagens parecem carentes de dimensoes pessoais, com tiques estereotipados ao maximo.

A produção cultural do filme esta longe do que ja vimos em filmes que tentam retratar os ambientes conturbados de africa, optando por minimalismos neste aspecto. Este ponto pode estar relacionado por o filme se tratar de uma produção mais comedida economicamente e tambem de algumas dificuldades de Noyce.

No que diz respeito a realização o facto de Noyce ainda ser novo nas andanças de filmes politicos conduz a que o filme esteja recheado de tiques tipicos dos filmes de acção, genero onde noyce atingiu um espaço proprio em Hollywood, contudo nos ultimos tempos temos vindo a assistir a tentativa do realizador fazer filmes mais serios e com uma vertente mais politica, bem como abordar diferentes culturas. Contudo ate ao momento tem sentido extremas dificuldades em cimentar esta posição no genro. Nao tanto pela falta de qualidade dos seus filmes mas por alguma indiferença manifesta quer da critica quer do publico as suas obras mais recentes. Parece-nos que tb nao sera neste filme que este objectivo seja alcançado.

Quanto ao cast, parece-nos uma excelente escolha a de Derek Luke para assumir o filme, o actor surpreende tudo e todos, com momentos de grande intepretação, assumindo a premonição efectuada por Washington quando o convidou na sua estreia na realização, assim parece-nos estarmos perante um actor com potencial para substituir Washington nos papeis asusmidos por este. A qualidade está presente num actor jovem mas que demosntra muito potencia. Ja Robbins parece nao encontrar caminho depois do Oscar de melhor actor secundario parecendo ter ficado extremamente ligado a personagem encarada em Mystic River, aparecendo agora quase sempre em recriaçoes de personagens mentalmente abaladas, que soa extremamente a repetição ja que nem todos os realizadores sabem dirigir como Eastwood.

Mesmo assim parece-nos importante salientar a coragem de Noyce em abordar um tema complexo, se bem que de uma forma talvez demasiado modesta.


O melhor - A surpreendente maturação interpretativa de Luke, esta pronto para conquistar Hollywood.


O pior - Todo o contexto e articulações do filme sao por demais vistas em filmes do genero .


Avaliação - C+

Saturday, February 17, 2007


Epic Movie



Há quase duas decadas atras que surgiu um tipo de filmes que satirizavam com os maiores sucessos, os primeiros filmes deste genero foram sucessos impressionantes principalmente vincados pelas sagas de Aeroplano e acima de tudo os memoraveis ases pelos ares. Contudo como qualquer sucesso, a busca do mesmo resultado repete-se e repete-se com maior e menor sucesso. Tudo parecia adormecido quando a mina deste genro parecia ter secado, eis que entao por intermedio dos irmaos waynans surge Scary Movie os resultados sao excelentes o publico adere e o filme rapidamente torna-se num grande sucesso, dai surgem 4 sequelas deste produto e mais recentemente duas articulações. O ano passado com o horripilante Date Movie, e este ano com epic Movie, apostado em gozar com as grandes produções epicas dos ultimos tempos.

Os resultados demonstram um decrescimo da aderencia do publico ao fenomeno, e em boa hora isto acontece é que a cada filme do genero que passa a qualidade fica cada vez menor.

Ao contrario dos tempos iniciais do genero onde as piadas eram encaichadas num guião, e os toques a outros filmes eram indirectos caminhamos para um filme cada vez mais refem da satira gratuita sem humor aos filmes, apenas utilizando situações conhecidas e ridicularizando-as sem fio condutor totalmente solto. ou seja o filme e apenas uma forma de gozar gratuitamente com os filmes rentaveis sem qualquer logica, organização e sentido.

Epic movie e sem duvida um dos filmes com pior historia dos ultimos anos, falha em grande escala nos momentos de humor, que se limitam a ser transposições patetas de filmes, isto unido por uma narrativa estupida, fraca e por vezes inexistente, em busca do dinheiro facil da emitação brejeira.

Este filme e um atentado á inteligencia dos espectadores de cinema, pois pensa que pelo facto de ter algume vestido a Willy WOnka a dizer disparates sem sentido me vou rir. Pois bem parece que as pessoas parecem acordar e exigir mais das suas satiras. Se bem que e deprimente ver um atentado ao bom gosto liderar as tabelas de box office.

Infelizmente ja a muito tempo que nao assistimos a um bom filme deste genero, so apenas arma infurtifera conseguiu ao de leve se aproximar do mito Hot SHots.

Esperemos que com este filme a fonte seque de novo por mais diversos anos.

O argumento, realização e cast é ao nivel do filme fraca, patetica e ridicula, sendo o cast e crew do filme marcado pelo amadorismo que é obvio que ninguem quer ficar ligado ao estupido.

Em fim mais uma tentativa de colocar o cinema no seu nivel mais inferior.


O melhor - Apesar de tudo a recriação de Jack Sparrow esta muito parecida.


O pior - Alguem alguma vez ter pensado que as piadas e cenas utilizadas poderiam resultar.


Avaliação - D-

Tuesday, February 13, 2007


Stranger than Fiction




Pouco ou nada de original temos assistido neste ano cinematografico, remakes, adaptações de tudo um pouco tem surgido, poucos exercicios puros de criatividade temos assistido ao contrario dos anos anteriores onde autores como nolan e kaufman têm abrilhantado os mais apaixonados pela faceta creativa do cinema.

Pelo conteudo Stranger than fiction parecia ser o revolucionario do ano, capaz de agradar de forma moderada a critica e ter uma aceitação razoavel do publico, desde logo observou-se que talvez estariamos perante um filme original mas com alguma duvida sob a forma satisfatoria com que se concretiza.

Desde logo devemos desde ja inaltecer a coragem de uma obra e de um argumento tão original, crativo e fortemente articulado, sendo sem duvida o ponto mais valorativo de todo o filme, a forma como uma historia original resulta num argumento extremamente inovador e surpreendente.

A historia e de si interessante, um inspector da finanças que começa a ouvir uma voz que narra a sua vida, descobrindo que ele nao e mais do que a personagem de um livro em contrução e que finaliza com a sua morte. depois uma fabula magica interessante, no quotodiano, contudo parece-nos algo simplista nos sentimentos apresentado, nao conseguindo a profundidade atingida por outros titulos creativamente revolucionarios como Spootless mind e Big Fish. Mesmo assim o filme e narrativa e ideologicamente brilhante falhando apenas em algum aspectos de ligação e alguma falta de profundidade emocional, mesmo assim salienta-se o brilhantismo do argumento sem duvida o mais original e revolucionario do ano.

Esperava-se no filme uma maior aceita~ção critica se bem que o facilitismo dos aderessos do filme levem a que o filme se torne menos completo.

DO ponto de vista do argumento mais uma vez salientamos a originalidade e o brilhantismo do mesmo, e que nos fazem rezar por mais exercicios de cratividade pura dos autores mais conceituados em Hollywood.

A realização esta a cargo de um dos realizadores em melhor forma dos ultimos 5 anos, que nao fosse o fiasco total do fraquissimo "Stay" teria conseguido com Monsters Ball e Finding neverlando o lugar no coraçao dos criticos americanos. Neste particular Foster consegue se aproximar do teor de fabula de Finding Neverland, com alguns exercicios de originalidade e tiques de autor que acabam por brilhar na realização de um filme ja de si fora do comum.

O cast do filme traz-nos um Ferrel a seguir os passos do seu mestre Carey, na tentativa de passar da comedia fisica para um drama que use a sua imagem a seu favor, e neste particular apesar de longe do sucesso de carey a este nivel parece que Ferrel pode tb ele triunfar num genro mais dramatico. De realção tb o saudoso regresso de Thompson a grande forma que lhe valeu no intermedio dos anos 90 um reconhecimento total, com um dos desempenhos secundarios de maior relevo do ano.

Ja Hoffman parece claramente em desacelaração de carreira apenas contribuindo de forma residual nos filmes em que participa.

Enfim um filme com um bom argumeno mas que nos parece que poderia ter ido ainda mais longe.


O melhor - A ideia brilhante que se traduz num argumento brilhante.


O pior - Podia ser mais rico do ponto de vista moral e metaforico.


Avaliação - B

Monday, February 12, 2007


Factory Girl




Existem certas personalidades cujos biopics só estão ao alcances de certos magos de Hollywood, e um deles é sem sombra de duvidas Andy Wahrol, um biopic que há muito se aguarda em Hollywood mas que poucos o arriscarão fazer. Sem duvida que um cineaste mediano como Hickenlooper nunca o conseguiria fazer, dai que resolveu contornar a situação optando por retratar a historia da musa maxima de Warhol, Sedwick, também ela com uma história recheada de polémica e de acontecimentos marcantes, desde o seu pico ate uma descida ao inferno extremamente decadende. Talvem mesmo ela merecesse um filme mais grandioso, tinha mais que materia para isto. Mas nao podemos dizer que sai pouco valorizada de um filme pequeno, agradavel, com uma boa capacidade de sintese, que consegue caracterizar muito bem a personagem principal, e retrata de uma forma quase apolaiptica a descida ao inferno da actriz.

Como qualquer filme que retrata Warhol as expectativas eram elevadas, mas rapidamente se observou que o autor tinha ficado a porta do criador da pop art, temendo arriscar na sua personalidade reduzindo-o a um vilão sem sentimentos e egocentrico. A critica nao aceitou um filme polemico forte e intenso, e o publico também se alheou, parecendo-nos que o filme perde alguma da atenção que a vida de Sedgwick merecia, e que o filme enfoca a luz.

O filme e realizado a uma velociade alucinado estando preso a alguns facilitismos e nao abosradando grandes detalhes, mas acaba por nos dar uma prespectiva do que foi a existencia deste icon. Factory girl consegue ao mesmo tempo ser um dos biopics mais superficiais e resumidos da historia mas dos mais intensos na proporção quantidade tempo.

O argumento esta longe de ser rico, acabando apenas por retratar o essencial, na parte final perde um pouco de coesão perdendo o fio á historia com cortes algo significativos, mesmo assim o poder de sintese do filme e muito bom, e a intensidade emocional que consegue impor.

O realizador apresenta desde logo noção das suas limitações nao arriscando grandes aventuras. Que a historia poderia conduzir, opta por uma realização algo trepidante mas sem grandes rasgos de creatividade. Talvez falte alguma cor, marca de autor de Wahrol e que poderia contextualizar melhor o filme.

No que diz respeito ao cast desde logo salientar as dificuldades que poderiam existir neste particular ja que a força das personagens poderia ser peso a mais para os actores que as assumicem. Mesmo assim parece-nos que a aposta em Miller é totalmente ganha, com uma prestação de encher a tela, a actriz mais conhecida por desvaneios da vida privada do que propriamente pela qualidade interpretativa assumiu o risco dos produtores numa escolha polemica, e brilha em longa escala. Talvez o seu temperamento fora da tela não permita que seja valorizada a longa escala, devido as constantes polemicas da sua vida pessoal, ainda relacionada com este filme o facto de referirem que as cenas de sexo com Christiensen são reais.

No que diz respeito a Wahrrol, Pearce encontra-se brilhantemente caracterizado mas o facto do autor nao querer entrar muito pela personalidade do criador, torna a personagem algo vazia, mesmo assim parece-nos que a escolha é acertada, ja que o papel exige alguem com boa capacidade interpretativa e Pearce entra nesse conjunto.

O resto do elenco apresenta-se como figurativo.

Enfim um filme controverso, noir e intenso como a personalidade dos retratados pedia.


O melhor - A interpretação brilhante de Siena Miller


O pior - Nao ter arriscado mais sobre Wahrol, era dificil mas a audacia separa os medianos dos brilhantes


Avaliação - B-

Sunday, February 11, 2007


Coopying Beethoven



A vida de Beethoven é uma das preferidas pelos cineastas para realizarem bipics, diferentes fases, momentos e historias do compositor ja foram retratadas, pelos mais deversos pontos de vista. E nem sempre estas adaptações resultaram em sucessos ou mesmo em filmes bem conseguidos. Dai que o surgimento deste titulo seja como algo natural. A aposta era de uma co produçao europeia com mecanismos americanos, num filme realizado para uma maioria critica e minoria de publico. E o inicio prometia na sua apresentaçao no Festival de San Sebastian o filme saiu extremamente valorizado e com o galardao principal, começavam a surgir rumores que apontavam para um filme riquissimo onde Harris brilhava a longa escala. Contudo esta recepção foi sol de pouco tempo, ja que quando começou a estrear os animos foram arrefecendo tornando se rapidamente dezprezado e ignorado pela critica e quase nao divolgado nas bilheteiras.

E isto deve-se muito ao facto do filme ser extremamente vazio do ponto de vista de narrativo, e de novos dados para a historia.

Um dos pontos que acaba por ser ingcongruente no filme e o facto do realizador querer dar uma visao externa de uma vida, sob um ponto de vista feminino, mas acaba por tornar o filme por um lado demasiado cinzento, e desinteressante, valorizando em grande ponto a produçao e a musica dos autores, dai que achamos que o filme seja extremamente valorizado pelos fas de Beethoven, mas que pode parecer quase insignificante para os outros.

O filme é obvio que nao é um mau filme, contudo nunca consegue fazer as pessoas adorarem um produto algo sem sabor, que vai passando a ritmo de cruzeiro muito ao tipo do que tem sido habitual nos filmes biopis de epoca dos ultimos tempos.

O argumento do filme parece-nos extremamente feminista na forma como aborda a vida de Beethoven passando para segundo plano a vida do compositor focalizando mais a forma como a personagem de Kruger o vê. Por outro lado salienta mais a vertente criativa do autor do que propriamente os seus conflitos, que apensas sao quase mencionados em cenas soltas.

A realização é inqueitante mas que na cena da 9 sinfonia se torna irritante com a dualidade harris - Kruger a ser mal encenada e acima de tudo extremamente repetitiva. de resto o usual nos filmes de epoca com planos longos em cenarios riquissimos.

O cast enquanto que harris contrapoem cenas de uma riqueza interpretativa magnifica, com cenas de overacting muito forte, num papel forte mas que nos parece que nao e muito bem potencializado pelo actor, que poderia ter brilhado a longa escala, mas mesmo assim e ele que domina todo o filme, ja que Krugger nao tem personagem para sequer fazer sombra, salientando-se apenas a sua beleza fisica ja que a qualidade interpretativa ainda esta por comprovar.

Enfim mais um biopic de um musico desta vez numa recomposiçao epica, de nivel mediano a todos os niveis--


O melhor- A caracterização fisica de Harris..


O Pior - Nao se assumir como um biopic historico e nao ter os elementos para se assumir desta forma.


Avaliação - C+

Friday, February 09, 2007




The Painted Veil - O Veu Pintado











Todos os anos diferentes estudios lançam as suas apostas para uma temporada de premios, que normalmente so premeia alguns sendo os outros apenas tentativas, nestes filmes buscam-se elencos apelativos de actores queridos da critica e temas e historias interessantes, todos pensam que estao prontos para lutar mas so alguns realmente estão.



Este ano este Painted Veil pouco mais é que isto, um filme bem feito, que tentava entrar na corrida pelos premios, mas talvez sem valor tão alto para isso, mas que mesmo assim nao deixa de ser um bom filme, que o desinteresse comercial veiculado pelo filme, leva a que seja quase indiferente para a maioria das pessoas. Dai que mesmo com respeito critico este filme sera um filme que rapidamente passara ao esquecimento, apenas como mais um filme bem feito em que entraram bons dois actores passado na china.



O filme tem desde logo essa vantagem, a capacidade de nos deslocar espacialmente para um territorio algo desconhecido que acaba por ser muito bem caracterizado no filme, a este aspecto une-se uma beleza paisagistica impressionante que embelezam em grande medida o filme. Depois temos a historia de um casal desligado que quase por obrigação tem que se suportar numa sociedade chinesa amedrontada pelo crescimento de colera. O filme peca por ser extremamente academico, seguindo os passos estabelecidos, sem nunca arriscar, tornando a historia algo previsivel demais, alias o factor surpresa em momento algum esta presente.



O filme ganha tambem com este teor academico, principalmente porque nunca se colcoca em pontos perigosos, mas que podeiram acrescentar valor a historia, sendo o argumento na nossa opiniao deficitario em qualidade narrativa, contrastando com o rigor produtivo que o filme alcança. Os promenores de contextualizaçao cultural e espacial estao extremamente e conseguidamente trabalhados num filme onde este aspecto ganha particular relevo.



O argumento do filme parece pecar pela falta de audacia numa historia rica mas que nos parece aproveitada ao minimo possivel numa historia que parece-nos abusar no silencio das personagens e em interações sem grandes desenvolvimentos. As proprias personagens vão crescendo ao longo do filme tornando-se opostamente mais conseguidas e mais mal contruidas assim, enquanto que a persongem de Watts vai ganhando complexidade com a trama, a de Norton parece inicialmente como uma personagem extremamente interessante que com o passar torna-se quase naquelas personagens esteriotipadas dos filmes pipocas de hollywood.



A realização predomina as expressoes faciais das personagens num enquadramento paisagistico extremamente belo. O filme ganha no aspecto visual e na forma de realizar, em que a narrativa se desloca sempre com a beleza do cenario.



O cast traz-nos dois dos actores mais respeitados de ambas gerações e se Watts mais uma vez vai consolidando um espaço de referencia nas actuações femininas, Norton depois de um arranque brilhante tenta este ano recuperar algum do tempo perdido, e tenta acordar depois de algum reafecimento de uma carreira que prometia rapidamente atingir o ceu. COntudo nos tres filmes que apresentou este ano, so nos parece que eu o Ilusionista o actor conseguiu atingir patamares ao seu nivel maior, parecendo ainda algo desrotinado deste tipo de papeis. De salientar ainda a presença de Toby Jones, que este ano apareceu em boa forma quer neste filme quer em Infamous.



Enfim uma das muitas tentativas de filmes para galardoes, e que nao se possa dizer que foi vencedor nos seus objectivos.






O melhor - A riqueza dos cenarios apresentados.






O pior - A forma como a personagem de Norton vai decaindo a nivel de complexidade ao longo do filme






Avaliação - B-

Monday, February 05, 2007


Little Children - Pecados Intimos.




Confesso que nao fui de encontra a general aclamação da obra de estreia de Field In The BEdroom, achei um bom tema muito mal enquadrado, sei que fui a uma minoria, mas a realidade e que o filme foi um total aborrecimento na minha prespectiva. Dai que as minhas expectativas relativamente a este Pecados Intimos estavam longe de ser risonhas, mesmo as opinioes criticas que salientavam o conteudo do filme, me conseguiam convencer. A bilheteiora alheou-se do filme, apesar do principal objectivo do filme a aclamação critica ter sido conseguido.

E desde ja tenho de dar a mão a palmatoria, Field consegue aqui traver um dos filmes mais completos, profundo complexos e interessantes do ano, daqueles filmes que aposta no que de mais puro deve ter o cinema, interpretação e argumento, e nisto brilha em grande dimensão.

O primeiro trunfo do filme é ligar dois temas algo esquecidos dos argumentos de Hollywood adulterio e pedofilia. Apesar de estarem presentes no mesmo espaço Field tem alguma dificuldade em conseguir conciliar numa historia comum estes temas, sendo a princial deficiencia do filme, o paralelismo excessivo das historias com cruzamentos quase impreceptiveis.

Outro trunfo do filme e a forma como o argumento consegue conciliar um misto de desafios internos nas personagens com a disputa entre diferentes personagens, tudo num todo complexo, capaz de provocar um misto total de emoçoes em pouco mais de duas horas de filme.

A capacidade de Field ao contrario do seu titulo anterios manter o filme com um ritmo agradavel, e que nem a voz monocordica do narrador consegue arrefecer, num filme ritmado, com uma sequencia de acçoes bem emparelhada e acima de tudo numa sequencia de acontecimentos interessantissimo.

A historia fala de dois casais onde os elos mais fracos acabam por se unir numa relação que mais do que a relação entre eles e uma forma deles se emanciparem de relações auto limitadoras, a tudo isto junta-se o espectro de um pedofilo a querer se reinserir numa comunidade extremamente reticente. Mais uma vez Field desloca-se para uma pequena cidade espaço que filma e que potencia todo o seu potencial como autor.

O argumento do filme, e forte interessante intenso e acima de tudo com uma coesão dificil de atingir, o que nao e facil tendo em conta a profundidade que o filme tenta abordar. Falha talvez no facto das historias serem demasiado desligadas entre si, mas talvez o filme tivesse materia para dois filmes.. que Field condicionou num so.

A realização do filme e o parente pobre, Field pouco ou nada mais limita-se do que filmar interações e acima de tudo conflitos interiores, neste particular parece conseguir que as persongens transmitam monologos atraves de expressoes, mesmo assim parece-nos um aspecto em sub rendimento no filme.

As interpretações sao de primeiro plano, e se os menos explorados como Connely e Wilson apresentam bons papeir exemplarmente interpretados, os restantes actores do filme aparecem a um nivel impressionante. WInslet a confirmar a 5 nomeaçao em 7 anos, numa forma incrivel, sendo indicutivelmente uma das melhores actrizes da actualidade. Contudo o brilhantismo do filme vão todos para a excelente interpretação dew Haley e Edelmen com uma disputa entre as suas personagens impressionte, na qual ressalta mais a vista a interpretação do primeiro que merecidamente chega a nomeaçao para os oscares, contudo parece-me que tambem o segundo deve ser sublinhado numa prestação ao mais alto nivel.

Enfim um filme arriscado mas que com a mestria de um argumento muito bem construido e interpretações de primeira linha e um dos titulos mais interessantes da temporada.


O melhor - O nivel interpretativo do filme.


O pior - A ligação entre os conflitos esta extremamente esbatida no filme.


Avaliação - B+

Sunday, February 04, 2007


The Good German




A presunção no cinema normalmente terminam mal. E este aspecto esteve bem presente durante a produção deste novo filme, desde declarações dos produtores que o nomeavam de novo casalanca alias as semelhanças do cartaz sao curiosas. Ate as declarações de Clooney que apostava a cabeça caso Blanchett nao ganhasse a estatueta. As expectativas estavam no alto.

Contudo quando as primeiras criticas começaram a surgir logo se viu que o filme estava longe d concenso e se em materias produtivas existiam promenores interessantes do ponto de vista narrativo o filme tornou-se uma desilusão completo. No seguimento de uma carreira de altos e baixos sodenberg do ponto de vista de bilheteira parece nao conseguir sequer entrar nos circuitos comerciais a nao ser na saga de Oceans...

Good german e uma obra singular do ponto de vista de imagem, realizado como se estivessemos nos anos 40 para dar um ponto de vista mais documental e contextual com a epoca a qual o filme se reporta, este paramentro esta efectuado de uma forma irrepreensivel. COntudo o filme falha principalmente na falta de interesse de um argumento extremamente emranhado, com nos narrativos que nunca consegue desatar, por outro lado o filme parece segmentado em frangmentos demasiado desligados. A historia leva-nos para o termino da segunda guerra mundial, em plena alemanha, na ressaca de uma guerra desgastante temos Lena a tentar aos poucos assegurar a sua saida do conflito utilizando tudo e todos para esse objectivo, o filme tenta introduzzir de forma impressionantemente frustante algum enigma, contudo o espectador esta tao desligado do filme que nem da por isso. Com o decorrer do filme a intriga fica cada vez mais emaranhada e confusa, colminando num final que quase passa despecebido ao espectador.

O argumento e o ponto mais debil do filme, desinteressante com pouco ritmo e extremamente confuso, as personagens nunca conseguem ser caracterizadas de uma forma satisfatoria, e as relações entre estas extremamente confusas.

A realização de Sodenberg vem demonstrar que o autor teima em nao conseguir conciliar com a critica por muito que tente inovar empreender ou mesmo inventar na sua forma de realizar. Sendo este filme o culminar de um estado de forma que merece uma reflexao por parte do realizador, que vai ganhando bolhas de ar nas distribuidoras e produtoras por conta da saga milionaria de Danny Ocean.

O cast para alem da presença habitue do realizador de George CLooney, e que na minha prespectiva limita muito a prestação do protagonista, ja que na minha opiniao Clooney esta longe de ser um actor versatil. Ao qual se junta as extremamas limitaçoes interpretativas de um terrivel Tobey Maguire, felizmente temos Blachet para salvar as interpretações de um filme que demonstra mais uma vez a excelente qualidade e forma da actriz.

Enfim mais do mesmo ou seja um fiasco critico e de bilheteira de Sodenberg take 4...


O melhor - A forma como o filme e filmada uma recriação do cinema dos anos 50.


O pior - A Presunçao dos intrevenientes do filme, tanto paleio por um filme tao modesto.


Avaliação -C

Thursday, February 01, 2007




Dreamgirls








Desde que Chicago venceu os Oscares todos os anos se depositam grandes expectativas nas produções musicais que saem, aconteceu com Fantasma da Opera e também o ano passado com Memorias de uma Gueisha. Este ano novo episodio, mesmo antes de ter saido este Dreamgirls ja era apontado como grande favorito a todos os galardões. E apesar de ter obtido melhores resultados e mais apreciado do que os antecessores, eis que rapidamente o favoritismo se dilui, consolando o facto de ter sido o melhor filme comedia e musical nos globos de OUro, e o filme com mais nomeações para os Oscares, mesmo que sem nenhuma nomeação nas categorias principais, com a excepção de actores secundarios que provavelmente ira vencer.


POdemos dizer que o filme ficou a meio caminho do sucesso pleno. por um lado porque foi bem recebido criticamente, e por outro lado a bilheteira tb respondeu positivamente al filme.


A ligações directas a chicago, e isso e inquestionavel, altera apenas o genero musical, tendo o cabaret sido substituido pelo R&B. Depois a disuputa pelo sucesso, jogos mais ilicitos das produtoras, relações humanas e estrelas que se vao degradando, num conjunto interessantissimo, sempre regado com o mais puro R&B..


O filme comprova o que promete, gostando-se ou nao do genero e certo que o filme esta extremamente bem conseguido, a historia em prol de uma musica extremamente bem contextualizada, apenas extremamente excedente num filme extremamente longo.


O filme parece-me muito dependente da sua construção produtiva, de excelencia e certo, tipicas nos musicais, mas pode perder na densidade que assume.


O argumento de Condon, nota-se extremamente vincada a ligação a Chicago, notando-se o facto do autor ser o mesmo, os mecanismos de ligação narrativa sao similares, as personagens tb elas extremamente ambiguas, e mesmo a conclusão sao extremamente parecidas. Tendo o argumento do filme os mesmo valores, aspectos positivos e defeitos de que chicago.


Ja no que diz respeito a realização parece-nos que Condon foi mais longe de que Marshall arriscando num nivel produtivo extremamente forte, com construções tecnicas de um nivel maximo, dai que nao surpreenda o excessivo numero de nomeações a que o filme concorre na proxima edição dos Oscares.


No que diz respeito a cast, este é claramente dominado pela estreante Hudson, que toma conta de todas as cenas em que entra com um nivel de interpretação impressionante, que torna quase indiscutivel a mais que provavel vitoria na categoria de melhor actriz secundaria no Oscares. Ja murphy apesar de também ele estar a um nivel de grande qualidade tera esta provavel vitoria mais discutivel sem desmerecer a qualidade da sua interpretação. Parece-nos que o filme falha nos papeis principais, Beyonce, dá a sua boa voz, mas falha a niveis interpretativos, Foxx mais uma vez demonstra o baixo de forma em que se encontra edificuldades em contruir a carreira pos Oscar.


O filme furacão deste final de ano, que apesar de ter provocado ruido pouco ou nada alterou num genero em moda nesta decada




O melhor: Jennifer Hudson impressionante




O pior - Os musicais caem sempre em alguma monotonia e Dreamgirls nao foge a isto.




Avaliação - B