Friday, June 30, 2023

Beau is Afraid


 Um dos acontecimentos cinematograficos do inicio do ano foi o lançamento desta peculiar colaboração de Joaquin Phoenix um dos atores mais intensos da atualidade, com Ari Aster um dos mais creativos e diferenciados realizadores do momento. O resultado critico foi positivo embora inicialmente se esperasse mais impacto de uma obra com personalidades tao singulares. Comercialmente as três horas de duração afastaram um pouco o grande publico, e os resultados foram mediocres.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme estranho, um filme longo que nem sempre é obvio. Eu sinceramente nunca fui adepto de um cinema em que o trabalho de interpretação maior fica a cargo do espetador, sendo que o sentido deixa de existir, num estilo próximo e metafórico do que Cronemberg e Lynch fazem, sendo as referências claras do estilo de filme, e mais que isso na forma não linear do que vemos.

Claro que o filme tem uma interpretação brutal de Phoenix que tem o espaço e a liberdade que ele tanto gosta para criar, o filme tem um valor moral associado a vinculação, mas o trajeto e longo, maioritariamente sem sentido, mesmo que alguns segmentos sejam trabalhados com arte de bem filmar, e com abordagens diferenciadas, fica a ideia que o filme tem bons segmentos, mas a cola que une, não é propriamente a melhor.

Por tudo isto Beau is Afraid é um filme estranho, que começa com um bom segmento de caos, mas que quando se desenvolve percebe que tudo vai ser metaforico e que não vamos ter respostas para o que queremos explicar, porque so vamos perceber que se trata de uma fabula de uma relação mãe filho que levou a um disturbio de ansiedade do personagem central.

O filme fala de um individuo com ansiedade e medo associado a relação intensa de vinculação que teve com a progenitora que embarca numa ode estranha de forma a tentar chegar ao funeral da mãe, falecida num peculiar acidente.

O argumento do filme ao ser metafórico torna-se na maior parte do tempo completamente incompreensivel, mesmo com os momentos insolitos e artisticos que tem. Com tres horas de duração, um argumento tão disperso não faz o filme funcionar.

Aster e um dos novos meninos bonitos do cinema atual, pelo seu risco, e acima de tudo a formula que segue, apenas ao alcance dos mais corajosos. Concetualmente e visualmente detalhado, temos bons momentos de realizaçao, que o tornam numa figura a seguir, mesmo que em termos de estilo, possa sempre nunca ser alguem unanime.

No cast Joaquin Phoenix esta na sua praia, num autentico monologo de interpretaçao ao longo de três horas, que denota todos os seus atributos. Este tipo de papeis abertos no entanto parece simples para alguem com estes recursos, os quais sao explanados e denotam bem o grau de diferenciado que ele é, numa atuaçao completamente a solo.


O melhor - O primeiro segmento caótico do apartamento.

O pior - Três horas para poucas respostas


Avaliação - C

Tuesday, June 27, 2023

Kandahar

Gerard Butler está apostado em tornar-se num Liam Neeson mais moderno, na quantidade de filmes de ação, do tipo "eu contra o mundo" associado a realizadores repetidos, que lhe vai dando trabalho embora sempre em filmes algo repetitivos que não o fazem crescer. Neste verão surgiu este filme em contexto de guerra, que acabou por passar pela critica com uma total mediania, e comercialmente a figura de Butler não é propriamente muito rentável com resultados sofríveis.

 Kandahar e o típico filme de contexto de guerra, que tenta ser detalhado na forma como transmite o perigo das ações, numa tentativa de fazer um road trip em pleno Irão, e com uma guerrilha atrás. O problema do filme desde logo são as personagens,  demasiado básicas sem grande trabalho de caracterização que não conseguem por si alimentar as duas horas de duração para alem dos cliches do regresso a casa.

Mas tudo isto poderia ser contornado se a ação ou as sequencias de sobrevivencia fossem fantasticas, ou a intriga trabalhado o que também acaba por não ser, sendo o filme uma total experiencia monocórdica, quase sempre repetitiva e extensa, que nada trás de novo quando comparado com diversos filmes do mesmo genero, que são mais duros, mais realistas e mais espetaculares.

Por tudo isto Kandahar e um filme cinzento, pouco espetacular, que sobrevive por cliches de filmes de segunda linha, que se extende em demasia. Fica a sensação que tem narrativamente pouco interesse para alem do contexto de perigo que transmite, mas por outro lado o filme acaba por ser monocordico e aborrecido no trajeto ate ao seu fim.

O filme fala de um agente do CIA, que depois de mais uma missão, ve a sua identidade descoberta e na companhia de um tradutor embarcar numa viagem ate a Kandahar de forma a sobreviverem e regressarem a casa, mesmo estando ambos com a cabeça totalmente a premio.

No que diz respeito ao argumento muito pouco de diferente para alem das historias de sobrevivencia nas guerras islamicas. O filme é algo realista nos contextos espaciais muito menos no restante. Demasiado encorpado e pouco trabalhado narrativamente e principalmente nas personagens.

Na realizaçao Waugh é um habitual realizador de filmes de Butler, que encaixam no estilo de filmes de uma segunda linha produtiva de açao, sem grandes artefactos embora com alguns meios, mas que arrisca pouco. Aqui temos alguns bons elementos da contextualizaçao espacial, mas nada mais.

No cast Butler é isto, fisicamente capaz, com poucos atributos do ponto de vista dramaticos, que limita a construçao de personagens em filmes centrados na sua pessoa, como é o caso. O filme não descontrai para dar o lado mais humoristico do ator, e nos secundarios nada de registo porque as personagens nao existem


O melhor - Alguns apontamentos da contextualização espacial


O pior - Monótono e aborrecido


Avaliação - C-



Sunday, June 25, 2023

Chevalier

 Uma das apostas da Searchlight inicialmente para os oscares de 2022, mas depois com o pouco entusiasmo critico o filme passou para o verão, sem grande mediatismo, apesar de ter tido algumas luzes, agora retornadas no lançamento na Disney +. O resultado critico deste biopic foi razoavel, sem ser entuaismante mas comercialmente a falta de uma figura de primeira linha não permitiu grandes voos ao filme.

Chevalier e mais que tudo um filme curioso, um filme sobre raça, sobre a forma como a capacidade é escondida por detras da cor de uma pele, numa sociedade que se pensava em desenvolvimento. O filme tem diversos vetores que trata nesta historia sem aprofundar nenhum deles. Desde logo a construçao da personalidade forte, onde o filme faz demasiados atalhos. O lado artistico e relacional, onde as barreiras sociais impostas são o vetor mais bem trabalhado do filme e o lado politico onde o filme não quer ser enfadonho e apenas o utiliza para o seu final.

O filme tem um ritmo ligeiro para o biopic, mais preocupado em ser ritmado e com entertenimento trabalhado do que propriamente em ser detalhado na abordagem, o que parece ser uma escolha de risco, ja que comercialmente o filme não teria a força que se calhar com outro trabalho poderia ter do ponto de vista critico, ja que a historia de vida e interessante, principalmente enquadrada no seu tempo.

Por tudo isto Chevalier e um filme competente que se ve bem, uma historia empatica sem nunca ser um filme de primeira linha, que acaba por ser mediano na sua maior parte do tempo. Nao e propriamente um filme de grandes personagens ou objeto artistico de realizaçao, tendo como sua funçao maior contar a historia que acaba por contar.

A historia segue Joseph Bologne um bastardo que acaba se tornar num talentoso lutador e musico de primeira linha numa sociedade em revoluçao em França, onde percebe que a sua cor e um obstaculo ao avanço da sua carreira.

Em termos de argumento a historia por si e interessante a nivel social e politico e o seu papel decisivo, numa altura muito precoce da luta dos direitos humanos. Fica a ideia que o filme nao desenvolve tanto todos os pontos do filme e que tudo e algo superficial na abordagem, da ritmo mas retira conteudo.

Na realizaçao do projeto Stephen Williams e um conhecido realizador de televisao que tem aqui o seu maior projeto em termos de cinema. A abordagem e competente embora algo simples e com pouco risco. O filme tem alguns apontamentos bonitos de estetica de tempo mas pouco mais.

No cast Harrison Jr e talentoso e versátil e tem aqui uma interpretaçao interessante principalmente tendo em conta que e ele que toca todas as sequencias do filme. Ao seu lado um conjunto de jovens atrizes em ascensão em Hollywood com abordagens simplistas, num filme onde as proprias personagens nao vão ao fundo como poderiam ir


O melhor - O filme torna-se ritmado em termos de entertenimento


O pior - Algo simplista demais em alguns assuntos


Avaliação - C+



Thursday, June 22, 2023

About My Father

 Robert De Niro tem dedicado os ultimos vinte anos da sua carreira em comedias familiares normalmente com figuras de rezingão que as vai intercalando com filmes mais serios embora com personagens menores. Esta é mais uma das comedias simplistas do ator, desta vez em colaboração com o comediante Sebastian Maniscalo, numa especie de biopic. Esta comedia acabou por falhar na critica algo que tem sido habitual ultimamente com De Niro na comedia, e do ponto de vista comercial as coisas também não correram bem principalmente por conceito estar gasto.

Este e mais um filme de De Niro rezingão, num conhecimento de familia, uma especie de Meet the Parents com emigrantes italianos e num confronto social, o filme tem os cliches tipicos, os avanços e recuos, sendo que o humor fica sempre mais a cargo do protagonista do que de Niro que se limita a fazer as caras de mal disposto numa repetiçao de ideias que demonstra bem que alguns estudios de hollywood estao sem ideias.

Assim como The Machine previamente avaliado, o mal dos comediantes norte americanos, ou que fazem carreira naquele pais e a tentativa de se afirmarem de contar a sua historia com a chancela de um grande estudio, mas no final fica a ideia que ser engraçado em Stand Up nao e propriamente igual a fazer noventa minutos de filme resultar, e aqui quase nunca consegue.

Outro dos problemas do filme e que a nivel de comedia romantica as coisas também não correm bem, com ligeireza, com quimica nula entre as personagens que da num filme familiar de ocupar tempo, muito proximo de outros que ja vimos mas inferior a todos que vimos a tocar nos mesmos temas e com o mesmo registo.

O filme fala de um descendente de italianos que vai conhecer os pais da sua namorada, os quais são de classe alta, e decide levar nas ferias um rigido pai, associado ao trabalho e sovina que acaba por conduzir a choque social e de formas de vida que faz perigar as ambiçoes do relacionamento.

Sobre o argumento podemos dizer que é um dos argumentos de Meet the Parents adaptado ao contexto emigrante italiano e pouco mais. O filme tem alguns apontamentos comicos das divergencias sociais que quase nunca funcionam, como a maioria do filme em termos de apontamentos de humor.

Na realizaçao do projeto ficou Laura Terruso uma jovem realizadora quase desconhecida que tem um trabalho simplificado com pouco ou nenhum risco, com a comedia fisica quando é necessaria mas sem qualquer apontamento e assinatura que nao a retira do anonimato.

No cast de Niro é igual a tudo o que tem sido nas inumeras comedias que se tem dedicado e que acaba por no final ser a parte menos interessante da sua carreira. O protagonista Maniscalo pode funcionar como comediante como ator não funciona, não tem carisma para assumir o lado comico nem romantico do filme, quase sempre cumprido pela sua co protagonista Leslie Bibb muito mais confortavel na funçao.


O melhor - E um filme de processos simples.

O pior - Não consegue ser minimamente engraçado e ja vimos tudo isto


Avaliação - C-



The Machine

 BErt Kreischer e uma especie de comediante de stand up com algum sucesso nos EUA que surpreendeu numa especie de biopic, ou construçao ficcional do que pensa ser a sua historia. O filme acabou por ter alguma divulgação nos EUA pese embora criticamente tenha sido destruido pela critica. COmercialmente resultados razoaveis principalmente tendo em conta o conceito algo limitado do filme.

Sobre o filme podemos dizer que o filme procura o estilo de comedia da sua figura maior com alcool e loucura, num filme de ação na Russia. O primeiro problema do filme e que o estilo de comedia do filme não seja o mais funcional. O filme acaba por ser esforçado mas fica claramente a ideia que as piadas não funcionam como a produçao pensava que ia funcionar.

Depois temos o lado de ação entre mafia russia, o filme naturalmente cai no exagero, de forma a potenciar algum humor fisico que também ele nao funciona, ficando a clara ideia que o filme desespera e torna-se mais absurdo do que engraçado, não saindo tambem qualquer valorizaçao moral que daria ao filme um outro impacto.

Ou seja uma comedia de nivel B, que tenta potenciar o valor do seu comediante mas fica a ideia que no filme quase nada funciona para nenhum desses objetivos, saindo uma historia exagerada, confusa, que pouco nos da das personagens, ficando claro que seria uma comedia de serie b que acima de tudo não tem qualquer graça.

A historia fala de The Machine um comediante com a vida familiar estabilizada que é presseguido pelo passado de forma a ter de regressar à Russia, onde é idolaterado pelo passado de alcoolismo mesmo nos grupos mafiosos com o objetivo de recuperar um relogio, mas leva consigo um pai exigente para com ele.

E no argumento que começam todos os problemas do filme, a abordagem e irreverente mas o estilo de humor nem sempre acompanha, sendo algo difuso no estilo. O desenvolvimento da historia e quase sempre absurdo e sem graça e isso contamina o teor do filme.

Na realizaçao do filme Atencio esta associado a comedia de segunda linha, com pouco risco e aqui acaba por ser mais do mesmo, num estilo serie B de comedia grafica, mas que não tem propriamente muito brilho fora de um conceito estranho, que faz com que a carreira do realizador continue a lume brando.

No cast Kreicher faz dele proprio com os defeitos que tem, nem sempre e uma figura que mesmo no stand up comedy tem algumas dificuldades e nota-se a preocupaçao do filme procurar o seu estilo sem mais. Ao seu lado apenas a curiosidade de Hammil num papel quase sempre patetico para ser engraçado, mas que o é pouco.


O melhor - O risco de alguem se dedicar a um filme sobre ele.

O pior - A comedia nunca funcionar


Avaliação - D+



Fast X

 Fast and Furious tornou-se num dos icon de uma cultura de cinema de desgaste rapido, com muita ação, personagens, carros e efeitos mas pouca narrativa, que começou a ser conhecido pela saga que as pessoas que não gostam muito de cinema gostam. Pois bem neste 10 episodio, surge todos os ingredientes que fizeram sucesso mais alguns atores que encaixam no conceito. Em termos criticos a mediania tem sido o mais comum com algumas exceções positivas, comercialmente o resultado é sempre consistente e parece estar para ficar.

SObre o filme eu confesso que não gosto do conceito, acho-o redutor e a maioria dos filmes é um exagero de sequencias onde pouco sobre para alem disso. A unica exceção foi um quinto filme mais desenvolvido, que foi uma mudança de paradigma e por surpresa o filme vai buscar a linhagem narrativa deste filme para fazer surgir o novo vilão. E aqui surge o elemento mais positivo do filme, Momoa e o melhor vilão de todo o conceito e isso faz com que o filme se descontraia e mais que isso faz com que tenhamos um elemento dificil, na construçao do seu vilão.

Mas os lados positivos ficam por aqui, ja que em termos de argumento o filme não existe, ou seja, leva as personagens para diversos espaços, para o exagero total, que se torna ridiculo a todos os niveis, tendo como problema ainda maior e que nem sempre e bem filmado com excesso de CGI mal trabalhado que torna algo incompreensivel para um franchising tao valioso como este, mas a necessidade do exagero faz erros deste.

Assim resulta um filme genericamente mediocre, com error produtivos que não são compreensiveis a este nivel, onde o unico ponto que tem alguma qualidade foi a introdução de um vilão que funciona pelo exagero, e que leva para si toda a atenção, ja que tudo o resto e limitado e já não existe paciencia para as mudanças de lado dos anteriores viloes.

O argumento do filme, assim como a maioria dos filmes do franchising e limitada ao maximo e sem qualquer tipo de trabalho. NEste filme temos ainda o problema do filme acabar a meio de forma a introduzir o que vem a seguir dificultando a analise, de um filme ate então apenas com cliches, onde funciona apenas um viláo diferente.

Na realizaçao a batuta foi entregue ao tarefeiro Louis Leterrier que não e propriamente um realizador de primeira linha embora ja tenha estado em diversas grandes produções. COm pouco risco em termos concetuais, bastava cumprir a execução dos efeitos mas aqui falha e talvez isso explique nunca ter passado da fase de tarefa.

No cast temos os atores e os seus defeitos na maioria dos papeis principais, num filme completamente simples para qualquer ator. Todo o destaque vai para Momoa e o seu vilão, que acaba por ser a lufada de ar fresco do filme, ja que tudo o resto e sofrivel.

O melhor - O novo vilão.

O pior - O exagero absurdo digitalmente mal filmado


Avaliação - C-



Wednesday, June 21, 2023

The Book Club: The Next Chapter

 Cinco anos depois deste grupo de quatro atrizes veteranas terem surpreendido comercialmente o mundo do cinema com a sua historia de amizade, procura de amor e ligaçao pelos livros, eis que surge a sua sequela numa especie de road trip pronta a fazer funcionar o registo do primeiro filme. Em termos criticos a mediania total do primeiro filme repetiu-se, sendo que comercialmente os resultados foram mais discretos e mais proximos do que se poderia esperar de um filme como este, onde foi o primeiro filme que mais surpreendeu.

Assim temos a tipica comedia road trip feminina pela europa, com conversas, com personalidade com espaços bonitos, mas com um genero antiquado a todos os niveis, que vai desde um humor desatualizado e mesmo ao final mais que esperado onde tudo corre bem. Compreendo que com o aumento da idade de vida o cinema tenha de se centrar num publico mais idoso com boas mensagens mas isto e mais do mesmo com simplicidade levada ao limite na historia e nos cliches.

Outro dos problemas ou da falta de ambiçao do filme e levar todas as suas personagens para a zona de conforto dos seus interpretes, ou seja, temos todas elas nas personagens repetidas dos ultimos tempos numa road trip a italia, que acaba por ter poucos elementos diferenciadores. Outro dos pontos que me parece funcionar mal neste filme e a ligaçao ao titulo, os livros desapareceram e temos apenas a amizade e a procura de felicidade na terceira idade.

Ou seja um filme simples para preencher tempo, com algum tradicionalismo na abordagem e nos atores, que consegue reunir uma serie de atores em final de carreira para um franchising, mas cujo resultado modesto deste filme fara perigar a toda a linha. O filme e pouco ambicioso mesmo que tente jogar com amor, amizade e livros.

A historia segue as mesmas personagens do primeiro filme, num reencontro pos pandemia, e depois de muitas sessoes online, que decidem fazer uma despedida de solteiro a uma delas por italia, onde vao conseguir colocar a conversa em dia e ter aventuras numa fase em que tal ja nao era esperado.

No argumento simplicidade total, nos cliches, no desenvolvimento narrativo, mesmo no humor tudo e previsivel do primeiro ao ultimo minuto, num estilo de filme que normalmente e direcionado para video imediatamente.

Na realizaçao do projeto Bill Holderman repete o seu projeto inicial com o mesmo estilo, com a mesma simplicidade e sem qualquer risco e isso faz o filme ser um episodio de uma serie familiar de pouco impacto que explicara porque ate ao momento so temos este filme dele.

No cast, sem duvida que muitas das atrizes aqui presentes foram excelentes referencias do cinema e a idade avançada e complicada. Aqui temos o que mais temos visto de todas elas, na procura da personagem encaixar na atriz e nao o contrario. Muito pouco de revelante neste aspeto.

O melhor - Direcionado a um publico concreto um pouco esquecido.

O pior - A falta de qualquer risco 


Avaliação - C-



Monday, June 19, 2023

Love Again

 É comum alguns estúdios apostarem em histórias românticas para o verão, no sentido de se tentar criar alguma simplicidade de processos. Com a chancela de Celine Dion, e com a direção muito propria para um publico de outras partes do globo surgiu este filme. No que diz respeito a receção critica as coisas não foram brilhantes com avaliações muito negativas. Do ponto de vista comercial os resultados ficaram algo aquem principalmente pela falta de atores de primeira linha.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de uma historia simples, de humor mais que simples, que nem sempre funciona como comedia romantica em nenhum dos elementos. Desde logo pela quimica que nem sempre existe entre as personagens o que seria o parametro mais facil. Do outro lado podemos dizer que a aposta em Celine Dion acaba por não ser propriamente uma mais valia, já que nada acrescenta para alem do lado mais "romantico" das suas letrar.

O filme tenta ser integrador ao apostar numa ligação entre diversas culturas com interpretes conhecidos destes espaços mas que pouco tem em termos de globalidade. O filme tenta ser romantico a espaços mas as coisas não saem bem em nenhum dos elementos, parecendo quase sempre num filme de Hallmark mais do que qualquer coisa.

Assim podemos dizer que temos uma das comedias romanticas mais cinzentas de grande estudio que temos memoria. Fica a ideia que nada funciona, mesmo sendo um remake de um filme com algum sucesso e isso deve-se essencialmente as peças nao encaixarem e o filme arriscar pouco na sua atualidade.

A historia segue uma jovem que depois de perder o namorado tragicamente fica sem querer nova paixão, contactando com o numero antigo do mesmo, até que desperta a atenção de um britanico de coração partido por quem se apaixona.

O argumento e curioso na sua base mas mal trabalhado na sua concretização e no seu estilo. O filme acaba por ser serio de mais, sem graça, pachorrento, tornando-se quase sempre monocordico. Onde o filme falha mais é na sua forma de não ter quimica nas personagens.

Na realizaçao do projeto Jim Strouse um realizador de comedias de segunda linha que se torna num tarefeiro simplista de uma grande produtora. O filme não arranja grandes elementos diferenciadores e mesmo na estetica romantica já vimos bem melhor. Não e propriamente o passo de grande estúdio que é benefico para qualquer carreira

No cast Chopra Jones ja teve mais perto do estrelato, embora lidere o filme parece perdida no registo, ao seu lado Heugan e um figura de sucesso em Outlander, mas aqui parece preso numa personagem com pouco ou nenhum conceito, e a presença de Dion como mentora e apenas comercial.


O melhor  - O encontro falhado da protagonista

O pior - A falta de entertenimento de um produto unicamente para enterter.


Avaliação - D



Nefarious

 Existem alguns filmes de pequenas produtoras que por obras que não conseguimos perceber muito bem conseguem alguma expansão, e mais que isso alguma distribuição alargada. Isso foi o que aconteceu com este peculiar filme sobre possessão ou sobre saúde mental. Este filme acabou por ser mal recebido criticamente, o que não é surpresa tendo em conta os seus intervenientes, sendo que do ponto de vista comercial, obteve resultados bem melhores do que se poderia esperar.

Sobre o filme podemos dizer que olhando para o cartaz poderíamos estar a espera de um filme de terror de terceira linha, que o filme acaba por não ser transformando-se num dialogo entre um alegado possuído com um psicólogo na forma como tentam jogar com as crenças um do outro. Este jogo do gato e do rato de crenças acaba por ser o melhor elemento do filme, principalmente em alguns debates sobre religião aprofundado. 

Mas as mais valias do filme terminam ai ja que rapidamente tudo se torna mal interpretado, mal filmado e mais concluído. Os desenvolvimentos da personagem central, a do psicólogo nunca são bem trabalhados ou detalhados e acima de tudo sofrem as mas interpretações de personagens cheias de tiques e que acabam por apagar alguns momentos de conversa que o filme poderia fazer funcionar.

A ideia de debate, e a forma como o filme se debruça essencialmente sobre uma mesa, com melhores interpretes a todos os níveis poderia funcionar, talvez com um final diferente quem sabe, o problema do filme é a produção ser de qualidade inferior, e mais que isso tudo ser quase sempre mal interpretado, no caso de Flanery a um nivel quase primario.

A historia fala de um condenado que na linha da morte para cumprir a sentença acaba por ter uma ultima conversa com um psiquiatra no qual o mesmo tenta fazer crer ao técnico que se encontra possuido e que a morte e uma escolha de um ser subnatural poderoso.

O argumento tem temas interessantes como a crença/saúde mental por vezes bem debatida entre os intervenientes, nem sempre bem intrepretada. E escolha final parece discutivel principalmente para o impacto que o filme tem nas massas.

Na realizaçao do projeto uma dupla pouco ou nada conhecida, que tem um trabalho simplista, sem grandes truques ou grandes manobras de camara, associado a filmes católicos sendo este um pouco mais do mesmo.

No cast Flannery e absurdamente mau, cheio de tiques, e mais que isso nem sempre com algum objetivo. Cai no overacting continuamente e tudo parece explicar a péssima carreira que foi gerindo. Tudo se torna pior quando Jordan Belfi ainda consegue ser pior


O melhor - O debate tem sentido

O pior - O filme ser recheado de amadorismo em quase toda a linha


Avaliação - C-



Thursday, June 15, 2023

His Only Son

 Todos os anos na Páscoa é comum surgir um filme sobre um dos apontamentos biblicos num registo mais ou menos comercial, mas dentro de um tradicionalismo de longa data em Hollywood e que vem dos classicos como Ben Hur e 10 Mandamentos. Este ano surgiu uma adaptação da historia de Abrão e do sacrificio do seu filho Isaac. Esta adaptaçao surgiu com tradicionalismo mas com criticas moderadas, sendo que comercialmente os resultados foram razoaveis tendo em contra principalmente ser um filme algo desatualizado no conceito.

Sobre o filme podemos dizer que fazer filmes biblicos nos dias de hoje está em total desuso, e este filme demonstra bem o porque deste facto. Desde logo porque tudo é demasiado encenado, é demasiado exigente do ponto de vista de fé para tudo funcionar o que deixa completamente de lado qualquer pessoa que esteja mais longe das crenças subjacentes ao filme, ja que em termos de narrativa ou construção o filme não tem propriamente muitos elementos diferenciadores.

A imagem que fica do filme é que se trata de um serie C para os cristãos exibirem aos menores por alturas da pascoa, mas sem qualquer outro tipo de interesse enquanto filme singular, já que a narração e quase passagens bíblicas escritas dessa forma, sem grande inovação, e num estilo de cinema completamente distante do que esperamos no dia de hoje.

Ou seja uma obra praticamente irrelevante que serve para ocupar tempo na catequese, e quem sabe homenagear alguns filmes da primeira fase do seculo passado, mas pouco mais, ja que em tudo o resto o filme e quase amador, e com ambições inexistentes.

O filme fala da jornada e os motivos da mesma de ABrão, de forma a levar ao sacrificio do seu filho apos uma comunicação com deus.

EM termos de argumento temos a passagem biblica em imagens, com o estilo mais tradicionalista, sem grande rebeldia ou arte nos dialogos ou mesmo construçao de personagens, e isso torna tudo algo vazio fora da fe religiosa.

No que diz respeito a realizaçao David Helling tem dedicado por completo a carreira a filmes liturgicos, adotando um estilo tradicionalista, sem grande conteudo artistico ou qualquer abordagem diferenciada que faz dele um tarefeiro cristao.

No cast um conjunto de atores desconhecidos que preenchem as personagens na imagem que temos deles, mas o filme nao exige nada de relevante aos seus interpretes


O melhor - Para preencher uma aula de catequese.

O pior - Artisticamente vazio


Avaliação - D



Moving On

 Depois dos irmãos Weitz terem surpreendido o mundo da comedia com o imperdivel American Pie, a carreira dos seus criadores foi-se dividindo em caminhos diferentes com alguns pontos de contacto. Paul foi o que teve a carreira menos visivel, muitas vezes com filmes de estudio de segunda linha como este Moving On, onde se liga a uma das suas atrizes preferidas Lily Tomlin. Esta pequena comedia não conseguiu grande impacto critico, e comercialmente também não foi propriamente relevante continuando o trajeto do realizador por uma zona mais sombria.

Moving On e um filme geriatrico como muitos outros tem tido o seu espaço. Com duas atrizes em idade avançada o filme de forma ligeiro, toca em pontos não tão ligeiros como a morta, como o trauma do passado, num filme sobre familia, amor e tragedia, que tem um ritmo ligeiro, que o faz tocar em temas impactantes quase sem darmos por isso e nem sempre da melhor forma.

UM dos problemas do filme e o genero, ou seja, tenta ser um filme sobre seguir em frente estando sempre preso ao passado, passa muito rapido da comedia de idosos para temas como violação e assassinio em aspetos sempre mais proximos do primeiro estilo do que do segundo, ficando a ideia que não se assume como genero algum, e apenas no fim percebemos que é um filme mais pesado do que ligeiro.

Ou seja sai um filme estranho cujo o percurso divaga por diversos pontos onde não concretiza nenhum. Mais uma vez tenta trazer Fonda para o protagonismo principal e que não consegue e o filme tenta ser ligeiro e levar-se a serio e isso nunca acontece.

A historia segue duas amigas que se juntam no funeral de uma terceira com um proposito que é matar o viuvo o qual se encontra ligado ao passado de ambas, deixando cair a treguas associadas ao casamento da agora falecida.

Em termos de argumento o filme não é propriamente objetivo em ponto nenhum, começa desde logo por começar de forma ligeira mas com o desenrolar do novelo percebemos que temos temas impactantes mas que nada e propriamente concreto e isso faz com que saia uma mistura pouco coeso de assuntos.

Weitz este numa segunda linha de hollywood e ai vai continuar com este tipo de cinema que nem em argumento nem em realizador acaba por ser magnifico ou apelativo. Este e daqueles trajetos em decrescimo que acaba por conduzir ao anonimato.

No cast fonda tenta dar os ultimos passos mas já sem a frescura de outros momentos em personagens muito simplistas. Tomlin tem mais aptidões para outros voos mas cai sempre num estilo comico que e pouco para os atributos da atriz.

O melhor - O final ter um impacto elevado.
O pior - UM caminho pouco objetivo


Avaliação - D+



Flamin'Hot

 Uma das apostas de verão da Hulu, agora distribuida na Disney +, foi esta historia sobre o nascimento dos snacks extra picantes e da forma como isso ficou associado ao aumento de mexicanos nos EUA, e a historia da sua origem, algo que tem sido algo controversa, com diferentes versões, mas aqui surge a historia contada por Richard Montanes alegado criador do sucesso. Este pequeno filme realizado por Eva ;Longoria, conseguiu criticas medianas com ligeiro tendor positivo, comercialmente será sempre um filme muito focalizado na comunicade hispano americana.

Sobre o filme, podemos dizer que colocando a controversia de lado, principalmente pelo realismo ou não da historia contada o filme é bem feito, com um ritmo ligeiro, comico, que muitas vezes denota risco de uma realizadora em inicio de carreira e uma mensagem culturalmente intertessante. Claro que existe a polemica inerente ao realismo da historia a qual teve na origem de alguma controversia interna na Pepsi Co, mas fora isso o filme tem todos os elementos para um filme familiar com bons momentos para serem digeridos.

Claro que o filme e demasiado fantasioso ate para alem da historia, sendo a estrategia de markting final o ponto mais desconcentrado de um filme que ate a determinada altura poderia ser um descontraido bio+pic sobre uma historia a ser dada a conhecer. Mesmo assim isso é so uma marcha atras de um filme descontraido, e acima de tudo muito direcionado para a populaçao que quer inspirar.

Por tudo isto Flamin'Hot e um filme simpatico, que se ve bem, que acreditando no que conta, transmite boas sensações e lições de vida, mesmo que fique a ideia que tudo e fantasiado para ser essa historia, contada na primeira pessoa, e acima de tudo para insipirar, e isso pode não ter sido bem assim.

A historia conta-nos a historia de Richard Montanez, ex-vice presidente da Pespi Co e o seu trajeto ate ao topo, depois de ser ele a criar os snacks extra picantes como forma de fazer chegar o conceito ao aumento de populaçao hispanica nos EUA:

Em termos de argumento o filme opta por uma abordagem familiar, pouco aprofundada de uma historia que quer contar e inspirar. O filme tem graça, mesmo não trabalhando em grandes piadas no dialogo, mas a historia e o alvo da historia estão bem definidos.

Longoria tras aqui um novo papel na sua carreira, depois de diversos trabalhos em series tem aqui o seu projeto maior, e funciona. Tem risco, o filme procura ser para todos, com muito impacto cultural sem colocar de lado o arrojo estetico e mesmo de abordagem. Fica a sensação neste filme que Longoria se tornara melhor realizadora do que foi atriz-

No cast um conjunto de atores mexicanos pouco conhecidos do grande publico que fazem o filme se aproximar da origem e do alvo que quer. As personagens encaixam nos atores principalmente no lado fisico e esse foi o primeiro objetivo do filme.


O melhor - A historia inspirar

O pior - Poder nao ter acontecido bem assim


Avaliação - B-



Wednesday, June 07, 2023

Ant-Man and Wasp: Quantumania

 Numa altura em que a Marvel já se encontra em intensidade máxima, com series e filmes a um ritmo alucinante, este filme marcou a aparição do vilão desta nova fase, e foi nesse âmbito que o filme foi lançado, ainda que num mês pouco pródigo no que diz respeito a nivel comercial. Mas mais que comercialmente onde o filme teve longe dos pregaminhos da Marvel foi mesmo criticamente e acima de tudo na perceção global que o filme falhou.

Este e um filme que desde logo tem uma dificuldade, ao entrar no mundo quântico, onde tudo é possível abre uma infinidade de possibilidades do ponto de vista de efeitos especiais que se percebe que o filme se perde na estética tornando a historia totalmente vazia em termos de narrativa, onde o vilão surge sem grande contexto, baseado nos seus poderes, a forma com que se vai multiplicando as personagens, mais do que propriamente no impacto das suas vontades.

Um dos pontos que parece estar a contaminar o sucesso da saga é a forma mais dificil que temos de acompanhar o que se passa, turno se tornou mais dificil com versos, metaversos, quantico, tornou-se numa via de duas opções, ou se esquece e centra-se nos movimentos simples dos personagens ou por sua vez tudo se torna algo completamente indecifrável, que quase necessita de um manual

Por tudo isto estamos claramente num momento em que os filmes vão perdendo o seu fulgor, mais que isso a sua graça e o seu entertenimento. Este e talvez o filme mais complicado e ao mesmo tempo mais simplista com poucos ingredientes novos. Fica a ideia que se tenta render um peixe pelo caminho mais longo que não é propriamente o mais funcional.

A historia segue Ant-Man e agora enviado para o mundo quantico com toda a sua familia numa realidade completamente diferente da por si conhecida, até que percebe que tudo esta planeado para um conquistador Kang colocar em marcha o seu papel de dominar o mundo, depois dali ser exilado

Em termos de argumento a palavra que melhor define a historia é demasiada confusão para o resultado final, tudo se esta a tornar mais complicado, a comunicação com o espetador torna-se cada vez mais complicada no mundo marvel e as personagens parecem em piloto automatico, seria Kang o maior ingrediente do filme, mas não funciona.

No que diz respeito à realização Peyton Reed ficara associada a esta saga depois de uma carreira de segunda linha. O filme utiliza bem os efeitos ao dispor, e é nesse plano que se torna mais competente. Contudo isso não e acompanhado por grande arte ou mesmo grande inovação.

No cast as personagens tem os seus atores habituais, que ja conhecemos naquele registo, embora nos pareça que o filme apague a maior parte deles, dando um protagonismo maior à jovem Kathryn Newton que acaba por ser o melhor elemento da saga. No vilao a escolha de Majors e intensa embora me pareça que o ator é algo repetitivo nos procimentos.


O melhor - Alguns efeitos visuais.

O pior - Um argumento claramente confuso.


Avaliação - C-



Friday, June 02, 2023

Hypnotic

 Ben Affleck e um daqueles casos em que se torna presença assídua em quase tudo o que acontece em Hollywood, seja na sua vida relacional, seja como realizador e como ator. Neste verão e numa colaboração com o sempre imprevisivel surgiu esta Hypnotic, um thriller policial futurista que foge um pouco ao habitual de todos os intervenientes e o resultado parece não ter sido o melhor. Desde logo criticamente onde a medina pode frustrar uma ideia arrojada. Comercialmente os resultados foram desastrosos e conduziram a que o filme tivesse um rapido lançamento em aluguer.

Sobre o filme eu confesso que estou longe de considerar Affleck um bom realizador, parecendo claro que o mesmo funciona muito pior quando os filmes não funcionam, quando fica sozinho no cast e normalmente os filmes sofrem com isso e este não é exceção. O filme é demasiado dependente da sua prestação que exige versatilidade que ele nunca entregue parecendo sempre descontrado com o ritmo que o filme quer ter, e aqui começam os problemas serios do filme.

Outro dos problemas do filme e o complicado guião, de avanços e recuos, no fim e mesmo que a experiencia nao seja a que nos da mais prazer para o resultado final, podemos achar algumas nuances interessantes na revelação final, mas isso sabe totalmente a pouco quando percebemos que isso termina num final descontrado, numa confusão de avanços e recuos narrativos que nos dão um filme que não organiza e torna-se mesmo atabalhuado.

Ou seja um filme que poderia ter uma permissa interessante se fosse bem trabalhado nos diversos vetores, que acaba por ser totalmente o oposto. Nao funciona em nenhum dos apontamentos isolados e mais que tudo parece sempre que pouco ou nada transforma o filme dando-lhe o imput que o poderia conduzir a uma maior sucesso.

A historia segue um policia que ficou sem saber o paradeiro da sua filha que percebe que a mesma é do conhecimento de um intrigante homem com capacidades acima da média, e que conduz a um jogo do rato e gato com muita força mental à mistura.

No argumento podemos no fim e depois do ruido exagerado e dos caminhos longos que o filme segue achar que tudo até poderia ter algum sumo com outro percurso. O filme falha nao so na sua orientaçao mas na pobreza dos dialogos e principalmente das personagens.

Rodriguez tem um estilo b que agradou alguns mas que aqui esta completamente colocado de lado, para uma tarefa de Hollywood. Os poucos truques de camara que tenta fazer não funcionam, e parece mais um primeiro filme de um editor de carreira do que uma obra de alguem que ja teve os seus bons momentos.

Affleck como ator e sofrivel e isso percebe-se com o numero de filmes que faz e que essas limitações são mais que visiveis. Temos uma Alice Braga que parece resistir a sua presença na meca de Hollywood e um conjunto de atores de segundo plano, com muitas dificuldades em se impor, e este filme dá-nos a justificação para isso.


O melhor - O final tem uma ou outra ideia que poderia funcionar.

O pior - A forma como o inicio do filme parece que tudo corre mal


Avaliação - D+