Sunday, February 28, 2016

Hail, Cesar!

Pode-se sempre estranhar quando um filme dos irmãos Cohen estreia logo no inicio de Fevereiro sem grande alarido com um dos melhores cast que vimos nos seus filmes. Mesmo o facto de ser uma comedia estranhou tal opção, ainda para mais quando as avaliaçoes foram positivas talvez curtas para ambicionar premios mas suficientes para alguma visibilidade no oscar trace. Comercialmente o filme portou-se de uma forma limitada tendo em conta o volume de estrelas no seu conjunto de actores.
Este filme é um caso curioso em que a soma das partes e bem mais que o todo, ou seja, estamos perante um filme com bons momentos, potenciados por uma excelente realização que dá homenagem a diversos tipos de cinema dentro de um filme, mas aquilo que liga o filme, ou seja o centro narrativo do filme é completamente confuso, demasiado desinteressante, o que faz com que passeassemos por quartos diferentes com diferentes numeros sem nunca termos atençao aquilo que realmente os une porque basicamente quase não existe.
E mesmo salvaguardando os bons momentos de realização, musical, contextualizaçao temporal, critica e dialogos de primeira linha, e obvio que o final falta muito ao filme no que diz respeito a sua abordagem, a sentirmos que existe um corpo comum a tudo aquilo, o que fica na ideia final de que não percebemos bem o sentido do que acabamos de ver mesmo que gostamos de algumas coisas do que vimos, deixando no espetador um sabor agridoce.
Nao e nem de perto nem de longe uma das melhroes obras dos irmãos Cohen, mesmo em comedia já o vimos ser mais objetivos e na mesma conseguir potenciar a força de um argumento detalhado e de autor, aqui temos um filme demasiado satirico e mais que isso demasiado partido entre as cenas, o que lhe tira dimensao e não o faz mais do que um conjunto de cenas bem conseguidas.
A historia segue o dia a dia de um produtor de hollywood que se ve de encontro a diversos problemas a resolver nos filmes da produtora o mais grave dos quais o desaparecimento/rapto da estrela da sua maior produçao.
Em termos de argumento o filme tem algumas das virtudes reconhecidas aos irmãos Cohen como riqueza e abrangencia dos dialogos que toca diversos assuntos, sempre com um lado critico e com algum humor, mas perde naquilo que une cada parcela do filme devido a inexistencia de um tronco narrativo comum.
Este e talvez o unico filme onde os irmãos Cohen ganham mais como realizadores do que argumento pelo menos o filme onde esse intervalo e maior com beneficio da realizaçao, muito sentido artistico do filme, que muitas vezes no coloca dentro de duas salas de cinema. Mesmo sendo um filme no todo menor na carreira a capacidade e assinatura esta la.
Num dos melhores cast dos ultimos anos acaba por ser o desconhecido Alden Ehrenreich que mais brilha, num dos primeiros grandes papeis do ano, a forma como consegue transmitir todo o ar limitado da sua personagem e deliciosa de um actor que centra em si as atenções. O unico que consegue ter algum impacto e Fiennes e quando consigo contracena.

O melhor – O excelente papel de Alden Ehrenreich

O pior – O facto de ser dificil observar o objetivo comum do filme

Avaliação - C+


Saturday, February 27, 2016

Kung Fu Panda 3

São diversas as sagas de animação que nos ultimos anos viram a luz do dia pelos estudios maiores como a Dreamworks e Disney. Da primeira e apos esgotar completamente o franchising Shrek Kung Fu Panda foi aquele que melhores resultados comerciais obteve, dai que foi surpreendente este terceiro filme aparecer quase silenciosamente no sempre cinzento mês comercial de janeiro. Novamente com uma boa recepção critica que tem sido habitual em toda a saga, motivado ou não por esta opção de calendario os resultados foram obviamente menores quando comparados com os primeiros filmes, sera um forma de baixar a expetativa antes do lançamento?
Kung Fu Panda teve dois filmes que no terreno de animaçao ganharam algum espaço, dai que seja normal que ao terceiro filme as ideias estejam algo esgotadas assim como as personagens. O filme tenta inovar trazendo à cena alguns novos personagem e um novo ambiente, mas logicamente e ao terceiro filme as coisas tornam-se mais dificeis de inovar dai que o filme é mais repetitivo em truques, no estilo de realizaçao e mesmo na comedia quase sempre ligeiramente mais infantil do que o primeiro filme.
Alias as inovaçoes do filme sao quase nenhumas o que e comum tendo em conta que grande parte dos fas do filme sao crianças mas em termos de valor isolado do filme podemos dizer que deviamos esperar mais, ou seja, uma evoluçao maior ou pelo menos um acontecimento mais marcante que pautasse o filme, embora seja facil perceber que quem gostou dos primeiros filmes tambem o vai fazer deste, e que este e claramente um filme menor e menos ambicioso quase so para ganhar mais uns euros ao franschising.
Nao sei se o objetivo e continuar o puxar de um filme que sempre foi um sucesso comercial para Janeiro parece indicar o abandono do estudio ou uma menor aposta nestas personagens, este filme demonstra que ele já deu tudo a dar, porque assim como muitos dos filmes do cinema de animação o medo de arriscar faz dos filmes obvios e desgastados e é o que temos aqui.
O filme segue a hitoria de Po, que desta vez vai ter de encontrar o segredo para se tornar um mestre dragão, quando se ve atacado por um vilao, e se tem de refugiar junto das suas origens.
O argumento e em termos de inovação quase ou nada de inovador, novamente tem uma boa mensagem de descobrirmos aquilo que realmente somos, e isso acaba por ser importante, embora nos pareça uma ambiçao demasiado adulta para um filme juvenil, de resto podemos dizer que tudo e obvio.
Em niveis de produçao observa-se um desinvestimento, não porque o filme não esteja ao nivel dos anteriores mas porque não marca uma inovação, algo que os anteriores tinham feito, mesmo assim tem um nivel elevado dentro da animaçao.
Poucos filmes de animaçao tem um cast de vozes tao rico como esta saga que neste filme ainda adquire novas figuras, todos com personagens proximos das carreiras, mas onde os de sempre pontificam e marcam posiçao.

O melhor – A mensagem

O pior – Perceber-se um desinvestimento na saga. Um filme com quase nenhum risco


Avaliação - C

Crouching Tiger, Hidden Dragon: The Sword of Destiny

Há dezasseis anos o mundo do cinema ficava surpreendido e fascinado pelo bailado criado por Ang Lee, numa produção exclusivamente oriental que acabaria por ser uma surpreendente caso de sucesso e talvez o mais conceituado filme de artes marciais dos ultimos vinte anos. Pois bem agora com a chancela da Netflix surgiu a sua sequela, repetindo apenas um dos protagonistas do primeiro filme, criticamente as coisas estiveram bem longe do sucesso do primeiro filme com avaliações medianas comercialmente e sempre muito dificil medir o sucesso de um filme netflix.
Claramente estamos perante um filme muito pior em todos os niveis do que o primeiro, mas isso penso que não seria surpreendente para ninguem, temos uma versão comercial que potencia mais a acção menos a historia, com talvez mais cuidados tecnicos mas ao mesmo tempo claramente mais vazia em termos de valores o que para um filme de artes marciais e claramente nocivo. Parece um videojogo limitado ao maximo em termos de argumento para potenciar as lutas e tornar as mesmas num espetaculo unico de bailado.
E é o que registamos algumas sequencias de luta bem treinadas sempre em contextos preparados ao promenor, mas uma inexistencia total de personagens ou mesmo algum tipo de objetivo narrativo, demonstrando na minha opiniao o erro de efetuar este filme, já que nos parece que um conceito tão funcional como o primeiro a todos os niveis não deve ser nunca retocado pois a probabilidade de o estragar e quase sempre o caminho em face da dificuldade de o inaltecer.
Ou seja uma hora e meia para apaixonados de serie B com cenarios de primeira linha, mais puro para os amantes simples de cinema de artes marciais mas incapaz de satisfazer minimamente os amantes do cinema em geral, é claramente um filme menor e ter este selo faz com que a desilusão seja um sentimento permanente.
A historia segue o destino da espada e a tentativa de um vilao ter em sua posse a espada central que o vai fazer governar o mundo samurai ai uma velha conhecida unica a outros personagens proprios unem-se para combater um exercito em clara maioria.
O argumento e totalmente vazio quando comparado com o primeiro filme, os valores tipicos nos filmes orientais estão presente mas pouco trabalhados como honra, vingança e respeito e isso faz com que o filme seja apenas contexto para as sequencias de luta.
Em termos de realização temos um inexperiente realizador conhecedor das tecnicas para o filme resultar, uma boa escolha de contextos e cenarios acabam por dar ao filme alguma grandiosidade visual sendo este capitulo aquele que mais destaque merece sublinhar.
Em termos de cast so Yeoh repete o papel, e acaba por ser o epicentro do filme, de resto penso que o filme não foi feliz nas substituições que efetuou principalmente em Donnie Yen longe do carisma que Fat tem, e o filme ressente em muito os défices do primeiro.

O melhor – A riqueza visual

O pior – A pobreza narrativa


Avaliação – C-

Sunday, February 21, 2016

Tumbledown

Nos ultimos anos tem sido comum alguns dos actores que lançaram as suas carreiras em cinema comico tentar em filmes pequenos reverterem as suas carreiras e criarem um outro tipo de estrategia mais ligada ao cinema de autor mesmo com tom comedia. E isso que tem ocorrido com Jason Sudekis, que logo no inicio deste ano surge neste filme, que conseguiu algumas criticas interessantes sem serem no entanto entusiasmantes mas que comercialmente e fruto da sua pequena dimensao quase não conseguiu ultrapassar a presença em montras muito selecionadas.
Normalmente ligar o amor e a musica e usualmente uma forma facil de uma comedia romantica garantir passar na critica, pela forma emocional com que as musicas conseguem potenciar o impacto de qualquer ligação. Pois bem estando presente perante um filme com estas caracteristicas certo e que o filme não consegue ter impacto e isso deve-se ao facto das personagens não terem quimica mesmo o filme sendo decorrido grande parte em dialogos entre elas as duas.
E quando se fala de um filme romantico entre o nascimento de um amor a quimica entre personagens e mais que isso entre intepretes e condição nescessária para que o filme resulte e neste caso não existe. E é dificil perceber as razões pela qual essa quimica não existe, a musica, o isolamento a espontaneadade na relação com familiares, os acontecimentos tragicos anteriores e principalmente o facto do filme ser quase centralizado nas duas personagens tinha tudo para fazer a faisca acontecer mas ela obviamente nunca aparece, e isso e claramente um defeito do filme.
Mesmo assim uma ideia aparentemente interessante que é a descoberta de uma relação sustentada na analise da anterior, a forma como as personagens vão do lado negativo de uma relação até a um amor, e todo esse corredor parece bem definido do filme, que perde em muito pela pouca simbiose pelo menos na forma como é passada para o espetador.
O filme fala de uma viuva que acaba por começar a relacionar-se com um fã do seu marido, e decidem juntos escrever a auto biografia do mesmo, que vai levar a descobertas interessantes que sera o contexto do crescimento de uma nova relação.
E estranho analisar o argumento deste filme ele parece seguir todos os passos necessarios para o filme funcionar e com impacto intelectual e emotivo, e o certo e que não o consegue ter, e aqui penso que a culpa podera não estar no argumento mas na realização.
Parece que o tom demasiado lento que o filme adopta mesmo na forma como os dialogos são referidos possa ter sido o maior calcanhar de aquiles na forma como a relação parece nunca ter chama mesmo que todos os ingredientes para a combustão estejam la.
No cast Hall funciona muito bem neste tipo de filme, já que consegue dar as suas personagens impacto emocional quer seja ele positivo ou negativo, parece-me uma actriz para altos voos que está paralisada em cinema de segundo nivel. Já Sudekis deve-se valorizar esta passagem para comedias mais densas mas o seu lado “goofy” ainda esta longe de ter sido totalmente descontruido e isso ainda não lhe permite ser totalmente convincente noutro tipo de papeis.

O melhor – A musica e o amor sempre bem relacionados

O pior – Ter tudo para resultar e a quimica dos protagonistas raramente existir


Avaliação - C

Saturday, February 20, 2016

Victor Frankenstein

Existe algumas historias eternas que de anos a anos tem uma nova roupagem no cinema, pois bem Frankenstein era uma desses filmes pese embora recentemente tenha saido um filme de açao na personagem criada. Este filme com um realizador ultimamente mais relacionado com um mundo da televisão prometia alguma investimento, mas rapidamente se perceber que seria um filme para ser no futuro ignorado no que diz respeito aos filmes de Frankenstein desde logo porque criticamente foi um desastre e comercialmente ainda conseguiu ser pior.
Sobre o filme podemos dizer que os primeiros dez minutos são conseguidos, na introdução das personagens e da forma como as mesmas se conhecem dá a ideia que seria uma adaptação quase Guy Ritchie ou seja um restilo rebelde britanico de contar a historia já conhecida ou pelo menos o que leva a essa história. Mas rapidamente este estilo desaparece e temos um filme muito mais pausado mais na loucura das persoangens com sequencias de pessima acção que parecem retiradas do pior dos Residen Evil.
Esta opção por um filme claramente mais proximo da acção serie B com opçoes simples acaba por ser talvez o maior erro do filme, e obvio que o tornou mais facil de concretizar mas isso muitas vezes e o que diferencia o resultado que um filme consegue ou não, aqui parece que apos uma introduçao prometedora o filme se torna num objecto sem carisma, sem originalidade que apenas joga com um ou outro efeitos especial e mesmo esses de qualidade duvidosa.
Por tudo isto um franchising completamente desaproveitado, que nem o nome da personagem conseguiu rentabilizar, um claro filme que acabara facilmente por entrar no esquecimento e para nos lembrarmos de um filme de Frankenstein quase que temos de recuar até ao filme de Branaghan que apesar de tambem não ter sido um sucesso critico conseguiu ser no minimo fiel a historia.
A historia vai um pouco antes da criação do monstro e fala da ligação de Victor com o seu auxiliar Igor, alias o filme parte do ponto de vista de uma pessoa que toda a vida foi propriedade de outros e com a ajuda do criador consegue ganhar um vida propria para alem de respirar.
Em termos de argumento o filme no final até pode ter mais sumo em termos de interpretação do que propriamente deixa antever durante a sua duração, mas este significado acaba por ser totalmente escondido por um filme reduzido nos valores naturais de um argumento.
Um veterano na realização que já teve alguns sucessos em Hollywood principalmente em comedias negras que aqui e insipirado pela sua passagem pela serie Sherlock tenta dar algumas das ideias da serie num filme, mas nunca consegue dar ao filme qualquer exercicio de estilo ou mesmo assinatura pessoal, talvez tenha de treinar mais na tv para regressar ao cinema.
No cast podemos dizer que as opçoes ate pareciam interessantes mas acabam por não funcionar Radcliff ainda demonstra dificuldades em ser realista na forma como nos da os momentos mais dramaticos sendo minha opiniao que de momento funciona bem melhor em comedia, por outro lado Macvoy funciona melhor em intensidade dramatica mas a personagem acaba por ser demasiado histerica.


O melhor – Os primeiros dez minutos.

O pior – A forma como o filme se aproxima nos restantes de filmes de serie B como Underworld ou mesmo I Frankenstein


Avaliação - C-

The Finest Hours

É conhecido as dificuldades que um filme tem para fazer imperar a sua força em Janeiro de cada ano, principalmente porque as atenções se viram para os candidatos aos oscares e porque a vontade de sair de casa nunca e muita. Dai que surpreendeu que um estudio como a Disney tenha lançado este filme em tão peculiar altura. O resultado foi que mesmo com criticas aceitaveis, sem ser de todo entusiastas o filme comercialmente derrapou principalmente tendo em conta o custo da produção.
The Finest Hours é um filme muito pouco narrativo e isso condiciona o resultado de qualquer filme e obriga qualquer pessoa que o avalie em dividir o filme em duas partes, por um lado o lado tecnico de um filme de grande estudio com boas sequencias de acção que tornam o mar o monstro que o filme quer que ele seja, com profissionalismo, com força e impacto, algo que aliado à propria historia veridica de base da ao filme uma forma emocional interessante, e estes são os manifestos valores do filme.
O problema e o resto do filme, e aqui desde logo as personagens, pouco trabalhadas, com poucas dimensões, na maior parte do tempo pensamos que estámos a falar apenas de pessoas com défices cognitivos principalmente na zona de terra, que de repente se transformam sem nos percebermos bem se é a mesma pessoa. Os dialogos as mudanças de atitude são tao repentinas que causa buracos narrativos enormes no filme e dota-o de pouco ou quase nenhuma profundidade.
Enfim resulta num filme de estudio que em termos de imagens e tecnica tem grande valor mas com muitos defeitos no argumento em todas as bases do mesmo, é tambem um filme com diversos resultados consoante o tempo uma primeira hora de filme completamente enfadonha e uma segunda hora onde as personagens basicamente apenas resistem fisicamente mais interessante já que os defices de contruçao narrativos não sao tanto postos a prova para dar lugar as imagens por si so.
O filme fala do resgate da tripulaçao de um petroleiro condenados à morte mas que quatro homens num barco pequeno e condiçoes climaticas complentamente adversas tentaram salvar.
O argumento e o grande calcanhar de aquiles do filme, principalmente porque falha num ponto basilar como contruçao de personagens, com excepção da personagem feminina central todos os restantes parecem ter sido desprovidos de qualquer tipo de personalidade o que não da espaço para complexidade narrativa e dialogos de minima qualidade ou objetividade.
Gillespie e um realizador particular, depois de um inicio de carreira interessantissimo muito mais proximo da critica com o tempo foi-se tornando um basico tarefeiro de hollywood com filmes de estudio mais virados para uma componente simplista do cinema, fica a noçao que com o tempo perdeu-se um realizador que provavelmente nunca ira cumprir o que muitos esperaram dele. Aqui temos um filme tecnicamente irreprenssivel mas com falta de arte.
No cast temos um conjunto de atores de um nivel A- de Hollywood, Pine e usualmente funcional como protagonista simples de filmes de acçao, pese embora me pareça que já o vi com mais presença e a preencher mais o ecrã, Affleck provavelmente vamos o ver em personagens mais exigentes noutro filmes este ano, Bana está em baixo de forma e o filme denota isso mesmo, mas totalmente inutil e a personagem entrega a Forster, provavelmente o melhor actor do cast que tem uma das personagens mais vazias e confusas dos ultimos tempos.

O melhor – O nivel técnico da luta contra o mar.

O pior – A forma como todas as personagens masculinas são reduzidas em termos de real personalidade


Avaliação - C

Friday, February 19, 2016

Mojave

É quase dificil de explicar como o argumentista de Departed, Whalberg e Isaac fazem um filme e o mesmo quase não e referido em termos de divulgação no cinema estreando em cinemas selecionados no mês de Janeiro. Uma das explicações pode ser o facto do filme ter sido reprovado na critica com avaliaçoes que oscilaram entre o negativo e a mediania o que deu pouco espaço para o filme resultar em termos comerciais onde simplesmente não existiu.
Sobre o filme apenas podemos dizer que é na maior parte do tempo uma consecução de ideias falhadas, o primeiro encontro entre as personagens centrais acaba por ser um bom pontape de saida mas que acaba por ser totalmente desaproveitado no seguimento do filme, que quase que as separa completamente para as reunir de novo no final, tudo o resto que se passa no filme e completamente inconsequente, aborrecido e sem ritmo para um filme com quase uma hora e meia de duração o que diz muito da sua falta de intensidade.
Um dos problemas do filme e o desiquilibrio entre personagens a de Heldlund pouco trabalhada e aquela que tinha e devia dar mais ao filme, já que e sobre ela que o filme tem mais incidencia por outro lado a de Isaac mais forte tem menos momentos as sequencias sao mais objetivas e a melhor personagem acaba por desaparecer do filme.
Por tudo isto e não sendo um filme completamente inarravel observando a mao de obra que trabalhou nele deveria ser bem melhor, principalmente naquilo que pede aos actores e o que faz desenvolver as suas personagens e no equilibrio entre as mesmas.
A historia fala de um conceituado profissional de Hollywood que apos uma tentativa de suicidio no deserto encontra um particular personagem que acaba por o seguir, colocando em risco não so a sua vida mas tudo à sua volta.
O argumento e limitadissimo primeiro por nunca conseguir imprimir intensidade à trama do filme e pelo desiquilibrio entre personagens, num filme que depende muitos dos seus dialogos estes nunca conseguem ser de primeira linha.
No que diz respeito à realização Monahan sempre foi bastante mais conhecido como argumenista do que como realizador aqui pouco ou nenhum destaque para o seu trabalho que digamos mesmo parece bem pior do que o seu previo filme. Pensamos que se devia dedicar mais à escrita e menos a realizaçao.
O cast e rico juntar no filme Whalberg e Isaac e dar o protagonismo a Heldund é no minimo discutivel, principalmente porque o filme se ressente de alguma menor qualidade do protagonista principalmente comparativamente com Isaac já que Whalberg e meramente decorativo no filme.

O melhor – Oscar Isaac e a sua personagem.

O filme – Esta no filme perder destaque ou ser minimizada no argumento.


Avaliação - D+

Thursday, February 18, 2016

Point Break

Nas comemorações de 25 anos do originar Point Break que entre outras coisas lançou Keanu Reeves para o sucesso surge uma nova roupagem do famoso filme de Katherine Bigolow. O filme naturalmente mais desenhado para bilheteira do que para critica acabou por reprovar em grande escala neste primeiro parametro com avaliaçoes muito negativas daquelas que causam dano a qualquer filme. COmercialmente a falta de estrelas de primeira linha levou a um resultado modesto principalmente sendo uma reinvençao de um filme de acção bastante conhecido.
Sobre o filme, desde logo devemos dizer que estamos perante um filme com uma base igual ao original mas com um conteudo diferente, ou seja nao se trata de um remake mas um filme baseado em alguns principios do primeiro dai que a historia seja bem diferente. Mas o problema e que o filme perde quase tudo que o outro tinha a funcionar como o fenomeno de grupo, como as duvidas da personagem central, alias o filme destroi totalmente as personagens nao lhe dando tempo para alem de sequencias interminaveis de desafios a sobrevivencia, que tem tanto de bem realizadas como de impossiveis.
Alias nisto de sobrevivencias impossiveis este filme chega a ser anedotico naquilo que os personagens fazem e saem apenas com um arranhao, de forma a deixar Missao impossivel corado, e num filme que necessita de algum realismo para transmitir a mensagem tornar-se quase ficção cientifica e um erro ainda mais grosseiro num filme que mesmo assim reduziu o interesse narrativo da historia original, que já nao era muito ao minimo possivel, o que o torna um filme de acçao com sequencias bem realizado mas extremamente pobre em conteudo.
Dai que o alarme de preocupação com a possibilidade de outros filmes mediaticos virem a ter novas roupagens, já que se seguirem a forma como este funcionou, ira certamente provocar diversas preocupações aos fas destas sagas pelo pessimo trabalho realizado.
O argumento de base e igual ao original ou seja um policia com um amor reprimido pelos desportos radicais tem de se inflitrar num gang de assaltos a bancos e amor pelos desportos radicais de forma a concluir uma enorme investigação.
Em termos de argumento o filme e do mais pobre que surgiu em termos de acção nos ultimos tempos, baseado num filme com traços muito basicos o filme acaba por fazer desaparecer os poucos pontos em que o primeiro filme tinha densidade como a relação entre os protagonistas e mesmo a ambiguidade de decisão de Utah.
Na realizaçao um Cinematografo de filmes de acção a lançar-se em filmes a titulo proprio, aqui realiza com algum empenho as sequencias de acção, detalhada, longas tecnicamente bem feitas pena e que todas elas sejam basicamente impossiveis de acontecer. Ou seja este e um aspecto sempre importante na analise de um realizador que pouco mais conseguira do que estar ao leme de alguns filmes de estudio.
No cast surge talvez um dos maiores handicaps do filme se Ramirez mesmo estando longe da ambiguidade criada por Swazye no filme original consegue em espaços satisfazer os intuitos do filme Luke BRacey é uma das piores escolhas que me recordo para protagonizar um filme desta dimensão, muito limitado em termos de capacidade interpretativa e mesmo em carisma, sendo um dos grandes problemas, entre outros, do filme.

O melhor - A forma como são filmadas as sequencias radicais


O pior - A forma como a relação central foi totalmente esvaziada

Avaliação - D

Tuesday, February 16, 2016

My All American

Os filmes de futebol americano sobre algumas das maiores façanhas deste desporto é tradição no cinema de Hollywood, contudo poucos são os filmes que conseguem chamar a si particular relevância principalmente no que diz respeito à analise quantidade qualidade. Este ano, mais um desses filmes viu a luz do dia, este pequeno filme que chumbou rotundamente na exigente critica americana com avaliaçoes negativas, e comercialmente também, demonstrando alguma falta de ligação do filme com os espetadores do género.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme tradicional na abordagem a filmes sobre futebol americano, mesmo na forma irritante com que caracteriza esteriotipadamente os personagens secundarios, parece sempre que ja vimos todos os elementos deste filme noutros filmes semelhantes onde apenas muda a cor das equipas e o estilo de realização.E é aqui nesta ultima que reside algumas das deficiencias relativas do filme, já que o filme nunca consegue dar grande intensidade ou que estes segmentos ganhem particular evidencia no filme em si.
Muito pelo contrario e sempre um filme com ritmo pousado que gosta de ser adormcido numa narrativa de telenovela, emocional mais que racional mas que mesmo neste vetor nunca consegue intensificar os conflitos no filme, e um filme maioritariamente positivasta mas irrealista principalmente na construção do seu protagonista e na sua definiçao.
Num periodo em que somos totalmente inundados com filmes sobre desporto, alguns mais complexos outros como estes mais diretos ao ponto, parece-nos sublinhar a importancia destes filmes terem qualquer sublinhado próprio o que neste caso não ocorre, parece sempre um filme pouco ambicioso que apenas espera calmamente pelo seu término sem grande alarido ou diferenciaçao
A historia fala de um jovem com poucas condiçoes fisicas para ser jogador profissional mas com muita vontade, pelo que segue a sua carreira e a forma como este com dedicação e valores morais íntegros consegue fazer vincar o seu valor.
O argumento e limitado é aqui que surgem os primeiros problemas do filme, pela forma quase basica com a narrativa nao desenvolve nao sai do lado pouco complexo, as personagens e os acontecimentos sao quase sempre extremamente esteriotipados.
Na realizaçao um adepto dos filmes sobre futebol americano que marcaram quase toda a sua carreira aqui falta mais rasgo mais vigor nas sequencias de jogo que poderiam levar um filme muito modesto para outro nivel de espetaculo. Mas aqui talvez os meios nao fossem os maiores.
No cast pouco ou nada de risco, Eckhart esta numa fase menos boa da carreira colecionando protagonismo em filmes menores, o que é pouco para um actor que ja teve outro tipo de carreira, ao seu lado o jovem Wittrock cujas parecenças demasiado obvias com Di Caprio muito potenciadas no filme pode ser um handicap para a sua carreira, num nivel muito inferior ao que apresentou em The Big Short.

O melhor - Ser um filme sem grandes riscos narrativos.

O pior - Ser claramente um filme pior em termos comparativos

Avaliação - C-

Sunday, February 14, 2016

Secret in their Eyes

Eram diversas as razões para este filme ter à sua volta muita expetativa, desde logo marcar a reunião de duas das maiores estrelas femininas de Hollywood como Nicole Kidman e Julia Robertes, marcar o regresso ao activo de um realizador e argumentista há muito tempo arredado do cinema como realizador, e por ser o remake de um filme argentino que ganhou o oscar de melhor filme. Pese embora todos estes ingredientes rapidamente se percebeu que o filme não iria conseguir passar na critica para assumir qualquer candidatura a premios, algo que em termos de remake apenas Departed conseguiu.Talvez motivado por esta má recepção tambem comercialmente o filme foi um desastre principalmente tendo em conta o cast envolvido.
Fazer um remake de um filme que ganhou um oscar parece desde logo uma má opção, mesmo que o filme tenha todos ingredientes para funcionar como um bom cast e um bom realizador. Eu não consigo fazer comparaçoes porque não vi o original pelo que apenas vou falar naquilo que vi o que pode ser algo diferente da maioria da critica. Assim parece termos aqui um filme policial simplista de investigação pura, e da forma como decisoes politicas podem divergir de contextos pessoais. Nesta forma não sendo um filme absolutamente magnifico temos um filme simples, objetivo mas que consegue cumprir os seus perceitos.
Alias uma das decisoes mais fortes do filme, que e a sua divisao em duas linhas temporais que por mim foi questionada diversas vezes ao longo da duraçao do filme, pela pequena diferenciaçoa entre elas em termos de caracterizaçao acaba por ser no final uma boa escola na forma como o filme acaba aos poucos por preencher espaços o que torna o seu suspense mais forte e o filme em termos de impacto mais vincado.
Pena e num filme que depende muito da sua conclusao esta ser demasiado previsivel e ai o filme perde alguma força que poderia ser impulsionada por um final diferente mais inesperado ou provavelmente mais complexo. Este e claramente o problema de um genero limitado e curto como a trama policial depender muito da forma como se concluiu e aqui mesmo não sendo um desastre parece-me na minha opiniao ser aquilo que inibe o filme de voos mais elevados.
O filme fala de um conjunto de policias anti terrorismo que acabam por se ver no meio de uma investigação de homicidio da filha de um dos seus elementos, o filme passa logo apos a morte, e treze anos volvidos quando todos se voltam a encontrar.
Billy Ray e claramente na sua carreira melhor argumentista do que realizador, pese embora já tenha conseguido alguns sucessos criticos atras da camara. Aqui temos um filme que não e propriamente uma mais valia em termos de argumento, podemos dizer mesmo que e uma historia segura mas com falta de elementos que lhe proporcionem outro tipo de impacto, mesmo assim temos um argumento que cumpre.
Na realizaçao temos alguns problemas fruto de alguma falta de treino nos ultimos anos de Ray como realizador, o filme exigia uma maior diferenciaçao em cada detalhe temporal que podia ser na imagem, ou na caracterizaçao que se torna muito leve e torna o filme algo confuso, e isso e um defento consideravel principalmente quando o filme não tem outroa elementos de realizaçao que tornem uma clara obra de arte.
No cast e claro o recheio que o filme tem principalmente do lado feminino, Ejiofor e consistente e tenta balançar as mulheres do filme, neste duelo de titas e fruto de ter o melhor papel do filme o maior destaque vai para Roberts numa personagem emocionalmente intensa muito na linha do que já tinha feito em August: Osage County, numa prestação que com outra força do filme poderia ter valido um maior impacto em termo de premios.

O melhor – Julia Roberts num bom nivel.

O pior – Os poucos elementos diferenciadores entre linhas temporais


Avaliação - C+

Deadpool

Chegou a hora do heroi mais incorreto da Marvel, inserido no mundo de X-Man e depois de uma participaçao quase inexistente em Wolverine, DeadPool tem o seu filme, na tentativa de outros estudios que não a Disney consigam fazer rentabilizar super herois da Marvel. Este filme claramente mais comico e num circuito mais noir convenceu a critica com avaliações positivas e parece estar a resultar junto do publico que o tornaram na analise dos primeiros resultados um dos sucessos maiores dos primeiros meses, e marca o arranque de 2016 em termos de sucessos de bilheteira
Sobre o filme se estamos a espera de um filme de super herois podemos esquecer entrar na sala de cinema, Deadpool não e nem quer nunca ser um filme de super herois, muito pelo contrario pare obvio que a ambição e ser para os filmes de super herois aquilo que Ases pelos Ares foi para o cinema de ação dos anos 80 e 90 ou seja satira pura, e que cada momento seja criado para nos dar uma gargalhada disparando em toda a direcção.
E no valor comico que o filme tem toda a sua linhagem e todo o seu funcionamento com um humor atual, auto critico e muito funcional que transforma este Deadpool numa das melhores comedias dos ultimos anos naquilo que realmente e o funcionamento basico de uma comedia, fazer rir, podemos dizer que falta profundidade ao filme, que a entrada no horizonte X-Men e feito de uma forma demasiado pouco trabalhado, mas parece que os objetivos de Deadpool e o humor e nisso o filme funciona como poucos filmes.
Dai que podemos facilmente sublinhar que entramos com o pe direito no ano de blockbusters com um filme que junta uma acção com meios interessantes com uma creatividade risco no sentido de humor que o fazer um dos filmes mais proximos dos espetadores nos ultimos tempos. Demonstrando que mesmo no lado cinzento e objetivos dos super herois existe creatividade para abordagens diferentes, e dai devemos acima de tudo sublinhar este filme.
A historia fala-nos da criaçao de DeadPoll um bad guy que para sobreviver a uma doença terminar aceita despertar os genes mutantes que o vao deixar completamente desfigurado e com um desejo interminavel de vingança por quem o deixou assim.
Em termos de argumento dois pontos completamente diferentes, na historia propriamente dita, pouco ou nada de novo, na velha historia de vingança, no resto tudo de diferente, original e creativo, no humor, nos adereços, nos promenores, nos paralelismos e claramente um dos filmes mais arrojados e conseguidos filmes de super herois, so que sob a forma de comedia.
Tim Miller e um realizador incorreto aqui mesmo tendo um filme mais para a comedia do que para açao não coloca de lado os efeitos, trabalhado-os bem, consegue elevar o filme para alto nivel de estrutura, e arrisca na forma como o filme e montado, claramente um dos grandes vitoriosos do filme.
Mas o mais vitorioso e Ryan Reynolds um actor serie B, que já por diversas vezes tentou ser super heroi o que nunca conseguiu, aqui tem claramente a sua personagem, o seu lado idiota funciona em termos de humor, e as suas deficiencias interpretativas faciais não estão a cobro pelo uso de uma mascara extremamente funcional. No lado do vilao Skerin depois de um horrivel transporter melhora bastante dando ao lado negro aquilo que o filme necessita.

O melhor – Uma das melhores comedias dos ultimos anos.

O pior – Poderá deixar alguns fas dos filmes de super herois enfurecidos.


Avaliação - B+

Wednesday, February 10, 2016

By the Sea

A figura de Angelina Jolie agora Pitt nos ultimos anos tem sido uma das que mais se alterou. Depois de diversos anos como actriz de filmes de grande estudio a estrela dedicou-se recentemente mais a causas sociais e ao desenvolvimento da sua carreira como realizadora, que chegou mesmo a colocar de lado a sua carreira enquanto actriz. Este filme o seu segundo projecto ambicioso e anunciado como o ultimo que iria interpretar, foi exibido e recebido muito negativamente em alguns festivais o que pelo segundo ano consecutivo a tirou cedo da corrida pelos premios. Em termos comerciais tambem um desastre que nem a presença do casal mais famoso de hollywoood conseguiu contornar.
Desde logo começou por referir que considerei Unbroken o anterior filme de Angelina Jolie como um dos filmes mais injustiçados dos ultimos anos pois achei-o um bom filme, bem realizado e bem protagonizado e que sofreu de excesso de ambiçao. Neste caso parece-me obviamente um filme menor, mais intimista, mais independente, mais centrado em alguns aspetos tecnicos mais artisticos e menos dimensão, mas o resultado e obviamente pior. Se no outro ainda podemos ver algumas caracterisitcas de Jolie como uma realizadora tarefeira de estudio aqui vimos alguem que quer fazer uma obra singular e tem diversas falhas de concretização, principalmente no argumento pela escassez de palavras, pela construçao quase inexistente da sua personagem e pela previsibilidade do seu argumento.
COm todos estes argumentos temos um filme com uma dinamica de casais interessante principalmente na forma como nos da um filme totalmente desalinhado por uma razão obvia, e tem um final interessante na forma como define muito das personagens que deambulam durante as duas horas á nossa frente, mas a falta de ritmo e de intensidade do filme e gritante e isso conduz para um filme aborrecido que nunca consegue captar o espetador.
A forma como Jolie esta a dedicar a carreira e um pouco como a personagem do seu filme aqui, sem sal, sem intensidade quase como se de um quadro sem vida se tratasse daqueles que pode ser muito pensado mas nada transmite ao seu espetador, e este e claramente o lado obvio deste filme, que tem um tema interessante, intenso de conflito mas que pouco disto passa ao espetador muito por culpa de um guião pouco trabalhado e de uma realizaçao paisagisticamente interessante mas que nunca consegue imprimir vida ao filme.
A historia fala de um casal que se dirige para França para o elemento masculino escrever um livro, contudo o casal em clara ruptura acaba por se dedicar a observar um recem casal que fica instalado no quarto imediatamente ao lado do seu.
O argumento tem pontos de base interessante, a crise conjugal motivada por um acontecimento trágico, o voyeurismo cada vez mais latente na sociedade, mas acaba por ser algo vazio na sua concretização, dialogos sem intensidade, apenas no final consegue uma ou outra sequencia mais significativa e acima de tudo uma conclusao que poderia ser interessante demasiado rápida.
Na realização podemos dizer que as paisagens escolhidas e a definição de local do filme é brilhante, Jolie Pitt tem momentos interessantes quase como um postal de férias. O lado negativo a forma como caracteriza e filma a sua personagem, demasiado parada, quase como se de uma boneca de porcelana se tratasse, e isso faz com que ela nunca exista.
No cast Jolie Pitt tem no filme uma serie de movimentos standartizados que em todos os ultimos filmes tem dado, e que tem destruido a sua carreira como actriz, pouca espontaneadade pouca intensidade, quase como se um boneco de cera se tratasse e numa pessoa que ja fora do ecrã e vista assim nao me parece uma boa escolha, melhor mais intenso, Pitt com um melhor papel, mesmo assim com um grau de dificuldade mediano.

O melhor - O bilhete postal

O pior - Angelina Jolie agora Pitt como actriz e boneco de cera

Avaliação - C

Tuesday, February 09, 2016

The Hateful Eight

Sempre que Tarantino anuncia um projecto o mundo do cinema paralisa a espera do resultado, de um dos maiores mitos vivos do cinema actual, um dos poucos que atrás das camaras tem uma legião de fãs que faz com que os seus filmes sejam um acontecimento bem antes do seu lançamento. Este ano mais um Western genero no qual se começa a especializar. O resultado critico ficou um pouco aquem dos seus filmes mais recentes pese embora alguns dos valores tipicos do filme do realizador tenham sido inaltecidos. Comercialmene o filme rendeu o que se espera de um filme de Tarantino nunca pensados para grandes massas.
Sobre o filme podemos dizer que temos na primeira fase um tarantino mais parado, como que a introduzir meticulosamente as personagens uma a uma, tentando potenciar a riqueza dos dialogos imagem de marca do realizador no papel de argumentista. E aqui reside os principais problemas do filme, não que os seus dialogos não tenham a qualidade habitual, porque tem, mesmo o significado mas fica a ideia que o filme perde demasiado tempo neste lado o que faz o filme adormecer principalmente porque o campo de trabalho era curto para tanto dialogo acessorio, mesmo que com a qualidade Tarantino.
Ou seja a forma como o tempo e distribuido e claramente um erro do filme, uma primeira fase muito lenta que não agarra o espetador que apenas lança um ou outro riso pela forma como determinadas personagens respondem mais propriamente do que pela curiosidade do dialogo. Assim quando Tarantino decide equilibrar com os dialogos e o seu lado mais ativo, sanguineo e violento o filme já se encontra adormecido muito porque o filme quer ser artistico e apenas o resgate para o moderadamente positivo e nunca para uma obra prima.
E parece claramente ser um dos piores filmes de Tarantino, desde logo no alcance do tema escolhido por vezes o filme parece emaranhar-se demasiado em dialogos soltos literarios mas pouco cinematograficos. Mas em detalhes tecnicos e provavelmente um dos filmes mais arrojados do realizador, a fotografia, os cenarios a composiçao do guarda roupa a banda sonora tudo de uma excelencia interessante de um filme que perde acima de tudo pelo mau balanço e gestao de tempo, fundamental para um filme com tres horas.
A historia fala de diversas pessoas que dizem ser o que talvez não sejam fechadas no meio de uma tempestade numa pensao, onde todos começam a duvidar do que os outros fazem ali naquele momento.
O argumento e Tarantino na forma como da a primazia ao dialogos de forma a contextualizar um a um as personagens, os dialogos sao ricos, nem seria de pensar outra coisa, os temas comuns como racismo, politica e curiosidade e bem presente, pena e que na estrutura o filme não tenha um tema e um alcance que o levasse para outroa patemares.
Tarantino e um realizador singular a sua forma de filmar dialogos olhos nos olhos e unica e artistica ao alcance de um dos maiores, no filme e na realizaçao falha no balanço de tempo entre o dialogo e a ação e o filme perde muito. Mesmo assim continua no terreno bastante positivo com o crescimento tecnico que vai apresentando.
No cast muitos habitues de Tarantino alguns deles que apenas conseguem algum sucesso com ele, e na generalidade um filme bem interpretado notando-se uma quimica clara entre ele, jackson, Madsen e Roth, mas o maior louvor vai para Jennifer Jason Leigh uma personage excelente e alma do filme e tudo roda a sua volta, uma personagem com selo de oscar que apenas vai ficar pela nomeaçao

O melhor – A ascenção tecnica de Tarantino

O pior – A gestao de tempo pouco eficaz torna o filme em momentos aborrecido


Avaliação - B-

Sunday, February 07, 2016

Regression

Alejandro Amenabar foi nos ultimos quinze anos um dos cineastas mais influentes do cinema espanhol, tendo inclusivamente conquistado o oscar de melhor filmes estrangeira em Mar Adentro. Mas o seu cinema sempre foi muito focado na mante humana e mesmo no cinema de terror onde conseguiu os seus maiores sucessos comerciais e criticos. Ultimamente continua a apostar em filmes que tem obtido pior resposta critica como este filme de terror. Comercialmente continua a fazer bons resultados no pais de origem e os filmes terem alguma divulgaçao nos Estados Unidos.
Regression e sem sombra de duvida o filme mais modesto e mais previsivel de Amenabar, e quando um realizador que tem na sua escrita o seu trunfo e na capacidade da mesma surpreender o espetador, um filme como este ser previsivel e um dos piores defeitos que o filme em si poderia ter, e este tem-no de uma forma muito definida, já que o seu fim e colocado como plausivel desde o inicio do filme.
Por outro lado e um filme que não consegue impressionar no terror adoptado já que as sequencias sao demasiado exageradas, teatralizadas o que lhe tira realismo e ao mesmo tempo impacto, isso que me parece ser um ponto em que o filme investiu já que mesmo nas personagens e seu desenvolvimento e um filme pouco trabalhado de forma a tentar potenciar as sequencias de terror marcado por brutalidade mas que acaba por não ter o resultado esperado.
E assim surje talvez o pior filme da carreira de Amenabar, que nem com bons actores acaba por conseguir fazer no seu terreno algo de significativo. Poucos vao diferenciar este filme de muitos outros de terror serie B que todos os anos são lançados aos quilos pela industria primaria de Hollywood e sendo Amenabar um realizador com um oscar obviamente deve-se pedir e mesmo exigir mais conteúdo aos seus flmes.
A historia fala de um investigação, relativamente a uma jovem que se queixa de ser alvo de abusos sexuais por parte do seu progenitor e mais que isso ter sido submetida a rituais de satanismo, algo que da inicio a investigação de forma a poder recolher indicios dos seus participantes, utilizando para isso a tecnica polemica de regressao.
O argumento parte de alguns principios interessantes como a polemica do metodo avaliativo em desuso que da nome ao argumento como peça central no argumento, perde porque o filme não tem impacto em termos de intensidade de terror e pior que isso o filme e extremamente previsivel, provavelmente o defeito que mais dano causa ao filme.
Amenabar e um bom realizador em contextos do oculto e do paranormal provou-o em The Others, aqui tem um trabalho mesmo neste patamas mais modesto, pouco risco, apenas escolha de bons edificios e pouco mais para fomentar o lado sombrio do filme.
No cast pouco ou nenhum risco, Hawke e um actor que funciona quase sempre com eficacia como policia num papel pouco exigente que cumpre com simplicidade. Watson deveria ter mais luz e impacto no papel, algo que pensei que fosse acontecer pois pensei que a jovem atriz nesta fase da sua carreira apresentasse mais recursos o que ate ao momento não aconteceu. Talvez mais uma grande desilusao do filme.

O melhor – Os edificios escolhidos por Amenabar.

O pior – A previsibilidade de todo o filme, que se emaranha a ele proprio


Avaliação - C-

Friday, February 05, 2016

Ride Along 2

Em Janeiro de 2014, surgiu um dos filmes comercialmente mais surpreendentes dos ultimos anos, mais uma comedia policial, que conseguiu optimos resultados muito pela dupla Cube Hart. Em  face do sucesso do primeiro filme era natural a tipica sequela, lançada no mesmo estranho mês de Janeiro com a mesma dupla. Criticamente ja o primeiro filme esteve longe de qualquer resultado consideravel, tendo este ligeiramente baixado em termos de avaliaçoes medias. Comercialmente continuou o bom impacto do filme, mesmo que mais modesto do que o primeiro parece obvio que a segurança dos resultados poderá facilmente dar origem a um terceiro episódio.
Ride Along 2, e um filme básico, com origem nas velhas comedias de duplas policiais com feitios completamente diferentes, e cujo argumento e limitado e apenas potenciado para dar origem a sequencias basicas de humor. Por esta mesma limitação é um filme bastante previsivel sem rasgo no argumento, e claramente limitado em termos de humor, já que tirando um ou outro momento em que Kevin Hart consegue fazer resultar o seu humor fisico o filme mesmo em termos humoristicos nao funciona grande parte do seu tempo, e que redonda numa comedia limitada no seu alcance.
Apenas na sequência a simular GTA o filme ganha algum valor creativo pela curiosidade mais do que propriamente pela graça da sequência, mas e nesse momento que o filme ganha alguma diferenciação, que posteriormente nunca aproveita já que quando acaba por se desenvolver para a sequência final o filme acaba por deixar muito a desejar nao so em termos de acção mas tambem em termos de comedia.
OU seja um filme simples, com muitos poucos adornos, um humor simples, fisico, algo desatualizado na minha forma de ver as coisas, um filme de acordo com os curtos objetivos que se propõem. Não ser se com este valor merece novas sequelas de um filme inofensivo de humor para fazer render dolares algo que o filme tem cumprido ate ao momento com alguma eficacia.
O filme segue a aventura dos dois cunhados e da forma diferente que estes tem de estar na policia, neste filme vão até Miami para investigar um barão da droga e outro tipo de problemas legais, contudo as confusoes vao ser bem maiores do que os resultados.
O argumentoe  extremamente limitado em todos os sentidos, nas personagens, no desenvolvimento narrativo, na comedia utilizada, e mais que isso na forma como o filme termina, tudo e repetido ja usado e nesse ponto o filme esta longe de trazer qualquer tipo de novidade.
Em termos de realização Tim Story é um realizador experiente em comedia de acção, que ja teve na sua carreira dois produtos de grande aposta como Fantastic Four e mesmo Pink Panther em ambos os casos nao conseguiu dar aos filmes qualquer registo diferenciador razão pela qual voltou as origens onde tem colecionado mais sucessos comerciais do que grandes filmes.
Em termos de interpretação Kevin Hart e um comediante nato e consegue retirar na sua forma de fazer humor fisico muitos dividendos resultando neste parametro, tenho mais duvidas no valor de Ice Cube em termos de comedia, e as diferenças nao funcionam tao bem em termos comicos como no primeiro filme.

O melhor - A sequencia GTA

O pior - A clara falta de piada de grande parte do humor utilizado

Avaliação - C-

Thursday, February 04, 2016

Truth

Um filme politico sobre a campanha eleitoral e as polémicas da segunda eleição de Bush com Blanchet e Redford nos principais papeis, tinha todos os ingredientes para ser um óbvio candidato na época de prémios. Contudo avaliações demasiado medianas acabaram por colocar o filme demasiado cedo fora da corrida, tendo ajudado a fraca prestação comercial de um filme que quis ser mais polemico do que realmente chegou a ser.
É obvio que estamos perante um filme com muitos ingredientes interessantes, desde logo o jornalismo de investigação, os temas, a força politica as jogadas de bastidores na politica, poucos foram os filmes que na sua duração tocavam em temas tao importantes como este. O unico problema do filme pelo menos o maior deles, foi o timming, desde logo nas aproximaçoes eleitorais foi claramente considerado como propaganda anti republicana, no caso concreto anti Bush, o facto do jornalismo de investigação ter tido no presente ano um filme mais unanime, e acima de tudo mais detalhado como Spotlight, e o facto de ir contra uma das maiores cadeias televisivas norte americana fez com que o filme ganhasse naturais anti corpos.
Mesmo assim o filme estando longe do que por exemplo Spotlight conseguiu é um filme que no lado do jornalismo de investigação acaba por ser bastante promenorizado na forma com que consegue potenciar o espirito de equipa em todo o trabalho, a complementariedade entre personagens. Na segunda parte e no conflito profissional o filme perde gas, perde objetividade com os avanços e retrocessos levando o filme para um nivel de mediania que prejudicou um filme aparentemente imponente.
E neste desnivelar de partes que o filme tem o seu calcanhar de aquiles, mais que isso a polemica relativamente à forma como os factos sao relatados no filme que foi considerado por alguns dos envolvidos por como muito parcial e por outra metade como extremamente factual. A polemica existiu mas o filme nao conseguiu o sublinhando que muitos esperavam que conseguisse.
A historia fala de uma equipa de produçao do programa 60 minutos que começa a investigar a forma como George W Bush passou pelas forças armadas americanas e a possivel ocorrencia de ilicitos na forma como tudo ocorreu, o que vai colocar em causa o profissionalismo e os objetivos de cada um dos envolvidos.
O argumento tem duas partes completamente distintas, uma primeira com impacto, com cenas intensas, e uma segunda obviamente mais lenta, menos emotiva, e que se torna num debate juridico mais parado.
Na realizaçao para filme de estreia podemos dizer que temos bons momentos de realizaçao com o filme a conseguir por vezes tirar a intensidade das cenas que e possivel, sem nunca colocar de lado algum risco artistico pena e que o filme nao tenha sido o sucesso esperado mas mesmo assim podemos estar atentos ao trabalho deste jovem realizador.
No cast Blanchet e sinonimo de qualidade, com um papel exigente, dificil com diversos momentos ao longo do filme que a actriz interpreta com a segurança e intensidade reconhecida, importante e carismatica a presença de Redford num papel tambem ele mais carismatico do que dificil, bom registo para Topher Grace há diversos anos afastados de bons papeis, mas que aqui tem um papel bastante aceitavel.

O melhor - A primeira parte do filme.

O pior - A forma como a segunda perde intensidade quando deveria acelerar para maior impacto

Avaliação - C+

Monday, February 01, 2016

Love the Coopers

Todos sabemos que na epoca natalicia, existem diversos filmes cujo o unico objetivo e fazer render o espirito natalicio de terceiros em valores economicos. Este e claramente o objetivo unico deste filme sobre o natal e os sentimentos que tal quadra da à maioria das pessoas, com todos os adereços tipicos desta epoca, como cor, neve, musica e solideriedade. O resultado critico do filme foi desastroco com avaliaçoes muito negativas. Talvez baseado neste mesmo facto tambem em termos comerciais o filme ficou longe de outros titulos da mesma area.
Sobre o filme é dificil avaliar um filme que se apresenta como uma comedia natalicia e que nunca mas mesmo nunca tem graça, talvez com excepção da flautulencia de Fishy tudo e demasiado sem graça, demasiado solto, sem intensidade mesmo no conflito. A forma como o filme e pensado em diversas narrativas que se cruzam, perde pelo equilibrio, apenas a relação amorosa central, consegue tem algum impacto, na intimidade e quimica entre personagens, ja que os restantes casos, trata-se de um cinema vazio sem conteudo e que por diversas vezes chega mesmo a ser estranho.
E quando um filme familiar não tem graça, intensidade emocional, e mais que isso falta-lhe objetivos claros, em determinados pontos chegamos mesmo a questionar o proposito nao so de algumas personagens mas acima de tudo de algumas opçoes narrativas, como o casal cooper, como a forma como a personagem de Ed Helmes olha para a de Seyfried, tudo e demasiado misterioso e algumas vezes sem sentido para um filme que deveria ser simples, ternurento com graça capaz de sublinhar o espirito natalicio do espetador.
POuco ou nada salva-se da forma quase indiferente que o filme nos deixa, sobre a relação criada entre a diferença entre dois jovens com formas diferentes de ver a vida, a forma como em determinados momentos a conversa entre detida e policia consegue ultrapassar as posiçoes de cada um e pouco mais, porque em tudo o resto o filme acaba por ser um deserto ideológico bastante significativo.
A historia fala de diferentes elementos do mesmo agregado familiar e a forma como tem de resolver alguns conflitos pendentes na vida de cada um durante a vespera de natal antes de todos se encontrarem.
O argumento e ambicioso pelo número de personagens, e pela forma como no final quer interligar as mesmas mas obviamente no global o filme nao funciona pela indefiniçao do genero, e demasiado preso de procedimentos, e claramente existe historias a um nivel bem diferente de intensidade das outras.
Jessie Nelson e um realizadora que pese embora nao tenha muitos filmes os que tinha feito sempre tiveram intensidade emocional, mesmo que com alguns defeitos aqui percebe-se que consegue rechear o filme com artefactos natalicios mas pouco mais sobra para valorizar num trabalho de uma realizadora que há muitos anos estava fora deste lugar.
No cast muito pouco posto a prova, pese embora seja um cast recheado de figuras conhecidas a sua presença funciona como elemento comercial por si so, o filme não exige nem pede grandes interpretações para personagens muito simples.

O melhor - ALgum espirito natalicio nos decors.

O pior - O filme ser uma comedia e nunca ser engraçado

Avaliação - D+