Tuesday, April 28, 2020

Bad Education

E eis que mesmo num formato diferente com a definição de telefilme a HBO entra com uma cartada forte no mundo da sétima arte com este filme que ganhou particular sublinhado em face do tempo que vivemos onde os conteúdos distribuídos em streaming adquiriram um impacto que anteriormente era praticamente inexistente. Este filme sobre uma historia real e com um elenco de luxo conseguiu boas criticas especializadas e tornar-se-á de certeza um dos sucessos da Hbo por todo o lado.
SObre o filme, eu confesso que no que diz respeito ao desvio de fundos de empresas estatais este foi um tema que nunca teve grande impacto ou filmes particularmente relevantes no cinema, dai que me pareça muito interessante e atual a escolha do tema e mais que isso a forma simples e suave com que o filme consegue entrar na jogada tornando-o interessante, e ao mesmo tempo claro naquilo que quer transmitir o que e sempre uma mais valia principalmente quando se fala de uma historia real.
Claro que não se trata de um filme com uma abordagem particularmente original, alias penso que o filme e pensado como telefilme mas isso não inibe da exploração de alguns esteriotipos nos secundários e na forma de gastar o dinheiro, e mais que isso naquilo que são a dimensão de alguns diálogos, contudo o filme tem sempre o seu norte os objetivos bem patentes e cumpre-os com alguma facilidade.
Por tudo isto e nunca sendo uma obra de total exceção este filme deve ser visto, pois consegue unir uma boa historia que espelha muito do que se faz no mundo inteiro e que tanto contestamos com personagens dimensionais que permite que tudo tenha ainda mais impacto, num filme que consegue chamar a si bons interpretes.
A historia fala do corpo diretivo de um agrupamento de escolas obstinado por ser a primeira classificada de um ranking contudo tudo muda quando um artigo do jornal escolar começa a perceber desvio de fundos estatais para os gostos pessoas do pessoal dirigente.
O argumento e interessante quer pelo tema e a sua pertinência mas acima de tudo porque o consegue aplicar numa historia simples contada de uma forma leve e que causa o impacto desejado por culpa de boas personagens e bons diálogos que ajudam no resultado final.
Na realização COry FInley tem aqui o seu segundo filme depois de um filme algo escuro mas que obteve sucesso critico. Demonstra os pes acentes na terra e neste caso da a prevalência aos seus interpretes e isso e uma escolha acertada. Muitas das vezes este e o principio para tudo fincionar.
NO cast o filme tem na personagem de Jackman o seu epicentro e o ator esta ao seu melhor nível numa das suas melhores interpretações ate ao momento, que mereceu destaque critico. Jenny e ROmano são os secundários de luxo para uma prestação de primeiro nível.

O melhor - A pertinência de um tema tão recorrente

O pior - A abordagem do filme poderia ser mais artistica

Avaliação - B

Extraction

A netflix numa altura em que está no centro do mundo como o maior distribuidor de conteúdos pela internet lançou o seu as de trunfo na temporada de pandemia com este filme de ação produzido e escrito pelos irmãos Russo, e com um dos interpretes em melhor forma em termos comerciais como Chris Hemsworth. O resultado critico do filme foi demasiado mediano contudo comercialmente este filme tem tudo para se tornar o grande sucesso em termos de longas metragens da produtora.
Sobre o filme temos a abordagem típica de um filme de ação musculado que tem muito dos seus condimentos na escolha do pais onde o mesmo se desenvolve. A escolha pelo Bangladesh da ao filme o lado cru que alimenta um violência extrema e um sentimento de insegurança que acaba por alimentar o lado mais espetacular de um filme, que contudo em termos narrativos e extremamente vazio, num típico filme de ação para efeitos e formas de realizar.
Contudo numa altura em que mesmo este tipo de filmes conseguem por vezes captar alguma intriga ou mais que isso algum suspense nas personagens aqui não temos nada disso ou seja temos mesmo duas horas de ação completa com muitas mortes e muitos tiros mas basciamente ficamos com a ideia que uma hora depois o filme permanece rigorosamente no mesmo local onde o deixamos onde apenas o protagonista esta mais ensanguentado.
Com o crescimento de heróis e o sucesso de filmes de body count seria normal surgirem os seus sucessores em ambientes diferentes. Fica a ideia que Hemsworth resulta neste estilo mas que o filme tirando a escolha do seu contexto situacional e alguma frieza e basicamente um vazio de ideias que não retiram a espetacularidade a algumas cenas.
A historia fala de um filho de um criminoso que e raptado por um grupo rival, sendo que um mercenário e contratado para o tentar resgatar entrando assim numa luta sangrenta entre rivais em pleno Bangladesh.
Em termos de argumento o filme e demasiado vazio nas componentes essenciais de um argumento, personagens, diálogos e desenvolvimento narrativo, ficando a ideia que o filme quer mostrar as habilidades de juntar tiros, pobreza e densidade profissional.
No que diz respeito a realização os irmaos RUsso entregaram a batuta a Sam Haregrave uma estreia em longas metragens de um colaborador antigo dos realizadores que tem aquilo que o filme pede, espetacularidade e muita ação ainda que de uma forma pouco trabalhada do ponto de vista de assinatura criativa. Podera estar aqui um futuro tarefeiro.
No cast Hemsworth encaixa no estilo de rambo pos moderno e isso funciona no filme na capacidade física do ator corresponder as necessidades do filme. Por outro lado do ponto de vista de secundários alguns atores da zona de filmagem mas pouco em termos de dimensão das suas personagens

O melhor - Os últimos dez minutos de açao

O pior - O vazio do argumento

Avaliação - C

Saturday, April 25, 2020

The Willoughbys

Este peculiar filme de animação da Netflix marca o arranque da produtora e do serviço na animação depois de o ano passado ter sido feliz com alguns dos títulos mais bem avaliados do ano no que diz respeito ao género. Este muito particular filme conseguiu na sua diferença reunir alguma valorização critica embora me pareça que o seu caracter algo estranho o possa afastar de ótimos resultados de bilheteira.
Sobre o filme podemos começar por o analisar do ponto de vista do publico alvo o seu lado mais estranho faz obviamente que não seja um filme para os mais pequenos nem que seja porque recorre demasiadas vezes a humor algo negro. Por outro lado o caracter estético do filme demasiado colorido e com personagens demasiado estranhas e coloridas o também faça afastar do publico maior.
Ou seja a primeira característica que percebemos do filme e que ele esta longe de ser fácil, e um filme com uma mensagem importante e interessante mas nem sempre isso desobra um argumento demasiado estranho e peculiar para fazer a mensagem passar com a força que a mesma deveria ter. Fica ainda a ideia que o filme se perde algo nas suas excentricidades e isso o afaste do grande publico.
Por tudo isto sublinho não ter ficado agradado com o filme, num género em que e importante a forma como deixamos o espetador as emoções sentidas ao longo do filme não foram as melhores já que mesmo em termos de humor e tudo demasiado estranho mais que eficaz.
A historia fala de uma estranha família, onde não existe ligação umbilical e emocional alguma entre pais e filhos ate ao momento em que os menores ficam sozinhos em casa na presença de uma peculiar ama, tempo depois de encontrarem um bebe a porta de casa.
O argumento e mais do que qualquer coisa estranho, não so a historia de base mas a forma como o filme explora o desenvolvimento moral que quer ter, torna-se demasiado excêntrico e pouco objetivo o que não  propriamente o melhor caminho para um filme de animação.
Na realização deste produto temos a dupla que esteve na origem do segundo episodio de chovem almondegas, com menos meios parece-me que os bonecos são demasiado geométricos sem ser realistas nem artísticos e isso torna o filme estranho. Não penso que este projeto algo noir tenha sido o melhor passo na carreira.
No cast de vozes em virtude de ver a dobragem portuguesa não farei comentários.

O melhor  - A mensagem e positiva

O pior - Figuras demasiado geométricas e coloridas tornam-se saturantes

Avaliação - C-

Friday, April 24, 2020

Sergio

A NEtflix esta obviamente nestes tempos de confinamento no olho do falcão, razão pela qual nos ultimos tempos os seus novos conteudos têm tido grande visibilidade estando sob o escrutinio de todos. Um dos seus mais recentes projetos foi este biopic de Sergio Vieira de Mello, protagonizado por a maior figura atual da interpretaçao brasileira, numa produção contudo norte americana. Em termos comerciais parece-me que o projeto tem tudo para ser funcional, sendo que em termos criticos a receção está longe de ser brilhante com avaliações demasiado medianas.
Sobre o filme parece-me indiscutivel qual a importância do diplomata em algumas das questões mais marcantes geridas pelas naçoes unidas, e que o filme toca ao de leve. Este e talvez um dos problemas maiores do filme, que ao fazer um biopic sobre alguem com tantos meritos policitos os abandone por completo debruçando-se apenas no seu lado emocional e relacional e da forma com que a sua ultima relação se concretizou o que nos parece imediatamente extremamente redutor.
Claro que neste ambito em termos de relação amorosa, e no lado mais romantico do filme este funciona, principalmente por expoem a intensidade do relacionamento aos contextos de risco em que o mesmo se encontra a ser vivido, e nisso o filme acaba por dar um lado mais lamechas que funciona mas que deixa muito de lado. A fase final é demasiado teatralizada para uma historia tão concreta sendo totalmente inexplicavel a forma como o filme se vai debruçando ao longo da sua duração por diversos idiomas alguns dos quais ao longo da mesma conversa.
Fica a ideia de um biopic algo frouxo, demasiado romantico e pouco concreto, fica a ideia de um filme que deixa de lado promenores importantes de uma vida marcante, que sublinha essa importância mas que aborda essencialmente uma historia de amor igual a que qualquer comum mortal poderia ter vivido em contexto de guerra.
A historia fala dos ultimos anos de Sergio Vieira de Mello, de algumas das suas conquistas diplomaticas, até ao seu relacionamento com uma economista da ONU argentina ate ao atentado e as suas ultimas horas nos escombros da sede das Naçoes Unidas em Bagdas.
Em termos de argumento o filme é pensado para ser uma novela, e perde muito do conteudo de uma vida, principalmente em termos de negociaçoes politicas, isto podera facilitar o entertenimento do filme mas torna-o ao mesmo tempo extremamente redutor.
Na realizaçao Greg Baker pega no filme, e da-lhe o lado romantico que o filme quer ter, fantando-lhe alguma dimensão nos restantes. Nao sendo obviamente o pior dos pontos do filme, parece-me demasiado escravo de um argumento denunciadamente lamechas.
No cast parece que Moura nunca se sente confortavel quer com o papel quer com o corpo, quer acima de tudo com a forma como se exprime verbalmente em diversas linguas. Funciona melhor nos momentos de explosao emocional que no entanto são poucos. Bem melhor a sua colega de cast, uma Ana de Armas em cada vez melhor forma, demonstrando o porquê de ser uma das melhores atrizes da atualidade.

O melhor - O lado romantico e bem trabalhado

O pior - Mas seca tudo à volta

Avaliação - C-

Tuesday, April 21, 2020

The Roads Not Taken

Apresentado este ano no festival de Berlim este novo filme de Sally Potter sobre a relação entre um pai e uma filha na adversidade foi uma das grandes desilusões do certame, já que foi totalmente derrotado por uma critica especializada que condicionou e muito aquele que pensaria ser um trajeto interessante. Comercialmente o facto de ter estreado no centro de uma pandemia não foi propriamente o mesmo momento para o filme mas fica a ideia que mesmo noutras condições o fracasso seria mais ou menos garantido.
Sobre o filme ao olharmos para a sumula do filme parece-nos que tudo estava programado para um filme intenso sobre a relação acima de tudo entre pai e filha, contudo rapidamente entramos num confuso mundo de vidas paralelas da mesma personagem, sem muito significado com pouco paralelismo e rapidamente ficamos com a ideia que o filme tem uma boa intenção mas que se confunde a si em demasia, esperando que a interpretaçao de Bardem resgate um filme perdido na sua eloquencia.
E tudo isto faz o impensavel que é um filme com menos de uma hora e meia de duração se torne aborrecido e muito dificil de seguir do primeiro ao ultimo minuto, sobrando apenas sequencias isoladas de ligação e quimica entre dois bons atores mas pouco mais num filme que os deixa totalmente abandonados pelo facto de não ter particularmente grandes ideias para as personagens de cada um.
Ou seja um filme que como outros de um estilo demasiado independente, reune os ingredientes para resultar e acaba por desprediçar devido a um elevado nivel de eloquencia. Aqui a culpa e acima de tudo de um guião que tenta baralhar em demasia as personagens em dois planos diferentes que acabam por nunca se encontrar verdadeiramente dentro de eles proprios.
A historia fala de uma jovem e o seu pai doente, num dia, enquanto vivemos uma outra vida desta ultima personagem preso a um passado que poderia ter determinado o seu futuro de uma forma totalmente diferente.
O argumento e o grande handicap do filme porque não faz as personagens existirem nas vertentes divididas que quer ter, e acaba por fracionar o filme de forma a que nenhuma das metades realmente resulte. Parece que o filme fica danificado na sua forma.
Na realizaçao Potter tem tido uma carreira independente com algum louvor mas que neste caso falha, porque a realizaçao não consegue minorizar minimamente os danos de um argumento confuso, e mais que isso parece apressar um fim que se quer imediato.
No cast temos qualidade e intensidade em personagens inexistentes, ficando a ideia plena que Bardem tinha personagem para brilhar e acaba por ver o seu talento desprediçado num filme vazio, e Fanning poderia ser o seu auxilio de luxo, e que fica reduzida a duas ou três momentos razoaveis.

O melhor  - A curta duração do filme.

O pior - A forma como o talento e desprediçado num mau guião

Avaliação - D

Monday, April 20, 2020

The Plataform

Numa altura em que devido as circunstancias o cinema se encontra totalmente paralisado nos teatros o olho do falcão está completamente virado para o que as plataformas de streaming tem para nos dar, e no que diz respeito a maior de todas elas a Netflix, existe um filme espanhol que surpreendeu no ultimo festival de Toronto que está a dominar por completos as visualizações, embora longe de qualquer tipo de unanimidade. Este filme que passou por festivais menores com sucesso critico, acabou por se tornar rapidamente num dos produtos mais vistos e rentáveis da Netflix tornando-se assim também um sucesso comercial.
Sobre o filme podemos desde logo dizer que não e um filme para todos, é um filme sem barreiras morais, é um filme que quer impressionar quer na estética, quer na violência e que isso rapidamente pode ser condierado exagerado. Contudo parece-me que a metáfora que o filme encontra para retratar o mundo e politicas do mesmo é extremamente bem conseguida, num exercício difícil, original, mas que marca o espetador e nisso o filme e extremamente competente.
Outro dos pontos que o filme tem a seu favor e que o facto de ser um filme de uma pequena produção pode ir ao limite estético o que o faz, isso pode-nos fazer desviar os olhos diversas vezes do filme, enojados com tudo o que vemos, mas isso nunca tira a originalidade e mais que isso uma mensagem muito forte que o filme tem associado a uma realização e um caracter estético extremamente bem pensado que o faz ser um dos filmes mais marcantes do anos.
Não e um filme para todos mas e um filme com uma capacidade metafórica e com uma força da sua mensagem como poucos vimos nos últimos tempos. O final quem sabe demasiado aberto ou mesmo metafisico pode no entanto ser o ponto mais polemico de um filme eficaz que não e feito para nos agradas mas acima de tudo nos incomodar com o seu auto retrato social.
A historia fala de uma prisão dividida por pisos com dois presos por casa um nos quais a alimentação e efetuada através de uma plataforma que segue em sentido descendente ao longo dos pisos, sendo que todos comem os restos uns dos outros.
Em termos de argumento a capacidade do filme tem um valor social metafórico imperativo faz a mensagem resultar, com bons diálogos com personagens com um papel muito definido. Talvez o final devesse ser mais objetivo para a mensagem ser mais forte, embora na minha opinião este não condicione tudo o que de bom o filme tem na mensagem.
Na realização o desconhecido Gaztelo-Urrutia um jovem realizador basco que nunca deve ter pensado que o seu filme fosse uma das sensações de 2020 tem um trabalho meritório, o filme para alem do seu conceito metafórico tem um conceito estético interessante que merece ser sublinhando, fazendo criar uma expetyativa em torno do que se seguira no realizador.
No cast os interpretes do filme são exímios no cumprimento daquilo que o filme quer deles, com a intensidade conhecida nos atores espanhois. O maior destaque vai para a díade Ivan Massague e Zoron Eguileor que são mais que tudo os extremos do filme.

O melhor - A mensagem do filme.

O pior - O final ser demasiado metafisico

Avaliação - B

Fantasy Island

A Blumhouse tornou-se nos últimos tempos numa das mais conceituadas produtoras de terror, colecionando acima de tudo filmes de um nível mais baixo para um publico juvenil, alguns dos quais tem conseguido colecionar algum sucesso. Este ano surgiu esta adaptação da Ilha da Fantasia, com princípios de terror, e que tornou nesta produção num dos maiores desastres críticos do inicio de 2020, com resultados críticos péssimos. Comercialmente os resultados não foram tão desastrosos embora ainda longe daquilo que sinceramente me parece que fossem os objetivos da produção.
Sobre o filme podemos dizer que os princípios da ilha de fantasia tendo em conta o livro que esteve na sua origem, acabam por ser interessantes do ponto de vista de um possível filme de sci fi, o problema e que esta roupagem e de um filme de terror adolescente que deixa de lado todos os apontamentos que um filme como este deveria ter, como mensagem, personagens e coerência.
Alias mesmo em termos de terror adolescente estamos longe de ter alguns dos aspetos que o fazem minimamente resultar com algum valor comico, que o filme nunca consegue ter ou mesmo a capacidade de assustar. FIca-se por uma especia de mortos vivos e um suspense fraco em face de quem seria a motivadora de tudo o que estamos a ver o que e claramente pouco para aquilo que mesmo um modesto filme de terror poderia ter.
Ou seja um livro conceituado numa adaptação pobre e fraca, de uma produtora com um sentido único mas que terá de ter mais algum cuidado para não ir estragando com filme fraquíssimos obras literárias de referencia como acaba por efetuar neste fraquíssima ilha da fantasias.
A historia fala de uma serie de hospedes que chegar a ilha da fantasia de forma a tentar viver as suas fantasias de cada um, contudo rapidamente tudo se altera quando as fantasias de sonho se tornam em autênticos pesadelos de cada um.
Em termos de argumento o filme e praticamente inexistente quer na composição global das personagens mas acima de tudo no incutir de elementos que permitissem que pelo menos o enterteniumento do filme fosse garantido. Falta de humor e falta de impacto não é remediado pelo suspense em torno de quem orquestrou tudo o que vimos.
Na realização Jeff Wadlow e um realizador que recentemente tem estado mais próximo dos filmes de terror juvenil mas que me parece ainda não ter encontrado um estilo próprio que ultrapasse a barreira ou os preceitos das produtoras. Neste caso estar associado a um filme como este pode ser mesmo o suicídio de uma carreira que estava a iniciar.
No cast uma serie de jovens de um segundo nível, com personagens do mais básico que assistimos normalmente em filmes de terror juvenil, e um MIchael Pena que claramente se encontra totalmente desencontrado do tipo de filme, mas que muitas vezes a necessidade de aparecer pode explicar algumas escolhas.

O melhor - UM ou outro cenario

O pior - A destruição de um livro historico

Avaliação - D

Wednesday, April 15, 2020

Love Wedding Repeat

Numa altura em que a Netflix se encontra no centro do mundo, devido ao facto de levar entertenimento a casa, eis que surge mais uma longa metragem inglesa, na base da comedia tipica britanica com muitas personagens e um humor tipicamente ingles. Este novo filme de Dean Craig nao foi propriamente um sucesso critico com avaliações sofriveis e parece-me que nesta data não sera o produto mais apetecivel da aplicaçao.
Sobre o filme, que conhece filmes como Death in Funeral nas suas duas versões perceberá que este tipo de cinema ingles tem uma formula muito concreta de juntar personagens particulares, normalmente desapatadas em situações convencionais provocando um caos que e a forma do seu humor. Este genero tem alguns defeitos como cair rapidamente no absurdo e num humor demasiado fisico, mas tambem consegue algumas gargalhadas intensas devido a sua imprevisibilidade.
Pois bem este filme tem os defeitos e vantagens tipicas do genero em toda a sua dimensão, é um filme que cai no exagero do descontrolo total demasiadas vezes tornando-o principalmente do ponto de vista das personagens demasiado disparatado nao fazendo funcionar as suas necessidades emocionais, mas por outro lado consegue ser engraçado e surpreender em algumas escolhas quer num humor falado mas tambem num humor fisico.
Por tudo isto nao sendo claramente um dos melhores filmes com esta formula, todos ficaram longe daquilo que conseguiu quatro casamentos e um funeral, e um filme simples, que proporciona um entertenimento moderado, ainda que longe de ser particularmente efetivo na sua valorizaçao emocional. E indiscutivel que consegue fazer o espetador soltar algumas gargalhadas, e isso e a funçao primordial de qualquer comedia.
A historia fala de um jovem que apos ver frustrada uma declaração a um interesse amoroso acaba por reunir-se novamente com a mulher que pensa ser da sua vida, no casamento da sua irmã, que vai ter diversas vicicitudes em torna da introdução de um sonifero numa bebida.
Em termos de argumento o filme tem o estilo tipico do humor e comedia inglesa, com muitas personagens todas com a função descrita para o humor facil, mas cai no exagero que muitos destes filmes acabam por ter. Por vezes o humor resulta outras vezes nem tanto e isso faz perder o impacto emotivo de uma comedia tambem romantica.
Dean Craig tem uma forma muito propria dos seus filmes com assinatura. Muitas personagens, muito barulho e algum humor, tem uma forma que pode resultar com uma melhor argumento. O filme cumpre assim como os anteriores em alguns perceitos mas o resultado ainda esta longe de ser brihante.
Estas comedias de maneirismos funcionam menos bem nos interpretes e aqui parece-me que nenhum esta extremamente confortável num registo não tipico, principalmente Claffin que me parece pouco adequado para o genero. Munn tem um papel mais simples e isso condicona menos a sua personagem

O melhor - A imprevisibilidade de algumas sequencias de humor.

O pior - Muitas vezes demasiado barulhento

Avaliação - C+

Tuesday, April 14, 2020

Trolls: Word Tour

Abril e conhecido por ser um mês de arranque para os principais estúdios com algumas apostas, sendo a Pascoa conhecida pelas apostas dos estúdios maiores de animação. A DreamWorks tinha como aposta a sequela do sucesso trolls, contudo com a interrupção do mercado em deterimento de adiar o lançamento apostou pela estratégia de aluguer, que comercialmente parece estar a ser um sucesso já que segundo informações se tornou no mais rentável de sempre naquele estilo de mercado. Para isso deve ter contribuído as avaliações demasiado medianas e o facto do filme já ter sido visto anteriormente.
Sobre o filme a ligação da historia de base do primeiro filme e da musica e central, mas torna-se ainda muito mais obvia neste, precorrendo diversos géneros musicais num filme que e alimentado acima de tudo na curiosidade dos mundos que nos vao sendo apresentados mais do que propriamente por uma historia rica, ou mesmo por um humor trabalhado.
Alias na historia central parece-me claro que este novo capitulo de trolls deve ser dos mais pobres lançados por uma das grandes produtoras já que se torna num filme que acenta apenas em curiosidades do paralelismo em cada um dos mundos com o estilo musical subjacente e uma mensagem básica e expectável de aceitar todos como são, que contudo fica um pouco aquém daquilo que principalmente a Pixar consegue fazer nos seus filmes.
De resto o esperado num filme que aceita o estilo dos seus protagonistas principais, um filme pop, curioso, com cor, mas que narrativamente e em termos de personagens e pouco desenvolvido, pouco interessante, ficando marcado assim como o primeiro filme já tinha sido essencialmente por momentos musicais trabalhados.
A historia segue novamente a historia de Poppy e a sua musica Pop na luta contra uma espécie de trolls associados ao Rock que tem como objetivo dominar o mundo de trolls com diferentes gostos musicais e tornar todos iguais com os mesmos estilos-
Em termos de argumento temos um filme com uma mensagem obvia, nem sempre bem trabalhado em termos da historia central e do seu desenvolvimento. A mensagem positiva do primeiro filme nem sempre e aproveitada com a mesma força neste segundo que e narrativamente inferior.
Na realização a equipa mantem-se com os mesmos recursos e truques do primeiro filme, cor, musica e curiosidade num filme de produção de primeira linha que aproveita tudo isso no seu lado sedutor para os mais pequenos. Não e artístico mas na realização e funcional.
No cast de vozes Kendrick e Timberlake funcionaram bem musicalmente no primeiro filme e aqui repetem a formula com a ajuda de convidados que encaixam em cada personagem naquilo que o filme espera delas, sendo obviamente a dupla central a que melhor funciona.

O melhor - As curiosidades musicais

O pior  - Em termos narrativos estar longe de ser brilhante

Avaliação - C

The Turning

Em Janeiro quer pelo elenco mas principalmente pelo facto de reunir os mesmos num filme de grande estúdio, existiam muitas expetativas em torno deste filme de terror baseado num filme homónimo. Sendo conhecido que as grandes produtoras usualmente não interferem muito neste género as expetativas ainda foram maiores. Talvez por isso muitos ficaram surpreendidos que este filme acabasse por ser um fracasso critico em toda a linha com avaliações muito negativas, piores do que a grande parte dos filmes de um género já dele massacrado pela critica. Comercialmente as coisas também foram desastrosas, motivada em principio por esse falhanço critico.
Sobre o filme eu confesso que no final percebemos que não era uma historia fácil de adaptar pois necessitava acima de tudo de ser toda a informação muito bem conjugada para o filme dar ao espetador tudo o que o livro quer dar no significado de tudo o que vemos, e a verdade e que o filme falha por completo nesta linha tornando-se mesmo totalmente impercetível o seu significado ou mesmo como tudo se desenvolve.
A culpa de tudo isto e o facto do filme preferir em grande parte da sua duração ser mais do mesmo com as aparições e desaparições na casa, não querer jogar quase nunca e esconder o seu trunfo final, sendo que o faz na fase final de uma forma tao ao de leve que basicamente serve apenas para a maior parte das pessoas saírem com a nítida sensação que não perceberam minimamente e a hora e meia que despenderam não teve qualquer sentido.
Essa falta de sentido e um erro muito grave em qualquer tipo de filme, tornando-se ainda pior quando tudo o resto e de um básico filme de terror de produtora pequena com o agravante que nunca consegue sequer assustar minimamente o que quer que seja, percebe-se no fim que o sentido era outro, mas acaba por perder nas duas linhas.
A historia fala de uma jovem que e contratada para dar apoio a dois jovens que vivem numa casa gigante e estranha apenas com uma governanta ate que algo de completamente inexplicável começa a surgir na sua vida, tornando-a num inferno.
O argumento do filme e na sua maior parte do tempo igual a muitos outros filmes de casas assombradas sem qualquer terror. A primeira revelação do filme e básica, sem interesse e o bónus final poderia trazer um filme mais forte e de impacto se fosse preparado ou dado de forma diferente.
Na realização a escolha recaiu em Sigesmondi uma realizadora italiana ligada essencialmente e com algum sucesso a televisão e a musica que lha por completo por não ser objetiva na definição do seu filme e isso torna esta estreia totalmente para esquecer.
No cast o filme tras-nos dois dois jovens mais promissores do cinema atual, em registos contudo que não funcionam Wolfhard parece resultar bem mais em comedia do que propriamente noutro sentido, Prince parece ser uma jovem com recursos mas a sua personagem e pouco desenvolvida. +NO lado da protagonista já achei Davis mais próxima do sucesso que este filme demonstra.

O melhor - O insucesso do filme devera afastar os grandes estúdios deste tipo de projetos.

O pior - O cast gasto num filme tão fraco

Avaliação - D-

Yedinci Kogustaki Mucize

Olhando para o titulo acima indicado poucos conseguiram perceber que a analise deste filme é relativo a um dos sucessos atuais da Netlix, conhecido em Portugal como o Milagre da Cela 7, um remake de um filme coreano, desta vez turco, que do nada começou a ser quase um hino nas redes sociais em tempo de confinamento. O engraçado e que este filme esteve longo da valorização critica assinalável, contudo em termos comerciais e em alguns mercados foi um extremo sucesso da netflix.
Sobre o filme e desde logo sublinhando que pese embora reconheça muitos méritos ao cinema coreano o original deste filme nunca foi por mim visto. SObre esta adaptação parece-me um melodrama exagerado, pensado em levar a lagrima fácil os mais sensíveis, e com uma coerência narrativa particularmente inexistente do primeiro ao ultimo momento, combinando um conjunto de clichés emocionais numa separação quase doentia por bons e maus que o tornam numa telenovela mexicana do "pobrezinho".
O filme parece apenas a espaços ter alguns momentos que fica com a ideia que a toada do filme se iria alterar um pouco nos momentos de prisão do personagem central, já que ficamos com a ideia que o filme poderia alterar para uma comedia sobre a adaptação de um deficiente mental a um contexto adverso, mas rapidamente o filme abandona por completo este género para entregar-se por completa ao melodrama exagerado sem graça e sem coerência.
Dai que talvez seja difícil perceber o sucesso industrial de um filme que mais não é do que um conto mal pensado das relações pessoais, um filme que apenas se preocupa com a emoção fácil, pensando isso do primeiro ao ultimo minuto, numa conjugação de um cinema turco com dificuldades e demasiado inspirado do cinema foleiro dos anos 70 da India.
A historia fala de um deficiente mental com uma filha que e acusado injustamente de ter matado a filha de um general turco sendo condenado a morte, tendo na cadeia reunido com outros condenados a quem acaba por ficar ligado emocionalmente.
E no argumento que reside quase todos os problemas do filme principalmente em  termos de coerência narrativa, mas mais que isso em termos de desenvolvimento de personagens. E um filme pensado para a emoção fácil e ai consegue alguns pontos.
Na realização este filme tem um realizador turco totalmente desconhecido que talvez nunca tenha pensado que a obra fosse tao massificada. Denota-se problemas de inexperiência mas isso seria esperado para um filme pensado localmente.
Claro que o filme tem dificuldades com as interpretações, principalmente a central cheia de maneirismos e overacting, num filme que procura o exagero para se fazer funcionar emocionalmente mesmo que isso coloque em causa tudo o resto.

O melhor - Os pequenos laivos de comedia que tem

O pior - Ser uma dramalhão do tamanho de uma telenovela mexicana

Avaliação - C-

Monday, April 13, 2020

LIke a Boss

No inicio do presente ano surgiu esta comedia relacionada com o mundo da estética que tentava conetar o poder comico desenvolvido nos últimos anos quer por Rose Bryne quer por Tiffany Haddish. Os resultados críticos do filme foram no entanto um desastre com avaliações muito negativas depois do filme anterior de Arteta até ter chamado alguma atenção. Comercialmente para um filme com alguns trunfos na comedia comercial o resultado foi parco, muito típico em estreias de Dezembro.
Sobre o filme podemos dizer que temos a comedia que tenta encaixar as personagens ao estilo das duas protagonistas centrais, mais que construir alguma historia, narrativa ou algum estilo de humor, acabando por se tornar numa fraca comedia, quase sempre sem graça e com uma historia totalmente disparatada, algo que também tem sido habitual ao longo dos anos em ambas as protagonistas em alguns dos seus projetos.
O mal do filme e que procura de uma forma continua o disparate como forma de humor, e quase sempre isso se baseia apenas nos maneirismos extremados de personagens sem nexos típicos da comedia de desgaste rápido de Hollywood e que usualmente tem sempre um desfecho parecido com este filme ou seja um desastre a todos os níveis.
Provavelmente com a situação que atualmente vivemos alguns destes filmes terão o encaminhamento mais que merecido para serviços de aluguer ou streaming sendo o cinema algo apenas procurado pelos mais entusiastas de filmes com conteúdo ou com algum sublinhando o que este filme nunca consegue ter minimamente.
A historia fala de duas colegas de sempre com um negocio na área dos cosméticos que fruto da sua simpatia torna-se economicamente inviável. Tudo se altera quando uma magnata do negocio tenta comprar o seu negocio e as prespetivas de ambas diferem naquilo que é o futuro da empresa.
Em termos de argumento as comedias dependem muito do sentido e da força no argumento na sua capacidade cómica. Este filme acaba por colocar de lado este ponto para apostar no humor físico ou na imbecilidade generalizada e normalmente isso não funciona.
No cast Arteta tem uma carreira recheada de comedias usualmente de sucesso e gosto duvidoso. Recentemente no seu Beatriz at Dinner tinha demonstrado alguns recursos que entretanto parecem ter desaparecido por completo já que este filme e um desastre a todos os níveis.
No cast Bryne e Haddish tem tido uma carreira recheada de papeis como estes em filmes de qualidade duvidosa, aqui mais do mesmo nas respetivas carreiras com Hayek com um boneco exagerado algo que também temos visto na carreira dela por diversas vezes.

O melhor - A curta duração do filme.

O pior - Quando  se pensa que o absurdo tem graça

Avaliação - D-

Sunday, April 12, 2020

Ordinary Love

O romantismo em tempos difíceis são sempre filmes que normalmente tem uma carga emocional elevada que os torna algo limitados ao melodrama, contudo o ano passado e com o espirito ingles saiu este filme lançado em alguns festivais que acabou por chamar a atenção critica com avaliações interessantes embora insuficientes para lançar o filme para altos voos. Do ponto de vista comercial parece-me um filme com alcance curto e que acabou por se comprovar nos curtos resultados também relacionados com a limitada divulgação que teve.
O cancro ou a doença no amor nem sempre me parece bem utilizada nos filmes que recorrem sempre ao drama completo, perdendo por vezes outros aspetos dos casais. Pois bem este filme e diferente e funciona ligeiramente melhor porque não limita o filme a doença, mas acaba por dar as personagens na doença e isso acaba por fazer o filme ser ao mesmo tempo dramático em níveis elevados sem nunca deixar de entrar na dinâmica formada do casal.
Uma das apostas que o filme faz e que o ajuda a ter este resultado e debruçar-se sobre um casal de meia idade com um passado ainda mais dramático, isso podia conduzir a um excesso de lagrima ou um peso da tristeza que desse ao filme uma toada pesada, mas o filme equilibra este ponto com a química entre um casal formado, e muito por culpa de ser um filme com doença e não exclusivamente sobre a doença.
CLaro que depois e um filme de emoção fácil, que por vezes não consegue alterar esse ponto ao exagero, fica a ideia final de uma mensagem positiva e mais que tudo uma ideia que em conjunto as coisas serão sempre mais fáceis, e um filme de amor e isso acaba por resultar bem no resultado final do filme que contudo nunca e um grande filme.
A historia fala de um casal de  meia idade marcado pela perda de uma filha que descobre que o elemento feminino tem cancro do seio, sendo o filme uma passagem por todo o processo de tratamento e as dificuldades e aprendizagens inerentes ao mesmo.
EM termos de argumento o filme segue o perceito logico e emocional típico de um filme sobre doença, com o sublinhado de termos um casal maduro, com personalidades bem definidas que permite alguns diálogos muito interessantes sobre o problema embora a historia seja a esperada.
Na realização deste filme a dupla de realizadores teve aqui o seu filme mais simples embora com recurso a imagens forte e intensas da doença e um filme sem grande risco ou uma abordagem diferenciadora que contudo parece funcionar para os seus intuitos.
No cast o filme e bem interpretado principalmente por Manville que merecia mais destaque num papel intenso, físico que apenas poderia funcionar numa atriz com recursos e boa forma. Ao seu lado Neeson acaba por ser uma ancora numa personagem sóbria mas claramente menos vistosa.

O melhor - O equilíbrio emocional que o filme tem num tema onde facilmente se cai no extremo

O pior - A historia já ter sido contada

Avaliação - B-

Saturday, April 11, 2020

Hope Gap

As relações no final de vida não são normalmente um tema que Hollywood despenda muito tempo, principalmente porque não tem a intensidade que o mesmo sentimento acaba por ter noutras faixas etárias. Este filme fala sobre o conflito do casal ao longo do tempo, com um elenco forte mas que não foi propriamente um sucesso critico com avaliações medianas ainda com ligeira tendência positiva. Do ponto de vista comercial os resultados foram totalmente rudimentares quer pela pouca distribuição que o filme acabou por ter mas acima de tudo pela interrupção que o cinema teve com a pandemia.
Sobre o filme parece-me claro que a etapa em que o casal passa a viver sozinho novamente depois dos filhos criados e um momento de avaliação da própria relação e perceber se a mesma ainda tem fulgor. O filme escolhe bem esse momento mas nem sempre consegue dar ao filme o dinamismo ou o poder de reflexão que a historia em si poderia e deveria ter, muito por culpa do desiquilibrio entre uma personagem intensa e uma outra adormecida de mais para os propósitos que o filme quer ter.
E o filme na sua estrutura de personagens até trabalha bem, na colocação inteligente do filho em fase de entrada na idade adulta no meio de todo o conflito, mas nem sempre aproveita porque essa personagem acaba por sofrer com a dictomia elevada das outras duas, e isso acaba por em grande parte do filme o tornar algo desequilibrado e adormecido.
Mesmo assim parece-me um filme que toca num ponto importante embora não o concretize da forma mais eficaz. Fica a ideia que é um filme demasiado pensado para teatro na pouca movimentação das personagens para funcionar bem num cinema simples, e isso acaba por tornar o filme na sua verdade algo indiferente.
A historia fala de um casal próximo dos 60 anos que numa visita de um filho jovem adulto recebe a noticia por parte do pai, que a relação com a mãe é para terminar por sua vontade já que encontrou um novo amor, provocando reações diversificadas nos três elementos da equação.
Em termos de argumento se em termos de personagens parece que a mulher e o filho reúnem os pressupostos para fazer um filme intenso, na questão do elemento masculino penso que o filme o adormece em demasia, e isso desequilibra o filme de uma forma que não o consegue concluir de uma forma eficaz.
William Nicholson encontrava-se algo arredado da realização depois de uma carreira dedicada à escrita e que lhe valeu duas nomeações para oscar de melhor argumento. Como realizador o filme dependia um pouco de uma abordagem menos tradicionalista que o mesmo não adota denotando-se algumas limitações como realizador que obviamente não é a sua praia,.
No cast Nighty parece-me nos últimos tempos apenas preparado para opostos, e aqui sofre por uma personagem demasiado adormecida. O maior destaque vai para um Benning em boa forma, numa carreira de uma atriz que merecia mais sublinhado. No papel jovem Josh O Connor tenta ganhar espaço mas ainda me parece algo verde na concretização do mesmo.

O melhor - O tema incide sobre um espaço temporal interessante

O pior - A diferença entre personagens

Avaliação - C

The Rhythm Section

Existe sempre uma tendência principalmente por estúdios medianos de tentarem elaborar um conceito que possa abrir as portas a franchising de ação. Embora não seja totalmente explicito neste filme parece latente na introdução da personagem e mais do que tudo naquilo que a mesma se vai tornando com a duração do filme. Em termos críticos este filme não foi propriamente um sucesso com uma tendência ligeiramente negativa, sendo contudo que o maior desastre acabou por ser comercial com resultados muito parcos para os objetivos que o filme poderia ter.
Sobre a historia penso que a base poderia ser a de qualquer filme de ação serie B, uma vida destruída um desejo de vingança, muito treino físico e depois a intriga. Se nos primeiros pontos o filme não sendo brilhante acaba por cumprir com mínimos, o problema acaba por ficar no centro da intriga do filme onde a historia é confusa, parece ter saltos temporais demasiado longos e mais que isso parece tentar dar a personagem central um carisma e uma força que na realidade a mesma tem muita dificuldade em ter.
Por estes vetores fica a total ideia que o filme é totalmente limitado a um espaço temporal de bons momentos concretamente no treino da personagem e a relação ambígua que a mesma mantém com o seu espécie de mestre. Contudo o filme desaproveita por completo tal situação na forma como se desenvolve, acabando por ser apenas uma viagem inconsequente por diversos locais onde o fio de ligação parece sempre demasiado pobre para dar intensidade ao filme.
Ou seja um filme de acção de baixa qualidade, que tenta ter uma intriga demasiado densa e isso prejudica-a, que em espaços ainda que curtos tem algumas sequencias de ação satisfatórias, mas que se torna evidentemente curto naquilo que o filme na realidade acaba por se tornar. Fica a ideia que a preparação e bastante mais eficaz do que a concretização do projeto que quase garantidamente morrerá à nascença.
A historia fala de uma jovem que se ve ficar sem toda a família após um desastre de avião, acabando por perceber que tal acontecimento poderá ter tido motivação criminosa a mesma aposta em se vingar de todos que estiveram associados à morte dessas pessoas.
Em termos de argumento se a base do filme, é na sua construção simples mas que poderia ser eficaz no que depois sucede, o filme perde e bastante  na sua concretização tornando-se quase sempre um filme estranho, pouco ligado e mais que isso onde a intensidade da narrativa quase não existe.
Na realização Reed Morano e uma realizadora que esta a obter algum espaço mas que me parece que teria de exibir-se mais neste filme. Parece algo perdida na sua construção e em termos estéticos talvez com exceção de um ou outro momento de ação o filme fica bastante aquém daquilo que poderia e deveria incutir.
No cast Lively tem disponibilidade física mas parece que não consegue dotar a personagem do carisma necessário para segurar uma personagem de ação como esta. Por outro lado a falta de um vilão definitivo e demasiada ambiguidade em algumas personagens não permitem também nos secundários uma formula vencedora.

O melhor - A sequencia de treino

O pior - A forma como o filme se torna difuso

Avaliação - C-

Thursday, April 09, 2020

Gretel & Hansel

Esta e uma das historias mais conhecidas dos irmãos Grimm mas que na realidade ate ao momento ainda ninguém conseguiu lhe dar uma roupagem que eternizasse no que diz respeito ao cinema de massas. Este ano e sob a forma de terror surgiu mais uma tentativa num contexto mais dark que conseguiu captar alguma das atenções dos críticos mas que por outro lado teve mais dificuldade com o publico com resultados bastante rudimentares.
Sobre o filme embora não pareça esta historia de base foi criada para os mais pequenos, e penso que um dos problemas destas adaptações e querem sempre abordar a historia do ponto de vista do terror mais do que propriamente no lado infantil e da mensagem inerente a esta mesma historia. Por sua vez esta e talvez a abordagem cinematografia mais adulta e escura, com o terror e o misticismo típico do cinema de terror a escala, que funciona do ponto de vista estético mas tem muitas dificuldades do ponto de vista narrativa.
Do ponto de vista visual o filme e negro, e assustados na sua utilização de luz e sombras e muitas vezes bonito, e isso e um dos pontos que poderia potenciar uma narrativa que funcionasse ainda que de forma simples. O problema do filme e que narrativamente tem algumas dificuldades desde logo porque adopta um ritmo extremamente lento e mais que isso porque é confuso e estranho em muitos dos momentos o que lhe tira algum impacto imediato.
Não sendo um filme que se associe rapidamente a historia de base nem tão pouco um filme de terror que tenha impacto, sobra apenas um caracter estético funcional que e muito pouco num filme que se perde em deambulações, que não assusta nem tem impacto e quando se fala de um filme deliberadamente de terror podemos dizer que as coisas estão longe de ser sequer medianas
A historia fala-nos de dois irmãos que depois de serem expulsos de casa ganham abrigo numa casa estranha titulada por uma peculiar idosa que esconde segredos que pode colocar em causa a vida de ambos os menores.
E no argumento que o filme tem muitas dificuldades, desde logo porque altera muitos dos pressupostos do conto original, e mais que isso entra em demasiados paralelismos para fazer funcionar o conceito. Mesmo em termos de personagens o filme é limitado.
Na realização tirando o contexto cénico bonito parece-me claro que o filme tem muitas dificuldades em que a imagem auxilie o impacto do filme e isso deve-se ao facto de ter um realizador em crescendo no munto do terror com algumas ideias mas ainda sem o fator pratico.
No cast o elenco e dominado por a jovem Lills que parece funcionar muito pela sua expressão facial no terror que encaixa bem no que o filme quer do seu personagem líder. Krige funciona no aspeto visual de uma bruxa ma.

O melhor - Esteticamente o filme tem alguns promenores

O pior - A lentidão e a falta de impacto enquanto filme de terror

Avaliação - D

The Way Back

Os dramas desportivos nos últimos tempos tem andado algo escondidos das produtoras norte americans, e no momento em que se apostava em mais um filme desse género com distribuição wide, a pandemia coronavírus fechou por completo cinemas em todo lado e tornou The Way Back num desastre comercial mesmo depois de ter conseguido passar na critica com avaliações positivas.
Sobre o filme desde logo uma novidade o facto de não ser baseado em factos reais poderia dar ao filme espaço para alguma inovação na abordagem a um filme deste género, contudo volvido a duração do filme percebemos que tirando alguns aspetos dramáticos da personagem o filme e totalmente semelhante a outros do género, funcionando no lado emocional e nos pontos de contacto entre as personagens e falhando na capacidade de trazer novos elementos ou de surpreender e aqui fica a ideia que ao ser um filme original no seu argumento poderia e deveria ser mais arriscado no guião e no significado do mesmo.
Pese embora este aspeto que me parece pouco trabalhado e que deveria tornar o filme bem mais saliente o filme e eficaz nos curtos objetivos que tem, quer no aspeto da redençao da personagem central, na química entre os elementos de equipa e mesmo no final ideológico. PEse embora tal facto fica sempre a ideia que já vimos este filme inclusivamente numa anterior obra do mesmo realizador.
Ou seja um filme totalmente previsível do primeiro ao ultimo minuto, que nos tras um Affleck mais intenso, com o drama a funcionar na forma do filme familiar, e com uma historia de conquista, mas com a ideia que tudo isto já foi usado e abusado em outros filmes não sendo este o melhor dos mesmos nem o pior.
A historia fala de uma ex estrela do basquetebol escolar que depois de alguns problemas familiares acaba por entrar no mundo da bebida ate que e convidado para treinar a equipa onde brilhou e tenta ai dar a redenção da equipa e dele próprio.
Em termos de argumento fica a ideia que ao ser um filme original sem base real deveria ser mais original em todos os aspetos e não ser demasiado colada a outros filmes do género. E competente no balanço dramático mas isso acaba por ser o mais simples neste género de filmes.
Na realização Gavin O Connor tenta ganhar um espaço de eleição no cinema que ainda não conseguiu pese embora esteja sempre bastante ativo ainda lhe falta um filme que o conduza para a primeira linha.
NO cast Affleck esta uns parâmetros acima do seu registo duvidoso habitual, contudo parece-nos uma personagem próxima de alguns problemas que também ele teve e isso poderá ter ajudado a encontrar o balanço ideal para a mesma, num filme que tem a dificuldade para ele de ser quase um concerto a solo.

O melhor - O lado entretenimento que estes filmes sempre conseguem ter.

O pior - Para um filme original sem base deveria ser bem mais diferenciado

Avaliação - C+

Wednesday, April 08, 2020

I Still Belive

Cada vez tem sido maior o poder de filmes religiosos ou sobre artistas que dedicam a sua vida a esta causa. Este ano sob a batuta de uma dupla de realizadores que tem sido dos mais reconhecidos nesta matéria surgiu um biopic sobre um cantor litúrgico de sucesso e do seu relacionamento com uma paisão na doença. Este filme que conseguiu duas figuras reconhecidas para a protagonizar não conseguiu convencer a critica, alias tem sido o resultado típico do género, sendo que comercialmente com a bomba do coronavírus a estourar em pleno lançamento as coisas também estiveram longe de qualquer sucesso.
Sobre o filme o típico melodrama romântico que nos habituou Nicholas Sparks e as suas adaptações, com os filmes de fe e religião que nos últimos anos inundaram alguns cinemas. Aqui temos o obvio de dois géneros de baixa qualidade que como e obvio so poderiam resultar num filme com essa mesma escassa qualidade.
Fica a ideia do drama completo do primeiro ao ultimo minuto realizado como se fosse um vídeo de um casamento, sem personagens, sem dialogo, tentanto apenas dar em sequencias intermináveis ao longo de duas horas o amor, a dor e a tristeza, num casal reconhecido mas que aqui tem personagens totalmente unidimensionais.
Cos esta crise global que vai necessariamente reconstruir o cinema espero que o espaço para filmes monocórdicos e demasiado óbvios como estes percam espaço pelo menos em sala de cinema. A propaganda religiosa tem muitos meios para se proclamar e no cinema enquanto arte parece não ser uma produção particularmente apelativa.
O filme fala de um jovem aspirante a musica que apos integrar a universidade conhece uma jovem que o acompanha nos seus primeiros passos e fá-lo descobrir o amor, ate ao momento em que esta descobre ter um cancro e exige uma força redobrada da relação.
Em termos de argumento o obvio de um filme limitado em termos de densidade, personagens limitadas, desenvolvimento narrativo obvio e mais que isso uma transmissão de princípios religosos a todo o custo não me parece ser a melhor filme de um argumento de um filme funcionar.
Na realização os irmaos Erwin tem sido conhecidos por filmes religiosos que conseguem algum valor comercial mas que falham sucessivamente no lado critico. Aqui mais do mesmo, uma realização lamechas que parece saída das cenas de um casamento de uma dupla que provavelmente ira fazer carreira neste registo.
Na dupla de protagonistas Apa e um jovem com um valor comercial atualmente em alta que me parece no entanto ser apenas funcional neste registo o que é muito pouco para qualquer ambição. Robertson já esteve mais perto de uma carreira promissora que teima em estar em pausa com filmes como este.

O melhor - Ter se tornado um desastre comercial

O pior - A repetição de uma historia pobre de hollywood

Avaliação - D

Tuesday, April 07, 2020

The Gentlemen

Guy Ritchie e sem sombra de duvidas um dos realizadores mais irreverentes do cinema atual, principalmente quando tem a liberdade dos estúdios para produzir a sua origem e não filmes de grande publico como foi a sua mais recente incursão pela Disney. Este The Gentlemen marca o seu regresso as origens do mundo do crime, com personagens no mínimo estranhas que acabou por agradar bem mais o publico do que a critica que ficou ainda algo reticente com o resultado final. Do ponto de vista comercial longe dos ótimos resultados que obtem em produções de topo, mas mesmo assim com um resultado interessante fora dos EUA.
Eu confesso que os atributos ideológicos de estilo mas também de narrartiva que Ritchie consegue nos seus filmes de base são usualmente bem mais funcionais do que a forma com que adapta o seu estilo a grandes produções, e aqui temos isso, um regresso as bases dentro do cinema e do humor e da curiosidade onde se sente mais confortável e o filme beneficia por isso já que consegue ser interessante, curioso e engraçado sem nunca perder o seu elemento de estilo que tornam Ritchie de vez em quando bastante diferente.
Não e um filme que começa bem, o excesso de personagens e os lapsos temporais que mais tarde acabam por ser explicados tornam o filme na sua fase inicial algo confuso principalmente pelo excesso de personagens com o desenvolver da narrativa embora por vezes com alguma previsibilidade o complexto puzzle vai se tornando bem explicito e o filme beneficia com isso, principalmente na originalidade com que toca em alguns pontos da forma como um filme se faz do ponto de vista de uma das personagens.
Não sendo uma obra prima e um dos melhores e mais originais filmes deste ano de 2020 principalmente porque consegue ser original, e interessante aspetos que nem sempre estão bem presentes na maioria dos filmes. Fica o regresso ao estilo de Ritchie que alguns bons filmes já nos trouxe e que este filme pode ser facilmente englobado nesse naipe.
A historia fala de um grupo de criminosos que tenta um ao outro darem o golpe do bau para controlar uma estrutura montade de cultivo e comercialização de cannabis, que vai levar a uma guerra entre organizações.
Em termos de argumento não tendo uma abordagem inicial fácil, o filme vai-se compondo com sucesso, mais que isso consegue em algumas personagens e mais que isso em algumas abordagens funcionar com originalidade e humor e demonstrar que Ritchie quando escreve ainda consegue ser criativo.
Na realização esta abertura e esta falta de barreiras permite que Ritchie tem a sua inspiração com mais espaço e usualmente o cinema ganha com isso. Temos um regresso ao seu cinema de estética que poderia o ter tornado numa figura muiro mais unanime em Hollywood.
No cast o recheado naipe de atores tem comportamentos diferentes muito por culpa de personagens também elas diferentes. O maior destaque vai para um Farrell e Humman em boa forma, um Hugh Grant a dar o lado mais comico e McConaughey a entregar o estilo. Penso que do outro lado deveria ter alguém com mais peso.

O melhor -UM regresso de Ritchie ao seu melhor lado.

O pior - O inicio e algo confuso

Avaliação - B

Monday, April 06, 2020

Coffee & Kareem

Numa altura em que o cinema de sala se encontra totalmente paralisado devido ao coronavírus a atenção esta por completo nos stremings que os diversos estúdios estão a lançar, A netflix talvez o maior serviço de streaming lançou esta pequena comedia policia, cujos resultados críticos foram bastante negativos e que não me parece ser particularmente prodiga na forma como vai apelar aos espetadores nesta fase.
Sobre o filme temos algo que nem sempre é comum e que é arriscado de termos uma comedia bastante sexualizada e bastante incorreta com um menor como protagonista. O problema do filme nem acaba por ser este dilema moral e apenas adotar o estilo de cinema absurdo, com piadas fáceis esquecendo por completo os dois pontos que o filme teria de ter para funcionar a química entre personagens centrais e alguma intriga.
Basicamente o filme é um conjunto de palavrões como se de um cantar ao desafio se tratasse sem nunca existir qualquer empatia com nenhuma das personagens centrais já que caem em opostos tao grande que nunca existe qualquer ponto de união entre as mesmas. Também na linha da intriga policial pede-se alguma logica no mínimo para um filme sobre corrupção e outros valores.
OU seja uma comedia de desgaste rápido que aposta no insólito e no incorreto, sendo que nem sempre o obsceno e os palavrões por si so chegam para ser engraçado e neste filme quase nunca o são, tirando um ou outro apontamento a uma historia cinematografia.
A historia fala de um policia com pouca coragem que e colocado na divisão de transito depois de deixar fugir um criminoso. Quando o filho da sua namorada tenta associar-se a um grupo criminoso, os dois tem de entrar numa luta pela sobrevivência e mais que isso perceber quem esta por tras de toda a situação.
Em termos de argumento o politicamente incorreto do filme quase não funciona na sumula embora o possa fazer em alguns momentos. O problema do filme acaba por estar no argumento central extremamente repetido e previsível na intriga, mas onde o filme funciona pior e mesmo na incapacidade das personagens centrais funcionarem.
Na realização deste filme temos Michael Dowse um realizador associado essencialmente a comedias de uma segunda linha que aqui tem uma realização ritmada de estúdio e pouco mais. Não me parece que seja um realizador com atributos para outro tipo de carreira.
No cast Helms funciona apenas como o nerd fora de sitio e o filme pede-lhe em exclusivo isso Gradenhigh parece-me não encaixar particularmente bem num registo que pedia outro tipo de interpretação. Henson acaba apenas por dar o lado mais mediático do filme.

O melhor - Alguns apontamentos de humor com referencias cinematograficas

O pior - A forma como as duas personagens nunca tem mínima quimica

Avaliação - D+

Sunday, April 05, 2020

Underwater

Janeiro e normalmente um mês de experiências por parte de algumas produtoras que usam este período para lançar alguns dos títulos que tem menos expetativas comerciais. Depois de ter sido filmado há cerca de três anos esta aventura sub aquática teve a sua luz do dia sem grande valorização critica que ignorou quase por completo o filme. Também comercialmente o filme esteve longe do sucesso esperado para um filme de ação do grande publico com resultados bastante pobres.
Sobre o filme devemos desde logo sublinhar que o mesmo não e particularmente inovador na sua historia sendo parecido com a maior parte dos filmes do mesmo tema, para não dizer igual. E um filme de luta contra o desconhecido que aposta tudo na realização sensorial, sem grandes personagens mas com uma cómica, para o final esperado. Já são mais que muitos os filmes com este registo e com este desenvolvimento o que acaba por ser limitado em termos do impacto que um filme como este acaba por ter no ano cinematográfico.
Em termos de realização o filme não e brilhante, a construção do ser aquático é exagerado até à exausão querendo dar ao filme uma componente de terror que estava claramente mais dependente do lado desconhecido do filme do que a estética do ser que provoca o terror. E nesta questão embora em alguns momentos o filme consiga essa sensação de claustrofobia ela não esta nem de perto nem de longe sempre presente.
Ou seja um filme de ação/terror igual a muitos outros, com muitos dos defeitos que os filmes menores deste género acabam por ter concretamente a falta de personagens ou de surpresa na evolução da narrativa, sendo que a realização, sempre fulcral no resultado final de um filme como este acaba por também ela não ser brilhante no seu conjunto completo embora alguns bons momentos principalmente na parte inicial.
A historia fala de uma equipa de expedição numa perfuração no fundo do mar, que de repente ve a estação onde se encontram ser atacada, sendo que os sobreviventes tem de tentar efetuar um plano para regressar com vida à tona, contudo percebem que a origem esteve num ser com propriedades bem mais vantajosas.
Em termos de argumento mais do mesmo no género, muito colado a outros filmes com a mesma temática em todos os sentidos, quer nas personagens pouco trabalhadas, no elemento de humor e na definição da historia, faz com que a originalidade esteja em falta neste filme.
Na realização William Eubank e um realizador de sci fi de baixo custo que tem aqui algumas boas ideias mas fica a ideia que gasta algum dos poderes em aspetos com pouco ou nenhum fator essencial para o filme como a construção do monstro. O filme tem bons momentos mas não consegue ser coeso
No cast já disse aqui diversas vezes que não considero Stewart nem de perto nem de longe uma boa atriz, o filme não exige muito destas capacidades dramáticas, contudo quando exige elas não estão presentes. Ficiamente entrega-se ao filme mas pouco mais. No restante dos secundários pouco a anunciar, já que todos ocupam o lugar típico nas carreiras

O melhor - Alguns momentos de claustrofobia

O pior - O argumento ser uma copia de outros filmes já vistos

Avaliação - C-

Saturday, April 04, 2020

The Call of the Wild

E sabido que os primeiros meses não são propriamente épocas onde os grandes estúdios apostam em primeiras linhas, contudo com os condicionamentos entretanto vividos este filme que marca uma das primeiras abordagens da nova 20 Century sob a mão da Disney, acabou por ser um dos grandes vitoriosos do ano já que comercialmente ainda conseguiu alguns resultados mesmo que do ponto de vista critico o filme não tenha sido um primor.
Sobre o filme podemos desde logo dizer que se trata de uma historia cliché, apostada na relação do homem e do cáo como muitos filmes nos últimos anos abordaram. Temos um filme que consegue ter alguma diferenciação pelo facto de ocorrer num espaço natural pouco comum, mas pouco mais surge no filme que realmente o diferencie de outros filmes do género.
Outro dos pontos que o filme tenta ser inovador e o facto de utilizar a tecnologia digital para criar a personagem principal, pese embora isso permita que o animal tenha algumas feições e expressões que funcionam bem, nem sempre nos parece a melhor escolha em termos de realismo já que e evidente que temos este tipo de recurso em diversos pontos do filme, principalmente com as sequencias de luta e ação exigem mais.
Ou seja um filme familiar com muitos pontos próximos de muitos outros filmes familiares, com efeitos de bom nível, mas um filme que na essência não trás propriamente nada de novo em termos narrativos. Parece um filme com uma formula de dinheiro algo fácil, com boas imagens e cenários mas pouco mais no que diz respeito a novidade do conceito.
A historia fala-nos de um cão de uma família rica que e raptado acabando no Alasca como Cão correio até que embarca para uma aventura onde descobre a sua natureza mais selvagem.
Não e o argumento do filme que o potencie, uma historia igual a muitas outras, previsível, e mais que isso com a sensação de querer apenas apelar a emoção. Não e um filme de grandes personagens ou diálogos sendo antes um filme para famílias.
Em termos de realização o leme foi assumido por Chris Sanders um realizador oriundo da animação que aproveita bem o contexto espacial escolhido para o filme, sendo a criação digital da personagem central o recurso que nem sempre funcione e isso condicione algo o resultado final do filme.
NO cast a maior parte dos protagonistas são animais criados digitalmente, não sendo um filme que exige muito dos seus personagens humanos, embora a presença de um Ford envelhecido encaixe bem no teor que o filme quer ter principalmente na parte final.

O melhor - O filme tem uma ideologia definica.

O pior - A criação digital por vezes expõem-se em demasiado

Avaliação - C

Thursday, April 02, 2020

Downhill

Uma das primeiras comedias do ano juntava duas das figuras de referencia da comedia numa estreia em conjunto. Este filme na neve da Austria que juntou Ferrel e Dreyfous tentava reunir algum fulgor comercial e critico mas acabou por não funcionar propriamente em nenhum desses pontos. Criticamente ficou por uma mediana algo desapontante e comercialmente também foi um desastre mesmo com a reunião de protagonistas que publicitou.
Sobre o filme começamos por sublinhar o facto de ser um filme passado num contexto muito bonito, num contexto europeu de ferias de inverno que normalmente não e muito utilizado, sendo a forma como o filme nos da este mundo algo de diferente e algo que realmente suscita alguma curiosidade no filme.
POnto isto temos a intriga familiar, ou a alegada comedia de costumes, onde penso claramente que o filme não funciona, primeiro porque a intriga ou a reflexão familiar nunca é assumida no filme com algo a ser levado a serio, ou que nos de os pontos para esse pensamento, e por outro lado comicamente o filme nunca ter real graça tirando dois ou três aspetos.o que é muito pouco mesmo para um filme de curta duração.
Fica a ideia que o filme nunca encontra na realidade o seu espaço no balanco que faz entre o lado do conflito familiar e da comedia familiar acabando por não ser nenhuma delas, e mais que isso rapidamente o filme apenas se interessa pelos pontos paisagísticos abandonando a intriga desinteressante e pouco trabalhada que o filme acaba por ter.
A historia fala de uma família que embarca numas ferias numa estancia turística de neve, contudo rapidamente as ferias se tornam numa serie de conflitos familiares que vai colocar em causa a estrutura familiar.
Em termos de argumento o filme parece curto em todos os pontos de analise de um argumento deste a construção das personagens que com exceção da feminina parace claramente pouco desenvolvidas com sublinhando especial nas secundarias. Em termos de intriga as coisas também não são brilhantes, e os diálogos falham no mais importante em termos de comedia, ou seja no humor.
Na realização a dupla Faxon e Rush tinha funcionado bem no curioso The Way Way Back mas aqui apenas funciona na escolha do contexto e do espaço do filme, muito bonito e poderia ser a base brilhante para o filme, mas o argumento nunca ajuda.
No cast nem Dreyfus nem Ferrel me parecem minimamente confortáveis neste misto de comedia e conflito familiar porque não lhe da o ponto onde melhor funcionam em termos cómicos, também na sua conjugação não me parece que as coisas sejam brilhantes.

O melhor - A Áustria de neve

O pior - O argumento

Avaliação - C-

Bloodshot

Seria uma questão de tempo a que o mundo da adaptação dos super heróis fosse para alem da DC e da Marvel para editoras mais pequenas. Este bloodshot marcava a estreia da Vallaint no mundo do cinema numa produção mediana mas apostada no valor comercial de Vin Diesel para ter alguma rentabilidade. Criticamente as coisas estiveram longe de estar brilhantes com avaliações medíocres, sendo que comercialmente a interrupção dos cinemas acabou por colocar em causa o resultado final do filme.
Sobre o filme eu confesso que se no inicio o filme me pareceu um péssimo filme de ação de VIn Diesel, quando o filme desvenda um pouco daquilo que esta subjacente a sua historia o filme ganha algum valor introduzindo algumas personagens com algum valor comico que o torna num espaço ainda que reduzido um objeto razoável de entretenimento. O problema e que no final volta a um filme estapafúrdio de ação sem grande coerência ou personagens e os poucos pontos positivos que o filme vai tendo ao longo da sua duração diluem-se por uma bordagem mais física e menos inteligente.
Em termos de produção temos uma abordagem simples com alguns efeitos mas mais que isso uma abordagem que tenta dar tudo na forma como Diesel e um herói de ação, algo que me parece extremamente redutor, ficando a ideia que  a base da personagem ou mesmo a criação da historia poderia nos dar um filme com mais conteúdo.
Ou seja não sendo um filme brilhante nem razoável no mundo dos heróis de ação, penso que no meior o filme tem alguns valores razoáveis que não o tornam o desastre que poderia ser tendo em conta aquilo que o filme acaba por ser quer no seu inicio quer no seu fim.
A historia fala de um herói de guerra que ve a sua mulher e ele próprio a ser atacados por um psicopata acordando depois com super poderes e entregue a um genio de engenharia com planos muito próprios para si.
Em termos de argumento a historia de base e a típica e igual a muitas outras em termos de cinema de heróis. Na base parece redutor, salvando algumas personagens com objetivos mais cómicos mas que se diluem no lado mais físico que o filme que ter.
Na realização Dave Wilson surge depois de alguns anos na equipa de efeitos especiais da Marvel. O filme não sendo propriamente uma abordagem ideológica e estética de referencia, sabe utilizar alguns efeitos para aquilo que quer num filme de estúdio e pouco mais.
NO cast Vin Diesel da o lado físico do filme embora não permita minimamente outros atributos a mesma pelas limitações que lhe sáo conhecidas. Gonzalez tem o estilo típico das personagens femininas do filme de Diesel e é pena ver Pearce num papel tão diminuído.

O melhor  - A personagem de WIggans

O pior - O filme recuperar de um mau inicio para o desperdiçar em parte num final apenas de efeitos especiais

Avaliação - C