Tuesday, March 31, 2020

Bad Boys for Life

Para muitos foi muito estranho quando o estúdio de Jerry Buckheimer apostou nesta sequela de Bad Boys para um mês usualmente tão parado como Janeiro. POis bem se pensassemos bem naquilo que depois sucedeu talvez possamos agora analisar que foi a melhor aposta possível jã que se por um lado criticamente a mediania esperada não o ia tornar um sucesso instantâneo comercialmente o filme tornou-se num ótimo sucesso em Janeiro e ainda mais tendo em conta o que depois sucedeu.
Bad Boys, principalmente o primeiro filme e um dos mais eficazes filmes de entretenimento de duplas policias dai que saiba sempre bem quando as personagens se juntam dentro das mesmas particularidades que já vimos nos filmes anteriores. Aqui temos talvez menos ação e mais humor nas personagens e isso torna-o num objeto de entretenimento mais eficaz demonstrando a boa química existente entre Mike e Marcus.
Do ponto de vista dos efeitos especiais e da espetacularidade do conceito talvez a falta ou a substituição de Bay na realização tenha tornado as coisas mais modestas e por isso o filme possa funcionar melhor noutros pontos que o tornam mais familiar e mais próximo daquilo que realmente funcionou na primeira obra ou seja a boa conjugação das personagens com o sentido apurado de humor.
Em termos de historia central aqui parece que o filme esta longe de ser particularmente bem trabalhado, faltando acima de tudo um vilão de primeira linha e o cliché emocional final fica totalmente desprositado naquilo que o filme nos trás. Por outro lado a introdução de outros elementos ainda que de forma circunstancial a equipa acaba por funcionar apesar de ser logicamente uma aposta de risco.
A historia segue as duas personagens principais numa fase terminal da carreira em face do avançar das idades contudo tudo se altera quando Mike e vitima de uma tentativa de homicídio que vai fazer com que a dupla tenha de partir para mais uma aventura.
Em termos de argumento a base do filme não e propriamente original, e o cliché emocional nem sempre me parece ficar bem num filme como este. Por seu lado e principalmente comparada com o segundo filme, o humor volta a estar apurado e fazer funcionar o filme.
Sem Bay ao leme a realização ficou a cargo de Adil e Billal uma dupla de realizadores de uma nova vaga quase desconhecidos ate ao momento que fazem um filme mais simples, com menos fogo de artificio mais mais familiar. Apesar de trabalho de tarefeiro parece-me inteligente a escolha por algo mais pequeno.
No cast Lawrence e Smith encaixam bem nas personagens e principalmente um com o outro em registos típicos de ambos. Não e um filme que exija muitos dos secundários que servem basicamente para servir a simbiose da dupla.

O melhor - A recuperação do humor do primeiro filme.

O pior - O cliché emocional final

Avaliação - C+

Sunday, March 29, 2020

Clemency

Desde o momento em que estreou em pleno festival SUndance de 2019 onde acabou por ganhar o premio de melhor filme dramático do júri, que alguns especialistas consideraram que este intimista filme sobre o corredor da morte poderia entrar na corrida aos prémios. Contudo a falta de figuras de primeira linha associado a outras apostas acabaram por tornar o filme pouco forte nesta corrida, sendo que comercialmente as coisas também tiveram longe do sucesso pese embora o bom cartaz que foi a vitoria em SUndance.
O final do ano ficou marcado pela estreia de dois filmes sobre o mesmo tempo embora com óticas diferentes. Just Mercy trouxe-nos uma historia real enquanto este filme tenta através da ficção nos trazer o drama de uma diretora do estabelecimento prisional com aquela valencia como de um alegado condenado inocente, e isto torna este filme intenso embora demasiado parado para as suas horas que tem.
Mas o silencio introspetivo do filme torna alguma sequencias com um peso emocional que funcionam porque se percebe que e um objetivo claro do filme ser menos comercial e mais introspetivo, e nisso a custa de algum ritmo o filme consegue os seus objetivos muito ancorado por interpretações de primeira linha que algumas delas deveriam quem sabe ter alguma atenção na temporada de prémios.
Não sendo propriamente um hino a originalidade e nem sempre tendo um ritmo forte e um daqueles filmes de impacto, que quando quer na sequencias mais claras sem grande diálogos consegue incutir o peso de tudo o que vive e as vivencias interentes ao seu tema. Podera ser menos emocional ou menos filme que JUst Mercy mas nos momentos fundamentais e muito intenso.
A historia fala-nos das vivencias de uma diretora de uma prisão com corredor da morte e a forma como isso influencia o seu dia a dia, na altura em que se discute a decisão da morte de um condenado cuja a opinião publica tem muitas duvidas da sua justiça.
Em termos de diálogos e um filme parado, sem grandes diálogos que aposta tudo nos conflitos dos personagens e muitos deles silenciosos. Não e um argumento de ponta mas dos poucos que utiliza bem o silencio em seu beneficio.
Na realização Chukwu quer nos dar um filme pesado e negro e consegue o silencio em determinos momentos da o impacto que o filme quer ter e isso acaba por tornar o mesmo de grande impacto. UMa jovem realizadora com um bom trabalho que merece o seu significado.
No cast quer Woodard quer Hodge estão a um nível interessante principalmente este ultimo que se encontra num excelente momento de forma e a ganhar um espaço justo na comunidade afro americana. Mereciam ambos maior destaque na temporada de prémios do ano passado.

O melhor  - O peso do silencio em algumas cenas

O pior - Deixar-se adormecer no seu desenovilmento

Avaliação - B

Saturday, March 28, 2020

Human Capital

Este foi o ultimo filme a ver a luz do dia em alguns cinemas muito escolhidos antes do mundo e por inerência o cinema parar. Este filme produzido em 2019 com um elenco com algumas figuras de primeira linha que foi lançado em alguns festivais ainda no ano passado sem grande sucesso acabou por ser lançado dias antes de tudo parar dai que seja impossível perceber que tipo de resultado teria, embora as expetativas não fossem elevadas.
O estilo fracionado de historias como esta funcionam acima de tudo quando tem no epicentro algum suspense coisa que este filme até potencia mas o seu final torna-se facilmente demasiado obvio embora seja um filme que vai crescendo com as personagens, principalmente aquelas que inicialmente mais despercebida acabam por passar.
O problema do filme acaba por ser o seu inicio, uma introdução de personagens demasiado vagas acaba por não deixar o filme ganhar as suas potencialidades e mais que isso faz pensar que o filme vai por um caminho diferente principalmente ao dar grande interesse aos negócios e economias de um personagem. A escolha torna-se feliz quando se centra nos mais jovens e se torna num filme obvio mas bem gerido em termos de ritmo.
Não sendo um filme de excelência alias penso que o filme nunca teve em momento algum esse objetivo parece-me que o filme acaba por ser competente acima de tudo na forma como liga as personagens no seu percurso, fica a ideia que bem desenvolvido na fase inicial o resultado poderia ter bem mais impacto.
A historia fala de duas famílias que se unem em negócios, em que tudo muda quando um acidente ocorre e que leva a testar o que cada um fez nos momentos antes do mesmo.
Em termos de argumento é um filme tipo Puzzle mas que o resultado final encaixa o que acaba por ser o mais importante em filmes como este. Não sendo um poço de originalidade acaba por ser competente na sua organizaçao
Na realização Marc Meyers e um desconhecido que acaba por ter alguma competência nem tanto na forma como o filme nos exibe as suas imagens mas sim na forma como o filme e montado. E um filme simples mas que poderá ficar bem num realizador ainda a procura de espaço.
No cast não sendo brilhante as interpretações o cast acaba por ser coeso com os mais velhos a demonstrarem um nível típico na sua forma de atual, e por outro lado os mais novos a demonstrar atributos interessantes para o futuro, principalmente Wolf em ótima forma.

O melhor - A forma como tudo se encaixar de uma forma simples

O pior - A introdução no jantar poderia e deveria ser mais forte

Avaliação - C+

Emma

Numa altura em que o cinema parece querer revisitar alguns dos clássicos da literatura tradicional, seria uma questão de tempo que Emma de Jane Austen tivesse mais uma versão sendo novamente uma adaptação de época, pensada em alguns cenários idílicos e uma serie de jovens atores nos papeis. Supreendentemente para um filme já conhecido as criticas ate foram positivas com avaliações simpáticas por parte da critica. Comercialmente o filme foi competente principalmente porque passou da prevista estreia limited para um wide ainda com poucos resultados.
Emma e uma das boas historias de Jane Austen quer pelo significado quer pelo interlaçar das personagens e pelos avanços e recuos num estilo leve. O filme consegue ter essa leveza adotando um estilo humorístico quase parvo que caracteriza bem o que o filme quer ser e dá-lhe a toada ideal que o filme quer ter, e isso unido ao primor de cenários que o filme escolhe, torna-o competente em diversos aspetos.
Contudo parece-me que numa altura em que já foram as diversas adaptações desta obra mais uma, acaba por também significar alguma crise de ideias que neste momento encontramos no cinema atual. Repetir conceitos com novos intervenientes e apenas algum maior valor estético fruto da tecnologia atual parece-me curto, e realmente encontramos poucas diferenças entre esta versão e a que vimos em 1996.
FIca sim o registo de mais um naipe de jovens atores que tiveram aqui a oportunidade de alguma visibilidade num filme de época interessante, comico, bem realizado mas que em termos de prespetiva do cinema demonstra que as ideias começam a ser escassas e quando assim acontece não podemos louvar em excesso ideias repetidas.
A historia fala-nos da conhecida historia de Jane Austen sobre Emma uma jovem casamenteira que tenta agrupar casais da alta sociedade, enquanto ela própria foge desse desígnio.
Em termos de argumento o filme é fiel a historia original naquilo que são as personagens e isso acaba por ser a escolha simples numa adaptação como esta. Não e no argumento que o filme acaba por ser algo refrescante.
Na realização de WIlde tem uma boa abordagem ao tornar o filme quase comico nos seus maneirismos e pelo trabalho de cenários que o filme consegue ter, e que demonstra alguma mestria em conjugar o tradicional dos filmes de época com os desenvolvimentos tecnológicos e de cor da atualidade, sendo um filme atual. A acompanhar porque a tarefa não era fácil.
No cast parece-me que o filme e bastante feliz na escolha de Taylor Joy como Emma e mais que isso de GOth como Harriet, as duas demonstram qualidades e personalidade para encabeçar tais carismáticas personagens. Parece-me menos feliz as escolhas masculinas.

O melhor - A beleza dos cenarios

O pior - Ser mais um filme repetido

Avaliação - C+

Thursday, March 26, 2020

Onward

A pascoa e sempre uma época com alguns títulos de grandes estúdios a tentar rentabilizar os seus produtos, principalmente no terreno de animação. A Disney antecipou-se em cima de um terramoto, lançando este novo produto da sua maior aliada Pixar, nunca pensando que a crise sanitária impedisse que o filme tivesse mais de duas semanas em exibição. Criticamente como a maior parte dos filmes da pixar as coisas correram bem com avaliações essencialmente positivas. Comercialmente em cima de um desastre os 100 milhões tem de ser considerados significativos num filme que ia ter bem mais valorização noutro contexto.
Esta historia da Pixar vai ficar conhecida por ser a grande estreia que teve lugar antes da crise que todos mergulhamos devido ao coronavírus e isso vai impedir de ver alguns apontamentos de um filme que como a maioria dos filmes da Pixar tem na lição emocional a sua maior virtude, que para alem de forte e muito bem trabalhada na sua conclusão no cai no obvio que outros estúdios fazem em termos de animação.
Na sua construção esta longe de ser das obras primas da pixar, principalmente porque a escolha de monstros e mais monstros não seja fácil de criar a cumplicidade entre o espetador e o publico, o facto de ter demasiada magia tornar o filme demasiado aberto no espectro e isso não ser intimista com força como outros filmes da pixar consegue ser. Mas fica a ideia que o filme constrói muito bem o seu final e o impacto desse fim acaba por deixar o filme em boas graças.
Tecnicamente não e claramente um dos maiores produtos da pixar, fica a ideia de ser ligeiramente inferior mesmo em produção mas as coisas funcionam ainda com alguns condimentos que outros filmes da pixar já o fizeram. Em termos de humor já vimos trabalhos mais funcionais num filme que quer ser uma mistura de ação e emoção.
A historia fala de dois irmãos que apos um feitiço incompleto avançam numa viagem de forma a permitir arranjar forma de completar o feitiço e poder ter contacto com o falecido pai.
Em termos de argumento a pixar já nos deu filme que se introduzem melhor mas este filme tem uma virtude que é explodir emocionalmente de uma forma bem trabalhada no argumento e principalmente na realização e isso e uma virtude dos maiores.
Na realização Scanlon já tinha tido o leme do segundo episodio de MOnsters Inc ainda que sem grande brilho. Aqui o filme esteticamente e em termos produtivos não são brilhantes sendo apenas funcionais no espetro Pixar. Sublinha-se a forma como no final o filme consegue dar impacto emocional na boa escolha de imagem. Para alguém ligado a pixar pode ser uma rampa para filmes maiores.
No cast de vozes a escolha de Holland e Pratt encaixam perfeitamente nas personagens e o filme ganha dimensão com isso. Os filmes da Pixar não são dependentes de vozes mas aqui as coisas funcionam bem em simbiose.

O melhor - O valor emocional da sua conclusão

O pior - EM termos de humor e curiosidade já vimos mais na Pixar

Avaliação - B

The Hunt

Numa altura em que o cinema parou por completo existia um filme que estava a ser uma das revelações do ano principalmente pela sua irreverência do seu conceito. Este The Hunt uma espécie de carnificina sob a forma de filme não tinha propriamente chamado a atenção da critica, contudo a distribuição wide que o filme tinha conseguido fazia pensar que os resultados podiam ser melhores quando o mundo entrou em standby e este filme acabou por ter de ser lançado em streaming onde os valores são incalculáveis.
Sobre o filme podemos dizer que no mínimo e original, os primeiros vinte minutos com pessoas conhecidas dos espetadores a irem desaparecendo uma a uma ate chegar a protagonista e dos pontos mais originais do ano, porque cria no espetador que o que estamos a seguir agora vai ser a referencia que acaba por não ser, nisso o filme e original e torna-se num dos melhores inícios pelo menos em criatividade que a memoria.
Com a entrada em cena da protagonista o filme perde um pouco dessa originalidade tornando se apenas um filme mais violento e agressivo de uma luta sem limites. Na parte final fica a ideia que a explicação para tudo o que assistimos poderia ser melhor trabalhada e mais consistente o que acaba por não ser e o impacto inicial do filme se diluir um pouco, ficando apenas alguns pormenores interessantes como as comparações literárias.
Por tudo isto parece-me que The Hunt mais que um ótimo filme e algo diferente que funciona sem ser deslumbrante, tem um problema de ir do mais ao menos o que nem sempre ~e positivo mas fica a ideia que o filme sabe mesmo assim ser criativo na sua abordagem o que nem sempre acontece principalmente numa espécie de comedia de horror negra.
A historia fala de uma serie de personagens que são abandonadas com armas com o objetivo apenas de serem caçadas por um grupo estranho de pessoas cujos motivos são desconhecidos.
Em termos de argumento a historia tem uma base original embora algo irreal, mas que poderá ser simbólica no mundo moderno. Fica a ideia que o filme poderia ter uma explicação melhor trabalhada mas principalmente na abordagem do conceito o filme funciona.
Na realização Craig Zoble chama a atenção pelo excelente inicio do filme, numa abordagem de realizador, original, impactante num filme que depois não consegue manter esse registo, mas esta assinatura deixa antever num realizador ainda jovem que existe um bom caminho para trilhar.
No cast o filme vai nos dando algumas figuras de um segundo plano mas conhecidas que vao desaparecendo ate ao filme pegar na sua protagonista Betty Gilpin para uma prestação interessante misteriosa e física que encaixa no perfil que o filme quer. Apenas na parte final temos Swank a tentar ganhar alguma dimensão de um filme que não e para interpretações mas cujas escolhas funcionam no conceito

O melhor - A primeira meia hora de filme.

O pior - Não conseguir manter o registo na hora seguinte

Avaliação - B-

Wednesday, March 25, 2020

Seberg

Existem momentos algo tribulados na historia do cinema e mais que isso na historia da politica americana, principalmente relacionada com as questões raciais. Neste filme fala-nos de um dos icons associados as duas vertentes e mais que isso alguém que foi alvo das investidas dos serviços policias a todo custo. Este biopic acabou por não ser propriamente um sucesso critico, numa altura em que foi lançado com algumas previsões de prémios. Comercialmente as coisas motivadas por essa fraca rececao critica também esteve longe de qualquer brilhantismo.
A historia tem em si uma componente interessante, não so pela personagem central em si, um dos icons mais misteriosos, principalmente pela forma pouco justificada com que desapareceu com o lado da investigação policial e os métodos de Hoover. O filme contudo não consegue chamar e fazer funcionar a qualidade dos elementos num filme interessante, desde logo porque e demasiado pequeno e perde-se na eloquência da personagem.
E pena que um filme com um conteúdo tao sensível e sublinhando não resista a uma ma preparação. E aqui parece-me mais claro que o filme falha nas personagens e nas suas ligações, nunca consegue desenvolver as mesmas nem de uma forma singular nem nas suas relações e o filme fica órfão totalmente desses pontos de união contando a historia sem a força que a mesma poderia ter principalmente na discussão entre segurança e liberdade.
Ou seja fica a sensação que o filme perde uma excelente oportunidade de ser um biopic que para alem de contar a sua historia fazer uma analise sobre a evolução das técnicas policias ou a interferência policial na historia da democracia, tornando-se um filme que parece paralisado em fazer resultar esteticamente uma personagem que tinha esse tamanho mas cuja interprete parece-me longe de ter sido a mais feliz.
A historia fala do cino Jane Seberg e a sua investigação por parte da policia federal norte americana tendo em vista perceber o envolvimento e o financiamente que a atriz fazia as forças raciais negras no combate por igualdade.
Em termos de argumento parece-me que o filme nunca consegue potenciar personagens mesmo que estas tivessem tudo para funcionar e isso e claramente lesivo para o filme. FIca a ideia que o filme tinha tanta matéria para trabalhar mas que em termos de argumento nunca consegue arranjar as ideias para tudo resultar.
Na realização Benedict ANdrews e um realizador ainda com pouco espaço que tinha aqui um filme para se fazer vincar e perdeu a oportunidade principalmente porque pensou que Stewart na incorporação de Seberg teria uma dimensão que não tem e o filme aposta demasiadas fichas nela. Pode ser inexperiência ou mais que isso.
No cast parece-me que uma personagem icónica como Seberg merecia uma actriz que enchesse mais o ecrã, com mais recursos, algo que acho que Stewart esta longe de ter, pese embora nos últimos tempos esteja a escolher melhor os filmes. Nos secundários apenas a ideia que O Connell merece mais espaço.

O melhor - Aquilo que o filme poderia ter como reflexao

O pior - O filme pensar que Stewart teria uma dimensão que não tem

Avaliação - C-

The Song of Names

Estreado no final de 2019, este pequeno filme canadiano, passou quase despercebido numa sempre acérrima corrida pelos prémios. Talvez pelo facto de criticamente ter sido recebido com alguma indiferença acabou por não lhe dar qualquer dimensão, o que também acabou por conduzir a quase nenhuma visibilidade comercial, embora nos EUA os resultados não tenham sido assim tão desastrosos.
Sobre o filme eu confesso que o mesmo tem uma boa premissa sobre o debate entre a ideologia religiosa e a o nosso contexto, principalmente numa dinâmica de segunda guerra mundial e a invasão a Polonia. O filme quer ser intenso nas dinâmicas e vivencia da personagem central mas depois perde-se um pouco nos avanços e retrocessos não permitindo que a ação principalmente no presente tenha grande desenvolvimento o que torna tudo algo desequilibrado.
Mesmo achando que se trata de um filme de impacto por toda a envolvência histórica que tem também no lado passado, e mesmo com o facto de trabalhar bem os desajustes de alguém fora do contexto parece-me que narrativamente o filme acaba também por nesta fase ser algo repetitivo embora com melhores resultados do que a outra fase.
FIca a ideia acima de tudo de um filme com boas intenções que não consegue conciliar muito bem os dois pontos temporais, mesmo que a personagem central apresente a ambiguidade necessária para segurar o filme. E daqueles filmes que com outra arte e mais que isso com outro equilíbrio poderia ter um peso bem diferente no espetador pois e uma historia forte.
A historia fala de um individuo que no passado partilhou família com um aspirante a musico judeu e polaco que desapareceu sem rasto, sendo que anos mais tarde embarca na possibilidade de perceber o seu paradeiro e as razoes para tal desaparecimento.
EM termos de argumento fica a ideia que a historia de base e bem melhor e mais interessante do que aquilo que o filme se torna. Fica a ideia que os momentos e espaços temporais não tem ligação bem como as personagens em si. Tem a intensidade emocional a um contexto temático imponente.
Na realização Francois Girard, tenta dar ao filme alguma estética descritiva de um realizador muito associado a musica e que os seus filmes já surpreendentemente lograram o oscar de melhor banda sonora. Aqui parece-me uma realização competente num argumento nem sempre tao eficaz
No cast fico com a ideia que Roth não esta em boa forma e que se limita a ser descontraído nos filmes mesmo quando estes pedem mais. POr seu lado Owen não tem tempo no ecrã para grandes saltos, ficando o filme melhor entregue aos desconhecidos mas competentes atores mais jovens.

O melhor - O contexto do filme.

O pior - Nem sempre jogar bem no lado presente do filme.

Avaliação - C

Monday, March 23, 2020

The Invisible Man

2020 não estava a ser nem de perto nem de longe um ano famoso para o cinema, antes da pandemia ter tomado conta do mundo. Mas entre os filmes que tinha conseguido chamar alguma atenção comercial e critica estava esta nova adaptação de homem invisível, não so por ser próximo da historia original, mas mais que tudo por conseguir adaptar ao avanço tecnológico. Numa altura em que não sabemos quando tudo voltara ao normal, este e sem sombra de duvidas um dos filmes ate ao momento deste estranho 2020.
SObre o filme podemos dizer e dividi-lo em dois blocos diferente, uma primeira fase em que o filme lança bem a duvida entre a realidade e aquilo que estamos a ver muito por culpa de diversos elementos que são lançados em aberto para nos lançar essas duvidas. Nesta primeira fase parece-nos no entanto que o impacto visual do filme não e propriamente brilhante, com excepçao da primeira sequencia que acaba por ser de um pânico total que passa para o espetador.
No segundo ponto o filme torna-se maior, com mais efeitos, com mais sublinhando no que diz respeito a ideia do filme, e aqui também em termos de sensação o filme torna-se claustofobico e muito bem conduzido pela interpretação de MOss, embora se torna também mais objetivo e acima de tudo mais previsível na sua forma de se desenvolver e resolver os seu caminhos.
Não sendo obviamente uma novidade parece-me que tendo em conta a premissa e a historia que tem o filme e mais que um grande filme, uma abordagem competente, que consegue conciliar a historia de base conhecida, com alguma atualidade em alguns aspetos como a temática da violência domestica e desenvolvimento tecnológico.
A historia segue uma mulher vitima de abusos físicos por parte do companheiro que apos a morte deste acaba por herdar a fortuna ao mesmo tempo que começa a ser perseguida pelo mesmo, so que de uma forma invisível.
EM termos de argumento a historia de base é conhecida e isso tira alguns dos elementos surpresa que o filme poderia ter. Mesmo assim o filme tenta criar alguma duvida, mas que rapidamente se dissipa concluindo-se o filme de uma forma expectável.
Na realização Whanell foi um dos jovens realizador que me tinha surpreendido nos últimos tempos com um original Upgrade. Aqui tem uma abordagem mais clássica que mesmo não sendo brilhante e eficaz para o impacto que o filme quer ter. Excelente na primeira cena, num realizador com futuro.
No cast o filme funciona bem porque Moss tem uma prestação de destaque, física e interpretativa domina o filme do primeiro ao ultimo minuto, e acaba de ser uma das razões do sucesso do filme, de uma actriz intensa e num excelente momento de forma.

O melhor - A primeira cena

O pior - Todos sabermos a historia

Avaliação - B-

Sunday, March 22, 2020

Brahms: The Boy II

Três anos depois da versão masculina de Annbelle ter sido exibida a população com algum sucesso principalmente se tivermos em conta que se trata de um expectável filme de terror sem figuras de referencia eis que surgiu a sua natural sequela, desta vez com Katie Holmes a liderar o cast. Criticamente se o primeiro filme passou com alguma indiferença este acabou por ser pior com avaliações muito negativas. Do ponto de vista comercial os resultados foram os esperados principalmente para um filme de terror de desgaste rápido.
Sobre o filme podemos dizer que este tipo de filmes que cada vez mais são lançados com diversos estilos são dentro do terror do mais previsível que existe, rapidamente percebemos o que vai acontecer do primeiro ao ultimo minuto, sendo o sucesso do filme totalmente dependente daquilo que o filme consegue fazer em termos de estética e susto.
Neste ponto o filme não funciona do ponto de vista estético já que se limita apenas a fazer resultar a imagem do boneco, e o seu lado sinistro, sem ter qualquer outro tipo de incremento minimamente substantivo que deva se revelar. Isso faz do filme acima de tudo um tarefeiro filme de produção para dinheiro simples, tendo em conta um primeiro filme que já ele era mais do mesmo.
Do ponto de vista de surpreender o espetador com sustos, a primeira parte do filme ainda consegue assustar em um e outro momento o espetador, mas no final parece quase sempre um filme de terror algo familiar já que nunca consegue na sua essência ser minimamente assustator, e isso quando se trata de um filme de terror não e propriamente um sucesso.
O filme fala do terrivel boneco do primeiro filme que depois de ser achado por um família com um menor perturbado por um acontecimento do passado, o mesmo começa a desenvolver o poder de influencia em tal menor que pode colocar em causa a sobrevivência da própria família.
No argumento temos a ideia do primeiro filme e pouco mais, não temos novidade, não temos arrojo nem criatividade e o filme baseia-se em exclusivo naquilo que o primeiro filme acaba por ser e isso e muito pouco.
Na realização Brent Bell tem uma prestação próxima do que fez no primeiro filme, embora me pareça que no primeiro filme, talvez pela novidade o filme consiga fazer resultar mais o boneco e mesmo alguns sustos. Mas parece-me um realizador destinado apenas a esta saga.
No cast temos uma Katie Holmes desgastada com o tempo numa personagem desinteressante e demonstrando bem que provavelmente nunca teremos novamente a atriz num nível prioritário no cinema atual. No restante cast um conjunto de desconhecidos num filme que nada pede

O melhor - O boneco tem momentos em que funciona

O pior - O filme e uma copia do primeiro

Avaliação - D+

Friday, March 20, 2020

Star Wars Episode IX: The Rise of Skywalker

Em quatro anos JJ Abrams e a colaboração da Disney e a Lucas Filme deram origem aos três novos filmes desta nova triologia de Star Wars, com este ultimo filme que tinha como objetivo terminar de vez com o franchising abrindo apenas portas a historias paralelas. E se tudo começou bem com risco, e com ligação de filme para filme o conceito de base foi-se perdendo para ser um filme juvenil mais Disney do que star wars, sendo este um final esperado, nem sempre particularmente bem trabalhado, e que esteve longe do fulgor critico com que tudo começou. Comercialmente as coisas também foram de mais a menos e isso poderá fazer pensar se a estratégia em si, para alem do markting inerente resultou.
Sobre este ultimo episodio, parecia-me obvio que depois do filme claramente inferior que foi o segundo filme, que a tarefa de recuperar alguma dimensão deste ultimo filme estava perdido, e que o mesmo pouco mais do que concluir um pensamento poderia fazer, sem grandes surpresas ou twists, significativos, embora os mais ligados ao mundo poderão dizer o contrario.
O filme tem os efeitos necessários ou não fosse uma mega produção, embora nos pareça pobre em novos mundos, em novas personagens e fica a ideia que o filme fica orfao das personagens centrais dos primeiros filmes que serão sempre a base de algo que se possa fazer no futuro. Aqui não me parece que as aparições espirituais que já são comuns na saga salvem em algum momento o filme.
Fica a ideia no final da triologia que o primeiro filme prometeu muito mais do que aquilo que se seguiu. Isso porque a base das personagens centrais foi-se esfumando em quase nada, resistindo apenas a personagem de Kylo Ren, talvez porque teve como interprete a melhor das escolhas do filme. Nos restante e mesmo na central Ren parece que o filme não aproveitou minimamente alguns recursos que as personagens foram tendo e tornou-se num simples blockbuster de verão.
A historia termina aquilo que esta triologia começou, numa luta total entre Jedi e Sith até a decisão final, levando-nos as personagens centrais as suas definições de destino.
O argumento do filme acaba por ser esperado principalmente depois de algumas escolhas dos filmes anteriores. COm as necessidades de sequencias de ação as personagens ficam sendo vazias e neste ultimo filme isso não fica propriamente alterado. Fica uma conclusão clara o que é um elemento de sublinhar.
JJ Abrams, começou e terminou esta triologia, se no primeiro filme foi elogiado pela ligação do cinema atual a fidelidade do género, aqui pareceu um trabalho de tarefeiro que me parece curto para um realizador desta dimensão, que foi de mais a menos como a própria saga.
NO cast, passados três filmes fica a ideia que resistiram as personagens mais bem interpretadas, principalmente Adam Driver e o seu Kylo Ren, a sua dictomia e presença foi clara, e por vezes diminui os heróis para um segundo plano. O tridente Ridley Boyega e Isaac fica a ideia que perderam por personagens muito unidimensionais, mas ganharam a visibilidade que poderá confirmar outros atributos em projetos mais exigentes.

O melhor - Concluir tudo com objetividade

O pior - As personagens ficarem bastante reduzidas no meio de toda a historia

Avaliação - C+

Sunday, March 15, 2020

Lost Girls

Numa altura em que os olhos do mundo se encontram totalmente direcionados para as plataformas de streaming, eis que a Netflix acabou por lançar mais um filme sobre uma historia policial verídica e mais que tudo sobre a forma como a sociedade ve as diferentes pessoas. Este Lost Girls acabou ser dos poucos filmes da plataforma este ano que acabou por ser moderadamente bem aceite, sendo que em termos de resultado comercial, apenas com o tempo se poderá perceber o real valor do filme.
Sobre a historia podemos dizer que se trata de um policial impactante um pouco na senda daquilo que a serie Unbelivable já tinha feito, ou seja um caso, e os erros policiais debruçados, mais que propriamente um filme com respostas ou mesmo um filme sobre personagens. Isso faz o filme ser algo linear, sendo que o filme trabalha melhor principalmente nas dinâmicas familiares da perda. E nisso parece-me obvio que o filme pelo facto de relacionar o nível social e a resposta acaba por conseguir outro valor.
Não sendo um filme particularmente diferente na abordagem e sendo essencialmente um filme narrativo o resultado tem algumas potencialidades embora me pareça que no que diz respeito ao desenvolvimento da investigação o filme tenha dado alguns saltos demasiado longos. Fica acima de tudo a ideia de uma historia marcante e concreta que mereceu este filme.
Fica a ideia que não sendo propriamente um filme de referência e um filme que na sua base cumpre os seus objetivos. Fica a ideia que poderia ser melhor e com uma abordagem mais original, mas para um filme de Março de uma produtora mais pequena podemos dizer que as coisas correram naturalmente bem.
A historia fala de uma mãe que em conjunto com as suas duas filhas tenta procurar a resposta para o desaparecimento de uma das filhas, numa altura em que o corpo da mesma não apareceu mas outras foram assassinadas naquele local.
Em termos de argumento o filme é detalhado na sua abordagem, não sendo propriamente uma abordagem totalmente original e com diálogos riquíssimos ou mais que isso uma investigação totalmente detalhlada, o filme e competente nos seus curtos objetivos.
Na realização Liz Garbus acaba por ser oriunda dos documentários e tem aqui uma realização esteticamente simples, tendo em conta o tema em questão um filme algo escuro e mais que isso parece-me ser um filme simplista mas que cumpre os seus objetivos.
No cast podemos dizer que a escolha de Ryan acaba por ser positiva e funcional, porque é uma atriz com intensidade e com muitos recursos interpretativas. Ao seu lado Mckenzie e Bryne tem papeis simples mas que encaixam na necessidade do filme.

O melhor - A critica a investigação sob o prisma social.

O pior - A forma como o filme é pouco detalhado em alguns pontos

Avaliação - C+

The Grudge

Janeiro e sempre reconhecido por lançar projetos com menos ambições, e que usualmente muitos deles abarcam os filmes de terror. Este ano logo na primeira semana surgiu um remake de um filme de sucesso do inicio do milénio com nova roupagem e com um esquema temporal aparentemente mais ambicioso. Este The grudge passou pela critica com indiferença. Já do ponto de vista comercial The Grudge teve um resultado esperado e típico para os primeiros lançamentos do ano.
Sobre o filme eu confesso que numa época em que toda a gente estava a apostar em cinema de terror juvenil este The Grudge esteve longe quer no seu primeiro quer no segundo filme de ser dos mais marcantes dai que exista alguma estranheza pelo seu reeboot. Este filme e a repetição dos primeiros filmes com os mesmos pontos positivos e negativos, pensando eu acima de tudo que o risco numa linhagem temporal pouco obvia neste caso esteve longe de resultar porque a historias acabam por ser confundidas e desorganizadas sem que isso acarrete um grande proveito para o filme em si.
Parece me também que o que funcionava melhor nos primeiros filmes, ou seja a força visual do filme acabou por ficar pouco ou mesmo nada atualizada já que com o tempo e mais que tudo o trabalho que Wan fez em alguns dos seus projetos elevou em muito a exigência estética que os filmes de terror passaram a ter e isso acabou por deixar este filme nesse teor mais frouxo.
Ou seja o típico filme de terror sem qualidade e grandes objetivos que mais não e do que uma forma da produtora marcar presença numa semana que usualmente e deixada ao abandono, e a tentativa de alguns actores em pior momento ganhando espaço num filme que tenta ter mais alguns apontamentos do que o típico filme de terror mas que na verdade nunca consegue o ter.
A historia segue três linhas temporais diferentes numa casa alamdicoada, e a forma como em tempo atual decorre uma investigação que tenta perceber o que realmente esta por tras da mesma.
Em  termos de argumento mais do mesmo no que diz respeito a filmes sobre maldições, com a diferença de uma organização temporal repartida por três momentos, sendo que esta opção parece ser mais nefasta do que benéfica tornando tudo menos objetivo.
Na realização desta nova abordagem de terror tivemos Nicolas Pesce um realizador que ultimamente esta associado a filmes de terror de uma produção mais baixa, que aqui não consegue que as imagens sejam na realidade o veiculo do terror e isso e uma critica pesada num filme que tem muito peso nisso mesmo.
No cast o filme tenta ser mais rico com um cast recheado de atores que já tiveram alguns bons momentos nos diversos estilos mas cujo filme e as personagens nada acrescentam a carreiras que já tiveram melhores momentos.

O melhor - Existe algum risco na organização temporal do filme.

O pior - Não funciona, muito pelo contrário

Avaliação - D

Monday, March 09, 2020

Spenser Confidential

Num ano em que parece que a Netflix aos poucos vai recuperando o seu fulgor do ano passado, em pleno mes de Março estreou esta nova colaboração entre Mark Wahlberg e Peter Berg, a quinte consecutiva, num filme mais para o grande publico que junta ação e comedia. Em termos criticos esta colaboração ja teve resultados mais imponentes ja que este acabou por ser recebido com indiferença critica. Comercialmente so com o tempo se poderá perceber qual o real valor deste projeto ja que o serviço de streaming tem sempre muita dificuldade em ser avaliado.
Sobre o filme podemos dizer que Wahlberg funciona acima de tudo no lado mais humorístico já que como herói de ação parece sempre igual. O filme tem os defeitos e virtudes que o filme e o seu protagonista ultimamente tem tido. Ai o filme parece sempre funcionar muito melhor na comedia de alguns dos seus apontamentos do que propriamente na intriga algo previsível e pouco interessante ou mesmo nas sequencias de ação.
Esta colaboração entre Wahlberg e Berg tem sido um misto de produções algo desenovidas e com objetivos em termos de debruçar sobre uma situação com outros filmes pouco intensos ou mais que isso significativos. Este parece-me ser obviamente um desses segundos casos, num filme que e apenas resgatado pelo lado da comedia e a química entre a equipa dos protagonistas.
Numa altura em que pensávamos que a carreira de Berg como realizador estaria noutro nível parece-me um filme mais pensado no lado comercial do que outra coisa, mas fica a ideia que no género já muito e melhor foi feito noutros conceitos, sendo claro que ainda não foi aqui que Netflix começou a ganhar o ano.
A historia fala de um ex policia que apos ser preso ve o seu antigo chefe e o responsável pela sua detenção ser assassinado e as culpas recaírem num policia tido como honesto que o leva a investigar por conta próprio o ocorrido.
A intriga de corrupção policial deve ser dos temas mais recorrentes nos últimos tempos aqui o tema e trabalhado como muitas vezes já foi feito e o filme torna-se no seu desenvolvimento algo previsível. Em termos de personagens o filme e competente mas funciona muito melhor nos diálogos humiristicos.
Berg já foi um realizador mais promissor no que diz respeito aos seus filmes e o que eles significam aqui parece-me um trabalho de tarefeiro pouco arriscado e que o faz um filme quase indiferente na carreira.
No cast Wahlberg já nos pareceu em melhor forma, ultimamente temos este registo comico rebelde igual a outros papeis mas sem dificuldade porque encaixa no esteriotipo que criou. Fica a ideia que o filme necessitava acima de tudo de outros atores em destaque.

O melhor - Enquanto comedia funciona

O pior - Enquanto filme de ação nem tanto

Avaliação - C

Saturday, March 07, 2020

Birds of Prey: And the fantabulous Emancipation of One Harley Quinn

Depois do desastre que foi um Suicide Squad irreverente e pouco mais, percebeu-se de imediato que a única coisa que poderia resultar e ter continuidade daquele filme era a construção de Margot Robbie de Harley Quinn e isso foi o que aconteceu nesta sequela da sua historia, abandonando de imediato tudo o resto. Contudo em termos isolados este filme embora tenha funcionado melhor que o seu antecessor não foi propriamente um sucesso critico, embora tenha obtido na generalidade boas avaliações. O problema do filme foi mais comercial e principalmente nos EUA onde ficou algo longe dos resultados de um filme de super heróis.
SObre a historia o filme não nega o seu anterior partido do pressuposto da relação de Quinn com Joker, mas percebe-se que o filme pega no que de melhor tem o filme anterior, ou seja a construção da personagem por Robbie e explora-o ao máximo não se importando se as coisas tem sentido ou não. E um filme que quer ser irreverente, e consegue ser, mesmo que o produto final não seja mais que uma personagem louca e irreverente.
Onde o filme funciona melhor e não acompanhar a boa personagem com uma boa historia, com bons companheiros e muito menos com um bom vilão. ALias nestes pontos de união o filme acaba mesmo por ser algo pobre, sendo a historia e os atrasos e retrocessos da historia algo que não encaixa numa historia que se necessitava dinâmica, e mais que isso com outras personagens que não fizessem de Quinn a menos ma dos outros.
OU seja uma sequela natural, longe de ser brilhante ou mesmo de qualidade superior, onde fica na retina mais que tudo uma construção interessante de uma atriz em boa forma e de uma personagem icónica que ao segundo filme sem ser fantástico faz-nos pensar que merecia algo mais para se tornar uma referencia.
A historia segue Quinn depois de estar separada de Joker e a forma como rapidamente se torna um alvo de muitos dos bandidos de Gotham que a leva a uma guerra pela sobrevivência ainda para mais quando se une a uma jovem que roubou o maior vilão da cidade.
Em termos de argumento tirando a construção da personagem o filme é pobre, na intriga que cria e muito mais na organização da mesma. O filme tem espaço para o humor, que fica sempre a cargo da irreverencia da personagem.
Na realização de um projeto de grande estúdio como este a batuta foi entregue a Cathy Yan uma jovem realizadora desconhecida que tenta dar ao filme a cor e a irreverencia da personagem mas cujo argumento não ajuda particularmente e a desorganização temporal não e um apoio.
No cast Robbie e uma excelente Quinn e isso já tinha sido evidente em Suicide Squad mas fica mais vincado neste filme, e o seu ótimo momento de forma faz-nos pensar que merecia um filme melhor. Em termos de apoio os secundários personagens e vilões mais que pobres, não tiveram interpretações que as tornasse diferenciadoras

O melhor - Margot Harley Quinn

O pior - Os outros personagens

Avaliação - C

Sonic: The Headgehog

Nem sempre um inicio mau na promoção de um filme pode conduzir a um resultado desastroso. Este live action do famoso boneco dos videojogos começou com muitas criticas ao seu aspeto, mas depois de modificado as coisas até resultaram junto dos amantes do jogo que tornaram este peculiar filme, que nem foi grande sucesso critico se tornasse num sucesso imediato comercial e um dos filmes importantes neste parâmetro ate ao momento.
E sempre difícil fazer uma mistura de live action com animação ainda pior quando se tenta ao mesmo tempo agradar aos mais pequenos mas também aos maiores já que foram estes que mais próximos estão de Sonic. O resultado do ponto de vista de empatia funciona, porque o filme consegue trazer os pontos mais icónicos do jogo como a velocidade e os aneis, mas que consegue ao mesmo tempo ser engraçado e non sense o que muitas vezes acaba por ser o estilo de humor que mais funciona neste género de projetos.
E obvio que não temos uma abordagem totalmente diferenciadora, embora os flashbacks e fowards da moda estejam bem patentes na organização temporal o que pode dificultar o filme para os mais pequenos. OU seja parece na sua base um filme muito mais pensado para os maiores do que propriamente para os mais pequenos. Mesmo assim o lado fraterno e mais que isso de amizade e alguns efeitos vao fazer o filme funcionar junto do publico mais jovem.
Não sendo obviamente um filme denso, ou uma abordagem totalmente diferenciadora, penso que Sonic funciona nos seus intentos onde muitos outros falharam. Uma boa conjugação de efeitos mas mais que tudo um respeito pelo jogo de base e algum sentido de humor.
A historia fala da adaptação do ouriço azul ao nosso pais, e a forma como de repente acaba por estar na mira de instituições governamentais que contratam o perigoso doutor robotnick para o capturar, onde terá a ajuda de um policia de uma pequena cidade.
EM termos de argumento de base a historia obvia, nem sempre densa, ou com muita logica, mas que abre espaço e bem para o lado mais criativo de algumas piadas que funcionam. O repartir dos objetivos entre os maiores e mais pequenos e um dos bons pontos do filme.
Na realização a tarefa ficou entregue a Jeff Fowler que se estreia depois de estar associado aos efeitos especiais de alguns filmes. O trabalho embora de tarefa funciona principalmente porque não e proejudicado pela relação entre estilos. O trabalho era difícil e saiu do mesmo com vida.
No que diz respeito ao cast do filme, a escolha de Carey funciona perfeitamente, dando aso as suas caretas e o lado sem sentido. O filme demonstra que nisto carey funciona como poucos, sendo que a escolha vocal para sonic e também ela funcional.

O melhor - Algum sentido de humor apurado

O pior - E o filme possivel

Avaliação - C+