Wednesday, November 30, 2022

Stars at Noon

 Uma das apostas no ultimo festival de Cannes foi o novo filme de Claire Denis, uma conceituada e nada comum realizadora francesa que tem ganho espaço e conceito em festivais mais de autor. Este ano esta sua pequena aposta sobre um drama politico na Nicaragua, estreou em Cannes com algumas boas avaliações que a conduziu a um premio menos no festival, embora comercialmente o seu estilo de cinema não seja particularmente apelativo para grandes resultados.

Este e um filme que tem diversos pontos de funcionam de forma diversa. Desde logo a forma lenta e quase amadora com que Denis capta imagens não permite que os seus trabalhos sejam particularmente efusivos ou entusiasmantes. Nota- se a preocupação de entrar de uma forma abrangente na contingencia politica e social do filme mas pouco mais porque de resto e um filme lento e demorado para aquilo que na realidade acaba por dar ao espetador.

Muitos podem gostar do detalhe, do espaço que da aos atores para brilharem, para os espetadores submergirem no real contexto das personagens, mas no final fica a sensação que tudo é demasiado demorado, que o filme deveria ter mais ritmo, mais intriga, ou aproveitar melhor aquela que tem e que deveria dar um filme mais intenso e mais impactante.

Assim surge um filme claramente independente, demasiado concetual quando a sua narrativa e mesmo o seu conteúdo poderia valer outro tipo de registo. A aposta em jovens atores que arriscam nas suas personagens nem sempre é uma aposta ganha principalmente no lado masculino, e a relação central do filme deveria ter mais intensidade e mais quimica, e o filme sofre destes problemas.

A historia segue uma jornalista Freelancer que sem trabalha vê-se presa numa Nicaragua em guerra politica e tem de vender o corpo para aceder a alguns previlegios. Tudo se torna mais intenso quando conhece um estranho ingles, com uma agenda propria, que conduz a uma ligação intensa e complicada entre ambos.

No que diz respeito ao argumento, o filme tem uma intriga num contexto que pode ser apetecivel para um filme deste genero. O problema e o ritmo e a toada que o filme assume que acaba por ser lenta e diminuir a intensidade que a história de base poderia ter. Tambem as personagens parecem sempre ter dificuldades em crescer.

Denis e uma realizadora experiente, proxima da critica, com um estilo de cinema muito intimista. Nota-se a preocupação em entrar nos contextos, o que consegue neste filme, tornando tudo quase claustrofobico, mas perde a noçao da intensidade do filme, tipica dos cineastas mais europeus. Sera sempre o seu estilo

No cast Qualley tem ganho alguma dimensão em Hollywood e tenta demonstrar ser uma atriz versatil, arrojada e intensa, o que tem conseguido. Aqui teria um filme dificil, que com outra capacidade de comunicar com o espetador poderia ter outro impacto, ja que temos um papel interessante. Perde tambem porque o seu companheiro de cast, Alwyn não e propriamente prodigo em recursos, numa personagem que exigia mais.


O melhor - O contexto claustrofobico politico que o filme consegue criar.

O pior - Demasiado demorado e aborrecido


Avaliação - C



The Estate

 A comedia familiar é algo que muitas vezes preenche alguns realizadores mais independentes e com poucas ambiçoes num cinema com pouco impacto. Este ano num mes de Novembro calmo saiu este filme sobre partilhas e guerras familiares, numa comedia de costumes, que não agradou propriamente a critica com avaliações algo negativas, e comercialmente os resultados também foram bastante rudimentares transformando o filme num fiasco claro.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tenta ir na onda do filme mais conceituado do realizador, Death at Funeral, e naquilo que é a ambição no meio da morte que ja tinha sido o mote para o seu filme mais conhecido que acabou mesmo por ter duas versões. Aqui o filme tenta ser engraçado, exagerado numa luta desenfriada pelo dinheiro de uma tia perto da morte. O filme é exagerado em tudo, tenta ser corrusivo, mas o maior problema que o filme efetivamente acaba por ter, é que não e engraçado e todo o esforço é em vão porque nunca consegue efetivamente provocar grandes gargalhadas no espetador.

Outro dos pontos que me parece que o filme não funciona, e ter um leque de atores muito associados a uma comedia de segunda linha, que torna que o lado ideologico do filme seja diluido no exagero de um humor muitas vezes sem grande gosto, com excesso de sexualidade, e mais que isso com personagens demasiado esteriotipados para a piada facil.

Por tudo isto The Estate ao contrario de Death at Funeral não é engraçado, não é peculiar, é exagerado, é esforçado, mas não tem graça e isso seria o unico apontamento que poderia diferenciar o filme em algum vetor, já que tudo o resto acaba por ser pobre. Mesmo as escolhas para bonecos acabam por ser algo limitados, e o filme é uma desilusão.

A historia segue duas irmãs que desesperadas por dinheiro criam um plano de ajudar uma tia rica nos últimos dias de vida de forma a serem prendadas com a eventual herança. Contudo muitos outros primos em circunstâncias semelhantes acabam por ter a mesma ideia, começando uma guerra entre eles.

A base do filme é igual a muitas outras, em termos narrativos, longe de qualquer originalidade. A conclusão de tudo acaba  por ser semelhante a muitas outras, mas acaba por ser na forma com que o filme utiliza mal o humor que as coisas funcionam pior.

Na realização Dean Craig tem este estilo caotico de personagens a procura de um objetivo que ja foi apanágio de outros filmes seus. Eles não sendo brilhantes tem a assinatura propria acabando por ser no plano do argumento que este filme tem mais dificuldades a todos os niveis.

No cast Colette costuma ser competente mas e notorio o seu desconforto no filme pela personagem se esconder. Faris Turner estão mais confortaveis no que o filme pede, ainda que isso seja pouco. E um filme que nada pede aos seus interpretes


O melhor - Os momentos de Duchovny

O pior - O humor de ma qualidade


Avaliação - D



Ticket to Paradise

 Quando determinadas estrelas maiores do cinema entram em determinada idade, algumas tem dificuldade em encontrar o espaço comum dos anos anteriores das carreiras e deambulam por projetos que possam ser menos motivantes. Nesta comedia romantica algo simplista encontramos dois pesos pesados, conhecidos um do outro novamente a conjugarem esforços. Este pequeno filme ficou por uma esperada mediania critica sendo que comercialmente as coisas até correram bem principalmente para uma comedia romantica onde me parece claro que o nome dos protagonistas e o paraiso chamado Bali foi essencial para essa projeção.

Sobre o filme temos a tipica comedia romantica do odio de muito tempo que vira amor. O filme tras dois pesos pesado, em clara baixa de forma principalmente Clooney longe do ritmo que fez dele um dos atores maiores de Hollywood. O filme é obvio, pouco coeso, com um humor físico algo inesperado mas que dificilmente funciona e acima de tudo com pouca coesão ou lógica, tenta fazer um paralelismo nas duas historias de amor, quando na realidade nenhuma das duplas tem particular quimica nas suas personagens para sustentar um filme tão dependente deste ponto.

Claro que temos uma produção elevada, a qual se percebe desde logo na forma como o filme aproveita o alegado paraiso de Bali para levar as personagens para sítios indiscritíveis, e é claro que Clooney e Roberts tem carisma, mesmo em personagens monotonas e pouco trabalhadas, que reforçam os defeitos latentes que sempre estiveram presentes na carreira de ambos. Isso da um filme obvio, e previsivel que pouco trás de novo ao cinema.

Ou seja um comedia romântica de segunda divisão a todos os niveis. Com este cast e com esta linha exigia-se mais irreverencia, e mais autoria. Fica a sensação que principalmente na utilização de um humor algo fisico nem Roberts nem Clooney necessitavam deste tipo de papeis. Claro que a fase das carreiras não é a melhor mas fica a ideia que o filme acaba mesmo assim por ser demasiado pequeno e previsivel.

A historia segue uma jovem que numa viagem de fim de curso ao Bali, se apaixona por um nativo e fica noiva. Isso vai levar a que os pais, separados e com uma guerra de longo curso unam esforços para impedir que ela cometa o erra deles e que conduziu ao seu nascimento.

E no argumento de base que residem os maiores problemas do filme quer pelo excesso de prevesibilidade mas acima de tudo pela forma como tudo o obvio e o humor nao funciona. O filme e mais do mesmo em termos de comedias romanticas de segunda linha.

Na realizaçao Ol Parker e um tradicionalista do amor em Hollywood o qual ja teve diversos filmes com alguma dimensão, mas teve sempre dificuldade em dar uma assinatura ou algo relevante nos mesmos. Aqui para alem do paraiso so espaço pouco espaço para uma assinatura de cinema, que talvez explique tantos filmes, tanto dinheiro e continuar quase desconhecido.

No cast nem Clooney nem Roberts estão no melhor momento atual. Clooney depois de alguns insucessos tenta dar o ar de gala, mas o humor fisico e totalmente disfuncional na sua prestação. Roberts, que colecionou sucesso em comedias romanticas, parece desconfortavel numa personagem tao rigida. A jovem Dever tenta ganhar espaço, mas ja a vimos a exibir mais risco nos seus papeis.


O melhor - Bali

O pior - O humor fisico que o filme tenta ter.


Avaliação - C-



Tuesday, November 29, 2022

Lyle Lyle Crocodile

 Neste final de ano existiu este filme juvenil sobre um corcodilo cantor, que tentou utilizar ao maximo o poder da estrela musical Shawn Mendes para conseguir cativar um publico juvenil. O filme, uma aposta maior de uma das maiores produtoras de hollywood não conseguiu chamar muito a atenção em termos criticos com avaliações medianas, sendo que comercialmente as coisas correram melhor com o tempo do que inicialmente se fazia esperar.

Sobre o filme podemos dizer que o conceito do animal cantor parece muito anos 90 e que atualmente penso que é dificil perceber qual e o real publico alvo de um filme que é demasiado infantil para os adultos, mas também não é engraçado ou cativador para os mais pequenos que acabam por ter muito melhores projetos e mais trabalhados do que este. Dai que seja surpreendente a forma como um filme deste, de domingo a tarde conseguiu chamar a atenção de um grande estudio.

Tambem em termos de produçao me parece que o filme é limitado, tudo começa desde logo pela forma como o filme não tem propriamente um efeito especial de excelencia na construção de Lyle, e acima de tudo como os momentos musicais são alvo distantes do teor que o filme quer ter, tornando-o num markting puro para Mendes, mais do que uma obra cinematografica propria.

Por tudo isto Lyle e um filme de domingo a tarde igual a muitos de animais falantes. Sobressai a capacidade de Bardem também ser um ator de musicais com capacidade fisica e interpretativa e pouco mais. Este sera sempre o filme de Mendes mais do que qualquer coisa, fruto de uma epoca que passará rapidamente.

A historia segue um corcodilo que se expressa a cantar e a forma como o mesmo se une a uma familia que vai viver para o andar de baixo ocupado por si, acabando por ajudar todos os elementos da familia a ultrapassar os seus problemas e unir todos nesta nova etapa.

Em termos de argumento muito pouco de original, e muito do que durante anos e anos vimos nos domingos a tarde dos canais generalistas. Personagens limitadas, valores morais obvios e muita previsibilidade. Fica a clara sensação que as letras das musicas deveriam encaixar muito mais no filme.

No que diz respeito a realizaçao uma dupla associada a comedia de estudio, sem grande relevância ou assinatura individual. O filme nem sempre utiliza os melhores recursos na construção da personagem, o que para um filme com este custo se exigia. Acaba por ser algo rudimentar para um filme com estes objetivos comerciais.

No que diz respeito ao cast, brilha Bardem do primeiro ao ultimo minuto, demonstrando vetores que até ao momento ainda não tinham sido observados. Ao seu lado WU e Mcnairy estão algo prendidos a personagens pouco trabalhados e o jovem Fegley e demasiado preso aos miudos nerds que sempre preencheram este tipo de filme.


O melhor - Bardem

O pior - A forma como o filme não consegue ser atual


Avaliação - C-



Saturday, November 26, 2022

The School for Good and Evil

 Neste Outono a aposta maior da Netflix tendo em vista uma dinamica comercial maior, foi este inicio de um franchising que acaba por ser a adaptação de um conjunto de livros de algum sucesso que mais uma vez tenta dar inicio a um franchising cinematografico. Sob a batuta de Paul Feig e Netflix surgiu esta especie de Harry Potter das historias de princesas. Este projeto arrojado acabou por falhar em longa escola na critica com avalações pessimas o que conjugado com o passa a palavra acabou por tornar este projeto no maior fiasco do ano para a produtora que continua a ter dificuldade em ter uma rendimento mais consistente nos seus projetos.

O filme tenta ir buscar a maior parte dos filmes infanto juvenis que viram a luz do dia nos ultimos anos, com a introduçao das suas personagens, as suas ligações e conduzir para o mundo das escolas. O piscar de olho a Harry Potter e claro mas o filme nunca consegue ter qualquer dinamica de sucesso, desde logo porque as personagens são desinteressantes e encarnadas por escolhas estranhas, porque não tem um vilão real de primeiro nivel, e porque o mundo onde sao encaixadas tem curiosidades como o passado familiar das personagens que são abandonadas para mais de duas horas repetitivas e previsiveis de um projeto que tinha tudo para falhar.

Outro dos pontos onde o filme nunca consegue encontrar o seu terreno e no estilo, quer ser juvenil, escuro e comico e acaba por ser nada disso, acaba por ser uma mistura de estilos sem assinatura, onde acima de tudo os efeitos não conseguem impressionar e a historia e desprovidade de grande conteúdo acabando por ser mais uma basica historia juvenil, longe de outras que ao longo do tempo foi tendo sucesso no cinema e na escrita.

Mais uma tentativa de criar um franchising que tornasse rentavel para muito tempo a Netflix uma aposta, que contudo ficou-se pelo objetivo central ja que o filme nunca consegue minimamente imprimir os pontos necessarios para isso, o que acaba por trazer mediocres atores, numa historia meciodre e numa produçao muito aquem do que se espera neste momento de uma produçao desta exigencia.

A historia segue duas amigas que tentam encaixar no perfil de princesa e bruxa dos filmes de princesas, que acabam por embarcar na escola de ambas mas trocadas, ate que percebem que a sua historia tem um proposito bem contrario aquilo que cada uma esperava.

O argumento e o patinho feito do filme a todos os niveis, desde logo na construçao de personagens, num filme que quer trazer personagens para um franchsing longo e necessario que as mesmas tenham carisma e empatia com o publico o que não acontece. Fica a sensação que com duas horas e meia de filme tudo e previsivel.

Feig e um realizador de comedia que tem tentado sair deste registo  mas tal tem sido dificil, quer em drama quer agora em fantasia. O filme tem alguns meios mas o realizador nunca consegue dotar o projeto de qualquer assinatura, ficando sempre a sensação que quando sai do seu terreno de humor as coisas ficam dificeis.

No cast e incrivel como o filme aposta num projeto tao caro duas protagonistas desconhecidas e que nao funcionam no estilo que o filme quer. Se Anne Caruso ainda consegue ter o lado mais estranho que encaixa nos dois momentos da personagem, a escolha de Wyle e claramente discutivel por falta de recursos ou mesmo nunca se sentir confortavel com qualquer vertente do papel. O despredicio de Theron e Fishburne e incompreensivel.

O melhor - O resultado comercial aniquilar alguma possibilidade de continuidade


O pior - A forma como se desprediça dinheiro e tempo num projeto como este.


Avaliação - D



Tuesday, November 22, 2022

Rosaline

 Esta pequena comedia da Hulu, que tenta dar uma nova versão do clássico de Shakespeare Romeu e Juliete sob o ponto de vista de Rosaline, a prima de Julieta e alegado primeiro amor do herói romântico e um filme que tenta ser uma sátira sem grandes objetivos do que todos conhecimentos. O lado mais arrojado do filme foi valorizado pela critica que avaliou positivamente o conceito. Do ponto de vista comercial a aplicação Disney + acabou por dar mais visibilidade que o filme acabou por inicialmente ter.

Sobre o filme temos um registo suave pouco ambicioso, num filme de epoca de poucos recursos que tenta ser mais engraçado do que realmente é. Todos podemos considerar que a abordagem e original, algo que ja outros projetos fizeram que é dar uma roupagem diferente do que todos conhecemos. Nem sempre o filme e feliz na abordagem humoristica mas fica ainda mais a perceção que nem sempre os interpretes se sentem confortavel no formato.

Por tudo isto parece-nos claro que Rosaline e mais irreverente do que a propria qualidade que acaba por ter. O filme nunca se leva a serio, e isso embora possa lhe dar aquele aspeto cool o torna algo vazio nas personagens ou mesmo no seu desenvolvimento. Fica muitas vezes a sensação que o filme quer ser ainda mais disparatado sem argumentos, o que acaba por resultar em algo particularmente estranho, mesmo num espaço onde a irreverencia de abordagens e cada vez maior.

Assim  Rosaline vale mais pela curiosidade do conceito do que pelo filme em si. Uma produçao pequena o que influencia sempre negativamente qualquer projeto de epoca, com um humor forçado que na maior parte das vezes funciona mal, mas acima de tudo um estilo que pode estar na moda mas que nao tem aqui a sua obra mais capaz.

A historia segue Rosaline, depois de ser trocado por Romeu, pela sua prima Julieta a mesma tenta influenciar o amor eterno que nos conhecemos com a ajuda de um pretendente de nome Dario e que pode alterar tudo o que sabemos da mais conhecida historia de amor de todos os tempos.

No argumento o filme não é feliz, para alem da ideia original de dar o protagonismo a uma personagem apenas referida no livro, a concretização é algo obvia, sendo que o filme quer ser deliberadamente comico, sem o conseguir na maior parte das vezes.

Na realizaçao do projeto Karen Maine é uma irreverente e jovem realizadora americana que teve algum conceito critico independente no seu filme anterior. Aqui sofre o facto de ter nas mãos um filme de epoca com poucos meios e o filme sofrer claramente desse problema, nunca esboçando qualquer tentativa de ser mais arrojado.

No cast Dever vai ganhando dimensão em Hollywood principalmente depois do sucesso na televisão. nao me parece sentir-se minimamente confortável no papel de heroina romantica de epoca. Ao seu lado Merced e teale vao tentando ganhar minutos no cinema mas não é com este tipo de abordagens que ganharão dimensãoo.


O melhor - A ideia de transformar o conceito que todos conhecemos

O pior - A concretização do projeto e uma desilusao


Avaliação - C-



Saturday, November 19, 2022

Aftersun

 Apresentado no ultimo festival de Toronto esta pequena produçao patrocinada pela BBC foi uma das surpresas criticas do festival, principalmente pela unanimidade critica que absorveu sobre a quimica e as dificuldades de uma parentalidade algo precoce. O filme conseguiu criticamente algumas das avaliações mais consistentes do ano, sendo que comercialmente, ao ser um claro filme independente, mas mais que tudo a falta de figuras de uma primeira linha de HOllywood onde Mescal ainda esta em crescimento levou a resultados pouco imponentes que poderá conduzir a que o filme se dilua na competiçao com filmes mais visiveis.

Sobre o filme temos um filme lento a todos os niveis, mas mais que isto um filme que adota um estilo independente tipico do cinema britanico, onde o contexto espacial e os silencios interpretativos jovam um papel fundamental. Isto pode fazer com que o seja dificil entrar no circulo que o filme quer que o espetador entre, mas acaba por conseguir e ai conseguimos entrar nas dinamicas de uma relação pai filha, com dificuldades, amor e muitas questões que o filme aborda bem, sem grande ruido mas com muita profundidade.

O paralelismo entre o passado e o presente da personagem central pode ser o aspeto mais arrojado do filme a todos os niveis, principalmente porque vimos quase sempre a prespetiva da criança, mas parace que para esse funcionalismo ser mais explicito e imponente deveria ser mais exposto, fica muitas respostas por dar principalmente no que diz respeito as vivencias do pai. O filme consegue dar a nostalgia tipica de momentos que quando os vivemos nao damos o real interesse, e que o filme tão bem potencia em momentos realizados com detalhe de autor.

Por tudo isto Aftersun e sem duvida um dos filme mais intimistas do ano, claro que para os amantes de filmes maiores o ritmo muito lento do filme, podera tornar o filme algo monotono, bem como o facto de esconder, e centrar-se nas vivencias a sentimentos do momento. Mas o impacto da relaçao central e os pontos de vista, funcionam muito por culpa de uma otima quimica entre personagens.

O filme fala de umas ferias na Turquia, num resort barato de um pai divorciado com uma filha de onze anos, com todas as vivencias tipicas da idade de passagem, mas acima de tudo com as dificuldades do pai de responder aquilo que vao sendo as inquietaçoes da filha.

O argumento tendo uma historia de base algo linear e com pouca interiga, acaba por no seu significado e nas suas especificidades como dialogo ser bem montado, com otimos momentos da dois pai e filha. A forma como o filme depois transforma numa reflexao de adulta tambem e feliz.

Na realizaçao Wells da ao filme a melancolia perfeita e o saudosismo, numa filmagem independente nem sempre totalmente clara, mas que tenta dar o realismo de personagens comuns, nas suas particularidades. Para estreia temos um filme com o estilo porprio com muito contexto espacial e muito sentimento transmitido nas personagens que nos deixa com alguma expetativa para o que se seguira.

No cast temos um Mescal a ganhar intensidade em Hollywood mas parece-me algo parecido de papel para papel, exigindo-se alguma maior irreverencia no que vem depois. Aqui encaixa no estilo que o filme quer, principalmente no lado mais proximo e emocional da mesma. As inquietaçoes da juventude sao muito bem interpretadas pela jovem Frankie Corio que merece destaque como uma das melhores apariçoes juvenis do ano.


O melhor - O lado nostalgico do passado que o filme transmite tão bem.

O pior - Pode ser algo monotono para tao curta duraçao


Avaliação - B



Friday, November 18, 2022

Halloween Ends

 Quando foi anunciado que David Gordon Green iria revitalizar o conceito de Halloween juntamente com Jaime Lee Curtis os saudistas dos fenómenos ficaram satisfeitos mesmo que ao longo dos anos tenham sido diversas as tentativas frustradas de o fazer, que acabava sempre no mesmo tipo de registo. Aqui a novidade era a escolha de um cineasta algo independente com algum conceito que foi alimentando expetativas que nos dois primeiros filmes se foram desmoronando. Este final da triologia acabou por sair sem grande dinâmica comercial, o que fez com que os resultados críticos e comerciais foram decrescendo e filme para filme depois de um primeiro filme que resultou em ambos os cenários.

Por tudo isto parece claro que esta forma como o filme terminou não seria o expectável para o conceito por diversas razões. Primeiro porque o grande segredo desta nova fase era o conceito retro que o filme teve, e que está na moda. Nos filmes seguintes o filme foi claramente menos feliz, primeiro porque divagava demasiado noutras personagens, e porque se limitava ao horror absoluto das mortes, tornando os filmes algo estranhos. Este cai nesse erro a primeira hora do filme é quase impossível de perceber o conceito, na forma como quase torna protagonista um personagem quase desconhecido, esquecendo todos os elementos de Halloween, sendo que posteriormente o filme não tem dimensão para conseguir ao mesmo tempo ir procurar.

O filme consegue ir buscar alguns apontamentos relativo à base dos primeiros filmes, mas pouco principalmente quando comparado com o anterior. Fica a clara ideia que o filme quer criar um discípulo de Meyers mas acaba por não ser mais que isso, porque a personagem não tem dimensão, não tem carisma e mais que isso o filme não ter novidade ficando a noção que no final, mesmo com novos elementos e uma triologia que tenta acabar com Meyers mas todos sabemos que ele vai regressar.

Assim temos tres filmes depois apenas uma homenagem, sem que exista algo de substancialmente diferente no percurso da personagem central de Halloween e naquilo que já conhecemos. E sempre nostalgico ouvir a musica e o espaço no mes de Outubro mas tendo em conta o numero de filmes do formato que já viram a luz do dia era de pensar se esta e a estrategia mais forte ou se deveria compor novos elementos com o mesmo carisma e originais.

O filme segue a saga de Meyers e Laurie, quando um jovem se torna mal visto na comunidade a apaixona-se pela neta de Laurie mas ao mesmo tempo aproxima-se das bases que criaram Meyers, e torna-se na companhia mortal do terrivel psicopata.

No argumento e mais que discutivel o enfoque central do filme. Fica a ideia que Meyers e Laurie sao secundarios no seu proprio filme sem razão alguma. A historia central e desinteressante, confusa, sem carisma das personagens e no final de uma saga como este, nao era de prever estas opções.

No que diz respeito à realização Gordon Green e um realizador que cresceu num lado mais indie quase dramtico que foi a surpreendente escolha para esta saga. O revivalismo está la mas pouco mais, num projeto que começou bem mas no qual perdeu rapidamente a originalidade das suas ideias.

No que diz respeito ao cast Curtis e a senhora da saga, bem como Patton e ai o filme segue o caminho natural. Nos jovens protagonistas fica a clara ideia que Matichak e Campbell nao tem dimensao para um projeto minimamente ambicioso ainda para mais com o peso da sua conclusao


O melhor - O revivalismo sonoro

O pior - Na conclusão mudar totalmente o foco narrativo


Avaliação - C-



 

Wednesday, November 16, 2022

Smile

 O terror é dos géneros que melhores produtos lançou em 2022. Parece que tal não se deveu apenas a qualidade intrínseca de alguns projetos, cada vez mais arrojados, mas talvez pela comparação fácil com o que se foi fazendo nos últimos anos, e cuja qualidade era extremamente duvidosa. O filme que conseguiu reunir mais gloria comercia e critica com este Smile, o qual foi potenciado com uma boa campanha de markting sustentado pelo macabro sorriso das personagens, o filme tornou-se num surpreendente sucesso de bilheteira que acabou por apanhar desprevenido os proprios produtores do filme. Criticamente o filme tambem resultou com avaliações positivas.

Sobre o filme eu confesso que o "sorriso" subjacente às personagens e o macabro que as mesmas acabam por ser acaba por ser o elemento sedutor do filme, que funciona que nos impressiona mas que tudo o resto sinceramente me desiludiu tendo em conta o que lia do filme. A historia de maldições é igual a muitas, mesmo a questão ciclica de perpetuação das ocorrências acaba por ser semelhante a quase tudo que ja vimos e o resultado final acaba por ser previsivel desde o primeiro minuto.

Em termos de terror o filme tem alguns momentos em que funciona, sempre com o mesmo elemento particular o sorriso e a forma como os interpretes, uns melhores que outros conseguiram que o mesmo fosse central e impactante ao longo de todo o filme. No final quando começa o confronto com o alegado "espirito" o filme não encontra o tom certo, ficando a ideia que apenas quer impressionar mesmo que isso seja desprovido de qualquer lógica.

Por tudo isto Smile e daqueles filmes que beneficia do elemento publicitario para se tornar maior. Num ano em que tivemos boas abordagens de terror, que esta longo de ser o meu genero preferido acabei por achar na globalidade este dos projetos mais pequenos em qualidade quando comparado com outros que brilharam principalmente na critica. Previsibilidade, sustos moderados e apenas o caracter estetico funcional de um sorriso retirado de um Joker mais tenebroso.

O filme fala-nos de uma médica de saude mental, que apos ver uma sua paciente a suicidar-se perante si, começa a ter visões concretamente de um sorriso que comunica com ela e que a conduz para um desfecho inevitavel de um ciclo de morte.

Em termos de argumento o filme e mais do mesmo a todos os niveis, na maldição, na forma como a mesma comunica, na forma como as personagens não crescer foram do ciclo e acima de tudo na previsibilidade total do final.

Na realização Parker Finn foi o grande vencedor do projeto pois conseguiu perceber a força estética do sorriso e potencia-lo ao máximo, escondendo outros elementos. O que resulta do restante e mais do mesmo que ja vimos em filmes maiores de terror, sustos efetuados da forma pre definida e pouco mais.

No cast o filme não recorre a grandes figuras optando por algumas caras ainda desconhecidas mas ja vistas em series. Eu nao fui particularmente adepto da escolha de Sosie Bacon como protagonista. Demasiado repetitiva nas expressões, e das que pior funciona no lado caustico do sorriso. O filme depende muito da sua personagem e a interpretação não e das melhores.


O melhor - O Aspeto gráfico do sorriso.

O pior - A história não é propriamente a que trás maior novidade.

Avaliação - C-

Tuesday, November 15, 2022

Luckiest Girl Alive

 A Netflix encontra-se em fase de preparação para a temporada de prémios, com apostas mais modestas. Não sei se este filme liderado por Mila Kunis seria uma dessas apostas, mas a morna receção acabou por de alguma forma tirar algum impacto critico ao filme, mesmo que comercialmente e tendo em conta o ainda poder comercial de Kunis o projeto tenha tido alguma visibilidade

Sobre o filme temos um thriller sobre o passado e a inflência das vivencias e os contextos sociais na credibilidade. O filme tem alguns apontamentos interessantes, principalmente no corpo moratorio que o filme quer ter, contudo parece claramente que o filme acaba por ter mais dificuldade na concretização dessas ideias, onde parece sempre algo difuso e mesmo confuso nos objetivos concretos que se propõem. O filme acaba por ter sempre um lume brando e principalmente a empatia com a personagem não é a maior e isso acaba por colocar em causa o impacto imediato da personagem junto do grande publico.

O que salva o filme de uma mediocridade maior é o final e o que está implícito na mensagem que quer passar. No final conseguimos perceber a estruturo de pensamento total que a personagem vai tendo, conseguimos também ter a pouca empatia que resta, e as escolhas são acertadas, mesmo que no que diga respeito ao passado e a revelação o filme acabe por ser algo previsivel.

Ou seja um filme com muitos temas de reflexão interessantes que acaba por não crescer como filme porque não e propriamente bem escrito, ficando a ideia clara que o livro deve ter outro impacto. Sendo que também nos outros elementos tudo e pautado por uma mediania que não conduz o filme para patamares de efetividade impressionantes.

A historia fala de uma aspirante a escritora, quase a casa, que tenta criar uma vida social de impacto, para conduzir a uma maior capacidade de ser credivel junto dos outros, depois de ter sido interveniente numa massacre juvenil.

O argumento e muito mais forte ideologicamente do que na sua concretização. Os aspetos que quer abordar são intensos, mas as personagens e os dialogos nem sempre aproveitam a base que o filme quer ter, e ai se calhar alguma falta de forca do crew e do argumentista pode ter conduzido a um resultado bem pior do que poderia ser.

Na realizaçao deste projeto Mike Barker tem alguns trabalhos louvados, mas acima de tudo em televisão, onde os meios sao menores. O filme acaba por ser pequeno em detalhes e em produçao, tentando que a historia, interessante resolvesse o resto da questão, o que nem sempre o faz.

Do ponto de vista do cast Kunis nao esta no melhor da carreira embora se perceba uma maior capacidade de sacrificio e de risco que nem sempre tem tido o melhor acolhimento. Ao seu lado um naipe de secundarios nem sempre relevantes fazem que tambem no elenco o filme seja apenas mediano.


O melhor - O filme trata e consegue colocar na balança valores muito assinalaveis.

O pior - Nunca sai de uma mediania redutora


Avaliação - C



Sunday, November 13, 2022

The Good Nurse

 Nos ultimos anos a Netflix tem sempre montado planos intensos tendo em vista a epoca de premios e a almejada vitoria no Oscar de melhor filme que ao longo do tempo lhe tem fugido. Outra vez temos um plano com diversos filmes lançado em diversos momentos com o objetivo de chegar aos premios. Uma das apostas mais forte foi esta adaptação ao cinema de uma historia mediatica real e que inclusivamente já tinha motivado um documentário da Netflix. A resposta critica foi positiva mas sem o entusiasmo necessário para um arranque em força para a temporada de premios. Em termos comerciais uma aposta com este cast será sempre rentável numa plataforma como a Netflix.

Sobre o filme podemos dizer que o filme tem logo um problema que lhe retira algum do impacto que o filme poderia ter, que é o facto de ser uma historia conhecida, o que leva a que suspense do porque que as coisas estão acontecer nunca surja, e que de imediato vejamos os pontos problemáticos na personagem de Charlie do que as virtudes. Este e um problema que o filme não consegue controlar, embora penso que não deveria esconder tanto tempo aquilo que esta subjacente aos acontecimentos. 

De resto temos um filme que tem a mais valia de não tentar limitar a personagem ao seu lado horrivel, acabando por o dar no lado emocional e amigável que se torna chave para tudo que se soube. Outro dos pontos em que o filme é hábil, é em não central exclusivamente tudo o que acontece, e terá sido mesmo muita coisa na otica do criminoso, mas também na otica de quem o tinha de vigiar, e acima de tudo alertar as autoridades para o que estava a acontecer. NUma critica que o filme faz bem ao lado na saude como negocio.

Sobre um filme de lume brando que no final explode, com a escolha de um cast forte, personagens que vão crescendo com uma narrativa e acontecimentos graves e impensáveis. O filme nao quer ser apenas um policial sobre um Seriall Killer mas ir a fundo na investigação, nas causas que permitiu que tanto acontecesse e mais que tudo na forma como alguém se foi ligando a uma personagem tão temível, essa gestão do filme funciona, mesmo que o filme nunca consiga arrancar para ser uma obra de referência.

O filme dá-nos o ponto de vista de um enfermeira da noite, com dificuldades economicas, a quem contratam uma ajuda, um enfermeiro com quem cria imediatamente empatia, o qual a auxilia nos seus problemas mas que esconde um segredo que aos poucos começa a ocorrer diversas mortes no hospital onde trabalha.

A historia que o filme quer contar, é impactante, politicamente imponente, e que o filme é habil em não querer tornar num policial de segunda linha. E dos maiores apontamentos do filme o seu argumento e a forma como não cai no lado facil do demonio do homicida, procurando outras respostas que a maioria dos filmes coloca de lado.

Na realizaçáo Lindhom tem aqui a estreia num projeto norte americano com uma realização silenciosa, escura, sem grandes malabarismos. Isso poderá fazer com que o filme não seja imponente, nem que o seu trabalho tenha um sublinhando especial. Mas acaba por ser a melhor escolha já que a historia e os atores eram de primeira linha.

No cast sera facil avaliar bem a prestação de Eddie Redmayne, algo que não consigo fazer. Os tiques que me irritam no ator, e que estão presentes nas mais variadas personagens, voltam a estar. E sem duvida uma interpretaçao vistosa, mas cai na parte final num overacting tipico do ator, que me fazem pessoalmente não ser um aperciador do estilo, embora esteja em clara minoria. Penso que acaba por ser Chastain sobria e com a sua competencia habitual que pauta o filme, demonstrando sem grande explosao o bom momento pelo que passa e que lhe valeu um oscar o ano passado.


O melhor - O filme nao cair no lado facil de se centrar no homicida.

O pior - O lume brando e muito claro durante a maior parte do filme.


Avaliação - B-



Saturday, November 12, 2022

My Father's Dragon

 Num ano em que ate ao momento atual não tem sido prodigo em filmes de animação bem recebidos eis que surge uma aposta mais de critica e menos de grande publico, no estilo proprio dos produtores de Wolfwakder e Secret of Kellis eis que surge o novo filme apoiado pela NEtflix com o mesmo tipo de abordagem e animação. Embora menos unanime do que os anteriores projetos, tambem este foi bem recebido pela critica, mesmo que o seu estilo de humor demasiado tradicionalista não possa imperar junto do grande publico em geral.

Sobre o filme podemos começar por dizer que ao contrarios dos filmes anteriores acima indicados o inicio e de um filme mais terra a terra, sobre uma historia familiar comum, apenas mais tarde entrando o lado mitologico tao presente. SUrpreendentemente acaba por ser na fase inicial que o filme tem maior impacto emocional junto ao espetador. Na parte dos animais e da coneção o filme e mais do mesmo, perdendo elementos diferenciadores e tornando-se mais comum, num abordagem algo previsivel.

Do lado moralista o filme tem bons fundamentos inerentes a sua historia e isso acaba por passar bem para o espetador, principalmente porque na fase central o filme acaba por ser algo simplista, estando sempre centrada na relação central, ficando no entanto a ideia que o filme tem dificuldade na originalidade da historia, acabando por ser esteticamente e por ser um quase tradicionalista 2D que chama mais a atenção.

Ou seja num estilo diferenciado fica a ideia que este estilo de produção ja ganhou um espaço proprio principalmente junto da critica. Nao e um estilo que permita o melhor contacto com, o publico, pese embora a assinatura original que acaba por ter. De todos os filmes este e o mais simplista, isso pode favorecer quem nao gostou tanto das historias demasiado mitologicas, mas o impacto e menor porque comparando com outras produçoes o impacto e menor.

A historia segue um jovem que depois das dificuldades financeiras da mae lhe terem feito perder os sonhos embarca numa viagem de forma a ajudar um dragão a cumprir o seu designio e salvar uma ilha selvagem de ir parar ao fundo do mar.

Em termos narrativos o filme tem dois pontos diferentes. No lado mais normal da vida do dia a dia o filme funciona pelos problemas que nos trás. Quando entra na ilha e no lado mais mitologico o filme segue o caminho mais facil e acaba por ser mais previsivel e longe de alguma diferenciaçao que os criadores deste filme ja trouxeram.

Na realizaçao Twomey regressa a realização como fez em Wolfwalkers numa abordagem com assinatura que funciona, principalmente pela roupagem distinta que da aos seus projetos. FIca a ideia que do ponto de vista narrativo o filme nem sempre faz o uso perfeito da sua estetica.

Em termos de vozes visionei a versão portuguesa razão pela qual e dificil perceber o impacto concreto que as escohas originais acabam por ter.


O melhor - Os primeiros dez minutos.


O pior - Na essencia e o tipico filme de animação com animais


Avaliação - C+



Mr Harrigan's Phone

 John Lee Hanckook e daqueles realizadores que numa fase inicial da carreira evidenciava poder ser um dos novos cineastas de referencia, contudo quando teve os olhos da critica sobre si não concretizou as expetativas as quais foram sendo diluidas essencialmente em projetos da Netflix. Este ano surgiu mais um novo, no genero de terror numa adaptação de um conto de Stephen  King. O resultado critico foi algo mediano o que numa altura em que todos lançam projetos para premios acabou por fazer desaparecer algum mediatismo ao filme principalmente no que diz respeito a titulos da operadora.

Este tipo de filme acaba por encaixar num terreno que não é carne nem peixe, é um filme sobre a morte, sobre a reação a morte com toques de horror. Se no primeiro ponto o filme até consegue ser competente, principalmente na construçao do jovem central, na segunda e apos o acontecimento que marca o epicentro do filme, tudo se torna mais difuso, diluido com dificuldade de fazer vincar as suas ideias, perdendo assim o filme objetividade e intensidade.

E percetivel que o filme nao quer ser terror assumido, alias o filme tem dificuldade em assumir um genero o que normalmente acaba por condicionar sempre o impacto de qualquer filme. Na fase inicial tenta ser um paralelismo entre a historia que vemos e os livros que vao sendo abordados, com o lado misterioso da personagem central e da forma como prognostica um futuro que ja vivemos. Fora essas curiosidades o filme tem alguma dificuldade em se organizar para transmitir ideias claras.

Ou seja mais uma adaptação de King, longe das melhores que ja vimos dele. Pouco terror, pouco grafica, tentando criar uma tensao implicita na personagem mas que ao mesmo tempo acaba por se diluir nos promenores da historia, e fazem o filme algo cinzento, numa altura em que principalmente nas adaptaçoes do escritos se procura intensidade.

A historia segue um jovem que apos a morte da mãe começa a comunicar com um idoso misterioso, contando-lhe historias e lendo livros, que cria um laço forte entre eles, que torna tudo mais estranho quando o idoso morre, e o jovem continuar a comunicar com ele pelo telefone que lhe colocou no bolso.

O argumento tem alguns elementos que normalmente funcionam bem no terror como a comunicação com os mortos, e o destino. As personagens criam bem o misterio em torno delas mas tem dificuldade em desenvolver e se concretizar principalmente nas narrativas..

No que diz respeito à realizção Hanckook, nunca fez dos seus filmes grandes trabalhos artisticos na sua componente e este também não o é. Foi tendo algumas boas historias que o colocou em algumas temporadas de premios, mas o seu fator nunca foi diferenciador e isso fez com que tenha terminado em filme muito medianos como este. 

No cast o Sutherland ja numa idade muito avançada da o misterio necessario e grafico a personagem, mesmo que a mesma seja repetitiva. Ao seu lado o jovem Martell parecia no inicio da sua carreira um jovem promeninente e com recursos que acabou sempre associado a este genero, com a exceção da boa composição de Knives Out. Necessita de mais risco para se assumir ja como um ator adulto.


O melhor - Os livros dentro da historia

O pior - Nao concretizar a tensão que cria


Avaliação - C



Thursday, November 10, 2022

Bros

 Numa altura em que a inclusão é cada vez mais discutida e onde o grito por espaço é cada vez mais necessário, eis que um grande estudio apostou numa comedia romantica homossexual de longo alcance que tinha como objetivo ultrapassar as barreiras do mediatismo, e tornar o tema mais universal. E se a critica ate gostou, avaliando bem este peculiar Bros, o publico nem tanto, sendo que a comedia que se queria universal tornou-se quase num hino LGBT+ apenas visto por pessoas da comunidade e pouco mais e ai a tentativa saiu frustrada.

A questão do filme é que ao querer tornar o fenomeno das relações homossexuais como universais e naturais talvez o filme devesse ser mais natural. Ficamos com a ideia que o fetichismo e a exploração sexual sem limites acaba por ter muito mais protagonismo do que duas pessoas que se apaixonam na diferença e ai penso que o filme acaba por cair nos esteriotipos exagerados que parece ainda limitar um entendimento ou aceitação mais global da homossexualidade. Ficamos com a ideia de que se é assim tudo sem barreiras então existe diferenças claras que vão muito para além da direção do amor e do desejo.

O filme tem momentos comicos talvez onde menos seria facil de encontrar. Alguns aparte em situações que não esperavamos, como o momento musical na tensão do jantar familiar. E nesse quase falta de sentido que o filme funciona mais, o que é estranho já que o filme tem uma assinatura tão forte, e um caracter ideologico tão vincado que acaba por saber a pouco ver o filme funcionar onde acaba por ser menos consequente.

Ou seja Bros apostava em ser a comedia romantica Gay universal, mas acabou por não o ser precisamente por não ser universal, e acima de tudo por ir bater nos esteriotipos todos das relações homossexuais que acabam precisamente por dificultar toda essa universalidade nos dias de hoje. E um statement politico que tem mérito mas o resultado deveria ser muito mais efetivo.

A historia fala de um locutor de radio, defensor de todas as causas LGBTQ+ e toda a sua afirmação, que com dificuldade em se apaixonar, acaba por se aproximar de um pacato indivíduo culturista com quem inicia uma relaçao inicialmente baseada no fisico mas que aos poucos se torna mais que isso.

No argumento o filme tem uma base interessante, que é nos dar um filme tipico de Hollywood mas com um casal homossexual. Nisso o filme e ambicioso, mas na concretização deixa-se afundar pelo excesso de esteriotipos associados a uma orientação sexual, onde a universalidade acaba por ficar àquele e entra muitas vezes no lado mais prevertido, independentemente da direção.

Na realizaçao Stoller e um realizador de comedias com algum sucesso que tem aqui um projeto mais politico que acaba por realizar com a simplicidade das comedias de estudio de Hollywood. Pouco aprumo ou preocupação estetica, adotando um estilo mais tradicionalista que o torna num tarefeiro do genero.

O cast ao optar por assumidamente homossexuais trás-nos Eichner como protagonista e argumentista, num papel dificil muito intenso, que fica na duvida se não é biográfico o que retira algum impacto da atuação. Ao seu lado temos MacFarlane que não é claramente um ator de recursos para um filme com este tipo de impacto.

O melhor - A ambição politica do filme


O pior - O filme cair nos esteriotipos que podia queres desconstruir


Avaliação - C-



Tuesday, November 08, 2022

See How They Run

 


Setembro é conhecido por ser um período de lançamentos onde alguns projetos mais arrojados acabam por ser lançados com o objetivo de testar audiências. Nesse cenário acabou por sair este filme de suspense, baseado e inspirado no estilo policial de Agatha Cristie e as suas adaptações. Este peculiar filme recebeu criticas moderadas, o que não lhe permitiu muitas ambições em termos de prémios. Comercialmente o filme pese embora tenha tido algum orçamento ficou aquém do esperado, sendo que a campanha de distribuição do filme também não foi a mais interessante para este percurso.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo começa bem, as ligações, a peça dentro da peça, o crime dentro do crime, acaba por criar uma confusão original que o filme podia aplicar num arrojado argumento criativo, sem nunca esquecer o detalhe artístico. E se este inicio prometia um filme arrojado, o mesmo acaba por não aproveitar a introdução de crime que lança, perdendo gas ao longo de toda a duração.

Pena e que esta introdução desapareça com a personagem que acaba por morrer. Depois acaba o filme por perder no lado de investigação e desenvolvimento de cada personagem, ser mais comum, demasiado confuso. Fica a sensação que principalmente a personagem do investigador, que tinha tudo para dominar o filme, ainda para mais com um ator de primeira linha acaba por passar ao lado do filme, sendo a sua conclusão razoável, pelos pontos de contato iniciais sem ser fantástica.

Numa altura em que este género mais classico tem visto novamente a luz do dia, motivado pelo acelerador que foi Knives Out, eis que tem existido diversas tentativas de rentabilizar novos projetos sempre com a base de sempre. Aqui temos um filme que tinha apontamentos de primeira linha, mas acaba por perder algum poder de fogo num filme que acaba por ser algo confuso e algo peculiar.

A historia segue uma peça de teatro e uma pre produção de uma adaptação de um livro de Agatha Cristie em que após um homicídio uma dupla de inspetores começa a investigar quem é o assassino tentanto reunir as peças que conduzam a descoberta da verdade.~

Do ponto de vista de argumento, a historia quase em formato bonecas russas, poderia dar aso a originalidade e competência, num filme diferenciado, mas que acaba por não o ser, melhor acaba apenas por ser nos primeiros momentos do filme, acabando por se desenvolver numa mistura de filme de investigação de media qualidade com algum humor ingles.

Na realização um cineasta associado ao cinema mais tradicional britanico, com uma carreira claramente dedicada a um tipo de filme que não é propriamente atual. O filme tem algum aprumo estético, principalmente na homenagem ao lado mais traidicionalista que o filme tem, mas tem momentos em que os truques de camara acabam por não ser os melhores.

No cas tudo indicava que as escolhas de Rockwell e Ronan para dupla de inspetores seria ótima, mas o filme aproveita melhor a segunda, com o lado mais inocente que o primeiro, que já vimos bem mais intenso e presente em outros papeis, embora tudo parecesse criado para o potenciar. Alguns momentos iniciais de Brody também tem o destaque merecido.

 

O melhor – A introdução do filme.

 

O pior – O filme não faz aproveitamento completo da originalidade do seu inicio~

 

Avaliação – C+

Sunday, November 06, 2022

The Woman King

 Um dos acontecimentos cinematograficos deste outono acabou por ser este epico de guerra em plena fase de exploração de Africa que teve como mais que um objetivo de sublinhar a importancia racial juntar o lado de um exercito de mulheres bem treinadas dominada pela sempre intensa VIola Davis. Este filme acabou por conseguir convencer a critica a qual coloca principalmente a atriz no naipe de possiveis nomeadas para os oscares, sendo que comercialmente as coisas nao foram tao impactantes principalmente tendo em conta que e um filme de claro vetor comercial.

Sobre o filme temos um filme de guerra igual a todos os outros num contexto pouco habitual, ou seja nos reinos de Africa em plena escrevidão. O lado mais diferenciado do filme começa por nos levar para uma comunidade onde a guerra e o exercito acaba por ser uma possibilidade de escolha das mulheres contraria as opções. O filme tem um claro valor politico nos temas que tras inerente a um fisico e ate previsivel filme de guerra.

Ultrapassado todo o tema politico e historico que o filme nos tras temos um simples e pouco trabalhado filme de guerra, com sequencias pouco trabalhadas e pouco esteticas que acabam por ser resgatadas pela intensidade principalmente fisica de um cast de mulheres que acaba por ser o lado mais impactante do filme, nas sequencias de batalha e de sofrimento. Nao sendo um filme que propriamente torna os seus momentos epicos em quadros esteticos parece sempre um filme de uma segunda linha do genero.

Mas parece claro que o filme funcionou, certamente pelos temas que nos trás e nos quer dar, mas do que por qualquer outra diferenciação que o filme nao tem para alem do cast. Consegue reunir alguns valores que fazem funcionar os filmes de grande publico, como a ligaçao emocional entre as personagens, a perda e o amor, fica a sensação que de uma forma menos crua poderia ser uma historia Disney.

A historia segue um exercito de mulheres que tenta defender o reino dos ataques de um reino vizinho enqaunto tenta convencer o rei que a politica do reino mais que sustentada pelo trafico de escravos deveria estar associada ao lado do cultivo que a terra africana criava dos seus solos.

O argumento e simples, alguns apontamentos politicos e historicos a servir de pauta para uma narrativa simples, pouco original e previsivel. Nao e um filme de grandes palavras ou personagens e isso acaba por fazer com que o filme ultrapasse em pouco alguma mediania.

Na realizaçao Gina Prince-Bytheewood e um razoavel realizadora que lhe faltava um filme de primeira linha como realizadora embora como argumentista ja tenha tido alguns filmes melhor conseguidos. Fica a ideia que o filme náo consegue crescer esteticamente talvez por culpa da pouca ambiçao da sua realizadora, que explica o facto de ate este filme ter uma filmiografia algo cinzenta.

O cast funciona, desde logo com a disponibilidade fisica e intensidade de Davis que e sempre uma mais valia para qualquer filme, ainda mais quando potenciada ao maximo como o faz este filme. Mas nas secundarias consegue ter essa intensidade esse lado cru, desde logo na jovem protagonista Mbedu, mas tambem Lynch e Atim conseguem levar o filme para esse lado fisico impactante. Menos funcional no lado masculino Boyega cumpre, mas a dupla Fienne Tiffin e Bolger ficam aquem da intensidade que o resto do cast consegue criar.


O melhor - A intensidade impactante do cast feminino

O pior - Esteticamente devia ter sido muito mais trabalhado


Avaliação - C+



Saturday, November 05, 2022

Bandit

 Muitas vezes existem historias que merecem ser contadas que não conseguem atingir o nivel mais elevado de produçoes norte americanas e acabam por ser remetidas numa especie de serie b com atores fora de forma. Foi isso que aconteceu com este Bandit. Mesmo que criticamente o filme não tenha sido o desastre que tem marcado a maioria dos filmes de Duhmel, a mediania nao conseguiu criar o impulso necessario embora tenha sido um filme com alguma divulgação fora dos USA. Comercialmente nem a presença de Gibson criou qualquer impacto com resultados rudimentares.

UM filme que nos fala sobre a carreira de um dos maiores assaltantes a solo de bancos poderia dar uma boa historia, principalmente no que diz respeito a forma como se foi libertando das investigações. O problema e que o filme nunca se leva a serio, e isso começa no pessimo cast para o protagonista e depois na roupagem quase idiota que faz de toda a situação, muito por culpa de um estilo de comedia de domingo a tarde que acaba por ser o estilo que menos se adequava a historia que o filme queria contar.

Outro problema claro do filme e a duração. Duas horas e compreensivel num filme que tenta ir ao cerne da personalidade ou mesmo da investigação, mas aqui nao temos nem uma coisa nem outra, nunca conhecemos na essencia a personagem central, e as suas origens, nem os promenores mais trabalhados da investigação sao dados, acabando o filme por ser duas horas repetidas de assaltos e disfarces algo absurdos para um filme que nunca encontra o registo que a historia merecia.

Fica a ideia que uma bos historia que caia numa produçao de pior qualidade normalmente nao sai um bom filme e aqui temos essa evidencia. O filme teria de ter outra abordagem, outro interprete e acima de tudo uma outra visao sobre a historia, porque o feito que o filme quer contar e meritoria, mas nao com esta roupa.

A historia segue um solitario que acabou por bater o record de assaltos a bancos no Canada, enquanto construia uma familia e fazia as suas ligaçoes para continuar o seu claro legado.

O argumento tem uma historia de base interessante, curiosa e que desperta a atençao. O problema maior do filme e a forma como aborda, como se de uma comedia de baixa qualidade se tratasse, dai que estejamos sempre com o foco nas roupas da personagem e menos nos planos de concretizaçao e fuga, a personagem nunca e minimamente trabalhada.

Na realizaçao Allan Ungar e um jovem realizador canadiano, que quis contar uma historia particular do seu pais mas nao consegue sair da serie b de onde veio, e talvez de onde fara carreira. O filme nunca consegue ser minimamente artistico e irreverente e tinha material para o ser, mas isso e o que diferencia bons realizadores de menos bons.

No que diz respeito ao cast Duhamel e um actor com poucos recursos que demonstra bem as suas debilidades num papel que poderia e deveria ter carisma, diferentes facetas, ao qual o actor apenas empresta uma, que é absurdo. Ao seu lado percebemos porque Cuthbert desapareceu do ecra faz anos e Mel GIbson esta na pior fase da sua carreira


O melhor - O feito de assaltos merecia outra abordagem.

O pior - UMa boa historia num filme a todos os niveis fraco


Avaliação - D+



Wednesday, November 02, 2022

Pearl

 Depois do sucesso em termos de terror de X, o qual conseguiu conciliar um terror duro com um lado estético bastante apurado, eis que surge a sequela, ou neste quase a prequela, a quais surge no mesmo ano, meses apos, e com o mesmo consenso critico do primeiro filme, numa das melhores saga deste ano. O resultado critico voltou a ser positivo, embora seja um filme mais colorido, e com uma homenagem aos classicos, consegue tambem imprimir terror quando quer. Do ponto de vista comercial a base foi muito semelhante ao primeiro filme, sem o impacto que se calhar a originalidade do filme merecia.

Sobre o filme podemos dizer que quem gostou do primeiro filme vai gostar das respostas que o filme da sobre a sua personagem. Embora num estilo diferenciado e em que o filme acaba por optar uma abordagem mais colorida, com muitas referências a filmes de época de guerra, o filme acaba por ao mesmo tempo conseguir ter essa originalidade, e ao mesmo tempo incutir o terror necessário de uma forma competente e impactante.

Claro que não é um filme convencional, ou que pode agradar a toda a gente, o filme quer acima de tudo potenciar o impacto visual de Mia Gooth uma actriz com recursos que Hollywood ainda não aproveitou em primeira linha, mas que o filme consegue dar o lado mais inocente e terrorifico da personagem, que acaba por ser da mais iconica que o terror nos deu nos ultimos anos.

Completando a dupla de filmes temos um bom trabalho na forma como tudo é assumido. Ate a opção temporal contraria parece funcionar. O filme tem terror, tem conceito, tem interpretação. Numa altura em que o terror vive um período dual, onde temos filmes com conceito que tem ganho alguma dimensão, com outros onde a repetiçao e falta de originalidade tem prejudicado o impacto do genero, este e claramente um dos casos que encaixa no primeiro segmento de analise.

No que diz respeito ao filme, temos a origem de Pearl, as suas caracteristicas e a forma como na adolescencia começou a praticar crimes que a conduziu a perigosa assassina de X.

No que diz respeito ao argumento o filme tenta explicar o que criou a terrivel personagem. O filme e competente, assuntador, que leva a personagem ao limite e ao prazer de  matar. Nao e propriamente um poço de originalidade mas integra-se bem naquilo que fica por responder no primeiro filme.

Ti West e uma figura particular que tem nestes capitulos um trabalho meritorio de autor. Principalmente pelo aprumo estetico e uma assinatura num genero dificil, e pelo impacto que os filmes conseguiram que nos levara a estar atento ao seguimento de uma carreira em claro crescimento.

No cast Goth na concretização dos dois filme e alma do filme do primeiro ao ultimo minuto, com uma das melhores interpretaçoes de terror dos ultimos anos. E impactante e expressiva e intensa, e leva o filme e o fenomeno dos filmes ao maximo e merecia mais atençao bem como a propria carreira da atriz, a qual deixa nenhum espaço para os seus colegas de cast.


O melhor - A expressividade de Goth

O pior - E uma historia igual a outras de terror


Avaliação - B-