É normal todos os Janeiro de cada ano, depois do grande confronto entre os lançamentos dos candidatos aos oscares, algumas produtoras menores apostarem em pequenos filmes de terror de baixo orçamento para preencher agenda. Um dos filmes que viu a luz do dia em janeiro do presente ano foi este filme, que foi totalmente aniquilado pela critica com avaliações muito negativas que tiveram também impacto comercial já que este filme esteve muito longe da media de resultados de filmes semelhantes.
É inacreditável o número de filmes que falam sobre uma casa e os espiritos malignos que nela habitam, seja numa divisão ou seja objetos da casa. A historia e a forma é sempre a mesma, um grupo de pessoas vai para lá viver e as coisas começam a acontecer. O que pode mudar num filme deste? Muito pouco, ou a realização mais ou menos artística, e neste caso com excepção de James Wan as coisas usualmente são pobres. Sobrando apenas a capacidade de intensificar as reaçõs dos espetadores o que também neste caso o filme acaba por ser demasiado soft, nunca conseguindo em momento algum impressionar o espetador ou mesmo assustá-lo, outros dos objetivos do filme de terror.
Para além deste facto mesmo na limitação da escolha pelo tipo de filme comum de terror, narrativa mente o filme tem dificuldades, ora porque a estratégia que utiliza para manipular as personagens colocam em causa tudo o que vimos, ou pela existência de personagens que na essência aparecem sem grande sentido, e contexto desaparecendo em seguida, mas mais do que tudo pela forma quase inacreditavelmente absurda que o filme adopta como corpo narrativo central da sua historia.
Por tudo isto mais que mais um filme de terror, este acaba por ser um péssimo filme de terror, daquele tipo de historias que parecem nada funcionar, e que chega a dar ao espectador a ideia de que o absurdo é pensado e uma ideologia de um filme pouco emotivo, narrativamente inexistente e uma formula de ganhar dinheiro que na minha opinião parece estar ultrapassada.
A historia fala de um casal, que conjuntamente com um amigo alugam uma casa, na qual a mobília consta uma mesinha de cabeceira com umas inscrições estranhas que desperta um espírito que começa a assombrar a vida dos moradores da mesma.
Em termos de argumento, pese embora seja na base a formula comum deste tipo de filmes de terror, o adjacente é claramente pobre, quer na falta de dimensão das personagens, quer no absurdo da historia central quer no seu desenvolvimento. Sobra a ironia final da personagem menor, como único aspecto positivo de um argumento a todos os níveis pobre.
Em termos de realização Stacy Title uma jovem realizadora que tem estado relacionada com o cinema de terror tem aqui um trabalho simplista, muitas vezes pouco trabalhado, que tem como ponto mais negativo, nunca conseguir dar impacto emotivo e surpreender no filme.
Os casts dos filmes de terror normalmente não chamam a atenção para grandes atores, optando por adolescentes para protagonizar este tipo de filmes. Aqui completamente desconhecidos que também não será neste filme que vão ter outro tipo de protagonismo. Nos secundários conhecidos, basicamente nada de revelo.
O melhor - A quase sequela final
O pior - A incapacidade do filme ter impacto emocional e a narrativa absurda.
Avaliação - D
Friday, March 31, 2017
Wednesday, March 29, 2017
A United Kingdom
E notória ainda a dificuldade de produções europeias conseguirem entrar na corrida pelos oscares, principalmente quando as mesmas partem declaradamente com esse objetivo. Foi o que aconteceu com este filme sobre a origem do Botswana, produzido pelo Canal + este filme que ate conseguiu criticas razoaveis mais insuficientes para o lançar para os premios, acabou por so em Fevereiro ter a luz do dia nos EUA com resultados comerciais modestos, mas com a possibilidade de homenagear uma das historias de amor com mais impacto na politica universal.
Existem filmes sobre factos reais que valem acima de tudo pela historia que contam, este é uma delas, numa simples historia de amor contra muitas barreiras, o orgulho de um povo e as mudanças culturais, nesta simples historia temos muito daquilo que impera e imperou no mundo, com a politica de ambição economica, o amor impossível e o racismo, e quando estes temas se juntam principalmente num filme baseado em factos reais o seu impacto é desde logo assinalável.
Claro que depois o filme nem sempre é o mais maduro, cai nas disputas e nos dialogos esteriotipados e nas mudanças radicais de um momento para o outro de personagens o que para um filme baseado em aspetos reais lhe tira alguma maturidade e um peso documental. Também na segunda hora de filme e ultrapassada a questão da aceitação e entrando no lado politico o filme torna-se algo circular e perde algum do impacto emocional e da quimica do casal que foi tendo na primeira parte.
Ou seja não sendo em termos de filme uma obra de primeira linha, é daqueles filmes que com uma forma simples de contar uma historia, conta algo de bnastante interesse e impacto para a historia universal, que nos torna mais ricos e principalmente nos dá uma mensagem positiva. Mesmo não sendo uma abordagem totalmente artistica e um filme que cumpre os seus objetivos naturalmente, mesmo sem grande destaque.
A historia fala de um herdeiro de um trono de um pais africano que se apaixona por uma branca londrina, com quem decide casar. No momento em que tenta assumir o trono o casamento acaba por se tornar um intrave na aceitação do seu povo e mais que isso abre debilidades que colocam em causa a sua liderança e mesmo a autonomia do seu povo.
Em termos de argumento o filme parte do principio com uma base narrativa de impacto emocional elevado e uma historia que vale por si. No acessorio e naquilo que o argumento poderia complementar, muitas vezes a opçao pelo mais facil não permite que o filme vá para outros patamares de qualidade.
Amma Assante a realizadora britanica que tinha surpreendido com o seu Belle novamente tem um trabalho meritorio, competente mesmo que com pouco risco ou criatividade assumida. Denota-se um gosto pelas questões raciais, algo que nem sempre é tema nos filmes britanicos. Mas está a construir uma carreira pelo menos para já, consistente.
No cast Oyelowo é uma escolha consistente porque consegue transmitir emoçao aos seus papeis principalmente nos momentos de discurso, algo que o filme pede, e algo que ja noutros filmes tinha mostrado conseguir com impacto. Pike tem um papel mais facil contudo como casal o filme nem sempre funciona, parecendo ser mais forte nos momentos iniciais do que propriamente no desenvolvimento do filme.
O melhor - A historia em si
O pior - Para completar a historia e nos detalhes o filme escolhe o mais simples.
Avaçliação - C+
Existem filmes sobre factos reais que valem acima de tudo pela historia que contam, este é uma delas, numa simples historia de amor contra muitas barreiras, o orgulho de um povo e as mudanças culturais, nesta simples historia temos muito daquilo que impera e imperou no mundo, com a politica de ambição economica, o amor impossível e o racismo, e quando estes temas se juntam principalmente num filme baseado em factos reais o seu impacto é desde logo assinalável.
Claro que depois o filme nem sempre é o mais maduro, cai nas disputas e nos dialogos esteriotipados e nas mudanças radicais de um momento para o outro de personagens o que para um filme baseado em aspetos reais lhe tira alguma maturidade e um peso documental. Também na segunda hora de filme e ultrapassada a questão da aceitação e entrando no lado politico o filme torna-se algo circular e perde algum do impacto emocional e da quimica do casal que foi tendo na primeira parte.
Ou seja não sendo em termos de filme uma obra de primeira linha, é daqueles filmes que com uma forma simples de contar uma historia, conta algo de bnastante interesse e impacto para a historia universal, que nos torna mais ricos e principalmente nos dá uma mensagem positiva. Mesmo não sendo uma abordagem totalmente artistica e um filme que cumpre os seus objetivos naturalmente, mesmo sem grande destaque.
A historia fala de um herdeiro de um trono de um pais africano que se apaixona por uma branca londrina, com quem decide casar. No momento em que tenta assumir o trono o casamento acaba por se tornar um intrave na aceitação do seu povo e mais que isso abre debilidades que colocam em causa a sua liderança e mesmo a autonomia do seu povo.
Em termos de argumento o filme parte do principio com uma base narrativa de impacto emocional elevado e uma historia que vale por si. No acessorio e naquilo que o argumento poderia complementar, muitas vezes a opçao pelo mais facil não permite que o filme vá para outros patamares de qualidade.
Amma Assante a realizadora britanica que tinha surpreendido com o seu Belle novamente tem um trabalho meritorio, competente mesmo que com pouco risco ou criatividade assumida. Denota-se um gosto pelas questões raciais, algo que nem sempre é tema nos filmes britanicos. Mas está a construir uma carreira pelo menos para já, consistente.
No cast Oyelowo é uma escolha consistente porque consegue transmitir emoçao aos seus papeis principalmente nos momentos de discurso, algo que o filme pede, e algo que ja noutros filmes tinha mostrado conseguir com impacto. Pike tem um papel mais facil contudo como casal o filme nem sempre funciona, parecendo ser mais forte nos momentos iniciais do que propriamente no desenvolvimento do filme.
O melhor - A historia em si
O pior - Para completar a historia e nos detalhes o filme escolhe o mais simples.
Avaçliação - C+
Monday, March 27, 2017
Bitter Harvest
A revolução russa e
principalmente a epoca liderada por Staline na URSS nem sempre teve a
atenção merecida em termos de grandes filmes, quer pelo lado russo
normalmente ser algo pouco interessante para o publico americano mas
principalmente pelo facto de normalmente o conhecimento concreto dos
factos nem sempre ser o maior. Neste inicio de ano este pequeno filme
tentou detalhar este ponto, sem grande sucesso já que criticamente o
filme foi uma desilusão com avaliações essencialmente negativas.
Comercialmente para um filme que teve um custo de produção de vinte
milhoes de dolares os resultados também foram curtos.
Sobre o filme eu acho o
epico bem feito um dos generos mais completos do cinema mas também
aquele que mais sofre quando as coisas não são feitas com qualidade
nos diferentes aspetos. Pois bem este e um esteriotipo do epico mal
feito em todas as virtudes, principalmente no entorno narrativo do
filme que apenas trata do lado sovietico porque em termos narrativos
temos a tipica historia de salvação do heroi e de amor em tempo de
guerra serie B.
Mas o problema do filme
não é apenas narrativa num filme que é um portao escancarado para
uma dinâmica emocional forte, o grande problema do filme acaba por
ser aquilo que o mesmo nunca consegue transmitir em termos emotivos
nas sequencias que deveriam ser o climax, o filme perde-se em frases
feitas, em retornos temporais basicoes nunca conseguindo ganhar com
simplicidade o lado intenso do filme nem nunca tentar ser acima de
tudo um filme que se torna diferente em qualquer um dos pontos.
Isto leva a maxima de
que para tratar de um momento historico em filme deve-se trabalhar
tudo o resto que a mesma historia em contextos historicos diferentes
não deixa de ser a mesma historia e um filme basico será sempre um
filme basico em qualquer um dos pontos de observação. Gastar vinte
milhoes de euro numa produçao como esta é algo incompreensivel nos
nossos dias.
A historia fala de um
casal, que de forma a resistir a independencia da ucrania da união
sovietica tem de se separar em tempos de guerra numa autentica luta
pela sobrevivencia em planos distintos.
E no argumento que
residem os maiores problemas do filme, principalmente na incapacidade
de conseguir algo de diferente, e um cliche do tamanho do mundo todas
as opções narrativas do filme que nunca consegue ter qualquer tipo
de sublinhado diferenciador.
Na realização o
trabalho do alemão Mendeluk é simplista pouco ou nenhum risco nas
sequencias de maior impacto valendo pela dimensão mais artistica dos
momentos de neve. Mesmo assim ta´mbém não e neste ponto que o
filme sobe de nivel.
Por fim no cast, Irons
e ainda um aspirante a ator sem força para liderar um epico, ao seu
lado Barks nunca comprobou aquilo que muitos pensavam que se poderia
tornar depois de Les Miserables e nos secundarios muito pouco a
registar.
O melhor – Alguns
planos na neve russa
O pior – Um epico que
nunca consegue ser
Avaliação - D
Sunday, March 26, 2017
Beauty and the Beast
Desde o momento em que
foi anunciado este projeto que se percebeu que o mesmo se tornaria
num dos maiores sucessos da disney, principalmente nesta sua nova
fase de transformar os seus filmes mais conhecidos de animação em
live action com a tecnologia de ponta atual. Este Bela e o Monstro
foi desde logo um sucesso total nos trailers mas depois de lançado
também em cinemas dando um pontape de partida estrondoso para a
temporada dos blockbusters. Em termos criticos as coisas não foram
tão unanimes com alguns a valorizar a capacidade tecnica do filme
mas muitas outras vozes criticando a falta de magia do filme.
Sobre o filme eu
considero a Bela e o Monstro um dos melhores filmes de animação da
disney pelo que sempre pensei que poderia ter a tarefa facilitada
nesta transposição já que em termos de argumento em si não
deveria fazer grandes alterações. O filme acaba por seguir em
linhas gerais o que já estava feito, tirando-lhe algum humor, o que
me parece ser uma escolha estranha principalmente quando os
blockbusters cada vez mais tem de ser descontraidos para funcionar,
acabando por tornar o filme mais num musical, como já o primeiro
tinha sido do que propriamente numa uma filme normal.
Mas e tecnicamente que
o filme conquista em longa escala é impressionante a forma como a
Disney consegue trazer a vida todos aqueles objetos que durante anos
fizeram parte do nosso imaginario com um realismo e um espetaculo
visual impressionante. O filme mais do que uma formula narrativa
chama a si o nivel tecnico preparado tambem nas cenas e na forma como
as mesmas facilmente estabelecem um paralelo com o que já tinhamos
visto em banda desenhada.
Do lado negativo o cast
do tridente principal que abaixo iremos detalhar, penso que num filme
facil de funcionar nem sempre as escolhas foram as mais fortes para
sustentar um filme de fama imediata, demonstrando que a disney sabe
fazer dinheiro embora e estranho ir ver um filme e saber de toda a
maneira o que vai acontecer de cima a baixo e nem a homossexualidade
retratada acaba por alterar este sentimento
A historia e a
conhecida da bela e o monstro, um jovem acaba por ficar aprosionada
no castelo de um terrivel monstro de forma a libertar o seu pai, e
percebe que tudo naquele castelo tem vida, fruto de um terrivel
feitiço que tornou muitas das pessoas naquilo que não são.
Em termos de argumento
nada de novo no filme, um ou outro apontamento na abordagem de uma ou
outra cena sendo o restante o que já tinhamos visto anteriormente.
Tem o marco do primeiro personagem homossexual que vale mais pelo
dado historico do que pelo relevo do mesmo para a historia.
Billy Condom estaa um
pouco na mo de baixo depois de ter ido completar a sequelas de
Twilight, aqui tem um bom espetaculo visual no terreno onde sempre se
movimentou melhor, ou seja o musical, temos luz e tecnica num
regresso a um bom nivel de um realizador que estava algo
desaparecido.
No cast as minhas
duvidas nas escolhas, Watson embora por todos dito como a escolha
natural, parece-me sempre repetitiva no naipe de expressões,
acabando por ser sempre igual nas suas composições, não ainda
demonstrando ser uma actriz de idade adulta. Evans e Stevens são
ainda pequenos para um filme desta dimensão, principalmente o
segundo, que na minha opinião sofre bastante quando lhe cai a
mascara. O melhor a composiçao vocar de Ewan Mcgregor e Emma
Thompson dando vida intensa a personagens que não meros objetos
O melhor – A valência
tecnica de todo o filme.
O pior – O cast do
tridente principal
Avaliação - C+
Saturday, March 25, 2017
Split
2017 começou em grande
em termos daquilo que um filme pode esperar no sempre cinzento mês
de Janeiro. M Night Shylaman há algum tempo afastado dos seus
melhores resultados conseguiu com este filme novamente reunir algum
valor critico, ainda que longe do que obteve no seu filme de estreia,
mas tambem comercialmente este Split teve bons resultados
principalmente tendo em conta a dificuldade natural que é estrear em
competição com os filmes na corrida aos premios.
Eu confesso que estava
algo expetante por este filme, quer pelo seu misterioso trailer mais
acima de tudo porque muitos falavam na sua diferença. Mas confesso
que quando o filme começa a desenvolver-se fiquei um pouco
desiludido, desde logo porque o filme se torna algo circular até ao
desenlace final, que acaba por tornar o filme bem diferente daquilo
que estava a espera, tornando-o claramente mais serie B, muito
irrealista, e nem o o aperitivo final torna na minha opinião este
filme um dos melhores do autor, já que se torna redutor e simplista
e tira a coerencia que muitas vezes um filme como este deve ter.
Ou seja o filme ate
poderia ter uma premissa interessante a da luta pela sobrevivencia
com a luta entre as diferentes personalidades da mesma personagem,
nesse ponto e nessa introdução o filme até consegue ser promissor,
contudo com o seu desenvolvimento penso que o filme torna-se
repetitivo, não consegue ir muito para alem da premissa no que diz
respeito ao potenciar da ideia, e a luta final e os lados passados do
filme acabam tambem eles por serem pouto trabalhados e abandonados,
fica a sensação que vamos ter sequela, mas ai penso que muito mais
tem de ser respondido.
Shylaman tem alguns
pontos muito comuns no seu filme, por um lado serem ou
encaminharem-se para pontos que muitos pensavam que não seria a
decisão do filme, os twist final, mas penso que o que diferencia os
melhores dos piores filmes do realizador e a intensidade emocional do
filme e aqui o filme so consegue algum destaque pela complexidade da
personagem central e muito pela interpretação de Mccavoy.
A historia fala de tres
estudantes que são raptadas por uma pessoa com multipla
personalidade e entram em cativeiro tudo fazendo para sobreviver
entre si, num espaço totalmente desconhecido.
Em termos de argumento
temos de analisar o filme sob dois vetores, por um lado a base do
filme, com a forma com que trabalha a personalidade multipla que me
parece arriscada e corajosa, e que poderia ser uma boa base narrativa
para o filme, e o seu desenvolvimento muito aquem daquilo que o filme
poderia valer em si.
Na realização
Shylaman tem uma forma particular de tornar ou os seus filmes
demasiado negros ou demasiado claros em mudanças subitas, aqui temos
mais na linha inicial, o seu açucar habitual no final do filme é
sempre uma imagem de marca e aqui tambem tem.
O filme vive em
demasia, por alguma fraqueza do guião da interpretação de uma
James McCavoy em grande forma, num papel dificilimo, ele tem uma
entrega notavel e é a alma mais forte do filme, num actor num ponto
de maturação plena a estar atentos nos proximos anos.
O melhor – A
interpretação de McCvoy
O pior – A premissa
do filme se tornar no final num tipico filme de acçao serie B
Avaliação - C
Sunday, March 19, 2017
The Great Wall
Cada vez mais o
dinheiro de mercados emergentes principalmente o asiatico tem chamado
para algumas das suas produções figuras de renome. Neste que foi
talvez o projeto mais ambicioso não americano foi Matt Damon que
abandonou tudo, entre os quais um papel de oscar para protagonizar
esta epopeia com muitos meios. O resultado critico ficou muito aquem
do esperado com avaliações medianas tendencialmente negativas. Por
sua vez comercialmente nos EUA o filme acabou por ser um floop tendo
em conta o investimento tido em conta, algo que foi alterado nos
mercados mais globais, sempre mais disponiveis para novas apostas.
Sobre o filme eu
confesso que a forma de realizar do cinema oriental me parece algo
repetitivo pela grandiosidade dos cenarios normalmente ser
acompanhado por algumentos basicos que acentam em sequencias de luta
bem montadas e mais que isso em cenarios e realizações de primeira
linha. Este é mais um filme com esta bandeira, filmado na lingua
inglesa mas com toda a inspiração oriental, apostando mesmo no lado
imaginario de criaturas imaginarias para tornar tudo ainda maior.
E isto torna o filme
pobre em novidade, pobre naquilo que significa enquanto obra isolada
para o cinema e muito por culpa de uma historia de base repetitiva
pouco complexa, e na maior parte do tempo previsivel ou mero pretexto
para fazer funcionar um argumento que tem no epicentro as longas e
cheias de efeitos especiais sequencias de acção.
Num momento em que
quase os filmes de sequencias espetaculares de acção conseguem
resitir no sempre complicado mercado global, parecia que existia
espaço para mais, ainda para mais quando se trata da maior aposta do
cinema chines em termos de investimento, fica a sensação que o medo
de errar tornou tudo mais limitado em alcance.
A historia fala de um
dois guerreiros presos pelo imperador que acabam por se tornar
lutadores do exercito contra uns perigosos monstros que ponhem em
causa a consistencia do imperio chines.
Em termos de argumento
sabe muito a pouco aquilo que em termos de intriga o filme nos
apresente. Ou seja parece sempre algo vazio, algo sem conteudo quer
na dinamica das personagens quer mesmo nas motivações. O filme
parece relaxar depois de apresentar as motivaçoes da luta e dar o
protagonismo apenas aos efeitos.
Na realização Yimou
Zhang e talvez um dos realizadores orientais apos Ang Lee de maior
sucesso e habituado a gerir grandes filmes com orçamentos de
hollywood aqui tem boas imagens num filme mais estetico do que
competente. Gostava de o ver a sair do traidicionalismo de taiwan ou
china.
No cast a opção de
Damon por este papel em deterimento de protagonizar Manchester By the
Sea vai ser considerado durante anos a opçao mais errada de carreira
que há memoria, não apenas pela qualidade da segunda mas pelo vazio
da primeira tendo em conta os padrões de Damon.
O melhor – A produção
estetica do filme.
O pior – A falta de
complexidade narrativa do filme
Avaliação - D+
Office Christmas Party
Cada vez é mais comum
algumas produtoras aproveitarem partes do ano para fazerem filmes
tematicos, um dos periodos mais aproveitados de variadissimas formas
é o Natal. Este ano sob a forma de festa de uma empresa surgiu esta
comedia, com muitos habitues do genero de forma a conseguir amealhar
alguns dolares comercialmente. Criticamente assim como a maioria dos
filmes semelhantes os resultados não existiram. Ja comercialmente e
principalmente porque se trata de festas cada vez mais comuns os
resultados foram interessantes sem nunca serem entusiasmantes.
Sobre o filme, cada vez
mais a comedia apenas aposta ou em piadas, ou trocadilhos sexuais ou
aposta totalmente no exagero de situações normalmente em festas.
Aqui temos este segundo ponto e em termos comicos podemos dizer que a
formula do filme ou raramente resulta, ou na maioria das vezes se
torna repetitivo apostando apenas no exagero e no extremar de
situações. Porque em tudo o resto o filme não existe sequer em
personagens em narrativa e em dialogos.
Alias ao longo do filme
nós esquecemo-nos de onde o filme vem e onde quer chegar em termos
de intriga, principalmente porque essa é totalmente colocada de lado
ou para apostar em sequencias de exagero por si so em festas, por
sequencias comicas isoladas que na maior parte das vezes até acaba
por nem funcionar ou pior que isso aposta em lados amorosos que nunca
são realmente aposta na formula do filme.
Por tudo isto mais uma
comedia de baixa qualidade igual a muitas que no final do ano passado
foram apostas por diversas produtoras com o objetivo de ganhar algum
dinheiro na epoca de natal. Penso que cada vez mais e importante
alguma criatividade e inovação no cinema comico porque a formula ou
está repetitiva ou está mesmo pouco funcional.
A historia fala de um
proprietario de uma empresa e dos seus aliados que na tentativa de
resolver o problema em que a mesma esta implementada fazem uma festa
de natal com o objetivo de contratar um famoso funcionário que
poderá dar a volta à situação.
Em termos de argumento
a historia e totalmente vazia sobre todos os vetores de analise,
principalmente a intriga básica e completamente posta de lado ao
longo do filme, em termos de dialogos, ou absurdos ou inexistentes.
Em termos comicos o filme também está longe de ser de primeiro
plano.
Na realização um
habitue de filmes comicos e alguem que gosta de potenciar o aspeto
gráfico dos mesmos. A dupla de realizadores tem usualmente uma
formula muito propria de funcionar colocando a camera ao serviço da
piada, contudo aqui normalmente não funciona.
No cast podemos dizer
que pouco ou nenhum risco, Bateman, Aniston, Park e Mckinnon em
personagens tipicas que nada trazem ao filme, principalmente por
serem pouco desenvolvida.
O melhor – A forma
como leva a tradição natalicia para algo mais atual
O pior – A
dificuldade do filme em ser engraçado
Avaliação - D
Saturday, March 18, 2017
Why Him?
James Franco é sem
duvida nos dias de hoje o actor e realizador mais ativo de hollywood,
e mesmo que grande parte dos seus filmes acabem por não ter qualquer
visibilidade, principalmente quando fica atrás do ecra e normal
todos os anos lançar um filme com objetivos mais comerciais. Este
ano acabou por ser esta comedia familiar de fim de ano, opondo-se a
Bryan Cranston alguem que nos ultimos tempos tem colaborado em
diversos projetos com Cranston. O resultado critico do filme foi
péssimo com avaliações essencialmente negativas. Por sua vez em
termos comerciais, o grande foco do filme, o resultado acabou por ser
simpático sem nunca ter sido brilhante.
Sobre o filme, eu
confesso que o tema sogro namorado da filha em disputa me parece
gasto principalmente depois do sucesso de meet the parents, contudo
este consegue a todos os niveis ser mais irrealista e absurdo e um
humor que tenta ser adulto e atual, acaba por só a muito espaço
conseguir funcionar em qualquer ponto. Alias penso mesmo que é no
estilo de humor que o filme não resulta nunca conseguindo dar
realismo nem à situação e muito menos ao conflito existente,
tornando-se numa das comedias mais absurdas e sem grança que foi
aposta de grande estudio nos ultimos anos.
E o grande absurdo do
filme centra-se na forma como a personagem central, interpretada por
Franco é montada, a mesma não existe não tem qualquer sentido ou
coerencia e tudo onde ela entra acaba por se tornar assim, ou seja um
filme que a determinado momento questionamos quais seriam os reais
objetivos do filme porque no final não conseguimos em momento algum
ter qualquer opinião sobre o que acabamos de ver.
Contudo tem cada vez
mais sido moda no cinema de comedia, ir ao exagero tirar as
personagens dos sentimentos basicos e mais que isso dar um teor
sexualizado a todas as situações e dialogos, isso tem tirado alguma
da força pelo numero exagerado de comedias com esta base, que quase
secou tudo o que possa ser feito noutro tipo de contextos.
Sobre o filme fala de
uma familia tradicional que embarca para conhecer o namorado da filha
e depara-se com um excentrico jovem multimilionário, com uma forma
de ser completamente diferente daquilo que todos os elementos estão
habituados, sendo que uns vão se habituando melhor a esta questão
do que outros.
Em termos de argumento
a base do filme, é um habitue em comedias familiares, a
concretização vai muito para além do razoavel, não tem graça,
não tem personagens as situações tem tanto de absurdas como de
irrealistas e nunca consegue conduzir o filme para um climax que
parecia simples, já que nunca consegue retirar uma das personagens
centrais da linha total do absurdo
Na realização John
Hamburg, argumentista usual de filmes de bem Stiller entre os quais o
Meet the Parents, tem aqui uma copia parecida num contexto diferente
deste filme por si escrito, com a diferença de com a tentativa de
ter um humor mais gráfico condiciona todo o restante do filme.
Se no cast a forma como
Franco por vezes nos dá coisas absurdas já não nos surpreende já
que tem sido uma constante, Cranston parecia um actor em melhor forma
mas que deviso a continua presença em filmes acaba por se tornar
versátil mas menos funcional, principalmente quando aposta por
filmes como este.
O melhor - Teste à
versatilidade de Cranston
O pior – O Absurdo
que o filme rapidamente se torna
Avaliação - D
Sunday, March 12, 2017
xXx: The Return of Xander Cage
Catorze anos depois de
Vin Diesel ter conseguido mais uma saga de acção de sucesso que
depois abandonou eis que chega o seu regressa 14 anos depois, nesta
especie de James Bond radical. Os resultados foram proximos do
primeiro filme, criticamente mediocre, sem grandes motivos de louros,
mas comercialmente forte principalmente nos mercados mundiais já que
nos EUA esteve longe do sucesso ainda mais quando pautou a sua
estreia no sempre complicado mês de Janeiro.
Sobre o filme, confesso
que achei XXX um dos piores filme em termos de argumento ou de
trabalho de uma personagem pelo que a minha expetativa relativamente
a esta reaparição estava longe de ser grande e isso acabou por ser
confirmado num filme completamente vazio, com uma intriga que faz os
filmes de serie B serem complexos, sem personagens, sem sentido e
apenas longas sequencias de acção que mais que espetacular parecem
querer dar algum exercicio de estilo aos seus personagens
interpretados por atores claramente deficitarios em capacidades de
interpretação. Por este filme e mesmo pela saga em si podemos dizer
que estamos perante uma forma simples de ganhar dinheiro sem qualquer
exigencia em nenhum dos pontos que prefaz o cinema.
Comercialmente é um
filme inteligente ao ir buscar algumas das figuras maiores de
bollywood e do cinema chines o filme garantiu um sucesso economico em
mercados emergentes de muita gente e garantiu o seu sucesso critico
algo que sabia que dificilmente iria conseguir em prol da sua
intriga, do seu argumento ou do seu resultado, já que este é
claramente falivel a todos os niveis que se pode avaliar.
Os unicos pontos muito
pequenos que o filme ainda consegue ter algum exercicio de
originalidade é na apresentação das personagens e nas curiosidades
adjacentes às mesmas, acompanhado com algumas referências cujo
sentido ainda e misterio a saga avengers. Ja que em tudo o resto o
filme é um total deserto de ideias, de cinema e pior que tudo de
sentido.
A historia marca o
regresso de Xander Cage, o triple x do primeiro filme que regressa a
atividade para tentar descobrir o que esta por trás da morte do seu
mentor, e tentar garantir que uma caixa que domina o mundo não caia
nas mãos erradas.
Em termos de argumento
este é um dos filmes blockbusters dos ultimos anos com o maior vazio
de ideias, quer no global quer nos detalhes. As personagens são
manequins de lojas e o desenvolvimento narrativo capaz de fazer um
filme de serie b ser nomeado para o oscar de melhor argumento.
DJ Caruso um tarefeiro
de pouca qualidade de hollywood foi o escolhido depois de momentos de
maior sucesso em hollywood em filmes de acção que tinha
desaparecido. O seu trabalho com muitos meios não é o pior do
filme, mas claramente também não consegue dar ao filme qualquer
assinatura particular para alem de tarefeiro.
No cast é dificil
avaliar actores em personagens tão limitadas e inexistentes como
estas, Vin Diesel é sempre igual, os secundarios tiveram apenas uma
presença comercial, apenas se questiona como Collette uma atriz com
alguma qualidade aceita um papel num filme como este.
O melhor – A
apresentação das personagens que ocupa segundos no filme.
O pior – Reavivar um
franchising que todos já tinham percebido ser completamente vazio.
Avaliação - D-
Saturday, March 11, 2017
Kong: Skull Island
A saga dos monstros tem
sido um dos projetos mais ambiciosos e ao mesmo tempo dispendiosos
que hollywood tem entre as mãos. Depois do sucesso comercial e
critico de Godzilla surge aqui o segundo filme que nos fala de King
Kong e a sua origem. O resultado critico do filme foi positivo com
avaliações positivas e comercialmente as coisas mesmo sem serem
extraordinarias parecem ir no bom caminho.
Sobre o filme confesso
que a ideia de reboot atrás de reboot demonstra bem a falta de
ideias que hollywood neste momento vive e nem o facto de trazer
argumentistas de renome como Dan Gilroy para ideias já existentes me
convencem sobre esta forma de fazer cinema. Sobre esta ideia penso
que a mesma e mais comercial do que ideologica e que tem como
objetivo maximo pautar a capacidade do realismo dos efeitos especiais
atuais mais do que em termos narrativos trazer algo de novo ao já
existente. Nesse ponto o filme segue este ponto sendo tecnicamente
irrepreensivel, conseguinto intensidade das sequencias mais marcantes
com um estilo de realização que segue a assinatura que Godzilla já
tinha tido.
Em termos de argumento
pouco risco, e alguma capacidade do filme em detalhes cumprir todas
as necessidades de um blocbuster funcional, com intensidade nos
climax, filme com ideias simples e algum humor, onde sabe
perfeitamente quais as personagens mais proximas do publico
trabalhando-as do ponto de vista do humor, e com uma boa gestão de
tempo.
Por tudo isto e facil
considerar este filme um bom projeto em termos comerciais já que
consegue ter os elementos todos que fazem um filme agradavel de se
ver. Mesmo que estes valores sejam mais significativos do ponto de
vista tecnico do que narrativo, penso que existem franchising em pior
estado, sendo que esta saga dos monstros tem conseguido com
realizadores novos conseguir convencer comercialmente e criticamente.
A historia fala da
origem do rei King Kong, um grupo que tenta descobrir umas ilhas não
identificadas na terra percebe que a mesma é vivida por estranhos
seres liderados por um gorila enorme, que mais que causar perigo
tenta defender o seu territorio.
Em termos narrativos de
base o filme tem uma historia simples e limita-se a seguir nos
parametros base aquilo que o filme já era. Consegue dar alguma força
do ponto de vista de entertenimento com personagens simples e
momentos comicos que potenciam melhor as sequencias de acção, mesmo
nunca sendo prodigo em originalidade.
A realização de um
filme como este é sempre complicado porque obriga a auxiliar efeitos
especiais com tentativa de assinatura propria e o filme consegue
isso, sendo Jordan Vogt-Roberts uma das grandes surpresas do filme,
consegue imagens de primeira linha e um realismo interessante em
sequencias de uma dificuldade muito elevada.
Nao e um filme que
exija grande coisa dos seus seus protagonsitas e acaba por não ter
grandes momentos de interpretação. Penso mesmo que as personagens
centrais do filme são demasiado vazias, dando mais força as
secundarias principalmente Johnny C Reilley que tem o papel de maior
destaque no filme.
O melhor – O nivel
tecnico do filme.
O pior – Os
protagonistas pouco carismaticos
Avaliação - B-
Wednesday, March 08, 2017
Catfight
As comedias
independentes ainda vão sendo o genero que periodo a periodo
lembram-se de actores e atrizes que entraram no esquecimento dando,
no caso de sucesso um novo impulso a carreiras paradas. Isto e o que
tenta fazer este particular filme que chama a si três atrizes longe
do sucesso de outros tempos. Pena e que o filme mesmo conseguindo
algumas boas criticas em festivais menores seja completamente
inexistente em termos comerciais o que faz com que todas voltem ao
lugar onde estavam.
Sobre o filme penso que
a premissa do mesmo é interessante, uma ideia creativa da forma como
duas enimigas mudam a face ao longo do tempo, o que acaba por juntar
na intriga principal um lado moratório positivo mas mais que isso
também me parece um filme curioso, com alguns momentos bem escrito
mas que perde onde normalmente os filmes independentes melhor
conseguem funcionar que é no detalhe.
E porque perde no
detalhe? Pois bem na tentativa de ser moderadamente engraçado o
filme exagera nos maneirismos e mais que isso na excentricidade dos
secundários o que acaba o filme por ser demasiado estranho e se
distanciar por vezes em demasia na initriga central. A satira na
forma como existe o reverso da medalha já era descontraida e mais
que isso para o filme funcionar neste aspeto mas parece que no
restante vai longe de mais na tentativa de se diferenciar.
Ou seja um filme com um
balanço moderado que é mais funcional em termos globais do que na
especialidade, chegamos a determinada altura do filme a pensar que o
filme poderia funcionar melhor principalmente apos o primeiro twist,
mas depois demora algo para um novo confronto entre as personagens
centrais o que faz o filme naturalmente ir quebrando o seu ritmo.
A historia fala de duas
enimigas de infancia que encontram-se passado muitos anos com modos
de vida completamente diferentes. Contudo um confronto fisico entre
ambas vai mudar a vida delas, que acabam por se encontrar agora no
polo oposto.
Sobre o argumento
parece claro que o filme tem qualidade na forma simples como consegue
contar uma historia curiosa e que mesmo com uma toada leve consegue
ser moralmente interessante. Depois perde um pouco na definição das
personagens com menos peso as principais mas com pior funcionamento
as secundarias e isso acaba por tornar o filme em alguns momentos
algo absurdo.
Na realização o filme
depende em demasia das sequencias de combate e estas convenhamos
poderiam ser de muito mais impacto, quer em termos esteticos quer em
termos de duração. No restante a tipica abordagem de cinema
independente, de um realizador que apenas se dedica a este estilo.
No cast duas actrizes
que nunca foram de primeira linha em papeis proximos daquilo que
foram transparecendo na vida privada Anne Heche como homosexual, com
maneirismos masculinos e Oh mais sofredora e mais descontraida em
papeis simples que funcionam principalmente pelas diferenças. O
regresso de Silverstone é marcado por uma personagem demasiado
desinteressante.
O melhor – A ideia da
intriga central do filme.
O pior – Alguns
apontamentos especificos que tiram peso ao filme.
Avaliação - C
Tuesday, March 07, 2017
Wolves
Existe diversas formas de pensar um filme de desporto, mas a mais comum é que o filme seja baseado em factos veridicos de forma a homenagear os mesmos. Dai que é estranho para um filme exatamente sobre desporto que o mesmo seja criado de raiz, sob a forma de drama. Isto é o que represente esta pequeno filme que apenas agora chegou aos ecras e de uma forma silenciosa quem sabe aproveitanto a nomeação de Shannon ao oscar. Comercialmente o filme tinha quase nenhuma ambição, criticamente os resultados foram extremamente medianos e sem expressão.
Os filmes sobre desportos coletivos são na sua generalidade representações da realidade quando não o são, o mesmos tem por norma que ter algum elemento diferenciador que os retire de imediato da marasmo que são os filmes de domingo à tarde. Este tenta sublinhar-se com uma toada mais noir da forma de vida do protagonista totalmente emaranhado numa vida familiar caotica. COntudo o filme não consegue ser nada realista neste segmento juntando-se de imediato ao tipo de filme onde o impossivel acontece para a realização final, e nisso podemos dizer que o filme é claramente limitado no seu alcance.
Mas os problemas do filme não se ficam por esta incapacidade de se levar a serio e pela dictomia entre o drama intenso e o filme de domingo a tarde de ultrapassar adversidades. Na verdade parece sempre que o filme tem dificuldades na concretização das persoangens, na forma como as mesmas se manifestam durante os conflitos, parecendo sempre retraido e com dificuldade em se assumir. Por este respeito podemos dizer que se trata de um filme de serie B, sem capacidade de se impor em nenhum dos seus elementos.
Por este facto sublinho ser mais adepto de adaptações desportivas que aconteceram, pelo carater factual dos mesmos e pela exigencia ser menor, já que caso contrário parece-me pouco o que filmes como este representam em termos de dimensão e de significado.
A historia fala de um jovem inserido numa familia problematica muito por culpa de um pai alcoolico e com problemas no jogo, que acaba por condicionar a sua entrega ao basquetebol. No momento em que começa a ser observado por uma universidade o jovem ter de assumir a sua entrega ao desporto que ama.
Em termos de argumento o filme parece um conjunto de cliches, quer no lado familiar dantesco, que parece tudo fazer para complicar o seu desenvolvimento a todos os niveis, quer na realização desportiva e no climax final completamente desprovido de realismo, parecendo um conto de fadas para os mais pequenos.
Na realização Bart Freundlich é um realizador que gosta de desporto, mas que ainda não conseguiu se fazer notar em qualquer um dos filmes que assumiu. Aqui mais uma vez um trabalho simples, melhor nos momentos desportivos do que nos outros.
Por fim no cast se por um lado Shannon e garante de qualidade em personagens que apontam para o lado obscuro, Gugino funciona bem também no seu lado mais maternal. O problema é que o protagonista Taylor John Smith esteja longe de grandes virtudes, parecendo sempre algo perdido perante o destaque que lhe é dado.
O melhor - Alguns momentos de realização nas sequencias de jogos.
O pior - A forma como se faz algo tão pouco rebuscado partindo de algo não ocorrido
Avaliação - C-
Os filmes sobre desportos coletivos são na sua generalidade representações da realidade quando não o são, o mesmos tem por norma que ter algum elemento diferenciador que os retire de imediato da marasmo que são os filmes de domingo à tarde. Este tenta sublinhar-se com uma toada mais noir da forma de vida do protagonista totalmente emaranhado numa vida familiar caotica. COntudo o filme não consegue ser nada realista neste segmento juntando-se de imediato ao tipo de filme onde o impossivel acontece para a realização final, e nisso podemos dizer que o filme é claramente limitado no seu alcance.
Mas os problemas do filme não se ficam por esta incapacidade de se levar a serio e pela dictomia entre o drama intenso e o filme de domingo a tarde de ultrapassar adversidades. Na verdade parece sempre que o filme tem dificuldades na concretização das persoangens, na forma como as mesmas se manifestam durante os conflitos, parecendo sempre retraido e com dificuldade em se assumir. Por este respeito podemos dizer que se trata de um filme de serie B, sem capacidade de se impor em nenhum dos seus elementos.
Por este facto sublinho ser mais adepto de adaptações desportivas que aconteceram, pelo carater factual dos mesmos e pela exigencia ser menor, já que caso contrário parece-me pouco o que filmes como este representam em termos de dimensão e de significado.
A historia fala de um jovem inserido numa familia problematica muito por culpa de um pai alcoolico e com problemas no jogo, que acaba por condicionar a sua entrega ao basquetebol. No momento em que começa a ser observado por uma universidade o jovem ter de assumir a sua entrega ao desporto que ama.
Em termos de argumento o filme parece um conjunto de cliches, quer no lado familiar dantesco, que parece tudo fazer para complicar o seu desenvolvimento a todos os niveis, quer na realização desportiva e no climax final completamente desprovido de realismo, parecendo um conto de fadas para os mais pequenos.
Na realização Bart Freundlich é um realizador que gosta de desporto, mas que ainda não conseguiu se fazer notar em qualquer um dos filmes que assumiu. Aqui mais uma vez um trabalho simples, melhor nos momentos desportivos do que nos outros.
Por fim no cast se por um lado Shannon e garante de qualidade em personagens que apontam para o lado obscuro, Gugino funciona bem também no seu lado mais maternal. O problema é que o protagonista Taylor John Smith esteja longe de grandes virtudes, parecendo sempre algo perdido perante o destaque que lhe é dado.
O melhor - Alguns momentos de realização nas sequencias de jogos.
O pior - A forma como se faz algo tão pouco rebuscado partindo de algo não ocorrido
Avaliação - C-
Sunday, March 05, 2017
50 Shades Darker
Depois
do sucesso do livro e principalmente depois do sucesso do primeiro
filme, não existia forma desta sequela não se tornar facilmente num
dos primeiros hits do ano 2017, mesmo após o primeiro filme ter
ganho os razzie awards. Este segundo filme as coisas não melhoraram
em termos criticos outra vez com avaliação muito negativas, e
comercialmente com resultados interessantes mas mesmo assim longe do
extraordinario sucesso que foi o primeiro filme.
Sobre
a historia, convem sublinhar que desde o meu primeiro contacto com
esta historia ainda em versão papel, percebi que se tratava de um
vazio de ideias consumistas, moratoriamente discutivel e sem qualquer
percepção do que é uma narrativa e personagens. Visto dois filmes
o obvio aconteceu um pessimo livro tinha de resultar num filme com o
mesmo valor.
E
inacreditavelmente pessimo o que vimos neste filme com quase duas
horas de duração, as intrigas, os conflitos o suspense são presos
a dois ou tres focos narrativas que desaparecem ou são resolvidos de
uma forma que um adolescente com ideias conseguiria fazer de uma
forma bem mais coerente. MAs o problema e que estes dois apontamentos
acabam por ser totalmente abandonados para dar primazia a uma relação
completamente apatica que apenas existe para servir as sequencias de
sexo soft.
Ou
seja um dos piores exercicios cinematograficos que tenho memoria,
muito por culpa de um dos argumentos mais mal construidos quer na
base quer na execução que me lembro. Claro que o livro tem culpa
mas isto a determinada altura faz o espetador pensar que o objetivo
do filme e ser fraco e ai cumpriu sem duvida alguma os seus intentos.
O
filme segue onde o primeiro filme acabou, ou seja apos perceberem que
com as suas filosofias de vida Ana e Grey não combinam o segundo
tenta mudar para fazer tudo funcionar, mas o seu passado começa a
ter aparições fugazes.
O
argumento e completamente vazia, futil e consumista, sem qualquer
imperativo moral, e na forma como acaba por se tornar ou resolver as
suas tramas é absurdamente amador, a sequencia do helicopetro e uma
das mais absurdas da historia do cinema.
James
Foley não estava em forma no cinema pelo que se tinha dedicado nos
ultimos anos a uma boa colaborãção em series como por exemplo
house of cards. Aqui tenta o regresso num filme que nunca poderia
resultar e que acaba por dar a machadada final na sua presença na
setima arte, com excepçao do termino da triologia.
No
cast, até acho que Johnsson cumpre o necessario para a sua
personagem, pela simplicidade e por também a personagem não lhe
requerer muito. Dorman tinha em si um peso maior por ser um filme
cujo alvo é o publico feminino e falha, nunca transmite carisma e
autoridade e isso era essencial.
O
melhor - Já so falta um
O
pior - Um argumento que parece escrito por um menor de cinco anos de
idade.
Avaliação
- F
Resident Evil: Final Chapter
A adaptação do cinema
aos video jogos já tem quase mais de duas decadas. Um dos primeiros
filmes que acabou no grande ecra foi Resident Evil, há cerca de
quinze anos teve o primeiro filme, e ao que tudo indica tem aqui o
seu ultimo, depois de filmes sempre a resultar melhor comercialmente
do que em termos criticos, este ultimo episodio foi mais do mesmo. Ou
seja em termos criticos uma indiferença ligeiramente melhor do que o
negativismo de outros filmes, em termos comerciais muito aquem de
outros filmes, confirmando o que já tinha dado mostras ou seja que
se tratava de um franchising totalmente em rutura.
Sobre o último
episodio, parece fundamental antes de mais contextualizar que em
momento algum fui grande adepto da saga, principalmente porque me
parece que se torna repetitiva de filme para filme, ressuscitando
personagens conforme a disponibilidade dos seus interpretes e
parecendo nunca ter um plano de inicio e fim para a saga. Neste filme
é mais do mesmo, para um ultimo capitulo parecia obvio que mais que
grandes sequencias de acção o filme deveria ter uma conclusão um
elo narrativo que fizesse a ponte entre tudo, e acaba por não ter,
acaba tudo por ser mais noventa minutos de sequencias de acção nem
sempre bem realizadas e o final comum.
Alias os primeiros
quarente minutos do filme são de uma total inexistencia de
argumento, acabando por ser uma sequencia de preseguição e tiros,
para potenciar a personagem central como heroina de acção. O
problema e que ao longo da saga este tipo de sequências acabaram por
ser mais de metade dos filmes, que nunca teve a capacidade ao longo
de cinco filmes de ser aquilo que é mais necessario criar um intriga
que realmente interessasse e deixasse os espetadores a procura do que
viesse a seguir. Parecia sempre uma saga a preparar-se para o fim.
O ponto mais positivo e
que provavelmente não teremos mais disto, a febre de adaptações de
videojogos que nunca deu grandes resultados podera ter perdido aqui
um dos seus antecessores esperando os adeptos do bom cinema que não
regresse em mais um reboot simples, ou caso isso aconteça que venha
com mais valias que este franchising nunca conseguiu ter.
O filme continua a saga
de Alice, contra a colmeia e com os resultados do virus disseminado
num futuro sem humanidade, neste ultimo capitulo tera respostas sobre
a sua existência e mais que isso sobre a origem de tudo.
Em termos de argumento
o filme baseia-se no final da saga, preenchendo o restante da duração
com sequências de acção vazias a maior parte das quais sem grande
fundamento ou importância para a historia. As personagens continuam
vazias como os filmes anteriores.
Paul W S Andersson e a
figura maior na adaptação dos videojogos ao cinema e um dos
realizadores com pior critica de hollywood. Entregou-se a esta saga
onde mesmo na abordagem foi repetitivo na tentativa de sequências de
luta interessantes, pareceu sempre algo limitado nas abordagens.
E obvio que em termos
de cast, este é o tipo de filme que não chama atores de primeira
linha, dai que neste registo o filme seja quase inexistente. Jovovich
apenas fazia carreira com esta personagem e os restantes são
oriundos de series, procurando trabalho na industria maior.
O melhor – O fim da
saga
O pior – Teve seis
capitulos
Avaliação - D-
Logan
Esta marcado o arranque
do periodo dos blockbusters que nos ultimos anos ascendeu a Março em
deterimento do historico Maio. Para o arranque temos a FOX ainda com
a chancela dos filmes X-men, fechar a triologia da sua personagem
mais carismatica Wolverine. Os resultados parecem indiciar que se
trata do melhor filme dos três criticamente surpreendeu pela
positiva os avaliadores e comercialmente os primeiros resultados
demontram sucesso, embora ainda seja precoce avaliar a sua dimensão.
Sobre o que vale a saga
Wolverine até ao presente filme sempre me pareceu que se tratava de
uma serie em bruto sobre uma personagem com muito mais potencial de
entertinimento do que propriamente aquilo que os filmes aproveitavam
dele, acabando na maior parte por ser filmes demasiado de acção,
com nenhum reflexo das suas caracteristicas, algo que a saga x-men em
si sobre melhor aproveitar. Este pese embora com mais nuances vai no
mesmo caminho, de um filme duro, fisico e de acção plena, tentando
nos dar o lado animal do personagem.
Mas é claramente no
contexto que o filme tem as suas virtudes e mais que isso a sua
coragem. Fazer um filme sobre super herois em decadência perto do
fim, é uma atitude de total coragem da abordagem ao filme, mesmo que
isso tira alguma espetacularidade ao filme, ou retire do mesmo a
força dos efeitos especiais, o filme é mesmo isso sobre o fim,
sobre a idade e sobre o momento em que deixamos de ser quem somos,
mesmo que sejamos um super herois, e nesta abordagem esta não so a
grande diferença criativa do filme, mas também o lado corajoso do
mesmo.
Em termos do que
realmente é narrativa temos alguma simplicidade e uma historia
comum, sem grandes rasgos humoristicos a não ser uma ou outra
situação isolada, um vilão algo froxo, mesmo que bem interpretado,
mas e o fim de uma triologia paralela ao X-Men uma opçao errada da
FOX, que acaba por dar alguma confusao a quem segue ambos os filmes.
A historia fala no
futuro momento em que o professor xavier se encontra escondido aos
cuidados de Logan, inserido na sociedade de uma forma anonima, até
que o aparecimento de uma pre adolescente com poderes muito
semelhante aos seus os vai fazem embarcar numa ultima aventura.
Em termos de argumento
todo o valor e originalidade do filme esta na forma corajosa como que
não tem medo de por super herois rentaveis no fim da linha. Na
narrativa em si o filme não e propriamente diferente dos seus
antecessores, uma abordagem mais ligeira e com algum humor seria mais
condizente com o valor global de wolverine.
James Mangold e um
realizador de um nivel alto em hollywood dai que a sua abordagem
neste filme tenta mais ser artistica como se tratasse de um western
dos tempos modernos, do que propriamente um filme de super herois,
quase nunca pede ao filme grandes efeitos especiais, mas em termos de
evolução temporal parece ser pouco arrojado.
No cast poucos filmes
de super heroi exigem tanto de um actor como este de Hugh jackman,
quer a niveis interpretativos como fisicos a interpretação é de
muito bom nivel, constatando que mesmo em blockbusters em personagens
bem escritas podemos ter excelentes interpretações, de um actor que
encaixou como uma luva numa personagem desta dimensão, sendo que o
mesmo pode-se dizer de Patrick Stewart embora sem tanta força
global. Vamos ter pena de provavelmente não os ver mais nestes
papeis.
O melhor – A coragem
de uma abordagem limite num filme de super herois.
O pior – Como os dois
filmes da triologia demasiado rigido na narrativa
Avaliação - C+
Punching the Clown
O cinema independente é
cada vez mais uma constante ao longo de todo o ano, um dos generos
mais comuns nestye tipo de industria acaba por ser o melodrama sob a
forma ligeira de comedia. Um dos filmes que foi exibido em alguuns
festivais durante o ano passado foi este pequeno filme, que conseguiu
reunir criticas aceitaveis pese embora a sua pequena dimensão.
Comercialmente a falta de grandes figuras principalmente nos
principais papeis acabaram por resultar em inexistencia comercial.
Se existe coisa que
numa comedia é sobjetivo é a forma como a mesma funciona em termos
de humor junto ao publico, eu pessoalmente nunca fui fã do sentido
de humor masoquista e o filme e na essencia isso e nada mais, ou seja
uma hora de espetaculos de sitcom muitos dos quais cantados, com um
sentido de humor proprio mas que no meu caso não funcionou não
conseguindo me fazer libertar uma unica gargalhada, ficando apenas a
mensagem que mesmo as coisas sem piadas que metem piada por isso
acabam por poder funcionar.
Ou seja na essencia
temos um filme pequeno sobre o mundo da industria da televisao com
alguma satira mas que perde pela aposta no sentido de humor muito
proprio, nem sempre engraçado e um ritmo na minha opinião demasiado
lento, em determinados momentos o filme torna as sequencias de stand
up demasiada longas e as mesmas acabam por ser demasiado repetitivas
e nem sempre engraçadas.
Podemos sempre
sublinhar a mensagem e conteudo subjacente mas mesmo esse quando os
filmes acabam por ser algo lentos e repetitivos acabam por se diluir
naquilo que o filme realmente vale como obra e aqui parece obvio que
se trata de um filme na essencia demasiado cinzento.
A historia fala de um
comediante cantor, que depois de um insucesso no mundo da televisão
acaba por fazer sucesso com o seu insucesso, tornando-se de repente
uma figura da televisao onde a sua falta de talento ou mesmo de graça
acabam por ser os seu principais ingredientes.
Em termos de argumento
parece-me claro que se trata de um filme com um objetivo claro mas
que na sua concretização tem algumas dificuldades principalmente em
encontrar o seu tom, muitas vezes o filme torna-se demasiado
repetitivo com sequencias muito longas o que lhe quebra o ritmo.
Na realização Gregori
Viens um desconhecido da setima arte tem um trabalho simples dando
primazia a sua personagem e momentos de televisão. Parece-me que
quer o filme quer a realização não são passiveis de grandes
valores assumidos.
Em termos de cast, o
filme é totalmente entregue ao seu protagonista o humorista Henri
Phillips o que torna o filme quase auto biografico e por isso de
dificil analise enquanto interpretação. Nos secundarios com a
presença de Sarah Silverman e JK Simmons o filme não explora muito
as suas personagens.
O melhor – A critica
de que cada vez mais a falta de talento pode conduzir ao sucesso
O pior – Um filme
demasiado repetitivo e na essencia demasiado preparado para um
espetaculo de stand up comedy
Avaliação - C-
Friday, March 03, 2017
Collateral Beauty
Collateral Beauty foi
apresentado logo no inicio do ano como um dos filmes como ambições
de prémios, principalmente pelo excelente elenco reunido e mais que
isso pela formula de emoções ganharem vida num filme positivo em
momentos de natal. Após as primeiras visualizações percebeu-se que
criticamente o resultado foi absolutamente destastroso com avaliações
muito negativas, o que o tornou de uma forma clara em termos criticos
um dos grandes floops do ano. Em termos comericias e contagiado pelas
avaliações as coisas também não correram pelo melhor com
resultados modestos principalmente tendo em conta o naipe de actores
que o filme conseguiu reunir.
Sobre o filme em si, eu
penso que a intenção do filme até é original, numa mensagem
positiva, o problema e claramente a forma como o resultado é
concretizado e o facto do filme em grande parte da sua duração ser
um total vazio de ideias, conjugando lugares comuns de uma forma
previsivel e sequencias interminaveis da personagem central sozinha,
para demonstrar a sua tristeza. A grosso modo, expremido o resultado
do filme temos muito pouco para além de uma ideia ambiciosa que
poderia resultar mas que na essência nunca o consegue fazer.
E porque é que não
consegue fazer, pois bem o filme nunca dá primazia as interações
da personagem central com os diferentes vetores do filme, acabando
por o dividir com outras personagens o que reduz a presença a duas
ou tres cenas o que é muito pouco para o filme, que parece que a
determinado momento desiste de ir mais longe e acaba por atalhar para
um final previsivel, que até pode funcionar com algum impacto mas
surge a ideia que vem demasiado cedo e que na realidade pouco se
passou até la, para alem de um exagero de sequencias do protagonista
em bicicleta e de dominos a ruir.
Para um filme com este
cast o resultado final teria obviamente de ser muito mais forte, o
filme teria de ter muito mais conteudo e o resultado ser
completamente diferente. Não poderia ser apenas um filme de
historias multiplas mal desenvolvidas com a força de um filme de
matine. Sem muito se perceber porque parece termos aqui um filme que
se perde, e parece desistir muito de si à imagem da personagem.
A historia fala de um
empresário extrovertido que apos a morte da filha por cancro acaba
por ficar depressivo e sem qualquer reação. Com a ajuda de três
colaboradores o mesmo vai começar a interagir com três vetores
distintos, o amor, o tempo e a morte, que acabaram por estar ligado a
qualquer um dos colaboradores.
O argumento tem uma
premissa original e que bem potenciada num bom argumento poderia
resultar com alguma diferença e impacto, o problema e que o filme
não consegue criar essa intensidade, esse conteudo quer nas
personagens quer no desenvolvimento da narrativa resultando em tudo
demasiado pobre.
Na realização e num
filme nem sempre muito trabalhado sob o ponto de vista das
personagens e dos seus movimentos, e na cidade de Nova Iorque que o
realizador consegue no ponto de vista estetico potenciar mais o
filme, com bons momentos, bem realizador coloridos dando ao filme o
que melhor nova iorque tem, contudo e insuficiente para fazer o filme
resultar noutros aspetos. Frankel é um realizador de filmes
familiares normalmente com algum resultado mas neste caso as coisas
não funcionaram.
Do ponto de vista de
cast, deve ser um dos melhores elencos que há memoria, sendo todo
ele mal aproveitado em personagens vazias pouco exigentes. Apenas no
fim Will Smith tem alguns bons momentos de intensidade dramatica, mas
quando o filme neste ponto de vista já não tem grande resolução.
O melhor – A forma
como alguns planos de Nova iorque nos são dados
O pior – Ter os
melhores condimentos do mundo e fazer uma sandes sem grande sabor
Avaliação - C-
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