Saturday, October 31, 2015

Legend

Um dos trunfos que algumas produtoras tem assumido na luta pelos galardoes, e irem buscar não so actores, mas argumentistas e produtores de filmes que conseguiram atingir e lutar pelos oscares. Este ano muito dedicado aos gansgters por todo o lado surge este filme, no lado londrino da questão. Se comercialmente so la para o fim do ano vamos realmente perceber se o filme funcionou ou não criticamente as primeiras avaliaçoes não foram motivantes e provavelmente e menos um a contar e o valor comercial pode adquirir outra validade.
Estamos num ano curioso onde diversos estudios tentaram recriar alguns dos maiores criminosos organizados do mundo. Com dinheiro europeu, e acima de tudo apostado no estatuto estrela de Tom Hardy surge este filme, filme esse que tem algumas qualidades muito centradas no seu protagonista, e o filme quer isso, todo o filme reside na capacidade do actor dar dois lados diferentes, sendo que tudo o resto para alem das personagens centrais e colocado um pouco de lado, mesmo que estas sustentem a bom ritmo grande parte do filme, permitindo cenas inesqueciveis.
Dentro de uma tradição de cinema britanico de rua, este e um filme interessante que consegue ter uma boa historia de amor que e potenciada na diferença entre as duas, consegue conjugar bem entre generes, sendo contudo bem mais funcional em termos humoristicos e um pouco como comedia negra do que quando chama a si o drama como elemento central. E daqueles filmes que tem altos e baixos tem bons momentos mas conseguimos encontrar alguns defeitos na sua avaliaçao global.
E o maios problema de todos e comum a alguns filmes biográficos ou seja não ter um intriga definida tentando passar ao mesmo tempo diversos pontos da vida de ambos, pontos esses que abandonam e regressam quando já nos esquecemos dele, não temos um filme sobre um momento e um aspecto mas sobre muitos e isso tira alguma intensidade narrativa, ficamos ate metade do filme sem perceber onde o filme quer chegar e qual o seu objetivo que apenas e definido tardiamente no segundo segmento e sem tempo para o tornar fulgurante.
A historia fala dos irmãos Krey donos de bares nos anos sessenta em Londres e a da forma que os mesmos tem para dominar o submundo. Mais que um filme sobre cada um deles e a forma como a relaçao entre ambos se estabeleceu e a forma como isso condicionava tudo o resto.
Em termos de argumento podemos dizer que o filme funciona bem em cada aspecto, como na forma como as personagens, principalmente as duas centrais sao abordadas e caracterizadas, na especificidade de optimos momentos, na forma como o consegue ser engraçado. Perde mais no facto de uma definiçao tardia da historia central
Helgelan e um realizador com alguns filmes que se tornaram sucesso, mais recentemente com 42 mas a quem falta uma obra prima, a aposta neste filme seria em tornar este filme a sua mais valia, e o seu balanço para uma carreira de autor. Na realizaçao temos um filme tradicionalmente ingles, seguindo algum do estilo de Ritchie e Vaugh, dai que mesmo sendo funcional para aquilo que o filme queria, poderia ter perdido em originalidade.
No cast Tom Hardy tem um dos papeis mais dificeis e mais vistosos do ano, principalmente num dos seus papeis, o que torna o outro tambem bom e a forma como diferencia cada um deles em cada cena, são nestes projectos que crescem os actores e Hardy teve um ano fortissimo, que tem o epicentro neste filme, talvez não sera reconhecido por isso, pela menos boa carreira critica do filme, mas todos que virem o filme vao perceber que estamos perante um actor completo com uma pessima dicção. Browning tem um papel num filme melhor e isso pode ser produtivo na sua carreira, de resto pouco espaço porque o brilho e Hardy

O melhor – A divisão de Hardy e a diferença em cada uma das partes.

O pior – A definição tardia do seu epicentro


Avaliação - B-

Youth

Existe sempre um momento em que um realizador conceituado da critica europeia consegue chegar e atingir a critica americana. Normalmente num filme com algumas figuras desta industria. Podemos dizer que este e o filme em que Sorrentino se assume como um realizador de nivel mundial. Depois da apresentação em Cannes com essencialmente boas criticas pese embora tenha ficado a zero, o filme tornou-se com um potencial oscarizavel pese embora tenha vindo a perder alguma força. Comercialmente, pelo menos nos Estados Unidos onde apenas estreia em Dezembro não devera dar cartas, mas nunca sera essa a preocupaçao de um realizador como este.
Observar este filme é uma mistura de emoçoes, na fase inicial, pouco ligada que nos da quase nada sobre as personagens, temos um sabor agridoce, se tudo parece pouco logico e extremamente peculiar, a qualidade estetica com que o filme pensa cada uma das suas cenas desde o inicio ao fim e um conjunto de curiosidades so ao alcance de quem quer fazer um filme marcante acabam por agradar e anestesiar o espetador.
Com o decurso do filme, mesmo sem perder o lado mais metacognitivo mais eloquente o filme torna-se mais térreo, ganha narrativamente com isso, pese embora nunca perca o seu lado mais estranho, que ao mesmo tempo que seduz o espetador deixa-o sempre algo desconfortavel. Acabando por ser um filme não para multidoes, desconcertante com momentos de optimo dialogo, mas acima de tudo que perde com alguma rebeldia narrativa que o torna um filme para poucos.
Mesmo assim em algumas virtudes que o filme tem bastante assinalaveis, existe uma que e particularmente relevante e a beleza do filme, o contexto onde o filme e realizado, as opçoes por alpes suicos mas não so, a beleza e arte da forma como cada personagem se movimenta num contexto faz deste filme mais que uma obra de cinema, uma obra poetica e artistica recheado de quadros idealizados por alguem cujo sentido estetico estava bem aprimorado.
A historia fala de dois artistas que se encontram numa colonia de ferias onde fazem uma reflexao sobre a vida de ambos mas acima de tudo tentam pensar num futuro nas condiçoes que agora sofrem. Nestes momentos vao tambem decidir e resolver alguns conflitos que ainda mantém.
O argumento e rico no significado que o filme tem, na forma como faz de si um reflexo sobre uma vida que alguem a determinada altura tera que fazer. Os dialogos tem momentos epicos, pese embora na generalidade seja algo adormecido. Narrativamente temos um bom filme que por sua vez nem sempre acompanha a excelente realizaçao.
E na realizaçao de Sorrentino que reside toda a força do filme, e o aspeto que eleva o filme para um patamar forte, a forma como escolhe e estuda cada sequencia, na forma como mistura estilos sem nunca perder o sentido de beleza e perfeiçao fazem este trabalho em termos de realizaçao como um filme singular e marcante.
No cast temos dois papeis de grande referencia Caine encabeça o filme com um papel sofredor que desempenha muito a custa da intepretaçao corporal, é um bom papel embora me pareça exagerado as pre menções para premios, principalmente num ano onde outros registos já chamaram a atençao. Keitel e um secundario de luxo como habitualmente é, fornecendo o lado mais descontraido ao filme. Fonda e Weisz em papeis mais pequenos tem cenas fortes e nesse caso pode valer alguma menção.


O melhor – A realizaçao de Sorrentino

O pior – Perder-se por vezes em divagações narrativas


Avaliação - B

Friday, October 30, 2015

The End of the Tour

Sundance tem um espirito muito proprio no que diz respeito ao cinema que fala sobre uma multiabordagem de diferentes artes. Dai que seja facil perceber que este filme que junta o jornalismo, a literatura e o cinema seja um bom exemplo do que Sundance quer. Talvez por isso ou por mais o filme foi bem recebido com avaliaçoes essencialmente positivas, pese embora não tenha estado em competiçao. Do ponto de vista comercial o filme teve algumas dificuldades nao sendo um filme também talhado para este tipo de resultado, criticamente conseguiu até ao momento algumas das melhores recepções do ano.
Sobre o filme é facil perceber que se trata de um filme que centra todo o seu valor nos dialogos, e é facil perceber que os mesmos são fortes, originais, sobre o que realmente pode ser a ligaçao entre duas pessoas que se conhecem, para alem do trabalho de cada uma. Até aqui todos os louros que o filme tem recolhido são em toda a via meritórios. Contudo parece que a unanimidade em torno do filme é tambem ela exagerada. O filme não tem uma historia particularmente interessante, intensa ou motivadora, muito pelo contrario, e um filme parado numa ideia, bem realizada é certo mas muito limitada no alcance.
Parece-nos por isso, mesmo sendo um filme competente, um filme a quem falta algum coraçao, muitas vezes e nesses pontos que os filme se tornam inesqueciveis e as obras de arte, este e um filme que conseguimos gostas, principalmente em algumas conversas, e principalmente em algumas particularidades da sua figura central mas que nao e, nem tem corpo para ser mais que isto.
Dai que seja surpreendente observar este filme como um dos mais bem avaliados no presente ano, o que demonstra bem que é facil gostar de filmes quando encontramos jornalistas ou a "rolling stone", pensamos que o filme poderia ir mais longe em termos de abrangência de intensidade e mesmo na forma como o filme atinge de forma facil objectivos totalmente centrados num bom argumento.
A historia fala de um jornalista em inicio de carreira, que posteriormente se tornaria a figura maior da conceituada "Roling Stone", e a entrevista que o mesmo faz a um peculiar escritor, seguindo-o durante uma tour de um livro.
E no argumento que reside a grande força do filme, principalmente na forma como os dialogos conseguem dar bastante de cada uma das personagens sobre questoes centrais da existencia de ambos, e nos dialogos que o filme tem a sua força e na forma como eles constroem as personagens.
Na realizaçao temos um dos meninos queridos da critica independente Ponsoldt ja no ano passado tinha chamado a atençao no melancolico Spetacular Now, aqui volta a ter louros, mas parece obviamente que seja uma realizador bem mais compentente na escolha dos guiões do que propriamente na realizaçao que efetua.
No cast temos dois elementos centrais Eisenberg tem o papel comum, frases longas, ditas a grande velocidade e pouco impressionante principalmente quando comparado com outros papeis semelhantes que o mesmo ja o fez. os melhores louros estão com Seagal que apresenta um papel bem diferente do habitual, menos histérico mais modesto com expressividade facial que o torna no melhor papel de uma carreira, muito por culpa de um bom argumento

O melhor - O argumento

O pior - A histeria do filme ter levado a expetativa para um lado estratosferico

Avaliação - C+

Wednesday, October 28, 2015

Meadowland

A par do festival de Sundance existe um outro ainda mais independente que nos ultimos anos tem atraido diversas atenções pela forma como consegue conjugar o cinema independente com a presença de algumas figuras conhecidas do cinema actual. Falo obviamente do festival de Tribecca em Nova Iorque. Um dos filmes que foi apresentado neste certame foi este drama familiar, que mesmo sem grande entusiasmo foi bem recebido, e comercialmente sofre como todos os filmes independentes primeiro para estrear e depois para ter resultados minimamente visiveis o que acabou por não ser o caso.
O cinema independente dramatico tem na minha opiniao um problema muito grande, o nao ter grande elementos diferenciadores e neste filme temos mais disso, ou seja um filme sobre um drama intenso bem traduzido na forma como as personagens sao descritas em sofrimento mas pouco mais. Grande parte da duração do filme e a tentar interpretar silencios e isso pese embora possa dar e transmitir a dor das persoangens parece-me algo facil, e uma forma pouco creativa de fazer cinema por isso estive longe de ser entusiasta de um filme que utiliza em muito este estilo.
Claro que a determinada altura principalmente quando as personagens explode, acaba por ter mais impacto emocional principalmente na forma como o sofrimento e traduzido e nisso o resultado e o esperado, num projeto deliberadamente escuro, cujo objetivo mais que contar uma historia e espelhar o sofrimento das personagens com algum tão forte.
Em resumo um filme independente dentro de uma base que por vezes e comum neste tipo de registo, mas ao qual falta algo que lhe de alguma personalidade e o diferencie de um genero cada vez com mais filmes, que buscam a intimidade dos personagens nao pela sua comunicação verbal mas pelas suas expressoes e comportamento. O filme acaba por ser isto.
A historia fala de um casal que após um ano do desaparecimento enigmatico do seu filho tenta se ajustar a esta realizadade com todos os dados que uma situação como esta pode causar a individualidade e mesmo ao agregado familiar.
O argumento e muito limitado, quando se opta pelo silencio como forma de expressão e obvio que o resultado e um argumento pobre, sem nada de particular destaque, ainda para mais quando a linhagem narrativa e curta e obvia.
Na realizaçao temos a estreia de Reed Morano conhecida cinematogrofa de filmes independentes que aqui se estreia ao leme, normalmente esperamos mais originalidade mais imagem quando os filmes vem de alguem deste campo, não possa dizer que o seu cunho não está presente e mais discutivel se ele funciona.
No cast temos o foco localizado em dois actores longe dos seus campos de trabalho. Wilde tem talvez o papel mais dificil e exigente da sua carreira, e dá a intensidade e o peso dramatico e fisico que ele precisa, não sendo um papel de encher os olhos surpreende por ser numa actriz habituada a papeis bem mais soft. O mesmo poderesmo dizer relativamente a Luke Wilson que nos pareceu contudo mais desconfortavel fora da sua zona de conforto. Ja era previsivel algumas limitaçoes do mesmo em drama e aqui comprova-se algumas delas.

O melhor - O impacto emocional das quebras do silencio.

O pior - O silencio como forma de expressao e cada vez sinonimo de um cinema mais facil

Avaliação - C

Sunday, October 25, 2015

Hitman: Agent 47

O cinema nos ultimos quinze anos adaptou a maior parte do tempo sem sucesso diversos filmes baseados em jogos mais ou menos conhecidos, aluguns dos quais já vao em segundas tentativas de fazer um franchising funcionar, o que é este filme, uma segunda tentativa de transformar Hitman num sucesso comercial. Os resultados como já tinham acontecido com o primeiro filme foram mais uma vez muito fracos quer comercialmente onde ficou muito aquem de um limiar de razoabilidade mas acima de tudo criticamente com algumas das piores avaliaçoes do ano.
É obvio que Hitman como a maior parte dos videojogos e um campo de trabalho limitado para qualquer realizador, já que não temos muito mais do que uma agente apostado em matar meio mundo para o qual e contratado. E os filmes tem medo de rechear o personagem porque lhe retiraria aquilo que ela e. O resultado disso sao filmes absolutamente vazios que mais não sao do que simples e penosos exercicio se estilo visual de uma personagem com algun carisma pela idumentaria e nada mais.
Nos pontos em que o filme tem que acrescentar muito pouco a tipica historia de intriga entre bons e maus, nem muito esclarecida, um passado que tambem tem influencia no presente mesmo que o filme nunca queira perder tempo com grandes flashbacks e acima de tudo muitas situaçoes para o heroi matar muita gente com o seu estilo.
Tudo isto e demasiado redutor no cinema de 2015, transformando o filme num fraco filme de acçao serie B, a todos os niveis, mas principalmente porque numa das tipicas caracteristicas destes filmes tambem não esta presente que e um vilao forte e carismatico o que temos limita-se a duas ou tres frases chavoes. Mais que um mau filme um filme com a preguiça de ir para alem do quem jogo de computador e, e quando isso é so pode não resultar.
A historia fala dos criadores do programa de agentes e a tentativa de um novo grupo encontrar o mentor do mesmo para potenciar novamente o programa algo que tera a contrariedade quer do agente 47, mas da filha do criador tambem ela alterada.
O argumento e pobre a todos os niveis, se o campo de trabalho era obviamente diminuto, nada e acrescentado acabando o argumento por ser um total vazio de creatividade e elementos tipicos num argumento como dialogos, e capacidade de transmitir alguma coisa ao espetador.
Na realizaçao uma estreia, Bach, tinha aqui um filme com alguns meios, a quem não se esperaria grande arte, mas acima de tudo algum estilo e o que e certo e que dos elementos do filme este parece aquele que menos dano da ao resultado final, não sendo uma realizaçao de grande nivel, tem alguns aspectos que favorecem o carisma da personagem e isso era o minimo exigido.
No cast o filme tem escolhas de segunda linha, Rupert Friend e um actor quase desconhecido do grande publico e tinha aqui uma personagem com algum renome, o resultado e dual, se quando não fala acaba por funcionar esteticamente quando tem que se expressar o lado vazio deixa de estar presente e isso contraria alguns fundamentos da personagem, dai que não posso dizer que a escolha foi totalmente acertada. Do lado dos viloes um Quinito longe de forma que mostrou que tirando Star Trek e um actor com extremas limitaçoes e o seu percurso coloca a nu as mesmas.

O melhor – Alguns momentos de realizaçao que potenciam o carisma da personagem.

O pior – Limitar-se ao vazio do argumento de um video jogo


Avaliação - D+

Saturday, October 24, 2015

Crimson Peak

Sempre que Guillermo del Toro lança um novo filme de imediato o mundo do cinema espera algo de particularmente original em todos os segmentos ainda para mais quando toca no fantastico e no horror genero de referencia do realizador. Contudo apos as primeiras visualisações não houve um grande entusiasmo em torno de um filme que mesmo obtendo boas criticas não foi fulgurante comercialmente tambem ficou bem longe do que conseguiu noutros filmes, suficiente para ser considerado um floop relativo, parece que sim.
Sobre o filme, podemos dizer que o filme mais artistico e talvez mais visual do ano seja um filme banal, muito por culpa de uma historia repetitiva, pouco densa, e acima de tudo extremamente previsivel. Todos os louvores e são muitos que o filme merece na forma como cada imagem do mesmo e uma obra de arte inspirada num estilo gotico detalhado que nos encanta, em termos de argumento mesmo perante muitas tentativas encontramos muito pouco de particularmente interessante e isso num filme de Del toro tem que ser obviamente valorizado.
Muitos podem dizer e o genero que não permite, embora em parta concorde, ao falar de Del Toro tenho mais dificuldades em o fazer, já que se existe realizador que já provou conseguir funcionar a todos os niveis neste estilo foi ele, parece-me e que a aposta foi total nas componentes tecnicas do filme desleixando em muito o lado narrativo e do argumento, dai que o sabor seja agridoce no fim do filme.
Crismon Peak mesmo sendo talvez o filme mais bonito do realizador, peca em muitos pontos, desde logo as personagens, demasiado vagas, a relaçao central, e sempre demasiado ambigua para o peso que a mesma tinha de ter para fazer o sentido final do filme resultar, e pior que isso a falta de um verdadeiro climax o final do filme e rapido como se o filme não tivesse muito mais para potenciar, e provavelmente narrativamente não tinha.
O filme fala de uma jovem escritora que apos casar com um peculiar industrial e sonhador da argila, mas falido descola-se com o mesmo para uma estranha casa ao abandono onde o mesmo reside com a irma, ai tudo começa a ser demasiado estranho, entrando num submundo espiritual.
Em termos de argumento, e complicado dizer isto, mas espremido não temos muito mais neste filme do que em grande parte dos filmes de terror, a casa, as assombrçoes as explicaçoes, tudo acontece como o livro, o que num filme com alguma expetativa e claramente redutor, para alem da falta principalmente no duo principal de uma personagem realmente multidimensional.
Del Toro e um grande realizador e um dos que consegue dar assinatura em cada obra que faz, pena e que no seu objecto esteticamente mais artistico mais deslumbrante, tenhamos o pior guião, porque com um argumento minimo estariamos perante uma obra de arte completa. Contudo com este primor rapidamente teremos a obra para a eternidade que tem vindo a prometer.
O cast e riquissimo para um filme de terror, e se Warikowska e Hiddleston podemos dizer que sao personagens parecidos com outros que já vimos de ambos, todos os louros vao para Chastains ela aquela que mais brilha e mais entra no contexto da realizaçao, numa interpretaçao bem acima da media para o genero de um actriz que é recheada de versatilidade.


O melhor – A realizaçao artistica

O pior – Um argumento muitos furos abaixo que tudo o resto merecia


Avaliação - C+

Friday, October 23, 2015

Beasts of No Nation

Este é daqueles filmes que independentemente da qualidade ou do resultado seria sempre um acontecimento, uma vez que foi o primeiro filme produzido e de imediato exibido pelo formato Netflix que ja domina a televisao de forma a tentar encontrar alguma inovaçao na forma de ver filmes. Os resultados criticos do filme foram positivos com avaliaçoes essencialmente positivas para um filme que teve como montra diversos festivais, comercialmente e dificil medir o impacto do filme e a forma como ele conduziu a novos assinantes da Netflix, em termos de bilheteira e sendo um formato disponibilizado em televisao o resultado so poderia ser curto.
Beasts of No Nation e dos filmes mais crus que há memoria, e isso acaba por ser um elogio a forma como o filme consegue ter impacto em quem o vê. A forma como inicia de uma forma inocente até engraçada e torna o filme uma violenta luta por algo que nunca chegamos a perceber transformando o mais inocente dos seres humanos numa maquina de matar, e uma transformação que o filme mostra com toda a dimensao emocional, e fisica da situação, num dos filmes de maior impacto a todos os niveis dos ultimos anos, principalmente no que a uma personagem diz respeito.
E daqueles filmes que nos faz pensar se realmente vivemos no mesmo mundo, pese embora o filme nunca assuma ter sido baseado em factos veridicos todos sabemos que tem muito de real o filme. A forma como o realizador nao da nome aos locais acaba por tornar tudo ainda mais metaforico. A coragem de nao se inibir das sequencias mais pesadas, sempre do ponto de vista de uma criança torna tudo ainda mais sublinhado e brutal e nisso, obviamente um objetivo do filme tudo acaba por ser cumprido.
O unico defeito que o filme pode ter é ser demasiado repetitivo, dificilmente dá enfase ao objetivo geral de outras personagens, talvez porque nao interesse para o proposito do filme e ai ate estou de acordo, mas num filme com quase duas horas e meia o filme poderia ter algum maior espectro de abrangencia podendo ainda ter mais impacto.
O filme fala de uma criança que quando a guerra civil num pais africano chega a sua zona de residencia fica sem familia, e vê-se crescer como soladado movido pela vingança junto de um grupo de rebeldes com metodos muito pouco ortodoxos.
O argumento e simples, nao temos um filme recheado de grandes dialogos, ou creatividade narrativa, temos um relato espontaneo com a total finalidade de dar força com o silencio as imagens que nos sao mostradas. Nao e uma obra prima, mas cumpre os objetivos do filme.
Muitos podem dizer que Cori Joji Fukunaga, tem uma realizaçao simplista, eu digo que tem uma realizaçao que potencia ainda mais a crueldade do que assistimos e isso parece aqui ser a melhor opçao de um realizador que com o mesmo estilo ja tinha brilhado na forma intensa que tinha realizado a primeira serie de True Detective. parece ser um caso a seguir, pelo impacto que consegue dar, sem grandes adornos as suas obras.
No cast dois destaques, e impressionante a intensidade que um pequeno e inexperiente Abham Attah dá ao seu personagem, nos sentimos nas suas expressoes todas as duvidas e alteraçoes do seu papel, e isso e absolutamente intenso, tendo em conta a juventude de um menor, que tem aqui um dos papeis mais intensod do filme. Contudo os louros futuros do filme, a existirem vão para Idris Elba, o unico actor conhecido do filme, e aquele que mais arrisca no papel, a sua presença carisma e interpretaçao é fortissima, e uma das melhores do ano, de um actor em clara ascensão que aqui tem o papel de uma vida, que lhe podera valer, pelo menos a nomeaçao aos oscares da academia.

O melhor - A força que as imagens do filme acabam por ter.

O pior - Podia ter o espectro do filme mais aberto

Avaliação - B+

Sunday, October 18, 2015

The Green Inferno

Desde que colaborou com Quentin Tarantino em Inglorious Bastards, que Eli Roth ganhou notoriedade e mais que isso foi considerado o disciplo do grande autor de Pulp Fiction. Contudo Eli Roth sempre se considerou um realizador de terror Noir. Este ano aventurou-se numa aventura pouco comum, homenagear o realista Holocausto Canibal, um dos filmes mais viscerais da historia apostado em dar o mesmo realismo, o resultado negativo, por um lado criticamente onde Eli Roth poderia ter mais credito com este filme, um resultado absolutamente negativo com avaliaçoes no vermelho, comercialmente este e o tipo de filme que não e apelativo, principalmente apos uma refeição.
Se o objectivo de Roth com este filme era impressionar com as imagens e com a bestialidade das mesmas o objetctivo e completamente conseguido, a carnificina e o realismo das situaçoes e tal que poucos sao as pessoas que não consegue desviar o olhar do filme pelo menos por parcela do filme. Contudo se o objetivo era ter mais que isso o filme e um rotundo falhanço, não tem historia, não tem persoangens tem presas para morrer, onde apenas resiste uma mensagem a um ativismo como forma de vida e não como ideologia.
Os primeiros quarenta minutos dão.nos o tipico filme de terror adolescente, apresenta-nos a persoangem com todas as limitaçoes dos piores filmes de terror, de forma que saimos com a sensação que continuamos sem conhecer ninguem. A segunda e um freak show canibal com tudo a que se podera sonhar e não desejar num filme, com muito muito sangue. Se Roth queria fazer um filme a homenagear Holocausto Canibal conseguiu se quis fazer uma obra de cinema não conseguiu.
Porque fazer um filme, e muito mais do que querer enojar as pessoas, mesmo que isso possa estar inerente e seja necessario para dar realismo ao filme, contudo no final continuamos sem saber nada sobre a cultura canibal, pese embora a forma como a personagem central e salva nos faça pensar em que nada no filme faz qualquer sentido.
O argumento fala de uma equipa de ativistas que apos e protestar contra a destruiçao de vilas na amazonia no regresso acaba por ser capturada por uma tribo canibal que vai tornar cada elemento uma refeiçao, enquanto estes buscam a possivel fuga.
O argumento e praticamente inexistente se no inicio e a do tipico filme de adolescentes com terror, no fim deixa de ter qualquer sentido a não ser um espetaculo de matança sádica levada ao extremo.
Existe alguns pontos que devemos valorizar em Roth neste filme o realismo dos actos que este da no filme e algo de completamente surpreendente, contudo tudo é tão cru, que não conseguimos gostar, desviamos o olhar e não aperciamos e não sei se esse e o caminho para alguem que quer uma carreira em Hollywood.
No cast nada, o filme não precisa e não quer personagens dai que um conjunto de desconhecidos e habitues no realizador com personagens quase indiferenciaveis.

O melhor – A mensagem e critica contra o ativismo como uma simples forma de vida.

O pior – O cinema e muito mais que isto


Avaliação - D-

Black Mass

Os anos 80 e 90 foram prodigos em filmes sobre Mafia, alguns deles pela mão de Martin Scorecese. Desde então este tipo de registo foi abandonado quer na ficção quer mesmo na forma como a historia real nunca tinha tido um filme. Scott Cooper um jovem realizador em ascenção prontificou-se com essa tarefa com este Black Mass. O resultado critico do filme foi claramente diminuido pelas brilhantes avaliaçoes do seu protagonista, um já claro candidato aos oscares. Comercialmente o filme tornou-se o maior sucesso de um realizador a procura de uma obra de referência
Black Mass é antes de mais uma obra completa sobre um filme de gangsters e num genero que tem optimos filmes como referencia este tipo de avaliaçao por si só já o tornava uma grande obra, contudo o filme tem a virtude de mais que isto ter dois apontamentos que o levm ainda mais para niveis avançados, desde logo a forma como a personagem central e criada e interpretada, cada momento da mesma é um momento a registar num ano cinematografico, e a forma como entra dentro das historias de favorecimento em torno de informadores tao real ferramenta na investigação criminal.
E para funcionar o filme não necessita de grandes dialogos, embora os consiga ter, todos protagonizados pela personagem central, nem tao pouco de ter grande impacto emocional, e muitas vezes no silencio que temos a real noçao da força de tal personagem, que não necessita de ser minucioso para dar dimensão do feito. Penso que é uma obra de referencia de gangsters do tempo moderno potenciado acima de tudo por ser uma historia real
Claro que muitos podem achar o filme previsivel, mas estamos a falar de uma vida real que é isso mesmo, podemos falar da fuga pouco relatada e a forma como alguem se consegue esconder tanto tempo, podemos não entrar nunca dentro do personagem mas isso acaba por ser um factos que sublinha mais e nos inquieta mais naquela personagem.
A historia fala-nos da forma como o lider de um gang jimmy Whitey se relaciona com o FBI de forma a por um lado eliminar concorrencia e de outra dar força ao seu negocio e a forma como controla a ilicitude no seu bairro.
O argumento não e propriamente um poço de creatividade, mas e muitas vezes em argumentos comuns, competentemente enredados e completados, com alguns toques de mestria em alguns dialogos que se fazem argumentos de referencia. E obvio que nunca vamos dizer que este e uma liçao de novas coisas, mas e claramente um exemplo de como fazer ideias já existentes.
De todos os lados do filme, penso que a realizaçao de Cooper acaba por ser o aspeto menos vistoso do filme, simples, optando por uma realizaçao algo noir, com outro tipo de abordagem poderia ter dado outra dimensao ao filme, que ele consegue alcançar com o apoio de outras caracteristicas, para alguem em crescimento este pode ser o filme impulsionador.
No cast podemos dizer que Deep tem talvez a melhor interpretaçao da sua carreira, e quando falamos de um actor com um registo como o dele, e facil perceber o quao grande e o seu papel neste, filme, não necessita da sua extroversao, e ajudado pela caracterizaçao mas a sua presença ao longo de todo filme e algo absolutamente incrivel para um trabalho de actor. Não sabemos se resultara em Oscar mas o patamar esta altissimo para a concorrencia. Quanto aos restantes mesmo aniquilados pelo protagonista, tem os seus momentos Edgerton num papel menos vistoso e competente, bem como Cumberbacht, o unico consegue ter algum protagonismo por si so e Saarsgard nos poucos minutos de filme em que entra.

O melhor – Entre muitas outras coisas existe uma de excelencia completa, a prestção de Deep

O pior – Ficamos a tentar perceber como resistiu tanto tempo sem ser capturado


Avaliação - A-

Saturday, October 17, 2015

Momentum

O cinema de acção é sempre um terreno vasto para realizadores em inicio de carreira que conseguem o investimento de alguma produtora. Este filme co financiado pelos USA e pela Africa do Sul e uma prova do que acima foi dito, um filme de acção puro, tentado em aproveitar o lado mais de cinema de acção de Olga Kurylenko e a sua imagem. Mas nem sempre um filme de acçao por si so se torna um sucesso, ainda para mais quando e praticamente desfeito pela critica resultando num total desastre comercial.
O cinema de acção deve ser o genero com maior numero de filmes que há memoria e aquele que mais repete o estilo os guiões e a forma, dai que a triagem seja cada vez maior antes dos filmes se tornarem ou não sucesso. Neste filme muitas podem ser as razões para o filme não funcionar em nenhum dos capitulos, nem que seja o inicio a Power Ranger, basciamente ser consitituido pelo jogo do gato e do rato, nenhuma complexidade narrativa e um final completamente sem sentido. Se a tudo isto não bastasse um vilao que mais parece preocupado com o estilo do que propriamente com os seus objectivos.
Assim e facil perceber que estamos claramente perante um filme de acçao de baixissima divisao mal criado, mal gerido mal produzido, quase não conseguimos encontrar qualquer tipo de parte boa num filme que e mau de mais para ser verdade. Pensamos a determinada altura que o cinema recuou vinte a anos e mesmo assim acho que tudo era mais complexo do que este filme.
Dificil e perceber como Freeman um actor habituado a outras andanças aceitou participar num projecto tao sem sentido, e caro ao mesmo tempo, vinte milhoes de dolares foram gastos a produzir um filme com poucos ou nenhum efeitos, e que passa grande parte da sua duraçao em tiroteios sem qualquer sentido.
A historia fala de uma ladra profissional que ve os seus colegas de equipa serem preseguidos e mortos por uma equipa que tenta recuperar o que por eles foi roubado, começa entao um jogo do gato e do rato e uma luta pela sobrevivencia.
E no argumento que reside todos os males do filme e mais alguns, se as personagens e o desenvolvimento narrativo do filme e do mais basico e repetitivo que vimos em termos de acçao, e nos dialogos e a tentativa de os tornar carismaticos sem funcionar que tudo se torna ainda mais desastroso e exemplificativo de como não fazer.
Campanelli pensou estrear-se com alguma luz principalmente depois de ter conseguido trazer Freeman para o seu filme, podemos dizer que ele ate consegue fazer o filme com algum ritmo sempre a custa de excesso de tiros e daqueles filmes que quase não damos pela realizaçao e neste caso em face de ser tudo mau, acaba por não ser negativo.
Kulrlenko tem caracteristicas que podiam fazer dela uma optima actriz de acçao, e bonita tem um lado misteriosa, mas nunca evidenciou carisma nos filmes que liderou, principalmente de ação já que Malick conseguiu dar-lhe um ar quase de musa inspiradora no seu In To the Wonder. Mas em todo o filme acaba por ser bem melhor do que Puferoy um actor completamente cheio de papeis ao lado que aqui demonstra mais uma vez a razão de nunca se ter assumido como figura de referencia se bem que possa culpar quem lhe escreveu as falas, neste caso. A presença de Freeman e praticamente inexistente e foi uma tentativa falhada de dar dimensao ao filme.

O melhor – A curta duração

O pior – Entre muitas outras coisas a personagem de Puferoy


Avaliação - D-

Sicario

Denis Vileneuve e um dos realizadores que conseguiu transitar do cinema do mundo para o cinema de autor de produçao americana. Nos ultimos anos tem demonstrado alguma singularidade obtendo quase sempre boas recepçoes criticas. Este ano e apos já ter sido bem recebido em cannes este Sicario chega a luta pelos premios com uma boa avaliaçao critica quer do publico em geral, algo que o realizador já conseguiu com raptadas e nada lhe valeu em concreto. Ira a historia se repetir, provavelmente, comercialmente o resutlado tem sido positivo.
Villeneuve tem um cinema de clara exploraçao dos limites humanos de sofrimento, e acima de tudo e sempre patente principalmente nas obras mais mediaticas a forma como ele aborda a tematica da justiça pelas proprias mão, e basicamente se bem que muito artilhado e novamente o que temos aqui, um filme sobre justiça a proprias maos, que da uma grande volta para chegar a um lugar comum, acabando com a ideia, que mesmo sendo um filme competente em todos os capitulos, tem demasiado efeitos para o que acaba por ser um filme demasiado simples, e muito pouco objectivo.
E obvio que o filme tem valores claros, desde logo pela riqueza dos dialogos, e de algumas personagens mesmo que elas acabem por ser completamente irrelevantes para a historia em si, e acima de tudo pela forma crua com que caracteriza uma cidade como juarez, não e um filme para meninos e isso e talvez a sua maior qualidade, e quanto a isso estamos todos de acordo nas valorizaçoes que o filme tem recebido.
Contudo no final ficamos na sensação que é um filme demasiado elaborado por uma causa tao simples, percebemos que metado do filme não serve para absolutamente nada e o seu final e algo completamente frouxo que acaba por surpreender, principalmente na forma como a personagem principal é concluida. Ficamos na ideia que o filme iria ser completamente o mesmo sem algumas das persoangens centrais e isso esta longe de ser uma qualidade assumida do filme.
A historia fala de uma task force com elementos de diversas forças e algumas que nem se sabe de onde vem que tem como objetivo irradicar com a crmininalidade organizada de um quartel mexicano instalado em Juarez, aqui seguimos os passos de pessoas bem diferentes integradas na mesma equipa.
O argumento e bastante melhor no detalhe, nos promenores de dialogos e afins do que propriamente pela historia de base, que é do mais simples, em termos de filme de vingança, no final pensamos que o filme teria um alcance bem maior e isso peca pela forma geral do filme, mesmo que em termos de promenores e execuçao tenhamos um bom guião.
Villeneuve e um realizador cru, e aqui volta a ser, a forma como gosta de caracterizar aspetos singulares, esta aqui bem patente na forma como nos da o lado mais cru do mexico, e por esse ponto ganha todos os louros que merece, mesmo que por vezes pareça ainda não ter adquirido uma assinatura que alguem com tanto louvor já poderia ter.
Um cast riquissimo centrado em tres prestaçoes distintas, o filme da mais destaque e Blunt mas eu parece-me ser obviamento o elo mais fraco principalmente porque a personagem não ajuda, as indecisoes e a forma como se sente perdida no filme, não permite que o trabalho da actriz saia valorizado. Nos restantes filmes comuns em carreira muito positivas, que facilmente gostamos, Brolin num lado mais rebelde e distraido que é o lado mais soft do filme, e toda a intensidade dramatica que um Del Toro em boa forma consegue dar aos papeis, a quem vaticine uma nomeaçao para oscar, eu acho possivel pese embora discutivel.

O melhor – A forma como Juarez nos e apresentada

O pior – O filme resumir-se a uma historia simples de vingança com muito fogo de artificio


Avaliação - B-

Mr Holmes

Existe dois realizadores dentro de Bill Condon, por um lado o original tradicionalista inglês que nos trouxe entre outros filmes Relatorio Kinsey e Deuses e Monstros, e por outro lado o de grande estudio que seguiu ate ao fim a saga Twilight. Neste ano Condon regressou ao tradicionalismo obtendo melhor recepçao critica, com este filme. Comercialmente sendo um filme a partida pouco auspicioso, o resultado parece ter sido melhor do que o filme poderia valer.
È sempre dificil dar continuidade a uma historia conhecida preenchendo os espaços brancos, e desde logo deve-se valorizar esta tentativa de nos mostrar os ultimos anos de alguem tao familiar como Sherlock Holmes, partindo de um ponto de vista conhecido e efetuando uma total nova historia. E nesta coragem o filme, funciona. No restante o filme tem dois pontos moderadamente positivos e um moderadamente negativo. O objectivo do filme e seguir tres linhas narrativas com resultados completamente diferentes. Se no desvendar do caso do passado o filme consegue jogar com os promenores sempre importantes no filme de Holmes, no lado mais oriental do filme, desde logo observamos que o mesmo é o menos importante do filme, e algo que menos resulta, chegamos no final com total convicção que ele nem sequer deveria existir. No plano presente o filme e emotivo, mas na essencia não trás nada de particularmente novo relativamente a qualquer filme que relata a interação e quimica entre uma criança e um idoso.
Um dos problemas do filme e que muitas vezes nos esquecemos de Holmes, so percebemos quando o filme faz essa referencia ou a nomes conhecidos, o filme parece não tar dependente disso, e o resultado não iria ser diferente se não fosse Holmes mas outra personagem qualquer. Aqui pensamos que o filme poderia utilizar melhor a personagem, e não o fez por opçao mas penso que isso tira força ao filme.
Mesmo assim temos um filme de facil visualizaçao que sabe conjugar o lado mais intlectual com o lado mais emotivo, tem um final esperado, e não e propriamente um poço de creatividade mas não e claramente por exercicios como este que o cinema fica a perder.
A historia trás-nos ate um Sherlock Holmes retirado, com principios de Alzheimer entregue ao cuidado de uma empregada e do filho desta, da relaçao com o menor começa a recordar-se dos dois ultimos casos e da forma como isso conduziu a sua retirada.
O argumento e sempre dificil, e sempre complicado e exigente alterar uma historia muito conhecida ou dar-lhe um seguimento sem se o autor natural da mesma. Aqui temos desde logo que louvar a tentativa, sobre o resultados um filme de altos e baixos, demasiado repartido por segmentos com uns a funcionarem melho que outros.
Condon e um realizador que sente melhor com filmes simples onde as paisagens possam ser elas tambem fundamentais, aqui parece ter uma realização tranquila de autor, sem querer muito do filme, a não ser contar uma historia, mas e bem melhor do que quando a expetativa o tenta conduzir para terrenos que nada trazem de bom da sua forma de filmar.
No cast a escolha de Mckellen e irrepreensivel, ele consegue ter a serenidade e a intensidade que o papel necessita, o facto de termos diferentes prespetivas do mesmo personagem exige um monopolio de capacidades que so um grande actor consegue ter e Mckellen e um desses grandes actores, numa das boas intepretaçoes do ano, que não deixa espaço a mais ninguem.

O melhor – A coragem de seguir ou reinventar uma historia de todos

O pior – O segmento oriental do filme completamente desnecessario.


Avaliação - C+

Thursday, October 15, 2015

Dope

Existem pequenos filmes que ganham uma dimensão nunca pensada desde que se juntam a alguem famoso. Este pequeno filme, sem grande realizador, produtor ou actor de renome conseguiu com a popularidade de Pharell Williams chamar a atençao, de resto a boa avaliação critica acabou por fazer o resto, comercialmente mesmo não sendo um grande sucesso conseguiu bem mais do que realmente se pensava que conseguiria.
Sobre o filme podemos dizer que começa bastante bem a forma como apresenta as personagens as suas personalidades, as suas curiosidades a envolvencia e a forma como se relacionam deixa antever não só um filme original mas acima de tudo um filme com excelentes dialogos, contudo o filme vai perdendo força e tornando-se num emaranhado confuso ao longo da sua duração com a forma como o filme se torna nada mais nada menos de que uma comedia simples, negra e que vai perdendo os poucos momentos creativos que o inicio augura.
No final o filme recupera, com o twist e a forma final, pensamos que tem uma duração superior aquela que deveria ter pois penso que tem a conslusao perfeita e depois alonga sem necessidade. Pena e que mesmo este fim seja bem mais comum do que o inicio e claramente inferior a todos os niveis. O que começa como um grande filme, torna-se num filme demasiado aborrecido e por fim torna-se um filme simples com um final com boa mensagem mas completamente descomposto de muitas outras partes do filme.
No final e facil reconhecer a originalidade de certos aspetos do filme, e a forma como algumas destas particularidades resulta, mais dificil e o facto do filme não resultar de forma plena como um todo, de não conseguir ultrapassar a sua eloquencia e a alguma rebeldia em exagero que acaba por o tornar um filme para poucos.
A historia fala de três geeks integrados num bairro de criminalidade que de repente se vem no meio de uma luta de gangs relacionado com o trafico de estupfacientes que ficam em sua posse e que pode ser a oportunidade de uma vida.
O argumento tem uma excelente abordagem, alias os primeiros 15 minutos de filme e de excelente cinema muito pela forma como os dialogos e as introduçoes sao escritas, contudo depois perde o norte, fica demasiado ruidoso e acaba por acabar como um simples filmes de domingo a tarde, muitos movimentos para um filme so.
Famuyiwa teve um filme maior e com mais luzes do que esperava, mas o reconhecimento critico e alguns bons apontamentos podem deixar antever um realizador a longo prazo centrado na cultura afro americana, neste filme não sendo coerente tem momentos de bastante competencia.
Sem grandes figuras o cast acenta em tres jovens quase desconhecidos, onde brilha um Shameik Moore, tem uma dos papeis revelaçoes do ano, na forma como consegue ser geek e rebelde, esta conjugaçao demonstra versatilidade num so papel, na interpretaçao que segura o filme, a ter debaixo de olho nos proximos anos.

O melhor – Os primeiros 15 minutos

O pior – A forma confusa com que se desenvolve


Avaliação - C+

Sunday, October 11, 2015

The Gift

Existe projectos no cinema que são totalmente entregues a uma pessoa. Este filme marca a estreia a alto nivel de Joel Edgerton como argumentista e realizador cabendo ainda ao mesmo uma perninha e bem grande na interpretação. Esta passagem e sempre de risco e muitos actores não se tornam grandes realizadores ou pelo menos aperciados. Contudo Joel Edgerton não podia esperar um melho inicio com a critica a valorizar e muito o seu filme, uma das surpresas criticas do ano, e comercialmente funcionar bem melhor do que as previsoes de um filme honesto.
Fazer um thriller competente é algo que cada vez é menos comum encontrar no cinema actual, já que a maior parte dos mesmos cai em alguns erros principalmente em alguma privisibilidade de twists, pois bem este filme não foge a esta necessidade, mas fá-lo sempre de uma forma honesta, não joga com o lado bom nem mau, e realista, dando ambos os lados a todas as personagens o que permite um final em aberto ate ao final, e torna a intensidade do filme um crescendo de minuto para minutos.
E mesmo sem ter grandes momentos ou cenas completamente inesqueciveis, como um todo o filme funciona bem, mesmo que o final por momentos nos passe pela cabela, Edgerton tem a capacidade de nos fazer desistir dessa ideia mesmo antes de a concretizar. E daqueles filmes que mesmo não enganando deliberadamente o espetador o conduz para onde quer para no final o fazer funcionar eo toda a sua força.
Não sendo uma obra prima e um filme competente num genero que nem sempre tem conseguido fazer imperar qualidade, tem toques proximos, embora num nivel ligeiramente inferior ao que Fincher fez em Gone Girl, temos um lado sombrio, temos uma descoberta gradual, temos um filme mais pequeno mas tambem ele intensido, e comparar o filme com o de Fincher mesmo fincando a perder e sempre um elogio.
A historia fala de um casal que regressa a terra natal do elemento masculino e começa a relacionar-se com um ex colega de infancia que começa a comportar-se de uma forma bem estranha que conduza a incerteza da real intençao do mesmo com esta aproximaçao.
Joel Edgerton parece-me a mim funcionar neste filme muito melhor na escrita, e o lado mais compentente dele do filme, pela forma sabia com que consegue caracterizar cada elemento do casal e diferencia-lo mas mais que isso no corpo narrativo saber o que quer ou não do espetador, e isso so e possivel no optimo argumentista.
Como realizador Edgerton ainda tem algumas arestas a limar, o filme e demasiado escuro para funcionar melhor no final, mas isso tira alguma beleza ao filme, não e visivel para já uma assinatura mas isso e comum no inicio de uma carreira que pelo menos na conjugaçao pode ser muito interessante.
No cast Bateman tem a escolha ilogica, alguem relacionado com a comedia tem aqui o papel mais serio e exigente da sua carreira o resultado e positivo sem deslumbrar, porque perde em intensidade dramatica todas as cenas para Hall a rainha do filme, uma actriz de optimo nivel que infelizmente tem tido dificuldade em se impor. Edgerton tem o papel mais vistoso do filme, mas não sei se e suficientemente convincente, mas pelo sim pelo não tambem neste lado sai com nota positiva.

O melhor – A forma como o filme sabe perfeitamente jogar com as ideias do espetador.

O pior – Uma realizaçao demasiado escura


Avaliação - B

Irrational Man

Woody Allen e daqueles realizadores que rapidamente reconhecemos um seu filme, nem que seja pelo ritmo apressado dos dialogos e pela banda sonora jazz sempre presente. Contudo nos ultimos anos tem oscilado entre a comedia e o drama onde obviamente tem tido maior sucesso. Este e mais um filme considerado drama mas com muitos dos registos tipicos da comedia de Allen. O resultado critico do filme esteve longe de ser o mais brilhante para o realizadore com avaliações muito diferentes já comercialmente tambem foi um campo onde Allen já teve melhores dias.
Pouco como Allen consegue dar uma mensagem tao forte nos seus filmes como Allen, poucos conseguem dar tanto protagonismo a uma trivialidade ao longo do filme que se torna fulcral na definiçao do filme poucos como Allen conseguem tirar de simples dialogos uma reflexao sobre as pessoas. Pois bem mesmo que o filme esteja longe de ser uma obra prima, o certo e que os elementos mais fortes e vincados de Allen estao presentes no filme.
Contudo temos que dizer que o objetivo do crime perfeito e a reaçao ao mesmo foi já uma tematica que Allen já abordou e aqui reside um claro problema do filme a forma como aos poucos repete muito do que já allen conseguiu noutros filmes sem trazer na abordagem algo de particularmente novo, resultando num filme que encaixa bem na carreira do realizador mas a verdade e que nada tras de novo aquilo que ela é
E isto pode ser uma forma de pensar que este filme frustra as expetativas, já que e um filme com muitos pontos de qualidade, um filme obviamente que vai do mais ou menos, entra demasiado na eloquencia de um conhecimento filosofico acima da media que nada tras para o filme, mas que Allen gosta sempre de dar como forma de mostrar que e mais que um cineasta.
A historia fala de um professor de filosofia que entra numa nova escola, e onde começa uma relação existencial com uma aluna, ate ao momento em que se tenta realizar cometendo um homicidio que vai diferenciar todo o resto da sua vida.
Bem ou mal, este e um argumento claramente Allen, pelos longos dialogos pela abrangencia dos mesmos, muitas vezes pela falta de sentido, e acima de tudo na forma como ele transforma pequenos detalhes em grandes definiçoes.
Allen não tem a realizaçao mais brilhante da carreira nem nada que se pareça, parece cansado, e repetitivo na forma como aborda os filmes neste ponto de vista, temos mais cor, mas menos abordagens creativas.
Este e um dos melhores casts que Allen teve nos ultimos anos, Phoenix e a irreverencia que a personagem necessita pese embora já o tinhamos visto bem melhor noutros filmes, e daqueles actores que garante sempre o necessario. Stone assina como a nova musa de Allen, e encaixa bem no perfil hiperativo que quer nas suas personagens.

O melhor – Os detalhes.

O pior – Ser o terceiro filme com a mesma tematica de Allen


Avaliação - B-

The Walk

The Walk é pelos seus relativos desde logo um dos acontecimentos cinematiograficos do ano, independentemente daquilo que o filme resultar comercial e criticamente. Desde logo por trás Zemekis um dos melhores realizadores das ultimas decadas de volta ao activo, e por outro lado marca o regresso as torres gemeas, ao cinema depois de um luto de mais de quinze anos. O resultado critico parece positivo, pese embora não tenha conseguido a unanimidade o certo e que estamos perante um filme recheado de avaliaçoes positivas. Contudo os primeiros indicadores vao no sentido de um autentico desastre na bilheteira talvez porque os americanos ainda não estejam preparados para o emotivo encontro com as torres gemeas.
A historia que o filme quer contar, tem tanto de impressionante como de imprecisa. Se bem que a mesma e dada como adquirida, mas mais que o feito, o filme e uma homenagem clara as torres gemeas, mais que o feito a forma como o mesmo parece indicar a alma que posteriormente tao embelematico simbolo se tornou, acaba por ser a tagline do filme, que aponta para o sentido não apenas da dimensao do feito que relata mas acima de tudo naquilo que as torres representavam. E nisso o filme tem excelencia, ou seja na forma com que da o protagonismo o sentido aos arranha ceus.
Outra das virtudes do filme e a forma como começa, inicialmente pensamos que vamos ter uma abordagem creativa, original, romantica pelo filme, pensamos mais que estaremos perante uma obra poetica quase burtiana. Alias os primeiros dez minutos sao isso, mas rapidamente o filme muda a configuraçao para pior, rapidamente somos emaranhados num conjunto de detalhes tecnicos que fazem o ritmo do filme pausar e o mesmo se tornar obviamente mais aborrecido. Neste periode pensamos que obviamente o filme e desviado por um caminho mais maduro, mas obviamente menos encantador no resultado final do filme.
No final temos a apoteose do feito, e aqui brilha a força com que o filme consegue ser bem realizador, consegue dar a dimensao do feito mais do que qualquer coisa, aqui entra o brilho do trabalho de realizaçao detalhado mais do que qualquer formula creativa de abordar. Neste lado e deixar o tempo de antena do feito durar que ele por si faz o filme resultar.
A historia relata o feito de Phillip Petit um acrobata frances que no ano de inauguraçao das torres gemeas atravez de um cordao preso entre ambas cruzou pelo ar a distancia entre as mesmas. O filme fala de toda a preparaçao deste acto fantastico e ilegal-
O argumento não e brilhante coemça bem com uma abordagem quase fabulastica de conto infantil com detalhes metaforicos, mas rapidamente torna-se um filme mais tecnico mais aborrecido, que apenas em alguns detalhes humoristicos consegue quebrar o gelo. Nao e brilhante e parece tornar tudo bem mais cinematografico do que realmente pode ter sido.
Zemekis e um realizador de topo e aqui demonstra bem isso, na forma como consegue tornar as torres as heroinas do filme, e brilhante a forma como as filma, toda a sequencia do cruzamento e absolutamente claustrofobica e aterradora.
No cast temos um Gordon levit demasiado mexido para aquilo que o filme dá, não conhecido a personagem parece-me demasiado irrequieto do filme, e aqui parece residir um dos pontos menos interessantes, pese embora a disponibilidade fisica e mais que isso o detalhe do sotaque ao longo de todo o filme. E daqueles filmes centrados numa unica persoangem.

O melhor – As torres gemeas, a homenagem a um monumento numa cidade

O pior – O ter deixado aos dez minutos uma abordagem romantica da historia


Avaliação - B-

Saturday, October 10, 2015

The Vatican Tapes

Filmes sobre o exorcismo foram muito comuns após o sucesso do Exorcista, e tiveram um reacendimento à uma deca atrás voltando a apagar-se este tipo de historias. Contudo este ano surgiu mais um filme que reunia o poder catolico neste tipo de acto. Surpreendentemente ou não o filme acabou por estrear em poucas salas obtendo um resultado comercial residual, mesmo assim melhor do que poderia acontecer. Criticamente um desastre algo que já e comum no genero do terror.
Filmes sobre exorcismo, são basicamente filmes muito iguais, alguem é possuido e depois e a luta por tentar que a pessoa recupere. Aqui temos mais disso, alias a novidade do filme e basicamente nenhuma, tenta integrar aqui a jogada das cassetes e de alguma parte do filme ser em camaras de video vigilancia mas em termos efetivos nada tras essa opçao de benefico para o filme, que e uma total repetição dos filmes anteriores com argumentos iguais.
Alias se o filme tem algo de novo acaba por ser para pior, pelo facto das personagens do lado “bom” serem pouco carismaticas ou mesmo inexistentes, por algumas cenas curtas introduzidas no meio da historia sem qualquer interesse ou seguimento, tem momentos em que parece ser realizado por um amador, e não um filme com um elenco ate conhecido.
Por isto mesmo pela falta de algo de novo, pelo pouco impacto do terror apresentado, pela repetiçao de uma historia que já teve bons e maus filmes, e este ser declaradamente um mau filme, torna o resultado final da obra ainda pior do que aquilo que o filme poderia ser. Ficamos com a sensaçao que não existe uma ideia nova do filme, e isso e o pior que pode acontecer a um filme.
A historia fala de uma jovem que começa a evidenciar um comportamento negativo, e estranho ate que se apura que a mesma se encontra possuida pelo anti cristo, depois começa a luta por tentar libertar o corpo do espirito maligno.
Em termos de argumento estamos perante um filme totalmente repetido, pouco ou nada creativo e sem qualquer ponta de originalidade, tudo que o filme nos da já vimos de outra forma e na maior parte das vezes melhor tratado, sem ser um argumento de referencia. O filme não tem nem quer ter personagens nem dialogos, e em termos de terror so a espaços consegue ter alguma intensidade.
Mark Neveldine teve um bom inicio no cinema Crank e uma saga creativa, original, na maior parte do tempo bem realizada, e é quase incompreensivel que depois de um objecto creativo se limite a fazer um filme de terror de pessima qualidade e de realizaçao intragavel, podemos dizer que Crank foi golpe de sorte?
No cast e com pena que vejo o competente Pena num projecto tao pequeno e com tanta falta de qualidade como este, ainda mais quando a sua personagem e irrelevante para toda a historia parecendo adormecido. De resto muito pouco a jovem Taylor Dudley tem disponibilidade fisica mas falha no lado mais exigente do filme.

O melhor – O uso de lampadas numa morte

O pior – A repetiçao de um disco já de si riscado


Avaliação - D-

Wednesday, October 07, 2015

Infinitely Polar Bear

Sundance abriu espaço para nos criadores de cinema conseguirem obter algumas das suas figuras principais e experienciar diferentes aspetos nas carreiras dos mesmos. Esta comedia dramatica sobre doença psicologica, estreou o ano passado em Sundance com boas avaliações sem que fossem fulgurantes para conduzir o filme para um patamar comercial superior. Pelo que so um ano depois o filme estreou calmamente e silenciosamente com resultados moderados de bilheteira tendo em conta a força dos seus protagonistas.
Estamos perante um obvio filme familiar, que nos dá as dificuldades inerentes à existência num agregado de alguem com uma perturbaçao maniaca depressiva. Mais que um filme romantico que nunca é, e um filme sobre a forma como principalmente os filhos se adaptam a esta existência. E neste particular o filme funciona, um pouco no exagero e verdade mas a relaçao criada entre a personagem central e as filhas funciona como coração para toda a duração do filme.
Pena é que em muitas outras componentes o filme não consiga ser tão forte, desde logo porque coloca de lado, logo na fase inicial a forma como tal comportamento condiciona a relaçao amorosa, que nunca e bem caracterizada, passamos o filme sem saber muito bem em que fase se encontra o relacionamento, algo que nos parece que o filme precisava de ser mais objectivo pois e a base para tudo o resto.
Por fim outro dos defeitos que o filme acaba por ter é ser demasiado repetitivo, os altos e baixos da personagem com o decurso de um filme que até e pequeno tornam-se demasiado previsiveis, percebemos sempre o que vem a seguir, so não sabemos a forma, e isso tira algum fascinio a um filme que vive principalmente da forma como caracteriza a psicopatologia do personagem.
A historia fala de um doente maniaco depressivo, que depois de se separar fica com as filhas para a sua ex-esposa investir na carreira de forma a conseguir dar uma boa educação as filhas de ambos, contudo as dificuldades inerentes à sua condição vão ter implicaçoes na forma como tudo se ira desenvolver.
O argumento tem um principio interessante e corajoso, a forma como o filme consegue fortificar uma relação tao complexa, acaba por dar ao mesmo um coraçao interessante principalmente na forma como o filme consegue criar as interações entre o protagonista e as suas filhas, perde por ser muito repetitivo e nao dar grande interesse ao personagem feminino do agregado.
Maya Forbes e uma realizadora em inicio de carreira depois de algum sucesso na escrita, aqui tem uma realizaçao simples, onde a parte mais complicada acaba por ser o contexto nos finais dos anos 70, que é criado sem grande força, rapidamente nos esquecemos deste promenor e nao me parece que isso seja bom para a analise do trabalho da realizadora.
No cast, temos um Ruffallo com um dos papeis mais exigentes da sua carreira, que consegue ter intensidade mesmo que por vezes canse por ser demasiado repetitivo, mesmo assim parece-nos um papel forte, numa carreira que aos poucos se vai consitituindo com base em melhores projectos do que interpretações, Saldana com uma carreira mais comercial, sofre neste filme a sua persoangem ser obviamente secundaria


O melhor - O coraçao da forma como a relação pais filhas e criada

O pior - Alguma repetição sucessiva do ocorrido

Avaliação - C+

Sunday, October 04, 2015

Inside Out

Talvez desde UP, que a Pixar não tinha um filme que conseguisse tão bem reunir um lado comercial e critico como este Inside Out. Para isso uma historia completamente nova, sem franchising sem qualquer outro percursor ou seja uma historia de base dentro de muitas que a produtora já fez e que fez de si a maior produtora de animaçao da atualidade.
Sobre o filme, e facil gostar de Inside Out, todo o mundo toda a ideia, todos os promenores e paralelismos do filme são não só deliciosos mas de uma inteligencia criativa como pouco ou nunca se viu como ideia de base da disney. Passamos a duraçao do filme atentos aos promenores creativos do filme, e acima de tudo a perceber o como um castelo de imaginaçao foi tão bem montado,e essa e desde logo a primeira sensação que temos a ver o filme.
Mas com um campo destes e com tanta riqueza creativa na forma como o filme e montado, pensamos que este poderia divagar menos, parece em muitos momentos um filme algo confuso com as ligaçoes a estrutura da pessoa, parece demasiado adulto, quando depois e principalmente no desenvolvimento da acçao peca por ser algo infantil, principalmente com a apariçao do amigo imaginarios.
Mas mesmo com este defeito e um filme que como so a pixar sabe fazer reune todo um intlecto de uma historia mais que bem montade creativamente original, sem paralelo, tudo faz sentido, com momentos brilhantes como os sets dos sonhos. A capacidade da Pixar efetuar universos paralelos e a sua vertente mais singular e assinatura relativamente a todos os outros grandes produtores. E isso e a forma como transmite emoçoes, mais uma vez aqui o filme e riquissimo a este nivel.
A historia fala de uma menina de 12 anos que muda de casa e tem de abandonar tudo o que conhece, a historia esta no cerebro da mesma ou seja na forma como as diferentes emoçoes jogam na sua cabeça.
O argumento e em termos de base e de estrutura a historia mais original e mais creativa que alguma vez a pixar teve, e isto e um elogio tremento para a base e mesmo para alguns dos promenores do filme, contudo perde alguma força pela falta de uma grande personagem e tambem com um humor algo infantil.
Na realizaçao o nivel produtivo e sempre elevado quando falamos em colaboraçoes Pixar Disney aqui não ficamos deslumbrados com a novidade mas temos o high standart que nos habituaram.
No cast de vozes, temos eficacia, mais que nomes muito conhecidos temos pessoas que encaixam bem na emoçao que dao voz, com particular e natural destaque a voz da tristeza o melhor neste campeonato.


O melhor – A creatividade de uma ideia original e creativa

O pior – Um humor um pouco infantil


Avaliação - B

The Martian

Esta na moda os filmes no espaço depois de em dois anos consecutivos Gravidade e Interstellar se terem tornados em dois dos filmes mais aperciados dos ultimos dois anos, eis que surge mais uma aventura especial com contornos diferentes, mais que um filme sobre espaço era um filme sobre sobrevivencia. Os resultados foram outra vez muito positivos para o genero, comercialmente os primeiros dados apontam para o regresso de Ridley Scott ao sucesso e criticamente conseguiu uma das avaliaçoes mais consistentes ate ao momento.
Sobre o filme, eu confesso que não gostei particularmente nem de Gravidade nem de Interstella por achar ambos demasiado confusos e acima de tudo pouco humanos no que diz respeito aquilo que poderia ser feito. Pois bem contrariando a maior parte das opinioes acho que The Martian e o melhor filme de espaço dos ultimos anos, não so porque tem de longe a melhor personagem a forma como todos os dialogos de Mark são escritos e um espetaculo dentro do proprio filme, que não necessita de ser grandioso, filosofico, e ser um simples filme de acçao, onde todos os outros ingredientes levam o filme para um patamar interessantissimo.
E a forma como o filme agrada no espetador começa na quimica que cedo se estabelece entre o espetador e o protagonista, os monologos a forma como ele vai filmando para as camaras perdidas ao longo da sua jornada isolada, sao confidencias ao espetador que no final não aceita um final não feliz. E obvio que muita gente dira que e um filme com muitos promenores tecnicos mas que na essencia não e mais do que um filme de acçao. Pois bem mas eu perguntos e nos ultimos tempos se recordam de um personagem que rapidamente estabelece tanta quimica com o espetador e a forma com a creatividade em pequenos aspetos como a banda sonora dão um toque de requinte ao resultado final.
Claro que depois temos o lado missao impossivel, em que tudo corre bem, num filme de ficção cientifica o atrito das condicionantes poderiam ser mais claras, e mais que isso alguma simplicidade na resoluçao do problema poderia ser um sinal de maior maturidade no filme. Neste particular penso que so a abrangencia e um significado mais forte pode ser posto em causa.
A historia fala de um astronauta que por acidente acaba por ficar sozinho em Marte com alguns dos intrumentos da sua missao, aqui começa a sua luta pela sobrevivencia num contexto totalmente adverso esperanto uma decisao sobre o seu resgate ou não.
O argumento e brilhante principalmente na forma como consegue construir uma das personagens mais proximas do publico que eu tenho memoria, o humor com que a situaçao adversa e encarada pela personagem central, não só e o trunfo do filme como o seu coração, e nunca perde o detalhe nos aspetos mais dificeis.
Scott e um realizador de antagonismos, tanto lança um filme para a eternidade como colecionada floops, este ano regressou ao sucesso com uma das suas melhroes, mais creativas realizações da sua carreira, que demonstra que esta um cineaste que concilia experiencia com creatividade rebelde.
No cast o filme tem na escolha de Matt Damon um trunfo brilhante, e muito do sucesso do filme deve a forma como Damon nos da a personagem, algo que outro actor poderia ter mais dificuldades, e dos poucos actores que transmite simpatia sem falar e consegue atingir os picos de intensidade dramatica, num cast tao cheio todos os louros vao para ele.

O melhor – A personagem central

O pior – Ser na resolução muito acção simples


Avaliação - B+

Ashby

Wrestler. Numa toada ligeira surgiu este Ashby, um filme que tenta ser um filme sobre a descoberta da essencia de um assassino profissional, que não convenceu a critica com avaliaçoes muito medianas e comercialmente foi quase inexistente.
Ashby e um filme que mais que qualquer coisa não consegue encontrar o tom, desde logo porque grande parte da sua duração adopta um estilo de filme juvenil, ou de adolescente, com um ritmo de cruzeiro uma toada narrativa muito soft, que apenas sobe de intensidade quando a personagem central nos utlimos dois meses de vida tenta alterar o seu passado e corrigir os seus erros. Mas esta abordagem e tambem ela conhecida noutros filmes dai que pensamos que se trata de uma abordagem repetida de um filme tambem ele repetido.
Outro ponto que nos parece que o filme tambem não funciona e quando tenta ter graça muito por culpa da relaçao da personagem juvenil com a sua progenitora, simplesmente não funciona, dando a impressao que o filme funcionaria talvez melhor como uma abordagem mais seria mais intensida do que com esta mistura que parece não conseguir nunca em momento algum dar a força que o filme necessita.
Pelo lado positivo num filme que me parece sempre frouxo tem alguma da convicção que a persoangem de Nat Wolf da ao filme, pese embora o ar parado a forma como a personagem vai crescendo no filme com a forma como o filme lhe vai dando protagonismo faz o filme crescer ligeriramente mas insuficiente para o levar para grandes parametros.
A historia fala de um ex assassino da CIA que se começa a relacionar com um seu jovem vizinho vitima de bullyng e com o qual vai tentar corrigir o seu passado que foi mater diversas pessoas por interesses de outros e não do estado.
O argumento tem muita dificuldade de encontrar o tom, a comedia dramatica e um terreno quase sempre pantanoso quando não e recheado de dialogos ou personagens de primeiro nivel, como aqui e o caso, falta força principalmente dos dialogos das duas persoangens centrais.
Tony Mcnamara e um realizador completamente desconhecido que tem aqui o seu projecto mais visivel, em termos de realizaçao não temos mais que o obvio ou seja, uma realizaçao quase de telefilme, sem risco, creatividade ou nada de particularmente relevante. Nao me surpreenderia se não observassemos qualquer trabalho do mesmo.
No cast Wolf e obviamente um ator juvenil em ascensão, não e neste filme que demonstra razoes para este facto, já que me parece que este lado nerd já foi muito usado em outros filmes, se quiser outro protagonismo tera de optar por outro tipo de escolhas. Rourke e um rebelde e a forma como se apresente fisicamente, ridiculariza qualquer força que as suas persoangens podessem sequer pensar ter.

O melhor – A forma como a personagem de Nat Wolf cresce no filme.

O pior – A forma como nunca Rourke com este aspeto pode dar credibilidade a qualquer papel


Avaliação - C-