Saturday, December 31, 2016

Blair Witch

Dezessete anos depois do mundo do cinema ter ficado completamente boquiaberto pela forma como dois estudantes de cinema ganharam milhões com um projeto quase gratuito no cinema, fez com que Blair Witch Project independentemente de amado ou odiado seja um dos marcos mais modernos do cinema de terror. Depois de uma horrivel sequela surge um filme com o principio do primeiro filme mas com resultados diferentes, desde logo criticamente onde as avaliações foram mais medianas e comercialmente com resultados mudestos tendo em conta o investimento do filme em markting.
Antes de qualquer avaliação é necessario nos posicionarmos relativamente ao primeiro filme, no meu caso adorei pela simplicidade e como sem recursos conseguiram transmitir emoções ao espetador criando um genero completamente novo. Neste filme gostei do facto da base ser similar ainda que com camaras melhores, pois acho dificil um projeto se chamar Blair Witch sem ter po tras a formula do primeiro, e aqui temos que dar o valor que esta opção tem.
Em termos de sensação perde o caracter surpresa e cola-se muito ao original, tudo é de forma demasiado semelhante com a diferença que mostra muito mais e ai o filme perde muito do carisma do primeiro filma, para alem da não novidade o que banaliza em toda a dimensão do filme com um excesso de previsibilidade que não pode alimentar um filme de terror, para alem do vazio das personagens ou mesmo a explicação para tudo o que vimos, se bem que neste particular penso que é isso que criou o carisma do primeiro filme.
Do lado positivo e principalmente quando contrapondo com outros filmes do genero, penso que a forma de filmas coloca o espetador nos locais e transmite de uma forma mais facil algumas sensações que são o objetivo dos filmes de terror. É verdade que nesse particular penso que outros filmes este ano a espaços foram conseguindo no cinema convencional, mas é inegavel que o filme consegue em alguns momentos isso, pena é os monstros e imagens semelhantes que o filme simplesmente não precisa.
A historia segue o primeiro filme, quando o irmão de Heather despois de ver uma imagem do Bosque de Blair, pensa ter visto a irmã desaparecida há diversos anos e embarca numa aventura com alguns amigos para perceber se a sua irmã está ou não viva.
Em termos de argumento o filme é mais proximo do primeiro filme, embora nos pareça que em termos de algumas opções peca por ser demasiado colado nos momentos de cada parte do filme. Em termos gerais não da mais nada para o guião.
Na realização não temos os criadores do filme, temos algume habituado a mais meios, o filme tem boas opções e consegue neste particular transmitir sensações, mas aqui o merito vai para a dupla de realizadores iniciais que encontrou a formula.
Como o primeiro filme este é um filme de gritos, onde mais que interpretes se testa a capacidade vocal e extensão dos gritos dos seus protagonistas. E nisso penso que todos com mais ou menor facilidade cumprem o objetivo. Nao e neste filme que saem actores nem que fiquem danificados para a carreira.

O melhor – Mais proximo do primeiro

O pior – Os monstros completamente desnecessários


Avaliação - C

Friday, December 30, 2016

Max Steel

Desde a aposta da Mattel, industria de brinquedos no cinema que foi fácil perceber que a estratégia passava pela adaptação de alguns dos seus brinquedos e desenhos animados ao cinema de live action. Uma das suas primeiras apostas foi com este max steel, heroi juvenil. Os resultados não poderiam ser piores para o filme criticamente foi um desastre colossal com algumas das piores criticas do ano e comercialmente, mesmo conseguindo uma boa distribuição teve resultados completamente desastrosos que tornam este projeto facilmente um dos maiores fracassos do ano.
Quando um heroi conhecido principalmente dos mais pequenos é adaptado ao cinema por uma produtora pequena e mais que isso sem uma figura conceituada do cinema actual, tudo parece caminhar para o abismo e o filme confirma isto, principalmente porque poucos são os aspectos em que consegue resultar. Desde logo porque existe historias que ate podem funcionar em desenhos animados mas que ficam pouco realistas ou pouco interessantes no grande ecra, e a de max steel é uma delas, e aqui isso fica claramente patente, não só a relaçao, mas a explicaçao para todo o mundo do filme em noventa minutos é claramente insuficiente e mais que isso pouco interessante.
Por outro lado os efetos especiais do filme, para tudo funcionar pelo menos no plano produtivo o filme necessitava em grande escala de efeitos de primeira linha que nunca consegue ter. Basicamente o que o filme nos dá é umas faiscas azuis a sair do corpo do protagonista e no minuto seguinte sem qualquer explicaçao logica ele surge com um fato de super heroi. Alias a falta de explicaçoes para o que vemos no filme é uma constante, algo que ate pode ser aceite pelos mais pequenos nos desenhos animados, mas que é impossivel resistir no rigor da setima arte.
Por tudo isto parece facil perceber, e com excepção de dois ou tres momentos humoristicos criados por Steel que o filme é claramente um tiro ao lado em todos os sentidos e em todas as suas vertentes, talvez com isso a Mattel podera perceber a diferença entre fazer bonecos, desenhos animados e filmes, já que num espaço cada vez mais sobrecarregados de superherois complexos, não existe tempo para este tipo de projectos.
O filme fala de um jovem orfão de pai, que muda constantemente de cidade com a mãe que começa a perceber ter poderes no seu corpo, começando a relacionar-se com um robot alieanisna que o vai ensinar a manobrar os mesmos, bem como explicar as razões de tais caracteristicas.
Em termos de argumento o filme falha, desde logo porque a historia de base de Max Steel, tem muito pouco cinematografica, pela forma pouco trabalhada que é, no sentido de dar um prazer instantaneo aos menores. No final mais de metade das respostas que procuramos no filme não são dadas e isso é das piores criticas que se podem fazer a um filme como este.
Na realização a aposta recaiu num total desconhecido com o seu primeiro filme com distribuição wide, talvez por falta de meios tecnicos mas não só o filme é um autentico floop tambem neste particular, resultado numa obra que parece nunca conseguir encontrar o seu registo.
Por fim no cast, encarnar um heroi de acção quando não se tem background e sempre perigoso, principalmente quando o filme não funciona. Nao posso dizer que Ben Winchell seja o maior dos problemas do filme, embora sofra com o facto do filme não funcionar e isso poderá marcar negativamente a sua carreira. Nos secundários uma Bello presente e um Andy Garcia pelas ruas da amargura, num vilão sem qualquer tipo de força.

O melhor – Algumas piadas ligeiras de Steel

O pior – A forma como se pensa que uns desenhos animados podem resultar num filme minimanente razoavel



Avaliação - D

Bleed for This

Se existe desporto que ao longo da história do cinema resultou em filmes iconicos foi sem duvida o boxe. Dai que quase todas as referências deste desporto já tenham tido o seu filme, com maior ou menor sucesso, contudo são sempre filmes que potenciam, pelas alterações fisionomicas os seus protagonistas. Este ano, e em plena epoca de premios surgiu este biopic sobre Vinny Pazienza com o toque de executor produtivo de Martin Scrocese. Os resultados principalmente criticos pese embora positivos foram insuficientes para catapultar o filme para a luta pelos premios. Já do ponto de vista comercial e tendo em conta a expansao wide conseguida pedia-se melhores resultados.
Sobre o filme, eu confesso que nos ultimos anos têm sido tantos os filmes ou sobre boxe, ou biopic de boxeurs que na essencia os filme são demasiado parecidos e quase nunca conseguem surpreender o espetador na generalidade, pese embora tenham um ou outro elemento que valorizem o filme. Aqui é obvio que o espirito de sacrificio do personagem merece uma justa homenagem num dos maiores regressos da historia do desporto. De resto tudo igual a muitos outros, a teimosia o volt face dos combater e a relaçao treinador atleta.
Os poucos elementos que o filme consegue se diferenciar pela positiva são promenores de contexto, como o lado mais humoristico da relaçao da irmã e cunhado do atleta, alguns apontamentos de dialogo solto entre o duo principal e de resto tudo demasiado by the book, muito centrado em de uma forma simples nos transmitir uma historia, que acaba por ser competente mas nunca brilhante.
Ou seja um filme que quando entramos sabemos o que vamos encontrar, que por vezes demontra alguma dificuldade em manter em equilibrio os ritmos do filme, uma primeira parte intensa, e uma segunda mais demorada, principalmente na parte de recuperação, onde parece sempre ser demasiada repetitiva e com detelhes que são ultrapassados nem sempre com clareza, mesmo assim um filme mais eficaz do que brilhante.
A historia fala sobre a ascenção e determinaçao de Vinny que o leva a ser campeao do mundo em pesos diferentes e a sua recuperação depois de um terrivel acidente que quase lhe tira a vida e que o conduz para um prognostico muito reservado.
Do ponto de vista do argumento penso que o filme é demasiado acente em regras comuns, faltando-lhe aqui alguma identidade ou na abordagem ou mesmo na concretização. Os unicos apontamentos ainda que esporadicos são alguns dialogos soltos com um humor interessante mas que são fugazes nas duas horas de filme.
Depois de muitos anos de distância da realização Ben Younger regressa num registo diferente do seu ultimo trabalho mais relacionado com a comedia. Mesmo com o apadrinhamento de Scrocese parece ter medo de arriscar na abordagem, sendo um filme demasiado convencional o que é incapaz de o distanciar de outros do mesmo genero.
No cast, já é conhecida a capacidade de sofrimento e entrega fisica de Teller aos seus papeis, principalmente depois de Whiplas, aqui temos isso, sem dúvida, mas ainda lhe falta a capacidade de tirar os elementos presentes em si e em todos os papeis, para se tornar um actor de primeira linha. Estes sao detalhes que tornam cada papel diferente e Teller ainda não tem isto. Melhor Eckhar com um papel bastante interessante em termos dramaticos, comicos e de disponibilidade fisica, fica a ideia que com um filme mais reconhecido criticamente poderia e merecia estar mais presente nas lutas por melhor actor secundario do ano.

O melhor – Aaron Eckhart

O pior – O filme não se conseguir diferenciar de muitos outros do mesmo genero


Avaliação - C+

Thursday, December 29, 2016

Chosen

Quando um cineasta europeu ainda com fundos americanos independentes se propoem a fazer um filme sobre a 2 grande guerra principalmente em paises que nem tantas vezes tiveram o foco da atenção dos filmes como a Hungria confesso que fiquei curioso, mesmo sendo um filme com pouca ou quase nenhuma avaliação critica especializada e que nos EUA estreou em muitos poucos ou quase nenhum cinema.
Sobre este filme penso que fazer um filme competente sobre qualquer grande guerra pelos meios que exige apenas esta na esfera de possibilidade porque os pequenos estudios acabam por fazer tudo muito amador dentro dos seus orçamentos o que acaba por ser algo com pouco realismo em termos produtivos e pior que isso as batalhas parecem pequenos confrontos, e isso é um dos problemas de base deste filme.
Mas o seu maior problema nem é este, tentar fazer uma historia dentro de um contexto global imponente exige que a historia seja o fundamental e que não se perca a tentar explicar o contexto politico porque normalmente o tempo não dá para tudo e o centro narrativo acaba por deixar de nos interessar. Isso acontece no inicio deste filme e continua até ao fim, ou seja a incapacidade da historia romantica de base, que para alem de estranha e sem grande sentido acaba ela por ser o contexto da situação maior que essa sim deveria ser o contexto do filme.
O terceiro problema e que rotunda na globalidade num mau filme é o facto de ser um filme que mesmo incidindo numa historia de amor e guerra ser extremamente lento, chegando mesmo na sua maior parte a ser aborrecido, isto pelo que já dissemos adiante de não conseguir agarrar o espetador e depois por nunca conseguir na sua essencia ter um verdadeiro climax, a não ser os ultimos cinco minutos em que o filme tem o seu desenvolvimento mais emocional.
A historia fala de um judeu em plena opressão nazi que luta em diversos campos de batalha no sentido de encontrar a sua cunhada, a unica recordação que tem da sua esposa, que foi capturada pelos nazis.
Em termos de argumento o principio de base é claramente de gosto discutivel ou seja procurar a irma da mulher morta com objetivos posteriores, mas mais que isso o filme nunca consegue ser narrativamente rico, quer nas personagens, nas situações e nos dialogos.
Um perfeito desconhecido nascido na bosnia com pouco dinheiro americano não era claramente o contexto ideal para nenhum realizador se fazer notar, mas neste caso demonstra demasiado amadorismo.
Tambem no cast recheado de desconhecidos, denota-se alguma falta de peso, e qualidade muito tambem por culpa de personagens que não permitem outro tipo de desempenho, e a unica questao quer se coloca é o que faz Keitel num filme como este.

O melhor – As pequenas produtoras já arriscarem em temas maiores

O pior – O resultado comum ser como este


Avaliação - D+

Middle School: The Worst Years of My Life

Durante anos os filme sobre adolescentes nas escolas fizeram as delicias do publico mais jovem, pela sua simplicidade pelos seus métodos, pelo humor e por fazer recordar um pouco a infância. Com o tempo tal genero ficou em desuso, dai que é sempre surpreendente e arriscado um filme com esta temática. Talvez por isso e mesmo tendo passado com mediania no sempre exigente crivo da critica este filme teve resultados comerciais modestos, pese embora a sua prolongada extensão de estreias.
Sobre o filme, desde logo podemos dizer que com algumas alterações na forma e narrativas o filme é aquilo que pensamos que ele vai ser, ou seja a tipica comedia idiota do aluno que não se encaixa na nova escola principalmente com o tirano diretor e prepara uma serie de partidas enquanto tenta se livrar do chato do novo namorado da mãe. Ate aqui perguntamos como perder tempo com uma historia igual a tantar outras e que são lançadas ao quilo diretamente para dvd.
O que o filme tem de novo sao dois aspectos que fazem dele ligeiramente diferente para melhor quando comparado com esses filmes que já ninguem perde atenção. Desde logo a forma de realização com a inclusao de desenhos animados criados pelo protagonista como que criando uma realidade apensa, que não fica apenas pelos desenhos e aqui tem o ponto alto narrativo e por vezes surpreendente de um filme que até então passeava monotonia.
Ou seja temos uma comedia tipica de teenagers, a maior parte do tempo esteriotipada ao maximo e quase sempre sem grande graça, mas que consegue em aspectos pouco expectaveis surpreender no guião e com menos força na forma. Mesmo assim pensamos que o excesso de semelhanças com muitos filmes do genero faz-nos pensar se existe espaço mais para o genero do que propriamente para o filme em si, ainda mais quando não consegue chamar a si grandes figuras da setima arte.
A historia fala de uma familia que muda frequentemente de escola devido um adolescente mal comportanto que não consegue ultrapassar o trauma da morte do irmão. Na nova escola vai ser como adversario um diretor rigorosissimo, tendo apenas a ajuda do seu melhor amigo e do seu interesse amoroso.
Em termos de argumento as adaptaçoes de literatura juvenil, são normalmente simples pois tem como base materia para menores lerem, o que não pode ser extremamente complicado. Em termos de argumento algum risco e isso sai bem no filme, mesmo que na sua essencia seja mais do mesmo, seguindo os cansativos esteriotipos do genero,
Na realizaçao Carr esta relacionado com filmes de comedia pouco interessantes do ponto de vista critico, alterando um pouquinho o genero neste filme. O resultado é mais interessante principalmente na conjugaçao da animaçao com a imagem real. Nao sendo uma grande realizaçao e deste ponto de vista melhor do que tinha feito.
No cast pouco ou nada de relevante em termos de adultos, trajetorias diferentes nos mais pequenos, se o protagonista Griffin Gluck me parece demasiado esteriotipado e nem sempre convincente como rebelde, o mesmo se dizendo de Thomas Barbusca, a jovem Alexa Nisenson tem o papel do filme, demonstrando ser um bom talento juvenil, demonstrando que se é capaz de mostrar serviço mesmo nos filmes mais simples, mesmo assumindo que o seu papel é o mais facil de se gostar.

O melhor – A twist narrativo

O pior – Ser na base igual a centenas de filmes sobre o liceu


Avaliação - C

Solace

Existem argumentos que ficam anos na prateleira como se tivessem algum problema e quando o seu projeto avança outros problemas surgem como a falência de algumas produtoras e distribuidoras e alterações de projecto inicial. Esta é a historia deste filme que saiu com um ano de atraso nos EUA depois de no ano passado ter sido dado a conhecer na europa. Fruto quem sabe de avaliações criticas negativas este que estava para ser a sequela de seven tambem praticamente não existiu em termos comercias com uma estreia muito modesta.
Os poderes psiquicos e sobrenaturais de pessoas são normalmente temas que funcionam bem melhor em termos de filmes de terror do que propriamente em termos de thrillers porque estes necessitam de maior coesão e agrupamento narrativo. Este filme sofre claramente desse mal, ao querer dotar algumas personagens de poderes sobrenaturais cai num circulo que tem que ser quebrado e que logicamente coloca em causa a coerência de um argumento já de si desequilibrado na forma como conduz as linhas narrativas, perdendo o norte na definição de uma estrategia que resulta para desenvolver o filme mas que de imediato coloca em causa a sua conclusão.
E até podemos dizer que o filme até tem um desenvolvimento interessante e que sem poderes naturais poderia ser um thriller interessante dos tipicos em busca do assassino. Mas a intransegência de um filme que quer ir mais além requer uma precisão e um nivel de detalhe e resolução de conflitos do argumento de primeira linha que o filme não, tem fazendo com que o seu climax para além de não ter grande sentido tendo em conta as bases criadas, não tenha intensidade nem tão pouco emoção.
Por isso e tendo em conta que se trata de um filme com um bom elenco, que começou por ser uma sequela de um dos thrillers de maior sucesso das ultimas decadas, o filme tinha de ter desde logo mais qualidade nas bases, mas não se pode dar ao luxo de com tão rebuscada ideia se mutilar a ele próprio, ainda para mais com uma realização recheada de tiques que nada potenciam o filme tornando-o apenas mais confuso.
A historia fala de dois policias a investigar um assassino em serie, que procuram ajuda de um individuo com a capacidade de conhecer o passado e parte do futuro, contudo o que não se esperaria é que o homicida tivesse os mesmos poderes de uma forma ainda mais clara.
Em termos de argumento parece obvio que a base do argumento mesmo sendo original entra num circulo dificil de desfazer e que o proprio filme não o consegue fazer, já que o interrompe sem mestria. Parece ainda cair no erro da maior parte dos filmes mais pequenos de não potenciar algumas personagens reduzindo-os a poucas dimensões.
Afonso Poyart é um realizador inexperiente que neste filme trabalhando com optimos actores tenta mostrar demais de si, criando sequencias, principalmente nas visões, sem sentido, que tenta ser artisticas mas que são apenas frames de videoclips sem coerencia. Muitas vezes os realizadores que percebem que vão ter mais luz exageram nos atributos e as coisas não funcionam bem, isto acontece com Poyart neste filme.
Um cast com Farrel e Hopkins é desde logo um filme com qualidade de actores, Hopkins esta no seu lado enigmatico tradicional que alimentou uma carreira de sucesso muito por culpa da sua serenidade inquietante, o filme aproveita este lado, mesmo que tente potenciar um lado de actor de acção que Hopkinis em face da sua idade já não tem. Por outro lado Farrel como vilão, perde por ser um papel minimalista que nada lhe exige.

O melhor - A base reduzida a um filme policial poderia ter funcionado.

O pior - Dotar demais os poderes de personagens pode conduzir a um bêco sem saida narrativo

Avaliação - C-

Tuesday, December 27, 2016

Incarnate

Num ano em que o cinema de terror esteve na moda muito por culpa de alguns títulos que apostaram na realização mesmo com o argumento repetitivo, para este final de ano surgiu este protejo cuja distribuição foi sendo adiada, mesmo tendo na realização Brad Peyton, um realizador mais ligado a blockbusters. Assim e quase silenciosamente, pese embora a distribuição wide surgiu este filme com resultados medíocres em todos os aspectos. Desde logo criticamente com avaliações essencialmente negativas, mas também comercialmente onde numa semana sem competição apenas conseguiu resultados completamente residuais.
No que diz respeito ao filme, a encarnação de espíritos e realidades paralelas para os combater já foi base para dezenas de filmes, apenas podendo divergir a qualidade dos seus executantes, o que neste caso até tem alguns nomes conhecidos e também a realização que temos que dizer que neste caso é demasiado simplista numa abordagem tem toque de autor. Por tudo isto é fácil perceber que estamos perante um filme bastante fraquinho que não só não trás qualquer tipo de novidade como na sua execução tem a questão das realidades paralelas de uma forma confusa e incoerente para tentar ludibriar um espectador que muito cedo se desliga do filme.
Outro dos pontos dos filmes de terror é a capacidade de assustar, de crias sequências de tensão psicológica o que este filme nunca consegue, e mais que isso acho que na verdade nunca o tenta fazer, apenas um ou outro olhas da personagem mais nova acaba por ter esse objectivo mas que na verdade nada impressiona, um argumento pouco criado para criar este tipo de sensação no espectador, e um filme de terror sem este tipo de sequência é naturalmente bastante mais pobre.
Talvez analisado este resultado é fácil perceber as dificuldades do filme em se distribuir e mais que isso os seus resultados, pensamos que cada vez mais o terror deve ser executado por especialistas, que mesmo que repitam argumentos algo que também na minha opinião deve ser trabalhado, crie outras sensações com abordagens diferentes, neste caso nem a abordagem nem o argumento trazem nada de novo.
A historia fala de um adolescente que vive na ansiedade de partilhar momentos com o progenitor que acaba por ser possuído por um espírito maligno, acabando a mãe por recorrer à ajuda de um psiquico incapacitado que tenta em realidades paralelas libertar o menor do espirito maligno.
Em termos de argumento podemos facilmente perceber que a história deste filme é muito igual a outros filmes de terror ao longo das últimas décadas, sem que consiga em nenhum aspecto do argumento transformar essa normalidade com personagens básicas e diálogos estritamente necessários.
Sempre tive a imagem de Peyton como um tarefeiro de Hollywood e muito próximo de The Rock, dai que quando tive conhecimento da sua aventura pelo terror perspectivei uma abordagem diferente, algo mais de autor que o desprendesse da rigidez imposta pelos grandes estudios nos seus projetos mais caros, contudo aqui temos muito pouco de autor, numa realização que poderia ser bem de um jovem inexperiente oriundo da televisão.
No cast, num ano em que Eckhart até regressou aos bons papeis, este é o tipo de interpretação que condiciona qualquer tipo de avaliação do seu desempenho ao longo do ano, desde logo não beneficia de um bom papel, mas mais que isso também não tem consigo uma interpretação minimamente consistente, onde cai no exagero num filme que tem completamente às suas costas, mas que acaba por ser demasiado danosa para a sua prestação.

O melhor - Alguns olhares de David Mazouz

O pior - Os efeitos especiais primários

Avaliação - D

Monday, December 26, 2016

Passengers

Desde a apresentação deste projeto e principalmente após o sucesso nos ultimos anos de alguns filmes de ficção cientifica que as atenções estiveram voltadas para este filme, que durante algum tempo figurou nas listas de candidatos a premios, nem que fosse pelo seu realizador e protagonista. O resultado contudo foi um pouco frustrante para o projeto com avaliações medianas, chegando mesmo a ter alguma toada negativa, em termos comerciais os primeiros dados parece também eles serem ligeiros para um filme que deveria ter outro tipo de expetatitivas.
Sobre o filme quando nos vimos um filme lançado sobre a meta para a epoca de premios com um cast como este e mais que isso com um realizador que o seu ultimo projeto esteve na luta pelos oscares é normal esperar um filme intenso, profundo e mais que isso um filme para registo, dai que é facil ficar frustrado quando perante nós surge mais que alguma coisa uma simpatica historia de amor, com alguns toques de humor, e muitos efeitos especiais, mas sempre um filme sem grande densidade narrativa e com um objetivo mais de entertenimento do que propriamente pelo seu valor global como um filme de primeira linha. Dai que me parece que o grande problema do filme é claramente a forma como foi pensada a sua estreia mas que propriamente o seu resultado.
Porque em termos de entertenimento até me parece uma obra interessante, curiosa, com uma ideia de base interessante, com muito boas premissas em termos do acessorio como as diferenças sociais entre os protagonistas, os dilemas morais, num filme sempre tecnicamente interessante e com actores pelo menos no plano mediatico com carisma, nunca deixando o filme sem ritmo, e sempre com diversas curiosidade superficiais do dia a dia que vai alimentando e a meu ver bem um filme simples mas ao mesmo tempo com boas ideias.
Contudo e obvio que não é um filme com densidade, com um valor narrativo assinalavel, que tem falhas de logica a maior parte delas provocadas pela dificuldade da tematica e da sua exequibilidade para um filme extremado de sci-fi. É certo que tem opçoes narrativas que funcionam melhor como entertenimento para o happy ending do que propriamente para cimentar a sua lógica, mas parece que mesmo sendo muitas vezes um filme mais emotivo do que racional, parte de uma interessantissima premissa.
A historia fala de um casal que embarcou numa viagem de 120 anos de forma a poderem habitar um outro planeta até que acordom a determinada parte da viagem sozinhos no espaço e com uma nave a dar de si.
Em termos de argumento penso que a ideia como base de uma historia em termos de sci fi é interessante, o seu desenvolvimento mesmo com muitos cliches narrativos pensa demasiado no filme como entertenimento o que lhe tira alguma dimensao como historia que poderia ter numa abordagem mais intensa das personagens e menos simplistas, mesmo assim algumas questões são bem debruçadas no filme.
Morten Tyldum teve o seu reconhecimento em The Imatation Game, e aqui tem um filme com mais dimensão, no qual se transforma num tarefeiro competente mas claramente de menor dimensao em termos de significado em termos de obra de autor, parece-me obvio que não sera um filme destaque na sua carreira mas permite-lhe mais espaço em termos de produtoras.
No cast é inquestionavel o valor de Lawrence como actriz e cabeça de um filme, tem carisma, tem recursos, tem presença mesmo em papeis mais simples ela funciona e dá vida ao filme. Pratt parece-me claramente mais vocacionado para comedias, falta-lhe recursos interpretativos dramaticos claros e por outro lado mesmo em termos fisicos parece sempre perder intensidade nas suas sequencias de acção

O melhor – As curiosidades de como duas pessoas estarem numa ilha deserta.

O pior – A forma como o filme se fica por uma competente obra de entertenimento


Avaliação - B-

Saturday, December 24, 2016

When the Bough Breaks

O cinema exclusivamente afro americano tem nos ultimos anos ganho uma dimensão própria, com um estilo de filmes ligeiros de diversa ordem mas que ao mesmo tempo tem conduzido a cada vez um maior numero de filmes com expansão wide e que alimenta um elevado numero de actores e produtores. Em Setembro deste ano surgiu uma das maiores apostas desta industria que evidencia muitas dificuldades criticas com avaliações essencialmente muito negativas, mas que comercialmente consegue alguma consistência em face da sua falta de protagonistas de primeira linha.
De todos os filmes deste universo cada vez mais presente, penso que em termos de comedia vamos tendo alguns filmes razoaveis, mas quando entre no drama e no thriller, mais exigente para os seus intepretes e com outra exigência de coesão as coisas simplesmente não funcionam, como acontece neste filme. E porque é que não funcionam, desde logo porque o nivel de recursos dramaticos dos protagonistas aumenta em grande escala e tudo soa a demasiado artificial. Por outro lado porque na dificuldade de ter uma coerencia, tudo acaba por ser um conjunto de cliches retirados de filmes mais comerciais nunca dando algo de novo.
Aqui o unico aspecto que realmente não é usualmente abordado em termos de cinema e a questão da barriga de aluguer, depois temos uma repetição de filmes sobre obsessão, sem chama, sem intensidade, sem climax e sem surpresa, tudo decorre a um ritmo de cruzeiro com muitos pontos sem qualquer tipo de realismo, principalmente no que diz respeito às deduções para o climax ou mais que isso a algumas opções das personagens.
Por tudo isto questinamos quantos filmes semelhantes teremos de observar anualmente que retratam passagens ou algo já por diversas vezes feito, com o objetivo unico de apenas alterar a cor das personagens, numa clara diferenciação de raças que penso que não é saudavel, ou seja criar uma industria de cinema onde a unica necessidade é o tom de pele.
Este filme fala de um casal, que na impossibilidade de conseguir ter um filho contrata uma barriga de aluguer, que apos ser agredida pelo companheiro, passa a residir na habitação do casal, até que a mesma cria a obsessão pelo elemento masculino da diade, sendo o seu objetivo ficar apenas com este.
No que diz respeito ao argumento temos uma serie de lugares comuns em todos os elementos, desde logo na construção basica de personagens superficiais, na mudança radical na vilã e nunca o filme para um thriller consegue dar algo de novo, sendo previsivel, e mesmo no básico pouco coerente
Esta industria tem como tarefeiros os seus criadores, e realizadores com dificuldades numa industria mais abrangente como é o caso de Jon Cassar, o trabalho aqui não merece qualquer referência, porque é tão basico e minimalista que é daqueles filmes cujo nome do realizador simplesmente não importa.
Mas é no cast que os problemas ainda se agudizam mais, uma historia comum com bons actores pode ser observarem, com actores de pessimo nivel, tudo fica mais dificil. Do trio de interpretes apenas King consegue ser minimante consistente, com Jaz Sinclair dar-nos uma das construções mais mal construidas e sem carisma no papel mais vincado do filme.

O melhor – O tema da barriga de aluguer nem sempre ser comum no cinema

O pior – A falta de qualidade do filme na maior parte dos seus elementos, numa industria que não consegue lançar um filme razoavel.


Avaliação - D

Friday, December 23, 2016

A Kind of Murder

Adaptações de grandes genios literarios contemporaneos ou não sempre foi um terreno fértil e um campo de trabalho para as mais diversas obras. Nesse particular Patricia Highsmith já deu alguns livros que resultaram em filmes de um nivel agradável. Este ano surgiu mais uma apatação da escritora, neste pequeno filme que estreou com pouco celeuma e com um elenco razoavel. Criticamente uma mediania que deixou o filme no parametro de inicio e comercialmente a pouca distribuição de um filme como este não permitiu grandes voos, rendendo na primeira semana menos de mil dolares.
Sobre o filme, eu confesso que os filmes de suspense e do quem matou quem, são um genero muito proprio que não sei se ainda tem lugar ou não foi todo ele gasto, dai que filmes que assumem de inicio esta forma tenho dificuldade em ter grande expetativa e este é mais um filme que de imediato vai de encontro ao quanto redutor pode ser um filme deste, principalmente na coerencia dos diversos pontos do argumento, algo que em muitos parametros este filme não consegue ter.
Mas os problemas do filme não é apenas a coesão dos seus diversos pontos, mas penso que é tentar num filme simples tentar diversas tramas, desde a investigação central, ao lado amoroso, o filme acaba por não conseguir ter intensidade e mais que isso não consegue nunca ter impacto em nenhum dos pontos com qualidade assinalavel, não criando suspense suficiente para o climax final, e em termos da diade amorosa acaba por abandonar com o passar do filme porque ela não funciona.
E penso que o filme ate poderia ter mais impacto, já que um cast assinalavel, um realizador mais ligado a televisao, e um filme tipico de anos 50 poderia ter permitido um contexto para mais arte e fazer um filme que em determinadas introduções ate consegue prender a atenção do espetador mais funcional e não num filme cinzento e sem força como este.
A historia fala de um homem com uma relação complicada com a mulher e com interesse numa outra que começa a seguir um caso de homicidio e a investiga-lo com as suas proprias convicções o que poem em causa a sua segurança.
O argumento e confuso principalmente no balanço entre o lado policial do filme e o lado amoroso, acabando por não ir ao fundo de nenhum e nunca ter impacto em nenhum deles. Em termos de dialogos falta ao filme alguma pitada de sal.
Na realização Andy Goddard esta mais conetado ultimamente com series e menos com filmes aqui mesmo com alguns bons apontamentos temporais parece faltar chama ao filme, principalmente na forma como o climax poderia ser melhor potenciado. Necessita de mais filmes no grande ecra, mas com outro tipo de argumentos.
No cast uma boa segunda linha, wilson, mais uma vez falta-lhe reação e diferença, Biel e Bennet tentam dar a sensualidade feminina em papeis pouco trabalhados num cast com alguma presença mas pouco potenciado pelo argumento

O melhor – Alguns apontamentos de produçao dos anos 50

O pior – A forma como tentam fazer duas linhas narrativas forte num filme fraco


Avaliação - C-

The Light Between the Oceans

Realizado em 2014, este filme apenas foi lançado em 2016, aproveitando a ascensão dos seus protagonistas e mais que isso o romance entre ambos. Depois de uma estreia no festival de Veneza com uma recepção mediana, o filme acabou por conseguir uma longa expansão para o mercado americano que contudo não se traduziu em grandes resultados o que em termos de estrategia comercial penso que pode ter resultado em opções erradas.
Sobre o filme, é normal que um filme australiano, ou de essência australiana tenha contornos algo diferentes dos parametros mais hollywoodescos no que diz respeito a historias de amor ou mesmo na forma como se relatam apontamentos de vida. Este é uma abordagem mais slow, mais estática de uma historia romantica igual a tantas outras que poderia ser tirada de um livro de Nicholas Spark talvez com mais elementos maior explicação do processo, mas na essência temos isso um filme emotivo, de relação entre as pessoas e conflitos internos, que atinge de forma simples os seus objetivos que é provocar emoção no espetador, o que o faz com alguma facilidade.
Contudo é também um filme com alguns defeitos assinalados, desde logo o ritmo, demasiado pausado, penso excessiva a duração da fase introdutoria do filme, quase uma hora de forma a estabelecer a relação central entre o casal, sem que essa seja verdadeiramente produtiva na quimica que passa para o espetador, pare depois ser muito mais atalhado no conflito em si e esquecer uma outra parte que poderia ser interessante que é o ajustamento à perda. Ou seja parece-me um filme com alguma falta de ritmo, e um mau balanço na atençao que da a determinados momentos do filme.
Mas um filme com uma historia emotiva, realizado num espaço diferente e bonito, com bons interpretes, mesmo que com defeitos é sempre um filme com caminho aberto para a avaliação positiva, mesmo não sendo um filme de primeira linha, mesmo não sendo um filme que marca, mesmo sendo um filme demasiado dependente da emoçao mais que razão.
A historia fala de um casal que guarda um farol vivendo sozinho no mundo, que não consegue ter filhos até ao momento que uma criança aparece num barco no local onde se encontram, e os quais escolher criar da mesma como se fosse fruto da relação.
O argumento na sua base tem questoes eticas e morais interessantes que consegue colocar ao espetador, pena e que as mesmas so surjam na segunda metade do filme, depois de uma primeira hora sem chama, demasiado pausada numa descrição de amor que nem sempre se aproxima do espetador.
No que diz respeito a realizaçao Cianfrance é um realizador que pese embora já tenha alguns filmes bem conceituados, ainda lhe falta o filme explosao, aquele que lhe sublinhara o seu nome, e aqui parece não ter conseguido isso, pese embora a excelente escolha de contexto e paisagens, bons momentos a dois, mas perde na minha opinião pela falta de ritmo que o filme acaba por padecer.
No cast a escolha de Fessbender, Vikander e Weisz e sinonimio de qualidade e intensidade dramatica que o filme tem, pena que o casal, que pelos vistos e verdadeiro nem sempre transmita uma grande quimica no ecra o que acaba por ser interessante. Contudo nos momentos individuais e de sofrimento tudo resulta ou não fossem tres dos melhores executantes da arte de interpretar


O melhor – O cast e a paisagem

O pior – A primeira hora em que o filme não encontra rumo do que vai focalizar


Avaliação - C+

Thursday, December 22, 2016

The Hollow Point

O cinema americano que se debruça pelo lado menos desenvolvido dos EUA é normalmente um campo para diversos filmes que nos da uma outra realidade sobre o pais mais desenvolvido do mundo. Contudo o resultado é diverso com filmes com uma estrutura propria e filmes que se apagam no deserto do proprio cenario. Este ano e sob a batura desde realizador espanhol já com alguns filmes em hollywood sai este pequeno filme com resultado critico mediano, quase mediocre e comercialmente sem qualquer valor significativo.
Sobre o filme, eu confesso que depois de ver Hell or High Water a minha expetativa em filmes de pequenas comunidades aumentou, contudo rapidamente percebemos que aqui nada de relevante vai acontecer pela forma como as personagens são introduzidas e mais que isso nas primeiras sequencias de sangue percebemos que se trata de um filme de pequenas verbas e cuja produção fica longe dos valores exigidos a hollywood.
Mas não é so em termos produtivos que o filme tem dificuldades, alias estas são bem mais notorias em termos de argumento, e aqui tudo começa com o ritmo acelerado do inicio do filme, o que acaba por desiquilibrar por completo, destruir qualquer tipo de suspense e ao mesmo tempo interesse que o filme poderia ter, acabando pela segunda parte do filme ser completamente feita para encher já que nesse periodo já o espetador se desligou por completo de onde o filme quer chegar.
Por tudo isto e facil perceber que se trata de um filme de muito baixa qualidade que mesmo nos curtos propositos que tem nunca acaba por conseguir atingir os seus objetivos, muitas vezes trata-se de um filme sem intensidade, cujas personagens não conseguem suportar o filme e que para alem disso e tecnicamente um filme com muitas dificuldades.
O filme fala de um sheriff que regressa a cidade depois de um castigo numa cidade maior, desde logo se ve de encontro com o desaparecimento do companheiro do amor da sua vida, que o vai levar ao confronto com um homicida brutal.
Em termos de argumento o filme para alem de uma introdução totalmente limitada, perde pela falta de equilibrios de acontecimentos entre a primeira e a segunda parte. Este facto conduz a que a segunda parte do filme não tenha qualquer interesse e isso é algo de absolutamente intransponivel em termos de defeitos.
Na realizaçao eu confesso que gosto da forma dos espanhois na maioria realizarem, no caso de Lopez-Gallego penso que o mesmo ainda não mostrou atributos que de alguma forma lhe dessem razão para continuar em hollywood.
No cast Patrick Wilson e um actor repetitivo e mais uma vez tem um papel demasiado simples, sem vida, melhor McShane que e um despredicio num filme como este. Leguizamo como vilão acaba por não ter grande impacto principalmente pela falta de interpretaçao fisica.

O melhor – A tentativa do tema do trafico de armas

O pior – Isso nunca ser nada no filme


Avaliação - D

The Handmaiden

É conhecida a dimensão que Chan-Wook Park ganhou não só no cinema oriental, mas mais que isso no cinema global, principalmente depois do sucesso instantâneo de Oldboy. Depois de uma tentativa algo frustrada no cinema americano com Stoker regressou às suas origens com novamente bons resultados. Este Handmaiden é incontestavelmente um dos melhores filmes não americanos do ano para toda a critica especializada, e comercialmente para um filme não falado na língua inglesa acabou por funcionar com valor razoável.
Sobre este filme eu confesso que sou um fã do trabalho do realizador pela forma dominante com que o mesmo trata o espectador, levando-o para os caminhos que quer, fazendo da imagem uma arte de ilusionismo, e nisto o filme é mais disso, é mais daquilo que já fez noutros filmes, com os mesmos ingredientes, ou seja violência, sexo e mais que isso mentes completamente deturpadas. Dai que este filme consiga o objetivo principal que é ludibriar a espaços e a partes casa pensamento do espetador que se vê um joguete pleno nas mãos da realização e do argumento.
E se nestes pontos o filme funciona, penso que na essencia é claramente mais pobre do que outros filmes do realizador, ou seja as revelações acabam por não ser tão surpreendentes ou tão profundas, sendo na essência o filme uma história de amor simples, e onde as personagens principalmente as secundarias nem sempre são bem trabalhadas, o que acaba por limitar em parte algum do impacto que o filme até poderia ter em termos relativos, já que em termos absolutos é desmentível o valor do filme em diversas formas.
Em suma um bom filme oriental, demonstrando a capacidade como poucos de entrar nos delirios da mente humana, mas mais que isso uma boa realização e argumento, pena é que em termos comparativos naturais com outros filmes do realizador com o mesmo âmbito não seja claramente dos melhores, mesmo atingindo os seus objetivos naturais.
Em termos de historia temos uma criada contratada por um burlão no sentido de o ajudar a conquistar o coração de uma jovem rica e herdeira de uma enorme fortuna, mas que vai conduzir a uma teia de relações  e planos muito mais abrangentes.
Em termos de argumento o filme consegue na maior parte da sua duração conduzir o espectados pelos caminhos que quer no sentido de posteriormente surpreender, mesmo sendo funcional nem sempre o filme é imprevisível. Existe aspectos que o filme descuida a espaços, mas na essência é um filme original, criativo e surpreendente.
Chan-Wook Park é um optimo realizador principalmente no seu habitat natural, a beleza dos seus planos, a forma como utiliza a camara como forma de ilusão acaba por ser absolutamente irreprensivel e único na sua forma de fazer cinema, e que de alguma forma já pauta uma forma de cinema oriental. É sempre bom quando um bom realizador do mundo regressa a casa e volta a ser feliz.
Em termos de cast, é obvio que para alguém de cultura ocidental as interpretações parecem recheadas de maneirismos que pouco nos dizem, e que parece cair em overacting, mas num filme com este tipo de opções, claramente o foco está noutros aspectos que nao na interpretação.

O melhor - A forma como consegue conduzir o espetador pelos caminhos que quer

O pior - Alguns pontos da historia pouco abordados ou mesmo por explicar

Avaliação - B

Monday, December 19, 2016

Sing Street

John carney tornou-se nos ultimos anos o realizador que melhor conseguiu fazer o balanço entre a musica e o cinema, em torno de comedias simples, de curta duração e orçamento, usualmente com cast repletos de desconhecidos, mas que consegue convencer a critica. Este ano surgiu este Sing Street, excelente recebido pela critica, valendo-lhe mesmo a nomeaçao para o globo de ouro de melhor comedia. Em termos comerciais e tendo em conta que se trata de um filme irlandes de poucos meios podemos dizer que os resultados de bilheteira foram excelentes.
Num ano em que o cinema parece não encontrar ate ao momento grandes filmes cheios de significado eis que Carney, que já tinha tentado anteriormente tem o seu melhor filme e um dos melhores do ano, com uma formula simples de jovens a procura do sonho musical e na forma como tudo influencia as nossas vidas e sonhos. E um filme com diversos assuntos que os debruça sempre de uma forma poetica sem nunca perder o jeito e o humor britanico que lhe dão uma roupagem unica.
E dificil encontrar um filme que conjugue emoçao, historia, e mais que isso humor, e Carnei consegue unir todos estes elementos numa dose certa dando ainda ao filme uma excelente banda sonora com diversas pontes musiciais. Alias a musica e um dos ingredientes principais de um filme rude mas com todo o simbolismo necessário, e quando assim o é, um filme como este só poderia funcionar.
Do lado negativo eu confesso que acho a forma de realizar dos filmes independentes britanicos demasiado semelhante, claro que se pode questionar se o filme ficaria bem de outra forma e talvez não, mas nestes momentos algo de novo, algo de singular na realização poderia dao ao filme mais dimensao e impacto, pese embora a forma moderada como o filme funciona acaba por ser bem balanceado, equilibrado e mais que isso intenso.
A historia fala de um jovem com amor pela musica, que ve a sua mae se separar do seu relacionamento começando a criar uma banda sob influencias das escolhas musicais do meio irmão. Nesse momento conhece uma rapariga cheia de sonhos que será a sua inspiração para a musica.
Em termos de arguemento podemos dizer que se trata de um filme que mesmo não sendo um poço de orignialidade em nada, consegue ter um argumento forte nos dialogos e nas personagens, com um bom balanço de simbolismo e humor. A forma como a personagem vai mudando de estilo consoante a musica e unica.
Carney mesmo não sendo um realizador de primeira linha e talvez aquele que melhor consegue fazer chegar a essencia da musica ao cinema, talvez já merecesse outra visibilidade que talvez não queira, mas claramente já conquistou o seu lugar proprio no cinema.
Num cast com muita gente nova, não sendo o melhor elemento do filme, já que por vezes falta algum carisma, cumpre num filme onde os trunfos e objetivos estao noutro aspeto.

O melhor – O balanço de todos os elementos do filme.

O pior – Poderia na realizaçao ter mais risco


Avaliação - B+

Saturday, December 17, 2016

Rogue One: Star Wars Story

Desde o renascimento da saga Star Wars agora dominado pela Disney que se perceber que o franchasing por um lado mas acima de tudo os filmes teriam de ter uma maior continuidade, dai que não surpreendeu que passado um ano do episodio sete surgisse um novo filme dentro daquele universo paralelo ao que já conhecemos. No ultimo mês do ano surgiu este filme que mais uma vez conseguiu interessantes avaliações criticas e comercialmente mais uma vez demonstra a potencialidade de uma saga que parece desta vez vir para durar no tempo.
Sobre o filme eu confesso que tinha alguma curiosidade na forma como o filme poderia chegar aos pontos de Star Wars, e principalmente perceber temporalmente o filme, pois bem tudo se passa entre o terceiro e o quarto episodio em pleno controlo de darth vedder uma das apariçoes do filme. E se nisto o filme e inteligente porque aproveita o espaço temporal maior e que coloca mais duvidas ainda aos espetador, o certo é que em termos de futuro da historia o filme foi menos ambicioso, limitando-se a este, filme aqui confesso que o filme poderia ir mais longe mas para isso teria de apostar mais nas novas personagens o que acaba por não fazer.
O resultado e o esperado um filme simples, que balança a espaços o humor com longas sequencias de acção, embora me pareça que estas sejam algo repetitivas, em termos gerais este e do tipo de filme que nada tras de novo do que já conhecemos e que aproveita o nome para uma maior rentabilidade do produto. Eu confesso que nem sempre gosto desde planos porque acho pouco corajosos e nisso penso que falha algum rugido ao filme na forma como mexe com o universo, ou seja e uma historia de outras personagens que nada balança com aquilo que conhecemos e mais que provavelmente com aquilo que esta para vir.
Por outro lado penso que um dos problemas de toda a saga de star wars e o cast, e aqui parece mais uma vez que a disney pensa demasiado no lado politico dos seus interpretes já que se encontra principalmente aqui demasiado exposta a critica o que faz que nem sempre consiga os melhores executores para os seus filmes, e aqui voltou em alguns papeis a ter esse ponto.
A historia fala de uma pequena que vê o seu pai ser raptado pelo imperio para construir uma arma de destruição de planetas, volvidos alguns anos, eis que a mesma acaba por ser capturada pelos rebeldes de forma a conseguir encontrar o seu pai e colocar em causa a arma.
O argumento pese embora na sua coerencia interna seja funcional, embora algo previsivel na sua definiçao e simplista, ou não seja uma saga cada vez mais juvenil, na articulação com os outros filmes fá-lo de uma forma demasiado residual e simplista a titulo de curiosidade aqui penso que poderia haver mais risco, mesmo assim de forma isolada e como filme de acçao funciona.
Na realização Gareth Edwards que tinha chamado a atenção na sua reinvenção de Godzilla tem uma realizaçao tradicionalista mas com efeitos de ponta normalmente imprecetiveis como a criaçao de personagens digitais. Realizar um filme de star wars tem certas exigencias de planos e aqui podemos dizer que ele respeita isso.
No cast, se Jones nos parece facilmente uma boa escolha, tem carisma e presença para heroina de acçao, Luna e claramente um tiro ao lado, não tem intensidade, não tem presença, sendo os seus dotes interpretativos dramaticos o seu maior cartel aqui nunca tem espaço para eles. Funciona melhor Ahmed embora com uma personagem menor. Withaker e Mendelshon poderiam e deveriam fazer mais.

O melhor – Um objeto de entertenimento que funciona

O pior – Não arrisca nada na base star wars


Avaliação - C+

Thursday, December 15, 2016

The Magnificent Seven

Estamos numa época em que os grandes estúdios estão apostados em reviver os grandes clássicos do passado, quer em adaptações quer em repetições com mais tecnologia. Um desses remakes que marcou o presente ano, foi este western, que conseguiu agregar um realizador com algum nome, e um cast de primeira linha. Os resultados do filme foram interessantes, pese embora criticamente não tenha passado de uma mediania estagnante em termos comerciais, o filme obteve bons resultados muito por culpa de um trailer bastante promissor.
Sobre o filme, eu confesso quando observei o trailer, pensei que Fuqua iria efectuar
um filme para massas num bom balanço entre o lado de acção intenso com um lado mais cómico, o que acabou por não se concretizar, o filme é um objecto massudo repetitivo e raramente tem graça, sendo que as personagens são demasiado presas a uma ou duas características e as sequências de acção mesmo sendo longas não têm a chama que outros filmes de primeira linha conseguem, pelo que se trata de um filme algo cinzento.
Outro dos problemas do filme e o facto de mesmo com um cast rico e versátil não utiliza essas características para potenciar essa diversidade no filme que se torna repetitivo, apenas funcionando a espaços e essencialmente na fase de captação das personagens, onde muitas delas acabam por não ter antes, nem depois.
Por este mesmo facto e tendo em conta que se trata de um filme com mais de duas horas, parece-me que embora seja uma produção de grandes dimensões nem sempre as coisas são feitas com mestria, salva-se um bom vilão, alguns exercícios de estilo visual, principalmente na forma como os sete são captados em conjunto e uma ou outra graça isolada, que é pouco para um filme com esta expetativa.
A historia fala de sete indivíduos e assassinos contratados por uma pequena aldeia no sentido de ajudarem o povo da mesma a libertar-se da força e violência a que são submetidos por parte de um temível industrial que domina toda a cidade.
Em termos de argumento pensamos que tudo é demasiado repetitivo, as sequências de acção demasiado longas, e as personagens centrais são pouco introduzidas, chegamos ao fim e desconhecemos por completo o passado e o que realmente são, e nisso o filme falha na ligação entre espectador e personagens.
Fuqua teve um inicio brilhante no seu Dia de Treino, com o passar do tempo foi acumulando filmes menos conseguidos e algum do brilho inicial acabou por desaparecer, tornando-se mais num tarefeiro do que num autor. Aqui temos mesmo isso, com meios, falta chama ao filme, falta mesmo a capacidade de fazer um filme simples de massa, caindo no habitual dos seus filmes que é serem decepções.
No cast, o filme parecia reunir todos os elementos para funcionar Washington no carisma, Pratt no lado cómico, Bennet a actriz heroína e um bom vilão como Saarsgard. No meio de tudo isto só Saarsgard desempenha o seu papel, com uma personagem interessante, e bem desempenhada. Washington limita o seu papel a um ou dois tiques, sofrendo da pouca desenvoltura do personagem. Pratt tem os melhores momentos, mas dá pouco em termos de humor e o filme necessitava. Bennett tem um papel demasiado simples para qualquer ilação.

Wednesday, December 14, 2016

The Disappointment Room

DJ Caruso e Shia Labeouf foram a determinada altura da decada passada uma dupla interessante, principalmente comercial, augurando-se um futuro brilhante ainda que separados aos dois. Alguns anos volvidos Shia tornou-se um actor quase indie, e Caruso um realizador de filmes de terror de baixo rendimento. Este ano surgiu com este filme, cujos resultados foram ainda mais desastrosos do que as piores possibilidades, criticamente com avaliações negativas e comercialmente, mesmo conseguindo expansao wide com resultados completamente residuais.
Sobre o filme, todos conhecimentos a base para a maioria das historias de terror, uma familia, uma casa e espiritos, não sei quantos filmes por ano se lançam nesta aventura mais que estudada e abordada, mas temos mais uma tentativa. E se a maioria dos filmes faz o obvio e mesmo esse normalmente é mediocre este filme consegue ainda ser pior que o obvio com a criançao de linhas narrativas que abandona e pior que isso com sequencias de imagens desprovidas de qualquer logica e sentido, como se fosse a personagem perdida nas suas ilusões, mas que nunca percebemos os seus objetivos.
Mas não é por aqui que ficam os defeitos do filme, desde logo erros de caracterizaçao, um pai e irmao sem qualquer tipo de sintoma da perda de um familiar bebe, e uma mãe que tem todos e mais alguns problemas. Uma personagem que surge para desiquilibrar amorosamente o casal que desaparece antes de qualquer tentativa, e pior a sequencia de imagens despropositas misturando acontecimentos de vida com imagens passadas da casa numa mixordia sem qualquer sentido, fazem o filme ser absolutamente inarravel em termos de concretização.
Por este mesmo ponto pensamos que se trata de um filme cujos objetivos sao todos falhados, o argumento não tem sentido, e nunca consegue ter climax, nunca o horror consegue impressionar e outros elementos que poderiam surgir como dinamica de casal e alguma sensualidade acaba por ser totalmente desprediçado depois de diversos alicerces serem lançados.
A historia fala de uma familia que apos a morte do elemento mais novo da mesma, muda para uma casa de campo, que contudo começa a surgir acontecimentos estranhos que colocam em causa toda a sanidade mental dos seus elementos.
Eu confesso que ate gostei do primeiro argumento de Miller, em Stoker, mas penso que este é dos maiores disparates em termos de argumento que me lembro de ver, desde logo a abordagem de sequencias abandonadas, a falta de climax e personagem redondam num autentico desastre de logica e impacto
Em termos de realizaçao eu confesso que em disturbia ate gostei da simplicidade de Caruso fazer filmes de açao, no terror nada funciona, a conjugaçao de imagens completamente ilogicas e daquelas coisas que questionamos o que passa na cebeça do realizador. Ou seja longe de qualquer nivel que já teve.
No cast o filme é liderado por uma Beckinsale fora de forma, e logica a sua beleza, mas por outro lado os seus poucos recursos tornam-se cada vez mais notorios, num dos piores papeis do ultimo ano, sem folgo, sem ritmo sem intensidade o que não pode ser pior para alegadamente um filme de terror

O melhor – A curta duração

O pior – Pegar numa historia repetida e de pouco interesse e tornar tudo pior


Avaliação - D-

Tuesday, December 13, 2016

Frank & Lola

Existe realizadores que tem ideias interessantes e que chamam a atenção de alguns actores em boa forma tem por vezes alguma dificuldade em dar visibilidade a filmes mais pequenos. Podera ser o caso de Matthew Ross e este Frank and Lola. O filme estreou quase silenciosamente entre os candidatos aos oscares, com criticas medianas e sem o tamanho de expansao que o faça significativo em termos comercias. Um filme que em termos de resultado podera facilmente ser considerado indiferente.
Sobre o filme, normalmente este tipo de filmes sobre amor, baseado em duas personagens são simples historias de amor. Contudo se existe caracteristica que este filme não tem é simples, já que ao debruçar sobre personagens obsessivos e historias de desenvolvimento e retrocesso da relação com muitos sentimentos a mistura acaba por nunca ter a intensidade desses sentimentos já que nunca lhe da devidas reprecursões, e mesmo a historia de amor de base perde-se com tanta suspeição. Ou seja e um filme que quer dar as dinamicas mais intensas não querendo perder a peixao e a quimica entre o casal o que acaba por perder.
Ou seja resulta um filme negro, claramente independente da desconfiança e efeitos na relação. E daqueles filmes em que tudo e negro, desde as pessoas que surgem no casal, ao limiar do relacionamento, sobra a intensidade de algumas sequencias de discussão ou mesmo de amor, já que no restante o filme é difuso de mais para resultar em claro a sua ideia.
Mesmo assim, e sendo um filme pequeno que tem a coragem de tocar alguns pontos que ficam de fora das grandes historias de amor, claro que pensamos que o filme tinha mais espaço para funcionar do que realmente funciona, pois parece andar durante muito tempo as rodas, que acaba por nem ser o melhor formato para a ideia do filme.
A historia fala de um casal recente que começa a surgir com algumas desconfianças de traiçao, o que faz o elemento masculino entrar numa escalada de loucura em procura de respostas para o comportamento da mulher que ama.
Em termos de argumento podemos dizer que o lado positivo de ser um filme cru, e que toca muitos dos aspetos que as historias de amor ou romance renunciam acaba por ser demasiado difuso na forma como filme avança e retrocessa o que lhe retira algum impacto que consegue ter quer nas personagens quer em algumas sequencias.
Na estreia como realizador temos um projeto noir, realizado dessa forma, sem grandes tiques ou truques, e um filme negro realizado com pouca luz e com intensidade nas cenas a dois, mas penso que esta longe de ser uma carta de apresentaçao de primeira linha.
No cast se Shannon e normalmente um actor intenso e misterioso, alias tem repetido papeis neste sentido que encaixam perfeitamente nas suas caracteristicas Poots mais ligada a comedias romanticas tem aqui um filme mais intenso e fisico que funcionam bem num papel de mudança de registo interessante.

O melhor – A intensidade das sequencias de discussao

O pior – O filme andar aos circulos o que lhe faz perder objetividade


Avaliação - C

Monday, December 12, 2016

Sugar Mountain

Num período em que todos os estudios fazem as suas grandes apostas para os oscares, e normal surgirem filmes mais pequenos, produções quase invisiveis que tem pouco ou nenhum reconhecimento quer critico quer comercial. Um desses filmes foi este pequeno thriller que tem como maior motivo de interesse Jason Momoa pre aquaman. Num filme que nem sequer foi avaliado criticamente e comercialmente surgira em poucos circuitos pouco se podera dizer relativamente ao seu real resultado.
Sobre o filme podemos dizer que existe generos no qual a ideia de base ate pode ser interessante mas a execução diferencia em grande parte aquilo que é um bom estudio de um menor, e no thriller essas diferenças são muito substanciais. A ideia do jogo do continua surpresa da historia e algo que normalmente gosto num filme ou seja a forma como vamos sendo uma bola no malabarismo de um argumento, mas este tipo de filmes exige mestria e coesão nas mudanças algo que o filme acaba por nunca ter.
E porque não tem porque a exigencia de fazer um filme assim atenta a todos os promenores e a pouca experiencia do cast do filme torna por um lado alguns aspetos demasiado previsiveis e os restantes parecem sempre ser colados sem grande sentido, num filme ao qual falta tambem interpretes de uma primeira linha para dar mais intensidade as sequencias principalmente as de confronto.
Por isso temos um filme mediocre, com ambiçoes largas num terreno complicado mas que nunca se consegue assumir e vincar a sua ideia, a diversos niveis denotamos pouca força dos diferentes componentes do filme e quando assim o é, dificilmente um filme pode resultar. A ser favor o facto de não ser um filme de larga expetativa o que por vezes faz com que estes filmes permaneçam indiferentes.
A historia fala de dois irmãos, relacionados com uma vizinha de infancia que apos a morte da mae tem dificuldades financeiras e planeam um golpe ao seguro para ganhar dinheiro e construir uma historia de sobrevivencia
O argumento e ambicioso, a forma como ata e desata nos narrativos constantes é de coragem, mas exige um argumentista de primeira linha que o filme nunca consegue ter, ou se torna tudo muito previsivel ou sem sentido e o filme é muito danificado por essa falta de eficacia.
Em termos de realizador Richard Gray e um desconhecido que neste filme tirando as paisagens minimalistas do Alaska nada tem de relevante e deve continuar neste caminho nos proximos filmes.
No cast as maiores apostas sao como secundarios o veterano Ewels e Momoa tentam dar alguma dimensao a um filme onde os seus protagonistas nunca deixam o filme crescer pela falta de carisma.

O melhor – Alguma ambiçao do filme na forma

O pior – Dificilmente a estrategia resultar


Avaliação - D+

Sunday, December 11, 2016

Lion

Todos sabem que quando os irmãos Weinstein apostam num projeto e o lançam nos ultimos meses do ano, normalmente o filme tem selo de oscar, e promete estar na luta pelas nomeações, mesmo que nem sempre os filmes consigam a unanimidade critica dos seus adversários. O filme deste ano é Lion, uma historia muito emotiva que conquistou alguns dos festivais onde foi sendo lançado, com uma recepção critica aceitavel embora me pareça distante de selo de luta pelos premios. Em termos comerciais, claramente secundario para o filme numa primeira instância, os resultados parecem curtos para alguem com ambições de oscares.
Sobre o filme, como o proprio esta definido temos de o diferenciar em dois momentos com intensidade e resultado completamente diferente. Se no primeiro momento, quase todo falado na lingua nativa, temos uma crueldade brutal de imagens que acabam por demonstrar um realidade para muitos impensaveis, com um lado frio chocante, o que torna o filme na obra de impacto que acaba por ser, muito pelas sequencias de imagens e pela luta da personagem, do que propriamente pela originalidade do guião em si, mas claramente temos uma hora de cinema de amargura, de limite humano que acaba por ser o sublinhado e a mais valia do filme.
Na segunda fase a do reencontro, claramente o filme se torna mais simpatico mais hollywoodesco, menos realista, demasiado fragmentado no tempo, fica a sensação que neste segundo capitulo sao tomados demasiados atalhos e muito fica para contar, já que se resume ao mal estar da personagem em diversas formas e pouco mais, conduzindo para o climax natural, o unico momento de melhor registo de uma segunda parte mais sofrido.
No final temos um filme interessante, muito marcante do ponto de vista emotivo, com uma das primeiras horas mais brilhantes do ultimo ano cinematografico, mas que na escolha entre fazer um filme demasiado longo, e talvez aborrecido e um filme mais facil e mais direto esta segunda escolha parece claramente ter enfraquecido o filme, pois o detalhe e intensidade emocional da primeira hora deixa de existir.
A historia fala de um pequeno indiano que depois de se perder encontra-se numa grande cidade tendo de sobreviver sozinho, ate ao momento em que e adoptado por um casal australiano. Vinte anos mais tarde e com vivencias completamente diferentes tenta encontrar a sua origem, partindo do zero.
Em termos de argumento a historia de vida aqui contada é forte, denuncia muito do que ainda se vive, tem esse lado emotivo, que acaba por ser bem potenciado na primeira parte do filme, no segundo momento parece claramente melhor trabalhado, um filme demasiado preso ao lado sofredor da parsonagem esquecendo como chegou até la, este balanço não e sempre bem conseguido.
Acredito que um realizador em inicio de carreira ter um dos filmes de oscar dos Weinstein nas mãos não deve ser facil ainda para mais na india. Tambem aqui o filme tem dois momentos diferentes um primeiro muito bem conseguido de um realismo arrepiante o que é surpreendente num realizador tao inexperiente e um segundo momento onde o filme torna-se mais vulgar mais preso a paisagens o que normalmente e o refugio natural dos menos audazes.
No cast temos dois momentos com interpretes diferentes, e normal gostar da personagem de Sunny Pawar a revelaçao do filme, o pequeno actor transmite a ternura que a personagem necessita bem como a inocencia que depende mais da fisionimia do que a sua qualidade como actor, já que essa nem sempre é posta a prova. Patel esta maduro, um actor bem mais pausado, bem mais equilibrado do que aquele que se deu a conhecer ao mundo em Slumdog Millionaire, talvez aqui possa ver reconhecida esta evolução, embora me pareça não ser o seu melhor trabalho, mas o mais diferente. No resto do cast, Kidman pode ter algum destaque pelo lado mais dramatico, mas penso que ao conseguir alguma coisa sera mais pelo nome.

O melhor – A primeira hora de filme.

O pior – A segunda hora ser claramente menos madura


Avaliação - B

Saturday, December 10, 2016

Storks

É conhecido que o mundo do cinema de animação é dominado pela Disney e durante alguns anos pela Pixar. Contudo devido aos enormes sucessos que foram sendo criados, foi comum outras produtoras apostarem neste registo com mais ou menos sucesso. Este ano uma dessas apostas foi da Warner Brothers que constituiu uma nova empresa para este efeito, com este Storks. Contudo os resultados tiveram a todos os niveis longe dos melhores filmes de animação, quer comercialmente com resultados consistentes mas longe dos maiores e criticamente com avaliações medianas insuficientes para colocar o filme do oscar da especialidade.
Sobre o filme o que é comum em produtoras grandes mas menores nos generos e tentar dar ao seu filme, algo com diversos promenores, que pode ser num cast de vozes de actores conhecidos, como uma serie de curiosidades que funcionam mais em termos humoristicos do que propriamente no filme como um todo. Pois bem Storks encaixa na perfeição neste esteriotipo de cinema para massas, que no centro da historia tem algumas debilidades que contorna com um filme ternurento e a muitos niveis engraçado mais na curiosidade do que propriamente por um argumento comico.
Mas o que funciona menos no filme, se podemos dizer que o filme tem bom ritmo, e passa rapidamente podemos dizer que quando comparado a historia de base é algo vazia em termos de moratoria, e mesmo bons momentos em termos de curiosidade como a luta silenciosa permitem que seja apenas um filme bem disposto sem a grandiosidade dos melhores filmes de animação com conciliam as virtudes deste filme com outras que este filme não consegue.
E mesmo na forma como o filme tenta trazer algumas figuras conhecidas acaba por não ser proveitoso, funcionando sempre melhor em termos humoristicos algumas vezes suportado pelos momentos musicais do que na globalidade como um filme completo de animaçao.
A historia fala das cegonhas depois de terem abandonado a entrega de bebes, contudo o erro numa produçao acaba por obrigar o herdeiro do imperio a fazer uma ultima entrega apenas na companhia do unico bebe que ficou com as cegonhas.
Em termos de argumento o filme tem bons promenores, que funcionam principalmente do ponto de vista humoristico ou emocional, já que consegue ser um filme ternurente. No que diz respeito à mensagem parece que já encontrei filmes de animaçao com algo mais substancial, para alem de me parecer que mesmo a historia de base é algo incompleta.
Um realizador passar do cinema de live action para a animaçao não é comum, dai que se deve dar algum merito ao risco tomado por Nicholas Stoller, e pelos produtores do filme. Nao podemos dizer que é um trabalho de primeira linha na animação pese embora seja de um grande estudio, nota-se ainda alguma dificuldade em sublinhar qualquer forma do filme para alem da cor.
Se existe ponto onde o filme claramente investiu foi no cast de vozes, e pese embora estas sejam enriquecedoras para o filme, nenhuma e claramente o trunfo que poderia ser em face de tantos nomes conseguidos. Muitas vezes deve-se apostar mais no argumento.

O melhor – Alguns apontamentos em que o filme consegue ser engraçado

O pior – A ternura não traz nenhuma mensagem consigo


Avaliação - C+

Tuesday, December 06, 2016

The Hollars

É normal a determinada altura da carreira de um actor ele tentar a realização, principalmente quando já teve essa experiencia no pequeno ecra. Esse foi o caso de krasinski um actor de comedia, mas que este ano lançou-nos este familiar filme, com um elenco de luxo, apresentado em alguns festivais. O resultado comercial, para um filme com curtas ambições neste particular ate foi positivo, ultrapassando a barreira do milhão de dolares, criticamente penso que o filme teria mais ambições do que uma mediania quase insignificante.
E conhecido o sucesso de alguns filmes que marcam reuniões de familia, principalmente com conflitos latentes, pois bem este é claramente um filme com essa base, mas que funciona bem menos do que a maioria dos filmes semelhantes. A razão para isto é o filme nunca encontrar o tom, ou seja ir de uma cena demasiado dramatica, para um humor absurdo e fisico em muito pouco tempo, o que não dá para o espetador se enquadrar no filme que está a ver, quando ainda para mais estamos a falar de um filme com uma duração muito pequena.
Este e outro dos problemas do filme, com uma duração tao curta e com diversas personagens, pensamos sempre que o filme tinha muito por onde andar e ser mais forte, mais complexo, dar mais de algumas personagens, que parecem sempre ficar a meio naquilo que nos tinha para dar. E se em alguns casos pensamos que as personagens ate poderiam ser interessantes para dar mais, noutras nunca chegamos a saber e nisso parece claramente que é um filme de ambições demasiado curtas.
Ou seja sobra um filme simpatico de familia, com algumas boas prestações de um elenco principalmente nos papeis secundarios com atores competentes, num contexto pequeno e simpatico, mas que parece sempre um projeto com medo de crescer, e isso muitas vezes sao as barreiras de um bom filme de uma mediania baixa.
A historia fala de uma familia, que se junta depois da mae descobrir que tem um tumor no cerbero, aqui começam a surgir os conflitos existentes no presente e a forma como o futuro de cada um está incerto, e onde a união é a unica possibilidade para fazer tudo funcionar.
Em termos de argumento parece-nos que as personagens ate são bem apresentadas mas o filme não as deixa desenvolver com naturalidade ficando quase sempre curtas. Tambem em termos de tom parece um filme algo desiquilibrado num estilo que normalmente funciona sem grande dificuldade.
Na realização krasinski tem uma realização simpatica, de uniao familiar, e pouco mais, não é um filme com risco, com criatividade na abordagem, é um filme modesto e assumidamente na forma de realizar, tera claramente que dar mais se quer uma carreira atras da camaras.
E engraçado como um filme tao pequeno consegue reunir actores de uma capacidade interessante, e o filme exemplifica e divide-se em dois generos de actores, Jenkins, Copley e Martindale que funcionam em qualquer registo sendo de uma primeira linha de actores em termos de qualidades interpretativas. Krasinki, Kendrick e Day mais relacionados com a comedia tem mais limitações nos momentos mais dramaticos.

O melhor – A sempre forte mensagem de união destes filmes familiares

O pior – Demasiado curto para as personagens ganharem relevo


Avaliação - C