Friday, January 22, 2016

Our Brand is Crisis

Quando é anunciado uma comedia dramatica politica dos produtores de Argo e com a chancela de George Cloonley e Sandra Bullock, de imediato muitos pensam que poderiamos ter um filme com registo para altos voos. Mas os problemas começaram logo na pre produçao do filme com a saida do conceituado actor da interpretaçao limitando-se à produção. Apos as primeiras observações percebeu-se que a reação ao filme ia ser mediana de mais para qualquer expetativa de voo, e tudo se tornou pior quando o filme resultou num enormissimo flop de bilheteira.
São diversas as sensações contraditórias que temos ao assistir a um filme como este, na fase inicial percebemos que vamos ter um registo cómico, mas sereno sobre um assunto de impacto e que cada vez mais as pessoas querem desmascarar como as campanhas políticas. Mas inicialmente encontramos diversos defeitos no filme, o grande dos quais e ser quase sempre um filme de personagem, a tipica de comedia de Bullock com os seus tiques do que um filme que queria pensar sobre os seus assuntos aparentemente sérios mesmo que em tom de comedia.
No meio temos a pior parte do filme, o lado absurdo do filme, quando este se torna uma comedia física totalmente virada para o lado cómico, e que ja percebemos há muito sem graça da sua protagonista. Ai chegamos a pensar como pode um filme ser destruído pelo auto centrismo de uma personagem quando tinha um campo tão interessante para trabalhar.
E incrivelmente e no fim e na sua resolução séria, e no seu truque final que o filme ganha qualidade, impacto e no final com os caminhos mais arduos e quase sempre com um filme demasiado absurdo e pouco engraçado consegue ter uma mensagem forte, de impacto, actual, e o peso politico que desde cedo percebemos que o filme poderia ter mas que desistimos durante grande parte da sua duração.
A historia fala de uma profissional estratega de campanhas eleitorais que e contratada pelo presidente da Bolivia para tentar ganhar as eleiçoes depois de estar desastrosamente para trás nas sondagens. Assim o filme segue uma campanha montada para um unico objetivo vencer.
O argumento do filme entra num mundo interessante e rico para filmes complexos e com grande significado como o teatro da politica, pena e que durante grande parte do filme, o mesmo esteja mais preocupado em fazer humor e satirizar com a personagem do que propriamente do que satirizar com o assunto em si, quando acorda o argumento vai tarde para levar o filme para altos voos resistindo apenas a mensagem final de grande impacto.
David Gordon Green é um realizador indie dos mais conceituados e um dos que melhores filmes a pouco custo tem feito com actores conhecidos. Depois de um inicio de comedia que acabou por ter dificuldades com o tempo foi ganhando espaço, que aqui demonstra alguma maturidade. Filmar e dar a noçao de algo como a Bolivia nao e facil e ele consegue, pena e que o balanço entre a comedia e o drama ainda seja uma dificuldade que tem para cimentar os seus filmes.
No cast, o problema do filme esta em Bullock, e na forma como esta se analisa como actriz, sempre pensou que era uma actriz comédia quando todos os seus sucessos são em drama, neste filme tem alturas diferentes na parte comica nao funciona, no drama ganha impacto, mas longe dos seus melhores momentos. Thorton eleva o nivel no lado competitivo, Almeida e sempre bom como português o ver neste tipo de registo e mediatismo mesmo percebendo algumas debilidades.

O melhor - A mensagem final do filme.

O pior - Durante a sua duração brincar como comedia física tipica de Adam Sandler

Avaliação - C+

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