Aos poucos a Netflix vai começando a tornar-se poderosa tambem no que diz respeito aos filmes, depois de ja ter conseguido entrar em alguns festivais mais escassos e depois de algumas tentativas frustradas para os premios, neste natal surgiu a sua primeira grande produçao, que conseguiu reunir estrelas de primeira linha, um bom realizador e efeitos especiais de primeira linha. O resultado esteve longe contudo de ser brilhante do ponto de vista critico com avaliaçoes muito negativas para um filme que anunciou a sequela mesmo antes de ter sido lançado. Comercialmente os dados disponibilizados pela Netflix anunciaram que se tratou de um dos produtos mais vistos pela plataforma, mas ja sabemos que isso e sempre relativo.
Sobre o filme eu confesso que quando li a ideia do filme, fiquei estupfacto como é que Ayer aceitou fazer um filme com uma premissa a partida tao disparatada. E depois de ver o filme parece-me que tirando o lado humoristico das diades de policias comuns nos anos 80 o filme e um conjunto de atos falhados sem qualquer sentido e mais que isso com um argumento de base completamente vazio e desinteressante. Por isto e dificil perceber quais os reais valores de um filme que trás um mundo com seres mitologicos mas que na realidade e demasiado parecido ao nosso, e pior que isso a mitologia e magia do filme torna tudo confuso e desintersssante no desenvolvimento da historia.
Por isso é estranho um filme anunciar a sua sequela sem perceber a forma como as pessoas vao reagir. E dificil gostar de um filme que em termos de historia é demasiado vazio e que parece por vezes arriscar pouco nos parametros onde realmente funciona no caso concreto na capacidade de estabelecer uma quimca entre a dupla protagonista e nos momentos de humor que por vezes funcionam.
Dai que sobre que talvez um filme que se levasse menos a serio na criaçao de mundos e figuras mitologicas e mais centrado no humor podesse ser mais resultadista em termos criticos, contudo Ayer assume-se como um realizador de primeira linha, e estas comedias basicas nao parece ser o estilo de filme que procura. Dai que o resultante seja um frustrante despredicio de dinheiro, numa Netflix que ainda procura convencer a critica em diversos segmentos.
Em termos de historia temos uma dupla de policias constituida por um homem e por um orc que vao tentar impedir que um grupo de seres miticos mal intencionados libertem o senhor das trevas e coloquem em causa a continuidade do mundo.
Em termos de argumento uma ideia de base que na minha opiniao dificilmente poderia funcionar encontra-se unida a um desenvolvimento narrativo completamente fora de forma, num filme que so consegue funcionar a espaços com alguns momentos de humor, o que e muito pouco tendo em conta os envolvidos e mais que isso o budget do filme.
Ayer foi conquistando ao longo dos anos um espaço muito proprio nos policiais pelo seu realismo e pela sua intensidade de ação. O problema foi em Suicide Squad e aqui parece ter descido ainda mais com um filme quase sempre demasiado estranho, com alguns bons momentos de realizaçao mas um filme que perde totalmente no facto do argumento ser desastroso. Ayer tera de trabalhar muito para recuperar o que perdeu nos seus dois filmes mais recentes.
AO contrario de todos os aspetos o cast funciona, Smith e perfeito como policia descontraido, parecido com o que fez em Bad Boys, e Edgerton e o melhor do filme, numa interpretaçao de primeira linha como orc desajeitado. Acaba este ultimo ponto o unico que merecia mais do filme.
O melhor - O orc Edgerton
O pior - Um argumento completamente sem sentido algum
Avaliaçao - C-
Sunday, December 31, 2017
Friday, December 29, 2017
Battle of Sexes
Muitas vezes existem alguns realizadores que conseguem uma unanimidade sem paralelo nos seus primeiros filmes e depois andam anos para conseguir ter um filme valorizado. Podemos dizer que esse foi o caso desta dupla Dayton Faris, que depois do sucesso brutal de Little Miss Sunshine em 2006 conseguiram novamente aqui algum reconhecimento critico com avaliações essencialmente positivas num filme que descreve um dos acontecimentos mais significativos do desporto mundial. Em termos comerciais num filme com pouca divulgaçao em termos de cinema os resultados foram apenas interessantes.
Sobre o filme depois do que se falou em Hollywood nos ultimos tempos a tematica da igualdade de direitos entre mulheres e homens passou para a ordem do dia, e este filme acaba por relatar um dos acontecimentos mais marcantes na questao da igualdade. E o filme consegue transmitir isso com uma toada suave e ligeira, com grande detalhe de epoca quer nas roupas quer nos costumes, o que o torna algo colorido demais para as andanças dos premios, mas que o tornou consistente para a maioria do publico.
O filme tem um problema que acaba por ter algumas dificuldades em lidar que esta relacionado com a divisao da atençao de Bille Jean enquanto desportista mas vai muito dentro daquilo que é a sua sexualidade, que acaba numa fase posterior por abandonar. E nessa falta de equilibrio reside um dos problemas do tenis, para alem da sequencia dos jogos ter uma intensidade claramente de jogadores amadores o que me parece pouco trabalho na produçao do filme.
Contudo fora estes dois apontamentos com algum relevo temos um filme significativo, esteticamente curioso e que significa muito em termos de igualdade, ainda mais quando nos conta uma historia real. Parece por vezes cair no esteriotipo exagerado da personagem de Riggs dando-lhe uma versão demasiado comica, mas esta foi a faceta conhecida do mesmo e o filme aproveitou isto para ganhar uma toada mais suave, não perdendo nunca o seu proposito
A historia dá-nos o contexto do jogo de tenis entre Billie Jean King e Bobby RIggs, que aconteceu em plena guerra das mulheres para igualar os premios dos homens e que significou muito mais que um jogo de tenis, mas sim a verdadeira guerra dos sexos.
Em termos de argumento o filme é inteligente no estilo algo comico que adopta. Perde algum equilobrio na forma como não consegue conferir a mesma importancia a atleta e a pessoa, algo que a determinada altura assume ser o objetivo. COntudo parece-nos uma interessante transposiçao de um acontecimento real para o cinema.
A dificuldade da realizaçao do filme esta na contextualizaçao temporal algo que é conseguido em toda a linha, quer na roupa, na caracterizaçao e mesmo na qualidade de imagem o filme é excelente na criaçao temporal da data. Novamente parece-nos que esta dupla sabe trabalhar em contextos exigentes e devera ter mais trabalho no futuro pois parece-me uma dupla de primeira linha do cinema atual.
No cast temos dois nomeados para os globos de ouro na categoria de comedia. Carrel tem um papel mais vistoso embora me pareça que as suas caracteristicas encaixam perfeitamente no que o papel exige. Ou seja movimento, extravagancia e loucura. Certo e que Carrel tem recebido otimas criticas no filme e podem resultar em mais uma nomeaçao, demonstrando o seu atual bom momento. AO seu lado a sempre competente Stone, acabada de ganhar um oscar tem uma personagem menos vistosa mas competente, embora num ano apararentemente exigente me pareça insuficiente para a nomeaçao.
O melhor - A construçao de epoca.
O pior - A forma como os jogos de tenis foram recriados. Demasiado amador.
Avaliação - B
Sobre o filme depois do que se falou em Hollywood nos ultimos tempos a tematica da igualdade de direitos entre mulheres e homens passou para a ordem do dia, e este filme acaba por relatar um dos acontecimentos mais marcantes na questao da igualdade. E o filme consegue transmitir isso com uma toada suave e ligeira, com grande detalhe de epoca quer nas roupas quer nos costumes, o que o torna algo colorido demais para as andanças dos premios, mas que o tornou consistente para a maioria do publico.
O filme tem um problema que acaba por ter algumas dificuldades em lidar que esta relacionado com a divisao da atençao de Bille Jean enquanto desportista mas vai muito dentro daquilo que é a sua sexualidade, que acaba numa fase posterior por abandonar. E nessa falta de equilibrio reside um dos problemas do tenis, para alem da sequencia dos jogos ter uma intensidade claramente de jogadores amadores o que me parece pouco trabalho na produçao do filme.
Contudo fora estes dois apontamentos com algum relevo temos um filme significativo, esteticamente curioso e que significa muito em termos de igualdade, ainda mais quando nos conta uma historia real. Parece por vezes cair no esteriotipo exagerado da personagem de Riggs dando-lhe uma versão demasiado comica, mas esta foi a faceta conhecida do mesmo e o filme aproveitou isto para ganhar uma toada mais suave, não perdendo nunca o seu proposito
A historia dá-nos o contexto do jogo de tenis entre Billie Jean King e Bobby RIggs, que aconteceu em plena guerra das mulheres para igualar os premios dos homens e que significou muito mais que um jogo de tenis, mas sim a verdadeira guerra dos sexos.
Em termos de argumento o filme é inteligente no estilo algo comico que adopta. Perde algum equilobrio na forma como não consegue conferir a mesma importancia a atleta e a pessoa, algo que a determinada altura assume ser o objetivo. COntudo parece-nos uma interessante transposiçao de um acontecimento real para o cinema.
A dificuldade da realizaçao do filme esta na contextualizaçao temporal algo que é conseguido em toda a linha, quer na roupa, na caracterizaçao e mesmo na qualidade de imagem o filme é excelente na criaçao temporal da data. Novamente parece-nos que esta dupla sabe trabalhar em contextos exigentes e devera ter mais trabalho no futuro pois parece-me uma dupla de primeira linha do cinema atual.
No cast temos dois nomeados para os globos de ouro na categoria de comedia. Carrel tem um papel mais vistoso embora me pareça que as suas caracteristicas encaixam perfeitamente no que o papel exige. Ou seja movimento, extravagancia e loucura. Certo e que Carrel tem recebido otimas criticas no filme e podem resultar em mais uma nomeaçao, demonstrando o seu atual bom momento. AO seu lado a sempre competente Stone, acabada de ganhar um oscar tem uma personagem menos vistosa mas competente, embora num ano apararentemente exigente me pareça insuficiente para a nomeaçao.
O melhor - A construçao de epoca.
O pior - A forma como os jogos de tenis foram recriados. Demasiado amador.
Avaliação - B
Wednesday, December 27, 2017
Flatliners
Vinte e sete anos depois de Joel Schumacher ter surpreendido o mundo do cinema com um grupo de jovens a delirar com a experiencia do pos mortem, surge uma especie de remake deste classico, com novos actores e uma nova sequencia em busca da mesma experiencia. Criticamente esta nova roupagem do classico foi um autentico desastre com avaliações essencialmente negativas. Comercialmente a falta de uma figura de primeira linha em termos comerciais condenou o filme a resultados comerciais muito escassos que fizeram questionar se valeu a pena esta homenagem.
Sobre o filme podemos dizer que a base do filme nada acrescenta ao original, temos cinco jovens estudantes de medicina, ambiciosos em encontrar algo de completamente diferente, e com um passado escondido que ao exprimentar a morte acabam por perceber que o passado ainda esta presente na vida de ambos, começando uma serie de experiencias totalmente nefastas para a saude mental. Ate aqui o filme basicamente copia o que o primeiro filme fez. O problema acaba por ser o desenvolvimento da narrativa onde as personagens acabam por apenas ser presseguidas pelos fantasmas do passado em realidades diferentes, sem intensidade e mais que isso sem qualquer originalidade que diferencie o filme.
Por tudo isto parece-me obvio que este filme mais que qualquer coisa copia a ideia do primeiro filme sem lhe dar nada de significativo acabando mesmo por baralhar ideias do primeiro filme em algo mais confuso e pouco interessante. Outro dos problemas do filme e a falta clara de personagens no sentido daqueles que fazem os filmes crescer. Temos uma serie de personagens esteriotipadas de movimentos previsiveis que nada dao ao filme.
Ou seja um despredicio de tempo de um estudio grande, numa moda cada vez mais comum de pegar em filmes com algum sucesso do passado e dar-lhes uma nova roupagem. O problema e que o que esses filmes valeram ja esta sublinhado e normalmente nada é acrescentado.
A historia fala de cinco jovens estudantes de medicina que começam a exprimentar a morte por livre vontade no sentido de tentar perceber que mecanismo e responsavel pelo resto da atividade cerebral neste periodo.
O argumento tem os pontos fortes do primeiro filme principalmente na sua genese, mas nao acrescenta mais nada ja que as personagens e principalmente a narrativa e retirada de um filme de pouca qualidade de terror adolescente.
Na realizaçao a batuta foi entregue a Oplev o realizador dinamarques que esteve associado a triologia original Millenium. O resultado e desolador, ja que o filme nunca consegue ter um conceito proprio, principalmente na diferenciaçao de realidades sabe sempre a muito pouco, e que sublinha a dificuldade do realizador imperar o seu cinema num mercado mais global.
No cast eu ate penso que Page seria uma boa escolha pela qualidade dos seus atributos interpretativos mas o filme limita-no numa personagem pouco interessante. O restante cast menos conhecido ou com atributos mais duvidosos fazem o filme correr sofrendo da falta de força das personagens mais do que por culpa propria.
O melhor - A ideia do filme original e interessante
O pior - Nada acrescentar ao original, oferecendo personagens vazias e uma narrativa ja usada
Avaliação D´+
Sobre o filme podemos dizer que a base do filme nada acrescenta ao original, temos cinco jovens estudantes de medicina, ambiciosos em encontrar algo de completamente diferente, e com um passado escondido que ao exprimentar a morte acabam por perceber que o passado ainda esta presente na vida de ambos, começando uma serie de experiencias totalmente nefastas para a saude mental. Ate aqui o filme basicamente copia o que o primeiro filme fez. O problema acaba por ser o desenvolvimento da narrativa onde as personagens acabam por apenas ser presseguidas pelos fantasmas do passado em realidades diferentes, sem intensidade e mais que isso sem qualquer originalidade que diferencie o filme.
Por tudo isto parece-me obvio que este filme mais que qualquer coisa copia a ideia do primeiro filme sem lhe dar nada de significativo acabando mesmo por baralhar ideias do primeiro filme em algo mais confuso e pouco interessante. Outro dos problemas do filme e a falta clara de personagens no sentido daqueles que fazem os filmes crescer. Temos uma serie de personagens esteriotipadas de movimentos previsiveis que nada dao ao filme.
Ou seja um despredicio de tempo de um estudio grande, numa moda cada vez mais comum de pegar em filmes com algum sucesso do passado e dar-lhes uma nova roupagem. O problema e que o que esses filmes valeram ja esta sublinhado e normalmente nada é acrescentado.
A historia fala de cinco jovens estudantes de medicina que começam a exprimentar a morte por livre vontade no sentido de tentar perceber que mecanismo e responsavel pelo resto da atividade cerebral neste periodo.
O argumento tem os pontos fortes do primeiro filme principalmente na sua genese, mas nao acrescenta mais nada ja que as personagens e principalmente a narrativa e retirada de um filme de pouca qualidade de terror adolescente.
Na realizaçao a batuta foi entregue a Oplev o realizador dinamarques que esteve associado a triologia original Millenium. O resultado e desolador, ja que o filme nunca consegue ter um conceito proprio, principalmente na diferenciaçao de realidades sabe sempre a muito pouco, e que sublinha a dificuldade do realizador imperar o seu cinema num mercado mais global.
No cast eu ate penso que Page seria uma boa escolha pela qualidade dos seus atributos interpretativos mas o filme limita-no numa personagem pouco interessante. O restante cast menos conhecido ou com atributos mais duvidosos fazem o filme correr sofrendo da falta de força das personagens mais do que por culpa propria.
O melhor - A ideia do filme original e interessante
O pior - Nada acrescentar ao original, oferecendo personagens vazias e uma narrativa ja usada
Avaliação D´+
Friday, December 22, 2017
The Mountain Between Us
Quando foi anunciado este projeto e mais que isso a estreia do mesmo, muitos pensaram que este seria um dos obvios concorrentes aos premios durante o ano de 2017. Contudo logo apos as primeiras visualizaçoes e tendo em conta as avaliações tremendamente medianas se percebeu que o objetivo do filme seria talvez mais comercial do que critico. Pese embora este facto tambem comercialmente o filme teve longe de grandes destaques com resultados mediocres principalmente nos EUA:
SObre o filme podemos dizer que sempre foi uma paixao de hollywood fazer filmes no qual os seres humanos eram expostos ao limite maximo da sobrevivencia, sendo que alguns deles tiveram muito sucesso outros nem tanto. Aqui temos uma registo diferente ja que mais que um filme sobre os limites da sobrevivencia das personagens temos um filme romantico sobre as mesmas em circunstancias adversas. E neste particular o filme funciona muito melhor e é mais trabalhado na vertente romantica quer estetica quer nos dialogos do que propriamente naquilo que e a luta das personagens pela sobrevivencia.
E aqui reside o principal problema do filme ja que em termos de filmes romanticos pouco mais conseguimos ter do que um ou outro bom momento de conhecimento mutuo, alguns dialogos carinhosos e pouco mais algo, mais comum num cinema de base do que propriamente num cinema com este tipo de cast. Em termos de exigencia fisica ja vimos muito melhor, ja que estes personagens tem a sorte de algo lhes cair do ceu quando estao no limite.
Por tudo isto parece-me obvio que se trata de um filme demasiado linear para criar grandes paixoes, e ate podemos sublinhar que Winslet ate combina bem com ELba e nisso o filme ganha na critica romantica o lado mais apaixonado que tem, mas nao deixa de ser uma telenovela de horario nobre, e pouco mais.
A historia fala de dois desconhecidos que por motivos de interesse comum alugam uma avioneta para fazer uma viagem, contudo acabam por ter um acidente e ver-se apenas na companhia um do outro numa montanha gelada e em luta pela sobrevivencia.
Em termos de argumento tirando a questao do contexto limite, temos a tipica historia de amor, tão comum em Hollywood como em qualquer telenovela pelo mundo fora. Em termo de caracterização e linhagem narrativa precorre caminhos ja conhecidos dai que esteja longe de ser um argumento com grande destaque.
Na realizaçao Abu-Assad um realizador israelita conhecido pelos filmes no seu pais, tem um trabalho modesto. Num filme de sobrevivencia o realismo e o esforço dos personagens pode ser muito mais potenciado do que usar a neve como unico factor de perigo. Num filme como este penso que seria bem mais facil fazer mais.
No cast, quando vemos dois actores de dimensao superior como Elba e Winslet, esperamos mais principalmente num filme de limites do ser humano. E obvio que o filme nao lhes pede mais, dai que o destaque seja apenas para a quimica romantica entre ambos, manifestamente pouco para o expectavel num filme com esta premissa, contudo penso que a culpa e do argumento.
O melhor - A quimica romantica
O pior - Ser uma historia romantica simples igual a tantas outras
AValiação - C
SObre o filme podemos dizer que sempre foi uma paixao de hollywood fazer filmes no qual os seres humanos eram expostos ao limite maximo da sobrevivencia, sendo que alguns deles tiveram muito sucesso outros nem tanto. Aqui temos uma registo diferente ja que mais que um filme sobre os limites da sobrevivencia das personagens temos um filme romantico sobre as mesmas em circunstancias adversas. E neste particular o filme funciona muito melhor e é mais trabalhado na vertente romantica quer estetica quer nos dialogos do que propriamente naquilo que e a luta das personagens pela sobrevivencia.
E aqui reside o principal problema do filme ja que em termos de filmes romanticos pouco mais conseguimos ter do que um ou outro bom momento de conhecimento mutuo, alguns dialogos carinhosos e pouco mais algo, mais comum num cinema de base do que propriamente num cinema com este tipo de cast. Em termos de exigencia fisica ja vimos muito melhor, ja que estes personagens tem a sorte de algo lhes cair do ceu quando estao no limite.
Por tudo isto parece-me obvio que se trata de um filme demasiado linear para criar grandes paixoes, e ate podemos sublinhar que Winslet ate combina bem com ELba e nisso o filme ganha na critica romantica o lado mais apaixonado que tem, mas nao deixa de ser uma telenovela de horario nobre, e pouco mais.
A historia fala de dois desconhecidos que por motivos de interesse comum alugam uma avioneta para fazer uma viagem, contudo acabam por ter um acidente e ver-se apenas na companhia um do outro numa montanha gelada e em luta pela sobrevivencia.
Em termos de argumento tirando a questao do contexto limite, temos a tipica historia de amor, tão comum em Hollywood como em qualquer telenovela pelo mundo fora. Em termo de caracterização e linhagem narrativa precorre caminhos ja conhecidos dai que esteja longe de ser um argumento com grande destaque.
Na realizaçao Abu-Assad um realizador israelita conhecido pelos filmes no seu pais, tem um trabalho modesto. Num filme de sobrevivencia o realismo e o esforço dos personagens pode ser muito mais potenciado do que usar a neve como unico factor de perigo. Num filme como este penso que seria bem mais facil fazer mais.
No cast, quando vemos dois actores de dimensao superior como Elba e Winslet, esperamos mais principalmente num filme de limites do ser humano. E obvio que o filme nao lhes pede mais, dai que o destaque seja apenas para a quimica romantica entre ambos, manifestamente pouco para o expectavel num filme com esta premissa, contudo penso que a culpa e do argumento.
O melhor - A quimica romantica
O pior - Ser uma historia romantica simples igual a tantas outras
AValiação - C
Wednesday, December 20, 2017
The Killing of Sacred Deer
Dois anos depois de Lanthimos ter surpreendido o mundo do cinema com a sua obra original The Lobster eis que surge o seu novo filme, novamente apresentado com relativo sucesso no festival de Cannes onde inclusivamente ganhou o premio para melhor argumento. Contudo o cinema demasiado irreverente do autor pese embora tenha obtido novamente criticas maioritariamente positivas, embora em menor grau do que no seu filme anterior, parece ter ficado novamente arredado dos premios mais fortes. Comercialmente num filme totalmente vocacionado para o lado critico os resultados foram simples, sem grandes motivos de festa nem tão pouco de preocupação.
Existe dois apontamentos que tornam Lanthimos num dos argumentistas e realizadores mais singulates deste momento, por um lado a forma como os seus argumentos recheados de conversas banais atingem um outro significado quando conjugados numa moral forte com que os seus filmes acabam por nos dar obras, estranhas mas com um significado implicito bem profundo que nao deixam ninguem indiferente nos seus filmes. POr outro lado a sua forma de realizar, a forma unica e singular em que o interprete se perde num contexto trabalhado e detalhado ao promenor, torna mais que Lanthimos um cineasta diferente alguem com um nivel de prefecionismo que podera no futuro se tornar num dos maiores do cinema.
Este filme embora mais normal que Lobster, o que o torna numa primeira fase mais acessivel à maior parte das pessoas, torna-se rapidamente num filme sobre moral, em que muito não é explicado mas que acima de tudo permite colocar a intensidade dramatica das personagens ao maximo. E nesta magia que Lanthimos faz o filme diferente, sabemos que temos de assimilar a ideia e depois deixar-nos levar num filme excelentemente realizado, com bons dialogos, boas interpretaçoes, e acima de tudo diferente no sentido de que vimos e gostamos do que vimos.
Talvez ainda nao seja o filme universal que todos os autores querem ter, mesmo os mais irreverentes, mas sem duvida vamos durante o filme exprimentando as sensações que nos querem dar, sempre com um primor estetico que so alguns conseguem dar. Temos assinatura, temos irreverencia, temos originalidade e temos criatividade e aqui pode-se resumir o que é um bom filme.
A historia fala de um cardiocirurgiao que mantem uma relaçao com o filho de um ex-paciente seu entretanto falecido que vai ser potenciada ao limite, ate ao momento em que tal jovem acaba por exegir algo que é impossivel de dar.
No argumento, embora uma premissa muito mais simples do que no seu anterior filme, temos acima de tudo um filme com um argumento e uma moratoria forte, que consegue ser original nos detalhes, nos promenores de cada personagem e na forma como esta e descrita. Os mais ceticos vao sublinhar que o filme não tem logica, mas é certo que já se percebeu que para gostar do cinema deste autor, temos de partir com alguns pressupostos, que depois de aceitar, vai-nos dar uma experiencia de cinema muito interessante.
Eu confesso que fui um amante de Lobster por tudo que ele criou, principalmente no argumento, mas era um filme que ja demonstrava um realizador ambicioso. Este filme, talvez esteticamente mais trabalhado, e uma obra de realizaçao de primeira linha, na forma como a camara intervem nas sequencias de uma forma dinamica, estetica e irreverente. COm o continuar da carreira a este nivel, este realizador grego podera se tornar rapidamente na nova coqueluche do cinema europeu.
Tambem no cast penso existir papeis que mereciam atençao nos premios, com particular destaque para do jovem Barry Keoghan que nos da um Martin intenso, promenorizado, de dificil execuçao e que funciona perfeitamente. E daqueles papeis que conduz o filme para altas andanças. Sublinhamos tambem que Farrel e Kidman tem dois dos melhores papeis da carreira, demonstrando a boa forma de ambos, mas o filme e dominado para Keoghan que merecia figurar em mais mençoes para melhor actor secundario do ano.
O melhor - A capacidade de nos dar uma experiencia cinematografia diferente
O pior - Acaba por no geral ser mais normal, e por isso uma experiencia menos gratificante do que LObster
Avaliação - B+
Existe dois apontamentos que tornam Lanthimos num dos argumentistas e realizadores mais singulates deste momento, por um lado a forma como os seus argumentos recheados de conversas banais atingem um outro significado quando conjugados numa moral forte com que os seus filmes acabam por nos dar obras, estranhas mas com um significado implicito bem profundo que nao deixam ninguem indiferente nos seus filmes. POr outro lado a sua forma de realizar, a forma unica e singular em que o interprete se perde num contexto trabalhado e detalhado ao promenor, torna mais que Lanthimos um cineasta diferente alguem com um nivel de prefecionismo que podera no futuro se tornar num dos maiores do cinema.
Este filme embora mais normal que Lobster, o que o torna numa primeira fase mais acessivel à maior parte das pessoas, torna-se rapidamente num filme sobre moral, em que muito não é explicado mas que acima de tudo permite colocar a intensidade dramatica das personagens ao maximo. E nesta magia que Lanthimos faz o filme diferente, sabemos que temos de assimilar a ideia e depois deixar-nos levar num filme excelentemente realizado, com bons dialogos, boas interpretaçoes, e acima de tudo diferente no sentido de que vimos e gostamos do que vimos.
Talvez ainda nao seja o filme universal que todos os autores querem ter, mesmo os mais irreverentes, mas sem duvida vamos durante o filme exprimentando as sensações que nos querem dar, sempre com um primor estetico que so alguns conseguem dar. Temos assinatura, temos irreverencia, temos originalidade e temos criatividade e aqui pode-se resumir o que é um bom filme.
A historia fala de um cardiocirurgiao que mantem uma relaçao com o filho de um ex-paciente seu entretanto falecido que vai ser potenciada ao limite, ate ao momento em que tal jovem acaba por exegir algo que é impossivel de dar.
No argumento, embora uma premissa muito mais simples do que no seu anterior filme, temos acima de tudo um filme com um argumento e uma moratoria forte, que consegue ser original nos detalhes, nos promenores de cada personagem e na forma como esta e descrita. Os mais ceticos vao sublinhar que o filme não tem logica, mas é certo que já se percebeu que para gostar do cinema deste autor, temos de partir com alguns pressupostos, que depois de aceitar, vai-nos dar uma experiencia de cinema muito interessante.
Eu confesso que fui um amante de Lobster por tudo que ele criou, principalmente no argumento, mas era um filme que ja demonstrava um realizador ambicioso. Este filme, talvez esteticamente mais trabalhado, e uma obra de realizaçao de primeira linha, na forma como a camara intervem nas sequencias de uma forma dinamica, estetica e irreverente. COm o continuar da carreira a este nivel, este realizador grego podera se tornar rapidamente na nova coqueluche do cinema europeu.
Tambem no cast penso existir papeis que mereciam atençao nos premios, com particular destaque para do jovem Barry Keoghan que nos da um Martin intenso, promenorizado, de dificil execuçao e que funciona perfeitamente. E daqueles papeis que conduz o filme para altas andanças. Sublinhamos tambem que Farrel e Kidman tem dois dos melhores papeis da carreira, demonstrando a boa forma de ambos, mas o filme e dominado para Keoghan que merecia figurar em mais mençoes para melhor actor secundario do ano.
O melhor - A capacidade de nos dar uma experiencia cinematografia diferente
O pior - Acaba por no geral ser mais normal, e por isso uma experiencia menos gratificante do que LObster
Avaliação - B+
Tuesday, December 19, 2017
The Ballad of Lefty Brown
O AFI Festival nos ultimos anos tornou-se na maior montra de candidatos aos premios, onde muitos dos mais fortes candidatos estreiam. Contudo neste festival existem filmes independentes menos ambiciosos que tem o seu lançamento. Este ano um desses filmes foi este tradicional Western que pese embora tenha recolhido avaliações positivas foram insuficientes para dar um dinamismo proprio ao filme. Em termos comerciais um filme claramente de minorias com resultados particularmente inexistentes.
O Western deve ser um dos generos mais esteritipados do cinema, dai que seja dificil fazer um filme quebrando a rigidez do genero, principalmente na sua tematica e no seu desenvolvimento. Dai que este e um filme obvio como muitos westerns de uma segunda linha, com uma tematica como honra, lealdade e vingança, decorre de uma forma algo pausada, mas objetiva naquilo que quer e consegue transmitir.
E obvio que para um filme de maior dimensao o que este filme exibe seria francamente pouco. Ou seja, parece claro que um filme que narrativameente nao trás nada de novo, mesmo no que diz respeito a forma como interage entre relaçoes pessoais, poder e politica, tambem em termos de produçao e sempre um filme de procedimentos faceis, atingindo uma clara mediania em toda a sua duraçao.
Salva-se o facto de num genero que pelo menos no seu lado mais tradicional se encontra cada vez mais desaparecido mas que aqui tem um exemplar simples, que nos tras de regresso alguns actores afastados da primeira linha do cinema, e que no final fica um registo de um filme que prima pela mediania em todos os seus componentes. Sera um filme que nunca vamos sublinhar, mas tambem um filme que nunca se vai odiar.
A historia fala de um homem que depois de ver o seu amigo morto numa caminhada consigo, acaba por tentar vingar a morte do mesmo, percebendo que por tras da mesma estava uma ardilosa jogada tendo em vista a obtençao de poder.
Em termos de argumento temos os ingredientes obrigatorios nos filmes Western, ou seja a tematica da vingança e lealdade. No desenvolvimento narrativo nada de novo, num filme demasiado previsivel, de ritmo baixo, mas que nao arrisca e acaba por nao sofrer danos com isso.
Jared Moshe e o realizador deste pequeno filme, um jovem realizador quase desconhecido que tem aqui o seu segundo trabalho. Denota-se algulm estudo na formula dos westerns tradicionais o que faz o filme cumprir, mas nunca consegue dar qualquer assinatura significativa que vinque o seu trabalho.
No cast Pullman há muito tempo arredado dos melhores momentos da sua carreira, e fisicamente algo desgastado tem aqui um papel interessante, que no filme de uma outra dimensao poderia servir de come back. No restante um conjunto de actores fora de forma onde o filme nao exige muito ja que as despesas sao acima de tudo de Pullman.
O melhor - A tradiçao de um western
O pior - O filme nada potenciar de novo naquilo que ja vimos noutros filmes
Avaliação - C
O Western deve ser um dos generos mais esteritipados do cinema, dai que seja dificil fazer um filme quebrando a rigidez do genero, principalmente na sua tematica e no seu desenvolvimento. Dai que este e um filme obvio como muitos westerns de uma segunda linha, com uma tematica como honra, lealdade e vingança, decorre de uma forma algo pausada, mas objetiva naquilo que quer e consegue transmitir.
E obvio que para um filme de maior dimensao o que este filme exibe seria francamente pouco. Ou seja, parece claro que um filme que narrativameente nao trás nada de novo, mesmo no que diz respeito a forma como interage entre relaçoes pessoais, poder e politica, tambem em termos de produçao e sempre um filme de procedimentos faceis, atingindo uma clara mediania em toda a sua duraçao.
Salva-se o facto de num genero que pelo menos no seu lado mais tradicional se encontra cada vez mais desaparecido mas que aqui tem um exemplar simples, que nos tras de regresso alguns actores afastados da primeira linha do cinema, e que no final fica um registo de um filme que prima pela mediania em todos os seus componentes. Sera um filme que nunca vamos sublinhar, mas tambem um filme que nunca se vai odiar.
A historia fala de um homem que depois de ver o seu amigo morto numa caminhada consigo, acaba por tentar vingar a morte do mesmo, percebendo que por tras da mesma estava uma ardilosa jogada tendo em vista a obtençao de poder.
Em termos de argumento temos os ingredientes obrigatorios nos filmes Western, ou seja a tematica da vingança e lealdade. No desenvolvimento narrativo nada de novo, num filme demasiado previsivel, de ritmo baixo, mas que nao arrisca e acaba por nao sofrer danos com isso.
Jared Moshe e o realizador deste pequeno filme, um jovem realizador quase desconhecido que tem aqui o seu segundo trabalho. Denota-se algulm estudo na formula dos westerns tradicionais o que faz o filme cumprir, mas nunca consegue dar qualquer assinatura significativa que vinque o seu trabalho.
No cast Pullman há muito tempo arredado dos melhores momentos da sua carreira, e fisicamente algo desgastado tem aqui um papel interessante, que no filme de uma outra dimensao poderia servir de come back. No restante um conjunto de actores fora de forma onde o filme nao exige muito ja que as despesas sao acima de tudo de Pullman.
O melhor - A tradiçao de um western
O pior - O filme nada potenciar de novo naquilo que ja vimos noutros filmes
Avaliação - C
The Snowman
Pode um filme com a produçao de Martin Scrocese e com um elenco de luxo tornar-se num dos piores filmes criticos do ano. A resposta e positiva ja que este filme, totalmente rodado na Noruega se tornou rapidamente num dos filmes piores avaliados do ano, e nem a realizaçao de alguem cujo anterior filme ate tinha sido bem valorizado conseguiu salvar este descalabro critico. Talvez motivado por esta recepção o filme acabou por ter uma expansao muito limitada e comercialmente seguir os passos do desastre critico
Sobre o filme podemos começar por dizer que a ideia de filmar no contexto tao pouco comum como a Noruega com as suas caracteristicas culturais e atomesfericas foi um ponto que me agradou no filme, por ser acima de tudo uma quebra com tudo o que anteriormente ja tinhamos assistido. Contudo tudo que o filme tem de positivo acaba aqui, porque de resto e um autentico conjunto de actos falhados de inicio ao fim, e um dos maiores desaproveitamentos de talento nas diversas vertentes que a memoria.
O inicio da catastrofe começa num argumento confuso, do tipico filme de quem matou quem?, que acaba por se tornar um conjunto de sequencias soltas sem ligaçao, curtas e normalmente sem qualquer tipo de coesão. Alias aliado a este pessimo argumento que nunca permite o crescimento de qualquer personagem e acaba por emaranhar todas as pontas sem nunca conseguir ter qualquer tipo de força interna, temos uma montagem horripilante. Temos cortes em cenas de um amadorismo nao muitas vezes vistas a este nivel, e outras cenas que ainda hoje questionamos o porque da sua inclusao.
Por tudo isto SNowman e um dos piores thrillers dos ultimos anos e certamente um dos piores filmes do ano, tendo em conta a expetativa dos envolvidos. Rapidamente se percebe que nada sai bem ao filme, mesmo quando os procedimentos sao faceis como nas sequencias finais. APenas o registo para a agressividade das mortes, mas muito pouco para um thriller deste ambito.
A historia fala de um estranho detetive que começa a investigar o desapareciment/assassinato de uma serie de mulheres desaparecidas, enquanto tenta resolver o seu drama familiar com a sua ex-mulher e o filho desta.
Em termos de argumento o filme vale muito pouco. O esteriotipo de uma serie de crimes, uma motivaçao e pouco mais. Em termos de personagens o filme e totalmente vazio, e mais que isso une pontas excessivas tornando tudo uma confusao nada interessante.
Tomas Alfredson conseguiu no seu filme anterior, em POrtugues a toupeira algum fervor critico o que deixou expectante a continuidade da sua carreira. Contudo este filme acaba por ser um desastre, um daqueles cujo tratamento tera de ser imediato ou a carreira deste sueco a nivel internacional pode ter ficado danificada.
No cast e completamente impossivel de perceber o que Fassbender um actor em forma neste momento faz num filme como este. A sua personagem e inexistente, e acima de tudo não lhe da nada enquanto actor. Nos secundarios a mesma coisa, com mençao a Val Kilmer, num estado fisico que lhe deveria dar sinais que a sua carreira ja terminou
O melhor - A Noruega desconhecida
O pior - A forma como o filme encarrila cenas sem qualquer tipo de sentido
Avaliação - D
Sobre o filme podemos começar por dizer que a ideia de filmar no contexto tao pouco comum como a Noruega com as suas caracteristicas culturais e atomesfericas foi um ponto que me agradou no filme, por ser acima de tudo uma quebra com tudo o que anteriormente ja tinhamos assistido. Contudo tudo que o filme tem de positivo acaba aqui, porque de resto e um autentico conjunto de actos falhados de inicio ao fim, e um dos maiores desaproveitamentos de talento nas diversas vertentes que a memoria.
O inicio da catastrofe começa num argumento confuso, do tipico filme de quem matou quem?, que acaba por se tornar um conjunto de sequencias soltas sem ligaçao, curtas e normalmente sem qualquer tipo de coesão. Alias aliado a este pessimo argumento que nunca permite o crescimento de qualquer personagem e acaba por emaranhar todas as pontas sem nunca conseguir ter qualquer tipo de força interna, temos uma montagem horripilante. Temos cortes em cenas de um amadorismo nao muitas vezes vistas a este nivel, e outras cenas que ainda hoje questionamos o porque da sua inclusao.
Por tudo isto SNowman e um dos piores thrillers dos ultimos anos e certamente um dos piores filmes do ano, tendo em conta a expetativa dos envolvidos. Rapidamente se percebe que nada sai bem ao filme, mesmo quando os procedimentos sao faceis como nas sequencias finais. APenas o registo para a agressividade das mortes, mas muito pouco para um thriller deste ambito.
A historia fala de um estranho detetive que começa a investigar o desapareciment/assassinato de uma serie de mulheres desaparecidas, enquanto tenta resolver o seu drama familiar com a sua ex-mulher e o filho desta.
Em termos de argumento o filme vale muito pouco. O esteriotipo de uma serie de crimes, uma motivaçao e pouco mais. Em termos de personagens o filme e totalmente vazio, e mais que isso une pontas excessivas tornando tudo uma confusao nada interessante.
Tomas Alfredson conseguiu no seu filme anterior, em POrtugues a toupeira algum fervor critico o que deixou expectante a continuidade da sua carreira. Contudo este filme acaba por ser um desastre, um daqueles cujo tratamento tera de ser imediato ou a carreira deste sueco a nivel internacional pode ter ficado danificada.
No cast e completamente impossivel de perceber o que Fassbender um actor em forma neste momento faz num filme como este. A sua personagem e inexistente, e acima de tudo não lhe da nada enquanto actor. Nos secundarios a mesma coisa, com mençao a Val Kilmer, num estado fisico que lhe deveria dar sinais que a sua carreira ja terminou
O melhor - A Noruega desconhecida
O pior - A forma como o filme encarrila cenas sem qualquer tipo de sentido
Avaliação - D
Monday, December 18, 2017
Stronger
Quando este projeto foi anunciado de imediato o espectro de oscar apareceu relacionado com esta produção ja que se conhece a proximidade dos premios com historias reais de força e perseverança. Ainda para mais quando permitia a Jake uma interpretaçao de alguem sem pernas e na luta por esta nova condiçao. Estreado com algum proposito de premios o filme reuniu boas criticas embora insuficientes para potenciar o filme na temporada de premios. Em termos comerciais o filme teve pouca divulgaçao o que lhe permitiu apenas resultados consistentes para filmes com pouca expansao nos cinemas.
Sobre o filme é facil perceber que tudo começa bem, com detalhes interessantes de realizaçao como a sequencia e o realismo da explosao, a forma como acaba por detalhar o show mediatico em que alguem em sofrimento se torna, e mais que isso a uniao entre pessoas. E claramente um filme com uma mensagem positiva, bem realizado, com detalhes interessantes principalmente na forma de filmar o sofrimento do seu protagonista. Aqui denota-se que o filme mesmo na abordagem quer ser muito mais do que um relato, quer ter um teor de filme e acaba por o conseguir ter.
Sustentando em boas interpretaçoes, embora me pareça que algumas com menos ruido acabam por ser mais eficazes do que aquelas que numa primeira analise seriam faceis de adorar, o filme tem no final o seu problema. E este problema e quando entra na cultura do heroi da naçao, tendo o epicentro nas conversas sobre guerra e da naçao americana contra o terrorismo, que tem tanto de americano como talvez de errado principalmente quando os ultimos ataques ate foram noutros locais.
E é neste americanismo exagerado que outros filmes tambem tem como principalmente American Sniper que me parece que o filme falha, porque prepara muito bem todas as sequencias do aproveitamente do sofrimento de alguem como espetaculo mediatico, para no fim o justificar num bem maior, neste caso o sentimento de uma naçao, e ai ideologicamente diferencio-me de um filme que durante grande parte da sua duraçao consegue ter otimos momentos de cinema, mas que em termos de conceito parece-me cair no final num sentimentalismo completamente despropositado.l
A historia fala de Jeff um jovem que fica sem as pernas durante o ato terrorista na maratona de Londres e que devido a uma fotografia acaba por ser o simbolo da resistencia da cidade, que o acompanha na sua recuperaçao.
Em termos de argumento e um filme obvio, na forma como tudo decorre, na forma como o sofrimento e as personagens sao criadas, parece demasiado novelesco. O ponto negativo os dialogos finais completamente de propaganda americana.
David Gordon Green e um realizador que vem de um cinema independente e onde conseguiu algum resultado. Ate ao momento no cinema de estudio ainda nao conseguiu ter um filme com dimensao para o colocar na primeira linha de realizadores. Aqui tem um bom trabalho com muito significado nas sequencias de sofrimento
No cast temos um filme de grandes interpretaçoes.Gyllenhaal tem um papel ambicioso intenso, daqueles pensados para os oscares, mas que tudo indica sera insuficiente. Penso que mesmo com todas as qualidades que estao presentes na interpretaçao cai num exagero com alguns tiques repetidos, que nao tiram merito a uma interpretaçao de excelencia mas tornam-na demasiado obvia. Bem mais silenciosa mas com uma intensidade interessantissima temos uma Maslany num primeiro maior momento no cinema, que demonstra que por vezes no lado menos luminoso do filme temos a melhor parte.
O melhor - A forma como o filme consegue ir para alem do relato de uma historia no ponto de vista cinematografico
O pior - O americanismo profundo na fase final
Avaliação - B-
Sobre o filme é facil perceber que tudo começa bem, com detalhes interessantes de realizaçao como a sequencia e o realismo da explosao, a forma como acaba por detalhar o show mediatico em que alguem em sofrimento se torna, e mais que isso a uniao entre pessoas. E claramente um filme com uma mensagem positiva, bem realizado, com detalhes interessantes principalmente na forma de filmar o sofrimento do seu protagonista. Aqui denota-se que o filme mesmo na abordagem quer ser muito mais do que um relato, quer ter um teor de filme e acaba por o conseguir ter.
Sustentando em boas interpretaçoes, embora me pareça que algumas com menos ruido acabam por ser mais eficazes do que aquelas que numa primeira analise seriam faceis de adorar, o filme tem no final o seu problema. E este problema e quando entra na cultura do heroi da naçao, tendo o epicentro nas conversas sobre guerra e da naçao americana contra o terrorismo, que tem tanto de americano como talvez de errado principalmente quando os ultimos ataques ate foram noutros locais.
E é neste americanismo exagerado que outros filmes tambem tem como principalmente American Sniper que me parece que o filme falha, porque prepara muito bem todas as sequencias do aproveitamente do sofrimento de alguem como espetaculo mediatico, para no fim o justificar num bem maior, neste caso o sentimento de uma naçao, e ai ideologicamente diferencio-me de um filme que durante grande parte da sua duraçao consegue ter otimos momentos de cinema, mas que em termos de conceito parece-me cair no final num sentimentalismo completamente despropositado.l
A historia fala de Jeff um jovem que fica sem as pernas durante o ato terrorista na maratona de Londres e que devido a uma fotografia acaba por ser o simbolo da resistencia da cidade, que o acompanha na sua recuperaçao.
Em termos de argumento e um filme obvio, na forma como tudo decorre, na forma como o sofrimento e as personagens sao criadas, parece demasiado novelesco. O ponto negativo os dialogos finais completamente de propaganda americana.
David Gordon Green e um realizador que vem de um cinema independente e onde conseguiu algum resultado. Ate ao momento no cinema de estudio ainda nao conseguiu ter um filme com dimensao para o colocar na primeira linha de realizadores. Aqui tem um bom trabalho com muito significado nas sequencias de sofrimento
No cast temos um filme de grandes interpretaçoes.Gyllenhaal tem um papel ambicioso intenso, daqueles pensados para os oscares, mas que tudo indica sera insuficiente. Penso que mesmo com todas as qualidades que estao presentes na interpretaçao cai num exagero com alguns tiques repetidos, que nao tiram merito a uma interpretaçao de excelencia mas tornam-na demasiado obvia. Bem mais silenciosa mas com uma intensidade interessantissima temos uma Maslany num primeiro maior momento no cinema, que demonstra que por vezes no lado menos luminoso do filme temos a melhor parte.
O melhor - A forma como o filme consegue ir para alem do relato de uma historia no ponto de vista cinematografico
O pior - O americanismo profundo na fase final
Avaliação - B-
Thursday, December 14, 2017
The Bachelors
Estreado em alguns festivais de menos dimensão este pequeno filme, que estreou quase sem ninguem dar por ela nos cinemas americanos conseguiu ganhar alguns premios muito por culpa da sua simples narrativa. Em termos comerciais e mesmo tendo dois dos actores mais em forma no que diz respeito aos mais jovens o resultado foi praticamente inexistente nao permitindo que o filme atingisse qualquer tipo de notoriedade.
Sobre o filme podemos dizer que esta novamente na moda, e proximo dos criticos as comedias romanticas de adolescentes, principalmente aquelas que tratam da passagem para a idade adulta ou aquelas que tentar potenciar a ultrapassagem de problemas por parte de mais novos. Este e mais um filme escrito de uma forma simples, mais emotiva do que com a razão sobre a mudança e adaptaçao a uma nova realidade.
E no ponto de vista emocional que o filme mais funciona, quer no sofrimento implicito que o filme da as duas personagens centrais, com idades diferentes mas com um sofrimento em comum, e na forma como o filme explora e bem essa emocionalidade. POdemos facilmente dizer que o percurso narrativo do filme é igual a muitas outras telenovelas com um final feliz, mas é na forma como o filme consegue ter algum impacto emocional que acaba por agradar ao espetador.
Mas e obvio que com um argumento igual a tantos outros e sem grandes elementos diferenciadores nunca sera um filme de primeira linha, ou filme que seja totalmente inesquecivel para que o ve, mesmo que os momentos de duraçao do filme sejam bem passados. Parece inteligente a escolha do cast mesmo sem grandes figuras a sua consistencia permite explorar e bem a sua dinamica emocional.
O filme fala de um pai e um filho que apos a morte da mae acabam por mudar de cidade sendo integrados num colegio. O pai inicia uma relaçao circunstancial com uma sua colega de trabalho e o filho inicia uma aproximaçao com uma colega com tambem ela problemas emocionais.
Em termos de argumento temos um filme que nao tras nada de novo na sua base, com objetivos simples mas que consegue com a exploraçao emocional funcionar na maior parte dos seus momentos. E obvio que esta longe de ser um poço de criatividade e originalidade na historia mas muitas vezes os caminhos certos ja pisados podem funcionar melhor.
Na realizaçao Voelker um argumentista de filmes comuns tem aqui o seu trabalho mais visivel. Uma realizaçao simples sem grande ambiçao, mas que explora e bem o lado emotivo das personagens. Num estilo facil cumpriu os objetivos.
No cast penso que o filme funciona JK Simmons e um actor de uma intensidade fora de serie, que merecia mais atençao que apenas conseguiu com Wiplash. Aqui mais uma vez a mostrar uma facema mais dramatica com toda a intensidade que sabe dar. Nos mais novos destaque para Josh Wiggins que acaba por ter um ano interessante sem nenhum filme de primeira linha, mas com carisma para encabeçar filmes com esta idade merece a nossa atençao no futuro.
O melhor - A toada dramatica emocional de todo o filme.
O pior - O argumento e de uma telenovel simples
Avaliação - B-
Sobre o filme podemos dizer que esta novamente na moda, e proximo dos criticos as comedias romanticas de adolescentes, principalmente aquelas que tratam da passagem para a idade adulta ou aquelas que tentar potenciar a ultrapassagem de problemas por parte de mais novos. Este e mais um filme escrito de uma forma simples, mais emotiva do que com a razão sobre a mudança e adaptaçao a uma nova realidade.
E no ponto de vista emocional que o filme mais funciona, quer no sofrimento implicito que o filme da as duas personagens centrais, com idades diferentes mas com um sofrimento em comum, e na forma como o filme explora e bem essa emocionalidade. POdemos facilmente dizer que o percurso narrativo do filme é igual a muitas outras telenovelas com um final feliz, mas é na forma como o filme consegue ter algum impacto emocional que acaba por agradar ao espetador.
Mas e obvio que com um argumento igual a tantos outros e sem grandes elementos diferenciadores nunca sera um filme de primeira linha, ou filme que seja totalmente inesquecivel para que o ve, mesmo que os momentos de duraçao do filme sejam bem passados. Parece inteligente a escolha do cast mesmo sem grandes figuras a sua consistencia permite explorar e bem a sua dinamica emocional.
O filme fala de um pai e um filho que apos a morte da mae acabam por mudar de cidade sendo integrados num colegio. O pai inicia uma relaçao circunstancial com uma sua colega de trabalho e o filho inicia uma aproximaçao com uma colega com tambem ela problemas emocionais.
Em termos de argumento temos um filme que nao tras nada de novo na sua base, com objetivos simples mas que consegue com a exploraçao emocional funcionar na maior parte dos seus momentos. E obvio que esta longe de ser um poço de criatividade e originalidade na historia mas muitas vezes os caminhos certos ja pisados podem funcionar melhor.
Na realizaçao Voelker um argumentista de filmes comuns tem aqui o seu trabalho mais visivel. Uma realizaçao simples sem grande ambiçao, mas que explora e bem o lado emotivo das personagens. Num estilo facil cumpriu os objetivos.
No cast penso que o filme funciona JK Simmons e um actor de uma intensidade fora de serie, que merecia mais atençao que apenas conseguiu com Wiplash. Aqui mais uma vez a mostrar uma facema mais dramatica com toda a intensidade que sabe dar. Nos mais novos destaque para Josh Wiggins que acaba por ter um ano interessante sem nenhum filme de primeira linha, mas com carisma para encabeçar filmes com esta idade merece a nossa atençao no futuro.
O melhor - A toada dramatica emocional de todo o filme.
O pior - O argumento e de uma telenovel simples
Avaliação - B-
Tuesday, December 12, 2017
Columbus
Sundance tornou-se nos ultimos anos o verdadeiro festival onde realizadores independentes mas tambem novos realizadores mostram mais que os seus filmes a sua forma de pensar. No que diz respeito as novidades surgiu um pequeno filme sobre uma cidade americana que conquistou a critica. Pese embora esse bom resultado critico foi insuficiente em tamanho para o filme conseguir entrar a serio na luta pelos premios.
Sobre o filme, é importante dividir aquilo que é a historia central do filme, e ai parece-me que o filme é curto sendo apenas um conjunto de conversas entre duas personagens que se conhecem num determinado momento e que se aproximam. Neste prisma parece-me claro que o filme e demasiado curto para tantos louvores, ja que mesmo em termos de romantismo o filme nunca tem intensidade para fazer sublinhar a sua ideia.
O lado positivo do filme acaba por ser o contexto, de uma cidade projetada com uma arquitetura singular, e aqui penso que o filme acaba por dar algo de novo ao espetador, principalmente para todos aqueles que como eu nao conheciam o local. Aqui o filme consegue ter uma fotografia de grande nivel, e alguns locais que merecem ser visto, sendo um agradavel bilhete postal.
Ou seja um filme que me parece mais funcional do ponto de vista tecnico do que propriamente no argumento. Mesmo assim existe agora uma tendencia de aperciar os filmes basicos sobre coisas simples, e o filme acaba por ser isto. Pena é que nao tenha grande ritmo e no final ficamos com a sensaçao que o filme acaba por nao ir a quase lado nenhum.
A historia fala de uma jovem que vive com a mãe que se encontra indecisa se vai ou nao para a universidade que começa uma relaçao de amizade com o coreano que se encontra na cidade de forma a acompanhar o seu pai, que se encontra doente no hospital.
Em termos de argumento parece-me um filme algo vazio naquilo que significa e mesmo na questao dos dialogos que tinha espaço para ter. Exagera um pouco na forma como falam sobre arquitetura embora seja esse tema aquele que diferencia o filme.
Na realizaçao de Kogonada parece-me que o filme tem qualidade, nao so na escolha de um contexto particular mas na forma como este é filmado como contexto para toda a historia. Assim, acaba por ser a cidade a protagonista e isso parece muito interessante demonstrando inteligencia de um realizador que esperamos os seus filmes seguntes.
No cast dois jovens tipicos de filmes diferentes, que tem aqui um filme que lhes exige mais do ponto de vista dramatico. Lu Richardson e uma das jovens promessas que aqui tem um papel interessante de maturaçao. Por seu lado Cho acaba por me parecer algo deslocado de um filme tao dramatico.
O melhor - A cidade e a sua arquitetura
O pior - Com tantos dialogos poderia ter mais valor neste particular
Avaliação - C+
Sobre o filme, é importante dividir aquilo que é a historia central do filme, e ai parece-me que o filme é curto sendo apenas um conjunto de conversas entre duas personagens que se conhecem num determinado momento e que se aproximam. Neste prisma parece-me claro que o filme e demasiado curto para tantos louvores, ja que mesmo em termos de romantismo o filme nunca tem intensidade para fazer sublinhar a sua ideia.
O lado positivo do filme acaba por ser o contexto, de uma cidade projetada com uma arquitetura singular, e aqui penso que o filme acaba por dar algo de novo ao espetador, principalmente para todos aqueles que como eu nao conheciam o local. Aqui o filme consegue ter uma fotografia de grande nivel, e alguns locais que merecem ser visto, sendo um agradavel bilhete postal.
Ou seja um filme que me parece mais funcional do ponto de vista tecnico do que propriamente no argumento. Mesmo assim existe agora uma tendencia de aperciar os filmes basicos sobre coisas simples, e o filme acaba por ser isto. Pena é que nao tenha grande ritmo e no final ficamos com a sensaçao que o filme acaba por nao ir a quase lado nenhum.
A historia fala de uma jovem que vive com a mãe que se encontra indecisa se vai ou nao para a universidade que começa uma relaçao de amizade com o coreano que se encontra na cidade de forma a acompanhar o seu pai, que se encontra doente no hospital.
Em termos de argumento parece-me um filme algo vazio naquilo que significa e mesmo na questao dos dialogos que tinha espaço para ter. Exagera um pouco na forma como falam sobre arquitetura embora seja esse tema aquele que diferencia o filme.
Na realizaçao de Kogonada parece-me que o filme tem qualidade, nao so na escolha de um contexto particular mas na forma como este é filmado como contexto para toda a historia. Assim, acaba por ser a cidade a protagonista e isso parece muito interessante demonstrando inteligencia de um realizador que esperamos os seus filmes seguntes.
No cast dois jovens tipicos de filmes diferentes, que tem aqui um filme que lhes exige mais do ponto de vista dramatico. Lu Richardson e uma das jovens promessas que aqui tem um papel interessante de maturaçao. Por seu lado Cho acaba por me parecer algo deslocado de um filme tao dramatico.
O melhor - A cidade e a sua arquitetura
O pior - Com tantos dialogos poderia ter mais valor neste particular
Avaliação - C+
9/11
Existem filmes que pelo seu titulo, momento e interpretes tem tudo para correr mal. Um desses filmes foi este drama, que retrata algumas pessoas em pleno 11 de Setembro, que aposta na data como titulo, com um conjunto de actores em plena baixa de forma e uma data de estreia tipica do aproveitamento da situaçao para ganhar dinheiro. O resultado um desastre a todos os niveis criticamente um dos filmes piores avaliados do ano, e em termos comerciais resultados residuais contrariam a expetativa de alguns.
Sobre o filme, eu acho sempre util fazer filmes sobre momentos marcantes da humanidade quando nele existe rigor historico e mais que isso contar uma historia que aconteceu que permita ter um conhecimento claro do que aconteceu. Neste caso nao temos nada disso, temos uma tentativa de fazer um filme de acçao de qualidade mais que duvidosa totalmente ficcionado interpretado por actores em pessima forma, num filme tipico de aluguer que acabou por ter algum tempo de antena graças à data que da titulo ao filme.
Alias se existe coisa que o filme nunca tenta ser é mais que isso, a narrativa simples de fechar personagens num elevador, a falta de qualidade dos dialogos e mais que isso das interpretaçoes a nivel dramatico, algumas delas capazes de figurar no registo de algumas das mais disparatas que a momento, so poderia resultar num dos piores filmes dos ultimos tempos.
Pena é que o aproveitamente por parte dos estudios menores de datas ou fenomenos marcantes seja cada vez maior no sentido de tentar aproveitar a debilidade emocional, ou a proximidade criada por uma situaçao para tentar comercialmente fazer resultar obras sem qualquer tipo de conteudo ou força.
A historia fala numa serie de pessoas que fica fechada num elevador de uma das torres do world trade center no dia do tragico acontecimento, tentando resistir a inevitabilidade do acontecimento.
O argumento e completamente vazio, tipico de filme de açao de pessima qualidade dos diretos para aluguer. Nao ter personagens no sentido de dimensao e mais que isso os dialogos parecem tirados de um cliche interminavel numa obra que deveria no minimo ter muito mais preocupação tendo em conta o seu titulo.
Martin Guigui e um realizador que foi colecionando filmes de segundo nivel e que aqui tem talvez o mais visivel e o mais apelativo pelos piores motivos. Existe momentos em que pensamos que faz de proposito em ser mau, como os excessivos abusos de slow motion.
EM termos de cast eu compreendo como Sheen, Goldberg e Gershon acabam por entrar num filme como este. NUma altura em que a carreira de todos praticamente nao existe qualquer filme é uma dadiva, contudo neste caso é apenas o assumir de carreiras aparentemente terminadas.
O melhor - O lado emocional do trabalho dos bombeiros
O pior - Um disparate sob a forma de homenagem
Avaliação - D-
Sobre o filme, eu acho sempre util fazer filmes sobre momentos marcantes da humanidade quando nele existe rigor historico e mais que isso contar uma historia que aconteceu que permita ter um conhecimento claro do que aconteceu. Neste caso nao temos nada disso, temos uma tentativa de fazer um filme de acçao de qualidade mais que duvidosa totalmente ficcionado interpretado por actores em pessima forma, num filme tipico de aluguer que acabou por ter algum tempo de antena graças à data que da titulo ao filme.
Alias se existe coisa que o filme nunca tenta ser é mais que isso, a narrativa simples de fechar personagens num elevador, a falta de qualidade dos dialogos e mais que isso das interpretaçoes a nivel dramatico, algumas delas capazes de figurar no registo de algumas das mais disparatas que a momento, so poderia resultar num dos piores filmes dos ultimos tempos.
Pena é que o aproveitamente por parte dos estudios menores de datas ou fenomenos marcantes seja cada vez maior no sentido de tentar aproveitar a debilidade emocional, ou a proximidade criada por uma situaçao para tentar comercialmente fazer resultar obras sem qualquer tipo de conteudo ou força.
A historia fala numa serie de pessoas que fica fechada num elevador de uma das torres do world trade center no dia do tragico acontecimento, tentando resistir a inevitabilidade do acontecimento.
O argumento e completamente vazio, tipico de filme de açao de pessima qualidade dos diretos para aluguer. Nao ter personagens no sentido de dimensao e mais que isso os dialogos parecem tirados de um cliche interminavel numa obra que deveria no minimo ter muito mais preocupação tendo em conta o seu titulo.
Martin Guigui e um realizador que foi colecionando filmes de segundo nivel e que aqui tem talvez o mais visivel e o mais apelativo pelos piores motivos. Existe momentos em que pensamos que faz de proposito em ser mau, como os excessivos abusos de slow motion.
EM termos de cast eu compreendo como Sheen, Goldberg e Gershon acabam por entrar num filme como este. NUma altura em que a carreira de todos praticamente nao existe qualquer filme é uma dadiva, contudo neste caso é apenas o assumir de carreiras aparentemente terminadas.
O melhor - O lado emocional do trabalho dos bombeiros
O pior - Um disparate sob a forma de homenagem
Avaliação - D-
Saturday, December 09, 2017
November Criminals
Um filme escrito por Steve Knight com dois dos mais promissores actores de uma geração, tinha tudo para se tornar num dos casos serios de 2017 caso a critica nao tivesse destruido por completo o filme, rementendo-o para uma estreia quase residual e diretamente para aluguer, o que resultou como seria previsivel num resultado comercial em tudo inexistente,
Muitas vezes perguntamo-nos se a critica normalmente quando atinge filmes com estes intervenientes está a jogar com a expetativa anterior ou é mesmo uma analise absoluta do filme. Pois bem depois de ver o filme é obvio que a análise é absoluta ja que se trata de um filme alegadamente policial, que nunca consegue ter qualquer ponta de interesse ou intensidade numa historia básica, pouco interessante e que nos parece mais pensada para tentar rentabilizar a imagem dos seus protagonistas do que propriamente como filme em si.
E podemos dizer que o filme ate começa bem, antes do momento que o transforma. Temos um bom dialogo entre personagens, numa toada adolescente mas com alguma prespetiva. Contudo com o homicidio que muda tudo, o filme torna-se num policial pouco ou mesmo nada interessante, que nunca consegue prender o espetador, e muito menos o surpreender. AO longo da sua curta duraçao percebe-se que nenhuma ponta do filme e trabalhada e que o filme corre para o final num ritmo pausado e sem grandes motivos de sublinhado.
Por tudo isto compreende-se como este filme acabou no mercado de aluguer, pois parece-me muito mais pensado nas limitaçoes deste mercado do que em qualquer outro. Contudo tudo ainda fica mais negro quando temos um argumentista de primeira linha, acompanhado por alguns actores promessas, e sai um dos policiais mais vazios dos ultimos tempos que tem como grande vantagem a sua curta duração
A historia fala de um adolescente que apos ter quase presenciado a morte de um seu amigo, tenta perceber nao so o autor do crime mas o motivo do mesmo, o que vai colocar em risco a sua propria vida.
EM termos de argumento podemos dizer que se trata de um dos filmes mais basicos que me recordo em termos de enredo policial. O filme nunca consegue dar intensidade aos seus entalhes narrativos e tudo torna.se claramente pouco interessante, começando nas personagens passando pelos dialogos com exceçao do primeiro.
Na realizaçao Gervasi e um realizador que ja teve mais perto do olimpo com o seu hitchkock e que aqui tem uma realizaçao de serie B, sem risco, e mais que isso sem brilho artistico. Nao e com este tipo de filmes que se alimenta uma carreira.
No cast, depois do sucesso de Baby Driver Elgort regressa aqui ao papel de inocente simpatico que pautou grande parte da sua carreira e que para si nada tras de novo a carreira. Ao seu lado Moretz tem tido dificuldade em encontrar os filmes certos para cimentar a sua carreira enquanto adulta.
O melhor - O primeiro dialogo e a curta duraçao
O pior - Para um policial do quem matou quem, nunca consegue motivar o espetador
Avaliação - D+
Muitas vezes perguntamo-nos se a critica normalmente quando atinge filmes com estes intervenientes está a jogar com a expetativa anterior ou é mesmo uma analise absoluta do filme. Pois bem depois de ver o filme é obvio que a análise é absoluta ja que se trata de um filme alegadamente policial, que nunca consegue ter qualquer ponta de interesse ou intensidade numa historia básica, pouco interessante e que nos parece mais pensada para tentar rentabilizar a imagem dos seus protagonistas do que propriamente como filme em si.
E podemos dizer que o filme ate começa bem, antes do momento que o transforma. Temos um bom dialogo entre personagens, numa toada adolescente mas com alguma prespetiva. Contudo com o homicidio que muda tudo, o filme torna-se num policial pouco ou mesmo nada interessante, que nunca consegue prender o espetador, e muito menos o surpreender. AO longo da sua curta duraçao percebe-se que nenhuma ponta do filme e trabalhada e que o filme corre para o final num ritmo pausado e sem grandes motivos de sublinhado.
Por tudo isto compreende-se como este filme acabou no mercado de aluguer, pois parece-me muito mais pensado nas limitaçoes deste mercado do que em qualquer outro. Contudo tudo ainda fica mais negro quando temos um argumentista de primeira linha, acompanhado por alguns actores promessas, e sai um dos policiais mais vazios dos ultimos tempos que tem como grande vantagem a sua curta duração
A historia fala de um adolescente que apos ter quase presenciado a morte de um seu amigo, tenta perceber nao so o autor do crime mas o motivo do mesmo, o que vai colocar em risco a sua propria vida.
EM termos de argumento podemos dizer que se trata de um dos filmes mais basicos que me recordo em termos de enredo policial. O filme nunca consegue dar intensidade aos seus entalhes narrativos e tudo torna.se claramente pouco interessante, começando nas personagens passando pelos dialogos com exceçao do primeiro.
Na realizaçao Gervasi e um realizador que ja teve mais perto do olimpo com o seu hitchkock e que aqui tem uma realizaçao de serie B, sem risco, e mais que isso sem brilho artistico. Nao e com este tipo de filmes que se alimenta uma carreira.
No cast, depois do sucesso de Baby Driver Elgort regressa aqui ao papel de inocente simpatico que pautou grande parte da sua carreira e que para si nada tras de novo a carreira. Ao seu lado Moretz tem tido dificuldade em encontrar os filmes certos para cimentar a sua carreira enquanto adulta.
O melhor - O primeiro dialogo e a curta duraçao
O pior - Para um policial do quem matou quem, nunca consegue motivar o espetador
Avaliação - D+
Wednesday, December 06, 2017
Mother!
É natural quando um realizador conceituado como Aronofsky entra dentro de um genero tão discutivel como o horror, que o mundo do cinema esteja atento ao resultado. Estreado no festival de Veneza Mother! foi considerado de imediato um dos filmes mais controversos do ano, uma daquelas obras marcante o suficiente ou para se amar ou para se odiar. Assim criticamente e apesar desta divisao foram mais aqueles que elogiaram o risco e a forma como o realizador desafiou tudo do que propriamente aqueles que nao gostaram. Contudo sendo obviamente um filme estranho comercialmente o filme foi um desastre principalmente tendo em conta as figuras que nele entram
Sobre o filme, eu confesso ser um adepto natural da forma como Aronofsky realiza pois coloca-se totalmente dentro das historias com uma intensidade que muitos nao conseguem ter. Dai que com excepção de Fountain que achei um filme extremamente confuso gostei de quase tudo que ele fez. O problema de Mother e que em termos de argumento e coerencia do que significa acaba por nunca existir, e isso e um problema inultrapassavel num filme, mesmo que muito do resto seja de primeira linha.
E o filme tem obviamente bons momentos, desde logo uma meia hora final de uma realizaçao inacreditavel que mais parecia a criaçao do ambiente do inferno de dante, que sufoca o espetador assim como as personagens. Temos alguns padroes morais bem vincados como a necessidade de afeto, e algumas alegorias à maternidade, nao esquecendo de bons interpretes ou nao tivesse o filme recorrido a alguns dos melhores actores da praça.
O problema e o que cola isto tudo, não existe, ficando a ideia que incialmente o argumento do filme ia por um lado e que de repente como não tem forma de conseguir dar-nos algo com logica entra numa opera de personagens no limite, que é interessante como sequencia isolada mas que significa muito pouco na logica de um filme de autor como este deveria ter sido.
Por tudo isto a minha opiniao sobre o filme é bem mais negativa do que positiva, ja que um filme pode ter os elementos todos bem constituidos mas se o que organiza tudo nao existir, são imagens soltas de boa qualidade e deste cinema eu nao gosto.
A historia fala de um casal que tenta reconstruir uma casa, sendo que o elemento masculino ao ser poeta recebe em sua casa a visita de um casal, que vai totalmente colocar a estabilidade daquele agregado em chek
Em termos de argumento na essencia parece-me um filme de tal maneira alegorico que acaba por ninguem entender na verdade o que o filme quer, qual a essencia de muitas cenas e sinceramente tenho duvidas que Aronofsky enquanto argumentista tambem saiba o que significa o filme na sua essencia.
Como realizador Aronofsky tem assinatura, em otimos momentos isolados, demonstrando bem ser um dos mais intensos realizadores do momento, contudo de quando em vez tenta fazer filmes que ninguem entende e isso pode encurtar a sua força enquanto cineasta.
Um cast de luxo que tira tudo do filme, e que sofre com a falta de coerencia do mesmo, Lawrence tem intensidade, Bardem equilibrio, e mesmo Harris e Pfeifer aparecem em papeis que encaixam perfeitamente e mais que isso bem mais visiveis do que os ultimos de ambos, contudo o filme nao ajuda para grandes meritos.
O melhor - A realizaçao
O pior - O filme ser incompreensivel em muitas das suas razões
Avaliação - C-
Sobre o filme, eu confesso ser um adepto natural da forma como Aronofsky realiza pois coloca-se totalmente dentro das historias com uma intensidade que muitos nao conseguem ter. Dai que com excepção de Fountain que achei um filme extremamente confuso gostei de quase tudo que ele fez. O problema de Mother e que em termos de argumento e coerencia do que significa acaba por nunca existir, e isso e um problema inultrapassavel num filme, mesmo que muito do resto seja de primeira linha.
E o filme tem obviamente bons momentos, desde logo uma meia hora final de uma realizaçao inacreditavel que mais parecia a criaçao do ambiente do inferno de dante, que sufoca o espetador assim como as personagens. Temos alguns padroes morais bem vincados como a necessidade de afeto, e algumas alegorias à maternidade, nao esquecendo de bons interpretes ou nao tivesse o filme recorrido a alguns dos melhores actores da praça.
O problema e o que cola isto tudo, não existe, ficando a ideia que incialmente o argumento do filme ia por um lado e que de repente como não tem forma de conseguir dar-nos algo com logica entra numa opera de personagens no limite, que é interessante como sequencia isolada mas que significa muito pouco na logica de um filme de autor como este deveria ter sido.
Por tudo isto a minha opiniao sobre o filme é bem mais negativa do que positiva, ja que um filme pode ter os elementos todos bem constituidos mas se o que organiza tudo nao existir, são imagens soltas de boa qualidade e deste cinema eu nao gosto.
A historia fala de um casal que tenta reconstruir uma casa, sendo que o elemento masculino ao ser poeta recebe em sua casa a visita de um casal, que vai totalmente colocar a estabilidade daquele agregado em chek
Em termos de argumento na essencia parece-me um filme de tal maneira alegorico que acaba por ninguem entender na verdade o que o filme quer, qual a essencia de muitas cenas e sinceramente tenho duvidas que Aronofsky enquanto argumentista tambem saiba o que significa o filme na sua essencia.
Como realizador Aronofsky tem assinatura, em otimos momentos isolados, demonstrando bem ser um dos mais intensos realizadores do momento, contudo de quando em vez tenta fazer filmes que ninguem entende e isso pode encurtar a sua força enquanto cineasta.
Um cast de luxo que tira tudo do filme, e que sofre com a falta de coerencia do mesmo, Lawrence tem intensidade, Bardem equilibrio, e mesmo Harris e Pfeifer aparecem em papeis que encaixam perfeitamente e mais que isso bem mais visiveis do que os ultimos de ambos, contudo o filme nao ajuda para grandes meritos.
O melhor - A realizaçao
O pior - O filme ser incompreensivel em muitas das suas razões
Avaliação - C-
Tuesday, December 05, 2017
The Tribe of Palos Verdes
Os problemas das classes sociais elevados muitas vezes não é um tema muito abordado no cinema dai que de imediato deve-se gabar a forma como este filme tentou entrar na forma de vida das elites em circuitos fechados. Num filme totalmente planeado para pequenos festivais as criticas medianas acabaram por nao conseguir dar o impulso que o filme poderia ambicionar para podem entrar na temporada de premios. Se unirmos a isto o facto de ser um filme tambem ele curto e com pouca dimensao comercial e facil perceber que a probabilidade deste filme passar despercebido a maioria das pessoas e mais que muita.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um pequeno filme de personagem, introspetivo que tenta ir ao maximo aos detalhes da forma como uma adolescente vive a sua introversão e mais que isso a forma como experiencia uma roda viva de um conflito familiar onde apenas serve de mediadora. O filme resulta de forma diferente na dimensao da personagem que me parece claramente pequena para um filme assim, mesmo quando o conflito nos seus diversos momentos e bem potenciado.
Alias se existe momento em que o filme funciona e na forma como o cria o caos numa familia aparentemente feliz num contexto de sonho. Ai o filme consegue perfeitamente desistabilizar todas as peças de uma forma interessante, nao tendo contudo seguiimento na forma como a intriga se desenvolve, perdendo demasiado tempo e auto conversas da personagem.
Ou seja o filme perde por ser demasiado pequeno para grandes voos, e ser demasiado pensado para esses mesmos voos. Nao temos um filme de grande ritmo ou grande intensidade de conflito, mesmo conseguindo criar condiçoes para tal. Ou seja um filme mediano num campo onde tinha de ter muito mais valor em diversos pontos.
A historia fala de uma familia que se muda para um condominio fechado de primeira linha na california momento em que as relaçoes e a estabilidade familiar começa a ruir por diversos lados.
EM termos de argumento o filme e na base uma historia simples de dramas familiares do ponto de vista introspetivo de uma personagem.que nem sempre nos parece bem construida para ser a base de todo o filme, ja que muito do que esta a sua volta seria bem mais ritmado do ponto de vista das restantes
A dupla de irmãos Malloy tem aqui a sua estreia a um nivel mais elevado com alguns bons planos, um filme com alguma assinatura mas contudo sem grande dimensão numa epoca do ano onde os trunfos sao lançados constantemente. Provavelmente teremos de perceber o que se sucede na carreira desta dupla.
COm um cast quase desconhecido onde se sublinha a presença de Garner com uma personagem com alguma dimensão dramatica, arriscada, mas que nem sempre nos parece de primeira linha em termos interpretativos. Parece-nos que o cast poderia levar o filme para outra dimensao mas nem sempre as escolhas nos parecem felizes.
O melhor - Alguns apontamentos de realizaçao
O pior - O foco na personagem menos interessante
Avaliação - C
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um pequeno filme de personagem, introspetivo que tenta ir ao maximo aos detalhes da forma como uma adolescente vive a sua introversão e mais que isso a forma como experiencia uma roda viva de um conflito familiar onde apenas serve de mediadora. O filme resulta de forma diferente na dimensao da personagem que me parece claramente pequena para um filme assim, mesmo quando o conflito nos seus diversos momentos e bem potenciado.
Alias se existe momento em que o filme funciona e na forma como o cria o caos numa familia aparentemente feliz num contexto de sonho. Ai o filme consegue perfeitamente desistabilizar todas as peças de uma forma interessante, nao tendo contudo seguiimento na forma como a intriga se desenvolve, perdendo demasiado tempo e auto conversas da personagem.
Ou seja o filme perde por ser demasiado pequeno para grandes voos, e ser demasiado pensado para esses mesmos voos. Nao temos um filme de grande ritmo ou grande intensidade de conflito, mesmo conseguindo criar condiçoes para tal. Ou seja um filme mediano num campo onde tinha de ter muito mais valor em diversos pontos.
A historia fala de uma familia que se muda para um condominio fechado de primeira linha na california momento em que as relaçoes e a estabilidade familiar começa a ruir por diversos lados.
EM termos de argumento o filme e na base uma historia simples de dramas familiares do ponto de vista introspetivo de uma personagem.que nem sempre nos parece bem construida para ser a base de todo o filme, ja que muito do que esta a sua volta seria bem mais ritmado do ponto de vista das restantes
A dupla de irmãos Malloy tem aqui a sua estreia a um nivel mais elevado com alguns bons planos, um filme com alguma assinatura mas contudo sem grande dimensão numa epoca do ano onde os trunfos sao lançados constantemente. Provavelmente teremos de perceber o que se sucede na carreira desta dupla.
COm um cast quase desconhecido onde se sublinha a presença de Garner com uma personagem com alguma dimensão dramatica, arriscada, mas que nem sempre nos parece de primeira linha em termos interpretativos. Parece-nos que o cast poderia levar o filme para outra dimensao mas nem sempre as escolhas nos parecem felizes.
O melhor - Alguns apontamentos de realizaçao
O pior - O foco na personagem menos interessante
Avaliação - C
Friday, December 01, 2017
The Foreigner
Seis anos depois da experiencia de Martin Campbel no mundo dos super herois ter saido claramente fracassado, eis que o realizador de alguns dos maiores sucessos de James Bond regressou aos filmes de acção, trazendo para hollywood o iconico Jackie Chan. Num filme de grande estudio os resultados criticos do filme foram medianos com avaliaçoes intermedias. Em termos comerciais para um filme tipico de Jackie Chan, mesmo com um realizador bem conhecido os resultados foram melhores que o habitual sem no entanto serem interessantes.
Sobre o filme, desde logo existiu a duvida se teriamos um filme de açao tipico de Campbel, ou seja direto, intenso e com grandes sequencias de acçao de grande estudio, ou teriamos o filme de artes marciais tipico de Chan. Pois bem o filme acaba por ser ao mesmo tempo um bocadinho de ambos sem no entanto conseguir o melhor resultado em nenhum deles. Desde logo porque as sequencias de luta apesar de existirem sao escassas, e por outro lado a intensidade da acção nem sempre é de primeira linha, num filme que tambem aposta em teorias da conspiração e uma intriga mais desenvolvida.
E aqui reside alguns dos problemas do filme, ao ser um emaranhado de personagens numa questão politica de terrorismo com muitos envolvidos tuda acaba por se tornar em alguns momentos demasiado confuso, não permitindo dar força a luta da personagem central ja que a sua antitese acabam por ser secundarios de segundo plano, nem por outro lado acaba por nunca conseguir dar ao filme o climax final que talvez merecesse em face do sofrimento da personagem central.
Mesmo assim e sendo um filme totalmente mediano existe alguns apontamentos que nao sao comuns e que ate funcionam, como o lado mais dramatico e interpretativo de Chan e um Brosman como vilao, ou quase, que tambem acaba por nao sendo uma novidade, não ser particularmente algo comum na filmiografia de ambos.
O filme fala de uma emigrante chines que ve a sua filha ser assassinada num ataque terrorista perpetrado por um grupo da irlanda do norte. A procura da vingança este individuo vai tentar entrar e conseguir obter a identidade dos autores de tal acto de forma a conseguir responder na mesma moeda.
Em termos de argumento mesmo sendo uma base simples de vingança semelhante a tantas outras o filme acaba por na questao politica da autoria do acto terrorista ser algo confuso na teia que monta de relaçoes, algo que acaba por retirar alguma intensidade ao acto de vingança por o mesmo ser algo difuso
Em termos de realizaçao de filmes de acçao Campbel costuma funcionar com intensidade. Aqui num filme claramente com menos meios, acaba por perceber como retirar dividendos de Chan, sem no entanto ser uma produçao de primeira linha. Talvez tenha de voltar a James Bond para realçar a carreira fora do franchising.
Ja no que diz respeito ao cast, mesmo nao tendo nenhuma prestaçao de primeira linha, sublinha-se o lado mais dramatico de Chan, algo que habitualmente nao aparece, e um Brosnan que mesmo com as deficiencias reconhecidas em todo o mundo, parece funcionar melhor em personagens mais obscuras.
O melhor - Percebermos que existe um Chan interpretativo
O pior - O emaranhado da intriga politica que tira intensidade a um filme de açao que deveria ser mais direto
Avaliação - C
Sobre o filme, desde logo existiu a duvida se teriamos um filme de açao tipico de Campbel, ou seja direto, intenso e com grandes sequencias de acçao de grande estudio, ou teriamos o filme de artes marciais tipico de Chan. Pois bem o filme acaba por ser ao mesmo tempo um bocadinho de ambos sem no entanto conseguir o melhor resultado em nenhum deles. Desde logo porque as sequencias de luta apesar de existirem sao escassas, e por outro lado a intensidade da acção nem sempre é de primeira linha, num filme que tambem aposta em teorias da conspiração e uma intriga mais desenvolvida.
E aqui reside alguns dos problemas do filme, ao ser um emaranhado de personagens numa questão politica de terrorismo com muitos envolvidos tuda acaba por se tornar em alguns momentos demasiado confuso, não permitindo dar força a luta da personagem central ja que a sua antitese acabam por ser secundarios de segundo plano, nem por outro lado acaba por nunca conseguir dar ao filme o climax final que talvez merecesse em face do sofrimento da personagem central.
Mesmo assim e sendo um filme totalmente mediano existe alguns apontamentos que nao sao comuns e que ate funcionam, como o lado mais dramatico e interpretativo de Chan e um Brosman como vilao, ou quase, que tambem acaba por nao sendo uma novidade, não ser particularmente algo comum na filmiografia de ambos.
O filme fala de uma emigrante chines que ve a sua filha ser assassinada num ataque terrorista perpetrado por um grupo da irlanda do norte. A procura da vingança este individuo vai tentar entrar e conseguir obter a identidade dos autores de tal acto de forma a conseguir responder na mesma moeda.
Em termos de argumento mesmo sendo uma base simples de vingança semelhante a tantas outras o filme acaba por na questao politica da autoria do acto terrorista ser algo confuso na teia que monta de relaçoes, algo que acaba por retirar alguma intensidade ao acto de vingança por o mesmo ser algo difuso
Em termos de realizaçao de filmes de acçao Campbel costuma funcionar com intensidade. Aqui num filme claramente com menos meios, acaba por perceber como retirar dividendos de Chan, sem no entanto ser uma produçao de primeira linha. Talvez tenha de voltar a James Bond para realçar a carreira fora do franchising.
Ja no que diz respeito ao cast, mesmo nao tendo nenhuma prestaçao de primeira linha, sublinha-se o lado mais dramatico de Chan, algo que habitualmente nao aparece, e um Brosnan que mesmo com as deficiencias reconhecidas em todo o mundo, parece funcionar melhor em personagens mais obscuras.
O melhor - Percebermos que existe um Chan interpretativo
O pior - O emaranhado da intriga politica que tira intensidade a um filme de açao que deveria ser mais direto
Avaliação - C
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