Friday, November 30, 2018

Halloween

Quarenta anos depois e principalmente depois de muitos filmes que acabaram por dissecar tudo o que tinha sido possivel pensar sobre Michael Meyers surgiu a ideia de John Carpenter de apagar todos os filmes com excepção do primeiro e dar-lhe uma sequela como se nada tivesse existido entretanto. Este exercicio exigente e dificil acabou por resultar num filme bem avaliado pela critica na sua genese, sendo que comercialmente os fas do tradicionalismo de terror acabaram tambem por o tornar num sucesso comercial.
EU confesso que nao me recordo do primeiro Halloween ou o consiga diferenciar dos outros filmes todos que entretanto foram saindo com o mesmo tema. O risco de tentar apagar quarenta anos de registo e dificil e o filme teria de ser de tal forma imponente para se sobrepor a tudo o que existiu, e o filme na realidade nao consegue fazer isso, nao consegue ser a obra tao brilhante que seque tudo o que existio no que a Halloween diz respeito.
O filme tem uma virtude que o faz funcionar muito bem do ponto de vista estetico que e a forma como trata Michael com máscara e sem mascara, permite sempre que o filme cavalgue às costas de um personagem mitico, bem construido e mais que isso um filme que sabe que Meyers e o seu ovo de ouro e principalmente esteticamente sabe tratar isso levando o filme para a toada que necessita.
Do ponto de vista do argumento em si ja tenho mais dificuldades em diferenciar a historia de muitas outras que ja foram saindo com o carimbo da saga. Temos o confronto final, bem potenciado, mas temos demasiado tempo em mortes irrelevantes que quase so chegam para provar o que todos já sabemos que Meyers e o diabo em pessoa.
A historia fala de Meyers que depois de quarenta anos preso sai da cadeia, e decide tenter vingar-se de Laurie, contudo não espera que esta esteja totalmente preparada para o receber pois dedicou toda a sua vida para este encontro.
Em termos de argumento alguma mais valia no facto de nos dar o prisma de prisão psicologica da vitima ao agressor, e isso o filme acaba por ser o mais forte nesta analise. No restante um filme igual a tantos outros de terror que perde demasiado tempo no acessorio.
David Gordon Green num realizador que nasceu na comedia que aos poucos esta a tentar vincar no drama tem aqui uma passagem pouco esperada pelo terror. O filme sabe tratar bem a estetica de Meyers e um estilo vintage que o associa ao primeiro filme, mas esta longe de conseguir fazer com o terror o que outros entretanto ja conseguiram. A ver como Green segue a carreira que começa a ter alicerces mas necessita de uma parede.
No cast pouco a referir Lee Curtis tem aqui uma das personagens mais marcantes da sua carreira e regressa a ela com a intensidade e carisma dos primeiros filmes. No restante o filme é limitado nas personagens e acima de tudo no que exige delas.

O melhor - A imagem e o carisma da personagem de Meyers

O pior - O argumento é algo semelhante na base a outras sequelas de menos sucesso.

Avaliação - C+

Venom

Existe aquilo que podemos considerar uma praga de adaptações de filmes de super herois ao cinema, depois dos mundos DC e Marvel, também a SOny graças a alguns direitos que tem de historias da Marvel tem apostado em rentabilizar ao maximo este produto, tendo lançado este ano um filme sobre um vilao numa saga que parece ter começado alguns anos antes com Life. Venom foi um dos filmes mais mediaticos do ano, desde logo pelas pessimas criticas com que foi avaliado o que contrastou com a opinião publica em geral que gostou do seu jeito desajeitado e fez dele um dos grandes sucessos comerciais do presente ano, e sem duvida um filme a repetir em termos de sequela.
Venom é um filme estranho, principalmente pelo seu estilo desajeitado muito por culpa de uma personagem central algo perdida, desajeitada e que parece a pessoa errada para um filme de super herois. Mas e precisamente por tudo funcionar menos bem que o registo acaba por ser singular e ficar proximo de nos, principalmente na fase final, em que o tom descontraido da relação do corpo com a mente acaba por ser quase de uma comedia satirica.
Agora parece-me obvio que em termos de historia e qualidade de argumento o filme simplesmente nao existe, nao existe trabalho em nos dar uma narrativa elaborada, coesa, com vilões imponentes, nada disso, o filme prefere a relaçao intensa entre o corpo e o ser que o habita, com uns efeitos pouco trabalhados e mais que isso com muitos apontamentos que acabam quase por ser irrelevantes para o filme.
Ou seja Venom e razoavel por ser mau e isso o diferenciar de alguns filmes de super herois que se levam demasiado a serio. Se esta descontraçao foi algo planeado ou fruto de uma incapacidade de dotar o filme de outros atributos nunca vamos saber mas que se trata de um filme obviamente singular isso nao existe a menor duvida.
A historia fala de um reporter que tenta descobrir os segredos cientificos de um jovem cientista e acaba possuido por um ser do espaço que o torna num monstro com uma capacidade acima da media para lutar.
Em termos de argumento o filme é muito limitado, desde logo na intriga central, na forma rudimentar com que nos da as diferentes personagens e mesmo na construçao do vilao. Parece sempre um filme sem argumentos narrativos para funcionar.
Na realizaçao a cadeira foi entregue a Fleisher que depois do sucesso de Zombieland nunca mais conseguiu encontrar o caminho do sucesso. Aqui pouco risco, pouco autor, mas acaba de ter a sorte que de tão mal que o filme caiu que as coisas acabaram por se recompor.
No cast Hardy nao e claramente actor para este registo e demonstra bem isso no facto de ter conduzido o filme para o seu estilo e nao o contrario. O filme perde a capacidade de se levar a serio e isso talvez seja o seu segredo, num Hardy longe de ter caracteristicas de figura de açao. A falta de argumento nao permite qualquer outro motivo de analise para alem de um curioso Harelsson na post credit scene.

O melhor - A forma como os erros de produçao e argumento do filme parecem planeados para serem assim.

O pior - FIca a sensação que o filme adota esta postura por falta de recursos para ser diferente

Avaliação - C

The House Whith a Clock in its Walls

Eli Roth desde a sua colaboração na realização com INglorious Basterds que se tornou a luz da imprensa cinematografica o discipulo de Quentin Tarantino pela sua irreverencia e pelo risco que emprega aos seus filmes. Depois de muitos filmes e quase nenhum sucesso o realizador apostou este ano num filme juvenil com magia e efeitos especiais a mistura. O resultado critico do filme nao foi brilhante pese embora algumas avaliações consistentes. Do ponto de vista comercial resultados moderados que nao exploriram o filme para uma saga futura mas que o salvaram do falhanço total.
Sobre o filme eu confesso que a mistura Eli Roth com cinema juvenil me parece estranha e no filme resulta mesmo isso, uma dificuldade do filme assumir um tom mais adulto e negro e por vezes ser um filme demasiado adolescente com alguns apontamentos mesmo infantis. Este desiquilibrio ou melhor esta dificuldade de encontrar o tom acaba por ser a grande dificuldade do filme naquilo que o mesmo tenta assumir como sendo o seu genero.
De resto temos um filme de processos simples, com muita magia e efeitos de primeira linha, alguma preocupaçao na realizaçao estetica do filme e menos cuidados e força no que ao argumento diz respeito, alguns cliches dos filmes juvenis como o orfão ou o professor que é corrompido pelo poder, num desenvolvimento previsivel e que deixa atuar mais os efeitos do que a historia em si.
Ou seja um filme juvenil com alguns toques negro, que nao nos parece ter a força suficiente para abrir uma saga, mas que demonstra alguns cuidados tecnicos interessantes. Parece ser claro que o filme se preocupa bem mais com a sua produçao do que propriamente com o seu desenvolvimento enquanto historia.
A historia fala de um orgão que fica entregue aos cuidados de um excentrico tio que vive numa casa cheia de magia, e que tenta ser conquistada pelo seu anterior dono, enquanto o menor e introduzido ao mundo da magia.
Em termos de argumento parece claro que o filme e demasiado proximo de outros do mesmo genero, sendo que as personagens em momento algum conseguem levar o filme para outros apontamentos. Nao e um filme que surpreende caindo demasiadas vezes no mais facil.
Eli ROth e um realizador que ainda nao encontrou a sua obra de referencia pelo que tem vindo a passear por generos. Aqui os efeitos sao interessantes mas falta algum cunho de autor e isso e o fundamental para assumir uma carreira.
No cast Black na sua normal prestação sustentada num amor expressivo e fisico e pouco mais e uma Blanchet quase sempre em piloto automatico porque a personagem nunca exige nenhum dos seus argumentos mais fortes.

O melhor - Os efeitos especiais e visuais do filme.

O pior - EM termos de argumento é mais do mesmo

Avaliação -C

Thursday, November 29, 2018

Unbroken: Path to Redemption

Existem projetos em Hollywood que são dificeis de perceber ou de explicar. Uma sequela de um biopic, principalmente quando o primeiro até foi uma grande produçao com resultados que defraudaram as expetativas é algo que ninguém alguma vez vai conseguir explicar, ainda para mais quando ninguem do primeiro filme se encontra envolvido nesta sequela. A um primeiro filme que ja de si nao tinha sido propriamente bem avaliado juntou-se um segundo filme ainda com avaliações criticas piores, sendo que criticamente com a falta de elementos apelativos do ponto de vista comercial, acabou por tornar tudo ainda mais negro.
Sobre o filme se eu gostei do primeiro filme de Angelina Jolie, porque achava que conseguia nos dar e bem os limites da sobrevivencia humana, penso que este segundo filme é um total despredicio de tempo em mais um daqueles filmes que se tornaram moda de propaganda religiosa, trabalhando para isso uma fase da vida de Zamperini no qual o mesmo se didicou a igreja.
Mas nao e apenas no teor que penso que o filme tem problemas, os maiores dos quais e na produçao, claramente inferior ao primeiro filme, e mais que isso na qualidade dos seus interpretes que acabam por nunca dar o tom certo, ou a intensidade dramatica que um filme sobre o pos guerra devia ter. No final parece que é um filme que gosta dos seus defeitos potenciando-os sucessivamente ao longa da duração do filme.
Por tudo isto é facil perceber que este e um projeto falhado, uma tentativa de utilização de um primeiro filme forte, para tentar rentabilizar economicamente um projeto com objetivos diferentes, mas que na minha opiniºao está se a tornar uma virose em termos do numero de filmes que esquece a realidade dos factos para se debruçar numa propaganda crista barata.
A historia segue o pos guerra de Zamperini, a constituiçao da familia e a forma como os acontecimentos por si passados influenciaram o dia a dia nos anos seguintes ao seu regresso.
Em termos de argumento o filme é um conjunto de factos previsiveis, mas contextualizado em termos de personagens e dialogos e mais que isso parece sempre um filme que tem como unico objetivo a propaganda cristã o que lhe tira todo o peso das outras sequencias.
Na realizaçao Harold Cronk aparece-nos como uma habitue nos filmes de propaganda catolica, com o formato tipico recheado de memorias intrusivas e mais que isso um filme com cores claras que poderia ser dado numa catequese perto de nos mas nunca como um objeto artistico de cinema.
No cast um conjunto total de desconhecidos o que fica longe do primeiro filme. As persnagens nao tem intensidade, e mais que isso os interpretes vao de acordo com as personagens.

O melhor - A vida de Zamperini merecia um bom filme, e teve-o.

O pior - Mas nao merecia esta sequela

Avaliação - D

Wednesday, November 28, 2018

Roxanne, Roxanne

Os biopic de figuras musicais passam cada vez mais por pessoas vivas, mais do que mortas, sendo que a existência de cada vez mais produçoes de produtoras de Streaming abriu o espaço a historias menos conhecidas de figuras mais especificas de um contexto musical, como é o caso de Roxanne. O filme que foi lançado em pleno Sundance com a produçao de algumas figuras do HIP HOP norte americano conseguiu criticas interessantes e que resultou em alguma visibilidade para um filme Neltflix com resultados sempre dificeis de contabilizar.
Roxanne, Roxanne e um filme obvio, ou seja um filme que nos detalhe o crescimento enquanto musica de uma figura impar e estranha no meio onde estava elglobada com todas as contigencias sociais em volta da mesma, algo que é sempre trabalhado nos biopics de musicos inseridos num contexto social. E certo que o filme é algo expectavel e os feitos de Roxanne estao longe de ter a dimensao de outros musicos que tiveram o mesmo tipo de atenção, contudo algumas curiosidades acabam por ser bem trabalhadas no filme.
Fica tambem a ideia que o filme poderia ir mais longe no trabalho da relação da cantora com o pai do seu filho, e a forma como a mesma pode ter influenciado em alguns momentos a sua carreira. Melhor na forma como liga a personagem a sua familia de base, o que acaba por ser apontamento mais emocional do filme.
Ou seja um filme longe de ser brilhante, com alguns truques para potenciar mais o feito do que propriamente o real valor do mesmo. Fica a ideia que estes filmes acabam muitas vezes por ser mais do mesmo, dependendo da proximidade musicar que o espetador acaba por ter pelo artista.
A historia fala-nos da ascenção de Roxanne no mundo das batalhas de Rap ate ao momento em que se tornou uma referencia na arte e uma figura conhecida no panorama musical norte americano.
Em termos de argumento o filme e alvo obvio, os cliches habituais de uma vida dificil de bairro, e das relações intensas, num filme que penso que nem sempre é equilibrado na gestão do espaço temporal do filme.
Na realização Michael Larnell é um realizador desconhecido proximo do contexto afro americana, que tem aqui o seu trabalho mais visivel, que peca por excesso de simplicidade. Nao me parece que o filme pedisse mais, mas penso que existe momentos em que alguma arte na abordagem pode efetuar toda a diferença no resultado final dos filmes.
No cast Chanté Adams tem um papel intenso, numa boa reproduçao da artista, o que de uma jovem atriz acaba por ser meritorio e uma boa montra para o futuro. Fica na ideia que ALi e um dos actores afro americanos do momento e que se pode tornar uma figura de referência já que a forma com que fornece intensidade aos seus personagens é de revelar.

O melhor - As interpretações.

O pior - A forma como o filme tem uma abordagem demasiado normativa.

Avaliação - C

22 July

PaulGreengrass é um conhecido realizador que nos ultimos anos tem tido como assinatura a tentativa fiel de recriar momentos de panico relacionado com ataques terroristas sem recurso a atores de primeira linha, e no qual tem conseguido alguma unanimidade critica. Este ano e com a chancela da Netflix surgiu a sua recriação do ataque na Noruega a uma colonia de ferias de uma juventude partidaria. Os resultados criticos do filme pese embora positivos nao foram tão entusiasmantes como outros filmes do realizador, sendo que comercialmente ao ser um produto streaming e sempre mais dificil avaliar o seu real impacto.
Sobre o filme a escolha de actores de origem do local, pouco conhecidos acaba por ser uma opção que o realizador escolhe para tentar dar mais realismo aos seus projetos. Pois bem parece-me que neste caso o filme é algo obvio seguindo sem grande promenor o antes do ataque, mas situando-se acima de tudo no depois do ataque, quer na relação de Breivik com o advogado e as dificuldades de uma das vitimas em recuperar da experiencia que vivenciou.
Em termos emotivos e um filme forte principalmente no seguimento da historia do sobrevivente, é um filme de rotura, mas que no grosso modo acaba por nos dar quase um documentario daquilo que fomos sendo informados pela noticia, o que ao ser um acontecimento recente acaba por ser longe de ser novidade e o filme perde um pouco de impacto por isso.
Contudo Greengrass e rigoroso na sua forma de detalhar historias e mais uma vez o faz, num filme algo longo para a intensidade que tem, parece-me claro que se trata de um filme bem executado e que nao sendo propriamente em momento algum uma novidade acaba por fazer o destaque a uma situação que nos conhecemos bem e transpo-la com a tentativa do maximo de fidelidade para o ecra.
A historia fala do ataque de Breivik numa ilha de ferias mais concretamente a sua estrategia de defesa posterior na batalha legal acompanhando tambem a forma como um dos sobreviventes tentou recuperar dos acontecimentos.
Em termos de argumento e um filme algo simples, recupera ao maximo a informação conhecida do acontecimento e dá-lhe um filme, sem grandes truques dialogos ou riscos e isso acaba por dar um filme eficaz.
Greengrass tem a capacidade de realizar bem no local, nao se preocupa em dar a historia condimentos que ela nao tem e isso e a sua maior virtude. Novamente tenta com a escolha de actores desconhecidos dar ao filme o realismo que por momentos tem. Nao e o seu filme mais brilhante mas e uma assinatura a tipologia.
O cast completamente recheado de actores noruegueses desconhecidos acaba por ser um risco para o filme mas que acaba por funcionar, nem tanto na construção de Danielson Lie como Breivik mas acima de tudo sStrand Gravili como vitima sobrevivente onde penso ter uma interpretação de primeira linha.

O melhor - A tentativa de dar um filme o mais proximo da realidade

O pior - A forma como o filme tem alguma dificuldade em ter algo diferenciador

Avaliação - B-

Monday, November 26, 2018

The Happytime Murders

Os Muppets são claramente um dos projetos de maior sucesso de sempre da televisão norte americana, e tiveram origem na mente criativa de Jim Henson. POis bem o seu filho Brian nao quis deixar os creditos em maos alheias e acabou por arriscar numa junçao de marretas, o humor de McCarthy e Falcone e por fim um estilo politicamente incorretissimo. O resultado do filme foi desastroso a todos os niveis, criticamente foi um desastre, mas pior que isso foi o descalabro comercial que o filme rapidamente se tornou.
SObre o filme pode ser engraçado a forma como marretas tradicionais jogam num filme de humor adulto muitas vezes sexualizado. A rebeldia do filme tem alguns apontamentos interessantes e causam algumas boas sequencias de humor, mas e obvio que em termos de historia e mesmo a ideia o filme e grande parte do tempo demasiado absurdo e esteriotipado num estilo de humor policial sem grande sentido.
E dificil perceber se era expectavel este tipo de comedia resultar. A presença de Mccarthy poderia dar o valor de estrela necessario ao sucesso comercial, mas fica a ideia ao longo de todo o filme que tudo e demasiado estranho para funcionar. Que os marretas nao tem este estilo de humor tao explicito e que por isso tudo torna-se demasiado excentrico para ser admirado.
Nao existe duvida da coragem de um projeto como este principalmente oriundo de um familiar de alguem que tornou os marretas numa ferramenta de humor familiar. Aqui temos risco, e ficamos com a ideia que o filme foi talvez demasiado longe demais no rompimento com o estilo mais familiar e isso tornou-o demasiado peculiar.
A historia fala de um ex policia marreta, que tenta investigar a morte dos seus amigos, e consegue perceber que tudo pode estar relacionado com o seu passado.
Em termos de argumento a historia de base e um cliche em termos de historias de comedia policial com duos, com a originalidade de ser um mix entre humanos e marretas, com a agravante de adotar um estilo de humor violento, adulto e sexualizado o que nao deixa de ser original para um filme assim.
Na realizaçao Brian Henson podemos considerar que se trata do filho rebelde de JIm e isso acaba por ser claro neste filme, onde tras o lado tradicional dos marretas e altera completamente o tom, e isso acaba por ser feito com um estilo de comedia tradicional. Parece gostar de algo demasiado estranho para funcionar.
No cast pouco a referir para alem dos marretas, temos uma Mccarthy no seu papel e estilo piloto automatico, assim como Rudolph, num filme que e mais vincado pelo estilo do que por qualquer uma das especificidades.

O melhor - A forma como algumas piadas funcionam

O pior - Demasiado estranho para ser aperciado

Avaliação - C

Sunday, November 25, 2018

Peppermint

Luc Besson e a sua forma de cinema direto à ação criou uma dinastia no cinema europeu, principalmente por autores com menos ideias e mais apotados em filmes mais comerciais e com um conceito proprio de açao rapida. Pierre Morel tem sido um dos mais activos principalmente do sucesso de Taken, tentou por diversas vezes fazer o genero com outros actores como fez com Liam Neeson sem nunca ter voltado a repetir o sucesso. COm Garner as coisas criticamente tambem nao correram bem com avaliaçoes essencialmente negativas, sendo que comercialmente as coisas tiveral longe de grande sucesso, provavelmente porque a epoca do ano para o lançamento tambem nao era a mais forte para surpresas.
Sobre o filme podemos dizer que temos o tipico filme de açao simplista ao maximo, sem explicaçoes, sem personagens limitando-se a fazer ao longo da sua curta duração um bodycount continuo a ritmo elevado e pouco mais. Este tipo de registo pode ser interessante se tivermos sequencias de ação de grande impacto ou de luta bem trabalhada, ou se for realizado de uma forma no minimo diferenciadora, como no filme nao temos nenhum destes aspetos temos uma ideia basica totalmente repetida e sem qualquer ingrediente de referencia.
Alias a falta de conteudo e tal gritante que para aumentar a duração do filme temos um numero exagerado de pessoas para matar mesmo que as mesmas sejam totalmente desconhecidas da trama do filme, não fazendo mais tempo nas personagens que poderiam ser centrais que tem o mesmo tempo dedicado a sua morte o que e no minimo absurdo para um filme que ja de si tem um conteudo quase nulo.
EM face do referido este filme de açao e uma tentativa de rentabilizar um genero que a espaços da lucro mais pelo carisma do protagonsita do que por uma historia diferente ou qualquer outro ponto que deva ser assinalado. Aqui Garner demonstra que ja nao e ALias apesar da disponibilidade fisica o carisma da personagem nao existe porque o filme nao quer que ele tenha.
A historia fala de uma mae de familia que depois de ver o seu marido morta por narco traficantes bem como a sua filha, acaba por ser vingar dos mesmos, tendo em conta a nao puniçao criminal de nenhum deles.
EM termos de argumento o filme e esvaziado ao limite maximo de personagens, de intriga e mais que tudo de explicaçoes, temos uma serie sucessiva de mortes e pouco mais, sendo ainda mais absurdo que as personagens que deveriam estar na origem da vingança tenham menos tempo de luta que figurantes.
Pierre Morel e sinonimo deste tipo de cinema de desgaste rapido, que particularmente nao gosto. Se em alguns conceitos ate conseguiu dar ao filme alguma assinatura aqui nao o temos, nem as sequencias de acçao sao fortes, nem a abordagem e diferenciadora, de um realizador que se torna uma copia constante dos seus filmes.
Garner nunca foi uma actriz que em termos dramaticos tenha conseguido algum espaço pelo que o seu regresso a origem na açao foi uma tentativa que nao nos parece conseguda porque o filme nunca quer potenciar o seu personagem, o unico que tem algum tipo de duraçao no filme.

O melhor - E um filme que se pode ver totalmente aos intervalos.

O pior - A falta de qualquer substancia a uma guiao que se limita a matar gente indescriminadamente

Avaliação - D

Widows

Quando se analisa a carreira de Steve McQueen como realizador há luz do seu filme mais conceituado e dificil perceber que o seguimento da sua carreira se tenha feito por um filme mais de açao do que drama sobre um golpe quase perfeito num contexto politico. Contudo este e o territorio onde Mcqueen fez carreira e talvez aquele que esteja na origem do seu cinema. Este filme apresentado no ultimo festival de Toronto, embora de imediato considerado pouco oscarizavel recolheu boas criticas, sendo que comercialmente as coisas nao correram bem nao conseguindo no mercado domestico ultrapassar o seu valor de produçao.
Widows e um filme que pela sua base nos deixa em alguma expetativa, principalmente por ter um realizador tao premiado como McQueen, o filme começa bem com uma boa sequencia de açao muito bem realizada pelo realizador, mas depois baixa demasiado o ritmo, dando primazia a um argumento algo reboscado com diversa intriga e personagens que liga o mundo da politica ao crime. Neste emaranhado excessivo de personagens e vontade o filme perde algum fulgos, principalmente porque as personagens nem todas parecem estar ao mesmo nivel, e porque o excesso retira tempo a personagens que merecia bem mais. Parece sempre que o filme ou necessitava de mais tempo, e ai tinha de gerir melhor o ritmo ou foi pensado para outro formato.
Isso retira algum do impacto imediato do filme, que no final pode dar a sensação de ser quem sabe demasiado pausado e lento, nao deixando quem saba dar o real valor a algumas interpretaçoes de primeira linha, a discussao politica entre formas diferentes de ver o assunto, e mais que isso ir trabalhar mais o aspeto relacional. Fica no final a possibildiade de sequela, que me parecia natural mas aqui penso que os parcos resultados comercia so filme nao o permitirão.
Ou seja um filme que sem nunca ter a força ou o tamanho para ser na verdade um candidato a premios consegue ser um filme interessante com alguns aspetos de primeira linha, mas que nem sempre consegue gerir com eficacia o numero excessivo de personagens e pontas narrativas que lhe tira algum efeito ou proximidade imediata. Mesmo assim denota-se apontamentos de realizador que deverão o diferenciar do tipico filme de açao para multidoes.
A historia fala de tres viuvas que apos a morte dos seus maridos se juntam  para continuar o golpe por estes planeado e ai conseguirem sobreviver a pressao de forças politicas maiores.
NO argumento o filme tem uma excelente base, numa boa introduçao de personagens, so que em numero demasiado elevado para a dimensao ou para o tempo que o filme depois lhes da. Isso desiquilibra o filme, principalmente na qualidade dos dialogos de umas pertes para as outras. Mas sem duvidas tem momento de cinema muito bem escrito.
Mcqueen conseguiu em 12 anos escravo uma dimensao que antes nao tinha, sendo um realizador mais proximo de elites do cinema independente. Aqui o seu lado mais escuro esta novamente de volta, com momentos de realizaçao de autor, num filme que nem sempre e coeso mas que demonstra bem as qualidades de um realizador de primeira linha.
No cast Davis acaba por ter um papel algo previsivel e algo igual a outros que ja nos deu, pelo que a sua personagem nao nos parece das suas melhores exibiçoes. E nos secundarios que o filme tem os seus melhores apontamentos com destaque para um Kaluya a demonstrar uma versatilidade muito interessante num dos melhores apontamentos secundarios do ano ate ao momento.

O melhor - A capacidade de algumas personagens secundarias terem os melhores momentos e os melhores dialogos.

o pior - Fica a ideia que duas horas e curto para o que o filme tem para dar e isso condiciona o ritmo do filme.

Avaliação - B-

Friday, November 23, 2018

The Hate u Give

Estamos claramente num ano onde diversos realizadores afro americanos se dedicaram a projetos ambiciosos com resultados criticos interessantes. Um desses realizadores foi George Tilman Jr, um realizador proximo da comedia de bairro afro americana que este ano apostou tudo neste drama que conquistou a critica com avaliaçoes extremamente positivas mas tambem o publico obrigando a uma expansao do filme que culiminou em resultados comerciais interessantes.
Este e um filme recheado de cliches raciais, quer na violencia gratuita policial, quer na diferenciaçao demasiado exagerada entre lados, quer na forma como da uma visao quase unilateral de um conflito independentemente das conseuencias que os mesmos trazem para cada um dos lados, e nisso e um filme parcial que tenho dificuldade sempre em considerar um filme de referencia.
Pese embora tal facto e inegavel que e um filme de impacto emotivo elevado, e de sentimentos fortes entre personagens que sao bem transmitidos ao espetador do primeiro ao ultimo minuto. Deve-se sublinhar a tentativa de explorar um pouco um lado mais dual do impacto negativo tambem do estilo de vida da comunidade onde o filme e inserido mas ai o filme parece ter mais receio de ter um espirito mais critico do que relativamente a violencia policial, o que nos parece pensado no tipo de publico que o filme quer chegar.
Mesmo sendo um filme com potencialidade, penso que o excesso de cliches de grande parte da sequencias e o pouco equilibrio entre lados, ou nao fosse um filme totalmente realizado e produzido por afro americanos de origens humildes, acabam por retirar a qualidade do filme de um primeiro plano.
A historia fala de uma familia afro americana inserida num bairro relacionado com a marginalidade mas que tenta tirar os seus filhos deste contexto escolar, contudo rapidamente tudo muda quando uma filha acaba por assistir a morte do melhor amigo numa operaçao policial.
Em termos de argumento o filme esta longe de ser um poço de originalidade, acabando sempre por ser um pouco mais do mesmo nos aspetos gerais. FUnciona melhor na exploraçao de emoçoes, mas mesmo em termos politicos e demasiado denunciado para uma das vertentes.
Na realizaaçao um realizador afro americano sempre relacionado com filmes para aquele publico de diversos generos que tem aqui o seu filme mais forte em termos criticos, ainda que dentro de um teor politico proximo do seu estilo. Nao e um filme de grandes riscos na realizaçao mas permite o lado emocional.
No cast o filme e liderado por uma jovem Stenberg que esta em ascenção em termos daquilo que e a sua exposiçao mediatica. As suas caracteristicas encaixam naquilo que o filme pede, sem no entanto trabalhar as personagens para mais valorizaçoes.

O melhor - O trabalho emocional do filme.

O pior - Demasiado direcionado em termos politicos

Avaliação - C+

Thursday, November 22, 2018

The Ballad of Buster Scruggs

Apresentado este ano no festival de Veneza este peculiar filme composto por seis historias, marca a estreia da colaboração dos irmãos Cohen com a produtora Netflix, cada vez mais ambiciosa em fazer-se notar na temporada de premios. Este curioso filme foi recebido de uma forma positiva pela generalidade da critica o que resultou no premio de melhor argumento no Festival de Veneza. Em termos comerciais ao ser um conteudo Netflix e dificil perceber o alcance de visualizações do filme, embora nos pareça que a aposta da produtora para os premios seja outra.
 Sobre o filme eu normalmente não sou grande adepto de filmes que sejam consitituidos por micro historias principalmente quando não existe ligação entre elas, porque é dificil fazer um filme equilibrado, e mais uma vez o filme nao consegue esse equilibrio existindo claras diferenças, principalmente narrativas entre as historias, sendo obviamente um filme que vai do menos ao mais.
Assim as primeiras três historias parece-me muito interessantes, com estilos diferentes, curiosas, bem realizadas com o lado mais noir e mais descontraido dos irmãos Cohen, algumas com alguns apontamentos de risco que diferenciam os melhores realizadores. As três finais com particular destaque as duas ultimas são menos fortes, mais pausadas e aborrecidas, sem tanta assinatura e acaba por adormecer o filme e torná-lo menos impactante, principalmente porque delas resulta a imagem final do filme.
Mesmo assim temos um conceito diferente assumido por cineastas de primeiro nivel, o filme tem a assinatura dos realizadores mas e dificil avaliar um filme como este como um todo pois as sensações de cada segmento são diferentes. Fica a ideia que o conceito tinha mais sentido numa mini serie com episodios distintos do que avaliar esta obra como um filme em si,.
A historia fala de seis historias passadas no velho oeste, uma primeira de um pistoleiro musico, uma segunda de um ladrão com azar, uma terceira de um nomada com teatro de variedades, um velho a procura de ouro, a ligação de uma jovem com um cão, e uma peculiar viagem a caminho de um hotel.
Tambem em argumento o filme tem altos e baixos, desde o impacto a todos os niveis da terceira historia até ao lado mais monocordico e sem grande sentido do ultimo nao se trata de um argumento equilibrado mesmo que a dificuldade de serem short story seja ultrapassada numa capacidade do filme nos dar personagens singulares.
Penso que em termos esteticos o trabalho dos irmãos Cohen funciona principalmente porque funcionam como pouco a pensar contextos do velho oeste, tambem aqui temos altos e baixos mas parece-me o apontamento onde o filme melhor funciona na globalidade.
No cast ao ser short storys sao filmes que nao permitem grandes interpretaçoes pois nao tem ambiçao de deixar as personagens crescer. Alguns bons apontamentos de Neeson e Harry Melling, mas por ser o melhor segmento e o mais exigente acaba por nao deixar grande sublinhado aos restantes.

O melhor - A realizaçao e o nivel estetico do filme.

O pior - A forma como o filme nao consegue ser equilibrado entre segmentos

Avaliação - C+

The Little Stranger

Depois de um sucesso inesperado é sempre complicado para alguns realizadores ainda sem carreira sustentada saberem o que fazer de seguida. Lenny Abrahmson depois do fantastico The Room apostou pelo cinema de terror e de casas malignas, num genero que nem sempre tem trazido sucesso a quem o tenta, como por exemplo Guillermo Del Toro. Assim e apos as primeiras visualizações percebeu-se que pese embora a critica até o tenha avaliado na generalidade como positivo estava longe de ser uma obra de referência perdendo o impacto que o seu filme anterior poderia trazer. Talvez por isso tambem comercialmente as coisas tiveram longe do sucesso com resultados completamente modestos.
Eu confesso que o terror ou pelo menos o suspense de horror são generos dificeis, ou os filmes conseguem uma intensidade de sequencias que os tornam por vezes algo vazios em termos de argumento ou por outro lado os filmes tentam preencher demais o argumento com os diversos vetores das personagens e acabam por perder o impacto natural exigido a um filme de terror. Pois bem este filme nunca consegue encontrar esse balanço, pois nunca tem o impacto visual de terror que os filmes mais comuns do genero tem, e por outro lado a linhagem narrativa não é suficientemente rica para sustentar o filme.
Posto isto confesso que o filme defraudou-me em toda a linha as expetativas, se o inicio até me parece consistente no sentido em que nos leva obviamente para o passado das personagens, rapidamente o filme perde essa uniao pelo menos como forma de ir dando ao espetador alguns detalhes do passado, regressando ao mesmo no fim, quando provavelmente o publico ja adormeceu com o ritmo demasiado lentificado que o filme adquire em mais do que metade do seu tempo.
Tambem em termos esteticos me parece que nao é um filme muito trabalhado, para além do efeito natural da casa e caracterizaçao fisica de algumas personagens o filme nunca tenta ir mais longe, nem nos efeitos estranhos da casa nem na violencia das mortes, parecendo quase sempre um filme algo vago para os generos que tenta abraçar.
A historia fala de um medico que e requisitado para ir a uma casa de familia em tempos conhecida pelo glamour mas que aos poucos se vai destroindo a si e aos seus habitantes, sendo que a relação do medico com a familia rapidamente ultrapassa o comum entre medico e paciente.
Em termos de argumento parece-me uma historia demasiado comum, com um desfecho previsivel e com dificuldade de fazer manter a intensidade em termos de dialogo e desenvolvimento de personagens. Parece que reside aqui o grande problema do filmle.
Na realização depois de The Room o trabalho nao seria facil, mas penso que a escolha do genero e a execução é algo pobre para alguem com um curriculo recente tão intenso. Parece claro que nao se sente confortavel no genero e isso pode dar alguns passos atras numa carreira que estava bem direcionada com a nomeaçao para o oscar.
Em termos de cast, Gleeson tem o ar sombrio que a personagem necessita mas sofre de pouco desenvolvimento da mesma, sendo algo repetitivo. Wilson é uma actriz que também encaixa bem em personagens perturbadas, sendo o maior destaque para um Poulter que tem uma intensidade de sublinhar para um actor da sua idade, beneficiando do papel mais facil de agradar.

O melhor - Poulter.

O pior - A forma como o filme nunca encontra um ritmo certo

Avaliação - D+

Tuesday, November 20, 2018

Jonathan

Existem alguns actores mais jovens que a determinada altura da sua carreira se tornam autenticos fenomenos mediaticos e depois existe sempre uma tentativa de se desprender de um lado mais comercial das suas carreiras. Elgort e um desses actores que nos ultimos anos tem arriscado em projetos comercialmente de menores dimensoes como este peculiar Jonathan. Os resultados criticos até foram positivos com avaliações essencialmente positivas embora sem grande entusiasmo. Comercialmente um filme com pouca expansão e por isso com resultados algo moderados.
SObre o filme podemos dizer que a ideia de base do filme é original e poderia sem duvida resultar num filme interessante, ou pelo menos diferente. E podemos começar por dizer que o filme até começa com uma abordagem que fortalece ainda mais o conceito que é apenas seguir uma das mentes do corpo, tentando nesse espaço preencher as lacunas temporais que aconteceram.
Se em termos de ideia e forma o filme é bastante interessante e potencia bastante a ideia, na sua execução as coisas nao correm tao bem, a historia romantica começa bem, mas acaba por ser abandonada, como alias os diversos pontos de conflito, aqui o filme parece cair em algum receio de desenvolvimento de linhas narrativas o que o terna a determinado ponto algo previsivel ou pouco apelativo.
Fica a sensaçao que uma ideia desta merecia no final um resultado de muito maior impacto, fica a sensação que esta ideia num realizador de mais craveira poderia nos dar um dos filmes sci fi dos ultimos tempos. Assim parece que o filme tem medo de crescer, ou melhor, nao tem ferramentas narrativas em termos do desenvolvimento da ideia que o tornem em si um filme mais interessante.
Ou seja uma boa ideia, pensada com uma forma correta mas que nos deixa um pouco com um amargo na boca, pois observa-se que as coisas poderiam e deveriam ter corrido melhor, principalmente em termos das linhagens narrativas que escolhe desde metade do filme.
A historia fala de dois irmãos que habitam no mesmo corpo, com personalidades distintas e com espaços temporais diferentes em que usam o corpo. Tudo fica mais complicado quando um deles se apaixona sem o conhecimento do outro.
Em termos de argumento e obvio que a ideia de base do filme e original, e tem muito potencial, pena e que no desenvolvimento principalmente das duas personagens do filme, nao exista força suficiente para potenciar um desenvolvimento narrativo mais forte.
Na realizaçao Bill Oliver é um autentico desconhecido que tem aqui um trabalho modesto, que penso que tambem limita em alguns pontos a dimensao do filme. E sabido que o filme nao era uma grande produçao, mas tinha espaço para mais estetica e mais autor.
No cast eu confesso que Elgort ainda nao me preenche as medidas em termos de versatilidade e recursos como actor, num filme em que isso poderia ser trabalhado, parece um trabalho muito pequeno para o filme em questão. Um filme que nao permite que as personagens secundarias tenham força para mais.

O melhor - A ideia original do filme.

O pior - As personagens de ambos serem muito limitadas

Avaliação - C

Priovate Life

A Netflix apostou forte em 2018 em termos de cinema marcando presença dos diversos festivais com titulos pensados para cada um deles. Este pequeno filme sobre os dramas das dificuldades de engravidar foi a apostata do serviço de streaming para Sundance. O resultado critico ate foi positivo o que acabou por se refletir em algumas nomeaços nos premios independentes deste final do ano. Ja comercialmente ao ser um filme pensado para um serviço de Streaming e sempre dificil perceber o real impacto comercial do filme.
SObre o filme podemos dizer que se trata de uma abordagem interessante sobre um problema das novas civilizaçoes e que até à data nao tinha propriamente sido debatido no cinema. Dai que a pertinencia e a novidade do tema acaba por ser clara neste filme e aqui reside muito do impacto ou mais valia do filme.
Ja que no seu desenvolvimento o filme tenta ser uma comedia dramatica de ritmo ligeiro, mas que toca nos pontos essenciais principalmente na forma como tal problematica acaba por influencioar os casais e mais que isso a incapacidade de desistir. Nisso o filme acaba por ter o impacto que deseja ter, mesmo tendo uma roupagem independente que pode desacelerar a expressão emocional que a obra poderia ter.
OU seja um filme interessante, longe de uma obra prima, muito por culpa de um estilo de adota que muitas vezes nao permita que os filmes com uma abordagem mais pesada tivessem este sucesso. Fica a ideia que alguns dos apontamentos mais comicos do filme nao funcionam tao bem, mas isso tem mais como função que o filme adote uma assinatura mais propria.
A historia fala de um casal que tenta tudo por tudo para engravidar. Depois de testar todos os procedimentos acabam por combinar com uma sobrinha para a mesma fornecer os ovulos o que acaba por tornar a relaçao entre todos mais proxima.
Em termos de argumento o filme vale acima de tudo pelo tema e problematica que abraça, ja que em termos de dialogo e mesmo desenvolvimento narrativo, tem um estilo descontraido que podera nao permitir o impacto claro daquilo que nos esta a transmitir.
Tamara Jenkins e uma realizadora com assinatura independente que ao longo da sua carreira nao tem conseguido mesmo neste genero elevar o seu cinema. Aqui tem um filme interessante com os toques todos do seu cinema de base. Funciona mas nao e o grito que a carreira da realizadora poderia necessitar.
No cast Giamatti funciona muito bem neste registo e mais uma vez da o toque de comedia que o filme quer ter. Hahn mais centrada na comedia tem um papel algo diferente do comum mais interpretativo e acaba por ser uma agradavel surpresa.

O melhor - O tema do filme.

O pior - Nao sei se o estilo descontraido e o que o filme necessitava

Avaliação - B -

Sunday, November 18, 2018

Crazy Rich Asians

Poucos apostariam que a comedia sensação comercial do ano acabaria por ser um pequeno filme sobre asiaticos, passado entre Nova Iorque e Singapura que mais nao era do que dar o lado mais ocidental dos asiaticos, numa especie de adaptaçao do classico cinderela ao mundo real, com muitos dos costumes asiaticos num filme atual. Talvez por nos dar um povo algo diferente e cada vez mais global o certo e que esta comedia para toda familia acabou por ter avaliaçoes positivas e comercialmente tornou-se na grande sensação do final de verao principalmente nos EUA.
Sobre o filme podemos dizer que existem aspetos completamente inexplicaveis em Hollywood, como e que um simples filmes do genero comedia romantica com todos os cliches esperados conseegue ser um sucesso tremendo quando a unica novidade acaba por ser a forma como o filme nos leva ate ao lado mais ocidental da asia e pouco mais. Talvez esta abertura ao mundo podera ser sem duvida o unico ponto de interesse e que define o filme ja que tudo o resto parece retirado do mais comum dos filmes romanticos de domingo a tarde.
Em termos de dialogos e a forma como os mesmos fazem imperar o registo humoristico que o filme quer ter parece claro que nao e um filme totalmente trabalhado ou elaborado, nem se quer utiliza um humor particularmente atual, muito pelo contrario, o filme parece ser algum do tradicionalismo das comedias dos anos 90 e talvez por isso o seu bom resultado.
Ou seja este e daqueles filmes que se tornam rapidamente um icon pop num determinado momento que existe a clara sensação que numa outra abordagem o resultado nunca seria sequer proximo. Um filme igual a muitos outros que tem apenas como assinatura o dar um lado asiatico que talvez o ocidente ainda pensava nao existir
A historia fala de um herdeiro de uma das grandes fortunas de Singapura que apaixonado por uma nova iorquina de origens mais modestas a leva a um casamento na sua terra natal, onde vai ter de enfrentar todos os costumes de uma familia de alta classe financeira.
O argumento e retirado das tipicas comedias romanticas dos anos 90, as diferenças sociais as barreiras familiares, um tom descontraido, amigos malucos e um humor moderado, com a unica alteração de ter como base personagens asiaticos mas com tradicoes claramente ocidentais.
Na realizaçao JOhn CHu é atualmente um dos mais conceituados realizadores chinenses sediados em Hollywood ja tendo tido ao seu dispor algumas grandes produçoes. Aqui tem um trabalho mais facil onde o deslumbre de Singapura e mais que isso as excelentes casas selecionadas fazem o resto. Ainda sera dificil neste filme perder algum rotulo de tarefeiro.
No cast um leque de desconhecidos de origem asiatica e pouco mais, o filme nao pede interpretaçoes de primeira linha e o filme nao as da. Uma comedia nunca e na sua base um genero para grandes explosoes de actores

O melhor - O lado incrivel do desenvolvimento de Singapura

O pior - Uma comedia demasiado cumpridora das regras tradicionais

Avaliação - C

Friday, November 16, 2018

The Predator

No momento em que foi anunciado que Shane Black seria o responsavel pelo reavivar do franchising de Predador a expetativa começou a ser muito elevado porque Black para alem de um argumentista muito eficaz no entertenimento era alguem com um bom passado independentemente do tamanho da produçao. Dai que foi com desilusao que se percebeu que Black nao tinha funcionado neste registo para a critica com avaliacoes frustrantes e que acabaram tambem por potenciar um floop comercial que tornou este predador numa das grandes desilusoes do ano.
SObre o filme eu confesso que quando este projeto foi anunciado pensei que a coisa nao combinava, primeiro porque Black funciona muito mais no humor descontraido do que propriamente em filmes de impacto de imagem e Predador necessita obviamente destas componentes. Pois bem o filme acaba por ser eficaz quando quer ser engraçado, ainda que absurdo e falha totalmente quando tenta ser um filme de açao complexo que explica o inexplicavel e nesse particular obviamente que me parece que o filme e algo que nos deixa dar uma gargalhadas mas esta longe de convencer na coesao ou logica do seu argumento e muito menos quando abandona o humor para a açao central.
Dai que mesmo nao seja um pessimo filme porque consegue principalmente na sua fase inicial e muito potenciado pelo humor das personagens ser um filme interessante que vai do mais ao menos ficando a sensaçao que existem personagens que sem razao sao completamente abaondadas ou outras que quase nao sao exploradas, peca por um excesso de personagens no grupo central quando na verdade apenas alguns interessam.
O filme falha na logica das explicaçoes da ligaçao da terra aos aliens, do contacto pela personagem mais pequena, na resoluçao, na diferença de especies nas razoes, tudo e confuso, sem sentido, pouco interessante, e apenas a violencia gratuita das mortes nos leva um pouco para os primeiros filmes. Numa saga com tantos adeptos acho que Black falha por dar o toque comico que muitos nao vao aceitar mas que ainda acaba por ser o melhor do filme.
A historia fala de um grupo de ex militares que vai se juntar para tentar impedir um ataque de uma força alianisna com muito poder e armas de ultima geraçao onde o contacto vai ser apenas conseguido com a ajuda de um menor autista.
EM termos de argumento e principalmente no corpo narrativo do filme parece que tudo nao é bem conjugado, as explicaçoes, algumas personagens o desfecho da historia. Funciona bem melhor naquilo que Blacke e mestre, no valor comico dos dialogos e ai deixa-nos ter algumas gargalhadas mais pelo insolito do que propriamente pela piada em si.
Como realizador Black tinha tido sucesso sempre ate ao momento numa carreira curta e sem risco. Aqui tinha um trabalho dificil, o filme tem produçao, tem violencia mas falta-lhe principalmente um argumento minimamente consistente. O pior filme ate a data do realizador.
No cast a aposta do realizador foi em actores em ascendente de carreira e se Hallbrock encaixa bem no perfil que o realizador quer para as suas personagens, existem outros que me parecem sofrer de personagens pouco desenvolvidas como Tremblay, Michael-Key, fica sensaçao que o elenco vale mais do que proveito que o filme tira dele.

O melhor - Os apontamentos comicos e rebeldes do filme.

O pior - A forma como o argumento nao tem qualquer consistencia nas suas explicaçoes

Avaliaçao - C

Thursday, November 15, 2018

The Wife

Existe alguns misterios nas estrategias de lançamento dos filmes que podem ser dificeis de entender. Uma dessas estrategias foi o decorrido em The Wife, um filme que foi exibido em 2017 no festival de Toronto com boas criticas, mas insuficientes para potenciar o filme em termos de premios, pese embora os louvores prestados a interpretaçao de Close. Para nao perder as chances optou-se por estrear o filme um ano depois de forma a esperar uma menor competiçao para o oscar de melhor premio e assim finalmente viu a luz do dia este filme, com criticas aceitaveis, principalmente para Close e com um registo comercial simples que nao danifica a procura do premio.
The Wife é um filme de uma relação e as vicicitudes da mesma, e nas caracteristicas unicas dessa relação que o filme tem a sua maior valia, na intimidade, nas diferenças nos momentos maus e bons que ao longo do filme vamo assinstindo e partilhando com um casal longe de ser perfeito ate ao seu tragico final. E um filme que nos parece sempre querer ir para o cliche policito mas que nunca cai nele, pelo balanço, por ser um filme de pesos pensados entre cada um dos pontos que o filme quer tocar e isso dá-lhe um teor adulto, e claramente emocional.
Podemos queixar-nos que o filme tem alguns cliches, principalmente na forma como a sua revelação final vai sendo demonstrada em promenores ao longo do filme e mais que isso na forma como a mesma acaba por ser menos impactante do que poderia se pensar. Mas o filme acaba por ser polemico nas definiçoes de um casal, mas nao deixa de ser uma boa manifestação da simbiose ainda que estranha entre ambos os elementos.
The Wife é um filme de impacto rapido, um filme que sabe aproveitar a riqueza das personagens sustentadas em boas interpretaçoes para funcionar nos seus objetivos definidos. Nunca tem alcance para ser uma obra prima mas acaba por ser um filme interessante daquilo que pode ser um trabalho de grupo dificil de aceitar emocionalmente mas que racionalmente possa ter sido uma opção aceite entre ambos.
A historia fala da mulher de um famoso escritor e a forma como ficou na sombra do mesmo até ao momento em que o ele se desloca a Suecia para receber um premio nobel.
O argumento é racional e maduro, nao cai no facilitismo emocional e preocupa-se em complexificar um problema que noutros filmes de menor qualidade seria mais simplista. Aqui parece-me que o filme funciona bem tendo como base personagens bem criadas e potenciadas.
No que diz respeito à realização Bjorn Rungue tem aqui o seu filme mais visivel numa abordagem mesmo assim simplista, de um filme pequeno que tem toda a sua força no argumento e na realização. Com a visibilidade deste filme podera ser mais um europeu a ganhar espaço no cinema universal de Hollywood.
No cast Close tem um papel presente, nao sendo algo de nos deixar de boca aberta a sua capacidade e presença no papel funcina. Talvez excessiva a unanimidade em torno de um papel que é muitas vezes simples, e empolgado por um Pryce de bom nivel, deixam principalmente neste duo um registo que funciona acima de tudo em conjunto.

O melhor - A forma como o filme vai ao fundo do problema com pros e contras

O pior - Nao e um filme de impacto emocional imediato

Avaliação - B-

Tuesday, November 13, 2018

River Runs Red

Existem actores que fruto de carreiras que foram perdendo fulgor se tornaram em autenticos icons do cinema serie B. Alguns desses actores são Taye Diggs e John Cusack que se juntam nesta especie de policial com toques de Thriller de vingança, marcadamente serie B mas que conseguiu ver a luz do dia em cinemas selecionados nos EUA. Os resultados foram de acordo com a expetativa, criticamente um desastre em toda a linha e comercialmente a falta de ingredientes apelativos tornaram-no um filme quase sem espetadores.
A vingança e a violência policial racial são temas fortes e ainda na ordem do dia no cinema americano, que ja deram origem a diversos filmes alguns com qualidade outros como este que apenas tem a ideia e que depois não a conseguem conjugar de uma forma competente, tornando-se rapidamente naqueles filmes com tantos defeitos que é impossivel deixar passar. Tudo no filme parece encaixado para tentar fazer resultar a ideia, desde as mudanças nas personagens, passando por um estilo agressivo que rapidamente se torna lamechas, e mais que isso a falta de bagagem as personagens o que torna tudo num classico serie B que é facil não gostar.
Os buracos no argumento são tantos que ninguem consegue perceber como começar, desde logo a falta de investigação à morte, personagens que aparecem que desconhecemos o que elas na realidade são e mais que isso relações em termos de casais completamente inexistentes.
E se em termos de argumento o filme é um desastre completo, também em termos de produçao e interpretaçao o filme não é melhor, a banda sonora de suporte, a forma como as sequencias de maior tensao emocional são gravadas definem bem um genero de filme que foi elaborado para ser um desastre.
A historia fala de um juiz afro americano que ve o seu filho ser abatido numa operação stop por um policia, percebendo que nada ira acontecer ao homicida do seu filho decide fazer justiça pelas proprias maos.
A base do filme e completamente gasta, quer na questão racial pouco sustentada mas mais que isso nos filmes de vingança sem contexto ou mais que isso sem amadurecer a ideia. O filme e um desastre completo nas especificidades do argumento, principalmente na introduçao de personagens.
Na realizaçao Wes Miller é um realizador com escola afro americana que ainda permanece totalmente desconhecido e pelo que apresenta neste filme tal situação não irá de maneira alguma mudar. Um cliche afro americano do primeiro ao ultimo minuto.
No cast temos um Diggs a comprovar porque nunca saiu do lado B do cinema, um Cusack que explica bem como foi la parar, mas o destaque pela negativa vai por completo para Jennifer Tao, um desastre interpretativo como há muito nao via.

O melhor - O alerta racial é sempre um fundamento politico.

O pior . O filme rouba todos os cliches da serie B tornando-os ainda piores

Avaliaçã
o - D-

Saturday, November 10, 2018

The Gir in the Spider Web

Não é facil uma franchising perder de um primeiro para o segundo filme não so a dupla de protagonistas mas acima de tudo um realizador como David Fincher. Era obvio que em termos de aposta do estudio este segundo capitulo dos conhecidos livros suecos na versão americana ia ser naturalmente um filme menor em termos de dimensão. O que nao se esperava e que esta desaceleração em termos produtivas terminasse num falhanço critico devido as avaliaçoes pouco entusiasmantes e mais que isso comercialmente onde os resultados quase que colocam fim a possibilidade da sequencia ser fechado.
Eu confesso que nao e facil alguem trazer um filme que poucos anos antes tinha visto a luz com algum sucesso no cinema sueco. Fincher tentou e pese embora criticas interessantes percebeu que não era cinema para si, abandonando o projeto que ficou de imediato orfão. E aqui mais uma vez parece orgão não so de protagonistas mas de ideias, principalmente na forma como o filme não consegue fazer salientar personagens que quase que funcionam por si so, causando um demerito assinalavel no filme.
OUtro dos problemas do filme e a sua previsbilidade ao ser um filme que perde demasiado tempo em motas e seguimentos de carros sao as personagens que ficam vazias e quase nos determina num exercicio de logica todos os passos do filme, e num thriller de suspense isso e dos maiores erros que um filme pode ter principalmente quando na abordagem e quase sempre confuso e pouco interessante.
Esta e a demonstração que depois de tantos abandondos do projeto deveria ser percetivel que as coisas nao iam funcionar ainda para mais quando tudo e novo no filme e muitos dos personagens acabam por ser corpos demasiado estranhos. A opção por um sotaque ingles sotaque e o excesso de suecos no filme é incompreensivel ja que se quisermos ver os personagens no habitat natural vemos a versao original.
O filme segue a forma como Liseth continua a vingar-se dos homens que mal tratas as mulheres ate que se ve envolvida no roubo de uns codigos para acesso a armas militares e ai começa a sua luta pela sobrevivencia e por garantir que tais codigos nao caem em maos alheias.
O argumento do filme nao funciona, primeiro porque o filme nunca consegue nos dar verdadeiras personagens e porque a intriga pela forma como a mesma e abordada acaba por ser demasiado previsivel e nao funciona no impacto que deveria ter.
Fede Alvarez tinha um trabalho muito dificil, substituir Fincher sem os protagonistas deste e falha, principalmente porque naquilo que depende dele e sempre totalmente repetitivo. Depois de um bom filme de terror Alvarez deixa alguns passos falhando num filme com mais expetativa.
Eu acho Claire Foy boa actriz mas o filme nao trabalha a personagem como o fez com Mara, e dai a sua prestação ser uma desilusão que começa desde logo na caracterizaçao. A falta de actores de primeira linha e personagens pouco trabalhadas acaba por não ser impulsionado por actores de um segunda linha.

O melhor - O trabalho nao era facil.

O pior - Mas o filme falha quase em toda a linha

Avaliação - D+

Kin

Existem projetos de grande orçamento por parte de produtoras menores que rapidamente se consegue perceber quer pelo conteúdo quer pelas pessoas envolvidas não vai conseguir ser um sucesso. Kin é destes filmes desde logo pela falta de figuras de primeira linha como protagonistas e depois porque desde logo parece uma aventura alienista de segunda linha. Tudo percebeu-se ir de encontro a esta expetativa no momento em que surgiram as primeiras avaliações, bastantes negativas para o filme que acabou por se tornar num dos grandes flops comerciais do ano.
Kin é um filme de processos simples, e uma base ainda mais simples, naquilo que é um jogo de fuga das personagens centrais a perseguiçao de uma serie de viloes. E um filme com um registo suave, com uma toada quase de comedia, mas que nunca consegue em si ter qualquer tipo de graça natural nas personagens nem na central quase sempre em tom monocordico mas tambem nas relações que a mesma vai estabelecendo.
POdemos dizer que a irreverencia da personagem de James Franco e o elemento mais diferenciador do filme, mas parece completamente fora do registo mais tradicional que o filme tem, sendo nossa ideia que tal tornou-se numa criaçao do interprete que fez a personagem a sua maneira esquecendo que tem um filme quase juvenil mas que no argumento nunca o é.
Kin nunca é uma grande produçao estetica por um lado, com efeitos especiais quase inexistentes e por outro lado nunca tem no seu argumento qualquer elemento que o distinga, mais parece sempre ser um filme demasiado previsivel, até ao momento da revelação final, que acaba por ser completamente obsoleta para aquilo que vimos, e essa tentativa acaba por ser um trunfo guardado para algo que ninguem consegue perceber ao certo o que.
A historia fala de um jovem adotado que encontra uma arca com um poder especial, e que acaba por ter de fugir com o irmão seguido por um grupo de bandidos perigosos a quem deve dinheiro, e também de um grupo de seres estranhos que querem recuperar a sua arma.
NO argumento uma historia sem grande desenvolvimento, pouco trabalhada em termos de dialogos e personagens e principalmente uma historia com muita dificuldade de encontrar o seu estilo proprio.
Na realizaçao os irmaos Baker sao a base do filme que tem origem numa short elaborada pelos mesmos. COm alguns meios parecem nao conseguir tornar o filme grande ou maduro e isso e um problema para quem se exibe numa longa duraçao pela primeira vez, que e ter meios e ninguem dar por eles.
No cast Jack Reynor foi um jovem actor que alguns pensavam poder tornar-se numa figura de primeira linha que contudo nunca deu o salto e aqui percebemos alguma falta de carisma ou versatilidade. AO seu lado um Franco com um papel particular mas totalmente desencaixado do filme e pouco mais.

O melhor - A irreverencia da personagem de Franco

O pior - A forma como o filme nao se encontra entre o juvenil e açao irreverente

Avaliação - D+

Equalizer 2

Muitos no inicio do ano louvaram o facto de pela primeira vez Black Panther ter trazido a ação um heroi afro americano. Certo e que anos antes Fuqua e Washington tinham trazido esta especie de heroi dos suborbios e dos tempos modernos num filme de açao pura que se tornou um sucesso e que permitiu aqui a sua natural sequela. Os resultados do filme foram algo semelhantes ao primeiro filme, com alguma divisao ou indiferença critica, mas com valores comerciais principalmente nos EUA interessantes e que podem abrir espaço a um terceiro filme.
Equalizer nao e um filme complexo, nao e um filme de exigencia de atençao dos seus espetadores, sendo antes um tipico filme de acçao tipo b, onde toda a mais valia acaba por ficar centrada da dureza das sequencias de luta e por alguns apontamentos de realização in action que funcionam pelo menos na duraçao dos mesmos. Acaba por nunca ser um filme que consiga criar uma intriga de paralizar o espetador mas rapidamente conseguimos perceber que a personagem de Washington tem o carisma essencial para um filme com este estilo.
E por isso um filme mais de estilo do que de qualidade, com uma narrativa simples, usada e nem sempre original, com um twist extremamente previsivel o que faz deste filme algo obvio, mas isso em momento algum lhe retira algum corpo sustentado numa personagem que é facil de empatizar mesmo quase nada sendo conhecido sobre a mesma.
Ou seja um filme de ação trabalhado do ponto de vista tecnico de um grande estudio que tem uma base teorica simples apostado claramente num impacto comercial mais do que critico. Obviamente que podemos dizer que existem muitos mais herois deste tipo de filmes com mais impacto do que esta personagem mas nao e a mesma que deixa defraudar os amantes deste estilo de filme.
A historia fala de um ex-assassino profissional que luta pela defesa das pessoas em dificuldades que vai perceber que os seus ex-parceiros se encontram em perigo e que ele proprio tera de lutar pela sobrevivencia dentro de um plano que tem por objetivo o aniquilar.
Em termos de argumento e claramente um filme simples, direto ao ponto e com poucos apontamentos de intriga de realce. Parece que o twist do filme e extremamente obvio e neste tipo de registos acaba por ser um defeito assinalavel.
Fuqua e um realizador que nunca conseguiu dar o salto para o primeiro plano, colecionando filmes de meio da tabela depois de um inicio prometedor com Training Day. Tem aqui apontamentos interessantes principalmente nas sequencias de açao embora para dar o salto que ele espera nao e com este tipo de registo.
Washington encaixa perfeitamente neste tipo de registo de heroi com um passado obscuro e em personalidades com arrogancia no limite certo.NAo e obviamente o melhor papel de Washington mas e daqueles que faz variar a sua carreira. Falta um vilao de peso ao filme.

O melhor - O carisma da personagem central

O pior - O twist extremamente previsivel

Avaliação - C+

Friday, November 09, 2018

Dog Days

Cada vez menos as grandes produtoras e distribuidoras apostam em filmes centrados em comedias simples para toda a familia, dai que foi surpreendente um filme deste genero ter conseguido uma distribuição wide, mesmo tendo como elemento agregador os cães que são sempre um trunfo comercial. Contudo os resultados obtidos pelo filme foram a prova inequivoca que este e um genero desatualizado e se criticamente o traidicionalismo da abordagem até nem foi muito prejudicial, em termos comerciais os resultados foram um desastre o que demonstra bem que este e um genero em completo desuso.
Sobre o filme eu confesso que esta comedia emocional simples já foi bastante gasta principalmente nos anos 90 pelo que é diferente ver um novo filme com os mesmos contextos e formulas de há uns anos atrás e perceber que tudo esta desatualizado e que este cinema simplista e positivista deixou de toda a forma de ter lugar nas produçoes e que se encaixa pouco no contexto evolutivo atual.
Claro que se trata de um filme simpatico que transmite boas vibrações, nao so no carinho entre pessoas e animais mas tambem no facto de ser um filme com um sublinhado totalmente positivo., isso contudo em momento algum disfarça o facto de se tratar de um filme monocordico pouco criativo ou original, perdendo ainda pelo facto de nao ter conseguido chamar a si actores de primeira linha.
Ou seja um filme de contexto simples, claramente mais pensado com o coração do que com a  cabeça, recheado do primeiro ao ultimo minuto de cliches, mas que de alguma forma pelo facto de ja nao ser visto a muito tempo filmes assim tao simples acaba por ser simpatico, mesmo que os seus defeitos sejam claramente percetiveis a olho nu.
A historia fala de diversas pessoas e as suas ligações com os cães e a forma como isso acaba por alterar a forma como todos se começam a relacionar e o impacto dos animais na vida de cada um.
E um argumento simplista e pouco original, mesmo em termos do humor moderado que acaba por ter, essencialmente fisico parece-me um filme algo desatualizado, mas é inquiveco que é um filme com boas vibraçoes, e isso para o objetivo do filme acaba por ser cumprido.
Na realizaçao Ken Marino mais conhecido como actor de comedia do que como realizador teve o ano  passado um sucesso com um filme com registo semelhante, e que demonstra bem o seu estilo enquanto realizador
No cast podemos dizer que temos actores de segunda num filme que nao exige particularmente nada aos seus interpretes para alem de alguma capacidade de fazer humor fisico o que mesmo aqui não é propriamente exigente.

O melhor - As boas emoçoes que o filme dá

O pior - Totalmente desatualizado no estilo

Avaliação - C

Thursday, November 08, 2018

The Miseducation of Cameron Post

O festival de SUndance é um autentico expositor de novos realizadores e mais que isso de novos conceitos do cinema independente, razão pela qual de lá nasceram alguns dos realizadores mais proeminentes da atualidade como Damien Chazelle entre outros. Na competiçao deste ano o premio de melhor filme dramático acabou por ser atribuido a este filme, que pese embora esteja longe da unanimidade critica que outros vencedores de Sundance ja tiveram acabou por ser aquele que recolheu maior consenço. Contudo não tendo impulso suficiente para a temporada de premios acabou por estrear a meio do ano sem grande alarido o que acabou por manifestar algumas dificuldades no boxoffice.
Sobre o filme desde logo temos um tema forte como a homossexualidade adolescente em comunidades rigidas em termos religiosos. Este tema e principalmente o facto do filme se debruçar na pessoa em si e nao em filosofias baratas de aceitação acaba por ser o maior segredo do filme, pese embora o torne algo intimista e sem o impacto que outros filmes com o mesmo tema mais duros podem ter principalmente junto do grande publico.
Alias a forma como o filme não divide tudo em bons e maus, mas em prepetivas diferentes relativamente a este assunto acaba por ser adulta e madura, mas em termos de cinema podera tirar algum peso que a tirania do contexto onde esta colocados poderia ter. Nisso estamos perante um filme amadurecido sobre um tema forte, e que rapidamente se torna num filme onde pessoas na mesma situação partilham espaço e experiencias.
Um filme interessante sem o impacto para grandes voos, e longe de ser um grande filme porque nunca parece ter essa ambição. Um filme marcadamente independente com o intimismo da personagem central, não tendo problema em abandonar os aspetos que deixam de ser relevantes para a vivencia da mesma.
A historia fala de uma adolescente que é descoberta a manter atos sexuais com uma colega e que acaba por ser enviada para um grupo de tratamento à homossexualidade com bases religiosas, onde vai encontrar outras pessoas da mesma idade na mesma situação.
Em termos de argumento não sendo um intriga brilhante, acaba por debruçar a problemática da não aceitação de uma forma intimista, da forma como se vai sentindo a personagem e quem a rodeia na mesma situação. O filme acaba por ser assumidamente mais intimo mas funciona neste objetivo.
Na realização Desiree Akhavan é uma ainda jovem realizadora que tem marcado o seu trabalho pelo tema da homossexualidade. Aqui tem uma realizaçao simples, inimista, sem grandes truques. Parece claramente que o filme chama a sua atençao mais pelo argumento do que pela sua forma. Ganhar Sundance é sempre um bom cartão de visita.
O cast temos uma Grace Moretz a procura de um cinema mais independente que dê a base para a sua carreira enquanto adulta. O filme vale mais que a sua interpretaçao que poderia na minha opinião ter mais chama, isso denota-se quando acaba por perder grande parte das cenas para os seus colegas de cast.

O melhor - A forma como nos dá uma abordagem diferente de um assunto cada vez mais cinematografico

O pior - Fica a sensação que Moretz devia dar mais ao filme.

Avaliação - B-

Wednesday, November 07, 2018

The Nun

James Wan é sem sombra de duvida neste momento o maior valor comercial do terror, principalmente pelo lançamento de obras como Insidious e mais recentemente toda a expericencia cinematografica de The Conjuring nos diferentes Spin Off. Este filme, uma produçao de terror elevada é mais um spin off de The COnjering indo mais atrás no tempo. O resultado critico do filme ao contrario da maioria dos filmes do Franchising foi desolador, pese embora a expetativa em torno do seu lançamento. Pese embora esta recepção critica menos positiva, este era o filme de terror com mais impacto comercial do ano e não desiludiu, com resultados extremamente interessantes e que fazem de The Conjuring uma obra de referência em termos de resultados comerciais no que ao terror diz respeito.
The Nun e um filme em todos os pontos mais simples e mais direto do que os outros filmes deste franchising isso percebe-se de imediato na sua duração mais curta, mas na forma como rapidamento nos leva ao centro da ação. E aqui tem duas analises distintas, se por um lado e um filme mais ritmado, e com alguns apontamentos tecnicos de terror interessante, por outro lado o filme nunca consegue ter uma consistencia narrativa que o demarque do lado B do terror que tantos filmes de pouca qualidade nos trás.
Esta falta de sumo, ou melhor de alicerces no arguemento do filme e um problema claro, porque no final apenas temos uma historia simples de evocação de espirito, uma tentativa de sobreviver e nada mais, num final algo desorganizado com imagens pouco relacionadas, e que faz certamente este ThE Nun um dos piores filmes do franshising se nao mesmo o pior.
FIca a ideia que The Nun ao contrario dos filmes anteriores tem o unico objetivo de ganhar dinheiro com pouco trabalho, sente-se que o filme tem alguma tecnica em termos produtivos e estetico mas que perde completamente no trabalho narrativo de base. Sendo um filme que tenta ir a base de toda a saga deveriamos tem mais trabalho de contextualizaçao de personagens e acima de tudo mais ligaçao com os primeiros filmes.
A historia fala de um padre e uma quase freira que se deslocam até uma pequena ordem religiosa na ROmenia de forma a investigar um suicidio que ali decorreu até que se deparam com a presença de um espirito maligno.
Em termos de argumento o filme e demasiado simplista, podendo mesmo se considerar algo preguiçoso na forma como não nos trabalha as personagens e como quase nao se conecta com os filmes anteriores. Temos um filme fraco de terror.
Na realização com Wan fora do barco foi Corin Hardy que ficou com o leme desta nova linhagem do franchsing, um realizador totalmente desconhecido oriundo dos video clips que tem um trabalho com algum detalhe tecnico mas que nem sempre principalmente na parte final é suficientemente objetivo para funcionar. A ver se esta primeira colaboração pode ser apenas um treino para filmes mais interessantes.
No cast temos uma dupla de actores de segundo plano Birch que nos ultimos anos se tem dedicado a uma cinema mais universal que tem um papel extremamente redutor e Taissa Farmiga que nos parece apenas curioso por ser irmã de Vera Farmiga a protagonista maior do franchising.

O melhor - Alguns apontamentos esteticos de terror.

O pior - Um argumento reduzido ao maximo

Avaliação - D+

Slender Man

O cinema de terror adolescente deve ser dos generos mais presentes todos os anos nos filmes que são lançados em Wide Release nos EUA, muitos desses filmes com um naipe de actores quase desconhecidos e historias repetidas com o objetivo unico de arrecadar alguns milhoes para a produçao seguinte. 2018 nem tem sido um ano pródigo neste tipo de projetos contudo este Slender Man encaixa perfeitamente no genero, tendo obtido os resultados tipicos do mesmo, um desastre completo do ponto de vista critico e comercialmente resultados simples muito por culpa do publico adolescente.
Sobre o filme eu acho que todas as fantasias adolescente e infantis ja tiveram o seu filme sendo que este é mais um dos mitos americanos a ter o seu filme com o cliche repetitivo de uma base igual a tantas outras, da evocação na primeira fase e posteriormente a perseguição. Esta base do filme igual a tantas outras demonstra logo a falta de criatividade gritante que o filme tem na sua construção mas que torna pior no seu desenvolvimento.
Porque é aqui que o filme acaba por ser um desastre completo, na forma como depois de iniciado se desenvolve, o filme acaba por ser uma serie de personagens inexistentes que aparecem e desaparecem algumas delas sem qualquer relevo para o filme, com uma serie de pontas soltas que nos faz pensar se existiu esquecimento deliberado pensando num segundo filme, o que seria a todos os niveis megalomano.
A conclusão do filme não faz qualquer sentido, num dos piores filmes de terror que me lembro nos ultimos anos a todos os tempos, desde logo na historia de base sem qualquer tipo de novidade, e mais que isso um desenvolvimento desorganizado, desinteressante que tem o seu ponto pior numa conclusão sem sentido, previsivel e mais que isso sem conseguir criar qualquer impacto no espetador.
A historia fala de um grupo de amigas que numa noite juntas acabam por evocar a presença do Slender Man que desde então acaba por começar a seguir uma a uma.
Em termos de argumento a historia habitual do cinema de adolescente na base da intriga do filme mas que não consegue em momento algum ser organizado naquilo que nos quer dar, fornecendo um dos piores argumentos que me recordo em termos de filme de terror, que tem o epicentro numa disparatada conclusao que esquece ao longo da sua duração personagens que se pensavam relevantes.
Na realizaçao Sylvian White é um realizador com alguma experiencia e que nos ultimos tempos esteve mais proximo da televisao, e com este tipo de trabalho o mais provavel e nao sair mais deste tipo de trabalho rotineiro. Este filme nao tem qualquer impacto no espetador e isso e o pior que um filme de terror pode ter
No cast um conjunto de jovens a maior parte delas desconhecidas do grande publico, com papeis faceis, tipicos em filmes de adolescentes, sem qualquer apontamento que mereça destaque.

O melhor - E um filme curto

O pior - A forma como ainda se fazem este tipo de produçoes e conseguem alguma distribuição.

Avaliação - D-

Sunday, November 04, 2018

Christopher Robin

Muitos se perguntam porque razão a Disney quase nunca arrisca nas suas historias de base em reinventar as mesmas dar-lhe uma continuidade. Desde Hook que não viamos um projeto deste grau de ambiçao, que é dar-nos as personagens das historias conhecidas num contexto diferente. Este e o ponto de partida deste peculiar projeto live action da disney, dar-nos um Christopher RObin adulto. Os resultados criticos do filme foram demasiado medianos para o risco em questão, já comercialmente para a DIsney não foi brilhante mas tendo em conta a o caracter do filme até podemos considerar os resultados positivos.
SObre o filme podemos começar por o apelidar de estranho, numa fase inicial onde é fornecida demasiada informação fica a sensação que essa intimidade da personagem com os bonecos devia ser mais trabalhada, mais emotiva, para poder funcionar o que vem depois, e nisso parece que o filme não se cimenta em alicerces fortes.
Alias a primeira parte do filme é demasiado impercetivel, desde o aparecimento de Pooh, até à viagem ao mundo do mesmo, o filme parece demasiado desligado e pouco emotivo, muito por culpa de um Christopher Robin que enquanto personagem nem sempre é bem contextualizado, ficando a sensação que a DIsney neste particular falha no que é mais prodiga ou seja no transmitir de emoçoes. 
COm os dados lançados o filme funciona melhor, fazendo funcionar o lado tradicionalista das personagens, um humor familiar e principalmente uma realização familiar que homenageia a historia de base com apontamentos muito proprios. Parece-me ser aqui que o filme tem os melhores pontos, num resultado final com bons momentos mas longe do sucesso e da objetividade disney
A historia fala de Christopher Robin ja adulto e na forma como este volta ao mundo de Pooh de forma a tentar reativar a sua relação com a filha e nao falhar na sua execução profissional.
Em termos de argumento a historia não é facil de base, e o filme tem dificuldade em a tornar objetiva, muito por culpa de querer e demasiado cedo para a intriga central do filme e nao conseguir potenciar a base emotiva de ligação entre as personagens para o filme funcionar.
Marc Forster teve num filme sobre um escritor de uma historia juvenil o seu maior sucesso critico, pela beleza que imprimiu a historia e aqui demonstra mais uma vez o rigos estetico que faz funcionar historias bonitas mais tradicionais. Num realizador que se dedicou algo a filmes de ação fica a sensação que é neste plano que pode colher mais frutos.
NO cast quase nenhum risco, para tradicional infantil Mcgregor encaixa perfeitamente no estilo e cumpre na perfeiçao os objetivos curtos da personagem. Nao existe muito espaço para mais papeis ja que o restante de destaque e quase sempre animaçoes.

O melhor - Alguns apontamentos de realizaçao fieis a historia de base

O pior - O despredicio de um inicio emotivo que poderia ser a base para tudo o resto funcionar melhor

Avaliação - C