Wednesday, October 28, 2020

The Devil has a name

 Existem filmes que foram produzidos para ser de segunda linha que fruto de uma alteração total na forma como o mundo e a industria do cinema mudou acabou por ganhar algum protagonismo ainda que neste caso diminuido. Este filme sobre os combates legais das grandes empresas contra proprietários não foi propriamente muito bem recebida do ponto de vista critica, sendo que comercialmente numa altura em que não existe espaço os resultados acabaram por ser os esperados.
Sobre o filme podemos dizer que temos um filme que em alguns segmentos e de tal forma confuso que lhes tira alguma força de algumas opções. Essencialmente no que diz respeito a estrutura organizativa da empresa parece que o filme e algo confuso relativamente as posiçoes e acima de tudo a ideologia, deixando o filme algo expectante relativo aos movimentos dos atores daquele lado.

Do outro lado da barricada o filme e mais simplista e mais igual a muitos outros filmes sobre a mesma tematica quer na forma como sublinha a honra do protagonista, mas também na forma como a relação entre o advogado e cliente e tornada, sendo tambem obvia a forma como a sequencia de tribunal se vai desenvolvendo.

Ou seja um filme de segunda linha que acaba por ser expectavel em todos os seus procedimentos, em temas que muitos outros de uma forma muito mais capaz já foram capazes de desenvolver. Fica a ideia que o filme acaba aproveitar essas fragilidades mas fica a ideia que deveria definir melhor partes para sert um telefilme igual a outros.

A historia fala de uma grande companhia de eletricidade culpada pela contaminação de aguas que conduz a uma batalha judicial contra um proprietário de terrenos que não quer vender as terras como quer responsabilidade pela forma como os seus terrenos foram danificados.

No argumento parece-me que o filme é algo curto em muitos dos seus movimentos. Principalmente na definição de algumas personagens esconde-as demasiado o que não fornece particularmente força para aquilo que cada uma depois vai exercer. Nao e propriamente um argumento de primeira linha.

Na realizaçao o ator Edward James Olmos ganha este papel numa quase estreia de um actor conhecido. O trabalho e simplista muito determinado pela historia em si, mas não sai do estilo telefilme possivel. Nao temos risco e normalmente isso não faz criar realizadores.

NO cast temos um conjunto de atores de segunda linha interessante com resultados interessantes. Starthain e sempre garantia de competencia, e aqui volta a ser. Do outro lado e Pablo Schreiber que tem mais destaque.


O melhor - A denuncia sempre presente neste tipo de projeto


O pior - A forma como o filme não consegue ir para alem do seu conceito


Avaliação - C



Tuesday, October 27, 2020

Borat: The Subsequent Movie.

 Gravado em pleno inicio de pandemia com o objetivo de ser lançado e principalmente fazer uso dela previamente as eleiçoes americanas eis que surge o novo capitulo de Borat e da irreverencia quase doentia de Bohen Cohen. Este segundo filme segue muito do que o primeiro nos trouxe e conseguiu novamente algum conceito critico. Tambem apostado em fazer rentabilizar a Amazon Prime sera uma das maiores apostas da aplicação em termos comerciais.

Com Borat ou com Cohen nos podemos esperar sempre tudo, e aqui temos isso, um conjunto de sequencias que apanha grandes quadrantes e com o seu papel denunciante e ironico eis que novamente temos COhen no seu extremismo que funciona em termos comicos como poucos conseguem fazer, mesmo que na historia ja como no primeiro filme as coisas sejam apenas contextuais.

Neste segundo filme Cohen da o protagonismo a uma jovem atriz bulgara para fazer funcionar o seu estilo apanhados e isso acaba por funcionar mais que tudo porque conseguiu introduzir-se perfeitamente onde queria. A ironia do estilo e algo completamente unico e alguns dos momentos que ja tinhamos vistos num video viral denunciador esta no filme.

Mais que um filme uma analise, uma satira com toda a rebeldia como apenas Bohen Cohen consegue fazer. O filme e precisamente o que ele quer que seja num mismo de argumento e apanhados que nos diverte ao longo de hora e meia.

A historia fala-nos de BOrat que caido em desgraça vai ter de salvar as relações do cazaquistao com os EUA, tendo que entregar uma prende a Mike Pence que inicialmente seria um macaco mas que acaba por ser a propria filha.

Em termos de argumento temos o estilo e a ironia tipica de Cohen com o seu exagero. O filme funciona e tem graça e consegue imprimir aquilo que o filme quer transmitir, mesmo com todo o lado mais imprvisado.

Na realizaçao Woliner tem aqui a sua estreia num filme que pensado por Bohen Cohen e que acaba por ser apenas um tarefeiro. Nas sequencias de Cazaquistao poderia ser mais bem trabalhado mas está longe de nao ser efetivo.

O cast tem um Bohen Cohen que e perfeito neste papel, ou não fosse o papel de uma vida. Ao seu lado uma surpreendente Maria Bakalova que acaba por ser o braço direito e muitas vezes roubar o filme ao proprio comediante. A grande surpresa do filme.


O melhor - A ironia de sempre


O pior - Em termos de argumento o filme e apenas um contexto para a mensagem


Avaliação - B-



Unhinged

 Numa altura em que o pior parecia ter passado surgiram algumas tentativas de alguns filmes exprimentarem o barometro do publico. Um desses filmes foi este simples filme de ação com um temivel Russel Crowe de procedimentos simples, sem muito que pensar. Claro que o filme teve poucos atributos por si so para chamar as pessoas ao cinema, muito por culpa tambem de uma receção critica muito longe de ser interessante.

Sobre o filme temos um filme de procedimento simples, baseado em alguns classicos como a estreia de Spilberg, depois parece que o filme se torna demasiado exagerado em todas as suas escolhas e principalmente na escalada que assume que torna o filme logo demasiado ivermosivel. Outro dos problemas do filme e que a personagem central esta longe de ser brilhante e o filme não perde um minuto a tentar explicar as razões ainda que insjutificadas para que isto tivesse lugar.

E um filme curto, direto ao ponto, mas ao mesmo tempo previsivel, desde o momento em que percebemos o que o filme vai ser conseguimos perceber as diferentes escolhas que a historia vai tendo ao longo da sua duração, e isso torna o filme essencialmente uma historia de entertenimento rapido mas muito limitado.

Era facil perceber que não seria com este tipo de filmes que as pessoas regressariam ao cinema, desde logo porque se trata de uma historia e um estilo ja usado e porque se percebe que mesmo estando com Crowe no cast percebe-se a curta forma do ator na construçao de uma personagem que também sofre e muito com o argumento que lhe e dado.

A historia fala de uma mãe solteira que acaba por interagir numa discussão de transito com um psicopata que começa a segui-la de forma a vingar-se do simples facto de não lhe ter pedido desculpa.

Em termos de argumento parece-me uma historia previsivel, simples igual a muitas outras que sofre pelo facto de nunca conseguir dar seguimento as suas curtas personagens. Tudo torna-se demasiado obvio e o filme acaba por ser um simples thriller exagerado.

Na realizaçao Derrick Borte tem aqui o seu trabalho mais vistoso, mas longe de grande brilhantismo parece sempre demasiado preso aquilo que o protagonista quer fazer mas nem sempre o argumento e mesmo crowe conseguem fazer o filme render.

No cast temos um Crowe num papel dificil mas que nao e propriamente convincente. Ja o vimos a fazer de vilão com bem mais empenho e mais que tudo com outro tipo de atributos, embora muito da culpa seja da forma como a personagem nao cresce. Nos secundarios pouco ou nennhum risco.


O melhor - A simplicidade da historia


O pior - Mais do mesmo


Avaliação - C-



Sunday, October 25, 2020

Rebecca

 AInda neste Outubro de warmup eis que surge mais um filme NEtflix desta vez um remake de um filme conceituado de 1940 com um elenco de primeira linha que contudo esteve longe de convencer a critica com avaliaçoes essencialmente medianas, e mais que isso não parece ter reunido grande impacto do ponto de vista comercial, quando comparado com outros filmes do mesmo genero.

Sobre o filme podemos dizer que acima de tudo temos um filme algo confuso. Podemos pensar que determinadas linhas narrativas ate podem funcionar em termos de relações mas que o filme nunca consegue potenciar desde o seu inicio na forma como a relaçao central e introduzida, mas tambem com exceçao da integraçao da governanta fica sempre a ideia que o filme não é propriamente feliz na forma como vai introduzindo os seus elementos.

E isso faz que quando se começa a desenvolver a sua intriga ou o filme começa a descobrir alguns dos seus guiões o filme não ganha intensidade sublinhando sucessivamente os seus maneirismos de uma forma demasiado complexa para funcionar. Fica a ideia que essa falta de objetividade em demasiados momentos e muito frustrante para aquilo que o filme quer na verdade ser.

Ou seja um remake que nos parece ser criado com o objetivo apenas de ser mais um filme netflix. Nao nos parece nunca ser uma grande aposta ou daqueles filmes com objetivos muitos concretos de ir mais longe. FIca a ideia que para este tipo de aposta e tendo em conta alguns dos atores que a netlflix consegue chamar para os seus projetos os filmes deveriam pelo menos ter algo de mais novo.

A historia fala de uma compenheira de uma aristocrata que acaba por conhecer um conceituado viuvo por quem se apaixona, acabando por se casar com o mesmo, e ir residir para uma mansão com a historia da sua anterior paixao e acima de tudo uma govenanta muito associada ao seu passado.

Em termos de argumento nem me parece particularmente que a historia embora ja tenha resultado em diversos filmes seja brilhante. Parece algo simplista a resolução de uma equação por vezes complexa. Neste filme parece ainda que nao existe grande aproveitamente ou construçao das personagens principalmente os principais.

Na realizaçao Ben Wheatley e um realizador que ja tem alguns filmes ainda que pouco ou nada competentes, que mais uma vez me parece que tem um trabalho embora com algum aprumo estetico longe de ser brilhante. Para um realizador com alguns projetos fortes na baila parece que tera de demonstrar bem mais do que fez neste filme.

No cast temos um Harmer e James que encaixam nos papeis mas que sofrem o facto das personagens nao serem propriamente as maiores em termos de desenvolvimento. Scott Thomas ainda tem os melhores momentos, e por sua vez acaba por Rilley outro dos atores que nao aproveita tudo que o filme lhe poderia dar.


O melhor - O Monaco antigo


O pior - Nao perceber como um remake pode ter tão pouco sabor


Avaliação - C-



The Trial of Chicago 7

Numa altura em que tudo permanece completamente parado, começa a existir o lançamento de algumas apostas dos filmes de plataformas de streaming, entre as quais a Netflix que arrancou a sua temporada de premios neste novo filme de Aaron Sorkin que neste caso junta-se como realizador e argumentista do mesmo filme. Este e ate ao momento um dos filmes com melhor receçao critica e que se podera perfilar para uma temporada de prémios caso a mesma chegue a existir. Do ponto de vista comercial as coisas acabaram por ser razoaveis tendo em conta a capacidade que a Netflix tem para chegar as pessoas.

Sobre o filme podemos dizer que temos a mestria que habitualmente Sorkin tem nos seus argumentos num filme de julgamento com todas as vicicitudes politicas de um filme historico. Isso acaba por tornar o filme ritmado, interessante e obviamente um dos melhores filmes ate ao momento, quer na diversidade muito bem trabalhada de personagens mas acima de tudo na forma como tudo encaixa num filme politico, versátil que consegue ao mesmo tempo enterter.

Existe pouca gente conseguiga dizer tanto de uma forma tão clara em dialogos como Sorkin, e o filme beneficia em pleno disso, na sua capacidade de ser ao mesmo tempo intenso, ideologico em engraçado, a forma como consegue ser duro à comedia em pouco tempo e isso acaba por ser os melhores vetores do filme.

Assim, sendo e independentemente de tudo o que surja depois temos um dos filmes do momento, um excelente projeto com um cast de primeira linha que num tempo como este acaba por ser uma das referencias do ano. Nao sei se este sera o julgamento da historia mas sera sem duvida um dos julgamentos a ter dos melhores filmes.

A historia fala de um conjunto de ativistas que se junta no mesmo espaço durante uma convençao democratica para protestar a guerra do vietnam, contudo rapidamente tudo descamba em violencia policia que leva a tribunal alguns desses ativistas para o seu julgamento.

Em termos de argumento percebe-se em toda a linha que ali está a mestria de Sorkin e no argumento, na forma simples com que este acaba por fazer rodar as personagens pelos seus lugares especificos, a forma como consegue ao mesmo tempo variar no seu genero por diversos momentos.

Na realizaçao Sorkin não me parece ser assim tão proeminente, principalmente pela forma com quem por vezes exagera na caracterizaçao de alguns dos seus personagens e por o filme nunca conseguir ser verdadeiramente artistico. Parece-me uma realizaçao simples e que talvez a historia merecesse mais.

No que diz respeito ao cast temos um elenco de eleiçao. O maior destaque vai para Redmeyn Cohen e principalmente Rylance, demonstram a boa forma que o filme consegue dar aos seus interpretes embora me pareça que o filme vale muito mais pela forma como as interpretaçoes se completam entre si do que propriamente por qualquer outra caracteristica.


O melhor  - O argumento e o cast.


O pior - Fica a ideia que a realizaçao poderia ser mais artistica


Avaliação  -B+



Tuesday, October 13, 2020

The Secrets we Keep

Numa altura em que já começamos a sofrer o reflexo da paragem das produções, eis que alguns filmes preparados para pequenos circuitos acabaram por ser cobaias do novo cinema. Um desses filmes foi este Thriller de pos guerra que acabou junto com outros filmes de de menor dimensão ser lançado as feras. Se criticamente as coisas tiveram longe de ser brilhantes, também do ponto de vista comercial, um filme claramente com pouca visibilidade o que não permitiu grandes resultados na curta bilheteira do filme.

Este e um filme com uma base igual a tantas outras, ou seja, um daqueles filmes que esconde o passado das personagens tentando fazer um jogo do gato e do rato entre todas, levando a duvida ao espetador sobre o que está certo e o que está errado. Esta formulaçao simples ja muitas vezes utilizada em outros filmes acabou por se tornar num exercicio simples de paciencia para perceber o que o filme resulta com as duas formulações bem vincadas.

Nao sendo um filme rico em novidade ou mesmo nos conflitos proprios da personagem e um filme que tem os seus mecanismos simples a sua maior virtude embora por vezes se torne demasiado declarado a direção que vai tomar e isso o torne naturalmente um pouco obvio. Em termos produtivos e também um filme pequeno e isso acaba por ser por si só, algo curto.

Ou seja um daqueles filmes que muitas vezes preenchem espaços em branco em em poucos cinemas ou em Vod que fruto da contingencia acabou por ter uma maior visibilidade do que seria de esperar. Simples, de procedimentos basicos trabalhado nos limites e pouco mais.

A historia fala de um casal no qual o elemento feminino esconde um passado traumatico de guerra que fica agudizado quando a mesma se depara com alguem semelhante a uma pessoa do seu passado e decide o sequestrar de forma a vingar-se do seu passado.

Em termos de argumento temos uma base igual a tantas outras, de um filme preso por uma resposta. Na sua elaboração não e um filme brilhante ou particularmente forte, e acaba por denunciar demais a sua direção, mas o resultado acaba por ser razoavel

Na realizaçao Adler e um realizador desconhecido que tem aqui o seu primeiro filme com um cast reconhecido. Nao e propriamente um filme grande, quase sempre realizado numa orientação basica e pouco mais. Nao e com filmes como este que se cresce particularmente como realizador.

No cast um elenco de jovens promissores de um segundo plano que funciona nos curtos objetivos que o filme acaba por ter. Rapace e Kinnman tem atributos para mais altos voos mas ainda estão algo presos a um cinema demsiado secundario.


O melhor - A simplicidade de alguns procedimentos

O pior - Denunciar em demasia a sua direção

Avaliação - C


Thursday, October 08, 2020

Hubie Halloween

 A colaboração entre Sandler e a sua produtora e a Netflix tem sido cada vez mais comum, e tem trazido com alguma constância os seus projetos mais comicos, depois de alguns continuos falhanços no grande ecra. Este ano acabou por surgiu um filme de Halloween com o mesmo estilo. O resultado critico nem foi o desastre que habitualmente nos habituou Sandler, e provavelmente criticamente e com as limitaçoes associadas a pandemia podera ser uma forma de festejar o Halloween.

Sobre o filme temos o estilo de Sandler no mais exagerado possivel e no seu estilo humoristico mais fisico e ao mesmo tempo menos engraçado. Alias o filme e um disparate total do primeiro ao ultimo minuto, fisico, exagerado, sem graça e que nos primeiros cinco minutos acaba por ser o reflexo do quanto de mau o filme acaba por se tornar.

O filme nao tem historia, não tem moral, não tem graça, e uma serie de sequencias de uma personagem completamente desengraçada, absurda, sem graça num espetaculo deprimento de Sandler no pior que nos exibe. E inacreditavel que alguem que ate conseguiu em alguns momentos ter alguma graça na comedia tenha caido neste estilo absurdo que e do pior que se faz na comedia atual.

Nao sabendo se e o pior filme de Sandler e companhia e sem sobra de duvidas dos piores que me recordo. FIca a ideia que ja começa a ser propositado tudo de mau que estes filmes tem sido, e este e mais um. COntudo com as vias abertas da Netflix a probalilidade de ser mais um de muitos e grande.

A historia fala de um estranho habitante vitima constantemente de bullymg de toda uma comunidade o qual e fanatico pelo Halloween que acaba por ter de salvar a sua terra do avanço de um fugitivo de uma prisao psiquiatrica.

Em termos de argumento um desastre total a todos os niveis, na historia de base, nmo absurdo total dos personagens, na falta de graça, enfim nenhum filme resisitiria a algo deste genero.

Na realizaçao Brill e um dos habituais colaboradores de Sandler e talvez o que trouxe piores filmes. Aqui o trabalho de realizaçao em prol de um mau humor nao fortalece qualquer carreira de alguem que nasceu para este registo.

No cast sandler e isto, um humor fisico mal feito, pouco engraçado que se tem tornado cada vez pior. Os seus habituais colaboradores sao mais do mesmo, ao qual se junta um Liotta sem muito sucesso ultimamente noutros registos.


O melhor - A homenagem a um Halloween que pode nao existir este ano


O pior - O disparate do filme.


Avaliação - D-



Wednesday, October 07, 2020

The Glorias

 Após um verão que foi um total inverno ideologico para o cinema, eis que o digital começa a lançar algumas das suas apostas para o final deste ano. Um desses filmes e esta especie de biopic de Gloria Steinman, interpretado por duas atrizes vençadoras de oscar. Este filme com uma das realizadores com mais causas de hollywood nao foi propriamente muito bem recebido pela critica e comercialmente tambem nao parece estar a conquistar as pessoas em casa para o seu aluguer.

Sobre o filme podemos dizer que temos mais que um biopic de uma personagem acaba por ser um biopic de ideologia. E um daqueles filmes de conviçao forte mas que em termos de intriga tem muitas dificuldades em se assumir como interessante, principalmente porque o filme tem dificuldade em potenciar os conflitos entre personagens para que o contexto consiga imperar.

Outra das grandes dificuldades, do filme e a sua elevada duraçao, o que acompanhado por uma intriga pouco intensa faz com que o filme seja algo lenta e mais que tudo um filme parado. Em determinados momentos o filme tenta ser vanguardista e alguma rebeldia mas encaixa mal no estilo do filme tem e faz a ideia que e um filme que se perde nesse tipo de virtuosismo em deterimento de uma intrita mais simplista mas mais forte.

Por tudo isto um filme com uma boa realizadora. com um cast de primeira linha e com um bipic de alguem importante deveria dar espaço para um filme melhor e mais claro naquilo que quer transmitir. Fica a ideia que o filme nunca se encontra particularmente dentro daquilo que quer ser.

A historia fala dos diversos momomentos de Gloria, desde o seu passado ao seu sublinhando como feminista e todo os seus trabalhos e reprecurssoes como ativista.

E no argumento que o filme tem mais dificuldades, pois a intriga e as personagens de contexto nunca permitem que o filme ganhe intensidade e ritmo e isso acaba por fazer perigar aquilo que o filme quer transmitir.

Taymor e uma realizador com um passado forte, proximo da critica, que tem aqui um filme algo rebelde mas cujas escolhas nem sempre favorecem a mensagem. Por vezes alguma excentricidade fora de sitio acabam por transformar este filme num resultado estranho e que nada favorece o curriculo de alguem tao experiente.

O cast tinha tudo para resultar, nao estando Moore e VIkander na sua melhor forma as mesmas tinham a intensidade e os atributos perfeitos para uma personagem como esta mas acabam por ser traido por um argumento que nao potencia o segmento de nenhuma delas.


O melhor - O tema


O pior - O filme confundir-se a si proprio


Avaliação - D+



Monday, October 05, 2020

Misbehaviour

 Numa altura em que o cinema internacional esta particularmente bloqueado alguns projetos mais pequenos e alguns europeus tem visto a luz do dia. Um desses e este filme sobre a emancipação dos direitos das mulheres contra os moldes em que se faziam os concursos de miss, num filme que retrata um acontecimento concreto. Em termos criticos as avaliações ate foram positivas mas insuficientes para levar o filme para uma dose de mediatismo que neste contexto redutor o torna-se significativo.

Sobre o filme podemos dizer que a historia e mais que isso a ideologia e bem atual, mesmo que o filme retrate um episodio de 1970 num tema que ainda hoje e discutido e nisso o filme consegue escolher alguns temas com o valor politico que o filme quer ter e isso torna-o revelante.

O problema do filme passa pela concretizaçao da ideologia. Se existem poucos acontecimentos que reunam ao mesmo tempo os direitos das mulheres e a segregação racial, este concurso acabou por ser algo de ambas. Fica a ideia que o filme poderia e deveria articular melhor os seus dois pontos base da sua historia e acaba por os individualizar em demasia e isso tornar o filme algo solto na unicao destes dois pontos.

Por tudo isto sendo um filme razoavel esta longe de ser brilhante ou mesmo interessante. O ritmo baixo, a forma como tenta colocar e descentrar um filme do seu contexto culturar pode parecer algo exagerado naquilo que o filme quer ser, fica a agenda politica e pouco mais.

A historia fala de um grupo de mulheres que se reune para mostar indignação sobre a forma como as mulheres eram tratadas em concursos de miss. Mais conta a forma como pela primeira vez uma não branca ambicionava em se tornar a miss mundo e como todo o contexto foi criado nesse concurso.

Em termos de argumento tudo o que aconteceu em 1970 no concurso de miss universo foi paradigmatico das lutas travadas e que continuam e o filme nisso e competente na escolha do acontecimento. Na forma como o torna no filme brilhante vai uma grande distancia pois fica a ideia que nunca o consegue.

Na realizaçao deste filme temos LOwthorpe uma autentica desconhecida que nem sempre na contextualizaçao temporal e brilhante. Fica a ideia que o filme tinha espaço para muito mais em termos da conjugaçao da realidade com o filme.

No cast temos um conjunto de atrizes conhecidas em papeis simples, que ficam ultrapassadas pela ideia do filme. Destaque para um Kennear disfarçado de Bob Hope mas a sua personagem acaba por ser muito limitada.


O melhor - A agenda politica do filme.


O pior - Fica a ideia que o filme ao querer abraçar dois temas tao fortes acaba por nao ser efetivo em nenhum


Avaliação - C



Sunday, October 04, 2020

The Boys in the Band

 Este novo filme da netflix com a toada da homossexualidade e a experiencia deste tipo de sexualidade é o mote para um filme sobre personagens a conversar sobre a sua preferência sexual num bairro com um passado e presente bem vincado. Este filme baseado numa peça de teatro tornou-se num sucesso critica, existindo ja que aponte num ano dificil como este Parsons no caminho dos premios. Em termos comerciais acredito que a Netflix tenha a todos os niveis objetos com mais valor comercial que este.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem uma base ou uma ideia interessante, ao conjugar numa festa nove individuos homossexuais com diferentes historias e conflitos a debater os mesmos. Ate aqui poderia ser um filme interessante, refexivo e mesmo com a capacidade de quebrar alguns esteriotipos sobre a homossexualidade. O problema e que nem sempre o filme consegue isso ao repetir demasiado as personagens que caem em alguma igualdade excessiva, o que com nove personagens poderia ser mais diverso.

O filme tem alguns bons dialogos principalmente na parte final e nos conflitos que se vao criando entre as personagens num filme claramente em escalada emocional. O estilo de peça de teatro nem sempre favorece filmes como estes ja que o ritmo exigido a um filme e usualmente bem maior do que se pode exigir a uma peça de teatro e no seu intermedio o filme acaba por perder isso.

Mesmo assim um filme com alguns apontamentos interessantes na forma como aborda diferentes prespetivas e formas de lidar com uma homossexualidade por vezes socialmente ainda reprimida, mas mais que isso o filme tem tambem formas diferentes de estar num compromisso o que tambem e bem trabalhado em alguns momentos de dialogos.

SObre o filme temos nove homens que se reunem para uma festa de aniversãrio de um deles, todos homossexuais que começam a conversar sobre os seus proprios conflitos atuais e passados numa escalada emocional entre todos.

O argumento tem uma boa ideia nem sempre bem potenciada em termos de construçao de personagens que acabam todos por ser algo semelhantes. Melhor nos dialogos e nos conflitos que se vão criando, mas parece obvio que se trata de um argumento pensado para teatro.

Na realizaçao Joe Mantello associado a algumas series de sucesso tem uma realização simplista, num unico lugar, deixando as personagens deambular por um espaço curto. Denota-se uma proximidade com o tema, mas nao e com este tipo de filmes que se observa a qualidade do realizador.

A exclusividade de atores assumidamente homossexuais para os papeis, parece-me mais um sublinhado ideologico do que propriamente outra coisa. Parsons está vincado numa construçao esteriotipada de um homossexual com diversos tiques femininos, como a maioria dos interpretes, fruto de personagens algo associadas a este estilo.


O melhor - ALguns conflitos realmente bem trabalhados.


O pior - Personagens demasiado semelhantes

Avaliação - C+



Friday, October 02, 2020

Antebellum

 Numa altura em que o cinema paralisou por completo alguma das apostas que iriam tentar a sua sorte num mercado mais aberto acabaram por ser lançados num primeiro momento em mercados menores, concretamente o europeu. Alguma da expetativa estava em torno deste thriller racial que acabou por posteriormente ser lançado com uma receção critica pouco interessante. Do ponto de vista comercial esta receção talvez condicione em muito aquilo que seja o resultado final que o filme ira ter quando estrear noutros mercados.

Sobre o filme podemos dizer que em termos estruturais e de ideia o filme tinha tudo para funcionar, mesmo a montagem escolhida que acaba por ser um distrator do espetador funciona bem para o impacto que o filme quer ter, ficando a ideia que uma base interessante original e que tinha tudo para funcionar em grande escola.

O problema do filme e o recheio das suas partes, aqui o filme com o objetivo de se esconder acaba por se esvaziar em conteúdos até o seu epílogo onde depois de revelar-se consegue ter a intensidade e usufruir da surpresa da historia para a revelação total, mas fica a ideia que o recheio do filme poderia e deveria ser mais funcional o que tornaria o impacto da sua base muito mais forte.

Este não sendo um excelente filme, ou tendo mesmo muitas dificuldades a espaços e um filme original e com uma boa ideia. Daqueles filmes que a surpresa do seu conteúdo acaba por nos surpreender e todos sabemos que nos ultimos tempos nem sempre tem sido fácil sair com esta sensação no filme.

A historia fala de uma escrava, residente numa fazenda onde os escravos de cor negra nao podem falar e a sua tentativa de tentar fugir daquele espaço. Esta historia e intercalada com a de uma ativista pelos direitos raciais e a sua busca em fazer chegar a palavra, até que tudo se une.

O argumento e interessante na sua base narrativa e ideia original de base, que falha no seu recheio nas suas personagens, nos seus dialogos e nas suas historias o filme acaba por ser algo vazio e torna tudo uma pena porque a ideia tinha potencial para ficar registada de forma mais vincada.

Na realização deste filme temos a dupla Bush e Renz uma dupla oriunda da produçao musical com uma ideia original, com uma realizaçao interessante mas que ainda tem de aprimorar na historia. Este inicio pelo menos na ambiçao da ideia e de registar mas so que o seguirá poderá determinar a qualidade da dupla.

No cast tudo se reune em torno de Monae que me parece como atriz ainda algo verde, sem grandes recursos para alem de um sublinhado nas questões raciais que tanto defende. Nos secundários Malone e Houston são dois vilões com alguns recursos, mas o filme centra-se acima de tudo na sua própria ideia.


O melhor - A ideia de base


O pior - Nao ser preenchida com melhores personagens e contexto


Avaliação - C+