Wednesday, October 30, 2019

Luce

Estreado no inicio deste ano no sempre particular Festival de Sundance, este pequeno filme recheado de algumas figuras de primeira linha de hollywood, pese embora não tenha saido vencedor do certamente consguiu reunir boas avaliações criticas embora insuficientes para potenciar o filme para a temporada de premios. Comercialmente as coisas foram mais funcionais com resultados interessantes principalmente tendo em conta que foi um filme com pouca expansao em termos de cinema.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme intigrante, que a pressão continua das personagens e o enigma de cada uma delas acaba por ser muito bem gerido na tensão e misterio que temos sempre presente. Nao e um filme linear e essa indecisão das personagens que transparece para o espetador acaba por ser um trunfo que funciona muito bem no clima sombrio que o filme quer ter, tornando o thriller psicologico uma realidade.
Nao temos um filme de verdades absolutas, muito pelo contrário, vamos vendo os dois lados da questão nao sabendo muito bem o que pensar. O filme trabalha esse aspeto de forma competente, embora no pareça que a conclusao do filme nao mantem o nivel que o filme consegue manter ao longo da sua duração. Mas de resto temos os conflitos os avanços e retrocessos em cada dinamica que nos faz pensar como poucos filmes o fizeram este ano.
Muito do sucesso deste filme resulta nao so da ambiguidade das personagens que tornam a historia ambigua do ponto de vista positivo, mas acima de tudo também na forma facil com que o filme consegue explorar as fraquezas de cada personagem na disputa entre aquilo que esperamos e aquilo que temos.
A historia fala de um jovem estudante oriundo da Eritreia que apos ser adotado por um casal bem integrado começa a ser visto como um exemplo de sucesso, algo que não é compartilhado com uma professor que começa a perceber algumas incongruencias no comportamento do aluno, que leva a um conflito em crescendo entre ambos.
O grande valor do filme reside no seu argumento e na forma como o mesmo alimenta um conflito latente sem grandes imagens ou açoes muito por culpa de dialogos dissimulados que fazem o filme reunir uma tensão bem psicologica que alimenta bem os propositos do filme.
Na realizaçao Julius Onah consegue dar a volta ao resultado menos feliz de paradoxo cloverfiel com um bom trabalho negro, que deixa o filme ter uma nuvem nas personagens que esteticamente permitem esse clima ao filme. Para um realizador em inicio de carreira temos aqui um bom planfleto.
No cast muito do sucesso do filme está bem situado na prestação ambigua de Kelvin Harrisson jr, o jovem ator consegue dar a personagem os dois lados que essa necessita, sendo que a ironia perigosa e transmitida com muita qualidade para um ator algo secundario até ao momento, mas que tem aqui uma das melhores interpretaçoes do ano. Nos secundarios Watts e Spencer sao o resguardo explosivo de uma personagem algo sublime.

O melhor - A forma como o filme deixa uma tensão disfarçada gerir todo o filme

O pior - O final nao tem a intensidade esperada

Avaliação - B

Tuesday, October 29, 2019

Rattlesnake

Depois de uma pausa aparentemente para férias a Netflix surgiu a toda velocidade neste outono lançando filmes sucessivos, ora relacionados com a campanha para premios ora apostado em momentos especificos como o Halloween. neste pequeno thriller claramente uma aposta secundaria da distribuidora temos um filme que esteve longe de ser um sucesso junto do grande publico sendo que tambem comercialmente parece-me que atualmente a Netflix encontra-se com conteudos bem mais interessantes.
Sobre o filme temos uma historia simples sobre moralidade num contexto de um texas sub desenvolvido numa luta entre a moralidade e a maternidade. O filme é pouco coeso e parte de uma premissa moralmente estranha ou duvidosa, o filme tenta a todo custo facilitar a vida do conflito moral da personagem o que e estranho ja que ao colocar a personagem deliberadamente naquela situação deveria dificultar-lhe a vida na escolha, contudo ai necessitaria de um filme de maior duraçao.
Por esta falta de coragem o filme torna-se algo aborrecido e demasiado previsivel. Tudo se torna demasiado claro rapidamente e o filme e apenas o aguardar curto pelo desfecho esperado. O filme poderia em termos idiologicos funcionar melhor com os fantasmas do passado, mas acaba por desaproveitar esse ponto em dois ou tres dialogos e pouco mais.
Ou seja um thriller de efeito rapido que nunca consegue potenciar o conteudo moral discutivel que quer ter. Fica a ideia que o filme assume-se de consumo rapido e que perde a oportunidade de trabalhar alguns pontos que o filme quer tocar, tornando-se num Thriller de pouco relevo em termos de cinema atual, que basicamente e apenas um cumprir de calendario por parte da netflix.
A historia fala de uma mãe em viagem com uma filha que no momento em que procedia a mudança de um pneu ve a sua filha a ser mordida por uma cascavel, obtendo ajuda de uma estranha senhora, que mais não é do que o diabo que em troca de recuperar a menor exige que a mulher lhe entregue a alma de uma outra pessoa.
O filme tem um conflito moral embora duvidoso em termos de argumentação que poderia resultar principalmente no desenvolvimento da personagem central. Contudo o filme tenta fazer atalhos consecutivos tornando-se num claro serie B sem qualquer preocupaçao em dialogos ou personagens congruentes.
Na realização Hiditch e um colaborador da Netflix que tem aq
ui o seu segundo filme distribuido pela operadora. Nao temos uma realizaçaõ de ponta, embora a caracterização de um texas sub desenvolvido ajude o lado mais dantesco da historia.
No cast Ejogo e uma actriz em crescimento unindo um lado de atriz de ação que lhe pode dar algum protagonismo no futuro, embora fique a ideia que a personagem poderia e deveria ter sido bem mais desenvolvida. Rossi serve para este tipo de personagens e nada mais.

O melhor - A curta duração.

O pior - A forma como cria um conflito moral que depois o desaproveita por completo

Avaliação - D

Monday, October 28, 2019

47 Meters Down: Uncaged

Dois anos depois de um filme de terror no fundo do mar com tubarões a mistura de relativo sucesso comercial, surge a sua sequela com o mesmo estilo narrativo mas com novas personagens tentando o dinheiro facil. Se ja o primeiro filme nao tinha sido propriamente um sucesso critico este segundo filme seguiu as pisadas com avaliações essencialmente medianas com pendor negativo. COmercialmente as coisas foram bem mais modestas do que o primeiro filme, talvez porque o cast tivesse muito menos visibilidade.
Sobre o filme é facil perceber por onde um filme deste vai, e o combate a previbilidade de um filme com o unico objetivo financeiro basicamente nao existe, tentando apenas o mesmo resultar no sentido de claustrofobia e numa ou outra sequencia sanguinea, algo que o filme está longe de utilizar com mestria.
O filme abandona por completo o argumento, a historia e as personagens tentando colocar o mais rapido possivel as personagens no seu espaço, que se diga é interessante e o que de melhor o filme tem, já que fecha as personagens num labirinto de pedras no fundo do mar com tubarões sanguinareos. O problema e que isso em nada altera o que vimos e sentimos no primeiro filme e isso e claramente pouco para uma produçao como esta.
Ou seja um bilhete de repetiçao do primeiro filme com uma ou outra novidade estatica e pouco mais. Um bilhete para o dinheiro facil, num filme que para grande produçao deveria ser melhor em termos de efeitos especiais ja que na abordagem criativa arrisca zero.
A historia fala de quatro amigas que se juntam para fazer uma expediçao ao fundo do mar a umas ruinas de uma cidade perdida que acabam rapidamente por se ver encurraladas por um tubrarão sanguinario.
Em termos de argumento o filme basicamente nao existe, coloca quatro personagens no jogo do gato e do rato com um tubarão para um final totalmente previsivel no primeiro minuto. Nao temos qualquer vestigio de personagem ou dialogo no filme.
Na realizaçao Roberts repete o papel, com mais do mesmo, a inclusão das ruinas funciona ao nivel da sensação claustrofobica das personagens mas em termos de efeitos especiais do animal, parece aquem do que se fez no primeiro filme. Dificilmente teremos aqui um realizador para outros voos.
No cast um conjunto de jovens desconhecidas cuja exigencia do papel nao existe para alem de fugir e gritar. Nao é nestes registos que se cria nem se danifica carreiras.

O melhor - As ruinas

O pior - O tubarão

Avaliação - D

Scary Stories to tell in the Dark

Numa altura em que o cinema juvenil revivalista tem-se apoiado no terror para alguns conceitos funcionarem comercialmente surgiu mais um dessas adaptações com este titulo peculiar. Este filmle de terror juvenil estreou em pleno mes de AGosto nos cinemas americanos com algum sucesso comercial tendo em conta a falta de protagonistas de primeira linha. No que diz respeito a avaliação critica o filme passou positivamente o que nem sempre acontecene no genero que o filme representa.
Sobre o filme temos as caracteristicas todas que fazem este tipo de filme funcionar, o humor e a qumiica entre as personagens mais pequenas, a fragmentação historia a historia no bodycount do filme e mais que isso os monstros horríveis que esteticamente acabam por dar o contexto de horror que o filme quer, o que acaba por nos dar este lado estetico que mesmo sem grande sentido narrativo acaba por funcionar.
Ou seja temos um filme juvenil, pensado acima de tudo para essa população embora o contexto temporal do filme seja demasiado passado para ter o sucesso que as abordagens dos anos 80 tem tido nos ultimos tempos. No final o filme perde algumas das caracteristicas que o fazem funcionar tornando-se apenas num filme de horror com um final pouco trabalhado.
Mesmo assim  numa fase em que o terror parece estar em boa forma, muito por culpa deste novo estilo, temos aqui um produto razoavel deste genero embora longe dos que de melhor funcionaram como o primeiro It. Tambem as personagens mais jovens poderiam e deveriam ser quem sabe mais trabalhadas no seu lado humoristico.
A historia fala de um grupo de jovens que depois de uma visita a uma casa abandonada e amaldiçoada começa a ver escritas historias de horror que conduzem a morte ou desaparecimento de cada um deles.
Em termos de argumento não e um filme propriamente dificil, o seu lado fracionado por historia facilita a congruencia final do filme, embora o corpo comum esteja longe de ser brilhante. No lado mais juvenil das personagens as coisas começam melhor do que acabam.
Na realização Ovredal tem a tradição nordica do terror que usualmente funciona bem, e o filme tem esta inspiração principalmente na criaçao de monstros horriveis. De resto o filme e algo escuro para o cinema juvenil, mas percebe-se que o realizador esta confortavel no genero.
No cast um grupo de jovens de segunda linha cujas personagens nao permitem grande brilho, ja que este vai para as criaturas criadas e pouco mais. Pode ser um bom anuncio para dar visibilidade mas pouco mais.

O melhor - O horror das figuras

O pior - No final o filme perde o lado juvenil que o sustenta

Avaliação - C+

The Art of Racing in the Rain

Numa altura em que Milo Ventimiglia está com a sua reputação ao maximo fruto do sucesso dramatico de This is Us, surge aqui um filme encabeçado pelo mesmo que mais do que marcar os dramas familiares trás-nos a união do homem e do cão. Num filme claramente vocaionado para o valor comercial, criticamente as coisas estiveram longe de ser brilhantes com avaliações medianas com ligeiro tendor negativo. Comercialmente as coisas também estiveram longe de ser brilhantes com resultados modestos tendo em conta o tipo de filme em questão.
Sobre o filme, o melodrama demasiado pensado para a emoçao facil e um registo que particularmente não me agrada, principalmente porque são filmes que vão perdendo toda a coerencia das personagens em busca da emoção facil. Este filme cai plenamente nisso nas voltas e mais voltas que o mundo daquela personagem dada, perdendo a coerencia das personagens mas acima de tudo a coerencia temporal da historia com a realidade o que torna o filme focado apenas na lagrima facil do espetador.
O problema e que em dois momentos o filme dá claras indicações que poderia ser diferente, quando arrisca numa abordagem mais diferenciadora das situações, e ai ficamos com a sensação que o filme com uma abordagem mais original, mesmo com a historia com as debilidades que tem poderia ser mais diferenciador e mais que isso bem mais interessante do ponto de vista artistico do que a novela das sete com que se torna.
Ou seja um daqueles filmes básicos, pensados para a lágrima fácil, onde tudo acontece ao personagem de forma ao espetador ter solidariedade com o mesmo, sem no entanto em momento algum pensar que tudo no mundo tem uma lógica que o filme principalmente em termos temporais acaba por abandonar.
A historia fala de um piloto de carros que apos conhecer um cão que o vai seguir para os pontos mais importantes da vida dele, desde casamento, nascimento da filha e mais que isso lutas sequentes, numa luta entre carreira e familia.
Em termos de argumento o filme segue parâmetros dramáticos totalmente esperados, é um filme dramático com o objectivo único da lágrima fácil, esquecendo coerência temporal ou mesmo situacional das personagens. Fica a ideia que o filme segue apenas o caminho mais facil
No que diz respeito à realização o experiente SImon Curtis assume este papel e demonstra que nem sempre arrisca na abordagem. Fica na retina duas cenas que demonstram que poderiamos ter aqui uma abordagem bem mais artistica a todos os niveis, sendo o resultado final simples.
No cast Ventimiglia pode funcionar neste registo de boa pessoa mas falta-lhe recursos para o lado mais dramatico do filme e o filme ressente essa debilidade. AO seu lado Seyfried ainda consegue ter algum impacto interpretativo dramatico mas um filme com este teor merecia mais interpretação.

O melhor - As duas sequencias em que o filme arrisca na abordagem

O pior - A lagrima e o objetivo unico do filme

Avaliação - C

Saturday, October 26, 2019

The Kitchen

Qualquer filme com Haddish e Mccarthy nos papeis principais tinha tudo para ser uma grande produção de comedia ja que sao algumas das maiores do genero atual. Contudo elas deram a volta ao esperado e esta reuniao surgiu sob a forma de um filme sobre a mafia e como um conjunto de mulheres quis seguir o legado dos seus maridos presos. O filme nao funcionou particularmente criticamente com avaliações negativas. Comercialmente as coisas foram um desastre completo demonstrando que ambas funcionam muito pouco fora do seu terreno perdileto.
Sobre o filme a mafia deu nos ate aos dias de hoje alguns dos melhores filmes que nos recordamos, dai que seja sempre um terreno de imensa exigencia. Pois bem tirando a questao sexista o filme simplesmente nao funciona, e o unico vetor que da ao filme alguma diferenciaçao acaba por ser aquele que no final menos impacto tem na definiçao do trama, concretamente a escalada de violencia de um dos casais do filme.
Tudo parece facil e isso e completamente inexplicavel, fica a ideia que qualquer um pode controlar grupos criminosos e mais que isso que e facil matar sem ter qualquer implicaçao no ocorrido, esses dois pontos sao totalmente usados e abusados no filme e isso acaba por o tornar não so sem sentido em termos de coerencia interna mas nunca consegue nos dar nada de particularmente interessante.
Fica um filme quase com a curiosidade de nos dar duas atrizes de comedia num lado mais dramatico, num filme que deveria ter mais intriga, mais intensidade e mais personagens para funcionar, na ausencia de tudo isto acaba por ser um thriller vazio que na realidade nao cria qualquer reaçao no espetador.
A historia fala de tres amigas, mulheres de membros de uma organização criminosa que se reunem para controlar o negocio apos a detençao dos respetivos maridos, contudo tudo se vai tornar mais periogoso com a entrada em jogo de um outro grupo criminoso.
O argumento do filme falha no essencial, os dialogos sao quase sempre pobres, nao encontrando o filme um registo de carisma ou mesmo de ironia, muito por culpa de personagens que deveriam ser mais caracterizadas pois chegamos ao fim conhecendo muito pouco delas.
Na realizaçao Berloff tem a sua estreia depois de diversos filmes policiais onde esteve na escrita. O filme nao e particularmente interessante em termos de conceito estetico e isso acaba por nao o potenciar nem como exercicio de estilo. Para um filme baseado num comic exige-se muito mais.
No cast o curioso da reuniao fica por ai, se Mccarthy ja provou conseguir ser dramatica embora neste filme a sua personagem seja totalmente apagada, Haddish nao consegue sair da roupa de comedia e encaixa mal no registo do filme. O melhor uma Moss sempre mais intensa e um Gleeson com a melhor personagem do filme.

O melhor - A personagem Gabriel

O pior - A forma como o filme nao consegue ter um conceito proprio

Avaliacão - D+

Friday, October 25, 2019

Eli

Com um cast menos vistoso que Wounds esta e a segunda aposta da Netflix para a temporada de Halloween, com uma especie de remake de filho do diabo. Este filme acabou por tambem nao ser particularmente bem recebido pela critica, sendo que comercialmente a falta de figuras de primeira  linha nao lhe deu a exposiçao que outros filmes da distribuidora conseguiram.
Eli começa com o lado terrestre do terror que eu perfiro, ou seja uma personagem debil, num contexto de saude dramatico que o filme explora principalmente nas dinamicas de familia, e na relaçao pai mae. O filme consegue ate meio manter esta dualidade interessante entre o desespero familiar e algo que nao conseguimos perceber no contexto. Com o desvendar do filme tudo parece muito pior montado e sem sentido, tornado-se mesmo a determinado ponto absurdo.
Nao e um filme de grande terror e mais um filme de simbolismo declarado. O filme e uma forma propria e vale mais pelas referencias a outros filmes do genero, e pela contraposiçao com os dialogos descontraidos entre as personagens menores que acabam por nao encaixar naquilo que elas realmente significam.
Nao impressiona no terror, tem uma explicação dificil de entender e por isso parece-me que nao e um filme de grande sucesso no terror. Tem alguns bons desempenhos mas esta longe de ser um filme positivo num genero em moda novamente mas que ainda tem muitos filmes de qualidade duvidosa como este.
A historia fala de um menor com um problema de saude que o impede de apanhar sol que se dirige para uma clinica de tratamento com o objetivo de recuperar quando percebe que o que realmente esta em causa e a sua natureza.
O argumento tem dois pontos funcionando melhor como drama familiar do que como terror. A mudança parece demasiado radical para um filme so , mas acaba por ser a assinatura do filme. Parece-me um argumento arriscado e que o resultado nao e suficientemente forte.
Na realizaçao Ciaran Foy ja tem alguma experiencia no terror e isso denota-se nas ultimas sequencias. Nao sendo um filme de autor, consegue no final ter o lado negro que o filme deseja nao sendo no entanto uma obra prima de um realizador que em principio ficara por este registo.
No cast o filme tem um jovem Shotwell a procura do seu espaço que tem um papel dedicado embora sem grande luz. Maior destaque para Rilley uma atriz com dimensao e intensidade que merece papeis de maior destaque.

O melhor - Os dialogos entre os menores

O pior - A mudança do filme e demasiado vincada

Avaliação - C

Wounds

Numa altura em que a netflix se encontra apostada nas suas produçoes para a temporada de premios surgiram tambem alguns titulos de terror para fazer render o valor deste genero no Halloween. Este filme mais independente lançado em SUndance foi uma dessas apostas, mas que apesar de um elenco de primeira linha acabou por falhar na critica com avaliaçoes medianas, ainda assim bem melhores que as do publico que recusou este Thriller no minimo estranho.
Wounds ate começa bem com a tipica dinamica de bar e uma personagem descontraida com quem ate empatizamos numa primeira analise. Mas essa lado mais descontraido que ate poderia ser um bom balanço para um filme de terror e imediatamente abandonado tornando-se o filme numa obsessao de um personagem que anda em circulos em torno das mesmas pessoas sem que o filme consiga ter o impacto estetico e do terror.
Ficamos com a sensaçao que o filme nunca deveria dar certos passos e se o queria fazer naquela direçao tinha de dar mais das personagens ou mais que isso mais sobre as explicaçoes para o que estamos a ver. O filme nao quer dar explicaçoes nem razoes quer abandonar o personagem nos seus desvaneios e nada mais e o filme torna-se confuso e sem qualquer sentido.
E tudo isto e pena porque o filme tem um bom conjunto de atores, em forma e parece demasiado preocupado com a sua eloquencia. Fica a ideia que nos primeiros minutos ate poderiamos ter alguns bons dialogos mas o filme torna uma direçao completamente distinta nunca conseguindo fazer de si nada de particularmente sequente
A historia fala de um barman que apos uma noite complicada no bar recupera um telemovel la perdido que o leva a começar a trocar mensagens com alguem que o leva a um caminho sem retorno que podera colocar em causa tudo o que ve.
No argumento o filme começa bem com a primeira sequencia a ser bem montada, mas depois tudo desaparece e temos um filme de terror visual, sem explicaçoes sem personagens e mais que isso sem grande nexo.
Na realizaçao deste filme Anvari e um desconhecido que poderia dar ao filme algum lado visual que apenas na sequencia final consegue ter. O filme torna-se mais escuro com o seu crescimento mas isso nao o torna interessante principalmente tendo em conta o corpo de atores ao seu dispor.
No cast Armer esta em boa forma e o filme consegue tirar a intensidade que o ator tem dado aos seus personagens. Ao seu lado Beetz nao tem grande espaço e muito menos JOhnson

O melhor - A primeira cena do filme.

O pior - NO terror o filme perde grande parte do seu sentido

Avaliação - D+

Wednesday, October 23, 2019

Them That Follow

O culto das serepentes é algo que sempre fascinou os mais isotericos pelo poder de um ser restejante mas totalmente mortal. Este filme mais que um filme sobre o animal e um filme sobre um culto e os valores radicais dos mesmos. Um pequeno filme que foi lançado em pequenos festivais entre os quais Sundance deste ano com criticas medianas o que acabou por não fazer o filme ganhar grande explosão. Comercialmente acabou por surgir no verão com resultados muito escassos pese embora tenha algumas promessas de agora e de antigamente na sua folha de atores.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme lento que aos poucos vai permitindo que a tensão das personagens vai crescendo mas que nunca acaba por surpreender nos seus procedimentos. parece sempre existir uma distancia demasiado grande entre aqueles que de alguma forma estão na terra e aqueles que no culto se dedicam sendo que apenas no final temos algumas pontes.
Podemos dizer que temos uma historia de amor, mas mais que isso temos uma historia da irracionalidade das crenças, ficamos com a ideia que o filme com esta base poderia e deveria ser mais intenso não fossem as personagens de alguma forma demasiado adormecidas em todas as suas vivencias, o que é congruente com o contexto mas faz algumas delas principalmente as secundarias desaparecerem ao longo do filme.
Ou seja um historia densa psicologicamente que poderia ter um bom principio mas que se perde em tentar dar protagonismo em demasia ao culto por si so em vez das personagens e das suas eloquencias. Perde tambem porque num filme com personagens tao imprevisiveis na forma de pensar e agir o final devia ser bem menos esperado.
A historia fala de uma jovem filha de um pastor de um culto que tem como base a serepente que ao contrario do pensado pelo seu pai se apaixona por um jovem serralheiro o unico que foge as crenças do culto.
Em termos de argumento a base como ja dissemos tem qualidade mas o filme perde-se em demasia em divagações nunca criando um enredo realmente diferenciador e interessante. A mais que em termos de personagens elas acabam por nao crescer por culpa do tronco narrativo do filme.
Na realizaçao uma dupla de realizadores quase desconhecidos que apresentou em Sundance neste filme o seu portfolio. O filme quer ser misterioso num contexto cultural muito proprio que consegue ser denso psicologicamente mas pouco mais. Funciona no medo que consegue incutir nas sequencias com o animal.
No cast temos uma dupla de jovens promessas do passado Mann e Engelrt dois jovens atores que ja tiveram a aura do sucesso sobre eles mas que nunca concretizaram em valores concretos. AO seu lado uma Coleman pos oscar com a intensidade que lhe levou ao premio ainda que com uma personagem algo desaparecida. E Dever da moda na personagem menos desenvolvida do filme.

O melhor - As sequencias da serepente causam tensao

O pior - Demasiado expectavel na sua conclusao

Avaliação - C-

Friday, October 18, 2019

El Camino: Breaking Bad Movie

Para mim enquanto adepto da serie Breaking Bad e muito dificil analisar este filme como sendo uma peça isolada, dai que talvez nem o devesse fazer. Este e mais um episodio maior de uma das melhores series da televisao que resolveu dar seguimento a uma das suas personagens no pos serie sob a forma de longa metragem. Embora menos entusiasmante do que a serie o filme conseguiu boas avaliaçoes criticas e tudo parece indicar que tambem comercialmente todos os fas da serie de culto acabarão por ver este filme.
Sobre o filme e sempre complicado tocar numa obra catalogada de quase perfeita, mesmo que o seu escritor e realizador seja a base do novo projeto. Pois bem na essencia o filme nao toca, limitando-se a conduzir Jesse para situaçoes de confronto com o seu passado com Flashbacks que trazem as melhores personagens do que ja vimos em cenas novas, valendo o filme pela memoria dos bons tempos partilhados do que propriamente pelo filme em si,
Existe um ponto em que a abordagem funciona bem, consegue tirar das personagens que tras de volta o que de melhor elas tinham e mais que isso permite contrapor a evoluçao ou a degradaçao de Jesse ao longo do tempo, não só fisica mas acima de tudo emocional, e nisso o filme consegue ser imponente na mensagem que quer passar.
De resto o esperado os preciosismos muito bem trabalhados de Gilligam nas personagens e nos seus contextos, uma forma própria de trabalhar diálogos e situações e mais que isso o aproveitar completo de personagens muito bem criadas por si e que deram a Breaking Bad a dimensao que nunca pensou que conseguisse.
A historia segue Jesse e a sua tentativa de reconstruir-se depois do tempo deixado em cativeiro e escravizado. Nesta luta tem que encontrar com as pessoas do seu passado para construir o seu futuro, sempre com a maxima do nada a perder.
Em termos de argumento Gilligam funciona bem nos dialogos, as situações que leva a Jess no presente e no passado são aquelas que melhor encaixam e potencializam as personagens que o mesmo criou e nesse particular podemos dizer que a historia é o que o filme quer e o que a serie merece.
Na realizaçao Breaking Bad tinha um estilo proprio que e naturalmente mantido neste filme. VInce e o pai da serie e movimenta-se de forma confortavel naquilo que funciona bem para aproximar-se dos espetadores. Provavelmente nunca sera um realizador de cinema de primeira linha ja que o filme deixa-se adormecer mas a sua serie tem lugar na historia
No cast Paul tem em Jesse a personagem da sua vida, e mais uma vez temos aqui uma entrega fisica e psicologica de primeira linha. Independentemente da carreira que se segue Paul tem em Jesse o seu bilhete para a eternidade.

O melhor -  A forma como conseguimos ter material novo Braking Bad

O pior - Em espaços o filme adormece

Avaliação - B

The Angry Birds Movie 2

Três anos depois de em plena febre do jogo Angry Birds, Hollywood ter aproveitado esta dimensão comercial para lançar o seu filme de animação com algum sucesso comercial, surge a sua esperada sequela a qual aparece num momento de menor fulgor do conceito. Talvez por isso comercialmente este segundo filme principalmente nos EUA ficou bastante distante do seu antecessor, sendo que criticamente a mediania com que o primeiro filme ja tinha sido avaliado tem a sua continuação.
Angry Birds e a tipica animação de comedia com o objetivo unico de fazer funcionar um conceito comercial que teve o seu epicentro mediatico e pouco mais. Isso ja tinha sido a base do primeiro filme, embora existisse a curiosidade de perceber como seria esta adaptação da luta entre aves e porcos, contudo aqui esse lado ja estava ultrapassado sendo que o filme apenas restava perceber que continuidade poderia ter, e mesmo nessa o filme segue demasiadamente o obvio.
E um filme com as referencias comerciais em termos de curiosidade que aproxima o espetador da historia mas em termos de abordagem parece claro que o filme é algo deficitário a todos os niveis. Temos um argumento demasiado previsível em todos os sentidos, que nem sempre consegue ser engraçado
Por outro lado a união entre porcos e passaros e tudo menos expectavel no que diz respeito à forma como nos pensamos o conceito. Até pode ter inerente algum valor moral, mas e certo que nada é pensado para resultar desta forma, mesmo que em termos conceptuais isso permita algum humor e mais que isso momentos de dimensão comercial musical.
Fica a ideia que Angry Birds como muito dos filmes de animação esgotou a novidade no primeiro filme e que agora temos apenas uma tentativa de com as mesmas personagens e truques mais que usados no genero fazer rentabilizar uma materia comercial que ja teve melhores dias.
O filme continua a seguir as tres personagens do primeiro filme, os quais tem que se unir a evoluçao tecnologica dos porcos para tentar defender as ilhas de ambos dos ataques de uma aguia traumatizada com o seu passado.
Em termos de argumento a historia de base e simples e obvia, e mais que isso em termos de humor tudo e prejudicado pelo facto da febre Angry Bird ter diminuido, ressalvando apenas as caracteristicas pessoais de cada personagens num argumento claramente pensado para ganhar dinheiro.
Na realizaçao Van Ormen oriundo de uma animação mais de televisao e 2D tem a materia prima para seguir os estilo do primeiro filme, com algum exercicio de estilo. Esta longe de ser algo perfecionista em termos de abordagem mas cumpre o que se espera.
No cast de vozes podemos dizer que temos as repetiçoes obvias com algumas inclusoes que encaixam bem nas respetivas personagens. O filme joga no lado humoristico na forma como as personagens encaixam nos seus interpretes

O melhor - Alguns momentos musicais de estilo

O pior - ANgry Birds passou claramente de moda

Avaliação - C

Thursday, October 17, 2019

Fractured

Brad Andersson e um realizador que conseguiu ao longo da sua ja longa carreira alguns Thrillers psicologicos que conseguiram atingir alguma dimensao no cinema hollywoodesco embora sem nenhuma obra prima significativa. Apos uma epoca de menos enfase da sua carreira surgiu este thriller realizado para a Netflix que esteve longe de convencer a critica com avaliações essencialmente negativas e comercialmente talvez perdeu alguma dimensao pelo facto de ter sido lançado no mesmo dia do filme de Breaking Bad.
Sobre o filme temos um filme algo obvio que e claramente um defeito tendo em conta o genero do filme. A capacidade de surpreender o espetador e a maior virtude que um Thriller deste estilo poderá ter, e certo e que rapidamente percebemos tudo o que aconteceu, sendo o contexto a nossa unica novidade e mesmo essa sem qualquer tipo de implicaçao para o resultado do filme.
No enredo temos voltas e mais voltas numa tentativa demasiado forçada de tentar dar uma direçao ao filme ou um caminho que o espetador nunca agarra pois percebe rapidamente as intençoes do realizador. E quando uma manobra de diversão como esta acaba por ser tao forçada acaba por funcionar em clara direçao contraria e danificar o filme.
Ou seja um Thriller que tem alguma ambiçao no que diz respeito a estrutura de uma mente traumatizada mas que acaba por ser um frouxo thriller psicologico com pouco ou nenhum impacto ou suspense, que nos parece totalmente destinado para ser apenas mais um na lista netlix de 2019.
A historia fala de um pai de uma jovem que apos um acidente dirige-se com a filha e esposa para uma unidade hospitalar onde as mesmas acabam por desaparecer criando uma luta por tentar encontrar de novo contra todos os mecanismos do hospital.
Em termos de argumento o filme ate poderia ter um corpo forte mas falha claramente num ponto que nos parece fundamental que é deixar tudo ser demasiado previsivel o que numca historia como esta e completamente errado. Em termos de personagens o filme nao e forte e isso tambem nao o deixa evoluir.,
Anderson e um realizador a quem foi vaticinado algum futuro em Hollywood mas que nunca cumpriu, muito por culpa de ficar preso a um genero dificil e de avaliação instantanea. Neste mesmo genero as realizaçoes tornaram-se algo repetitivas e demonstram o porque da paralisação da carreira.
No cast temos um Worthington a dominar o filme do primeiro ao ultimo minuto, num registo que poderia funcionar mas que acaba por ser demasiado de heroi de açao, explicando a razao pela qual nunca conseguiu se assumir de forma clara como um protagonista da 7 arte.

O melhor - O final acaba por ter alguns bons momentos esteticos.

O pior - Totalmente previsivel

Avaliação - D+

Tuesday, October 15, 2019

Little Monsters

Numa altura em que a guerra de televisões e serviços de streaming chegou em toda a força ao cinema, a Hulu um dos menores surge aqui com uma mistura de filme infantil com zombies. Em termos criticos este particular filme não foi propriamente muito bem recebido com avaliações maioritariamente medianas. Do ponto de vista comercial num sistema ainda pouco implementado o filme funcionara mais por ser o inicio de uma luta do que propriamente pelos seus resultados.
Sobre o filme podemos dizer que em termos de comedia este começa bem, com um humor corrosivo, politicamente incorreta mas que acaba por permitir que o filme nos de alguns bons momentos comicos, e irreverentes. O problema do filme torna-se quando a historia se centra na sobrevivencia dos ZOmbies, aqui mais do que ser mais do mesmo o filme e um desafio constante a logica natural das coisas e torna-se totalmente absurdo.
Salva o filme a personagem de Josh Gad proxima de tudo o que o ator tem feito mas que faz resistir no filme a irreverencia inicial contornando-a com o lado mais simples e pouco interessante dos Zombies. Musicamente o filme e demasiado repititivo e faz desses momentos mais do mesmo, tornando o filme na sua genese demasiado disparatado.
Sobre um filme irreverente que me parece com um principio comico interessante e atual, mas que se torna num monotono e rotineiro filme de zombies, onde a logica fisica e de sobrevivencia dos filmes acaba por ser a figura de proa
A historia fala de um adulto criança que acaba por se aproximar da professora do seu sobrinho com interesses terceiros acompanhando a sala a uma visita de estudo, que se vai tornar numa luta pela sobrevivencia contra uma epidemia de zombies.
O filme em termos de argumento simplesmente funciona em alguns dialogos com objetivo unico de ser corrosivo e rebelde, mas falha algo na sua linhagem central na forma como se torna num serie b de zombies igual a tantos outros com efeitos especiais de segunda linha.
Na realizaçao Forsythe tem aqui um dos seus mais mediaticos trabalhos ate ao momento. Funciona na contraposição da cor das personagens com o lado sanguineo dos zombies mas mesmo assim para o argumento e pelo seu inicio e uma realizaçao algo convencional.
No cast o filme dá-nos o lado mais simpatico e cruel de Nyongo numa personagem que encaixa bem nas suas caracteristicas. O lado comigo do filme esta entregue a um Gad proximo do seu comum  e um desajeitado England, num cast que funciona nos propositos do filme

O melhor - Os primeiros dez minutos

O pior - Com a entrada em cena de Zombies o filme torna-se claramente mais fraco

Avaliação - C

Monday, October 14, 2019

It Chapter 2

Dois anos depois do mundo do terror ser assaltado pela forma totalmente explosiva com que Pennywise reapareceu no cinema, surge a natural sequela deste filme reunindo o grupo de jovens adolescentes do primeiro filme, novamente na luta contra o temivel palhaço. Criticamente as coisas não correram tao bem como no primeiro filme com avaliações a todos os niveis mais medianas. Comercialmente o filme pese embora de uma forma menos forte voltou a convencer os espetadores sendo mais um sucesso deste verão.
Sobre o filme eu confesso que gostei bastante do primeiro filme, principalmente na conjugação do revivalismo dos anos 80 com o lado infantil das personagens a juntar o lado típico de filmes dos anos 80 com um terror mais atual que fez o filme funcionar nao so no lado estetico de terror mas acima de tudo no lado pessoal das suas jovens personagens. Pois bem este filme perde dois dos primeiros atributos do primeiro filme e o que resta e claramente insuficiente para fazer o filme resultar, ja que em termos de terror temos apenas imagens estranhas e grotescas e pouco mais.
O filme parece perceber que os adultos sao insuficientes para o filme resultar enquanto grupo regressando aos mais pequenos diversas vezes ao longo do filme, mas fá-lo de uma forma nao grupal que acaba por nao ser a melhor soluçao, tudo se torna ainda mais problematico quando o filme  isola as personagem situacionalmente perdendo o lado grupal de dialogos engraçados para tornar ainda o filme com uma duração totalmente inacreditavel.
Ou seja um filme de terror que perde muito dos valores do seu inicio numa tentativa apenas de rentabilizar um projeto ganhador comercial mas que parece ter-se esgotado por completo no primeiro filme algo que nao seria expetavel tendo em conta o final aberto, mas a abordagem e a construção das personagens neste segundo filme nao resultou.
A historia fala dos mesmos elementos do primeiro filme que vinte e sete anos depois, sao chamados a uma nova reunião na terra natal dos mesmos, de forma a tentarem mais uma vez combater o palhaço maquiavelico e mais que isso os medos de cada um.
Em termos de argumento temos obviamente um filme muito menos rico do que o primeiro, principalmente na dimensão de terror onde este filme aborda por exclusivo. Muito do lado mais comico e principalmente grupal do filme e abandonado e o bom do filme e quando trabalha este lado do filme, que é muito pouco.
Na realizaçao Muschietti repete a realizaçao do primeiro filme. O nivel estetico de Pennywise e bem conseguido, muito por culpa de uma interpretaçao de primeira linha. E um realizador com parametros interessantes para o terror mas que perde outros valores que o primeiro filme tem.
Em termos de interpretaçao existem algumas escolhas naturais como Mcvoy e Chastain, embora as personagens de ambos sejam totalmente limitados no argumento, o qual da mais enfase as escolhas de desconhecidos para as restantes personagens. Volta a ser Saarsgard aquele que tem melhor rendimento.

O melhor - Pennywise no estilo gráfico.

O pior - Perde a empatia do grupo

Avaliação - C-

Tuesday, October 08, 2019

The Art of Self Defense

As comedias negras sempre tiveram algum impacto principalmente na forma como o cinema independente se expressa. Em pleno verão surgiu este pequeno filme, sobre o fundamentalismo dos hobbies, o qual foi apresentado em alguns festivais de pequena dimensão com algum sucesso critico, tendo avaliações positivas, sendo que comercialmente para um filme de pouca expansão os resultados ate foram competentes, muito por culpa de um Eisenberg que ainda tem algum valor comercial.
Sobre o filme podemos dizer que de principio a fim é mais peculiar do que funcional, sendo no entanto um filme com graça e com a curiosidade de satirizar com os fundamentalismos e dedicação que as pessoas fazem as pequenas causas. O filme funciona principalmente por culpa de personagem de Sensei que da a roupagem correta ao que o filme deve ser, caminhando o filme para o lado mais negro e independente que fazem o conceito resultar.
Do lado menos positivo parece-me claro que a personagem de Eisenberg acaba por ser mais do mesmo na carreira do ator, e que principalmente no seu inicio é demasiado patetica em busca da piada facil. Contudo depois de entrarmos no registo algo non sense do filme as coisas começam a resultar com originalidade sendo facil perceber que se trata de um dos bons filmes do ano.
Fica acima de tudo a mensagem e a critica bem pensada aquilo que muitas vezes acontece que e abandonar tudo por uma causa, o filme nisso e mestre muito por culpa de personagens e situações engraçadas, com um humor diferenciado e atual que faz com que o cinema ainda consiga ter alguma originalidade, pese embora nao seja sempre um filme coeso.
A historia fala de um contabilista isolado, solteiro que de repente depois de um ataque na via publica entra para o Karate para se tentar defender de eventuais novos ataques, altura em que começa a fazer da filosofia de karate a sua vida.
O argumento tem o grau de ironia que uma comedia negra deve ter, dialogos insolitos mas que acabam por ser engraçados e mais que isso personagens bem criadas para o objetivo. nao sendo uma comedia de riso continuo e curiosa e isso faz muita diferença.
Na realizaçao deste pequeno filme temos Riley Stearns um realizador desconhecido que tem aqui a sua obra mais competente num trabalho com a suavidade e contraposiçao que o filme quer dar. Esteticamente poderia ser mais trabalhado mas para um realizador quase desconhecido o filme ate funciona.
No cast parece-me claro que Eisenberg esta a ter dificuldade em sair deste registo que ja sabemos que encaixa na sua estetica e mais que isso nos tiques habituais. O filme funciona bem melhor com Nivola como um sensei bem criado que acaba por ser o bom equilíbrio do filme,  demonstrando um bom momento de forma

O melhor - O carater satirico do filme.

O pior - O filme entra muitas vezes no lado non sense

Avaliação - B-

Monday, October 07, 2019

In the Tall Grass

A Netflix encontra-se a tentar apostar em diversos registos com o objetivo de adquirir um poder na produçao e distribuição de filmes que seja mais um trunfo no seu mercado. Num ano hiperativo fica também marcado por o regresso de Vicenzo Nitali ao mundo do terror circular, que lhe deu a fama com o estranho Cubo. Ao contrario deste seu filme este não capitalizou a critica com avaliações medianas com ligeiro pendor negativo. Do ponto de vista comercial a falta de figuras de primeira linha podera não tornar este filme dos mais apeteciveis da Netflix.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo inicia bem, a forma quase claustrofobica com que faz as personagens se perderem num campo com vegetação elevada e a sensação que o filme da do desespero das personagens centrais. So que rapidamente o filme abandona este registo para um lado circular em termos de tempo e com um aspeto metafisico com explicação o torna tudo confuso, irreal e pouco assustador.
O filme e daqueles que quer ter um conceito sem logica para explicar a sua logica e quando e assim em filmes com alguns objetivos de terror normalmente as coisas nao funcionam concretamente no impacto que as imagens e as sequencias tem no espetador. Fica mesmo a ideia que o filme é demasiado metafisico para impressionar e nunca consegue ter o lado surpreendente de Cubo, embora comece com o mesmo preceito.
Ou seja um filme que pelo contexto espacial e temporal circular das personagens era de execução dificil, mas que nunca funciona em termos de impacto. Fica a ideia que tambem as personagens sao abandonadas em deterimento da situação e isso faz com que um bom inicio de filme nao resulte particularmente num filme de grande impacto o que é necessario sempre num filme de terror.
A historia fala de dois irmãos que se perdem numa vegetação isolada depois de tentarem socorrer um menor, o que conduz a um campo de vegetação com carateristicas e ambiçoes proprias que coloca em causa tudo o que conhecemos do tempo e da vida.
Em termos de argumento o filme é exigente porque quer ter dimensao temporal, e mais que isso quer ser surpreendente nas explicaçoes mas acaba por confundir demasiado o espetador e nao ter a objetividade necessaria para o impacto dos seus fundamentos.
Natali funcionou com cubo quer na historia quer no conceito, conseguiu anos mais tarde funcionar com Splice mas a sua carreira nunca ficou vincada no cinema tendo passado para a televisao. nesta tentativa de regresso a setima arte temos um conceito mas nao nos parece o filme mais feliz.
No cast um grupo de jovens quase desconhecidos nao sao colocados a prova num filme sem grandes personagens que dá a um Wilson monocordico o lado negro da historia sem grande brilho para nenhum dos intervenientes.

O melhor - Os primeiros dez minutos.

O pior - Quando as realidades temporais se cruzam o filme perde muito do impacto

Avaliação - C-

Sunday, October 06, 2019

Stuber

Existem personagens que por vezes se encaixam em generos sem ser natural. Dave Bautista principalmente pelo seu trabalho em guardioes da galaxia foi um desses atores seguindo o caminho de THe Rock. NEste ano teve aqui o seu registo mais mediatico com Nankiani, numa comedia de açao que nao conquistou particularmente a critica com avaliaçoes demasiado medianas, e mesmo comercialmente sendo uma comedia de estudio de verao ficou longe das expetativas.
SObre o filme eum confesso que Nanjiani me tinha surpreendido o ano passado com THe Big Sick e que poderia se tornam num estilo de humor que funcionava mas que neste filme falha em toda a linha e falha nos principios comuns do filme, desde logo porque Nanjiani nao consegue ter um argumento que lhe permita ter graça, ou consiga fugir da imagem de inocente, e por outro lado Bautista tem um aspeto demasiado rigido para ser The ROck, e logo o filme nunca consegue ter graça o que e mortal para uma comedia.
Por outro lado como produçao e principalmente no que diz respeito a intriga de açao nunca consegue criar qualquer expetativa no espetador revelando de imediato o ponto que poderia ser mais surpreendente transmitindo claramente que o filme nao tinha qualquer aposta na sua historia ou argumento, o que em si demonstra bem as fraquezas do filme.
Ou seja um filme curto apostado em tentar render dinheiro com Bautista na comedia e pouco mais com a atualidade do Uber e a sua aplicaçao que rende algumas tentativas de piada mas que nunca deixa na verdade o filme ser minimamente engraçado e isso e claro ao longo de hora e meia de duraçao
A historia fala de um policia durao que presegue um traficante de droga que matou a sua companheira que acaba por recorrer a ums serviço de Uber, onde lhe liga a um peculiar condutor que conduz a uma dupla improvavel.
No argumento o filme nao funciona em nenhum dos seus dois pontos de base, como policial e intriga o filme nao existe, nao se prepara nao densifica a historia e em termos comicos tem demasiadas tentativas para o seu real valor.
Na realizaçao deste simples filme de estudio temos Michael Dowson um realizador quase desconhecido que tem aqui o seu filme de maior destaque mas sem brilho parece uma comedia de segundo nivel a todos os pontos e principalmente na açao deveria ter bem mais impacto.
No cast Nanjani funciona neste registo meio bobo embora com um argumento pobre para este tipo de personagem. Ao seu lado um Bautista duro mas de poucos recursos demonstra que nunca sera um The Rock

O melhor - ALguma agressividade em algumas sequencias de açao

O pior - EM termos comicos o filme nao existe

Avali
ação  D+

Joker

Joker e talvez a personagem de super herois aquela que ao longo do tempo nos deu interpretaçoes mais marcantes tendo inclusivamente dado o oscar a Ledger que acabou por falecer antes de o receber. Neste ano e com muita expetativa saiu o filme a solo sobre o vilao e logo com uma figura de peso para esta interpretaçao o que ainda mais expetativa criou em todo o mundo do cinema. Criticamente as coisas começaram com impacto depois da vitoria em Veneza, embora nos EUA as coisas nao correram particularmente bem ao filme, embora o impacto junto do publico tenha sido total e tudo leva a crer que ira tornar este filme um sucesso comercial de grandes dimensoes.
Este e um filme pouco natural no espectro dos filmes de super herois ou da luta DC e Marvel. Este e o vilao mais carismatico da historia e o filme e sobre ele, com muito dos elementos que poderiam criar na realidade uma personagem como aquela. Temos um filme bem terreo, bem real sem truques e isso torna o unico, embora inicialmente algo repetitivo o filme acaba por ser resgatado na segunda parte para um filme poderoso, inquietate que cresce a reboque de uma interpretaçao para a historia.
POdemos dizer que nao e o filme esperado, isso devia-se ter percebido com a escolha do protagonista, iriamos ter muito mais um filme sobre saude mental do que sobre super herois, sendo a historia conhecida apenas o pano de fundo, e o que e certo e que o filme resulta. Nao cai no erro de adornar a personagem dando-lhe apenas um contexto e isso torna-se imponente como poucos filmes foram nos ultimos tempos.
Sem duvida um dos melhores filmes do ano que mais do que um excelente argumento consegue pensar a persoangem num dias de hoje, no contexto politico e social de alguns paises e dar-nos a explicação plausivel para o que poderia ter criado tal personagem e nisso o filme e extremamente bem conseguido.
A historia fala-nos de um aspirante a comediante com muita dificuldade social que acaba por de repente se tornar e afirmar-se com o crime.
O argumento nao e propriamente o melhor do filme, ou pelo menos nao e o mais completo. E brilhante no contexto politico e social em que insere a personagem, tem alguns dialogos de ponto mas  e demasiado serio e dramatico o que alguma ironia poderia dar uma roupagem mais forte e carismatica da personagem.
Na realizaçao a escolha de Phillips surpreendeu por ser um realizador tipico de comedia, que aqui tem uma boa realizaçao principalmente pelo lado sombrio e por romper com o seu passado como realizador e dar-nos muito mais do que um interessante realizador de comedia.~
No cast temos um espetaculo a solo de Phoenix do primeiro ao ultimo minuto. Numa personagem que ja tinha sido bem interpretada e historicamente marcante Phoenix consegue ser brilhante, encaixando a personagem no que de melhor faz e dar um show do primeiro ao ultimo minuto do filme. Se fosse a primeira interpretaçao da personagem tinha oscar encomendado assim vai ter de aguardar.

O melhor - Phoenix e a atualidade da personagem

O pior - A primeira meia hora de filme e demasiado circular~

Avaliação - B+

Wednesday, October 02, 2019

In the Shadow of the Moon

Num ano em que a Netflix tem estado particularmente ativa no lançamento nao so das suas produçoes mas tambem em algumas distribuições surgiu este Thriller policial futurista que acabou por passar algo despercebido na critica com avaliaçoes muito medianas, nao tendo tambem tido grande impacto comercial no que diz respeito a divulgaçao do formato.
Sobre o filme podemos dizer que este tem uma introduçao funcional na forma como cria o suspense e o enigma do que realmente acontece, e mais que isso na forma como nos da a personagem com os seus atributos mas mais que isso com os seus defeitos. COntudo com o passar do filme, ou seja, com os intervalos temporais o filme vai perdendo o norte, vai perdendo as suas qualidades para ser uma confusao pouco interessante com a introduçao de elementos completamente desligados do filme, começando a perder todo o impacto que o filme acaba inicialmente por ter.
Todos sabemos a dificuldade de fazer um filme com intervalos temporais e com viagens espaciais, mas parece que o filme poderia desde logo completar melhor os seus espaços pois fica a ideia que com o passar do tempo o mesmo acaba por perder o seu norte sendo a ultima fase do filme uma tentativa de minorizar danos algo que nos parece que ja surge demasiado tarde.
Fica a ideia que um filme corajoso deveria ser pensado mais como um todo, ficando a ideia que a objetividade e simplicidade que funciona melhor no seu inicio vai-se perdendo ao longo de toda a duração do filme resultando no thriller desligado, que tenta ter uma dimensao concetual que nunca consegue ter.
A historia fala de um policia que tenta perceber uma serie de mortes em serie, que se repetem a cada nove anos, numa altura em que a vida do mesmo vai sofrendo alterações este vai tentar desvendar o que esta por tras de tao misteriosas mortes.
O argumento do filme e arrojado mas na verdade nao funciona como um todo, a personagem central base de todo o filme vai-se perdendo com a duraçao e a cada compacto e mais que isso as explicaçoes para tudo o que vemos acabam por ser feitas a retalho para um resultado pouco competente.
Na realizaçao Jim Mickle e um jovem realizador com pouco mediatismo que tem aqui um filme que lhe poderia dar uma excelente realizaçao em face das diferente epocas que o filme passa, mas que acaba por nunca aproveitar isso, o que torna quase inaceitavel a oportunidade perdida.
Sobre o filme parece-nos um dos papeis exigentes pois tenta que a personagem passe por diferentes fases. Hallbrock parece ter intensidade mas a personagem nao acaba por fazer brilhar o que poderia em face do seu proposito, ficando na duvida se tal se deve a forma como a mesma foi escrita ou pela interpretaçao em si.

O melhor - O primeiro segmento

O pior - A forma como o filme entra no regime de bola de neve em tornar o argumento pouco interessante

Avaliação - C-

Tuesday, October 01, 2019

Midsommar

Ari Aster nos ultimos  anos e principalmente depois do sucesso imbativel de Heriditary tem aqui a sua nova obra, mais uma vez com muito conceito que o diferencia da maior parte dos realizadores de um genero tão complicado como terror. Novamente Aster conseguiu na sua essencia conquistar grande parte da critica recuperando as avaliações positivas que tinha conseguido no seu filme anterior. Comercialmente as coisas voltaram a correr com alguma força tendo em conta que não e um filme com figuras de primeira linha.
A primeira coisa que é indesmentivel no cinema de Aster e que temos aqui um cinema de autor totalmente diferenciado do que a maioria faz, e mais que isso temos risco. Um realizador que se propoem em fazer um filme de terror em plena luz do dia e algo que não é obvio e que neste caso resulta, muito na linha do que tinha acontecido com Heriditario, Aster consegue levar as personagens para o seu limite com muita facilidade, e mais que isso a sua forma de filmar consegue tornar algo simples em assustador.
Posto isto eu confesso que depois em ambos os filmes um problema surge, que é o filme entrar demasiadas vezes numa dimensão demasiado paralela para ser compreensivel ou para ter mais impacto para alem do lado visual, o que aqui ainda se torna mais gritante tendo em conta a longa duração do filme.
Por tudo isto parece-me que Midsomar e talvez um dos filmes de terror com mais cunho proprio, embora nos pareça que em termos de argumento se perca demasiado em extravagancias que ajudam a criar um espirito de loucura instalada embora faça o filme perder algum do impacto imediato. A escolha pelo solesticio e absolutamente o trunfo do filme em toda a linha.
A historia fala de um grupo de amigos que se reune e desloca-se para uma comunidade na suecia de forma a estudar os costumes e tradiçoes de uma comunidade muito particular. Tudo começa a piorar quando percebem que as tradiçoes daquele grupo estão longe de ser minimamente convencionais.
EM termos de argumento este filme está longe de ser brilhante pese embora tenha um principio muito interessante fica a ideia que com mais objetividade e menos estravagancia o argumento poderia ter mais impacto para o resultado final, principalmente na construçao das personagens da dita comunicade.
Na realização Aster funciona nao so nas historias por si montadas nas suas caracteristicas diferenciadores mas acima de tudo por realizaçoes muito proprias com cunho de autor. Fazer terror com cor e som esta longe de ser facil e ele aqui consegue.
No cast um conjunto de jovens atores com Pugh uma das atrizes do momento a encabeçar um cast que não e propriamente muito aproveitado. Fica a ideia que as personagens poderiam ser mais trabalhadas e isso resultar em melhores interpretaçoes como acabou por acontecer com Collete em Hereditary. Reynor surpreende mais ja que se trata de um ator de uma segunda linha.

O melhor - O conceito e a realização

O pior - A forma como o filme acaba por ser perder em extravagancias numa duraçao muito longa

Avaçliação - C+

Between Two Ferns: The Movie

Zach Galfinakis ainda antes de se ter tornado num ator mediatico muito por culpa do sucesso de Hangover foi a face de um projeto de um talk show de entrevistas dificeis o qual ao longo do tempo se tornou quase num objeto de culto. Engraçado foi que passado alguns anos da serie ter as suas edições a Netflix ter pegado no projeto e decidido dedicar um filme ao mesmo. Criticamente as coisas nao foram muito positivas para o filme, com avaliaçoes medianas e mesmo em termos de mediatismo parece-nos claro que a Netflix ja teve objetos mais conceituados.
Sobre o filme eu confesso que gosto do estilo do Talk Show, acho engraçado dá-nos algumas gargalhadas e encaixam bem no lado desajeitado de Galfinakis. O problema deste filme e o proprio filme para alem das entrevistas que é francamente basico e desnecessário. Fica a ideia que uma nova serie de entrevistas era muito mais porficuo do que um filme que enche o restante com uma especie de comedia dramatica de grupo que pouco ou nenhum sentido faz.
Salva-se que provavelmente assim mais gente tera contacto com um formato de demonstra alguma auto critica mas mais que isso que consegue ser engraçado, o filme deixa-nos alguns momentos desses quase sempre nas sequencias das entrevistas e das suas perguntas ja que as respostas basicamente não existem. Em termos de historia percebe-se que a originalidade e mais que isso a criatividade foi gasta nas perguntas.
Mesmo assim e como o facto de termos aqui uma compilaçao de entrevistas temos um bom produto para se ver por si so alguns minutos descontraido, e com a ambiçao de vermos mais figuras de primeira linha colocados na pele do entrevistas, relativamente ao restante recheio, obrigado mas e dispensavel.
A historia fala da equipa do talk show between two ferns que tem duas semanas para gravar uma serie de episodios com uma equipa fraturada e mais que isso com um cache limitado, sendo o filme uma road trip com o objetivo de chegar a figuras conhecidas.
Em termos de argumento como ja dissemos acima tudo esta centrado nas entrevistas em si, as quais funcionam e bem, principalmente no plano humoristico, no restante o filme quase nao existe, ficando ideia que é apenas um contexto simples para as entrevistas.
Na realizaçao deste filme quase documentario surgiu Scott Aukerman realizador de televisao com um passado na comedia, que tem aqui um trabalho simples, muito na onde de um documentario, e pouco mais. Nao e um filme comum e isso provavelmente nao chamara grande atençao.
E dificil analisar este filme em termos de interpretaçoes ja que todos interpretam eles proprios, claro que no caso de Galfinakis temos a personagem do mesmo, que vai de encontro ao seu percurso como ator e comediante.

O melhor - As entrevistas

O pior - O restante recheio nao faz grande sentido

Avaliação - C+

Toy Story 4

Vinte e quatro anos depois da Disney e Pixar terem mudado por completo o mundo da animação com a introdução do 3d, e do digital com Toy Story, surge o quarto episodio do franchising de maior sucesso critico da animação, que mesmo no quarto episodio conseguiu reunir boas avaliações criticas, sendo que comercialmente e pese embora as crianças de hoje não sejam as de ontem, denota-se uma ligação forte entre o publico e as personagens.
Toy Story 4 não sendo o melhor filme da saga e uma competente sequela. Existem coisas que pouca ou mesmo nenhuma saga de animaçao conseguiu conciliar tão bem como Toy Story, desde logo o lado emocional e real das historias, todos a determinada altura conseguimos perceber o crescimento que fizemos com a historia. Mas mais que isso o filme também funciona em termos humorísticos com personagens muito vincadas para esse sentido, e isso acaba por fazer o filme ser mais completo.
Outro dos valores que foram sendo muito bem trabalhados ao longo dos filmes foi o facto de cada um contar um momento de vida com realismo e isso tornar tudo bastante emocionante na ligação entre os personagens e o espetador, algo que tambem e potenciado pelos brinquedos em si fazerem parte do nosso mundo de crianças, fazendo com que cada episodio de Toy Story seja um revivalismo para todos.
E obvio que em termos do significado Toy Story 4 e ligeiramente inferior ao seu anterior, principalmente pelo final e o seu significado, pelo interregono entre os filmes. Fica na mesma a ideia que independentemente se regressa ou nao dificilmente uma saga de animaçao sera tao competente com este Toy Story sendo este ultimo filma mais uma prova dessa competencia.
A historia segue Woody na tentativa de resgatar um brinquedo criado pela sua nova dona e a qual se encontra muito proxima do mesmo, o que a o leva a um reencontro com uma figura que marcou o seu passado e que marcara o seu futuro.
Em termos de argumento mais uma vez temos um filme bem escrito, emotivo, comico, com personagens muito bem elaboradas e atuais que conjugam num otimo filme familiar com conceito e mais que isso num filme que acaba por ser uma homenagem a uma infancia.
Na realizaçao deste quarto filme Josh Cooley ficou com a direção uma estreia num plano facil ja que em termos esteticos tudo estava montado sobrando apenas o lado da escrita que ficou a cargo de obreiros muito capacitados. mas estrear-se com Toy Sotry e o melhor que poderia ocorrer a alguem que quer fazer carreira na animaçao.
No cast de vozes o filme repete uma dupla imbativel como Allen e Hanks nas personagens centrais. Nas novas aquisições tudo funciona, desde a dupla Peele Key, e Reeves são excelentes nos objetivos de cada personagem.

O melhor - A forma como o filme consegue ser engraçado e emotivo

O pior - Ligeiramente pior que o antecessor.

Avaliação - B+