Thursday, September 30, 2021

Together

 Parece obvio que com o passar do tempo e quem sabe dos anos que o cinema se ira debruçar a fundo sobre aquilo que vivemos nos ultimos tempos com diversos filmes sobre a pandemia e mais do que tudo sobre o Lock Down que todos os nos fizemos a determinado momento. Um dos primeiros filmes a tocar nesse ponto foi este original Together. Pese embora a originalidade da abordagem a critica nao foi particularmente entusiasta com o projeto com avaliaçoes algo dispares. Do ponto de vista comercial, um filme muito ingles, tentou a sorte num mercado global mas ficou muito aquem do razoavel onde nem a experiencia de um Daldry conceituado salvou o filme.

Sobre o filme, a primeira nota com sublinhado e para a originalidade da abordagem, a forma como nos da uma drama familiar com duas personagens que de alguma forma falam com o espetador sobre as suas vivencias em diversas fases da resposta ao Covid um pouco por etapas da propria relação. Essa originalidade da abordagem e claramente diferente, não permite o filme adquirir grande ritmo mas permite bons momentos de interpretaçao principalmente nos monologos.

Claro que depois e num filme com 90 minutos este estilo limita o alcance real que o filme consegue teor e nesse particular e um filme pequeno que se centra nessa ideia. O filme tem algum do humor ingles a determinados momentos e muito reflexivo sobre os seus momentos mas sofre pelo estilo nunca permitir um filme maior e trabalhado.

Mesmo assim quer pelo tema atual, pela forma como consegue dividir o filme por segmentos bem divididos, mas principalmente pela originalidade da abordagem merce ser visto e aperciado, com uns segmentos melhor que outros ou nao fosse um filme declaradamente dividido, fica a clara ideia que e um filme que aproveita o tema para explorar um estilo e as coisas nao sendo brilhantes acabam por funcionar.

A historia fala de um casal com um filho, completamente em rutura ao longo de diversos momentos ao longo da pandemia e do confinamento com os pontos de vista de cada um deles a cada momento, como um briefing da propria relaçao.

O filme tem um argumento muito competente que se traduz na originalidade da abordagem mas tambem na forma como o mesmo consegue bons dialogos quer entre as personagens ou mesmo os monologos com os espetadores. Pode cair em momentos em algum cliche em alguns temas mas o resultado do argumento acaba por ser um dos vetores mais fortes do filme.

Na realizaçao Daldry foi um realizador que surgiu muito repentinamente mas que se tornou num realizador competente, mas algo tarefeiro dentro da tradiçao inglesa. Depois de algum tempo perido a experiencia em The Crown trouxe-lhe novamente o sucesso num genero diferente e aqui arriscou embora num filme sem o impacto de outros.

No cast um filme a dois, um McAvoy com intensidade e recursos que ainda perde por nao consistencia total. Fica a ideia que alguns momentos sao muito melhor que outros e isso leva a que exista algum desiquilibrio, embora tenha bastantes recursos que o fazem um dos actores do momento. Ao seu lado Sharon Horgan uma quase desconhecida que tem um papel mais simples deixando espaço ao seu companheiro de elenco.


O melhor - A originalidade da abordagem

O pior - Cai nos temas obvios


Avaliação - B-

The Prisioners of Ghostland

 É dificil perceber naquilo que a carreira de Nicholas Cage se tornou. Podemos considerar que o alto elevado numero de filmes por ano, marcado por produçoes de qualidade mais que duvidosa em que muitos dos filmes se tornam de culto por serem deliberadamente absurdos tornou nos ultimos tempos a carreira de Cage um caso de estudo. Este ano e depois de ter voltado a algum brilho com o aclamado Pig eis que surge este estranhissimo filme que acabou por ser melhor recebido criticamente do que pelas pessoas em si e do ponto de vista comercial simplesmente não existiu.

Sobre o filme, e de uma forma muito pessoal, quando vi Pig fiquei com a sensação que Cage poderia regressar a um nivel mais aceitavel dos seus filmes, que rapidamente este filme acaba por deitar por terra. Este e uma daquelas obras de uma excentricidade de tal forma total que tira qualquer sentido ou mesmo qualquer tipo de análise ja que o absurdo narrativo e tal que se torna incomrpreensivel e questionamos o que passou na cabeça de quem fez este filme.

Em termos estéticos o filme ate poderá ter alguns apontamentos diferenciados mas isso cai totalmente no vazio numa historia completamente absurda e sem sentido a qual e preenchida por um recheio de detalhes ainda mais absurdos que chega a ser cómico, embora tenha duvidas que tal seja o objetivo do filme. Tudo se torna numa espécie de obra gótica absurda que pouco tem de artístico e muito menos tem de criativo, ficando sempre a ideia que o objetivo da obra e ser absurda.

Ou seja um daqueles filmes que nos ficam na retina pela falta de qualquer tipo de objetividade ou mesmo de clareza. Que marca pelo aburdo da maior parte da sequencia de imagem que vemos e pela forma como nao conseguimos interligar a informação. Por tudo isto pouco ou mais se poderá analisar este filme do que um desastre completo a todos os niveis.

A historia fala de um assassino que tem como missão para sobreviver ir a procura a uma espaço particularmente perigoso de uma sobrinha de um lider, onde vai ter de se deparar com um espaço recheado de particularidade.

O argumento é um autentico atentado a qualquer lógica que estamos habituados o que preenche não so a historia de base completamente disparatada, pouco interessante e sem sentido, bem como os detalhes de construção de personagens, dialogos e afins que tornam tudo um deploravel conjunto de ideias sem qualquer tipo de organização.

Na realizaçao Sion Sono tem a extravagancia do cinema oriental com muita cor, muita rebeldia e pouco sentido, mas o filme torna-se muito dificil de ver, ainda que com alguns detalhes concetuais que poderiam ser interessantes fosse o argumento capaz de ter alguma comunicação com o espetador.

Sobre o cast temos um Cage igual a si proprio nos ultimos tempos, desligado, fisico pouco ou nada comprometido e uma Boutella que ja teve um espaço de maior atenção e que agora resiste em filmes de segundo nivel, a qual aqui tem apenas um trabalho mais fisico.


O melhor - Alguns cenarios e construções de espaços

O pior - Nao ser possivel de seguir


Avaliação - D-

Tuesday, September 28, 2021

Intrusion

 Numa altura em que a Netflix prepara-se meticulosamente para a temporada de premios, onde tem estado bastante ativa nos ultimos anos, alguns dos seus projetos menos ambiciosas vão sendo lançados entre outros. Um desses filmes foi o thriller Intrusion com uma dupla de actores que ja estiveram num melhor ambiente em termos de desenvolvimento de carreiras e o tipico filme de suspense. O resultado critico do filme foi bastante negativo, com avaliações muito danosas para o filme e que resultou, quem sabe, no pouco impacto que o filme acabou por ter na plataforma.

Sobre o filme temos um filme de explicaçao rapida que tenta jogar com twist sobre o porque das coisas, mas acaba por ser previsivel de mais e dar demasiado cedo uma noçao de como tudo vai acabar quando e pensado para o oposto. Este exagero acaba por ser um defeito que provoca dano no impacto de cada minuto, e resultar num filme frouxo, repetitivo e pouco original.

Outro dos problemas do filme acaba por ser a clara falta de explicaçao para o que quer que seja, tenta abordar a questão da saude fisica vs mental sem nunca na realidade se debruçar sobre qualquer uma delas, diferenciando-as por completo naquilo que é a reação. Por outro lado temos uma das personagens mais mal caracterizadas que tenho memoria, um vilão com os tiques todos de o ser e que tenta esconder essa vertente.

Por tudo isto um thriller serie B de qualidade muito reduzida, que peca nos parametros essenciais de qualquer historia de suspense, que e a previsbilidade, fica a ideia que o filme nunca consegue encontrar o norte e a toada e sofre por escolhas muito deficitarias nos seus elementos fulcrais, ou seja um desastre.

A historia fala de um casal que se muda para uma terra pequena, mas que acabam por ser incomodados por intrusos com intençoes duvidosas, mas que os leva a uma reflexao sobre o passado e sobre a razão de tal assalto.

Em termos de argumento o filme esquece as personagens, tem a ideia do balanço entre doenças que nunca consegue potenciar e perde completamente o sentido na forma como denuncia tudo o que nos vai revelar que acaba por ser dos piores defeitos que um argumento de um thriller acaba por ter.

Na realizaçao Adam Salky e um realizador de segunda linha que consegue ter uma boa caracterização espacial e da casa que acaba por dar o contexto para a intensidade psicologica que o filme quer ter, mas depois falha naquilo que e o esconder da historia para o impacto, e isso e um defeito que tem de ser sublinhado.

Se em alguns momentos muitos pensaram que Marshall-Green e Pinto poderiam ser figuras maiores do cinema, com inicios de carreira auspiciosos, este filme demonstra e explica o porque de nao terem sido, e de atualmente deambularem por projetos menores. Marshall-Green coleciona tiques sem grande sentido que destroem a revelaçao do filme e Pinto, parece sempre fora de tom, num espetaculo fraco de atuaçao que acaba por ser uma balanço atual da carreira de ambos nestes ultimso anos.

O melhor - A casa


O pior - A personagem de Henry


Avaliação - D



Sunday, September 26, 2021

Old

 Apesar de colecionar no seu percurso diversos sucessos e insucessos, cada vez que M Night Shylaman lança o seu novo filme existe sempre algum burburinho e expetativa relativamente a formula que o mesmo vai utilizar e que surpreendeu os mais desatentos num inicio de carreira. Old e mais uma ideia estranha que tenta resultar, contudo criticamente mais uma vez ficou a meio caminho, algo que tem sido muito comum numa carreira no minimo estranha de um realizador que ja dominou hollywood. Por sua vez comercialmente o filme lançou a estrategia de devolver o publico as salas e o resultado para a contingencia foi bem interessante, tornando-se num dos filmes que devoveu o publico as salas.

A premissa e original, diferenciada, um espectro de originalidade que vai fazendo falta ao cinema atual, embora claramente com dificuldade em funcionar pelo menos como um todo. Em termos de personagens fica a ideia que podia ir mais longe criar mais conflitos, alongar mais a historia de cada personagem um pouco como a serie Lost fez na primeira season, essa falta de profundidade acaba por ser o maior senao do filme

A forma como tudo se desenvolve embora nao seja brilhante e eficaz na forma como o filme quer encaminhar-se para a sua conclusao a qual acaba por ser algo previsivel, principalmente para quem estiver atento ao filme, mas que por sua vez acaba por ser uma premissa interessante e de impacto o que torna o filme uma agradavel surpresa de entertenimento que faz falta nestes dias.

OU seja um filme que surpreende pela ideia e pela forma como justifica bem a sua ideia, com algumas dificuldades no desenvolvimento do argumento e da intriga onde ficou espaço para muito mais, mas que no final dá-nos algo diferente e por vezes essa e a maior falta que temos do cinema atual, a capacidade dele nos dar algo diferente.

A historia fala de um grupo de pessoas que embarca para um resort paradisiaco e percebe que a ilha onde sao encaminhados acelera o tempo transformando a vida toda num dia, que leva ao envelhecer rapido de todos.

Em termos de argumento a ideia de base e otima e original e potencia a novidade maior do filme. Em termos de concretização parece claro que poderia ser melhor recheado com melhores personagens e um maior grau de trabalho nos conflitos entre eles, mas a ideia vale o resultado do filme.

Na realizaçao Shylaman podemos gostar ou não gostar mas dos realizadores que mais arrisca em Hollywood e isso trouxe-lhe algumas obras de referencia e desastres completos que puseram em causa o seu trajeto: este fica a meio caminho ja que tras alguma das suas virtudes mais aperciaveis como o risco, mas também alguns dos defeitos que e a forma como nao blinda algum grau do argumento.

O cast e recheado de rostos conhecidos de um segundo nivel. Bernal e Kriepes sofrem por personagens algo lineares e que talvez o filme exigisse mais. Melhor os jovens Wolff e McCenzie em otima forma com a intensidade que o filme pede, para as suas melhores personagens.


O melhor - A ideia de base

O pior - Merecia melhor personagens


Avaliação - B-



The Starling

 Num ano em que a netflix esta novamente apostada em lutar ate a exaustao pelos premios da academia o arranque nessa luta poderia ser este comovente filme de Melfi, principalmente depois do sucesso do utlimo filme do realizador. Esta ida de Mccarthy ao drama profundo que no passado foi reconhecido o sucesso tornou-se no entanto num rotundo falhanço critico com avaliaçoes muito negativas que colocaram de parte qualquer tipo de ambiçao do filme. Tambem em termos comerciais e com as avaliaçoes negativas dificilmente teremos aqui um sucesso da aplicaçao.

Sobre o filme podemos dizer que temos um drama intenso que se debruça num dos piores acontecimentos possiveis que e a morte de um bebe pelo sindrome de morte subita, o filme fala das duas reaçoes distintas dos progenitores e principalmente na simbologia da ligaçao da personagem a um curioso passaro que passa a habitar na sua casa. O filme tem um valor metaforico interessante mas no desenvolvimento narrativo pouco mais temos do que o drama facil e intenso que poderia ser contornado com um argumento mais capaz.

Claro que e um filme que pelo tema em si tem um impacto emocional de tristeza, cabia ao filme reconstruir nao so as personagens mas tambem as emoçoes que vai dando ao espetador e ai o filme falha porque as novas emoçoes criadas nunca conseguem ter qualquer impacto imediato e mesmo no reconstruir tudo nos parece pouco coeso para aquilo que as personagens ou mesmo o filme necessitava.

Resulta assim um drama com um pressuposto intenso que poderia funcionar mas que na sua organização acaba por ter pouco mais do que a ideia e uma serie de sequencias para a emoçao facil. Mesmo a introduçao do passaro e da sua metafora fica bem melhor na ideia do que na execução. Fica a ideia tambem que o filme se debruça sobre o lado menos interessante do casal.

A historia fala de um casal o qual tenta reagir à adversidade da morte de uma filha bebe. Enquanto o homem procura ajuda especializada num centro de recuperação a mae permanece em casa tentanto reconstruir a sua vida de base, com a ligaçao a um veterinario ex-psicologo.

EM termos de argumento temos uma historia intensa, pesada e dramatica que o filme nos da precisamente dessa forma. O problema e que o processo passava por uma alteraçao gradual da toada do filme que o filme nunca consegue transmitir, muito por culpa de processos nem sempre bem trabalhados.

Na realizaçao Melfi era um realizador em expansao depois do sucesso de Hidden Figures mas que aqui parece voltar a um cinema de base de pouco ou nenhum impacto. Ficava a ideia que poderia ir mais longe em termos de carreira mas este filme e um claro passo atras.

No cast Mccarthy e uma actriz de comedia que por vezes arrisca e com sucesso no drama. A sua personagem tem bons elementos mas fica a ideia que o guião nao aproveita a sua intensidade dramatica dando sempre demasiadas aproximaçoes a sua interpretaçao de comedia fisica. Bem melhor um O Dowd tambem de comedia que tem momentos de boa intensidade e que com um filme mais forte criticamente poderia ter algumas menções.


O melhor - O lado da reação dele.

O pior - Assumir que aqui Mccarthy tinha de ser so drama


Avaliação - C-



Saturday, September 25, 2021

Best Sellers

 A entrada numa idade avançada e sempre dificil para atores que se tornaram iconicos e que crescemos junto a eles. Do fundo dos 88 anos Michael Caine tem uma carreira consistente e aos poucos continua a escolher filmes de uma forma esclarecida entre os quais este pequeno Best Seller sobre a ligaçao de uma herdeira de uma editora e um polemico escritor desaparecido. O filme obteve um receção critica mediana que nao deu ao filme o protagonismo que se esperava. Em termos comerciais um filme com claras poucas ambiçoes que acabou por passar desprecibido a maioria das pessoas.

Best Seller e um pequeno filme igual a muitos outros que levam a uma ligaçao geracional e com personalidades diferentes. Nesse particular o filme segue o caminho de muitos outros filmes sobre a mesma tematica, os quais ficam dependentes obviamente das personagens quer a solo quer da ligaçao e o filme neste particular funciona moderadamente porque o estilo de Plaza e Caine sao distantes mas encaixam-

Sobre o resto da tematica um pouco de satira aos dias de hoje em termos de literatura mas pouco mais, o caminho tipico da relaçao de odio e extremo até a ligaçao, contudo penso que o caminho nem sempre e o mais equilibrado e a aproximaçao deveria ser melhor trabalhada ao lomngo da duração do filme. Fica a ideia também que principalmente naquilo que é o resultado final o filme poderia, e deveria ter mais 5 minutos.

Ou seja um filme simples, para uma matine, que basicamente sublinha a ligação entre gerações para objetivos proprios de cada uma delas. E obviamente um filme repetitivo proximo de outros filmes com a mesma tematica, só que em contextos diferentes, e daqueles filmes que nos faz passar um tempo agradavel sem maravilhar.

A historia fala de uma herdeira de uma editora de livros em clara baixa, que de forma a tentar recuperar o sucesso e salvar a empresa decide encontrar um escritor antigo famoso, ainda ligado contratualmente a empresa mas que muitos julgam ja ter morrido.

Em termos de argumento e um filme simplista, com pouco ou nenhum risco quer em termos de narrativa, quer em termos de personagens e principalmente nos dialogos onde fica a ideia que existia espaço para mais. Em termos morais existe sempre uma boa mensagem.

Na realizaçao Lina ROessler e uma realizadora completamente desconhecida ate agora que tem aqui o seu objeto de estreia em longas metragens. Fica a ideia de um filme simplista que aposta quase tudo nas suas personagens e na diferença das mesmas que fica mesmo nos contextos espaciais que frequentam.

No cast Caine teve uma carreira preenchida e tem sabido envelhecer com papeis obviamente mais simples mas que continuam a demonstrar a sua versatilidade enquanto ator. AO seu lado a jovem Plaza que desespera por conseguir um lugar de maior relevo em Hollywood pese embora uma elevada quantidade de filmes que lança. Este e dos seus papeis menos irreverentes.


O melhor - A forma como a mensagem e transmitida de uma forma simples.

O pior - Pouco ou mesmo nada original


Avaliação - C+



Tuesday, September 21, 2021

Cry Macho

 Numa altura em que cada filme que Eastwood realiza e protagoniza em face do adiantar da sua idade muitos pensam que pode ser a sua propria despedida eis que os seus filmes reunem mais expetativa. Para este ano de 2021 e do fundo dos seus 91 anos de idade, surge um regresso a casa, num particular western passado maioritariamente no mexico fronteiriço. Criticamente o filme acabou por ficar na mediania longe dos melhores anos de Eastwood no genero e na realizaçao. Em termos comerciais o filme atacou o mercado dos cinemas e o streaming ao mesmo tempo mas os primeiros resultados ficaram aquem do que era esperado.

Sobre o filme e obvio que um realizador mesmo que frenético como Eastwood vai tendo dificuldade em face da idade em grandes manobras de realização, ainda para mais quando acumula com a interpretaçao, por tudo isto este e um filme simples, com uma realizaçao basica que ganha pelo contexto particular que nos da, e pelo coraçao na relaçao central. Ja nao temos grande movimento ou grande açao, sobrando alguns bons dialogos que vai fortificando a relaçao central do filme o seu alicerce.

Claro que outros apontamentos soam a estranho, desde logo um Eastwood que ainda insiste em ser agressivo ou pinga amor, que soa a totalmente despropositado num filme que poderia esquecer essas vertentes para ir ao fundo de uma questão como a relaçao entre idades e a honra tão importante no western, a questão e que as debilidades fisicas do protagonista limitam aquilo que ele pensa que pode fazer mas que ja nao fica tao bem.

Assim, mas do que um bom filme Cry Macho e um filme possivel, que tem apenas nos apontamentos do argumento que Eastwood aproveita bem para dar alguma ligeireza ao filme como o seu maior valor. Fica a ideia que no resntante temos uma previsivel e simples historia com o final esperado e a ideia que se calhar esta na hora de Eastwood ficar pela realizaçao se ainda estiver força para tal, ja que de resto fica sempre a ideia que sao filmes de homenagem.

A historia fala de um ex atleta de rodeo que embarca a pedido do seu patrão ate ao mexico para encontrar o filho deste, contudo rapidamente tudo se torna numa road trip em que o menor e procurado tambem pela mãe, mexicana a qual tem no seu controlo uma organização criminosa que torna a viagem um percurso complicado.

No argumento tirando alguns bons momentos de dialogo a dois, que faz o filme descontrair, em termos de desenvolvimento narrativo temos uma historia basica, pouco original, que nao consegue potenciar ao maximo os valores comuns do western, e que no final tudo não e mais do que um episodio ja visto.

Na realizaçao e obvio que Eastwood e um realizador de ponta que tem uma carreira incrivel. Ja e brilhante aquilo que ao longo dos anos nos foi trazendo mesmo quando a idade avançava. Aqui nota-se algum cansaço na captaçao de imagens que ainda e mais evidente quando tenta ainda ser o protagonista.

No cast parece-me exagerado a insistência que Eastwood tem em protagonizar os seus filmes, não esta fisicamente capaz para dar o seu melhor, e isso soa sempre a estranho num ator que fez sempre do seu carisma e presença fisica o seu mote, ja que em termos de recurso teve sempre dificuldades. O resto do cast e basicamente um linha para deixar funcionar o criador do filme.


O melhor - Alguns apontamentos de humor nos dialogos


O pior - Eastwood ainda pensa ter 70 anos, mas tem 90


Avaliação - C+



Sunday, September 19, 2021

Candyman

 Depois do sucesso colossas que Us, mas principalmente Get Out teve Jordan Peele tornou-se numa figura incontornavel do humor, mas principalmente pelo lado racial que ofereceu sempre aos seus projetos, os quais funcionaram sempre não so em termos comerciais mas tambem do ponto de vista critico. Durante muito tempo Peele esteve associado a realizaçao deste projeto o qual acabaria apenas por assinar como produtor. Isso baixou as espetativas criticas que mesmo assim acabaram por ser positivas para o filme valorizando o horror do filme base mas tambem o lado social e racial que o filme trata. Comercialmente e em epoca de pandemia e um dos projetos mais rentaveis do ano principalmente dentre dos EUA onde o fenomeno no filme original tambem foi sempre maior.

Sobre o filme podemos dizer que temos um curto filme de terror que vai buscar as personagens ao filme de base abandonando por completo as sequelas. Esta estrategia tem sido valorizada em outras sagas de terror iconicas dos anos 80 e aqui temos novamente isso numa continuação declara que torna o filme pelo menos muito mais proximo da historia original.

Parece-me no entanto que em termos esteticos e do impacto estetico e um filme ligeiramente mais artistico do que assustados o que para um filme de terror podemos dizer que nao e propriamente um elogio. A figura central acaba por ter bons momentos mas fica a ideia que o filme tem dificuldade em potenciar principalmente o momento central do filme.

Por tudo isto e mesmo louvando alguma da capacidade do filme para revisitar o original e de colar bem o argumento em termos de impacto de estetica e mais que tudo em termos de novidade da historia fica a ideia que principalmente tendo em conta alguns dos produtores envolvidos e da expetativa que isso gerou poderiamos e deveriamos ter um filme a todos os niveis mais consensual.

A historia segue um artista que depois de ter conhecimento da historia de Candyman começa a sua expressao plastica com a base no culto o que leva a que uma serie de mortes comecem aparecer e desenterrem o lado desconhecido do seu passado.

Em termos de argumento se o remendo ou a ligaçao que o filme faz ao filme original acaba por ser interessante e coesa o filme e bem menos fez a trabalhar a historia em si propria, onde nos parece por vezes abusar demasiado em alguma previsibilidade e principalmente num frouxo final.

Para a realizaçao e depois de Peele ter saido do projeto entrou Nia DaCosta uma realizadora afro americana que tem crescido em dimensão e que tem aqui o filme mais vistosos. O filme trabalha melhor no conceito estetico da autora do que no horror e nao sei se essa e a soluçao mais vantajosa para qualquer um dos dois.

No cast a despesa da casa esta por completo num dos atores em melhor forma em Hollywood um hiperativo Abdul-Mateen II que se entrega numa boa e intensa prestação fisica que acaba por ser dos poucos elementos que da horror ao filme, muito por culpa da caracterizaçao. Fica a ideia que no filme fica algo abandonado pela falta de algumas bengalas.


O melhor - O filme cola bem ao original

O pior - Tem dificuldades na sua propria historia


Avaliação - C



Saturday, September 18, 2021

Kate

 Uma das apostas da Netflix para esta reentrada no cinema após as férias grandes voltou a um estilo que esta muito na moda que são filmes sobre personagens de açao cujo unico objetivo e basicamente uma luta titanica contra tudo e todos, normalmente abraçando a historia de um assassina profissional. Este filme que basicamente tentou potenciar ao maximo Winstead como heroina de açao. Em termos criticos principalmente tendo em conta a quantidade de filmes semelhantes o que começa a fartar tudo e todos não conseguiu mais do que uma mediania critica pouco imponente. Comercialmente e com as dificuldades tipicas de todos os filmes netflix em ser avaliados parece-me que e um dos produtos comerciais mais vincados deste momento.

Kate e um filme de personagem duro, com pouco ou nenhum sentido que quer ser violento e estetico e pouco mais. A questão e que o filme tem muito pouco conteudo e que começa com perosnagens quase inexistentes pouco trabalhadas e pouto interessantes que navegam num argumento também ele maioritariamente vazio.

Tambem em termos de conceito estetico para alem do lado fisico e violento que o filme imprime nos primeiros momentos o filme acaba por depois desistir um pouco deste impacto o que vai fazendo com que os poucos atributos diferenciadores que o filme tenha nos primeiros minutos acabem por desaparecer, levando com que o filme caminhe de uma forma quase amargurada para o final, onde o previsivel twist final pouco ou nada trás de novo.

Por tudo isto o filme acaba por ser igual a muitos outros que este ano ja viram a luz do dia em diversas plataformas e que pouco ou nada traz de diferenciador. E daqueles filmes que tentam ser diferentes quando nada o fazem para mudar. Fica a ideia e a questão que de tirando alguma cultura asiatica o filme nao tem qualquer novidade.

A historia fala de uma assassina profissional que se ve obrigada a finalizar o seu trabalho perante uma menor que tempo depois tem continuidade e a leva a uma luta pela sobrevivencia contra uma organização criminosa associada a este evento.

Em termos de argumento o filme e a quase todos os niveis um vazio preocupante que passa essencialmente por um intriga quase circunscrita a uma ideia que tem ao seu lado personagens pouco ou nada interessantes. Mesmo a tentativa de twist final sabe a muito pouco no final de contas.

Na realizaçao Nicolas-Troyan que ja tinha estado associado a sequela pouco interessante de branca de neve e o caçador que explica a razão de que mesmo com meios os filmes nao terem sido particularmente impactantes. Tirando a escolha pela luz de toquio o filme tem muito poucos atributos que chamem a atenção para si.

No cast temos uma Winstead que tem o lado fisico e duro que alimentam a sua personagem, mas pouco ou nada e mais pedido. Temos um Harelsson que merece mais que esta personagem cinzenta e nada inovadora para a sua carreira.


O melhor - Alguma violencia grafica nos primeiros minutos

O pior - O filme nao so abandona estes atributos como não potencia mais nennhuma.


Avaliação - D



Thursday, September 16, 2021

Malignat

James Wan tornou-se nos últimos anos talvez a maior referência do cinema de terror colecionando projetos e franchising de grande sucesso que chamaram sempre a atenção pela sua formula de realização diferenciada que fornecia o impacto maior de cada sequencia. Depois de uma passagem por filmes de ação de grande estúdio, regressou este ano ao ponto de partida com mais um inicio. O resultado deste estranho filme não foi no entanto o esperado, ficando longe daquilo que conseguiu em termos de receção critica em filmes anteriores, sendo a estreia partilhada entre a hbo max e os cinemas uma escolha que também não foi feliz principalmente porque nao conseguiu cativar muita gente no cinema.

Sobre o filme James Wan sabe realizar como poucos e embora com um estilo diferente daquilo que nos habituou, sem a assinatura dos cenários esteticamente assustadores, optando por uma realização mais movimentada mas que serve os propósitos do filme, falha essencialmente no absurdo do argumento num misto de terror e horror com muito sangue à mistura não deixa de espantar a falta de sentido do argumento e afinal de contas da historia que o filme estranhamente quer contar.

Se existia alguém que poderia fazer pelo menos esteticamente um filme como este funcionar seria Wan, contudo e fruto dos filmes mais recentes do realizador fica a ideia que o mesmo fica num meio termo entre o terror e a ação e isso acaba por não ser suficiente para potenciar uma ideia descabida e mais que tudo foi incapaz de chamar a si protagonistas com dimensão que criassem a expetativa de algo maior.

Por tudo isto Malignant e um sofrível filme de terror, longe dos conceitos e das assinaturas que Wan nos últimos anos criou e que deu origem a diversos géneros e franchisings de terror com sucesso. Aqui temos um misto de policial de baixa qualidade e terror que pouco consegue impactar ficando apenas na retina imagens duras e pouco mais.

A historia fala de uma mulher que e capaz de ter visões sobre homicidios que ocorrer por parte de um estranho ser que poderá estar proximo do seu passado e que começa uma investigação de forma a perceber quem sera tão estranho ser.

O argumento e o calcanhar de aquiles em todas as vertentes do filme, uma historia sem grande sentido, que chega a desenlaces absurdos e que fica sempre a ideia que se perde em justificações no sentido de fazer imperar o horror das imagens, o que e curto para Wan e mesmo para o terror nos dias de hoje.

Na realizaçao Wan ja criou um estilo proprio e podera ser facilmente considerado o senhor terror dos nossos dias. Nos ultimos tempos parece no entanto andar a deambular por grandes produções sem grande sucesso e o terror onde tem perdido algum fulgor, necessita rapidamente de uma obra de referencia.

No cast o filme apostou por um elenco sem grandes estrelas dando a Wallis o protagonismo maior, num personagem que acima de tudo procura o fulgor fisico que consegue entregar embora no lado dicotomico parece-me que o filme não recolhe o melhor da actriz. Em lado secundário pouco de relevante


O melhor - A realizaçao

O pior - O estapafurdio da historia


Avaliação - C-



Monday, September 13, 2021

Respect

 O mundo dos biopic de figuras quase historicas como musicos de uma eternidade são sempre veiculos para premios e sucessos quando tudo corre bem. Talvez fosse essa a intenção de uma Jeniffer Hudson que ultrapassou a tempestade na sua vida pessoal. Este biopic produzido e interpretado pela cantora sobre uma Franklin que escolheu-a para lhe dar vida era um dos filmes que gerava alguma expetativa. Depois do lançamento o entusiasmo critico nao foi muito grande com avaliações demasiado medianas para dar ao filme o impulso necessario para voos mais elevados. No que diz respeito ao plano comercial o filme arriscou ir as salas de cinema e com algum sucesso, principalmente porque nos dias que correr não existem muitas escolhas.

Sobre o filme e claro que a carreira de Aretha Franklin não so musical, mas por tudo o que representa permite sempre contar uma historia rica, no qual queremos saber mais sobre aquilo que não sabemos. Parece-me ser esse o problema do filme, e que arrisca pouco ou mesmo quase nada, limitando-se a contar os pontos que toda a gente sabe, filmando os momentos musicais das suas musicas e concertos mais conhecidos com pouco drama familiar o qual e apenas o papel de parede de um filme que tem medo de ser controverso, e nos biopic isso e o primeiro passo para a indiferença-

Fica mesmo a ideia que o exagero dos momentos musicais, onde claramente Hudson pertendia dar o seu brilhantismo com a voz potente que tem acaba por diminuir o ritmo em demasia, principalmente tendo em conta que se trata de um filme com quase duas horas e meia. Tudo fica quase um documentario pastoso, com alguns momentos musicais que presta a homenagem a figura mas pobre como obra propria, ao contrario de outros biopic que conquistaram o mundo.

Por tudo isto fica registado com alguma falta de sabor o biopic que hollywood deu a Franklin, talvez a sua personagem e a sua historia merecesse mais, mas fica a homenagem e o respeito que o proprio filme tem pela figura. Daqui a uns anos alguem poderá arriscar mais ou o biopic cumpre com os minimos a necessidade de contar a historia.

O filme fala sobre todo o trajeto pessoal e artistico de Aretha Franklin desde o inicio a passagem pelas produtoras e os seus relacionamentos e causas, quer a tornaram como detentora de uma voz patrimonio da humanidade.

O argumento e simplista de mais, fica a ideia que fizeram um copy paste da wikipedia com os registos mais significativos e algumas vivencias familiares e construiram as imagens representativas desses momentos. Fica a ideia de pouca construçao de personagens secundarias e mesmo de dialogos que tiram ritmo e intensidade dramatica ao filme.

Para o leme da obra a escolha recaiu em Liesl Tommy uma quase desconhecida quase sempre associada a realizaçao de episodios de series de grande estudio, que foi uma surpresa e quem sabe um dos motivos porque o filme pouco arrisca, o facto de nao ter uma autora ja sublinhada no circuito. Este filme enquanto contruçao propria nao entusiasma minimamente, mas podera ser mais receio de arriscar do que falta de comptecencia.

O filme tem um objetivo de fazer brilhar Hudson onde a mesma se sente mais confortavel que e na voz, mas apesar da indiscutivel capacidade vocal da atriz e cantora, fica sempre a ideia que fica longe do que conhecemos de Aretha e isso era algo que nao poderia acontecer principalmente quando o filme nao lhe proporciona momentos dramaticos para brilhar noutros parametros. Nos secundarios pouco desenvolvimento dos personagens nao permite espaço para grandes subçlinhados.


O melhor - Aretha o mito

O pior - Fica a ideia que tudo e feito sem rasgo 


Avaliaçã



o - C

Sunday, September 12, 2021

Escape Room: The Tournament of Champions

 Dois anos depois de este filme de inicio de ano com uma premissa simples e proxima de Saw para adolescentes ter visto a luz do dia, com avaliações criticas moderadas mas com algum sucesso comerciais eis que surge a sua natural sequela, se calhar pensada para mais cedo, mas que devido a pandemia teve de se intrometer nos filmes de verão, algo que é sempre mais dificil para filmes deste estilo.  Em termos de critica o filme esteve proximo do primeiro filme, mediania, que não condiciona o seu percurso comercial nem angaria novos filmes. Comercial o mundo mudou e com isso os resultados mais escassos, ainda que com alguma visibilidade principalmente a volta do mundo.

Escape Room e um daqueles filmes curiosos em que nos dao personagens a tentar sobreviver em salas de enigmas, muito proximo do que Saw fez com maior sucesso, embora com a atualidade de jogos de sociedade que previamente a pandemia estavam na moda. Aqui temos o facto de seguirmos as personagens do primeiro filme,que normalmente não acontece nestes registos que mantem apenas o vilao. Aqui temos as mesmas personagens numa especie de liga dos campeoes que acaba por ser completamente indiferente ja que sao novas para o espetador.

Em termos de segmento dos enigmas criados o esperado, com invenções a mais, algo que ja estava bem patente no primeiro filme. Sabemos rapidamente como tudo vai acabar e o pequeno twist final acaba tambem ele por ser esperado ja que o filme da diveras pistas que não concretiza em sentido contrario e quando assim é todos sabemos como acaba, ou seja denunciado.

Por isso surge um titulo muito proximo em todos os procedimentos do primeiro filme, com poucos ou nenhum elementos surpresa, em filmes de baixo orçamento sem grandes estrelas com o unico objetivo de perpetuar algum ganho economico de uma ideia de sucesso passado. As mesmas vão perdendo fulgor embora tenha que indicar que não sei se tudo fica por aqui.

A historia segue a historia do criador e vilão do jogo e os dois sobreviventes do primeiro filme, que apostados em tentar encontrar o mentor de tudo o que passaram, acabam por ser encurralados num novo jogo com uma serie de ex-jogadores que sobreviveram os mesmos, numa especie de liga dos campeoes.

Em termos de argumento a ideia de base resume-se a mesma, já que apenas sabemos que os personagens introduzidos ganharam o jogo porque os mesmos dizem. No restante o mesmo estilo do primeiro filme com enigmas para resolver, e uma especie de twist final quase insignificante e nem sempre bem escondido.

Na realizaçao deste projeto Adam Robitel um realizador ligado ao terror que ja tinha trabalhado num episodio de Insidious, e que agora esta associado a este projeto. Filmes muito proximos em tudo de Saw, com um registo de crueldade de imagens mais low profile. Nao me parece que neste tipo de estilo se consiga algo mais do que ir ganhando trabalho em projetos mais ou menos semelhantes.

No cast um naipe de quase desconhecidos onde Taylor Russel uma jovem adolescente que ja teve algum destaque principalmente no amado pela critica Waves, mas que esta a ter muita dificuldade em cimentar a carreira em Hollywood o que talvez explique o regresso ao franchsing que de uma forma muito concreta pouco lhe pede em brilhantismo de interpretaçao. Ao seu lado Logan Miller tambem regressa no mesmo registo embora nos pareça um actor mais basico. James Frain e um vilão soft de quem se pedia mais no estilo de filme.


O melhor - O seu caracter concreto e facil.

O pior - O ter uma ideia que se resume à sua enunciação


Avaliação - C-



Saturday, September 11, 2021

Paw Patrol: The Movie

 E experiencia comum em Hollywood a rentabilidade economica de produtos, principalmente os mais vocacionados para os mais pequenos, dai que apos o sucesso mundial por muitos anos da serie da Nickelodeon Paw Patrol seria uma questao de tempo a um estudio pegar na saga e lhe dar o filme, o qual surgiu neste estranho ano de 2021 com o objetivo de levar os mais pequenos ao cinema. Num filme obvio cuja critica respondeu com a indiferença expectavel comercialmente o filme obteve significativo encaixe financeiro embora fosse claro que sem pandemia o resultado teria certamente outro impacto.

Sobre o filme o mesmo e como outros filmes baseado em series de animaçao mais um episodio grande com alguns apontamentos diferentes, desde logo no aprimorar digital das personagens conhecidas dando-lhe mais artefactos e alguma historia de retuagarda, concretamente ao policia Chase, e o ingridiente principal a integraçao de um heroi novo que perceberemos no futuro se continuara na serie ou sera apenas um artefacto do filme.

Por isto tudo o filme e igual a um episodio, com mais duração respeitando não so o espirito mas todos os apontamentos da serie que a faz mais proxima dos mais pequenos. Isso faz o filme ter um publico alvo demasiado diminuido e nao ter nunca maneiras de se adaptar quer a jovens e muito menos a adultos o que faz obviamente do filme demasiado redutor.

Ou seja um filme obvio com o objetivo unico de conseguir amealhar algum dinheiro tendo em conta a forte ligaçao dos mais pequenos a serie e desenvolver alguns produtos de markting. Fica a ideia que enquanto filme e principalmente comparado com outros filmes com o mesmo principio e um pouco pobre em termos de novos apontamentos.

A historia segue o grupo de canideos e o seu mentor, na tentativa de salvar a cidade de um vilao que tem como objetivo tomar conta da cidade e anular a presença de cães, sendo que o grupo tem a ajuda de uma cadela vadia de nome Liberty.

Em termos de argumento o esperado, uma açao simples que serve apenas de pano de fundo as sequencias de açao dos herois, com pequenas introduçoes simples a algumas personagens. A introduçao de uma nova personagem e o maior risco que o filme toma, mas so o futuro iremos perceber se foi uma introdução ou uma participação especial.

Na realizaçao do projeto Cark Brunker e alguem ja associado a outros filmes de animaçao mas de uma segunda linhagem que nunca fizeram grande sucesso. Aqui da algum trabalho tecnico de aprefeiçoamento as personagens centrais mas falta-lhe arte para dar uma assinatura ao filme. Pouco ou nenhum risco no projeto.

No cast de vozes a escolha de algumas figuras conhecidas para personagens de segundo plano acaba por ser apenas um pouco de sal a um filme que depende pouco das suas vozes porque acima de tudo e o conceito que impera.


O melhor - A forma como é fiel ao projeto

O pior - Um episodio grande


Avaliação - C



Wednesday, September 08, 2021

Naked Singularity

 Num ano onde o cinema parece ainda andar em passos de tartaruga alguns são os projetos que foram lançados que nos surpreendem não só por um registo pouco convencional mas acima de tudo por chamarem a si algumas figuras conhecidas. Um desses estranhos objetos e este filme sobre ligações no mundo judicial, numa especie de comedia negra com thriller que foi completamente arrasada pela critica com avaliações muito negativas, sendo que as mesmas condicionaram e muito o percurso comercial do filme o qual acabou tambem por ser desastroso.

Sobre o filme, o estilo rebelde que o filme assume é algo que normalmente até gosto nos filmes quando vem a reboque de um argumento minimamente coerente, e serve apenas como especiaria. O problema deste filme é que o mesmo é uma confusão plena de ideias, e de irreverências que tornam o produto final do filme algo impossivel de consumir, e estes pontos são essencialmente visiveis na confusão que acaba por ser o plano do golpe da intriga, mas acima de tudo as posiçoes de cada personagens.

A pior totos estes elementos o filme é acompanhado por elementos paranormais que nunca são potenciados e que chegamos ao fim questionando a razão de tal existência. Fica a ideia que é apenas um ato de rebeldia solto sem qualquer tipo de sentido que torna tudo ainda estapafurdio. Mesmo a cena final em que o filme parece querer dar um impacto de sucesso a personagem acaba por se tornar mais um ato falhado que nao concretiza sequer a missao central do filme.

Por tudo isto Naked Singularity e um dos filmes com melhores actores que mais desprediça o talento num conjunto de irreverências sem qualquer efeito prático. Pede-se a este tipo de cinema alguma objetividade ou pelo menos que o filme em si tenha objetivos o que aqui acaba por nunca existir, tirando algumas tiradas soltas de humor que são concretizadas com moderado sucesso mas que são claramente escassas para fazer prevalecer qualquer tipo de impacto no filme.

A historia fala um jovem jurista com ambiçao de ir mais longe mas com problemas claros com as autoridades do tribunal onde trabalha, que juntamente com um colega e com uma funcionaria dos carros apreendidos tentam dar um golpe numa viatura carregada de droga, e que podera mudar o registo das respetivas vidas, tendo no entanto que combater por essa missão com criminosos profissionais.

Em termos de argumento o filme é um autentico conjunto de atos soltos e falhados, cuja ligação parece-me de dificil concretização. E daqueles filmes que tenta ser rebelde sendo poucas vezes engraçado, e daqueles filmes que tenta ser negro acabando por ser confuso e quem perde essencialmente com todos esses pontos, acaba por ser demasiado difuso para os propositos que o filme quer ter.

No que diz respeito à realização Chase Palmer tem aqui uma quase estreia na realização depois de estar associado ao argumento de IT. A realizaçao e uma confusao do primeiro ao ultimo minuto, introduzindo elementos que nada relevam a sua histria. Nao me parece uma estreia interessante para alguém que ainda nos parece ter muito que andar.

Em termos de cast um conjunto de jovens actores com talento, que demonstram no filme ter esses atributos mas que acabam por ser danificados por um filme confuso. Bayega, Cooke e Skaarsgard estão a crescer, mas não é este registo que lhes potencie o crescimento.


O melhor - Alguns registos de humor soltos

O pior - A forma como o filme e uma trapalhada de ideias


Avaliação - D



Sunday, September 05, 2021

Don't Breathe 2

 Cinco anos depois de Fede Alvarez ter surpreendido o mundo do terror com o claustrofibico Don't Breathe, filme que resultou bastante bem não só em termos comerciais mas acima de tudo em termos criticos eis que surge a sua natural sequela, apostada em rentabilizar ao maximo a personagem de Blind Man. Pese embora a presença do elemento mais carismatico do primeiro filme e o mesmo indice de violencia este filme resultou bem pior desde logo criticamente com avaliaçoes muito mais medianas e mais proxima da maior parte dos projetos de terror. Tambem comercialmente, mas aqui condicionado pela pandemia o resultado de bilheteira foi bem mais modesto e podera aqui terminar com a saga.

Sobre o filme podemos dizer que o primeiro filme surpreendia acima de tudo por nao sabermos nada da personagem central. Aqui temos desde logo uma inversão de lado, a personagem que era o vilao e o elemento de terror do filme e agora um quase heroi a resgate de uma menor que cuidou, o que tira muito do peso psicologico que alimentou o terror do primeiro filme, e que sinceramente parece tudo menos a melhor opçao para a personagem e muito do peso de terror que o filme poderia ter fica aqui algo condicionado.

Em termos de guiao assim como no primeiro filme, embora sem o elemento surpresa temos um filme com uma unica premissa de jogo do gato e do rato com os elementos definidos no inicio. O filme tenta dar alguns twis sobre os apontamentos de cada lado, mas acaba por desistir focando o lado bom e mau de uma forma definitiva que torna o filme de serie b completa sem grandes explicaçoes e dando espaço a violencia gratuita que o filme nos quer dar.

Por tudo isto e sem os elementos surpresas que tornaram o primeiro filme marcante temos um fraquinho filme de terror que joga muito mais pela violencia de imagem do que pelo suspense, e acima de tudo muito pouco condimento que o diferencie de outros filmes do genero, mesmo considerando que a personagem de Blind Man, bem trabalhada por Lang teve o carisma necessario para amedrontar, principalmente no primeiro filme.

A historia segue o Blind Man, oito anos depois do primeiro filme, agora com uma menor a seu cargo que tomou conta depois de um incendio de num armazem de droga. Tudo fica desorganizado quando um grupo chega junto da moradia e tudo faz para tomar conta da menor contra o interesse do protagonista.

Se o primeiro filme era curto em termos de principios narrativos este acaba por ser ainda mais. pouca premissa, poucos elementos narrativos, algumas tentativas de twist que acabam por ser rapidamente abandonados faz com que o argumento seja o parente pobre do filme, o que alias e comum em filmes deste genero.

Alvarez passou a batuta da realizaçao a um estreante Sayagues que tinha produzido consigo o primeiro filme e o resultado e claramente inferior, principalmente naquilo que as imagens fazem impactar em termos de terror. Parece claramente curto o impacto mesmo que os cenarios sejam bem escolhidos. Ao contrario de Alvarez parece que nao sera este o filme que colocara o realizador no mapa.

No cast, Lang repete o seu papel mais iconico e a sua disponibilidade e fisionomia funciona muito bem no impacto que o filme quer ter em termos de terror psicologico. Nos secundarios uma serie de desconhecidos que nada influenciam o decurso do filme.


O melhor - Blind "Lang" Man


O pior - A incapacidade de trazer elementos diferenciadores que substituem o que nao poderia regressar do primento


Avaliação - C-



Stillwater

 Depois do oscar e da unanimidade que Tom McCarthy conseguiu com o seu Spotlight que inclusivamente lhe rendeu o oscar de melhor filme era com alguma expetativa que se aguardava pelo que vinha a seguir principalmente porque ate então não era um realizador de primeira linha. O resultado foi este drama policial e cultural com Matt Damon que estreou com alguma indiferença no ultimo festival de Cannes com avaliaçoes pouco entusiasmantes embora maioritariamente positivas mas que acabaram por aniquilar esperança de premios para o filme. Em resposta acabou por ser lançado nos EUA com resultados minimamente consistentes comparado com outros filmes que foram lançados no mesmo periodo.

Sobre o filme podemos o analisar a diversos niveis, desde logo como intriga policial e filme de investigaçao e claramente um filme algo pobre quando comparado com outros filmes sobre crime muito mais impactantes e mais que isso surpreendentes no desenvolvimento dos pontos do seu argumento. Aqui temos um dos pontos mais importantes do filme e talvez aquilo onde o filme mais falha.

E isso é pena porque o filme faz resultar os seus complementos, não no na excelente caracterização e interpretaçao central, no choque cultural de um americano do interior numa Marselha social e culturalmente diferente, quer no desenvolvimento das diferentes personagens tudo resulta e vai alimentando um filme com intriga a menos para mais de duas horas de duraçao. O problema do filme e que lhe tira o impacto maior e que no fim temos a intriga e essa mesmo no climax nunca e particularmente feliz.

Sobre um filme sobre personagens bem trabalhado na caracterizaçao das mesmas e nos detalhes que merecia uma historia de base superior para se tornar num dos otimos filmes do ano, acabando no entanto por ser um filme competente mas longe do que se espera de um realizador cujo o ultimo trabalho foi tao unanime como SPotlight.

A historia fala de um pai do interior americano que viaja ate Marselha para visitar a filha jovem, presa, suspeita de homicidio ate que uma nova pista sobre o crime e lançado e ele decide investigar por conta propria enquanto começa uma relaçao com uma familia monoparental culturalmente oposta aquilo que sempre conheceu.

Em termos de argumento a historia de base e limitada, mesmo como intriga policial o que e pena ja que no restante trabalho temos um bom argumento principalmente na forma intensa com que trabalha e constroi a personagem central nas suas ligaçoes. Em termos de twist e desenvolvimento policial ja vimos bem melhor em filmes com menos objetivos.

McCarthy e um realizador de altos e baixos que conseguiu o cume da montanha no seu trabalho em SPotlight que lhe valeu o oscar de melhor filme, desde entao teve uma colaboraçao em 13 Reasons WHy mas nunca surgiu o seu nove filme. Aqui temos um trabalho culturalmente interessante mas com uma realizaçao de pouco impacto, algo que ja tinha acontecido em SPotlight onde a realizaçao foi dos vetores menos fortes.

No cast Damon tem um papel que merece destaque, nao sendo um papel dificil ele encaixa fisicamente e em termos de expressao perfeitamente no registo que o filme quer ter, e demonstra a capacidade quase unica que o mesmo tem para diferentes registos quer afetivos, humoristicos e dramaticos. Damon domina o filme e fosse o filme mais forte poderiamos ter uma prestação a ter atençao para premios.

O melhor - Os condimentos do argumento, principalmente os opostos culturaisº


O pior - A intriga policial não e forte


Avaliação  B-



Saturday, September 04, 2021

Annette

 Num atipico regresso de festival de Cannes em 2021 este curioso musical de Leos Carax foi o filme escolhido não so para abrir o certame, substituindo o normal blockbuster que abre hostilidades mas tambem conseguiu sair do festival com o premio de realizaçao, sustentado em avaliações criticas algo dicotomicas mas com prevalencia positiva que deu ao filme o impacto esperado, mesmo sabendo que se trata de um filme no minimo peculiar. Comercialmente o filme acabou por ser lançado no imediato nos EUA com resultados modestos mas temos de assumir que se trata de um filme de minorias.

SObre o filme podemos desde logo assumir que e um filme estranho, que quer diferenciar-se pelo seu estilo diferente e alternativo não no na realiaçao no percurso nada normativo das personagens mas tambem nas letras repetitivas das suas musicas, que fazem com que o filme seja mais do que qualquer coisa irreverente e isso pauta a toada do filme do primeiro ao ultimo minuto.

Isso faz com que o filme seja dificil, mas que seja dificil tambem bao reconhecer a originalidade ou mesmo os imperativos morais que o filme se quer alicerçar, principalmente tendo em conta os excelentes dotes musicais de uma protagonista e não tanto de outro que fica com os recuros interpretativos do seu lado, num filme polemico, impactante que mesmo sendo estranho demais acaba por ficar na retina.

Por tudo isto e nao achando Annette um dos bons filmes do ano, penso que alguns dos pressupostos que o filme assume para si, principalmente em termos de irreverencia funciona em pleno, ninguem fica indiferente ao lado absurdo mas corrosivo do filme, mas tambem no final a mensagem que o filme quer dar numa critica ao mundo do espetaculo e as suas vivencias.

O filme fala de um casal composto por uma artista de opera e um comediante que acabam por ver a gravidez da filha de ambos ser um marco, e ao mesmo tempo o ponto de rutura numa vida a dois que leva ao limite todos os envolvimentos.

O argumento e um nada convencional musical, que parte do caos não so narrativo de base mas tambem em musicas repetitivas sem munito sentido cujo absurdo de tudo acaba por ser o objetivo final do filme enquanto mensagem. O filme e diferente sendo que nem sempre isso e positivo.

Na realizaçao o realizador françes Leos Carax tambem musico tornou-se pela pouca produtividade um realizador que reune algum culto embora lhe falte um filme de referencia mundial embora principalmente o Holly Motors seja um filme de culto ainda me parece um realizador com uma obra algo curta para o contexto que ja vai tendo.

No que diz respeito ao cast Adam Driver esta numa excelente forma e mesmo as dificuldades musicais que me parecem pensadas para ser assim deixam mais luz ao seu nivel interpretativo que e de primeiro nivel e deixam antever um bom ano para o actor que tera outros projetos mais vistosos este ano. Ao seu lado uma Cotillard que principalmente em termos vocais e impressionante mesmo que o filme peça pouco nos outros atributos da atriz.

O melhor - A extravagância

O pior - Nem sempre é facil nao achar absurdo


Avaliação - B-



The Protege

 Numa altura em que o cinema de ação parece delcarado para filmes sobre personagens que levam tudo a frente seguindo o sucesso de John Wick eis que os seus produtores associados a Martin Campbell trazem mais um registo desta vez no feminino e com Maggie Q como protagonista. Este filme de açao rapida foi recebido com uma total mediania critica esperada para o genero em questão, sendo que do ponto de vista comercial os resultados foram escassos tendo em conta que foi uma das apostas de verao de uma produtora e nao conseguiu ultrapassar em termos domesticos os dez milhoes de euros.

SObre o filme podemos dizer que temos o tipico filme de uma personagem contra o mundo, com açao rapida uma intriga pouco interessante e onde apenas os dialogos e as disputas entre a personagem de Q e de Keaton vai dando alguma especiaria a um filme que sem essa vertente seria um vazio de ideias e apenas uma oportunidade para Q demonstrar alguma capacidade como atriz de açao.

Centro é que o insolito e mesmo algum humor nos dialogos entre as personagens acaba por tirar alguma seriedade a um filme cinzento que o torna de um entertenimento mais puro, mesmo que em termos de tudo o resto ja tenhamos visto bem melhor a todos os niveis fica a ideia que o filme procura dar a rebeldia tipica de filmes como Red mas sofre pelo facto da intriga ser bastante pobre.

Ou seja um filme de açao de segundo plano sem grande logica narrativa que nao sobrevive ao aspeto da heroina de açao contra o mundo e que consegue em elementos secundarios alguns trunfos que o safam do descalabro nao ultrapassando no entanto uma mediania que nunca tornara o filme minimamente significativo.

A historia segue uma vietnamita que junto com um individuo que a encontrou enquanto criança criaram uma equipa de assassinos profissionais que se ve numa intriga para localizar um dos homens mais populares e desaparecido a diversos anos, contudo vai ter aqui uma equipa de resposta ao nivel.

Em termos de argumento a intriga e basica, sem grande logica muito na linha que filmes deste genero nos habitualmente apresenta. Foge um pouco do estilo a forma como o filme aponta um humor mais sarcastico no humor entre duas personagens que refresca um pouco o contacto do filme com o espetador.

Campbell e um veterano realizador de filmes de açao com alguns sucessos principalmente nas suas colaboraçoes com James Bond. Fora disso tem tido alguma dificuldade em fazer os seus filmes brilhar apesar de se sentir confortavel na açao pura o que demonstra neste filme, onde sem meios de ponta consegue dar ritmo ao filme. Fica a ideia no entanto que nunca sera mais que isto.

No cast Q e uma actriz de origem asiatica que fica a ideia que poderia sempre ter ido mais longe do que foi prncipalmente como actriz de açao e aqui demonstra bem atributos suficientes para esse plano. Ao seu lado um Jackson em formato habitual e um Keaton que demonstra ainda alguma capacidade em filmes que exijam resposta fisica.


O melhor - Os dialogos das duas personagens principais


O pior - Ser um filme com muitas limitações na intriga


Avaliação - C