Sunday, June 24, 2007

Happily N'ever After




Está se a torner extremamente repetitivo as versões satiricas relativamente aos contos de fada, que tem sido comum pelos estudios de animação. E se em Shrek estes aspectos apenas são adjacentes a uma linha narrativa propria e bem montada, já nos ultimos casos, De Hoodwinked e pricipalmente neste Hapilly Never After, isto parece ser a base de todo o filme, gozar com os contos de fada, com uma tentativa de ser engraçado que principalmente neste filme acaba por falhar. Os resultados de tanta repetição e esgotamento de ideias, foi uma recepção critica extremamente negativa para este filme. E ainda para mais um inicio pessimo para a animação em 2007, com resultados tambem eles demasiado mediocres, e que tornaram este filme por um lado, um objecto estranho a maioria das pessoas, e por outro as estreias a nivel worldwide foram extremamente limitadas.

Se tivessemos perante um filme original na ideia de satirizar a historia da cinderela, era obvio que o filme ate seria positivo, princiapalmente pela originalidade, pelo risco mas acima de tudo pelo humor que emprega as historias cada vez mais cinzentas a que estamos habituados. O problema e que tudo que este filme tenta trazer já foi efectuado e de uma forma muito mais conseguida, limitando-se a trazer gags de sucesso e emprega-los numa narrativa sem conteudo e sem qualquer tipo de fundamento.

A historia de base do filme e uma adaptação limitada do classico da cinderella, contudo ao contrario do que tinha sido efectuado em Hoodwinked tentaram ir mais longe e no estilo Shrek inserir personagens de outras historias, isto resulta numa confusão tremenda, que torna o filme numa mstura mal pensada de ingredientes.

Contudo e apesar de escassos o filme tem pontos positivos, Algumas personagens bem montadas, um inicio de filme e de montagem do mesmo indie que acaba por ser o toque de originalidade e a lufada de ar freco que o filme dá, apesar de serem pontas soltas de um filme na sua maioria fraquinho.

O argumento e pouco original, repetitivo ao que ja tinha sido feito em outros filmes, defendo a maxima do sucesso por repetição. Pouco preocupado em dar novas linhas narrativas. As personagens basilares, sofrem de estupidificação, muito lineares e coladas a muitas outras.

Do ponto de vista produtivo, a Lion Gates ainda e um parente pobre a este nivel, dai que estamos num filme com mecanismos primarios ao nivel da animação demasiado simples para o grau de exigencia total.

Por film a escolha de vozes, que nos parece bem conseguida, Weaver e perfeita como rainha má, que ja tinha desempenhado num filme de carne e osso, e Gellar e Jr, safam-se melhor so com a voz ja que disfarça as imprefeições de ambos ao nivel de intepretação fisica.

Enfim mais um titulo de animação que vem demonstrar a diminuiçao da qualidade por filme do genero.


O melhor - A montagem do filme nos primeiros minutos


O Pior - Repetitivo de forma desgastante


Avaliação - C-

Friday, June 22, 2007

The Hills Have Eyes 2




A arte do terror encontra-se na capacidade de ser o mais subtil possivel, daqueles que nao precisam do exagero nem da carnificina para funcionar, e causar impressao e entrar no imaginario dos espectadores. Cada vez mais assistimos a tentativas de ser mais sanguinario, com imagens de corpos cada vez mais desfeitos, quase num doentio jogo de imagens chocantes de mutilados capaz de provocar o nojo a todos os espectadores. Este truque tem sido cada vez mais utilizado, porque as historias e os argumentos sao cada vez menos originais e com uma pobreza de conteudo abismal. Outro problema que se tem assistido cada vez mais e a proliferaçao de sagas de terror, por muito pouco que um filme tenha conseguido obter, se estamos perante um filme de terror a sequela e quase garantida, mesmo que dessa sequela so tenhamos o mesmo nome, como jogada comercial para vender o peixe. Pois bem e um pouco isso que surge neste segundo capitulo de terror nas montanhas, onde so temos o mesmo cenario, viloes, e um estilo de filme completamente diferente para pior dentro do terror. Os resultados foram claramente inferiores quer em bilheteira mas principalmente em critica. Num filme claramente mais fraco e abusivo do que o anterior.

Confesso que quando acho um filme de terror mais ou menos e bom sinal, normalmente nao gosto do genero e fico completamente estupfacto pelo ridiculo da maioria dos filmes lançados pelo genero, contudo ate nao desgostei do primeiro filme, inquietante, claustrofobico, capaz de reunir um terror visual com um terror sensorial capaz de atingir o espectador. Contudo neste segundo capitulo tudo muda, entramos no terreno da bestialidade, o terror psicico e rendido por sangue, tripas no mais gore que se possa imaginar, e o conteudo do filme fica totalmente para segundo plano, em deterimento da tentativa de chocar e enojar o espectador gratuita. Estes filmes sao completamente atentados quer a nivel de argumento como produto final, sem qualquer ponta de coesao e logica, apenas tentando funcionar pela violencia e o peso das suas imagens, em atentados puros a beleza e ao cinema como contador de historias, e que questiona a sanidade dos adeptos deste tipo de filme.

Muita coisa muda, agora as personagens sao uma elite militar, bastante irritante que cai de para quedas nas colinas, as bestas continuam la, mas agora são muito mais visiveis, do que no primeiro filme, ja existe diferenças entre elas, elas ganham racionalidade, nao se percebe bem como nem tem enquadramento em todo o filme, numa abordagem algo sociologica deste tipo de pessoas que inicialmente eram apenas animais fortes. Estes novos ingredientes tornam o filme ainda mais fraco, nao tendo ponta de logica e cabimento nos seus mais diversos parametros.

Alias todo o desenvolvimento da historia e demasiado dependente da crueldade das sequencias nao tendo existencia propria, parecendo por vezes mais limitado do que um jogo arcade de futebol.

O argumento e fraquissimo, quer na historia de base, inexistente, quer na evolução da mesma, com um fio narrativo primario sem complexidade nem objectividade a nao ser os atalhos para sequencias de acçao gratuitas e brutais. As personagens são irritantes prefeitas para morrer, quase como bonecos animados, os conflitos entre as personagens mal montados e acima de tudo mal articulados ao longo do filme. Os herois sao completamente lineares sem interesse, e sem motivação declarada. Salva-se a ultima sequencia do filme, contudo 2 segundos e muito pouco.

A realização apesar de regular, esta longe do conseguido na primeira obra, conseguindo raramente ser ela o elemento causador de sensações, jogando sim a favor do choque a brutalidade das imagens oferece.

O cast recheado de desconhecidos esta ao nivel de todo o filme, ou seja fraquissimo, com actores sem expressoes, e actrizes bonitas ideais para servirem de aperitivo aos animais. Enfim de muita fraca qualidade.

Se um filme de terror por si so ja raramente resulta, isto e ainda mais dificil quando se trata de uma sequela, e esta tenta inovar e chocar de mais.


O melhor - A ultima cena do filme, a unica coisa minimamente surpreendente do filme.


O Pior - O nivel baixo que se consegue descer, quase doentio em certos segmentos


Avaliação - D-

Wednesday, June 20, 2007

Vacancy




Era uma das grandes apostas para esta primavera nos cinemas norte americanos, um terror claustrofobico com duas caras de primeiro plano e muito terror e suspense a mistura, parecia ter todos os ingredientes para causar boa impressão a nivel de bilheteira, mesmo que a nivel critico as coisas podessem estar mal encaminhadas. Contudo Hopllywood, continua a ser uma caixinha de surpresas, sendo que o filme não passou assim tão mal pela critica que apesar de não o reconhecer como grande filme, ate acho interessante o clima criado, mas a nivel de bilheteiras o filme tornou-se num floop tremendo com resultados residuais e num fracasso rotundo para a distribuidora.

O filme, esta longe de ser brilhante, por vezes exagera na sua repetição, mas a forma simplista e algo solta com que os minutos (poucos) passam acabam por se tornar naturais, contudo tudo no filme parece montado à pressa, salvando-se apenas os conflitmos e dramas nas personagens principalmente nos primeiros 10 minutos de filme, perdendo-se tudo nas sequencias e no epicentro do filme, sem conteudo e totalmente apostado no pseudoterror. Acabando por se tornar pesado e penoso.

O filme fala sobre um casal perdido numa estrada nacional, ate que depois de um ligeiro toque necessita de parar o carro num deserto onde apenas existe uma pensão estranha, com pessoas estranhas som estranhos, ai começa a preseguição e luta pela sobrevivencia do casal que se tem que unir para tentar alguma, coisa, simplismo ao maximo mas em conjunto com fraco argumento e linha narrativa ao maximo.

ISto resulta num filme fraquinho, bem construido de ponta mas que desde logo caminha por facilitismos excessivos e por opçoes mais que dubias..

O argumento ganha na forma como se introduz, mas perde na forma como o caminho narrativo e totalmente traçado, o filme carece de sentido, explicações e logica, mas acima de tudo torna-se extremamente repetitivo ao longo do seu curto periodo de duração. As personagens começam bem contudo rapidamente vão se perdendo no vazio do filme.

A realização e dos aspectos mais bem conseguidos do filme, conseguindo sempre transmitir o sentido claustrofobico que o filme quer transmitir, sempre com planos curtos e com uma boa contextualização dos espaços, perde por vezes na forma como gere a interação das personagens, contudo como esta e limitada aos primeiros minutos de filme, quase nem se da pelas falhas.

O cast liderado por dois actores de primeira linha, embora nenhum reconhecido pelos seu grande talento, mas mais por serem actores tipicos de filmes comerciais e de alto rendimentos. Neste filme Wilson, esta ao nivel mediocre que sempre se apresenta, ressaltando mais a presença de Beckinsale, com uma interpretação densa embora pouco complexa, mas que demonstra que esta actriz com outros guiões pode se tornar igualmente efectiva.

ENfim mais um filme de terror em moldes algo diferentes mas resultados similares.


O melhor - Os primeiros 10 min do filme


O Pior - Tudo o que foi bem montado rapidamente e posto para o fundo da caixa


Avaliação - C-

Sunday, June 17, 2007

Grindhouse






O grindhouse, é um mito urbano do cinema norte americano, as sessões interminaveis para desocupados, recheados de copias de fraca qualidade de filme ainda eles mais fracos que serviam de entertenimento a milhares de adeptos do cinema enquanto espectaculo, mas totalmente indiferentes ao filmes serie B que passavam no ecra. Aos poucos este tipo foi desaparecendo, apenas servindo de inspiração a alguns autores que foram aparecendo. E se existe na actualidade autores que demonstram essas tendencias eles sao sem duvida Tarantino, mas acima de tudo Rodriguez, nos seus segmentos de From the Dusk until Down e MAriachi. Dai que nao foi estranho um projecto de homenagem a este segmento por parte destes dois realizadores, num, dos projectos mais ambiciosos dos ultimos anos, num filme composto pelas propostas grindhouse de cada um dos realizadores com comerciais apresentaçoes a misturam isto sem as falhas tecnicas tipicas deste filme. O projecto era ambicioso mas acima de tudo arriscado, e como todo o risco teve dois lados, se no ponto de vista critico o filme ate conseguiu atingir os seus objectivos, no ponto de vista de bilheteira o filme resultou no floop global e comercial de grande dimensão.

O filme como é objectivamente repartido, com dois segmentos isolados, com historias e realizadores diferentes, dai que será sempre injusto avaliar o filme como um todo. Assim desde logo ao analisarmos os objectivos do filme, homenagear a grindhouse, penso que Rodriguez teve melhor, o filme e bruto, violento, sem sentido, encarando na perfeiçao o que era o grindhouse, e a serie b, quer nas personagens, dialogos, efeitos desastrosos, num segemento de 90 minutos de puro gore, que me parece mais enquadrado com o filme. Na segunda sequencia a de Tarantino, saimos por completo de Grindhouse e entramos na dimensao Tarantino, filmes com sequencias de dialogo longos, de grande qualidade, intermediados por um assassino e o seu carro. Se por um lado ganhamos na qualidade do filme, por outro perdemos no pressuposto de base do filme, ja que ninguem assisitiria a um filme tao dialogante em grindhouse, e Tarantino tirando no primeiro capitulo de Kill Bill esta longe de conseguir se enquadrar neste estilo, assim ganhamos na qualidade do filme mas perdemos no ponto de partida do mesmo.

O filme é um risco enorme, podemos ficar fascinado pelo exercicio criativo do filme, mas provavelmente ficaremos sempre algo desgastados com a morosidade dos mesmos e com a falta de qualidade de certos segmentos. O grindhouse era declaradamente mau, e mesmo com exercicios de estilo as coisas nao melhoram muito.

De referir que o filme e apimentado pelas apresentaçoes ao cargo de alguns dos realizadores amigos dos principais dos filmes, onde se regista o fantastico absurdo da efectuada por ROb ZOmbie o mais fiel aquilo que seria o original Grindhouse.

O argumento divide-se em duas partes, a ideia de base original, fascinante, homenagem no mais puro sentido a um estilo proprio, e por outro lado os argumentos das historias, fracas de forma objectiva, contudo que nos parece que na segunda tivemos uma demonstraçao do nivel mais fraco de Tarantino com dialogos apesar de terem o seu cunho algo desinteressantes.

As realizações bem conseguidas quer de um como doutro, dentro dos estilos proprios que ganharam espaço em hollywood. Particular destaque para a parte de Rodriguez a meu ver a parte mais conseguida do filme e que ganha em varios aspectos aquilo que foi feito por Tarantino.

Quanto ao cast, tambem aqui nos parece obvia o ascendente no primeiro segmento relativamente ao segundo, mesmo que as instruçoes fossem de ser o mais fraco possivel, para encarar o espirito, mas a presença por si so de Willis, Mcgowan abrilhantaram e deram carisma a um primeiro segmento com mais valorizaçao do que o segundo.

Enfim mais que um bom filme um bom exercicio de estilo e de originalidade.


O melhor - A apresentaçao de Rob Zombie


O Pior - Death Proof de Tarantino, muito aquem das possibilidades do realizador


Avaliação - B-


Tuesday, June 12, 2007

The Reaping




Um actriz quando chega a um segundo Oscar, ou é porque nas suas interpretações vencedoras, chega a um nivel de esplendor brilhante, ou porque construiu uma carreira coesa de boas escolhas e no auge da qualidade. Pois bem, Swank é um exemplo claro do primeiro tipo, acima de tudo porque fora os filmes em que foi premeada, recheou a sua carreira com filmes de qualidade duvidosa, parecendo nao apresentar grande selecção nos guiões e acima de tudo nas personagens que escolhe. Muitos pensavam que depois do segundo premio que isto nao voltaria a acontecer, mas Swank voltou logo a surpreender pela negativa, integrando vários projectos duvidosos, mas que atingem o seu nivel mais baixo, ao assumir o protagonismo deste filme de terror, de baixa qualidade. Este risco resultou em mais um fracasso comercial na sua carreira, mas mais preocupante uma recusa critica forte a um filme, que provavelmente pode sentenciar qualquer carreira, caso a pessoa em causa nao seja duplamente galardoada pela academia.

O filme enquadra-se no genero de terror sobrenatural que tantos desastres naturais tem lançado em hollywood, com tantos atentados narrativos, e que conduzem quase sempre a filmes deprimentes e fracos em todos os sentidos.

Este reaping enquadra-se na prefeição neste genero, primeiro porque a nivel narrativo o filme e parco em conteudo, com uma narrativa fraca, desinteressante confusa, recheada de detalhes sobrenaturais ridiculos que transformam o filme num autentico atentado visual a cada minuto que passa. Depois porque as personagens sao tao lineares que sao os proprios espectadores a querer lançar as pragas que terminem rapidamente com estas.

O filme conta-nos a historia, de uma cientista que perdeu as crenças religiosas que mantinha, e que se vê envolvida num estranho caso numa cidade onde parece estarem a aparecer de novo as pragas. Aqui encontramos um conjunto de personagens estranhas, alucinações nas personagens passados obsessivos, e presseguiçoes a uma menina loira, que termina num final que pretendia ser forte, mas que apenas consegue soltar uma gargalhada no espectador ja farto do que visualiza.

O argumento é fraquissimo, a historia de base é fraca, a forma como esta se traduz num argumento é fragmentada, nao consegue manter o ritmo, perde-se em tiques sobrenaturais. As persongens sao lineares, mal construidas nao se desenvolvem durante o filme, e parecem todas com tiques esquizoides que nada abrilhantam o filme.

A realização e marcada ao mais belo estilo Hopkins, filmes fortes do ponto de vista de imagem, mas tão fracos em conteudos que ninguem sequer se lembra que o filme até e bem filmado, e forte sob o ponto de vista de estetica, ja que estes pontos sao todos escondidos pela pessima qualidade do filme.

O cast, é indiscutivel que Swank é boa actriz, contudo perde-se em escolhas que nada beneficiam a sua brilhante carreira, em filmes que tão fracos que são que mesmo a actriz consegue elaborar personagens deprimentes, sem conteudo e que de alguma forma para nada servem. Ao seu lado temos o "Instinto Fatal" de Morrisey, num papel copia do que tinha realizado no filme de Stone, e que nos demonstra defice claro espontaneadade e de versatilidade.

Enfim mais um filme que nunca devia ter sido projectado


O melhor - Certos efeitos especiais do filme


O Pior - Continuarem a insistir neste tipo de filmes, quando quase todos resultam no mesmo... ou seja atentados cinematograficos.


Avaliação - D

Sunday, June 10, 2007

Oceans 13




Num ano regular o lançamento de uma nova saga de Danny Ocean, seria um dos acontecimentos cinematograficos do ano, envolvendo todo o mediatismo, de um digno blockbuster, contudo em pleno verão e com as apostas sequentes de todos os estudios, este e apenas mais um franchising de autor apostado em render mais uns dolares. O filme so recentemente estreou, apostando na estrategia de estreia mundia, o filme, começa so agora a demonstrar resultados positivos, sem bem que incapazes de lutar com os grandes efeitos dos filmes maiores. A nivel critico o filme continua na toada positiva dos seus antecedentes, sendo aperciado pela maioria dos criticos embrora sem grandes alaridos.

Eu confesso que nunca fui grande fã da saga, achando que qualquer um dos titulos do filme funciona bem melhor do ponto de vista comico e sem sentido, do que como filme de ladrões, policiais inteligentes. E este filme apesar de ser dotado de mais sentido do que o segundo filme, perde pela falta de ritmo, interesse das personagens, algo limitadas neste titulo, centrando todos os seus objectivos nos jogos já previsiveis para todos os fas, do toca e foge e do engana engana.

Alias o filme do ponto de vista de acção esta mesmo muito longo dos seus antecessores, quase limitado ao quanto baste para agradar os adeptos. Do ponto de vista de humorista, o filme perde claramente para o segundo titulo, continuando com apartes ilogicos, descabidos de sentido, parecendo ser um exercicio de retorica algo obsessivo quer do seu realizador quer dos actores e produtores do filme, que neste terceiro capitulo acabam por transmitir mais um exercicio de estilo do que propriamente preocupação em elaborar um bom filme com boas piadas.

Alias no ponto de vista do argumento o filme e algo minimalista neste sentido, a acção do filme, fica pendente de promenores algo instaveis, pouco rigorosos, e extremamente complicados em diversas ocasioes, As personagens perdem dimensao relativamente aos filmes anteriores, mais reduzidas, e mais centradas no seu proprio umbigo. Salva-se a quimica inerente entre as personagens embora nos pareça que a falta das personagens femininas são obvias e debilitam o filme em varios sentidos.

Sodenberg encontra-se novamente numa fase menos feliz da sua carreira, ja so conseguindo resultados visiveis nesta saga, colecionando filme apos filme, floops brutais, e exercicios cinematograficos cada vez menos aperciados por publico e critico. COntudo ainda consegue fazer render es te franchising, quer na forma como captura a atençao do publico bem como da forma como consegue manter o estilo proprio do filme intacto.

QUanto ao cast, o ja brilhante cast, dos filmes anteriores, que ao 3 filme como e obvio os actores ja se movimentam como peixe na agua nos papeis, junta-se o grande Al Pacino, que notoriamente se encontra em mó de baixo, com uma personagem repetitiva e claramente desinteressante no contexto global das personagens.

ENfim mais uma saga neste ano.


O melhor - O humor vindo da parte mexicana.


O Pior - O filme por momentos ser extremamente disparatado.


Avaliação - C

Thursday, June 07, 2007

Zodiac




Fincher é talvez o realizador com o leque de filmes mais artisiticos, originais e com qualidade dos ultimos 10 anos, principalmente na sequencia de Jogo, Seven e Clube de Combate, Fincher atingiu um patamar por poucos ou quase nenhum alcançado em Hollywood, ter tres filmes de primeira linha num filmiografia de 4, os filmes eram autentincas obras primas e todos com toque de autor e uma originalidade e inteligencia fora de serie. COntudo o problema quando se chega a um nivel tao elevado, e as expectativas que se cria nos filmes sequentes. Vitima disso foi Sala de Panico, que apesar de ser muito melhor do que a maioria dos filmes thrillers que saem, era bastante mais normal, e menos surpreendente, a marca do realizador era menos visivel e so a osciçação constante e os planos de close up a la fincher mostravam a presença do realizador. Para este ano os fãs de seven ficaram em pulgas, mais uma vez Fincher ia voltar aos serial Killers, so que desta vez numa investigação real de um dos ciminosos mais mediaticos da historia Zodiac, inspirado no livro de um cartoonista, Zodiac recebeu criticas fortes, contudo o publico nao se rendeu em grande dimensao ao filme, principalmente porque as criticas apontavam para a maturação de Fincher e nos gostava-mos mais dele rebelde.

Fincher, é um realizador singular, incapaz de fazer filmes de qualidade baixa ou mediana, dai que desde logo é importante afirmar que estamos perante um bom filme, coeso, maduro, inteligente, dinamico e profundo, onde o realizador nao tem medo de arriscar, um filme cínico, principalmente nos jogos com a identidade do criminosos. A primeira hora e meia do filme arrisco mesmo que é do melhor que vimos em policial na historia do cinema, inteligente, articulado genialmente, o paralelo entre as diferentes interações é um espectaculo dentro do filme, a interação e dialogos entre as personagens são brilhantes tudo acompanhado pela excelente OST que Fincher sempre gosta de colocar nos seus filmes

Até aqui estavamos perante uma obra ao nivel mais forte de Fincher, contudo e talvez pelo facto de estar algo preso a um livro, o filme tem uma segunda parte onde não consegue aguentar o ritmo da primeira, devido ao facto de algumas personagens irem desaparecendo de cena, e ficarmos centrados numa vertente mais seria, intrigante e psicologica na personagem de Gylenhall, aqui o filme fica demasiado denso, pesado, em momentos extremamente confusos, a investigação fica mais paranoide, e com menos interações, com pontos desnecessarios, que alongam em demasia o filme, e que acima de tudo se reflecte no espectador pelo facto de o filme ir gradualmente descendo o seu nivel.

Mesmo assim a parte final é de qualidade, com partes de argumento fortes, mas em menor quantidade do que a excelente fase inicial do filme.

O argumento do filme, parece-nos a grande força do filme, principalmente como articula os acontecimentos relatados no livro num exercicio cinematografico de autor, nas interações e descrições de primeira linha, principalmente na primeira hora. As personagens sao muito bem caracterizadas, conseguindo sempre desanuviar o pesadelo do centro do filme, numa componente humurisitica inteligente e de primeira linha.

A realização mostra um FIncher diferente, menos activo mas com a originalidade e marca de autor de sempre, mais calmo, com planos mais parados, é certo que nao demontra a qualidade de realização obtida principalmente em CLube de Combate e Sala de Panico, mas mais uma vez demonstra ser um dos grandes do cinema actual, mesmo que ao serviço de guioes mais terra a terra e menos surpreendentes. Talves seja necessario apostar na sua veia criativa.

O cast como normalmente acontece com Fincher, é muito bem montado, neste particular reluz Downey Jr, com uma interpretação magistral que rouba todas as cenas aos seus colegas de ecra, dai que o filme se ressinta quando a personagem começa a ficar declaradamente para 2 plano. Gyllenhal dá-nos um papel sobrio, sem grandes tiques, mas ao mesmo tempo denso, com a força e a inocencia que ele como actor tem conseguido transmitir na maioria dos seus filmes, consolidando-se como um dos actores mais fortes na nova vaga. Por fim Ruffallo, um actor de eleição numa segunda linha, mas que insiste em ficar atras das figuras mais mediaticas, nao conseguindo ate ao momento assumir um filme por si so. Contudo aqui acaba por centrar em certos momentos a atençao em si, principalmente quando deixa de ter de dividir cenas com Downey Jr.

Enfim mais um filme que apesar de nao aumentar o conceito de Fincher, mantem.-no no topo que ele conquistou.


O melhor - A primeira parte do filme, sem palavras.


O pior - O filme alonga-se demasiado, sem necessitar.


Avaliação - B+

Wednesday, June 06, 2007

Shrek the Third




Shrek é sem sombra de duvidas, o maior mito de animação dos ultimos anos, a frescura com que abordou os contos de fadas, tornou-se no maior exito animado de sempre e criou legião de fão, principalmente pela forma adulta e humoristica com que se lançou. Reunindo grandes criticas com resultados explosivos de bilheteira. O segundo capitulo seguiu fielmente os traços do primeiros com resultados ainda mais espetaculares do que o primeiros titulo. Contudo para 2007 estava agendada a luta de titas, contra super sumos contra spider man, e Piratas das Caraibas, as criticas deste terceiro filme apesar de positivas descem um pouco o que se tinha observado nos primeiros filmes, e a nivel de bilheteira os resultados continuam a ser de primeira linha, em mais um sucesso estrondoso.

O filme do ponto de vista de qualidade esta alguns furos abaixo daquilo que observamos nos anteriores, principalmente na qualidade da historia de raiz, nos pontos de interesse e acima de tudo na forma como as personagens interagem, demasiado limitadas, e sem a quimica que tanto sucesso promoveu no filme. O filme continua com os mesmos ingredientes de primeira linha, que tanto promoveu o filme, principalmente na forma como introduz os elementos dos contos de fada numa historia simples e bem disposta. Nesta pertincular destaca realça-se a presença das princesas de primeira linha, com uma presença refrescante e cheias de humor. COntudo o filme parece num nivel abaixo, pouco coeso do ponto de vista de argumento, muito centrado apenas nos seus pontos fortes mas extremamente desleixado naquilo em que shrek sempre fraquejou, ou seja, na forma como os argumentos vão sendo preteridos em deterimento da riqueza dos promenores e no humor.

No ponto de vista da banda sonora, tb neste particular o filme desce relativamente aos seus antecessores, com musica quase despercebida, pouco ao serviço das sequencias e demasiado cinzenta, ao contrario do que aconteceu principalmente no segundo filme onde a OST era uma muleta importante para o filme.

O argumento do filme apesar de mais uma vez ser extremamente rico do ponto de vista moral, perde totalmente no fio narrativo, decisoes de argumento que efectua, sendo o filme quase sempre extremamente simplista, as personagens normalmente ricas, são algo desprovidades de contacto e de interações, sendo neste aspecto gritante a diferença perante os filmes anteriores.

Do ponto de vista tecnico poucas mudanças e evoluçoes relativamente aos seus antecessores, com um nivel produtivo de grande nivel mas ainda algo longe daquilo que ja é conseguido pelos rivais da pixar.

Quanto as vozes, se Myers, Murphy, Banderas e Diaz, ja são quase sempre associados as suas personagens, que vivem e respiram de acordo com a voz dos seus actores, no que diz respeito a novas entradas, de refeir que Timberlake, encontra-se muito bem enquadrado com a sua personagem, que longe de brilhar consegue ser a voz ideal para a personagem em causa.

Enfim o 3 filme de uma saga de sucesso com os pontos fortes de sempre mas em clara desacelaração.


O melhor - Certos gags a la shrek que nao se veÊm em lado nenhum


O Pior - As personagens perdem alguma quimica que era o forte dos filmes anteriores


Avaliação - B-

Saturday, June 02, 2007

Fracture




Thrillers com traillers fantasticos existem todos os anos aos montes em Hollywoods, filmes com boas premissas apelativos ao grande publico, contudo poucos sao aqueles que conseguem realizar de uma forma positiva as expectativas que se criam a sua volta. Neste ano, em pouco tempo já surgiram alguns, mas nenhum com as estrelas que Fracture apresenta, principalmente no aliciante de devolver Hopkins a papeis de psicopata, que tão bem encara. O filme no ponto de vista comercial apesar de resultados razoaveis ficou algo longe das melhores expectativas e do que realmente poderia render, sendo bastante mais positiva a recepçao critica do filme, que o avalia como consistente com criticas solidadas, que é sempre dificil de conseguir, principalmente quando nos referimos ao género em causa.´

Fracture e um filme sedutor, misterio, crime tribunal, jogos psicologicos, personagens enigmaticas, trailler aliciante, tudo isto são aspectos que seduzem o espectador para ir de encontro ao filme, contudo no final de o ver, e mesmo tendo em conta que o filme agarra o espectador, certo e que no fim o filme nao sabe tão bem como o previsto.

Fracture centra a sua acção em duas personagens, um inteligente homicida, e um jovem e arrogante advogado que começar uma autentica luta que preenche toda a narrativa do filme, sendo que tudo passa demasiadamente para segundo plano, principalmente as outras personagens.

O grande problema do filme é o facto de apos uma construção de base consistente, acaba por gastar todos os seus trunfos na introdução do filme, colocando todo o misterio no absorvente inicio de filme, na apresentação forte das personagens, e na forma como introduz a narrativa do filme, contudo o filme parece ir perdendo fulgor com o passar do tempo, sendo que as ligações narrativas vão se tornando cada vez mais logicas e mais simplistas possiveis, e que termina com um desfecho fraco, frouxo e sem qualquer foco de interesse, este facto assume algum relevo pricipalmente quando este aspecto normalmente tem grande atenção neste tipo de filme.

Contudo é obvio que e um filme mais maduro, mais coeso do que maioria, principalmente sustentado na personagem de Hopkins, mas que vai conseguindo até certo ponto gerir bem as suas potencialidades, que nos parece contudo demasiado concentradas no segmento inicial do filme.

O argumento do filme é a primeira vista o ponto forte do filme, ou seja historia de base interessante, inteligencia de dialogos e construçao das personagens, coesão e maturidade nas opçoes que vai tomando, contudo é também ele que impedo o filme de atingir os niveis mais elevados, principalmente pelos facilitismos que a partir de determinado ponto começa a assumir, e acima de tudo pelo pobre desfecho que dá a um filme que exigia algo mais elaborado.

A realização de Hoblit, vem no decurso do trajecto que o realizador tem feito por Hollywood, filmes concentrados na sua riqueza narrativa, onde as imagens são apenas o veiculo a seu dispor, neste caso especifico nota-se alguns toques em outros filmes muito semelhantes, principalmente a realização efectuada por Pollack na Firma, esta presença, é extremamente visivel principalmente no excesso de azul da fotografia do filme, que ja tinha tambem acontecido neste filme.

O cast liderado por um Hopkins de primeiro nivel que funciona como peixe na agua na construção de psicopatas com ar amigavel, e que transbordam inteligencia. No que diz respeito a Gosling, principalmente depois de Hlaf Neelson, esperava-se mais dimensão, maior carisma ao actor, que é totalmente apagado do filme, e que demonstra ainda alguma e necessaria evolução, para atingir os niveis exigidos de protagonismo em Hollywood. De referir que neste capitulo o filme tem um enorme despredicio de talento, principalmente na personagem quase nula de Strathaim, e no efeito bélico que acaba por se reduzir a personagem de Pike.

Um trailler bem construido mas com fracos acabamentos.


O melhor - A personagem de Hopkins.


O Pior - O final, extremamente desinteressant


Avaliação - C+