Sunday, October 30, 2016

Doctor Strange

Se existe conceito vencedor no mundo moderno do cimena foi a união entre a Marvel e Disney para produzir um mundo inteiro de super herois onde todos podem interagir com todos. Contudo não bastava já ter herois suficientes para duas equipas de futebol, que ano apos ano, surgem novos, com filmes individuais recheados de estrelas para este novo mundo. Este ano foi este Doctor Strange com um cast capaz de fazer inveja a qualquer filme de hollywood. Em termos criticos o filme como a maioria dos filmes da Marvel resultou com avaliações essencialmente positivas, em termos comerciais o facto de apenas so para a semana estrear acaba por condicionar este primeira analise, pois os resultados ainda são desconhecidos.
De todos os herois da Marvel um dos mais dificeis de com os elementos tipicos dos seus filmes, adaptar ao cinema seria este pela componente mistica e pelo paralelismos de realidades que nem sempre e facil compreender num filme para todos os alvos. E nisso o filme consegue apesar de ter estas compoenentes ser simplificado e mais que isso ir de encontro aos necessarios componentes de um filme blockbuster de grande peso, que é a ligeireza de discurso, engraçado, e mais que isso ter todos os efeitos ao seu dispor.
Mas penso que por este excesso de complexidade e principalmente por ser um primeiro filme que necessita de uma apresentaçao e introduçao da personagem seja um filme menos movimentado, ou com um climax menos trabalhado do que historias com outra evolução, e isso denota-se no pouco trabalho de um vilão e em alguma falta de ideias quando se transporta a personagem para algumas realidades que me parecem ter espaço para outro tipo de trabalho.
Ou seja temos um filme que preenche facilmente os objetivos basicos dos filmes Marvel, ou seja um heroi interessante proximo do publico, graça nos momentos em que o filme tem esse objetivo e mais que isso efeitos especiais de ponta. Pelo lado negativo uma historia demasiado direta ao ponto, e por outro lado pouco espaço para vilões fortes, direi mesmo que este nem sequer e trabalhado nas suas bases algo que nos ultimos anos a Marvel tem feito bem nos seus filmes.
A historia fala de um cirurgiao de sucesso e arrogante que depois de um acidente tenta recuperar as suas habilidades juntando-se a um grupo de feiticeiros no nepal com objetivos muito para alem da sua recuperação.
Em termos de argumento confesso que simplificar esta historia ou não a tornar muito dissonante de todos os filmes Marvel não seria facil, e o filme consegue, principalmente por não perder muito tempo em explicações metafisicas e dar muito como dado adquirido. Em termos de personagens parece-me apenas que o vilão necessitava de muito mais trabalho.
Na realizaçao uma escolha interessante Scott Derrickson e um realizador que ate ao momento esteve sempre ligado ao cinema de terror, e nesta passagem tem uma boa utilização dos meios, mesmo que nunca arrisque em assinatura de autor, sendo perceptivel que a Marvel mais que grandes artistas procurem realizadores coerentes e bons tarefeitos, e aqui temos isso.
No cast, confesso que a escolha de Cumberbacht me surpreendeu, pois penso que seria um actor num nivel superior a filmes de super herois, principalmente quando não é um dos principais, ele funciona na dictomia da personagem embora me parece que é demasiado excentrico para uma personagem como esta. Nos secundarios se Swinton e sempre uma presença sublinhada, Mikkelsen e Ejifor sofrem do pouco trabalho das personagens. Ainda um bom destaque para McAdams no bom balanço com a normalidade

O melhor – A forma como o filme consegue simplificar um enredo tão complexo

O pior – O pouco trabalho ou desenvolvimento de persoangens que deveriam ser trabalhadas



Avaliação - B-

Saturday, October 29, 2016

The BFG

Quando foi anunciado que Steven Spillberg se iria unir à Walt Disney para darel luz a esta historia de Roald Dahl o mundo do cinema ficou na expetativa pelo numero de pesos pesados que o filme reunia e principalmente por se apostar numa junçao entre imagens reais e animação tambem ela bem real. Após o lançamento num filme claramente apontado para os mais pequenos o resultado critico embora positiva foi um pouco contraditorio, porque muitos referiram que se tratava de um dos piores filmes da carreira de Spilberg. Em termos comerciais contudo o desastre foi mais rotundo principalmente nos EUA onde foi um autentico desastre, num filme que claramente não marcara a filmiografia nem do estudio nem do realizador.
Sobre o filme, eu confesso que nem sempre adaptar historias conhecidas e magicas ao cinema e tarefa facil, porque as descriçoes que preenchem o nosso imaginario muitas vezes não permitem que o filme tenha o ritmo adequado. Neste filme isso não acontece, rapidamente se da o encontro entre as duas personagens mas depois o filme não consegue manter o assunto ou o interesse numa duração claramente excessiva para um filme com este conteudo, acabando por passar minutos e minutos com frases emotivas mas que na essencia não dao nada ao filme e torna-o num pastoso percurso aborrecido.
Por esse motivo rapidamente concluiu que este filme esta longe de cumprir os seus objetivos já que é muito aborrecido para as crianças, pela duraçao, pelo longo periodo em que nada acontece, mas tambem não tem conteudo para agradas os adultos, percebemos que se trata de uma historia de amizade mas a grosso modo o filme não consegue nunca ter mais que isso, já que nos parece que as ideias no filme se esgotaram com o primor tecnico principalmente na criaçao da sua personagem principal.
Pois e a nivel tecnico que o filme consegue alguns dos louros, mesmo que na minha opinião a forma nunca possa se sobrepor ao conteudo. E obvio que o filme tecnicamente e irrepreensivel o que tendo em conta a historia era de extrema dificuldade, mas com uma aposta num realizador como Spilberg e num estudio como a Disney nada poderia falhar a este nivel e nisso o filme e muito interessante principalmente no realismo das gargalhadas digitais do gigante
A historia fala de uma orfã que e levada por um gigante para o mundo dos gigantes e ali tem de tentar sobreviver a tentativa dos outros gigantes a comerem, ate conseguir um plano que permita que tudo fique mais normalizado.
O argumento já de si da historia não é facil, e penso que o filme com o seu excesso descritivo se torna todo ele mais dificil e incompreensivel, o que e estranho principalmente porque o argumento e da autoria da argumentista de ET, tirando a relaçao proxima entre as duas personagens centrais o filme e vazio e a adaptaçao nunca consegue fazer o filme resultar no ecra.
Spilberg e um dos melhores senão o mais conceituado realizador do momento, dai que os seus trabalhos pelo menos na realizaçao sao todos eles muito perfecionistas, e neste caso com um grau de dificuldade elevadissimo. Pena e que o argumento ou a escolha da historia não tenha correspondido com os meios e com o realizador.
No cast, temos um bom trabalho de Rylance na forma como da corpo a este ser animado, a personagem tem muito da sua espontaneadade e da forma como actor e natural, e o filme ganha com isto, por outro lado penso que Barnhill não e uma escolha tão interessante falta alguma luz, o que para uma personagem infantil e muito importante.

O melhor – O nivel tecnico e interpretaçao do gigante

O pior – A forma como o filme se torna incrivelmente aborrecido


Avaliação - C-

Friday, October 28, 2016

Finding Dory

Se existe algo que a Pixar conseguiu potencias com o tempo foi a capacidade de não cair no erro de efetuar de uma forma muito sucessiva as sequelas dos seus filmes, o que faz que quando os filmes tenham o seu lançamento consigam atingir outras pessoas, e não so aquelas que foram fieis, isso é possivel já que a Disney com o seu marchandising torna as suas personagens imortais e do conhecimento de qualquer menor. Dai que os resultados criticos do filme tenham sido muito interessantes apenas ligeiramente menores do que o primeiro filme, e comercialmente tornou-se facilmente num dos maiores sucessos do ano.
Sobre o filme confesso que o seu início é lento o que pode ser legitimado pelo facto de ser um filme algo longo para filmes de crianças. No inicio dá a impressão que a disney tem o assunto esgotado através de cenas sucessivas onde apenas se aborda a falta de memória da personagem central. Contudo o filme acaba por se encontrar mudando de contexto, tornando-o mais actual, mais próximo do que se faz com outros registos da Disney, e neste terreno a pixar funciona como poucos, nos promenores, no nivel técnico na facilidade com que cria personagens que pelas suas caracteristicas de imediato entram em empatia total com o espetador, e torna-se em mais um bom filme desta produtora, algo que tem sido comum, filme apos filme.
Os maiores destaques deste novo filme é acima de tudo a inclusão de personagens com caracteristicas muito vincadas e que funcionam bastante bem principalmente em termos humoristicos, desde logo os leões marinhos os meus preferidos, as baleias, e um polvo que acaba por se tornar numa das estrelas da companhia. Em termos menos visiveis, podemos dizer que nemo quase não existe durante o filme, e os fas do primeiro filme podem achar isso um problema.
Por outro lado mais uma vez uma mensagem forte algo que é comum a quase todos os filmes da Disney a ideia que mesmo nos problemas as pessoas tem lados fortes, e muito sublinhado ao longo do filme na forma como as personagens interagem com a Dory, mesmo que o filme recorra por vezes a alguns exageros para unir pontas que nem sempre é comum em filmes da Pixar, que tentam com que tudo seja o mais paralelo ao mundo real.
A historia segue um ano apos o primeiro filme, e tem como base a tentativa de Dory, a esquecida encontrar os seus progenitores, o que vai obrigar a um exercicio de memória, que em face das suas caracteristicas não é propriamente facil.
Em termos de argumento a pixar tem a estrategia bem montada, apostar nos paralelismos das suas realidades com o mundo real, e colocar novas personagens que criem empatia com o publico e nisto o filme resulta, poderá ter mais dificuldades na forma como o filme não consegue na essencia trazer algo de muito diferente, mas como se diz equipa que ganha não se mexe.
Na realização a Pixar arriscou pouco, Staton e um dos seus maiores obreiros, e normalmente um dos que consegue tecnicamente levar o filme para outro patamar, aqui consegue que isso funcione, principalmente porque da espaço, nas sequencias debaixo de agua para mais, para mais risco e maior inovação e nisso o filme funciona na perfeição.
No cast de vozes, De Generes e a perfeito Dory pelo seu lado descontraido, e desastrado que a sua voz reflete bem, de resto boas inclusões principalmente de Elba, com uma personagem interessantíssima e a comediante Mckinnon, sendo que e conhecido a pouca aposta da Disney em figuras conhecidas para o seu filme.

O melhor - As novas personagens

O pior - Os primeiros 20 minutos de filme demasiado lentas.

Avaliação - B

Wednesday, October 26, 2016

In a Valley of Violence

Passar do terror para o Western, deve ser uma das tarefas mais arriscadas que um realizador pode almejar, principalmente quando as experiencias mais imediatas foi no mundo da televisão. Dai que ninguém possa considerar Ti West como um realizador de coragem nesta alteração no genero. E criticamente as coisas nem correram mal com avaliações positivas sem ser entusiasmantes. O problema foi comercial. Espera-se que um filme com Hawke e Travolta por muita pouca expansao que tenha não tenha um resultado tão pequeno no primeiro fim de semana como este teve.
Em termos de filme podemos dizer que na essencia temos um tipico western com os seus ingredientes naturais, simplicidade narrativa, direi mesmo demasiada já que em termos basicos a historia do filme narra-se em duas linhas, muita cor e areia, ou não fosse a tradição de muito sol, e poucas casas e a tipica historia de vingança. Dai que analisar este filme é facil, já que os objetivos a que se propoem e minimo deixando todo o peso na forma como as personagens também elas basicas encaixam com o publico.
E aqui existe o problema, um bom western necessita de um bom heroi, o que o filme acaba ate por satisfazer mas tambem de um bom vilão e isso nunca acontece por um lado porque a personagem ue mais tinha para poder encaixar nesse perfil, nunca e claramente um vilão, e o que é passa o filme a demonstrar debilidade, pelo que parece sempre um final demasiado natural e sem nunca ter um climax que alimente o filme.
Ou seja um filme que mesmo para western me parece muito simplificado e nem sempre apenas um bom contexto, onde claramente o filme consegue ser tradicionalista com eficacia permite que tudo resulta, principalmente quando narrativa o filme não tenha tanta novidade ou intensidade e quando por um lado as personagens com excpção do protagonista parecem ser meros figurantes para o seu brilho.
A historia fala de um desertor da guerra que tentado a ir ao Mexico com o seu cai, acaba por cair numa cidade sem lei, onde acaba por ser capturado por um conjunto de malfeitores que lhe matam o cão e despertam em si o lado de vingança.
Em termos de argumento o filme é pouco mais do que as linhas anteriores, e obvio que o western não e um genero de narrativas complexas, mas mais de intensidade emocional, mas acho que diminuir tanto parece pobre, e mesmo emocionalmente so encontra esse tom a espaços.
Ti West tem na realização um dos bons elementos do filme, na cor, na criaçao da cidade na forma como consegue filmas os confrontos mas principalmente pelo espirito, numa homenagem ao mais tradicional do western num realizador que pese embora ainda lhe falte o filme de destaque que não vai ser este, começa a ser consistente em diferentes generos.
No cast o filme perde dois um, Hawke funciona como heroi rebelde, de passado incerto e encaixa bem no genero, o seu lado mais misterioso funciona, mesmo num papel sem grande dificuldade. Farmiga parece muito nova para o papel e nem sempre consegue transmitir o lado rebelde que o filme necessita, e a caracterizaçao parece não ser a mais indicada. Travolta claramente fora de forma na setima arte numa personagem sem grande sentido, interpretado de uma forma com ainda menos.

O melhor – Algum tradicionalismo na criação da cidade onde tudo ocorre.

O pior – A falta de um vilão de peso


Avaliação - C

Monday, October 24, 2016

Good Kids

Depois do sucesso que foi American Pie um novo genero permaneceu ainda que com menos sucesso que foi as comedias adolescentes de alto teor sexual. Nos ultimos tempos este tipo de filmes foi relacionado com actores em pior forma e jovens a procura de algum protagonismo. Um desses filmes foi Good Kids, com resultados mediocres comerciais e inexistente em termos criticos, podemos dizer que será um filme que poucos alguma vez terão real acesso.
Uma das provas do genero é claramente até onde um filme destes pode ir em exagero, em sexualidade e em humor, e nesse particular estamos claramente perante um filme ligeiro, que tenta sempre ter alguns valores, mesmo que a determinada altura acaba por ser visual na forma como explora a sexualidade dos seus protagonistas. O maior problema do filme é que ao contrario de outros filmes do genero nunca consegue colocar a sexualidade ao serviço da comedia, nunca conseguindo realmente ser engraçado, mas quase sempre irritante.
Por outro lado a forma como o filme mesmo em termos de mensagem e em algum romantismo na relaçao central consegue ser completamente indiferente fica a ideia que em momento algum quando o filme inicia o seu argumentista sabia o que queria fazer no fim, já que parece tantas vezes perdido entre narrativas, que faz com que a central no final acabe por nunca funcionar.
Ou seja uma comedia claramente de nivel baixo, sem graça, sem sabedoria, que tem como unico ponto menos mau a sua simplicidade e nunca ser um filme de grandes riscos que torne tudo dificil de ver. Mas certo e que no final o resultado não é positivo, longe disso, e ficamos com a sensação da questão obvia de porque ainda continuarem a fazer filmes como estes.
A historia fala de quatro amigos, inteligentes nas ferias que antecede a sua entrada na universidade mas que em termos sociais não existem, ate que colocam a fasquia de aproveitar tudo o que não tiveram nas ultimas ferias ao limite.
EM termos de argumento o filme perde em todos os sentidos, em termos comicos não funciona, não tem coerencia narrativa, muito por culpa de personagens mal construidas, e pior mesmo no simples lado romantico que o filme poderia ter, as coisas tambem não funcionam.
Na realizaçao a comedia adolescente e talvez o genero com menos espaço da manobra, principalmente no cinema de maior estudio, pelo que o trabalho aqui apresentado por McCoy seja totalmente cinzento sem qualquer elemento diferenciados, é uma simples tarefa que poderia ser feita por qualquer um.
No cast de quatro protagonistas, três são tiros pouco certeiros, funcionando mais pelo seu aspeto peculiar do que propriamente pela sua forma de interpretar, melhor Deutch, a mais consagrada dos jovens tem o melhor papel e a maior presença mesmo que o filme nunca lhe exija nada. Em termos de secundarios e questionavel o que pode uma carreira descer tanto como Judd e Birch para serem secundarios num filme como este.

O melhor – Alguma presença de Deutch como actriz de comedias romanticas

O pior – A falta de graça de quase todas as sequencias do filme.


Avaliação - D

Sunday, October 23, 2016

Sausage Party

Se existe genero que me parece que ao longo do tempo não tem sido perfeitamente explorado por Hollywood e a animaçao para adultos nos diversos generos. Dai que seria uma questão de tempo surgirem adaptaçoes de figuras conhecidas no exprimentalismo do genero. Este ano Seth Rogen e Jonah Hill como argumentistas deram juz ao seu estilo na animação. Em termos criticos o filme obteve boas avaliações pela originalidade e sentido de humor, comercialmente principalmente trantando-se de animaçao para adultos podemos considerar os resultados muito interessantes.
Se existe caracteristica que ninguem nunca poderá desprovir este filme é de coragem e risco, isto de tentar numa abordagem tipo Pixar dar vida a alimentos mas de uma forma totalmente adulta e dentro do humor que estamos habituados nos seus protagonistas, é claramente um sinal de risco. No final surge um filme que em muitos momentos principalmente nos paralelismos tem graça, principalmente no insolito que algumas situações acabam por ter.
Já que claramente é um filme que não se preocupa com a mensagem que outros filmes de animaçao tem esse cuidado, e um filme que nem sempre, poderemos mesmo dizer em termos gerais o corpo narrativo do filme não existe para alem de criar contexto para as sequencias humoristicas, mas no final percebemos que estamos perante algo completamente diferente, que não nos enche totalmente as medidas dentro de nenhum genero mas acaba por ser diferente.
Ou seja o filme é basicamente uma comedia tipica de Seth Rogen com a sua irreverencia com os temas habituais, sem o sentido que os filmes normalmente já não têm com a diferença que se passa no mundo dos alimentos e por isso é um filme de animaçao, por isso tamos perante um filme que vai muito mais de encontro as expetativas dos fas do cinema de Rogen, do que propriamente algo completamente diferente em ambos os generos.
A historia fala de uma salsicha que ambiciona ser comprada junto do seu pao de Hot Dog mas que começa a perceber que ser comprada por alguem e o seu fim, e tenta lançar um repto para impedir os humanos de ter acesso à si e aos seus amigos.
Em termos de argumento depois da linhas anteriormente referidas e obvio que a historia não tem sentido nenhum, mesmo em termos de paralelismo esta longe da simplicidade e coerencia que os filmes normais de animaçao conseguem nos paralelismos, mas o facto de termos um filme adulto e com graça claramente salienta a originalidade da ideia, mesmo sendo obvia que a mesma e totalmente absurda.
Era necessario para o filme funcionar realizadores habituados a animaçao e claro que a aposta nos realizadores de Thomas e Frieds funciona o filme mesmo não sendo um poço de inovaçao, funciona com a inclusão sempre de bastantes cores e cuidado na criaçao das personagens.
O leque de vozes e riquissimo, estando presentes todos os amigos e habituais colaboradores de Rogen, isso faz com que o uso da voz em termos humoristicos funcione, e parece ser uma preocupação clara de um filme claramente controverso mas que tem nas suas vozes mais uma riqueza.

O melhor – A ideia absurdamente original

O pior – Não ser na essencia muito diferente da incoêrencia que os filmes deste grupo de pessoas costuma fazer com figuras reais


Avaliação - B-

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children

Tim Burton é indiscutívelmente um dos maiores realizadores da atualidade, tendo atrás de si uma história interminável de filmes que são amados por muitos e que fazem dele, nos dias hoje, uma instituição no cinema. Contudo nos seus últimos filmes e principalmente depois do floop de Dark Shadowns não mais conseguiu encontrar o balanço critico que neste filme voltou a não conseguir com avaliações medianas, e comercialmente para um filme com estes meios parece obvio que tambem comercialmente o filme ficou bastante aquem do esperado, talvez por estrear numa fase onde os resultados comerciais nunca são tão explosivos.
Sobre o filme é facil perceber que esta conhecida história era claramente criada para ser realizada para Tim Burtos, que tinha dois caminhos, adaptava-a do ponto de vista narrativa com simplicidade trabalhando como apenas ele sabe fazer o ponto de vista artistico e visual, ou por sua vez tentaria dar ao filme uma roupagem mais significativa e matafórica como já fez em tantos filmes. Talvez por não estar no seu melhor momento de forma, escolheu a primeira estratégia que nos da um filme esteticamente com todas as qualidades de Burton, o que já é assinalavem, mas um filme demasiado lento e com pouca capacidade de explosao em termos narrativos e da história.
Ou seja o filme parece sempre ter o lado mais comico e interessante no lado normal, algo que habitualmente Burton gere melhor, no lado dos peculiares o filme parece só curioso, tem dificuldade em criar quimica entre as personagens, ter graça natural, o que faz falta a um filme com este tipo de historia, assim durante a primeira hora, de lenta apresentaçao das personagens, falta algo que complete a simples pecularidade da mesma e nisso o filme tem alguma dificuldade em se sublinhar.
Mesmo assim parece-nos um filme interessante, objetivo, que não fosse a expetativa Burton, estaria certamente num patamar elevado de avaliação, contudo quando percebemos que os meios do filme, principalmente o seu realizador em historias parecidas já fez melhor, já teve mais genio principalmente narrativamente, fica a sensação, que principalmente na gestão dos ritmos do filme, e na forma como filme por vezes adormece poderia ser feito ligeiramente melhor.
A historia fala de um jovem desintegrado da sua vida familiar, e apos a morte do seu pilar, ou seja o seu avo, que decide tentar encontrar uma casa com seres peculiares que constava das historias para dormir que o seu avó lhe contava.
Em termos de vista de argumento, quando se adapta um livro a fidelidade ao mesmo é necessaria, mas parece que Tim Burton com outras historias foi para alem do livro o que aqui penso ter tido mais receios. No competo geral uma boa adaptaçao com dois problemas na gestão do ritmo narrativo, e com alguma falta de graça das personagens peculiares.
Em termos de realizaçao Burton é o olimpo do cinema, a forma como pensa cada cena para ser mais que uma cena mas um quadro impressionista faz dele talvez o melhor cineasta da atualidade, em termos de meios na forma como tudo é pensado ao detalhe temos Burton no seu melhor, principalmente no seu lado mais colorido que nos ultimos anos tem sido a sua assinatura depois de um periodo mais noir. Falta-lhe um filme mais consensual para o reconhecimento que indiscutivelmente já merecia.
Outro ponto em que penso que Burton investiu pouco no filme foi no cast, nem sempre um actor jovem em crescimento cria empatia porque a imagem existente no espetador e com as caracteristicas de criança, e aqui isso acontece. Contudo nos secundarios boas escolhas principalmente Jackson, existe em termos de intensidade, graça e estilo um filme diferente depois da sua aparição e muito pela excelente personagem criada pelo actor.

O melhor – A capacidade de Burton filmar tudo de uma forma esteticamente impressionante

O pior – A gestão dos ritmos narrativos do filme, deixa-se demasiadas vezes adormecer


Avaliação - B-

Friday, October 21, 2016

Anthropoid

Os filmes sobre a segunda guerra mundial e sobre episódios concretos sobre este marco histórico são normalmente filmes intensos do ponto de vista dramático para além de produções interessantes. Ser ser um blockbuster de verão ou mesmo um filme de uma grande produtora, este filme surgiu de uma forma quase silenciosa, sendo o seu maior buzz, o regresso de Jamie Dorman a um papel depois de James Grey no blockbuster 50 SOmbras de Grey. O resultado critico do filme foi moderadamente positivo mas insuficiente para catapultar o filme para a discussão dos prémios. De um ponto de vista comercial, e tendo em conta que foi um filme apenas com distribuição "limited" podemos dizer que o filme atingiu os seus objetivos.
Sobre o filme, quando alguém tenta fazer um filme em guerra nem sempre é facil que as personagens sejam trabalhadas em todas as dimensões, o que quando não acontecem fazem os filmes demasiado descritivos e que apenas conseguem fazer sublinhando pela intensidade de algumas cenas e pela descrição da falta de condição humana em diversas situações. Pois bem o filme é isto, demasiado monotono e descrito na sua essencia mas que principalmente no final, explora o sentimento de clausura e de falta de esperança vivido pelas personagens naquele acontecimento.
Posto isto é importante perceber o que em termos de especificidades o filme vale, e se em termos de produção as coisas até se cumprem, não sendo contudo um filme muito original ou realizado de uma forma diferente impressionando por este sentido, não é neste ponto que se trata de uma obra menor, principalmente em comparação. Parece-me contudo que é nas interpretações que as coisas não correm tão bem, muito por culpa de uma construção que me parece pouco trabalhada em termos de personagens.
Enfim um filme que vale mais pelo relato histórico, mesmo que este acabe por não ter um final feliz para os intervenientes, do que pelo valor artistico ou pela abordagem que o filme adopta na sua narrativa. Certamente ja observamos filmes mais realistas e mesmo obras artisticas mais trabalhadas noutras abordagens sobre a segunda guerra mundial sobre outros episódios quem sabe mais relevantes.
A história fala do plano executado por paraquedistas checos no sentido de matar o lider nazi naquele pais de forma a desencadear uma reação. para alem da execução do plano o filme fala das consequencias do mesmo para os seus executores.
Em termos de argumento temos uma abordagem simples, maioritariamente descritiva, na forma como constrou o lado dramatico e narrativo das personagens parece-me algo limitado, de resto como qualquer filme baseado em factos verídicos o encadeamento das situações acaba por ser o que a história determinou.
Na realização Sean Ellis tem aqui o seu filme mais visivel e trabalhado, não sendo uma abordagem diferenciadora o filme é realizado de uma forma competente sem grandes rasgos de criatividade. Contudo com maior visibilidade parece ter objetivos bem definidos num filme que pelo seu contexto nunca é facil de realizar.
No cast penso que o filme tem um erro claro Dorman não me parece de momento ter caracteristicas ou capacidades para um filme desta eixgencia dramatica. A personagem também me parece demasiado apagada mas não é ele que consegue potenciar tal personagem. Assim acaba por ser Murphy a ter em si as despesas do filme, mesmo que me parece que neste momento o actor se encontre muito preso a alguns tiques repetitivos como o cigarro na boca, que mais parece um refugio que um exercicio de estilo.

O melhor - O relato de um facto importante nunca antes abordado

O pior - Jamie Dornan

Avaliação - C

Thursday, October 20, 2016

Bad Moms

Todos os anos no verão existe uma comédia que parece que vai ser um floop autentico a todos os níveis e surpreende pela positiva, sendo que normalmente se trata de comédias que abordam o tema do sexismo, e com muitos ingredientes sexualizados. Este ano essa comédia foi este Bad Moms, que conseguiu não só resistir à dura critica que normalmente persegue as comédias, com avaliações razoavelmente positivas, mas também comercialmente e principalmente nos USA tornaram-se um dos filmes mais surpreendentes do verão em termos de resultados comerciais.
Sobre Bad Moms, eu confesso que não sou um fã natural do género de comédia, principalmente na forma como actualmente elas se fazem, em que o humor é demasiado físico e extremamente dependente de um humor demasiado físico e sexualizado. E nesse particular este filme vem de encontro aquilo que se tem feito, e que sinceramente está longe de ser o meu estilo de humor, e mesmo o meu estilo de filme, já que as piadas são esperadas e mais que isso todo o desenvolvimento narrativo do filme é óbvio nos seus primeiros dez minutos.
Claro que tem influências positivas de um cinema de exagero ou não fosse dos mesmos criadores da ressaca, mas por vezes com tanto exagero nem a mensagem subliminar do filme funciona nem tão pouco a forma como o filme consegue vincar pelo seu humor o diferencia de muitos outros filmes que nos últimos anos somos bombaredeados, principalmente depois da explosão do género. Por isso para fim este filme é mais do mesmo, o mesmo tipo de piadas, pobre desenvolvimento narrativo e de personagens e mesmo no que diz respeito à abordagem e os truques de câmara também esses já foram utilizados noutros filmes.
Por isso custa-me a perceber o resultado critico do filme, já que o comercial, qualquer comedia com piadas sexualizadas e marcadamente sexistas estão sempre no caminho certo para o sucesso comercial, criticamente não consigo encontrar no filme, mesmo com uma mensagem positiva, algo que o diferencie a grosso modo do que se tem feito em comédia, e que tantas vezes ficam na rede da critica.
O filme fala de uma mãe que ao tentar conjugar a vida de casa com uma intensa vida profissional, acaba por falhar em tudo, até ao momento em que descobre que é vitima de traição do seu marido e decide viver a sua vida junto de duas outras mães.
O argumento é pobre, não é mais do que contexto básico para sequências de humor e dialogos sexualizados com a intenção de ter graça. Para mim penso que o filme nunca consegue ter a explosão de graça necessária a uma comédia sem outros objetivos, e mesmo em termos de personagens e twists tudo parece demasiado artificial.
Lucas e Moore são os criadores naturais de Hangover, e criaram um estilo de humor como argumentistas, como realizadores exploram muito do que funciona no género como o lado mais físico da comédia, momentos musicais actuais, mas que sinceramente nada de novo conseguem sublinhar, numa comédia actual mas com nota artística duvidosa.
Por fim o cast, com muito pouco risco foram efetuadas as escolhas principais para o filme, Kunis funciona na comédia alias parece-me o seu género natural já realça a sua espontaneidade que acaba por ser a sua melhor característica enquanto actriz. Pouco risco nas escolhas de Bell, Hahn e Appelgate, que fizeram carreira no humor, mas nestas penso que acaba por ser Bell aquela que mesmo não sendo a mais visível a sua prestação seja a mais interessante.


O melhor - E uma comédia com condimentos bastante actuais e comerciais.

O pior - Penso que realmente só a muito espaços consegue fazer soltar gargalhadas

Avaliação - C-

Tuesday, October 18, 2016

Mr. Church

Existe uma dificuldade inerente a realizadores que actuam em longos espaços de tempo, que é a capacidade para os mesmos irem atualizando a sua forma de realizar e a actualidade dos temas. Talvez por isso Bruce Beresford foi desaparecendo depois de um periodo de maior fulgor nos anos 80. Este ano tem uma reaparcimento que maca também o regresso de Eddie Murphy depois de quatro anos sem qualquer aparição e ainda para mais no cinema dramático. COntudo num filme que poderia ter algumas ambições para premios o resultado critico foi castramte com avaliações essencialmente negativas. Do ponto de vista comercial a pouca divulgação do filme não permitiu também eles bons resultados.
Uma das mais valias de realizadores experientes surgirem com filme com mais tradicionais é nos percebermos que existiu uma epoca onde mais que realista o cinema era um veículos de historias positivas, emotivas e de ligação entre as pessoas, essa foi uma das caracteristicas dos filmes mais conhecidos de Beresford e é também a caracteristica mais vincada que também este filme acaba por ter, ou seja a relação e a força dos sentimentos mais puros entre as personagens.
Claro que rapidamente podemos criticas que no mundo de hoje nada poderia ocorrer com tamanha simplicidade sem questões, mas por vezes as homenagens ao cinema puro que mais que retratar queria mandar uma mensagem positiva aos espetadores está bem vincado neste filme, que é todo ele coração e quase nunca razão, parece que todas as sequencias sao pensadas em fortalecer a relação central, mas no fim temos um filme que nos transmite sentimentos e mais que isso um filme que rapidamente nos fica na retina, mesmo não sendo inovador, original ou maturo.
Pelo lado negativo pensamos que a abordagem é demasiado simplista, ou seja, quando pensamos numa abordagem de homenagem é obvio que a mesma poderia ter mais risco principalmente na realização, ou tratamento de outras particularidades como banda sonora, ou mesmo fotografia. Tudo e exatamente feito como o cinema dos anos 80, e também trás consigo alguns defeitos que se foram ultrapassando ao longo do tempo por novas formas de filmar.
A historia fala de uma mãe solteira, que após a morte do amante, acaba por receber em casa um cozinheiro que a deve ajudar nos seis meses que resta de vida. COm o passar do tempo, seis meses tornam-se anos e o cozinheiro torna-se numa figura familiar principalmente para a menor e o seu crescimento.
Em termos de argumento esta é a clara afirmação que por vezes não precisamos de filmes realistas ou de mensagens moratórias fortes, por vezes na historia mais simples, pode funcionar se objetivamente seja uma historia com um propósito bem definido, e neste é a falta de razão e excesso de coração.
Penso que é no trabalho de Beresford que o filme poderia e deveria ter ido mais longe, principalmente na abordagem, na forma como o filme poderia ser adornado, o que acaba por ser demasiado simplista, demasiado igual a muitos outros e nesse particular parece-me que o filme não tem algum condimento.
No cast parece-me que Murphy tem um papel muito interessante principalmente por ser diferente de tudo o que fez, ou seja ser introvertido, misterioso, o que acaba por construir com um carisma interessante, que nos deixa a ideia que talvez Murphy pudesse ter ido mais longe se tivesse alterado o genero mais cedo. Por outro lado RObertsson encaixa no lado sentimental, pese embora me pareça que tem alguma escassez de reportorio dramatico enquanto actriz.

O melhor - A forma como homenageia os filmes de coração dos anos 80

o pior - A falta de algum condimento em termos de abordagem

Avaliação - B-

Sunday, October 16, 2016

Captain Fantastic

Todos sabemos que os principais candidatos aos premios no final de cada ano, são lançados em cima do acontecimento, mas existe sempre alguns filmes ao longo do ano que acabam por ser bem recebidos de uma forma generalizada e serem considerados long shoots, principalmente no que diz respeito a filmes mais independentes. Um desses filmes em 2016, é este particular Captain Fantastic que conciliou criticas interessantes, principalmente por parte da audiência mais que os especialistas e comercialmente para um filme sem distribução wide podemos dizer que teve resultados consistentes. Podem ser insuficientes para resultar em alguma coisa, mas pelo menos nas listas pode constar.
Sobre o filme, é obvio que o terreno independente dá um espaço a criadores de nos dar filmes diferentes abordagens que nos fogem um pouco da nossa realidade mas que no fim nos faz pensar se tudo tem de ser organizado pelo que a sociedade define. Este é um filme interessante já que de uma forma simples, emocionalmente intensa, nos dá os dois lados do extremismo dos conceitos sociais actuais, nunca perdendo o que une as pessoas ser o lado sentimental. Neste ambito o filme funciona sempre muito mais do ponto de vista emocional e da ternura entre as pessoas do que pela logica das definiçoes de ensino ou mesmo os conflitos.
A forma como o filme está organizado é para ser um filme suave com picos principalmente emotivos, naquilo que de mais natural existe que é a familia, e isso o filme é claramente interessante porque nos dá numa abordagem diferente e creativa uma definição não explicavel e não argumentavel de familia, e nesse particular o filme funciona em particular, pelo lado emocional, sendo que em termos comicos nem sempre o filme seja tão funcional ou equilibrado como no aspecto estetico e emocional.
O problema do filme é que claramente tem muita mágia nos conceitos e construção do desenvolvimento das personagens para fazer um lado funciona, ou seja rapidamente percebemos que nada poderia ser assim dai que o debate que a espaço o filme quer lançar não é equilibrado entre os lados positivos, já que claramente alguns dos positivos estão sobrevalorizados e de que maneira. Também na forma como as personagens acabam por facilmente se adequar à maneira do mundo desenvolvido nos parece demasiado atalhado.
A historia fala de um pai que decide criar os seus seis filhos num contexto de auto suficiência no meio de uma selva, sendo que todos se deslocam a cidade para participar nas cerimonias funebres da matriarca, e que vai fazer com que todos contactem com uma nova realidade.
Em termos de argumento o filme tem a maturidade de não cair na comedia fisica fácil, preferindo o lado mais emocional, sem nunca perder o elemento comico das situações. Mas o lado mais importante do filme é a riqueza das personagens e da forma emocional com que elas se ligam.
Na realização Matt Ross tem uma trabalho interessante, mesmo com uma realizaçao com muitos elementos do cinema independente a espaço e principalmente no guarda roupa das personagens vai tirando alguns coelhos da cartola, num filme que obviamente vale mais pelo argumento que pela realizaçao.
Em termos de cast Mortensen é um dos actores que mais evoluiu nos ultimos anos, pena e que o afastamento do cinema mais comercial nem sempre permita a visibilidade das suas construções ou a sua aceitação pela maioria. Aqui e mesmo sem a disponibilidade fisica de outros filmes tem muito do que faz dele um bom actor, irreverência e intensidade emocional, bem auxiliado por George Mcckay que tem um bom ano quer na televisao quer no cinema, com uma boa prestação, sendo a cabeça e o lado mais visivel dos interpretes mais novos.

O melhor – A riqueza emocional de um filme que nos tira muitas vezes o lado racional.

O pior – Claramente existir demasiada boa vontade na forma como o método naturista resulta e isso tira algum realismo à mensagem


Avaliação - B

Snowden

Oliver Stone é o realizador dos assuntos que ninguém quer tocar no momento em que os mesmos são assunto. Arrisca-se muitas vezes às polemicas e aos seus filmes serem controversos mas ficaram sempre na historia como um dos realizadores que contou com coragem e à sua maneira alguns dos momentos mais marcantes da historia dos EUA. Este ano mais uma nada consensual, ou seja transmitir em filme a sua prespetiva ou a própria prespetiva de Edward Snowden sobre a sua historia. O resultado critico do filme foi moderado, algo que era esperado principalmente na tradicional critica americana, comercialmente os EUA sempre mostraram muitos filro aos filmes que o denunciam e desta vez não foi excepção com um resultado muito aquem do esperado.
Sobre o filme podemos dizer que mesmo nunca sendo neutro na forma como faz os seus filmes Stone e detalhado nas razões que apresenta para aquela defesa, sendo minucioso na forma como da toda a informação justificação na forma como assume o lado, e nisso obviamente é um filme muito completo, na defesa de Snowden. Claro que muitos questionam se apenas existe este lado da história ou se as motivações de Snowden seriam assim tão claras, mas o certo é que a argumentação a favor dele no filme é detalhada, com boa capacidade de argumentação e acima de tudo com uma boa prespetiva historica de tudo.
Também em termos tecnicos temos um filme interessante, actual nas dinamicas transformando personagens conhecidas do publico, pelo menos nas noticias como personagens de carne e osso, bem interpretadas, bem realizadas, ou não fosse um Stone um dos realizadores mais experientes neste tipo de filmes. E obvio que um filme como este esta condenado a polemica desde inicio e nunca vai ter o reconhecimento dos premios mas dara a conhecer pelo menos um lado da historia e fá-lo com competência e isso é o que se pode pedir a um filme que de imediato ressalva ser uma dramatização de factos veridicos.
Posto isto falta analisar a abordagem e os promenores do filme, se por um lado é um filme muito competente em cada uma das suas escolhas, desde o cast à banda sonora, parece-me também que é um filme que apenas na forma como detalha cada momento poderá ser demasiado instrumental para o objetivo mais que descritivo e isso é uma critica facilmente aceite de quem considera o filme mais politico do que propriamente um relato de um acontecimento.
A historia fala da vida de Edward Snowden desde o momento em que se alistou nas forças especiais Norte Americanas ate ao momento em que ficou entregue em asilo em Moscovo fugindo as autoridades americanas por divulgar assuntos confidenciais.
Em termos de argumento acente-se ou não o lado que o filme adopta, podemos dizer que este é complexo, bem trabalhado, não so na forma facil como a informação é passada de forma simples ao espetador mas tambem pela quantidade de informação. Tem tambem a mais valia de transormar nomes em pessoas o que nem sempre é facil em biopics.
Em termos de realizaçao Stone sem ter muito risco tem uma realização interessante, intensa, dando todo o protagonismo a personagem e aos seus movimentos. Podemos dizer que sendo Stone poderiamos ter mais novidade mas o filme vale pelo seu conteudo mais que pela forma. Excelente musica de Peter Gabriel.
Em termos de cast não sendo um filme de interpretações explosivas o mesmo é muito competente, Gordon Levit tem uma interpretação muito interessante principalmente na forma como conseguiu copiar a voz de Snowden, recurso que não está ao alcance de todos. De resto o filme é dominado por si, pela forma como consegue transmtir a tensão da personagem, num papel dificil e que deverá ser analisado mais a frente na corrida pelos premios. Pese embora me pareça que a polemica do filme ira inibir bons resultados. Tambem destaco os papeis mais faceis mas muito interessantes no balanço do filme de Woodley e Ifans.


O melhor – A forma como o filme argumento detalhadamente a sua tomada de posição.

O pior – Existe alguns pontos que deveria ser mais explicitados, principalmente o que acontece em Geneve.



Avaliação - B

Saturday, October 15, 2016

Certain Women

Existem realizadores que passam uma carreira dedicando-se a pequenos filmes sobre lugares particulares, nunca pensando nos seus filmes como obras para massas. Neste leque de realizadores podemos considerar Kelly Reichardt que com um cinema bastante particular acaba por conseguir chamar aos seus filmes alguns actores conhecidos, neste caso no feminino. Neste ano o seu novo projecto conseguiu criticas muito interessantes mesmo que em termos comerciais e visibilidade seja sempre um projecto com um espectro reduzido.
Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de um filme dificil, principalmente pelo seu estilo demasiado fracionado entre as tres historias que têm tempo e abordagem completamente diferente, mas tambem pelo seu ritmo demasiado pousado, deixando que as sequencias se desenvolvam a sua velocidade natural mesmo que isso torna o filme repetitivo e cansativo com a falta de narrativa. O que para um filme parcelado parece claramente um defeito notório.
Por outro lado temos um filme com lados completamente diferentes em termos de cada historia, se a primeira, protagonizada por Dern nos parece a historia mais movimentada, na base nada acaba por passar a não ser a descriçao de uma relaçao advogada- cliente. A segunda historia ainda estou para descobrir a sua razao de ser, sendo que apenas na ultima o filme ganha algum interesse na forma com que nos traduz a vivencia de alguem cuja a falta de significado a conduz a actos que muitas outras pessoas não teriam.
Por isso tudo parece-me uma filme que tecnicamente na realizaçao ate pode ter bom planos, na forma como consegue dar o lado silencioso dos EUA menos desenvolvidos mas em termos de conteudo temos muito pouco no filme, que quase não tem narrativa, intriga ou mesmo razão de ser.
A historia dá-nos três situaçoes de três mulheres diferentes no mesmo espaço, uma advogada que tem de lidar com um cliente no limite, uma mulher que sonha fazer a sua casa de sonho, e uma empregada de um estábulo que se deixa encantar por uma professora de uma cidade maior.
E claramente um filme com um argumento pouco coeso, quando se tenta unir tres historias pequenas e sem grande novidade dando apenas pequenas interaçoes entre pilares, para elem de um conjunto de historias nunca temos coesão naquilo que o filme acaba por ser. Nao e um filme que aprofunda nada e normalmente isso não é sinonimo de um grande filme.
Ate posso considerer Reichardt uma realizadora esteticamente com qualidade na forma como deixa as sequencias terem um significado proprio e na forma como as pensa em termos de objetos fotograficos interessantes mas nunca vou admirar um filme com tao pouco conteudo e que mais parece uma exposiçao de fotografia.
Ao ser um filme tão parcelado não pede aos seus actores grandes desempenhos, ainda assim é Dern que tem mais espaço e maior destaque mesmo que ainda assim apenas suficiente, os restantes pouco mais são do que figurantes no contexto que esse sim e a figura central do filme.

O melhor – A realizaçao

O pior – A forma como em quase duas horas narrativamente o filme não existe



Avaliação - C-

Friday, October 14, 2016

Wild Oats

O cinema é por vezes preverso para alguns actores quando chegam a determinada idade, a capacidade de arranjarem espaço em filmes de primeira linha acaba por ser diminuta e só a espaços em filmes menores conseguem as suas cenas. Podemos dizer que este filme reune três actrizes nesse espaço, e um realizador no mesmo nivel. O resultado do filme foi quase inexistente com um lado comercial quase irrisorio, e em termos criticos muitos nem sequer deram-se ao trabalho de avaliar.
As comedias sobre a terceira idade têm um problema muito do tipo de humor actual claramente sexualizado pode não encaixar tao bem e por outro lado não existe a frescura para um humor mais fisico,principalmente quando as actrizes do filme nunca se dedicaram a este genero. Dai que ver principalmente duas actrizes que preencheram as carreiras com interpretaçoes de primeira linha se reunirem para um filme com um humor sem graça e quase a fazer satira sabe claramente muito mal, e não vai de encontro a carreira que mantiveram.
Alias o filme e tão sem graça que as fugazes tentativas de graça saem quase sempre ao lado, o estilo do bucket list feminino não tem a força da sua versão masculina naquilo que significa, principalmente porque o argumento e mais debil e a unica preocupaçao das personagens e gastar dinheiro. So existe uma sequencia funcional e é de curta duração no filme que e a tentativa de contacto com a seguradora. De resto tudo demasiado tonto mesmo para uma comedia simples de poucas ambiçoes.
Mas o problema principal do filme e que rapidamente percebemos que todos estão em baixo de forma, as actrizes principalmente McClane pela sua idade, Tennant porque não arrisca nada, realizando como se tratasse de uma produçao barata europeia, num filme que ao longo do seu curto tempo parece nunca ter nem uma boa ideia de base nem pequenas ideias ao longo da sua duração.
A historia do filme fala de duas amigas, que apos uma ficar viuva e outra divorciada, com um engano a favor da viuva vêm-se na posse de muito dinheiro e decidem ir desfrutar para Las Palmas, o problema e quando tem de devolver o que já não tem.
O argumento parece sempre perdido, a ideia de base não é original, já foi usada em diversas derivações, e por outro lado a concretiçao não e mais feliz, parece sempre um filme desencontrado de ideias, nas personagens centrais e nas que vai colocando. Em termos humoristicos pese embora uma ou outra sequencia funcione moderadamente muito do resto vai completamente ao lado.
E dificil perceber como Tennant que já foi um realizador de grandes produçoes de hollywood como por exemplo Hitch acabou em filme com tao pouca ambiçao, filmes que demonstram ou apenas tem como sentido homenagear a veterania de algumas actrizes, será tambem os ultimos passos na carreira.
No cast, do tridente de interpretes parece-me que apenas Lange ainda podera dar alguma coisa significativa ao cinema, Moore, nunca o deu, e McClane esta claramente sem força devido a muito tempo parada ou fora de filmes de primeira linha. O filme e simples e nada pede, mas mesmo assim são denotadas dificuldades.

O melhor – A sequencia do telefone

O pior – A falta de actualidade e ideias do humor do filme.


Avaliação - D+

Thursday, October 13, 2016

Nerve

O cinema para adolescentes nos últimos anos tem sido partilhado entre filmes de grupos em disputa ou por outro lado comédias romanticas que sempre foram o terreno mais fertil para este tipo de população. Este ano surgiu um titulo diferente sob a forma de thriller virtual com todas as tendencias dos adolescentes actuais e a sua vida cibernetica. O resultado do filme até foi competente em termos comerciais principalmente nos EUA, onde o seu maior ganho foi ter conseguido uma distribuição wide. Por outro lado em termos criticos a mediana das avaliações acabaram por não lesar o filme.
Sobre o filme eu acho sempre interessante quando alguém consegue colocar ao dispor de um filme e da base narrativa de um filme a actualidade principalmente no que diz respeito à forma como o mundo mudou com a internet. Nesse particular o filme é prespicaz e actua e creativo, principalmente na forma como critica o mundo cada vez mais virtual dos nossos jovens e mais que isso a falta de limites que isso abarca.
Também em termos da forma como o filme é realizado com diversas sequências dentro dos equipamentos acaba por ser uma inovação e algo que acaba por dar protagonismo aos proprios equipamentos. Do lado mais vulgar do filme uma estrutura narrativa e principalmente os desafios demasiado previsiveis, não tendo a criatividade no desenvolvimento do filme que tem na criação da ideia.
Pelo lado negativo a conclusão, quando o filme talvez por toda a sua construção merecesse um final de maior reflexão trás-nos uma conclusão típica de um filme de serie B de adolescentes sem continuidade e onde a mensagem pese embora seja transmitida não é sublinhada, acabando mais como uma historia de amor do que propriamente como uma critica ao tudo é possível do mundo virtual. Neste particular penso que um filme que até acaba por ser interessante na maior parte do seu tempo acaba por ter um final demasiado simplista.
A historia fala de uma aplicação para computadores, que mais não é do que um jogo que faz os seus intervenientes ter que efetuar algumas missões em troco de dinheiro, sendo que as mesmas são decididas pela comunidade de observadores do jogo, que podem levar tudo até ao limite.
Em termos de argumento o filme é bem sustentado numa ideia interessante e actual. Contudo em termos de desenvolvimento pensamos que existia espaço para maior risco, maior criatividade tornar o filme mais que um filme para adolescentes, principalmente no que diz respeito ao seu sofrido final, claramente mais de um filme serie B do que o filme com a estrutura e ideia que este transmite.
A dupla de realizadores deste filme conhecidos do mundo das curtas e como argumentistas do programa da MTV catfish tem nos meios de comunicação a sua base de trabalho, e aqui tem uma realização interessante principalmente na forma como fazem os aparelhos de comunicação intervenientes diretos no filme. Claro que pensamos que existe ainda muitas arestas a limar, mas para um inicio de carreira temos pelo menos boas ideias de abordar o filme.
Em termos de cast não é um filme que exija muita dos seus intervenientes Roberts e Franco fazem parte de uma segunda linha de Hollywood a espera de um papel que os leve para mais altos voos enquanto isso fazem presença em filme e personagens simples como as aqui em causa. O filme nunca tem nos seus protagonistas a sua bandeira


O melhor - A ideia do mundo virtual como o mundo das pessoas.

O pior - A conclusão

Avaliação - C+

Tuesday, October 11, 2016

Yoga Hosers

Kevin Smith foi durante muitos anos, alguém completamente diferente na comédia norte americana, polémico, mas que sempre foi ganhando algum respeito pela forma simples com que os seus filmes mesmo sem grande lógica conseguiam ter muita graça. Contudo nos ultimos anos isso tem vindo a desaparecer, principalmente a graça, ja que os filmes continuam a não ter grande nexo de casualidade. Contudo o repetir de erros fez com que a critica deixasse de o respeitar e os resultados deste filme são a todos os niveis desastrosos. Sendo que comercialmente nem sequer existe registos sobre o mesmo.
Kevin Smith é um realizador que gosta acima de tudo de colocar em causa a lógica e neste filme faz de uma forma completamente absurda. Pior que tudo é que mesmo em termos de comedia toda a graça, todos os apontamentos geeks engraçados que apetrechava os seus filmes deixaram de existir, sendo uma tremenda confusao de generos sem sentido nenhum como a comedia, o horror e o musical, numa mixordia completamente indegesta para quem gosta de bom cinema.
É facil perceber que o objetivo do realizador era fazer uma satira absolutamente sem sentido. Mas mesmo este tipo de filmes tem de funcionar num proprosito maior que isto, e o filme acaba por nunca o ser, nunca consegue sublinhar qualquer critica social, não consegue pior que isso ser curioso em alguma abordagem e o pior de tudo nâo consegue nunca ter qualquer piada que funciona, nem impressionar em termos de horror. Talvez por isso seja facil considerar este filme um dos maiores disparates realizados nos ultimos tempos, algo que nunca esperei dizer que um realizador que durante anos considerei bastante funcional.
Dai que a abordagem de análise seja mais facil se tentarmos considerar o que no filme não é catastrofico e resulta muito pouco, o ambiente clerks, que acaba por ai, uma boa escolha da filha de Johnny Depp, parece claramente ter futuro no cinema, conciliando uma boa imagem com recursos e nada mais, tudo o resto não é simplesmente mau, é pessimo.
A historia fala de duas amigas que passam a vida ou no telemovel ou a praticar yoga, que enquanto desempenham funções de funcionarias numa loja de conveniência acabam por ser atacadas por salsichas alemãs com vida, e descobrem um verdadeiro segredo dentro da loja.
Em termos de argumento, Kevin Smith durante anos foi uma pessoa que pese embora abordasse no absurdo funcionava com paralelismo com a realidade, nos ultimos anos e com a tentativa de abordar o cinema de horror tudo começou a falhar e neste filme tem o seu maior desastre, na funciona, as personagens a narrativa e principalmente a falta de comedia.
Tambem como realizador, Smith habituou-nos a abordagens coloridas, muito relacionadas com os Comics, aqui tirando a apresentação de personagens num ambiente commodore amiga, não temos dada, e o que temos simplesmente não funciona. Ou rapidamente ganha um novo impulso a sua carreira ou tudo vai terminar na televisao.
No cast, resultados diferentes se Harley Quinn Smith, filha do realizador parece entrar no filme precisamente por isso, já que não demonstra nem dotes nem carisma de protagonista, já a filha de Depp parece ter futuro, o filme demonstra isso, carisma e recursos mesmo num filme e num papel absurdo. Pior só mesmo o seu pai em mais uma personagem sem qualquer tipo de sentido.

O melhor - A Depp mais nova

O pior - O rumo da carreira de Kevin Smith

Avaliação - D-

Saturday, October 08, 2016

The Girl on the Train

Todos sabemos o quanto é dificil tornar um livro conhecido mundialmente num grande filme, poucos foram os que conseguiram, e mesmo esses sempre tiveram criticas. Dai que seria facil prever que a carreira critica deste Girl on the Train não seria facil, mesmo com a contratação de um realizador treinado em adaptações como Tate Taylor. Os primeiros resultados criticos foram algo desoladores com avaliações medianas mas na maioria dos casos negativas. Comercialmente o que me parece a mim a maior prioridade do filme os primeiros resultados são consistentes sem no entanto ser em momento algum espetaculares.
Pode um bom livro dar um mau filme, a resposta é claramente sim, porque a possibilidade de criar ritmo num filme é bem mais exigente do que no livro. E ponto aqui começa o grande problema do filme, ou seja o filme tem sempre um ritmo demasiado pausado talvez porque monologos ou pensamentos internos funcionem sempre melhor em termos literarios do que em termos de filmes, e nisto o filme abusa, tirando-lhe ritmo e intensidade o que num thriller e essencial.
Mas o maior problema e que os truques do cinema, ou seja a necessidade de ter algo visual da promenores ou focaliza aspectos que acabam por tornar o grande trunfo do filme, ou seja o seu twist final como algo previsivel, e para um genero que depende tanto da sua conclusao, a falta de explosao do seu final acaba por ser um outro handicap.
De resto uma historia simples, com muitas personagens interligadas, num filme ligeiro que nunca quer ser mais que isso pelo menos na sua versão de cinema, com um climax bem definido e com destaque na forma como o comboio acaba por ter um papel importante em todo o filme. A determinados momentos tem uma boa protagonista e isso acaba por dar um bocadinho de mais lustro que mesmo assim para a toda a envolvencia e claramente pobre.
A historia fala de três mulheres interligadas pela proximidade relacional, mesmo que esta nem sempre seja a mais simpatica, que se vem envolvidas na investigação do crime de uma delas, em que todos sao suspeitos.
Em termos de argumento temos uma tipica historia do quem matou quem, na essencia o filme pode ter uma historia de ligaçao entre as personagens maiores, e que o filme desenvolve mas na essencia não e mais que isso. Parece-me redutor, parece-me uma historia nem sempre com grande poder de mensagem e mesmo no seu twist não me parece particularmente surpreendente principalmente na decisao central.
Tate Taylor fez um excelente trabalho de epoca com The Help, sei que e um filme mais imponente com uma mensagem mais significativa. Aqui penso que como realizador esta muito aquem do esperado. Não tenda dar ao filme qualquer tipo de roupagem, abusa nos Slow motion sem sentido, e acaba por não ser particularmente relevante a sua acçao, para um realizador que na estreia pos o seu filme na corrida aos oscares sabe a pouco.
No cast, eu confesso que numa aposta como esta o cast me pareceu pobre, principalmente pela dimensao comercial que o filme poderia ter. Blunt parece-me uma boa escolha, intensa, tem a seu favor ser a unica personagem vistosa do filme, e acaba por dominar o filme de inicio a filme. Nos outros papeis de maior destaque a quase desconhecida Bennet cumpre, mesmo que fique a ideia que a personagem poderia ter mais força, e o claro floop vai para Theroux, numa personagem tão importante num filme como este alguem mais carismatico e versatil seria essencial.

O melhor – Emily Blunt

O pior – Tanto alarido por uma historia na genese tão simples



Avaliação - C

Friday, October 07, 2016

Desierto

O cinema mexicano tem sido prodigo em nos trazer diversos realizadores de qualidade com projetos arriscados. Dai que seja normal surgirem novos nomes, com novas experiencias. Este ano surgiu a estreia como realizador numa longa metragem de Jonas Cuaron o irmão mais novo do conceituado Alfonso. O resultado do filme foi bastante modesto a todos os niveis, se comercialmente para um filme quase não dialogado ate se pode compreender, criticamente o filme deveria ter expetativas mais elevadas que em momento algum as conseguiu cumprir.
Sobre o filme, podemos dizer que já tivemos muitas variantes dos jogos do gato e do rato, algumas mais complexas, mais trabalhadas e outras mais simples. Pois bem este pequeno filme deve ser uma das mais simples que observamos ate ao dia de hoje, nunca sabemos a razao pela qual uma das personagem quer matar as outras, e por outro lado no deserto as armas da sobrevivencia sao escassas. Dai que e facil perceber como um filme como este apenas pode ter menos de uma hora e meia cheia de muito pouco, cheia de pontas abertas que ninguem se da ao trabalho de fechar e pior que isso mesmo em termos sensoriais o filme parece nunca conseguir transmitir o seu real objetivo.
Por tudo isto e facil classificar este filme de limitado em quase todos os niveis, chegamos ao ponto de pensar que estamos num jogo de computador e mesmo este previsivel. Num cinema em ascenção como o mexicano filmes destes parecem claramente escusados pois nem narrativamente nem na abordagem acabam por trazer nada de particularmente novo.
DO lado positivo muito mas mesmo muito pouco. A capacidade de tornar um espaço como um deserto como algo claustrofobico, onde não nos podemos esconder, mas isso e o tipo de sensaçao que interessa num curto espaço de tempo, já que em exagero torna-se repetitivo, o filme parece obviamente demasiado longo mesmo na sua curta duração.
O filme fala de um grupo de mexicanos que tentam entrar ilegalmente nos EUA, que apos a avaria do veiculo que os ia transportar tem de fazer o restante trajecto apeados pelo deserto. Nesse momento encontram um americano na posse de uma arma e um cão que tem como objetivo aniquilar todos os emigrantes.
O argumento e do mais redutor que me lembro de assistir no cinema, não e um filme de explicações, nem de dialogos, e uma cena de luta pela sobrevivencia e nada mais, não temos justificações, motivos nem emoçoes, temos um objetivo e nada mais.
Na realização para um irmão de Cuaron estava a espera de mais originalidade, criatividade e risco, e obvio que se limitar a filmar a imensidao de um deserto pode resultar a espaços mas penso que o filme tem muito pouco a sublinhar tambem neste particular.
No cast temos um duelo entre Dean Morgan e Garcia Bernal, o segundo e sempre mais eficaz, talvez porque a sua personagem tenha menos cliches, mas penso que Dean Morgan torna tudo ainda mais cinzento com os seus cliches.

O melhor – O deserto ser claustrufobico

O pior – O argumento sem ponto de partida


Avaliação - D+

Sunday, October 02, 2016

The Infiltrator

A serie da Netflix Narcos acabou para chamar a atenção de hollywood sobre tudo que rodeou Pablo Escobar, dai que era no minimo oportuno alguns estudios estudarem e darem a luz alguns projetos sobre as suas articulações. Pois bem foi o que aconteceu neste filme, sob a forma de biopic sobre um operacional dos EUA infiltrado nos esquemas de lavagem de dinheiro de Escobar. O resultado critico foi positivo embora nos pareça insuficiente para aguentar a sua precoce estreia. Em termos comerciais o resultado foi escasso principalmente depois do filme ter conseguido a estreia wide.
Existe uma clara dificuldade nos filmes biopic à nascença que apenas uma abordagem diferenciada a criativa pode superar, que é a forma como tudo parece demasiado escrito para televisao sem nunca ter uma prespetiva realista das coisas. Pois bem este filme nesse particular não quebra esse tabu, ou seja e um filme sobre uma personagem com o objetivo de a potenciar, não tendo particular destaque na sua realização nem na sua abordagem.
Contudo o filme tem um interessante trunfo que e o facto da vida em questão e o perigo da mesma ser bastante interessante, e o filme conseguir transmitir a dificuldade e o risco de toda a missão, o que torna mesmo um filme que nem sempre tem um ritmo fulgurante interessante e mais que isso um filme que demonstra bem as dificuldades em conciliar a vida profissional e pessoal de um infiltrado, na forma como gere todos esses momentos o filme funciona em longa escala.
Como resultado um filme competente, que ganha muito pela natureza da personagem e mais que isso pelos factos em si, mais do que propriamente pela mestria com que foi feito, já que grande parte dos defeitos usuais dos biopics o filme também acaba por os ter. No lado emocional parece-me que a sua subtileza acaba por ser um dos pontos de particular interesse e que funciona.
A historia fala de um inflitrado do governo americano que se insere no esquema de lavagem de dinheiro de Pablo Escobar no sentido de conduzir a detenção dos envolvidos nesse mesmo esquema do qual tem de fazer parte.
Em termos de argumento, muita da sorte de um biopic e a vida do homenageado e o seu dia a dia, e nada melhor do que um infiltrado numa organizaçao criminosa para os niveis de interesse do filme serem desde logo potenciados. O filme de resto não é particularmente criativo ou original aproveitando de forma simples, uma historia.
Na realizaçao Brad Furman ate ao momento tinha filmes com resultados criticos diferentes, neste filme parece um passo em frente na sua carreira principalmente na contextualizaçao temporal, que mesmo não sendo dificil acaba por ser conseguida. Não temos uma realização de primeira linha mas acaba por ser na maioria do tempo eficaz.
No cast Cranston e claramente a alma do filme, um actor que nos ultimos anos ganhou uma dimensao que muitos nunca pensaram tem neste filme a continuidade de um excelente momento de forma que o tornam num actor atualmente muito apetecivel em diversos generos. Lançado mais proximo dos premios poderia ser um candidato as listas mesmo que me pareça um papel insuficiente num ano normal para as nomeaçoes aos oscares.


O melhor – A forma com a historia de base é interessante


O pior – O filme acaba por ter alguns vicios do biopic normal


Avaliação - B-

Deepwater Horizon

A cooperação entre Mark Whalberg e Peter Berg parece estar para durar, depois de uma primeira colaboração em Lone Survivor um realista e duro filme de guerra eis que a dupla surge em 2016 em dose dupla novamente retratanto historias reais. Como a colaboraçao anterior a recepçao critica do filme foi aceitavel com bons resultados na maior parte das avaliações, comercialmente os resultados parecem ser consistentes embora me pareça que o elevado custo de produçao pode por em causa a concretizaçao do projeto em termos economicos mas que so a longo prazo se ira conseguir perceber.
Em termos de filme, Berg parece-me mais que qualquer coisa um tarefeiro competente de Hollywood alguem que faz o filme com meios, realismo, mas a quem falta algo diferenciador, e isso acaba por ser o que o filme nos dá, ou seja uma historia promenorizada sobre um acontecimento concreto, muito realismo nas sequencias de perigo mas a falta total de um elemento que diferencie o filme, que o torne unico, que o sublinhe relativamente aos restantes, parece tudo detalhedo como tem de ser pelo livro e isso é o que diferencia um filme positivo de um grande filme.
E inegavel o valor tecnico do filme, algo construido de uma forma que me parece dificil, mas que Berg consegue dar com violência com realismo, principalmente no que diz respeito aos efeitos da explosão. Sendo os maiores valores do filme em termos tecnicos parece-me tambem que quer em termos narrativos, e mesmo na abordagem de filme tudo e demasiado simplista, o que para conduzir o filme para outros patamares e muito dificil.
Outro ponto que me parece que o filme pode ser algo simplista, e no seu valor emotivo, a forma como as bandeiras dos EUA são deflagradas ao longo do filme, a homenagem repetida aos mortos, parece muito Clint Eastwood e penso que as homenagens podem ser mais subtis e dessa forma talvez mais sentidas do que procurar uma emoçao simples, que resulta para grandes plateias, mas a mim faz-me sempre pensar que é uma forma de ganhar dinheiro com o mal dos outros. Esta opçao para mim e agri-doce.
O filme fala dos trabalhadores de uma plantaforma de exploraçao de petroleo, que acabam por sofrer um acidente que conduz a explusão da plantaforma em alto mar, tendo os mesmos que lutar por sobreviver ao impacto de tal acidente.
Em termos de argumento o filme é simples, e arrisca quase nada, podemos dizer que tem um bom balanço entre o lado mais descontraido e familiar da personagem central, mas tudo o resto é previsivel numa linha natural. Podemos dizer que o filme é o que é, mas tambem se sabe que argumentos deste têm um limite da sua capacidade.
No que diz respeito a Peter Berg como realizador eu acho que ele sabe lidar com o realismo de sequencias de acção com meios a seu favor, o que o fazem antes de mais um bom tarefeiro, terei mais duvidas em o considerar um cineasta de eleiçao pelo pouco risco ou pela falta de uma assinatura criativa que os seus filmes parecem ainda não apresentar.
Por fim a colaboraçao com Whalberg penso que tem sido rentavel para este actor, já que lhe dá visibilidade num momento de forma que me parece menos bom do actor, ele funciona como actor de acção, mesmo que em termos dramaticos me pareça bastante baixo de forma, e o filme demonstre isso. O lado negro de Malchovich, o lado mais bruto de Russel, e Dylan O'Bryan parecem boas escolhas mesmo que em papeis simples.

O melhor – O realismo das dificeis cenas de sobrevivência.

O pior – A falta de algo que o tire do registo “By the Book”


Avaliação - C+

Saturday, October 01, 2016

Mechanic: Ressurrection

Se existe alguns acontecimentos completamente estranhos no cinema norte americano, a aposta numa sequela de um filme que nem sequer conseguiu pagar a sua produção. Tudo poderia ser explicado pelo facto ate não ter sido um desastre critico o que sabemos ser totalmente indiferente para os tipicos filmes de Jason Statham. Este segundo filme conseguiu piorar tudo ou seja, comercialmente continuou a estar longe do sucesso mas desta vez conseguiu o falhanço critico.
Sobre o filme se o primeiro filme era um filme tipico de Jason Statham com um twist final interessante pois bem este perdeu este ultimo elemento e tornou-se num filme de Jason Statham com um exagero na falta de logico das sequencias da forma como resiste e não morre a situações impossiveis. O mais estranho de tudo no filme e que tudo parece uma satira aos filmes dele pela falta de ligaçao pela forma como conseguimos advinhar todas as sequencias de inicio a fim, e acima de tudo como tudo esta planeado para um estilo do filme que este acaba por nunca ter.
Em suma podemos facilmente dizer que este filme e das coisas mais vazias e sem conteudo que o cinema nos deu nos ultimos anos, alias muitos dos filmes de serie B, diretos para DVD tem um argumento com mais conteudo do que este. Basicamente temos tres situaçoes para o heroi matal gente de forma original ou mais ou menos pensada, se bem que na minha ideia foi apenas uma forma da produçao viajar por cidades diferentes, já que o interesse ou a forma como essas mortes ocorrem nada servem para o desenvolvimento narrativo que basicamente nunca existe.
Por isto e por muito mais parece que este filme merece um sublinhado negativo por ser basicamente um filme pensado para Jason Statham pensar no seu estilo enquanto heroi de acçao estando indiferente por tudo o resto, principalmente no que diz respeito a logica das coisas. Sao filmes como este que nos fazem pensar se as produtoras não tem mais nada para nos dar, porque isto e mau de mais.
A historia do filme e facil, um assassino profissional e obrigado a matar traficantes de armas caso contrario a sua amada, que conhecera no dia anterior corre perigo, mas no fim ele tenta a vingança de uma pessoa conhecida do seu passado.
Sim o argumento é o cliche vertido no paragrafo anterior, não temos nada mesmo nada de novo, a não ser um exagero dantesco em cada sequencia de acção. As personagens secundarias não tem qualquer tipo de dimensão, e os dialgos não existem. Tudo é absurdo.
Na realizaçao a cargo de um perfeito desconhecido, temos alguns bons momentos em cidades interessantes, mas depois tudo falha no que diz respeito à logica da realidade e não conheco pior critica do que essa.
No cast Statham é isto, e provavelmente o seu destino será apodrecer neste registo sem qualquer tipo de marco diferenciador. Aproveita o mau momento de Alba para a tornar a sua girl, numa personagem completamente absurda e mal interpretada. Apenas nos questionamos o que faz Lee Jones num pessimo filme como este.

O melhor – As cidades

O pior – Ser ainda pior do que Statham habitualmente faz


Avaliação - D-