Desde o anuncio deste
filme que observamos que seria um natural candidato aos premios, não
fosse realizado por alguem cujo um filme já venceu os oscares, tinha
o vencedor em titulo de melhor actor num papel de um transsexual, era
lançado no final do ano e era a adaptaçao de uma historia marcante.
Assim permaneceu ate as primeiras exibiçoes que assumiram que as
interetações tinham bem mais hipoteses do que o filme em si, pese
embora as avaliaçoes positivas sem extase tenham ocorrido.
Comercialmente foi um filme que nunca se expandiu e por tanto
resultados bastante limitados.
Danish Girl tem uma
historia forte, intensa e neste momento bastante actual, quando a
mudança de sexo se tornou mais normal e aceite, dai que seja um
filme com mais que um valor narrativo um valor politico instrutivo de
aceitação. E em tudo isto e facil perceber o valor e posiçao que o
filme assume. Ja narrativamente parece-me obviamente um filme mais
pequeno do que o seu significado,primeiro porque quer dar sempre o
lado positivo dos dois protagonistas sem conflito, quase como se tudo
fosse romantizado, mesmo sabendo que os conflitos do filme teriam
outro tipo de reprecurssões e outros tipo de resultado.
Assim e mesmo achando
que inicialmente a descoberta das duvidas do protagonista seja bem
criada, com uma boa delimitaçao temporal com o passar do tempo o
filme perde o norte, não so com a inclusao de personagens que entram
e saem se nos percebermos bem para onde e porque, porque
temporalmente deixamos de ter um pouco de noçao do tempo que passou
e porque confunde claramente temas como identidade de genero com
dupla personalidade o que nos parece narrativamente interessante mas
impreciso de forma documental.
Ou seja mesmo sendo um
filme com grandes interpretaçoes detalhado, sempre filmado com muito
cuidado e sentido estetico e um filme com alguns lapsos produtivos
que a um nivel elevado tornam o filme demasiado pensado para um
objetivo e sem a naturalidade que obviamente pautam as obras de arte,
numa historia previsivel e com as limitaçoes de dialogos reais
obviamente tornam este filme bem mais mediano do que propriamente
seria a sua intençao inicial.
O filme fala da
transformaçao psicologica e fisica de um pintor que descobre que
gostava e que a sua identidade e feminina num corpo masculino
passando pela forma como isso mexe com o seu casamento e com o seu
dia a dia.
Penso que o argumento e
simples, objetivo intenso emocionalmente tira todo o proveito da
historia, tem claramente confusao entre o que realmente esta presente
no personagem mas penso que isso e pensado para dar um caracter mais
literario e metaforico ao filme. E um argumento mais eficaz do que
creativo.
Na realizaçao penso
que temos um lado muito positivo a beleza do filme, os planos as
escolhas os contextos mesmo a forma de filmes comprovam um Tom
Hooper, metodico com sentido de estetico que arrisca e que
principalmente em filmes de epoca brilha em toda a dimensao. Contudo
a falta de um bom balanço temporal e um erro que claramente
descontextualiza o espetador e isso a este nivel não deveria
existir.
No cast dizer que
Redmayne tem um papel ao nivel do que lhe deu um oscar o ano passado
e um dos melhores elogios que se pode dar a um actor intenso com uma
capacidade de entrega fisica aos papeis absolutamente unica. Podera
não ter o impacto suficiente para o Oscar pois recentemente tivemos
uma interpretaçao muito semelhante de Leto, em Clube de Dallas mais
simples, com menos fogo de artificio e talvez mais eficaz, mesmo que
esta intepretaçao seja brutal e demonstram a excelente forma de um
actor que aos 33 anos já conseguiu o seu lugar na historia. Menos
visual mas muito intensa a excelente intepretaçao de Vikander para
mim a grande surpresa do ano, uma actriz que no mesmo ano nos dá
esta intepretaçao intensa, dedicada e a que deu em Ex-machina tera
de ser premiada, para mim seria neste ultimo filme, mas provavelmente
sera Danish Girl o filme que a ira coroar.
O melhor – As
interpretaçoes
O pior – Algumas
falhas de produçao que a este niveis são problematicas.
Avaliação - B-
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