Monday, October 30, 2023

Mission Impossible - Dead Reckoning - Part One

 Depois da paragem causada pela pandemia de Covid, que levou a que esta dificil produçao fosse uma das mais badaladas por ter continuado durante a paragem eis que surgiu o primeiro capitulo da dupla de filme que prometem fechar as aventuras ao longo do tempo de Ethan Hunt e os seus amigos. Para este fim Cruise e o seu Crew prometeram mais do mesmo, mas com mais tempo e novamente conseguiu convencer a critica com avaliações muito positivas. Por sua vez comercialmente as coisas não correram tão bem e o sucesso que Cruise tão bem conseguiu o ano passado em Top Gun foi colocado totalmente de lado nesta Missão Impossivel.

Sobre o filme eu confesso que a saga Misssão Impossivel passou por diversos pontos distintos que acaba por ter encontrado o caminho com a entrada de JJ Abrams e a forma como as personagens e a produçao foi crescendo com secundarios de primeira linha. Pois bem neste filme temos os secundarios das ultimas passagens a repetir os papeis, mas a introdução do novo elemento não é a melhor pois a personagem de Grace acaba por ser confusa e pouco interessante, mesmo que as dinamicas tipicas da saga estejam la todas.

Na minha analise o pior que o filme acaba por ter acaba por ser ter uma duração longuíssima para não se passar quase nada de significativo, embora me pareça que a divisão esta bem feita, o percurso neste filme acaba por ser longo demais sem que o filme avance, temos a introduçao das novas personagens o estádio de sitio, o ir buscar personagens dos primeiros filmes, mas o resultado não tem capacidade para aguentar as mais de duas horas de filme, e fica a clara ideia que Cruise esta ligeiramente mais velho e repete corridas, e prepara os filmes para os seus momentos de aventura.

A historia segue Ethan Hunt a procura do controlo de uma entidade de inteligencia artificial a qual contacta o mundo eletronico e parece colocar em causa uma arma poderosa, o que leva o grupo a tentar recuperar as duas faces de uma chaves, sendo o seguinte a procura da arma.

Em termos de argumento o filme é simples, parece complexo a intriga e os pontos envolvidos, bem como os consequencites twists, mas depois na base, nas personagens nos dialogos, para um filme de grande estudio esperava-se mais conteudo, e mesmo mais comedia, algo que fortalece o ritmo de um blockbuster que acaba por ser algo lento.

Na realizaçao a entrada do projeto McQuarrie e esta ligação com Cruise tornou-se umbilical nos projetos de ambos, eles sabem o que querem potenciar um do outro mas fica a ideia que falta alguma assinatura aos projetos que são sempre mais de Cruise do que dos seus realizadores que acabam por fazer carreira neste apoio.

No que diz respeito ao cast Cruise e sem sombra de duvida um ator de ação de primeira linha como poucos conseguem ser, mesmo com esta idade. NEste filme esperamos as suas façanhas inacreditaveis que mais uma vez as tem. Pena que as aquisições neste caso de Atweell tenha ficado muito aquem das anteriores e o filme fica claramente danificado pela falta de impacto da atriz.


O melhor - Os riscos de Cruise.

O pior - Demasiado longo e repetitivo


Avaliação - C



Saturday, October 28, 2023

Flora and Son

 Numa altura em que a greve dos atores acabou por bloquear aquilo que são os lançamentos de cinema eis que são as aplicações de streaming que tem lançado as suas fichas, tendo a Apple lançado o novo filme do sempre competente John Carney na sua ligação entre historias de vida e musica que ja nos deram algumas surpresas nos ultimos anos. Novamente o realizador conseguiu convencer, ainda que de uma forma menos entusiasta, a critica, sendo que comercialmente a falta de figuras de primeira linha podera ter dificultado a forma como o filme se assumiu junto do grande publico.

Eu confesso que sou um adepto da forma de Carney nos contar historias, pela ligação entre historias de vida, personagens que se aproximam do grande publico, uma mensagem positiva, mas acima de tudo a forma como isso e balançado com musica de primeira linha e momentos bonitos. Isso torna-o algo unico na sua forma simples de comunicar e podemos dizer que novamente conseguiu ter estes valores todos assumidos deste filme.

Alias um dos pontos que melhor funciona no filme, mesmo do ponto de vista comico e o lado social de uma familia destruturada citadina, mas tambem a diferença geracional da musica, que acaba por ser o ponto onde Carney se sente sempre mais a vontade, ou seja pautar os seus filmes pela musica e pelo seu significado, e novamente conseguiu um filme simples, bonito, e que facilmente agrada a maioria das pessoas que o viram.

Por tudo isto temos um filme proximo e emotivo, que transmite boas sensações mesmo com o ritmo de telenovela, com um humor original pautado nos momentos familiares e também na musica, que demonstra que mesmo em estilos simples e possivel fazer bons filmes, e este acaba por ser mais uma boa surpresa, ainda que em menor escala que este realizador nos da.

O filme fala de uma mãe a cargo com um filho adolescente, problemático que tenta ganhar um sentido da vida e uma aproximação ao filho pela musica ajudado por um americano professor de aulas online com quem se vai aproximando.

O argumento do filme na base e uma historia romantica familiar simplista, na sua construção e na sua conclusão. E nos detalhes, no argumento, no estilo comico que adota que o filme tem os momentos em que se liberta e que o leva para niveis positivos de concretização, no qual a musica e ator principal.

Na realizaçao e um filme tipico de Carney, simples, mas bonito, tentando potenciar ao maximo os sentimentos na sua origenaria Dublin, menos risco do que em alguns projetos anteriores, mas o seu carimbo de intensificar emocionalmente as cenas ao maximo, os seus filmes tem assinatura.

No cast temos uma excelente surpresa na construçao Hewson como protagonista, uma quase desconhecia apenas com algumas apariçoes em filmes de estudio ingleses que e uma surpresa muito relevante neste filme a todos os niveis. COnduz o filme sabe ser dramatica e comica, podendo ser uma das surpresas claras dos proximos globos de ouros, na categoria comedia. Bem auxiliada principalmente por um Reynor que soube sair dos papeis de menino bonito de hollywood.


O melhor - A simbiose da historia social e da musica

O pior - E pior que alguns filmes anteriores do realizador


Avaliação - B-



Thursday, October 26, 2023

Old Dads

 A Netflix lançou neste warm up para a epoca de premios uma comedia de costumos sobre parentalidade, com um humor muito concreto, nem sempre convencional, para tentar reunir uma tarde de familia. Old Dads, um projeto a solo de Bill Burr, acabou por estrear com pouca ou nenhuma expetativa muito por culpa da receção critica fria e de comercialmente sair numa altura em que os serviços de streaming estao apostados noutro tipo de experciencias.

Sobre o filme podemos dizer que tem um filme que está muito associado a figura que Burr foi criando ao longo do tempo, daquele lado mais agressivo, ligado a parentalidade. O filme nem sempre é particularmente correto, o que acaba por tornar o filme com momentos humoristicos interessantes. Fica a sensação que o tema da parentalidade pela sua complexidade poderia ter um valor moral mais acentuado na conclusao do filme, o que acaba por nunca ser um ponto que o filme quer ter.

Por tudo isto temos uma comedia de desgaste rápido que se acaba por nos proporcionar momentos de humor fisicio e ideologico, que acaba por não ser totalmente coeso ao longo de uma duração algo prolongada que torna em muitos momentos o filme repetitivo. Nao obstante disso o filme tem momentos engraçados e isso e um dos propositos de comedia de linha secundaria.

Resulta assim um filme de facil visualização, pouco ambicioso, numa comedia com um tema muito particular, que nem sempre funciona, mas que tem alguns momentos em que consegue ser engraçado, pensando tambem que existe momentos em que o filme deveria se levar mais a serio na mensagem que quer passar, e abandona ou nunca chega a assumir minimamente esse proposito.

A historia fala de um conjunto de amigos que foram pais ja numa altura tardia que acabam por perder o emprego e entram na crise da meia idade que vai influenciar todos os pontos da vida deles. O filme acaba por se centrar na reação de um deles e na forma como o mesmo tenta lidar, ainda que mal, com todos esses problemas que se vão acrescentando.

O argumento do filme tem um tema interessante e que parece que hollywood por vezes tem medo de trabalhar a fundo, mas que o filme tambem so o trata para dar um humor fisico e circunstancial. A historia e previsivel e em termos humoristicos o filme consegue alguns bons momentos, embora não seja quase nunca coeso neste particular.

Na realizaçao Burr tem aqui um filme pessoal em que toca todos os seus pontos no cinema, agremiando a realização, o argumento e a interpretaçao. Na realizaçao acaba por ser o plano de menor destaque com um estilo pouco arriscado de comedia de estudio, e pouco mais.

No cast Burr vai procurar que o filme va de encontro e tenha o seu estilo de comunicação como ator e comediante e isso deixa-o confortavel. Ao seu lado Cannavelle mostra algo perdido quando o filme lhe pede humor fisico e o restante e uma linha b de Hollywood que pouco ou nada acrescenta nas suas presenças.

O melhor - Burr tem em momentos alguma graça.

O pior - O filme fica muitas vezes refem do seu protagonista


Avaliação - C



Monday, October 23, 2023

Pet Sematary: Bloodlines

 Pet Sematary baseado no livro de Stephen King e um dos classico do cinema de terror, que de tempo em tempo vai lançando uma nova linhagem com a mesma base, apenas acelerando ou recuando no tempo. Neste caso temos uma pequela que explica a ligação da familia Crandall ao terrivel demonio na pequena cidade. Este filme lançado imediatamente para a aplicação Paramount + falhou em toda a linha criticamente com avaliações muito negativas, e comercialmente porque a aplicação da Paramount ainda esta longe das suas mais diretas concorrentes.

Sobre o filme podemos dizer que as roupagens mais recentes de filmes miticos de terror tem sido quase apenas para cumprir calendario e um simples apontamento comercial ja que quase nada trazem de particularmente novo as sagas. Aqui basicamente se esperamos uma prequela que explique o porque de tudo o que vimos, é melhor esquecer porque o filme acaba por ir numa direção em que tudo ja esta implementado sendo apenas um bodycount tipico de personagens

O mal do filme é que entra dentro de uma violência gráfica elevada sem que isso seja em momento algum acompanhado por qualquer primor estetico, alias o filme e realizado como uma mera tarefa de produçao e as personagens são apenas recheadas de maneirismos que acabam por nada trazer de beneficio ao filme e a saga, o que termina de uma forma esperada com muito sangue, mas pouca arte e nenhuma historia.

Se Pet Sematary já não era propriamente uma das sagas de referencia do cinema de terror algumas vezes por causa do que foi sendo feito recentemente este acaba por ser dos piores filmes da saga, principalmente por nada explicar, ser apenas uma replicação do passado, e não ter chamado a si atores de primeira linha talvez porque o argumento era em toda a linha rudimentar.

A historia segue o inicio do aparecimento do demónio maldito que se vai apoderando das almas fracas de uma pequena cidade a qual tem que tentar lutar contra o poder de tal força, independentemente da origem e o porquê. Nota-se a tentativa de ligar as personagens iniciais mas todas as perguntas ficam por responder.

Sobre o argumento o filme acaba por trazer nada de novo, na essência temos um espirito a tomar conta de pessoas conhecidas da comunidade que tem de lidar com esta nova tendência, entre matar o portador e amigo e salvar a comunidade num filme que segue toda a linhagem de serie b de terror

Na realização Anderson Beer e uma jovem realizadora com algumas presenças na produção de filmes de estudio que aqui dota o filme de uma total ausência de uma abordagem creativa, que acaba por ser um filme violento mas pouco mais. Nao sera certamente o inicio que a realizadora esperava.

Um dos problemas do filme foi o cast, se os jovens procuram sempre espaço para aparecerem, nos consagrados temos uma naipe de atores de segunda linha sem grande espaço, mas que acabam por dar um valor comercial ao filme que pouco ou nada serve a nao ser o simples catalogar de serie b.


O melhor - Curta duração

O pior - A forma como o filme apenas replica o que ja conhecemos


Avaliação - D



Wednesday, October 18, 2023

Expend4bles

 Gostando ou não do genero e indiscutivel que esta saga marcou o mundo do cinema de ação principalmente pela forma como foi juntando os herois de ação de quase todas as gerações que picaram o ponto neste reunião com todo o exagero e o pouco conteúdo que fez historia na carreira da maior parte deles. Aqui e com o naipe de figuras de ação quase esgotado surge este quarto filme sem muitas novas adições. Criticamente o filme faliu algo que parece não ter acontecido nos filmes anteriores pelas curiosidades das adições. Comercialmente os resultados tambem afundaram, sem a novidade da abordagem sobrou pouco e o filme sentiu isso.

Sobre o filme podemos dizer que temos mais do mesmo em termos daquilo que assistimos nos primeiros filmes o grupo de herois contratados para uma missão, muita ação, exagero, pouca palavra e um resultado que não faz ninguem ter saudade, porque acaba por ser um conjunto de atores de filmes de pouca qualidade a fazerem aquilo que melhor conseguiram fazer, ou seja filmes basicos mal intrepretados e pouco mais.

Em termos de curiosidades de cast fica também a ideia que o filme gastou todas as fichas nos projetos anteriores guardando quase nada para este novo filme. Garcia e Fox são as referências e se o primeiro encaixa no contexto a segunda da um toque feminino que sai do registo do filme, ficando a ideia que faltou ideias ou convites aceites, o que deixa o filme a ser o menos historico da saga e um claro e declarado momento de morte.

Ou seja um filme serie B, que tenta que o carisma dos seus protagonistas consigam salvar um filme de ação vazio. Fica a ideia que a unica coisa que o filme consegue manter e o poder de Statham como heroi de ação ja que o resto são figuras do passado longinquo que este filme demonstra bem isso.

A historia segue o grupo de mercenarios que tem de se juntar apos a morte de um dos lideres para tentar colocar em causa os objetivos de terrivel terrorista que pode ter um golpe de teatro por trás e que obriga os herois a fazer o que melhor sabem, lutar.

O argumento assimo como os anteriores e um completo deserto de ideias retirado de qualquer filme de ação serie B dos anos 90. A curiosidade de encaixar no estilo dos seus protagonistas acaba por morrer ai, ja que de resto o filme simplesmente não existe.

Na realizaçao Scott Waugh foi o escolhido depois de uma carreira com alguns filmes de estudio que defraudaram as expetativas de todos. Aqui demonstra que tem algum respeito pelos seus interpretes e as bases das suas carreiras, mas o filme individualmente náo existe e a culpa é também da pouca ambiçao do seu realizador.

O filme nada arrisca no cast, os personagens sao escolhidos de forma a encaixarem no estilo dos seus herois e pouco mais. A maior parte destes nunca foi referencia como ator nao o sendo tambem neste filme que acaba por ser uma retrospetiva de carreira.


O melhor - A curta duração do filme.

O pior - Parece que nem os cromos ja encaixam neste personagem


Avaliação - D



Monday, October 16, 2023

Fair Play

 A Netflix teve mais uma vez em 2023 um ano de longas metragens onde a maioria das mesmas defraudou as expetativas, dai que tenha sido com alguma surpresa que este pequeno Thriller tenha surpreendido pela positiva em pleno Outono, sem grandes figuras ou mesmo muito alarido, este filme conquistou a critica com as melhores avaliações que a produtora conseguiu este ano, e comercialmente a curiosidade e o passa palavra levou  que o filme obtivesse um registo comercial interessante principalmente tendo em conta a falta de figuras de primeira linha.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme que começa a um ritmo lento mas que depois de lançar os dados da intriga narrativa, escala a um ritmo forte para um final com uma riqueza moral que acaba por ter um significado muito especial. O filme é detalhado nos elementos que junta a intriga não se limitando aos cliches ou as decisoes simples e isso prende o espetador no sentido de antever a conclusao de que tudo vemos.

E na conclusao o filme também e feliz, porque da a ideia de ir numa direção dando um volte face de força. E Claramente um ano com muitos titulos sobre a igualdade de direitos e a força das mulheres em filmes mais atuais e menos historicos. O filme toca no presente com todas as particularidades de uma mulher numa grande empresa, os esteriotipos as expetativas até os comentarios paralelos, dao no filme um intenso thriller psicologico que merece o nosso sublinhado.

Por tudo isto e facil dizer que Fair Play e um competente filme de tensão psicologica, e talvez o melhor filme da Netflix ate ao presente momento, principalmente pelas dinamicas e pelas escolhas detalhadas. Nao e um filme que cai em facilitismo que talvez aparece no acontecimento que define o fim mas pouco mais. Certo que não e um filme com grande arte nos seus elementos sendo quase sempre competente e vivo.

A historia fala de um casal de apaixonados que trabalham na mesma grande empresa mas escondem o noivado. Com a ascenção a um cargo superior do elemento feminino a tensão relativa ao porque da escolha aumenta e coloca em causa a propria relação e saude mental de todos.

O argumento tem no detalhe na forma como lança diversos elementos para ambos os lados de uma forma realista como maior virtude. O filme consegue ir ao extremo das personagens no exagero da discussão. A conclusao e a perfeita para o imperativo moral que o filme quer ter, mas penso que o caminho poderia ser menos drástico.

Na realizaçao deste filme surge Chloer Domont uma jovem realizadora com alguns projetos em series que tem aqui a sua apresentaçao a qual consegue ter uma impacto interessante e lançar quem sabe a sua carreira. O filme nao e propriamente muito trabalhado esteticamente deixando a historia e a moral do filme fluir e isso funciona.

Tambem no cast o filme é muito interessante, Dynevor ter os holofotes do filme e consegue equilibrar o filme nas difrentes vertentes da sua personagem, depois do sucesso em Bridgston tem aqui a passagem com sucesso para o cinema. Ao seu lado Ehrenreich um ator que apareceu de forma rapida pela mão de Tarantino com muito sucesso mas cujo Han Solo acabou por travar a carreira que tinha tudo para ser de sucesso em face das caracteristicas e versatilidade do ator o qual demonstra bem todos os atributos neste papel intenso. Destaque tambem para a presença de Eddie Marsan um continua presente mas que em poucos filmes foi tão forte como aqui.


O melhor - Os detalhes dos elementos que são implicados no conflito.

O pior - O extremar final acaba por ir contra o realismo e o conflito do espetador.


Avaliação - B



Sunday, October 15, 2023

Haunted Mansion

 Vinte anos depois da DIsney ter tentado a primeira tentativa de transformar a atração dos seus parques num filme, eis que surge mais uma tentativa, novamente centrada em personagens afro americana e com a base que esta por tras das atrações. Pese embora esta nova tentativa o resultado não foi muito diferente principalmente em termos criticos onde as coisas não correram particularmente bem a Disney, o que conjugado com o facto do filme nao ter propriamente protagonistas de primeira linha transformou o filme num floop de bilheteira.

Sobre o filme, eu confesso que o que ja se podia fazer em termos de filmes de fantasmas penso que ja foi feito, e talvez foi Burton o que melhor compreendeu esse ponto, dai que tornar isso num filme familiar da Disney parece um designio que tem tudo para falhar e este filme é o exemplo disto. O filme ate nos trás um protagonista com diversas dimensões, mas rapidamente preenche o filme com secundarios retirados de cliches dos anos 90, sem graça e sem objetivo e o filme parece um filme direto para video desse tempo.

Claro que o filme tem alguns efeitos, e mais que isso tenta ser tradicionalista na sua concretização, mas o filme não tem propriamente uma linha narrativa que prenda, a construçao de um  vilao aparece na segunda hora de filme, e muitas das personagens como a Dawson basicamente sao decorativas, e isso torna o filme narrativamente e comicamente desesperante.

Por tudo isto temos mais um floop da disney algo que tem sido habitual principalmente quando sai dos classicos ou das adaptaçoes, nas roupagens e principalmente apostas em jovens atores e realizadores o estudio tem colecionado fracassos sendo este mais um deles, ficando a clara ideia que para Haunted Mansion basta as atrações.

O filme fala de um guia em casas assombradas que e contratado por um padre para tentar perceber que fantasmas se encontram numa casa senhorial habitada por uma medica e o seu filho, onde com ajudas peculiares vao encontrar uma convenção de fantasmas liderados por um bem macabro.

Em termos de argumento o filme falha em toda a linha, desde logo segue a linhagem narrativa inerente a atração, a qual já não e particularmente famosa. A isto junta um fio condutor narrativa muito soft e muitas tentativas de humor que quase nunca funcionam, tendo a base geral de um blockbuster familiar que nao funciona.

Na realização do projeto a Disney entregou o leme a Justin Simien um jovem realizador afro americano com um registo no cinema independente cultural que aqui tem mais meios que mão. O filme tenta ser esticamente tradicional e acaba por ser, mas pouco mais, pouco risco e mesmo muito pouca arte. Se calhar a tarefa chegou muito cedo para uma carreira que vai ter de dar passos atras.

No cast eu confesso que considero Stanfield um excelente ator noutro tipo de registo, aqui mais comercial, parece refem de alguns propositos do personagem e tem sido neste tipo de filmes que ele tem tido mais dificuldade em afirmar a sua carreira. No restante acompanhado por figuras de comedia de segunda linha em personagens tipicas que não ajudam o seu protagonista.


O melhor - O tradicionalismo dos efeitos.

O pior - A falta de graça ou ritmo da historia central


Avaliação - D



Saturday, October 14, 2023

Reptile

 Num ano em que a nivel de cinema a Netflix tem estado algo adormecida eis que no final do verão inicio de Outono surgiu este thriler policial com um elenco de luxo que lentamente foi chamando a atenção principalmente para quem gosta de filmes policias de investigação. O filme em termos criticos acabou por não ser muito vistoso com reações medianas, contudo comercialmente tornou-se em termos de filmes, a referencia das ultimas semana da aplicação.

Reptile e um filme de investigação tipico, que começa com um homocidio, apresenta-nos o policia, o seu contexto e a sua forma de vida, para ir lançando aos poucos suspeitas até ao enredo final. O filme e minucioso nas questões dos vestigios o que faz agradar e dar ritmo a quem gosta do genero, mas no terceiro ato da revelação o filme torna-se num emaranhado total que nos dá o espetro geral mas fica a ideia que muito fica por responder, e num filme deste genero isso tira muito do impacto.

No detalhe o filme funciona, no ritmo pausado da investigação, sendo sempre denso e detalhado. Na forma como caracteriza a personagem central com uma boa construção de Del TOro, onde o filme parece funcionar pior acaba por ser na intriga demasiado complexa e em muitos momentos confusa do eu contra o mundo, a resolulão poderia ser mais facil, e mesmo mais previsivel pois fica a ideia que o filme ganheria com isso.

Por tudo isto Reptile e um razoavel policial tipo Thiller, que acaba por ser simples nos procedimentos mas confuso na resolução. E um filme que não tenta ser maior do que a sua historia, e isso acaba por não o deixar crescer na envolvencia. Sera um filme que fica na retina sem sem brilhante, e fica acima de tudo a ideia que já vimos melhor, embora este sirva para os gastos.

O filme fala de toda a investigação da morte de uma agente imobiliaria, e todos os meandros À volta da investigação e os avanços e recuos, numa resposta que é muito maior do que a simples equiação de quem matou quem e quais os motivos.

O argumento do filme é simples, na introduçao temos o tipico filme policial, na investigação o filme é pausado mas detalhado, na resolução parece ir para um plano exagerado que tira algum impacto e funcionalidade que o filme tem ate então. As personagens não sendo propriamente de primeira linha encaixam no que o filme quer delas.

Na realizaçao o projeto é dado por Grant Singer um realizador de videoclips que tem aqui a estreia no cinema, um pouco na onda do percurso de Fincher que se percebe ser a referência do projeto. O filme arrisca pouco esteticamente apostanto essencialmente na historia e nos interpretes com resultados medianos.

O cast e liderado por um Del Toro em bom nivel, pese embora algo desaparecido nos ultimos tempos, temos a sua intensidade a sua versatilidade numa boa personagem. Curioso o reencontro com Silverstone muito diferente do que vimos, com quem tem alguma quimica. No lado negativo Timberlake a demonstrar que em termos de cinema apenas funciona em comedias familiares e pouco mais.

O melhor - O detalhe das pistas que se seguem


O pior  - A escola do final exagerado de intriga tira potencial ao filme


Avaliaçãoa- C+



Friday, October 13, 2023

My Big Fat Greek Wedding 3

 Mais de 20 anos depois desta pequena produção de Tom Hanks ter surpreendido o mundo do cinema, com uma comedia romantica simples sobre os costumes gregos, e depois de uma sequela que ficou muito longe da original, eis que surge a sua triologia, pela primeira vez em plena Grécia e as suas vicissitudes. Este filme não foi propriamente muito bem recebido pela critica algo que ja tinha ficado bem patente no segundo filme, e que este seguiu o rasto. Comercialmente os resultados tambem foram decrescendo ficando a clara ideia que tudo deveria ter ficado pelo primeiro filme.

Sobre o filme o que funcionou no primeiro filme era expetavel em toda a linha que não iria ter seguimento em sequelas, principalmente pelo estilo estridente e por um humor muito circular que surpreende a primeira vista mas que dificilmente conseguiria manter a consistencia nos seguintes. E o que é certo que nao consegue, e aqui, mesmo indo para a origem de todo o filme essa dificuldade fica bem patente.

O filme tenta encontrar um enlace para a sua narrativa o quel é pouco intenso ficando a total sensação que o unico objetivo que o filme realmente quer ter acaba por ser levar a familia para a Grecia para explorar mais os costumes de uma forma satirica, e ai é o exagero total, que leva a que as personagens sintam-se mesmo desconfortaveis no estilo que o filme adota, ja que e notorio que para alem das paisagens ninguem percebe muito bem o significado que o filme quer ter.

Enfim surge um filme histerico, movimentado, mas que nunca é realmente engraçado embora tente muito o ser. Fica a ideia que a evoluçao do humor levou a um desgaste ainda maior no estilo do filme e a incapacidade dos seus interpretes de terem uma carreira para alem da saga demonstra bem as dificuldades dos mesmos em serem competentes e isso acaba por tornar num autentico tempo perdido onde apenas se salva as paisagens naturais.

A historia segue o casal e a sua familia, agora vão para o lugar natal do pai de Toula, um pequeno vilarejo Grego no qual vão conhecer mais sobre as origens da familia numa tentativa de reunião de figuras que marcaram a infancia do patriarca.

No argumento o filme tem ser fiel ao estilo de humor satirico e exagerado dos filmes anteriores, mas se ja o segundo filme tinha demonstrado o desatualizar do estilo este torna tudo ainda mais evidente, quando acima de tudo o filme nunca tem uma narrativa central que consiga garantir um fio condutor.

Na realizaçao Vardalos tem aqui o seu trabalho como atriz e figura mediatica, assumindo a realizaçao ao terceiro filme ela que tinha tido uma experiencia atras das camaras catastroficas ao lado do seu protagonista de sempre. O filme aproveita a grecia, tenta ser bonito sem conseguir e torna tudo demasiado imbecil. O sucesso do primeiro argumento será sempre o solitario da sua carreira.

O cast tem Vardalos a tentar resgatar uma carreira que ficou sempre associada a esta personagem e um Corbett que arriscou mais, mas tambem nao foi mais alem, sendo que neste terceiro filme parece totalmente fora de tom e desconfortavel. O filme nao pede grandes atores, mas também nao os teria se necessitasse.


O melhor - As paisagens gregas.

O pior  - Um razoavel primeiro filme ter dado sequelas tão fraquinhas


Avaliação - D+



 

Monday, October 09, 2023

The Hill

 Os biopics dramas desportivos são um classico de fim de verão inicio de Outuno nos EUA, contando historias de lendas de desportos locais que fora nos EUA ninguem conhece. Este ano surgiu esta historia sobre um jogador que conseguiu ser profissional, alimentando os eu sonho, mesmo tendo uma deformidade fisica desde que nasceu. Em termos criticos The Hill foi recebido com distancia, e comercialmente teve a resposta rudimentar que filmes deste estilo habitualmente tem.

Sobre o filme podemos dizer que é um telefilme de segunda linha que conta de uma forma pausada a historia do jogador, do seu sonho e da sua familia, com muita ligação com a religião, num filme lento, que explora o lado emocional ao maximo, com ritmo novelesco e pouco rigoroso para potenciar ao maximo a mensagem que quer transmitir. 

O problema deste tipo de filme é que ja vimos tantos que a previsibilidade e o lado pouco elaborado de todas as personagens já ficam cansativas, ainda para mais quando acrescentamos um Denis Quaid que passou os ultimos 20 anos da sua carreira neste tipo de registo de um filme com poucas ambiçoes para alem da historia real que quer contar.

Ou seja um feito igual a muitos que pelo mundo fora no mundo do desporto poderia ter o seu filme, mas pouco mais, num filme sem grandes interpretes com personagens unidimensionais, com uma produçao de televisão, num filme para encher agenda e pouco mais, e que rapidamente vai para um bau de filmes desportivos de interesse curto.

A historia fala de um jovem com um problema fisico, que criado numa familia religiosa tem como sonho ser jogador de basebol profissional, não obstante o seu problema fisico, algo que com muita luta acaba por conseguir.

O argumento e o tipico de serie b desportiva, cheio de cliches do primeiro ao ultimo minuto em todo o tipo de personagens e conflitos, um ritmo muito lento, e no final fica o feito e pouco mais onde tudo depoente de uns pos de magia que nos filmes parecem sempre felizes coincidencias.

Na realizaçao, este tipo de projetos sao normalmente atribuidos a tarefeiros de segunda linha ou apostas de estreia de alguem ja ligado a filmes maiores, neste caso Centelano é um produtor com alguns anos de mercado que aqui tem um filme com maior visibilidade na sua carreira, mas que soa sempre a um filme de estudio curto.

No cast eu confesso que ja não aguento este Quaid monocordico que repete o mesmo estilo de personagens, filme apos filme. O protagonismo do filme é entregue ao jovem Colin Ford que tenta mais alguns momentos no grande ecra depois de algum sucesso como secundario dem Dahmer, mas este tipo de personagens sao demasiado pouco trabalhados para qualquer funcionalidade.


O melhor - O feito da historia

O pior - A forma aborrecida e monocordica como tudo e contado


Avaliação - C-



Saturday, October 07, 2023

Golda

 Golda Neir é uma das politicas mais respeitadas e marcantes do Sec xx associada a resistência de Israel aos avanços arabes no seu território. Hollywood nunca apostou particularmente na sua historia dai que tenha sido surpreendente finalmente uma adaptaçao sobre um dos momentos historicos mais impactantes em que interveio com a cereja de ter Hellen Mirren como protagonista principal. Pese embora estes ingredientes o filme não funcionou na critica, com avaliações de total indiferença, para um biopic que tinha alguma expetativa. Do ponto de vista comercial o filme conseguiu alguma expansão, mas o seu resultado comercial não foi brilhante.

Sobre o filme podemos dizer que não temos um Biopic da personagem, mas acima de tudo as caracteristicas da personagem num momento muito particular da sua liderança, talvez o que mais vincado ficou na historia. Esta escolha acaba por dar pouco da personagem e tornar o filme aborrecido numa serie de taticas militares pachorrentes sem nunca realmente ir para o terreno.

O filme tenta demonstras os aspetos da reação da personagem, bem caracterizada por uma sempre eficiente Hellen Mirren mas pouco mais. Sabemos apenas o que o filme quer dar e isso é curto, numa especie de documentário de ritmo monocordico feito à pressa onde a intensidade e mesmo o crescimento do personagem fica de lado em face da sua curta duração. Fica também claro que com o ritmo do filme o mesmo não aguentava muito mais.

Ou seja um apontamento historico sobre uma figura carismatica, mas que fica a ideia ter desaproveitado uma atriz tão competente como Mirren para fazer um filme pequeno em tudo, e pouco ambicioso. O filme exagera nos apontamentos reais e na escolha de realização extremamente independente e fica muito por contar, num projeto que não quis ser maior.

O filme fala de Golda Neir e as suas caracteristicas temperamentais num acontecimento muito concreto que foi o planeamento da invasão de Isarel por parte do Egipto e as tacticas de guerra e politica que levaram a resistencia de Israel nesse momento.

O argumento do filme é curto, dá-nos um apontamento historico conhecido, acrescenta alguns debates sobre tatica de guerra e reaçoes emocionais da personagem, mas isso dá um filme cinzento sem sabor e sem intensidade, dando muito pouco da figura que da nome ao filme.

Na realizaçao do projeto a batuta foi entregue a Guy Nattiv um israelista com alguns projetos indie no cinema americano sem grande sucesso, que neste filme demonstou ter pouca ambiçao em tornar o filme mais generalista na sua ambição, isso explica talvez o pouco mediatismo que o projeto teve.

No cast Mirren e incrivel em encaixar e estudar personagens carismaticas, quer pela forma como estuda e representa as suas posturas, quer pela forma camaleonica como se altera. mais uma vez e o melhor do filme, merecia era um filme e um contexto que potenciasse e desse mais luz ao que ela fez.


O melhor - Hellen Mirren

O pior - Ser um apontamento historico e nunca um verdadeiro biopic


Avaliaçãoa-  C-

No One Will Save You

 Numa colaboração cada vez maior entre a hulu e a Fox Searchlight, no lançamento de pequenos filmes, mas que se espera que possam se tornar sucessos instantaneos, tem sido um dos veiculos maiores de saidas da aplicação Disney +. Este Outono surgiu este peculiar filme que junta o terror psicologico com Sci Fi, que acabou por ao contrario da maioria dos projetos da aplicação não ter um resultado critico impressionante, e mesmo comercialmente foi daqueles filmes que se foi escondendo no desenvolvimento da propria aplicação com outros lançamentos.

Sobre o filme ele começa bem, na forma como nos dá a personagem e os seus problemas ou mesmo ideosincrassias, que nos leva a pensar que o filme iria adotar um clima mais pressionante do ponto de vista de terror psicologico, que abandona, para se central em sequencias interminaveis de preseguição e efeitos especiais que vão tornando o filme repetitivo e mesmo previsivel.

Um dos pontos que o filme tinha como central era a sua conclusão e a forma como tudo seria explicado, mas o flashback que seria alegadamente revelador para o twist final acaba por ser confuso, traduzindo-se num final sem grande explicação para além do conceito ideologico de felicidade presumida que o filme quer dar tipo Happy Ending a uma personagem que nunca chega a explicar.

Por tudo isto temos um filme com ideias que à partida seriam dificeis de se associarem, que a forma como o filme as mistura as torna em tudo mais confusas, sendo que o final, que deveria ser revelador do real objetivo do filme acaba por não o ser misturando alguns elementos e desaproveitando a intensidade e a boa prestação da sua protagonista.

O filme fala de uma jovem que vive sozinha, marcada por um acontecimento do passado, que acaba por receber em sua casa a visita de um conjunto de extra terrestres com objetivos desconhecidos que a levam a luta pela sobrevivencia.

O argumento tem uma base simplista, mas fica a ideia que a determinada altura o filme quer ter uma profundidade narrativa e complixidade que efetivamente nunca consegue ter. A personagem central é bem apresentada mas pouco trabalhada posteriormente e a conclusão é desprovida de muito sentido.

Na realizaçao do projeto temos Duffield que joga bem na intensidade do terror psicologico, sem grandes objetivos artisticos, mas é dos apontamentos que o filme consegue cumprir, que é ser intenso. Um realizador que passou na escrita a realização, mas que parece ainda ter algum caminho pela frente.

De tudo o filme exibe o que parece mais desaproveitado e Dever, uma jovem atriz com muitos recursos, versatil, intensa, que da todos os elementos as uma personagem que acaba por ser desaproveitada no contexto do filme, e isso é um dos elementos menos justos do filme.


O melhor - Dever.

O pior - O final não simplificar o que já era dificil no processo do filme.


Avaliação - D+

Friday, October 06, 2023

The Equalizer 3

 Numa altura em que HOllywood esta apostada em criar novos herois de ação em franquias onde o argumento é acessorio e simples complemento para o lado sanguinario e implacavel das suas figuras. Equalizer foi um filme que ganhou mais dimensão nos ultimos tempos e que tem aqui o 3 capitulo num registo parecido com John Wick. Em termos criticos o filme ficou pela mediania com pendente positivo, sendo que comercial o resultado foi consistente, principalmente tendo em conta o que os filmes anteriores conseguiram.

Sobre o filme podemos dizer que este genero de filmes adota uma estrategia simplista ao maximo, desde logo apenas cria uma circunstancia e uma razão para o lado implacavel da personagem. A sorte do filme é que o lado quase inexistente de Washington funciona no contexto que o filme quer ter e acima de tudo o filme trabalha muito bem a empatia da personagem com o contexto onde se insere e quer defenter, e isso faz o filme funcionar junto do personagem.

Um dos pontos em que o filme perde comparado com alguns dos filmes semelhantes e no exercicio de estilo onde o filme quase nada arrisca para alem de sangue e violência em excesso. Este ponto faz claramente a saga ser inferior quando comparado por exemplo com John Wick, mas não retira a intensidade a proximidade do publico, pelo menos neste filme da personagem.

Ou seja um filme de ação rapida, sem grande complexidade com um argumento reduzido ao mínimo que aposta todas as fichas na simbiose criada entre a personagem, o contexto espacial, muito bem escolhido, e mesmo comunitario que faz os espetadores terem a empatia necessaria para a forma violenta como a personagem age.

A historia segue Robert Mcall o qual deixado inconsciente recupera a vida numa pequena vila italiana, com quem se liga aos seus habitantes os quais são alvo de extorsão de um periogo grupo, que o leva a defender todos que ali habitam.

O argumento de Equalizer e igual a todos do genero de heroi solitario do eu contra todos, uma razão e muita violência em Bodycount, com pouca ou nenhuma intriga. Este e um genero que não necessita de grandes palavras apostando noutros atributos.

Na realizaçao Fuqua tem aqui uma das suas sagas de sucesso, e incrivelmente não faz grande aposta artistica quando fica a ideia que o filme e mesmo Washington dava muito espaço para isso. Nao e um realizador de primeira linha que parece ter começado melhor do que realmente depois se tornou a sua carreira.

Sem grande dificuldade Washington alimenta e bem o carisma da personagem, pela sua presença, serenidade e olhar que acabam por dar todos os atributos que o personagem necessita. Nao e um filme obvio, ja que aos 70 anos Washongtn ja nao tem a frescura fisica de outros momentos, mas funciona, num filme tocado a solo.

O melhor - O contexto onde a personagem se insere.


O pior - FIca a ideia que o filme deveria ter mais aprumo visual.


Avaliaºção - B-



 

Thursday, October 05, 2023

PAW Patrol: The Mighty Movie

 Paw Patrol é talvez o maior sucesso infantil do momento, e seria obvio que mais cedo ou mais tarde a Nickelodeon unida a um grande estudio de hollywood rentabilizassem esse produto ao maximo em termos de cinema. Eis que algum tempo depois do filme que marcou esta ligação surgiu a sua sequela, a qual fica pautada pela evolução dos poderes que também na serie ocorreu. Em termos criticos não e um produto apetecivel o qual fica pela expetavel mediania, comercialmente os resultados ficam muito longe do que os melhores produtos de animação conseguem, mas efetivamente estamos apenas perante um episodio maior da saga.

Sobre o filme podemos dizer que o facto da Patrulha Pata ser uma saga que tem um publico alvo muito pequeno não permite muitas artimanhas em termos de cinema, o que faz pensar que se calhar este formato náo e o mais adequado para o produto, embora o primeiro filme tenha introduzido uma nova personagem, proxima do publico que agora repete a presença. De resto o filme é muito obvio e simplista, com um humor muito rudimentar num filme exclusivamente do agrado dos mais pequenos..

Em termos produtivos o filme segue os pontos da serie com a introdução de alguns efeitos para lhe dar mais cor e mais dimensão, mas pouco mais, na historia temos efetivamente um episodio grande, uma vilã criada sem grande dimensão ou grande complexidade e uma narrativa simples, capaz de agradar a crianças desde idade muito nova, sendo um filme pautado para a introdução ao cinema, mas ao mesmo tempo um filme aborrecido do primeiro ao ultimo minuto para todos os outros.

Ou seja um filme chavão para os mais pequenos, que marca apenas a passagem da Paw Patrol para o cinema e pouco mais, ja que em termos de indivualidade ou mesmo em qualidade da historia o filme não existe. O filme tem meios visuais mas pouco mais numa abordagem simplista e apenas monetaria dos produtores.

O filme fala dos herois de sempre agora reforçados por Liberty que após o contacto com um meteorito com cristais poderosos ganham super puderes que os transforma em cães poderosos, mas estes poderes ao cairem nas mãos erradas coloca a cidade da aventura em perigo.

No que diz respeito ao argumento, toda a simplicidade esperada na historia e mesmo no significado da historia, rudimentar, pensada para os mais pequenos e pouco mais, fica a ideia que o filme quer ficar proximo dos mais pequenos mas afasta os mais crescidos.

Na realizaçao do projeto Carl Brunker repete o papel, com meios, o filme tem cor, não e artistico mas tarefeiro, quem gosta da Patrula Pata fica feliz com a cor e formato dos personagens, mas pouco mais, não é neste registo que se cria qualquer carreira.

No cast de vozes ao ter visualizado o filme numa versão adaptada dificulta esta analise, ou impossibilita mesmo.

O melhor - Ser um filme para todas as idades.


O pior - Demasiado simplista, um episodio mediano grande


Avaliação - C



Gran Turismo

 A estratégia mais recente da Sony em colaboração com a sua marca de fileira Play Station passa por lançar diversos projetos que mais não sao do que a adaptaçao dos mais famosos jogos de computadores em grandes produçoes de verão de Hollywood. Este ano surgiu o lançamento de Gran Turismo o simulador de condução mais famoso do mundo, e a historia que teve na origem da GT Academy. Em termos criticos os resultados foram medianos, muito do que normalmente acontece nas adaptaçoes de jogos ao cinema. COmercialmente o filme tinha boas expetativas em face da fama do jogo mas os resultados foram em tudo mediocres.

O filme conta uma historia conhecida que acaba por ser uma das provas irrefutaveis do realismo do jogo. Aqui o filme conta com o lado fantasioso e todos os cliches do sonho presseguido e os cliches dos filmes de corridas ate ao sucesso. Aqui o filme é basico e acaba por se limitar a uma previsibilidade e outros atributos que o tornam num filme total de serie b, que acaba por ser resgatados pelos bons momentos de corrida e de simulador, com os apontamentos do jogo que levam quase para o ecra da consola.

O problema do filme são os elementos para alem da corrida em que é totalmente básico, e em muitos casos quase impercetivel. As personagens são claramente mal trabalhadas, chegando alguma delas a serem tão inconstantes desde o apoio ao receio a cada cinco minutos que acaba por ser um dos elementos mais irritantes dos ultimso tempos. Naquilo que seria os detalhes do argumento para alem da historia o filme é mal trabalhado e torna-o algo pequeno.

Ou seja uma mega produçao que falha no que diz respeito ao argumento ou a historia que escolhe para fazer render este peixe. Nao que a escolha da historia real em causa não seja a melhor, mas a forma como a mesma foi construida cheia de cliches de filmes mediocres do genero, acaba por não ser compensado pelos melhores momentos produtivos das sequencias de ação.

A historia fala de um jovem gamer, fascinado pelo jogo Gran Turismo cuja astucia nos jogos o levam a um convite para frequentar, contra o apoio dos pais, uma academia de corredores tendo em vista em transformar alguns deles em corredores reais.

O argumento conta uma historia que acaba por ficar vincada ao sucesso e realismo dos videojogos, e até aqui a escolha acaba por ser acertada, o problema e como a historia e trabalhada no promenor, onde acaba por ser um festival pouco interessante de cliches do jogo como o vilão, o treinador falhado, e o empresário que ninguem percebe o que realmente é.

BlomKamp teve um inicio de carreira ao mais alto nivel com o sucesso principal de Distrito 9, mas é triste perceber que na continuidade da sua carreira, sempre com projetos de estudio com alguma aposta nunca mais tenha conseguido esse sucesso, embora me pareça que tenha vindo a ter uma carreira cada vez menos interessante que redunda nesta mega produçao, que vale apenas pelas aproximações ao jogo, mas que esta longe da assinatura que criou quando surgiu.

No cast o filme escolhe um total desconhecido Madekewe um secundário de alguns filmes que não ficou propriamente na retina para protagonizar. A sua personagem e demasiado igual ao longo da duração do filme, e não existe um ganho significativo com isso. Nos secundarios Harbour tem os melhores momentos mas fica totalmente a ideia que a personagem de Bloom ainda é a mais irritante de todas.

O melhor - O lado da simulação do jogo

O pior - Os cliches todos agrupados num previsivel blockbuster de segunda linha


Avaliação - C-



Tuesday, October 03, 2023

A Million Miles Away

A aposta deste ano da maior parte dos estudios passou por biopics de situações insolitas ou pelo desenvolvimento ou importância de circunstâncias na cultura atual, ou historias de redenção de pessoas com feitos nada obvios, onde encaixa este filme bonito que conta a historia de alguém que vai desde o migrante de base mexicano a viagem espacial. Este filme lançado diretamente na Amazon Prime conquistou pela sua simplicidade a critica com avaliações positivas e chamou a atenção a alguns dos assinantes da aplicação.

Este e um biopic declaradamente de domingo a tarde com todos os cliches e mesmo em termos de aproveitamento emocional levado ao extremo. Isso faz com que o filme acabe por ser previsivel, ser quase novelesco, mas isso não tira a positividade e a beleza da relação familiar criada de entreajuda, com muitas abordagens a cultura mexicana de base, mas acima de tudo o filme consegue louvar o feito e a sua dimensão, e isso é um valor interinseco que o filme tem de glorificar.

Claro que não temos um filme potenciado do ponto de vista artistico, nem com grandes personagens ou mesmo trabalhadas em todas as vertentes emocionais. E um filme que da primazia ao feito, e embeleza-o para ter mais impacto de uma forma declarada. Aproxima o filme de toda a gente e quando assim acontece fica a ideia clara que o filme sabe o que quer e as suas limitações, mas não deixa de nos transmitir, ainda que de forma simples esperança.

Ou seja um telefilme igual a muitos que temos visto, com as limitações tipicas deste tipo de registo, mas acima de tudo um filme que tem um objetivo claro, sublinhar um feito nada expectavel sublinhando todas as dificuldades que levou a sua efetividade. Nao e um filme trabalhado com muito rigor, mas isso acaba por ser percetivem com os objetivos de base que o filme tem.

A historia fala -nos de um emigrante mexicano que ainda criança tem de conjugar o trabalho no campo com a escola, mas que acaba por se tornar engenheiro e alimentar o sonho de um dia trabalhar na nasa e ter uma aventura no espaço.

Os biopic são sempre um estilo de filme que passa acima de tudo por factos, onde em quase todos eles em seguida temos o embelezar natural, que aqui é claro. O filme não tenta detalhar muitas vertentes da vida do personagem, nem dar muitas dimensões, tenta criar a historia para abrilhantar o feito e isso consegue.

Na realizaçao Marquez Abella e uma realizadora mexicana que trabalha o filme como homenagem ao sonho americano de milhoes de migrantes, dando uma historia de sucesso que e realizada de forma simples e televisiva, sem grandes adereços. O filme ganha pelo contexto cultural, mas não e o tipo de filmes que potencia grandes carreiras.

No cast Pena, e um ator eficaz na ligaçao principalmente emocional com o espetador, embora seja algo repetitivo no estilo de personagens e aqui acabe por o ser mais uma vez. Os melhores momentos são a diade familiar onde Rosa Salazar parece mais versativl.


O melhor - O feito que o filme transmite.

O pior - Uma abordagem totalmente simplista


Avaliação - B-