Sunday, December 31, 2023

Journey to Bethlehem

altura em que a religião começa a ser um caso serio em termos de cinema com produtoras e filmes com a tendência religiosa, eis que surgiu um pequeno filme, musical, de uma produtora pequena comprada pela Sony que alterou um pouco o estilo dos filmes com um musical pop sobre o nascimento de cristo. Criticamente o filme recebeu avaliações medianas e comercialmente os resultados foram razoaveis tendo em conta o estilo arrojado de filme e a falta de figuras de primeira linha.

Sobre o filme o primeiro aspeto que facilmente conseguimos chegar e que e tudo muito estranho. Para quem cresceu sob a religião catolica e dificil perceber que Maria e Jose podem ser personagens comuns, mas talvez seja essa normalização que faz falta a passagem da mensagem, e nesse aspeto parece interessante a abordagem a qual ira contra os maiores dogmas e rigidez religioso.

Outro dos risco e o tipo de musica claramente pop rock atual que utiliza nos momentos musiciais, nem todos os momentos são propriamente bem elaborados do ponto de vista audivel, e as coregorafias sao quase sempre mais ridiculas do que brilhantes. O lado humoristico de algumas personagens tambem me parece quase sempre demasiado disparatado.

Não e um filme facil de gostar, rapidamente cai no absurdo principalmente nos mais tradicionalistas da religião, no meu caso penso que e um filme original, que arrisca, que não tem o resultado que esperava mas que é um passo em tornar alguns temas mais suaves, mesmo que em termos de arte de cinema seja uma obra com claros pontos amadores.

A historia e a conhecida, aquela que deu origem ao natal e ao alegado nascimento do menino jesus, com muita musica rock e pop a mistura, num misto de musical e comedia com o final que todos conhecemos.

O argumento e a historia, o unico ponto diferenciado foi o arrojo de fazer um musical atual e uma comedia com tal tema, ja que a historia, pelo menos na sua base e contada como todos nos a conhecemos.

 Na realizaçao do projeto Adam Anders e alguem que sempre ficou ligado a produçao e criaçao musical de projetos de grande estudio que tem aqui a sua oportunidade, num filme que adota um estilo Pop, com dificuldades de orçamento para ser um filme grande, mas tem arrojo e isso ninguem pode tirar.

No cast figuras desconhecidas para os papeis principais, que chamam a atenção maior a capacidade vocal bem presente, sendo que esteticamente encaixam naquilo que esperamos de tão conhecidas personagens de presepio. Banderas da o lado mediatico e comico ao filme.


O melhor - A tentativa de inovar num tema muito rigido

O pior - Muitos pontos de grande amadorismo

Avaliação - C



Thursday, December 28, 2023

Priscilla

 Depois de no ano passado as luzes do cinema terem todas ido para Elvis de Bazz Lurhman com a relação abusiva do agente para o seu cantor, eis que um ano depois o famoso artista volta a estar no epicentro de um filme, com contornos diferentes, desta vez de forma a tentar detalhar a relação que foi mantendo com a sua esposa de sempre. Sob a batuta da sempre intimista Sofia Copolla, o filme estreou em Veneza com criticas muito positivas, sendo que comercialmente os resultados foram razoáveis, tendo em conta o tipo de filme em questão.

Sofia Copolla não é uma realizadora de muitas palavras, preferindo filmar o conforto e o desconforto das personagens uns com os outros, aqui temos um filme com ritmo muito pausado, sem grande intriga que tem como principal objetivo caracterizar aquilo que foi a relação mantida por Elvis no auge do seu sucesso com a sua namorada e depois mulher, bem mais nova do que ele. O filme não tem ritmo mas se calhar isso e o objetivo para analisar uma relação de conforto e controlo, é um filme pensado para ser polemico embora o seu lume brando não permita que o seja na plenitude.

Este e o cinema de muitos dos realizadores de hoje em dia, vejo muito neste filme o Larrin faz nos seus biopic em que segue personagens silenciosas no desconforto da situação. Obvio que todos esperavamos mais informação, mais das personagens, mas isso Copolla nunca pensou fazer. O resultado é um filme muito pausado que rapidamente percebemos qual e o seu objetivo, tendo duvida das escolhas efetuadas para representar os famosos personagens.

Por tudo isto Priscilla e um filme pensado para a critica mais que para o grande publico, é um filme essencialmente concetual, mas que parece contar a historia de um casal com diferença de idades que por acaso um deles e um dos maiores icons da musica mundial da historia. Fica a sensação que o filme tem um Elvis idealizado pela realizadora para os propositos do filme, mesmo que a produçao esteja na figura central do filme.

A historia fala da relação de Priscilla com Elvis, da forma como se conheceram, como a relação cresceu e como foi sobrevivendo ao sucesso do astro. O filme fala da desilusão e de um desiquilibrio claro na relação e na forma como isso de sente na personagem central.

O argumento e pouco profundo, não temos propriamente muitas palavras, as quais são usadas apenas para vincar os pontos que o filme quer vincar. A forma como o filme quer dar a outra face da moeada e interessante, mas falta ritmo a uma vida que teria com toda a garantia esta particularidade.

No que diz respeito a realização, temos o trabalho tipico de Coppola, na forma intima como filme relações e personagens de perto. Fica a ideia que as escolhas para protagonistas são polemicas, mas a assinatura está la, embora todos consigamos facilmente dizer que a carreira de Coppola nunca foi o que se esperou que fosse.

No cast temos duas escolhas arriscadas que tem na minha opinião resultados diferentes. Se por um lado Cailee Spaeny consegue dar a suavidade e inocencia que o filme necessita, embora numa personagem algo artificial, a escolha de Elordi já me parece menos funcional, quer pela altura exagerada, quer pela monocordia de todos os elementos, fica a sensação de um Elvis "low cost", embora a critica tenha gostado da construção.


O melhor - O mundo visto de outro prisma.

O pior - A artura de Elordi, que o retira da personagem.


Avaliação - C



Wednesday, December 27, 2023

Wonka

 Aproveitando o facto de ser o icon atual da juventude Peter King pegou em Chalamet e deu-lhe uma personagem de referência seguindo os passos de Wilder e Depp, numa historia que preenche a imaginaçao dos mais pequenos e daqueles que foram crescendo. Numa produçao tipicamente inglesa o resultado critico foi interessante com avaliaçoes positivas, mas foi comercialmente onde o filme melhor se executou com resultados muito interessantes para uma produçao mais inglesa que americana.

Sobre o filme podemos dizer que o espirito de Wonka e potenciado ao maximo no filme, que acaba por ter a beleza dos segmentos dos filmes anteriores, numa toada mais infantil principalmente comparado com a de Burton, menos arriscada mas eficaz. O filme tem os ingrediente todos para se aproximar do grande publico, podera ser, quem sabe algo simplista na historia de base, mas essa e para todos e isso acaba por estar la.

Em termos esteticos o filme nos momentos musicais consegue ir buscar o espirito essencial de luz e cor dos filmes anteriores. Na abordagem o filme tem alguns riscos, mas mesmo assim muito menos do que este realizador conseguiu tão bem fazer no segundo Paddington, e no resto as escolhas são certas para fazer o filme ser proxima do grande publico, mais que ser um filme referencia da critica.

Assim, temos o WOnka para as novas gerações, mais novo, com o encanto qb dos filmes anterior, com momentos musicais de impacto, e muita cor e energia positiva. O filme tem a assinatura simpatica de um filme familiar com mensagem boa, mas fica a ideia que principalmente comparado com o que Burton fez, falta algum risco a historia.

O filme fala de Wonka, mais do que a sua genese fala da sua tentativa de formar a sua loja numa cidade onde o monopolio do chocolate esta entregue a uma teia de corrupção, mas nada demove o heroi no seu intuito e acima de tudo no seu chocolate unico.

O argumento do filme arrisca pouco, quando se diz que e a origem de Wonka pensa-se nas aventuras que nunca foram contadas na descoberta do sabor unico, mas acaba por ser algo diferente, temos os segredos todos descobertos e a tentativa de abrir a primeira loja, com pouco risco, pela certa mas competente.

Na realização Paul King sai do sucesso inacreditavel que teve com Paddington, principalmente no segundo para arriscar numa historia maior e sai bem. Se calhar com mais amarras creativas, o filme e competente visualmente e coloca King em talvez o melhor realizador do momento a comunicar com os mais pequenos.

No cast Chalamet e o ator do momento pela presença em filmes de primeira linha e pelo impacto comercial que tem. A escolha e interessante embora num Wonka mais convencional do que todos os que ja vimos. Nos secundarios os maiores destaques vão para Coleman como sempre, e uma serie de competentes atores ingleses de segunda linha.


O melhor - O lado sempre visual de Wonka

O pior - Pode ser menos arrojado do que vimos Burton a fazer


Avaliação - B



Tuesday, December 26, 2023

Silent Night

 Depois de diversos anos ausente do cinema de grande estudio o veterano John Woo, responsável por alguns dos filmes mais conhecidos de ação do inicio do seculo regressa num filme com a sua marca, ou seja, pouca ou nenhuma palavra e muita ação. Este regresso em contexto natalicio, mas com pouco espirito foi lançado na quadra com indiferença critica, embora seja obvio que o filme não tinha grandes objetivos neste quadrante, mas onde o filme falhou em toda a linha foi comercialmente com resultados completamente desoladores, ao qual faltaram figuras de referencia.

Sobre o filme podemos dizer que temos John Woo minimalista, o filme começa com a açao tipica do realizador sem situar muito bem o espetador, mas rapidamente percebemos que vamos ter um filme serie B de vingança, de uma personagem que perdeu a voz, e que acaba por ser basicamente uma luta contra as pessoas que mataram o seu filho, retirando-lhe assim toda a energia de viver para alem da vingança.

O filme e simples, um a um, com sequencias de luta fortes, vai sendo eliminado os vilões, com um parentises de um policia que investiga os gangs, mas e claramente um filme limitado pela sua base, mas tambem pelos interpretes. Kinman ate pode funcionar como heroi de açao mas nao tem peso para levar consigo o filme e as sequencias de ação, embora com a assinatura de Woo esta longe do que ja o vimos fazer em grande estudio.

Ou seja um filme que não deixa marcas, que tem como unico ingrediente de interesse o quase ser um filme mudo, que acaba por denunciar e muito aquilo que vamos ver, ou seja ação ate ao fim, muito sangue e lutas mas pouco conteudo, o que para um veterano com Woo, sabe claramente a pouco

A historia fala de um pai de familia que após a morte acidental do seu filho e ser baleado e ficar sem voz tem como unico plano de vida acabar com todos os responsaveis por esse momento.

Em termos de argumento o filme não existe limita-se a premissa acima indicada e na forma como conduz o personagem a cada um dos vilões, com exagero naquilo que são os flashbacks de raiva. De resto nada para sublinhar.

John Woo foi um dos realizadores de maior sucesso em termos de açao com filmes muito rentaveis e um dos classicos de ação, que ao longo do tempo desapareceu e acabou de regresso a terra natal. Regressa agora com o filme tipico da sua carreira a qual nunca conseguiu evoluir.

No cast Kinnaman vai sendo um heroi de açao de segunda linha nos EUA, o qual acaba por preencher a sua carreira, aqui tem disponibilidade física mas pouco mais, nos restantes não temos nada de relevante já que se trata de um filme exclusivamente movimentado.


O melhor - John WOo começa o filme ao seu estilo

O pior - Nada resulta em concreto para alem da sua premissa de base


Avaliação - C



Monday, December 25, 2023

The Rebel Moon - Part One - A Child of Fire

 A grande aposta comercial de final de ano da Netflix foi este filme apelidado de epico de um dos realizadores mais controversos dos ultimos anos concretamente Zack Sneyder. Depois de expulso do universo DC tem sido a Netflix a apoiar os seus projetos e este que nasceu com dois filmes, foi um dos que mais meios economicos chamou a si. Em termos criticos as coisas correram bastante mal com avaliações muito negativas. Do ponto de vista comercial o filme tem elenco e uma base que certamente conduzira a que seja um dos sucessos instantaneos da aplicação.

Sobre o filme podemos dizer que se trata de mais um filme tipico do mundo de Snyder o qual entra com sequencias interminaveis de luta e honra, com imagens e mundos por si criados de forma a potenciar ao maximo os pontos esteticos da sua mente. Neste particular estamos perante o filme tipico do realizador com diversas imagens slow motion e universos paralelos com um recheio de personagens.

O grande problema e a historia de base ser reduzida ao essencial de um grupo de pessoas que se juntam para formar um exercito rebelde, sendo este primeiro filme a captação um a um dos elementos do grupo que se foram unindo. De resto nasa sobra para além disto, num estilo de cinema que visualmente pode ser muito espetacular mas que no sumo tem muito pouco.

Esta tem sido a carreira de Snyder na maioria dos seus projetos, fica a ideia que temos o lado estetico do cineasta que raramente consegue acompanhar com historias ou ideias diferenciadas. Este e mais um filme para não contagiar ou para não pautar a carreira, ainda para mais quando se trata de um projeto criticamente falhado ja com o segundo filme a caminho. Nao consegue ser mau, mas também não consegue ser relevante no estilo.

A historia fala de uma rebelde lutadora que depois de ser recebida numa comunidade pequena para se esconder, despois do ataque da força reinante a esta população entra novamente como guerreira apostada a preocorrer os diversos mundos de forma a constituir um exercito rebelde.

Em termos de argumento  a base e igual a muitos filmes sci fi que ao longo do tempo foi sendo lançado, com diversos planetas, personagens e uma base comum. Este primeiro filme e claramente introdutorio de personagens limitando muito aquilo que e o significado de tudo o resto que tambem nao ira aparecer no segundo filme.

Snyder e um realizador em termos esteticos unicos, tem assinatura de cineasta, mas ao longo do tempo não foi conseguindo chamar a si as historias que unissem essa capacidade. Tem filmes referencias como Watchamen e 300 mas tem muitos calcanhares de Aquiles embora alguns se tenham tornado nas suas maiores virtudes como o seu Liga da Justiça. Um realizador no minimo peculiar.

No que diz respeito ao cast, temos Boutella a liderar no estilo onde parece funcionar melhor, que e como heroina de ação. Tem disponibilidade e presença. O resto um cast recheado de nomes e figuras mas os quais acabam por ter papeis pequenos no que diz respeito as carreiras que foram construindo.


O melhor - A estetica

O pior - A historia ser um comic de segunda linha


Avaliação - C



Genie

 Numa altura em que a Peacock se encontra muito atrás na guerrilha dos serviços de streaming existem apontamentos que não são passiveis de colocar de lado, e isso acaba por ser sem sombra de duvida o Natal. A aposta surgiu num filme sobre um genio que tende a ir de encontro aos desejos de um marido com o casamento e a relação familiar no fio da navalha, filme esse que foi completamente destruido pela critica e comercialmente sofreu o facto da aplicação ainda estar longe de ser um presença assidua em todos os apontamentos.

Genie e um filme simples de natal que tenta aproveitar o humor tradicionalmente adotado por Melissa McCarthy para chegar ao grande publico mas o resultado e desastroso a todos os niveis. Começa por ser um filme de natal que nunca consegue passar esse espirito, quer pela valência  da pouca cor, quer pelo proprio tema, parece sempre mais uma comedia de costumes da atriz do que um filme natalicio.

O segundo ponto em que o filme falha e no humor. Mccarthy surpreendeu quando surgiu com o seu jeito algo desastrado, mas depois de mais de uma dezena de filmes o estilo por si so parece insuficiente para sustentar um filme, embora a sua rotina de filmes acabe por nos fazer pensar que nos estudios de hollywood esta é uma verdade que ainda não foi assimilada.

Por fim o lado moral, e facil fazer um filme que o ensinamento global nada mais é do que fazer diferente para funcionar, isso acaba por ser o parametro moral que o filme assume para si, mas parece claramente pouco diferenciador quando comparado com outros filmes de grande estudio, dando um filme de pouca qualidade que nem o contexto natalicio acaba por conseguir chamar a si.

A historia fala de um workaholic, mal tratado pelo patrão, totalmente falhado na relação com a mulher e a filha que acaba por soltar um génio feminino de um objeto de arte antiga que lhe concede alguns desejos embora não consiga modificar sentimentos, tendo em vista a recuperação da vida perdida.

Em termos de argumento temos um filme pouco elaborado a todos os niveis. A historia e a tipica dos desejos com uma base simples, em termos humoristicos acaba por ir de encontro ao estilo McCarthy mas do lado menos funcional, e na moratória o expetavel.

Na realizaçao do projeto Sam Boyd de pequenos filmes lidera a batuta de um argumento de Richard Curtis tipico. O resultado e simples, onde fica a ideia que o espirito natalicio acaba por ser pouco potenciado acima de tudo de forma estetica.

No cast o filme trás McCarthy na sua personagem tipo, com todos os esteriotipos que criou junto de si. Como protagonista a escolha recaiu sobre um desconhecido Essiedu o qual se tenta implementar no cinema depois de alguma visibilidade em termos de pequenoe ecra mas o filme e demasiado pequenino para chamar atenção a si.


O melhor - Curta duração e algum valor moral

O pior - Ja vimos todos estes ingredientes melhor misturados em outros filmes


Avaliação - D+



Sunday, December 24, 2023

Maestro

 


Com um ano de atraso acabou por surgir a grande aposta da Netflix para esta corrida aos Oscars, nada mais nada menos que o novo filme de Bradley Cooper, produzido por Scrocese e Spilberg numa autentica equipa de luxo com as ambições aos maximo. Criticamente as coisas correram bem para Cooper com avaliações muito positivas. Comercialmente o biopic não e propriamente o estilo de cinema que mais se procura  numa aplicação tão massiva, embora um numero elevado de nomeações aos oscares previsiveis poderá fazer com que o filme consiga mais impacto a este nivel.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo começa bem, com ritmo, com originalidade num interessante preto e branco mas que esse risco vai desaparecendo para se tornar num biopic mais convencional sobre uma personagem e sobre a sua relação, num ritmo lento e num filme que dificilmente ficara a marcar os seus espetadores os quais podem reconhecer alguma competencia principalmente na forma como capta imagens e em algumas sequencias.

Este e daqueles filmes pensado de cima a baixo para dar o oscar ao seu protagonista que acaba por ser tudo no filme, realizador, argumentista, produtor e interprete. O filme e pensado e escrito com esse proposito, mesmo que isso leve a um argumento de lume brando, de uma vida que acaba por ser um parentises do filme que liga acima de tudo a relação criada de Leonard com a sua esposa de sempre.

Em suma um filme competente, longe de ser brilhante, que tem na fotografia e na realizaçao os seus vetores mais fortes, mas que fica a ideia que pelos envolvidos deveria ter mais risco, mais originalidade, pois o ritmo baixo nao e alimentado por eluquência que muitas vezes não aparece.

A historia segue a relaçao do compositor Leonard Bernstein com a sua mulher, nao obstante da sua ambiguidade sexual e daquilo que todos os rumores refletem em tudo a sua volta e numa carreira obviamente unica.

Parece ser no argumento que o filme tem mais dificuldades, se o lado amoroso e de simbiose das personagens ate consegue ser bem criado na maior parte do tempo, por seu lado na intriga ou mesmo na escolha e pontuaçao da carreira e algo difuso e isso tira o impacto maior de um filme como este.

Na realizaçao Cooper e sem sombra de duvida um realizador com muitas virtudes, visuais e de risco, embora me pareça que tem de trabalhar com outros protagonistas para secar os filmes a procura dos seus momentos como ator. 

No cast Cooper parece ter pensado todo o projeto para o seu oscar de melhor ator, que devera ser uma realidade em face do seu valor e proximidade com todo o circuito mais do que pela força em si de um papel demasiado denunciado nos seus propositos. Não considero COoper um prodigio, e fica sempre a sensação que um ator de primeira linha poderia ter retirado muito mais das personagens que teve a sorte de interpretar. Mulligan pelo seu lado e impactante numa das melhor interpretaçoes femininas do ano, e o norte do filme, mesmo a luz teimando em ir para o outro lado.


O melhor - A sequencia inicial

O pior - A falta de ritmo do filme


Avaliação - C+




Saturday, December 23, 2023

What Happens Later

 Oito anos depois do seu ultimo filme, depois de decadas como a namoradinha dos EUA eis que Meg Ryan regressou aos ecras num projeto seu, no estilo que fez a carreira dela ser o que é, sem esconder as debilidades que a idade lhe foi trazendo. Este filme acabou por estrear com essa curiosidade com criticas medianas e comercialmente longe dos momentos em que a atriz enchia salas de cinema e tinha as suas adeptas fieis.

Sobre o filme temos um filme romantico sobre um reencontro não planeado num transfer de aeroporto, este tema ja foi tratado em Jet Lag o filme frances que este filme se baseia, e o filme acaba por ser um conjunto de lugares comuns, com a preocupação de Ryan enquanto realizadora tentar fazer quadros esteticos romanticos mas pouco mais.

Os dialogos acabam por ser o parente pobre do filme, principalmente comparado com filme com o mesmo estilo, ou seja um dialogo prolongado entre duas personagens, vem logo a cabeça a forma magistral como Linklater fez tão bem nos seus Before, e este acaba por ser uma versão fraca do mesmo estilo, as mudanças os twist são tão encaixados a pressao num tom dramatico que o filme nunca consegue encontrar o tom para fazer a situaçao funcionar.

Por tudo isto temos Ryan de volta ao estilo que fez carreira mais proximo dos ultimos filme que a levaram a ausencia do que as comedias de inicio. Denota-se a debilidade fisica da actriz que ninguem pode ficar indiferente, e mais que isso temos um filme que na ideia é sobre tudo na relaçao mas acaba por ser sobre nada.

A historia fala de dois ex-namorados que depois de muitos anos sem terem qualquer contacto, se encontram num voo perdido num aeroporto situado no meio do nada. Com os sucessivos atrasos estes vao tendo tempo para conversar sobre as vidas, sobre o que falhou neles.

O argumento e o parente pobre do filme, os dialogos tentam ser tão intensos que acaba por nao conseguir construir a quimica das rotinas que e tao importante num filme como este. O final e arriscado mas acaba por ser a melhor opçao para algum realismo do filme.

Ryan enquanto realizadora teve a sua primeira tentativa há oito anos atras, algo que foi tao mal recebido que levou a este enorme interregno. Aqui ela tenta ser estetica em alguns planos, romantica, algumas das imagens são bonitas embora com pouca arte, mas fica a ideia que e um melhor filme que o seu Ithaka.

No cast a idade não foi amiga de Ryan, retirando-lhe a naturalidade que fez a carreira dela ser o que foi. Um ar danificado pelo tempo, principalmente comparando com um Dunchovny mais preservado, faz com que a quimica entre ambos não seja a melhor, já que em termos individuais nunca e um filme exigente para os seus interpretes.


O melhor - ALguns planos de realização.


O Pior - Meg Ryan perdeu todos os atributos de naturalidade que a fizeram ser a rainha das comedias romanticas


Avaliação - C-



Friday, December 22, 2023

The Exorcist: Beliver

 Depois de dar o seu cunho à saga Halloween David Gordon Green decidiu homenagear outro classico de terror, sem que isso não tivesse sido polemico, principalmente pelo facto do seu criador original se opor e ter mesmo comentado que preferia morrer a ver o filme, o que infelizmente chegou a acontecer. Esta nova versão de exorcista foi um desastre critico com avaliações muito duras ao conceito de Gordon Green, sendo que comercialmente as coisas correram melhor talvez porque efetivamente Exorcista e um dos classicos do cinema 

Por tudo isto este novo filme tem alguns ingredientes que chamam a atençao, o principal dos quais o conseguir ter ido buscar duas das personagens originais, ainda que com algum paralelismo na historia central, a qual acaba por ser simples e acima de tudo pensada para a luta da fe e os efeitos visuais que tentam homenagear o primeiro mas que fazem nenhum sentido nos dias de hoje

Por tudo isto pouco ou nada para alem da banda sonora e o vomito sobre o impacto do primeiro filme, de resto temos duas meninas possuidas, muitas questões sobre a crença e no final o impacto de tentar tirar do corpo delas o demonio que questiona as personagens as suas duvidas. O problema do filme e a falta de surpresa, de ser tudo pelo livro, num tipo de registo que se calhar dificilmente conseguiria ser melhor.

Fica uma tentativa de remake frustrada porque efetivamente o filme nao da nada de novo ao que ja vimos, e percebemos que em Exorcista sera o filme orignal e nada mais. Ja tentaram reidiçoes, sequelas e aqui a roupagem nova, mas nada tem conseguido chamar grande destaque e resulta em filme serie B ou C como este.

A historia segue duas jovens que depois de desaparecerem uma noite aparecem com um comportamentoe e aparencia estranha que leva a conclusao que as mesmas foram possuidas pelo demonio, o que leva a um grupo a tentar fazer o exorcismo que liberte tal força maligna.

O argumento e basico e segue as linhas possiveis no estilo de filme. As personagens basicamente nao existe o percurso da historia parece ser o unico possivel, e algumas questões de crença acabam por ser as de sempre. A ligaçao ao original e tenue e meramente comercial, ja que e indiferente para a historia.

Na realizaçao Gordon Green cresceu na comedia mas nos ultimos anos dedicou-se a fazer relançamentos de terror com muito dos valores originais. Esta escolha nao tem sido a mais feliz ja que tem sido alvo de diversas criticas e afastamento de antigos colaboradores, mas e o percurso que ele talhou.

NO cast o filme tem como protagonista Odom Jr depois de ter estado na luta pelos oscares, mas num papel inexistente. Os protagonistas são os efeitos visuais dos momentos mais diabolicos, mas o filme coloca de lado personagens e por tanto interpretaçoes.


O melhor - A bannda sonora ser a mesma

O pior - A forma como toca no passado muito ao de leve


Avaliação - D+



Monday, December 18, 2023

The Marsh King's Daughter

 Estreado no Outono com o carimbo de thriller tradicional, este filme que nos trazia alguns anos de atraso na sua produção, estreou com pouca expansão e com uma indiferença critica que o tornou quase invisivel na maioria dos circuitos pese embora fosse um realizador competente e com um elenco de bom nivel. Comercialmente, os resultados do filme foram catastroficos num dos maiores floops comerciais do ano.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme de desgaste rapido, para visualização rapida, que a intriga faz o espetador esperar pela resolução embora essa seja bastante previsivel em todos os seus procedimentos. O filme funciona na diade entre as duas personagens centrais, nas ligações e nos atritos, mas falha em todas as restantes acabando por ir por um caminho obvio que torna o filme totalmente previsivel.

Em termos de produçao o filme fica sempre refém da ambiguidade que bem Mendelshon tem dado as suas personagens. De resto o filme acaba por ser uma ação de desgaste rapida, filmada com simplicidade, e que em alguns momentos tenta esconder apontamentos como se uma grande revelação se tornasse o que acaba por nunca o ser, defraudando as expetativas de um filme que consegue alimentar alguns suspense mas que sabe a pouco

Enfim um filme para se ver de uma forma facil. sem muito exigir ao espetador, que tem alguns apontamentos que funcionam, embora encaixe demasiado em alguma presibilidade que se esperava não existir em filmes de grande estudio. Pelo realizador e produtor o filme poderia ter levado a si maiores expetativas, mas penso que as mesmas não tinham propriamente muita razão de ser.

A historia fala de uma menor que foi criada por um pai que lhe ensinou a residir na natureza, com uma mãe sequestrada e que acaba por após a prisão do pai se tornar numa mãe de familia com o passado apagado. Tudo se reacende quando pai foge da cadeia e acaba por ser novamente presente na sua vida.

O argumento do filme tenta ser impactante e de resolução rapida mas o resultado frustra um pouco principalmente porque o filme alimenta bem o desenvolvimento da intriga mas parece resolver de uma forma muito facil, deixando de lado alguns apontamentos em que me parece claro que o filme deveria ser mais supreendente

Em termos de realização Neil Burger depois de ilusionista ficou a sensação que Hollywood tinha ganho um realizador de primeiro nivel que o percurso seguinte acabou por não confirmar. Aqui tem um trabalho simples de tarefeiro de Hollywood com pouca ambição, que explica o percurso um pouco cinzento que o mesmo seguiu.

No cast Riley nunca se afirmou como primeira escolha depois do sucesso de Star Wars, sendo protagonista de filmes de segunda linha. Ao seu lado Midelhson parece que a sua intensidade tem dificuldade em encontrar filmes de Hollywood mas acaba por ser o melhor elemento de longe de todo filme, na ambiguidade que ele transmite tão bem.


O melhor  - Middelhson e sua construçao em duas fases distintas

O pior - O final não levar a que o filme consiga ter a intensidade esperada


Avaliação - C+



Sunday, December 17, 2023

Indiana Jones and Dial of Destiny

 Quinze anos depois da ultima tentativa de revigorar um dos maiores franchisings  que temos memoria, eis que surge mais uma tentativa a qual surge ja com o seu protagonista proximo dos 80 anos de idade, e provavelmente a ultima possibilidade para o seu final feliz. O filme tinha uma tarefa dificil e Mangold não conseguiu superar o desafio com criticas sofriveis, mas o pior ainda estava para vir, comercialmente o filme começou pessimamente tendo minorizado danos ao longo do percurso mas muito longe do que se esperaria..

Sobre o filme a primeira preocupação que se percebeu no filme foi desatar a alhada completa em que se tinha metido o filme anterior. Desde a escolha de Labeouf para protagonista que nunca poderia ser repetido pelos comportamentos fora do ecra do ator, quer o envolvimento patetico de extra terrestres muito existia para ajustar e o filme acabou por tentar fazer isso de uma forma demasiado abrupta, mas que rapidamente se percebeu ser um desenrasque.

No que diz respeito ao restante percurso do filme podemos dizer que o mesmo acaba por ser básico, com o crescimento de um vilão, o lado politico e historico que já tinha sido visto nos filmes anteriores, mas com o tema da viagem no tempo. A introduçao da substituta do filme parece caido do nada e fica a ideia que poderiam ter existido muitas mais referencias, principalmente aos tres primeiros filmes da saga.

Por tudo isto podemos dizer que temos uma frustrante tentativa de reavivar a saga, com alguns aplicativos tecnicos com o rejuvenescer de Ford, e conseguir que o ator ainda ficasse bem em algumas sequencias de ação, assumindo a sua idade, mas o filme torna-se longo para os elementos de tempo que acaba por ter, sendo quase sempre muito redutor e mais proximo do fracasso do ultimo filme do que do sucesso dos primeiros, fica na retina a ultima imagem.

A historia trás-nos um Henry Jones velho, sozinho, depois da morte do seu filho, que acaba por ser levada para um aventura relacionada com o seu passado, e um artefacto que poderá mudar o tempo, o que conduz a uma viagem pelo mundo e não só em busca da pacificação e de contornar os perigos que tal objeto poderia conduzir a humanidade.

Em termos de argumento o filme tenta no formato da intriga ser algum proximo dos primeiros filmes, mas tem diversas nuances que tem que ser trabalhado. A base narrativa e completamente basica, sem grandes twists ou surpresa, e o resto é a tentativa de alinhar o que foi desalinhado por um desastroso filme anterior.

Na realizaçao Spilberg deu o lugar a um competente Mangold que ja tinha conseguido caracterizar um Logan idoso, e aqui tenta a mesma formula sem grande sucesso. Independentemente da forma com que a qualidade tecnica de alguns procedimentos possam surpreender, a realização parece sempre uma tarefa de grande estudio nada condizente com o que o realizador ja fez.

No cast Ford é indiana JOnes e nada poderá ser feito para contornar isso, será dificil o filme existir sem ele. AO seu lado a escolha de Waller-Bridge é funcional sem ser deslumbrante e o filme desaproveita por completo a presença de Mikelssen com vilão, numa personagem vazia.


O melhor - O nivel tecnologico do rejuvenscimento de Ford.

O pior - O filme não conseguir ultrapassar o dano do filme anterior


Avaliação - C



Saturday, December 16, 2023

Chicken Run: Dawn of Nugget

 Vinte e três anos depois do primeiro Chicken Run ter conseguido chamar a atençao pela mensagem alimentar mas tambem com o facto de termos um stopmotion de tecnologia de ponta tendo em conta os filmes de grande estudio, eis que surge a sua natural sequela, muita tempo depois, desta vez apostada em afastar os mais pequenos dos Nuggets que tanto gostam. Este segundo capitulo conseguiu alguma critica positiva embora insuficiente para lançar o filme na corrida aos oscars da especialidade. COmercialmente e com a abrangencia da Netflix o projeto tem tudo para ser visto pelos mais pequenos nestas ferias de inverno.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata da sequela natural, vai buscar a evoluçao esperada das personagens em termos familiares e na essencia o tema e o mesmo o resgate e escape so que em vez de uma quinta eis que estamos perante uma artilhada fabrica de frango frito com diversas agulhas apontas das empresas de fast food, que poderão ser um objeto arriscado.

Em termos de historia o filme e mais do mesmo, o exagero uma especie de missão impossivel de galinhas, com um humor que nunca funciona na plenitude e no final tudo e demasiado expectavel. O ponto que mais surpreende do filme e o stop motion ter ficado em desuso e o filme acabar por homenagear esse estilo que tanto sucesso deu no inicio do seculo.

Assim temos mais que um filme diferenciado a homenagem possivel a um filme com alguns adeptos da animaçao mas que esta longe de ser um dos filmes marcantes, o que este acabara por não ser. Este estilo de humor surpreende mais pelo lado tecnico do que propriamente pela qualidade da historia e aqui acaba por ser mesmo isso, ja que tudo o resto acaba por ser mais repetitivo do que interessante.

A historia segue o casal do primeiro filme, agora com uma filha com o espirito aventureira da mãe que acaba numa fabrica de nuggets em risco e obriga a grupeta a juntar-se para uma tentativa de resgate no minimo arriscada, com monstros do passado bem conhecidos.

NO argumento o registo é repetitivo na base da intriga tendo em conta o que vimos no primeiro filme. A questao e que os que assistiram ao primeiro filme nao vao perder grande tempo neste, e tudo e novo para os mais pequenos, que poderão ficar impressionandos com um argumento quase copiado do primeiro.

Na realizaçao Sam Fell foi escolhido para substituir a dupla de realizadores de sucesso do primeiro filme, ele que tem alguns registos de grande estudio de pouco impacto que acaba por replicar o conceito sem grande arte. O mais dificil foi feito no primeiro e este acaba por nada trazer de novo.

No cast de vozes o filme foi visto na versão portuguesa que cumpre sem nunca deslumbrar.


O melhor - O stopmotion e sempre uma tecnica que impressiona


O pior - A historia ser uma copia da primeira em tudo


Avaliação - C



Friday, December 15, 2023

Freelance

 Numa altura em que o cinema de ação e comedia ficou um pouco em desuso neste Outono acabou por surgir um filme que junta a capacidade de herói de ação de John Cena com o lado mais cómico de Alison Brie. Com o realizador de Teken ao leme, o filme acabou por ser lançado com alguma expansão com resultados comerciais muito residuais, pois fica a clara ideia que se trataria de um filme com grandes objetivos do ponto de vista comercial.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma comedia de segundo nível, e pior que isso acabamos por ter um filme de ação de um nível ainda inferior do primeiro ao ultimo minuto. Toda a produção parece amadora, John Cena parece apenas virado para personagens patéticas, sendo que quando filme exige mais interpretação tudo parece amados, e sequencias de ação de segundo nível. Sobre o lado mais cómico de Pablo Raba e alguma alteração ao normal neste tipo de filmes, mas que é obviamente ultrapassado pelo lado amador que o filme assume.

Por tudo isto temos um filme de qualidade baixíssima, que tenta utilizar John Cena com um carisma para liderar projetos que não tem, e que provavelmente nunca terá. A intriga até poderia funcionar se todos os outros elementos acabassem por ser interessantes o que não são, combinando amadorismos cómico com poucos ou nenhuns efeitos relevantes.

Assim uma comedia de ação de grande estúdio de qualidade reduzida, que nunca consegue encontrar minimamente o seu registo e que acaba por se tornar num ato falhado completo que teve a sua real consequências no box office, porque efetivamente o filme falha nos parâmetros mínimos aos quais se coloca.

A historia segue um advogado ex-militar que acaba por encetar uma missão privada de proteger uma jornalista numa entrevista que vai dar a um ditador temido de um pais sul americano, contudo rapidamente percebe que o objetivo daquela missão e um bem mais abrangente.

No argumento o filme até tem uma intriga com um volte face que nem sempre é muito visto no cinema  mas que nunca o aproveita, numa serie de sequencias de humor sem sentido, e pior que isso em sequencias de ação e valor moral final que nunca chega a existir minimamente.

No que diz respeito a realização Pierre Morrel, acaba por ter uma carreira que filme de ação com ritmos e meios que normalmente tinham alguma capacidade realística. Neste filme isso não aparece, em termos estéticos fica sempre a ideia que o filme é amador, o que nao e consebivel em alguem com a carreira de Morrel.

No cast o filme acaba por ter como principal interprete um John Cena completamente fora de tom do primeiro ao ultimo minuto. Pode funcionar no humor disparatado que goze com o seu corpo, mas fora disso simplesmente não existe. Ao seu lado Brie torna-se mais convincente fruto de maiores recursos, mas acaba por ser Raba aquele que tem os melhores momentos, principalmente em termos de humor.


O melhor - O filme quebra o lado unilateral

O pior - O amadorismo da açao e do lado comico


Avaliação - D+



Tuesday, December 12, 2023

Leave the World Behind

 Numa altura em que a Netflix aposta todas as fichas numa temporada de premios, este peculiar filme assinado por Sam Esmail, criador do futurista e caotico Mr. Robot, conseguiu chamar a si um elenco de primeira linha, num filme com muito enigma. O resultado critico do filme foi positivo, embora insuficiente para lançar o filme para altos voos no que diz respeitoà temporada de premios. Comercialmente os grandes nomes do filme podera sempre dar ao filme um valor comercial que o assunto e o feedback dos espetadores poderia retirar.

Sobre o filme podemos começar por dizer que é um filme misterioso, que cria o enigma com uma intensidade elevada que faz o espetador colar ao ecra. O problema e que apos o epicentro da narrativa o filme nao desenvolve e lentifica não desaguando em nada, o que torna o filme mais estranho do que forte, não obstante de em muitos momentos permitir boas interpretações dos seus atores de primeira linha.

Fica a ideia que o filme tinha tudo para ter o impacto esperado, e que apenas não o tem porque tenta ser demasiado aberto, alias quando o filme concliu ficamos com a clara ideia que muito ficou por contar, e que o ensinamento moral que acaba por resultar é muito curto para o que vimos, e quando tal ocorre, a sensação que sobra e que o filme desprediça muito do que faz bem numa abordagem concetual de gosto discutivel

Para quem seguiu Sam Esmail no seu Mr Robot podemos dizer que não é muito diferente, tudo muito bem trabalhado, mas alguma dificuldade na definição final. Num momento em que a Netflix aparece como a grande front runner em termos de numero de filmes, este sera o parante pobre ficando apenas por um filme estranho com um excelente cast.,

O filme fala de uma família que acaba por ir passar umas ferias num local mais recatado, que é surpreendida pelo regresso dos donos da casa, os quais falam sobre um caos instalado quer do ponto de vista do fecho de todas as comunicações que leva a familia em isolamento desconhecer por completo o que esta a acontecer.

O argumento na construção do seu paradigma e ambicioso, mas parece que a sua concretização merecia outro tipo de desenvolvimento a todos os niveis. As personagens são bem construidas mas o seu papel acaba por nunca conseguir ser obvio na intriga que o filme quer, a ideia final é que os ingredientes estão la mas algo não os deixou ligar-se por completo.

Sam Esmail, é um realizador que ficou conhecido essencialmente na TV e na sua criação de Mr Robot, aqui tem um filme com estrelas e meios, dá-lhe a sua estranha assinatura, muito proxima da serie de referencia, mas o resultado falha por não concretizar em pleno a sua ideia. Temos um estilo proprio, mas parece algo inacabado.

O elenco e totalmente de primeira linha, uma Roberts mais intensa, longe da simplicidade da maioria das suas personagens, deixa reluzir um descontraido Hawke e ambos deixam os melhores momentos para um Ali, intenso e versátilç dentro do mesmo papel. E no cast que reside o melhor que o filme tem.


O melhor - O grande elenco do filme.

O pior - Ficar a ideia que algo ficou por contar


Avaliação - C



Saturday, December 09, 2023

The Killer

 Depois da frustração de Fincher em não ter ganho finalmente o oscar que persegue faz anos com o seu Monk, eis que o mesmo continuou a sua ligação a Netflix neste projeto menos ambicioso do ponto de vista de premios, embora englobado no pacote para a awards season da operadora. O filme que estreou em Veneza e marcava o regresso ao cinema de Michael Fassbender como protagonista. A receção critica foi positiva com avaliações maioritariamente boas, mas insuficientes para a temporada de premios, em termos comerciais, claro que a Netflix tem propostas bem mais apelativas do grande publico.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme monocordico sempre com um ritmo baixo, maioritariamente falado pela voz mental do protagonista, na preparação e execução das suas vitimas mas acima de tudo numa autopsia ao seu pensamento. Sao claras as influencias do filme a American Psyco, do primeiro ao ultimo minuto, e isso acaba por ser o ponto contra do filme, que tinha uma historia e uma intriga para desenvolver e acaba por se reduzir um pouco aos maneirismos da personagem.

Isso faz com que o filme seja interessante mas longe de ser uma obra prima, os maneirismos e os pensamentos do personagem seguram o filme na fase inicial, mas com o desenvolvimento da historia e a passagem das vitimas o filme vai sendo circular e ciclico e previsivel, o que para o regresso da dupla FIncher - Kevin Walker, sabe a pouco.

Acaba por ser nos promenores que o filme melhor funciona, na banda sonora, na homenagem total a The Smits que preenchem o filme ao longo de toda a duração, na boa interpretaçao de Fassbender, na realizaçao sempre impactante de Fincher e na banda sonora de Reznor, todos estes elementos mereciam um filme mais significativo, que o filme apenas é em apontamentos e nunca no seu valor global.

O filme fala sobre um assassino contratado, e o seu oficio, principalmente depois de falhar um alvo e ser ele proprio alvo de uma tentativa de homicidio, que o leva a procurar um a um os envolvidos na sua ofensa.

NO que diz respeito ao argumento, na intriga o filme está longe de ser diferenciado, fica mesma a ideia que o filme acaba por ser repetitivo e denunciado. E nos promenores na linguagem propria do personagem com ele proprio que temos os melhores momentos, na forma como entra dentro da cabeça da personagem, sem que ele fale muito, principalmente com outras pessoas.

FIncher e um dos realizadores mais competentes da atualidade que começou com a surpresa de filmes inovadores e originais, que se tornou num realizador de impacto, mas que nos ultimos tempos tem sido mais tradicionalista. Aqui temos um filme claramente menos na sua forma de realizar, sem que a competencia deixe de estar la quando e chamado.

No cast o filme é totalmente pensado na interpretaçao de Fassbender, que acaba por ser competente, com os maneirismos do personagem, que os repete ao longo das duas horas de duração. Nao e surpreendente porque o ator ja demonstrou ser bom como serio psicopata e aqui comprova isso. O filme e um monologo dai que nao exista espaço para mais ninguem.


O melhor - O exercicio musical e estetico que o filme tem em alguns momentos.

O pior - O filme acaba por ser repetitivo e previsivel


Avaliação - B



Friday, December 08, 2023

Five Nights at Freddy's

 O famoso jogo de computador revitilizado em algumas plataformas de jogos e interaçao para os mais pequenos teve este ano o seu lançamento no cinema com um filme de terror, que aparentemente seria de serie B, que mesmo com criticas muito negativas conseguiu chamar a si resultados de bilheteira impressionantes que o tornaram numa das surpresas do box office de 2023 para alem dos sucessos ja esperados.

Eu confesso que conhecendo a historia do jogo e que alimenta ainda nos dias de hoje o terror dos mais pequenos, nunca consegui percecionar que tal pudesse resultar num competente filme de hollywood, e o certo e que efetivamente isso aconteceu, a historia e a tentativa de fazer o paralelo com o jogo não tem qualquer tipo de sentido, e mais que isso o filme acaba por nunca ser um filme de terror, nunca ser engraçado, jogando apenas com o aspeto creapy das figuras centrais.

Por tudo isto e tirando aquilo que ja e a tradiçao dos personagens o filme tem quase nada de novo, limita-se a uma historia de base que muitos pontos ficam por explicar, adiciona um espaço e os bonecos conhecidos e algumas mortes violentas e um final que acaba por deixar muitas pontas soltas no seu resultado final. Assim surge um filme de segunda linha de terror que tirando o lado cultural das figuras nada da de novo.

Claro que vamos ter sequelas deste filme em face da sua capacidade de se ter rentabilizado economicamente sendo o sucesso de holloween deste ano. Fica a ideia que vamos ter o conceito repetido com nada de novo porque ja a base do filme ficou muito aquem do que outros projetos de terror ja conseguiram fazer.

O filme fala de um estranho irmão mais velho, com a irmá mais nova a cargo que despedido do seu trabalho fruto de algumas sequelas de um acontecimento da sua infancia, acaba por ir trabalhar como guarda noturno de um espaço deserto que guarda um segredo com base em bonecos mecanicos.

O argumento do filme para alem do que ja conhecemos dos bonecos e o terror dos menores, pouco ou nada acrescenta e o contexto que cria não e propriamente o melhor ou o mais completo, fica muito por explicar e tudo o resto e demasiado by the book nos argumentos de segunda linha.

Na realizaçao Emma Tammi surge depois de projetos menos mediaticos de terror, consegue criar algum impacto de terror com os bonecos mas pouco mais num filme claramente de estudio, mas onde o espaço do terror nao e propriamente conseguido. Sera o seu projeto mais mediatico mas tera dificuldade em fazer funcionar outros projetos.

No cast Hutcherson algo perdido depois de ter perdido o maior fulgor do seu Hunger Games reaparece num papel algo modeslo, unidimensional como alias e fenomeno habitual no terror de estudio. Alguma referencia a cultura de terror adolescente com Lillard e nada mais.


o melhor - Os bonecos sao creappy

O pior - A falta de terror concreto que o filme nao consegue transmitir


Avaliação - D+



Wednesday, December 06, 2023

Candy Cane Lane

 É conhecido com o aumento do espectro do espaço utilizado para os filmes de natal que surjam cada vez mais filmes com este ponto, lançado pelas diversas operadoreas de streaming de forma a colocarem os seus assinantes presos em casa nos fins de semana que antecedem aquele dia. A prime recuperou Eddie Murphy e um filme familiar com fantasia que resultou com uma mediania quase indiferente em termos criticos, e comercialmente será visto pelas familias assinantes da "prime" mas pouco mais.

No que diz respeito ao filme, podemos dizer que temos uma tipica comedia afro americana familiar de serie B, que consegue os melhores momentos nas personagens de persépio reais, quer do ponto de vista produtivo e dos seus efeitos quer do ponto de vista de um humor mais arriscado, ja que tudo o resto acaba por ser mais disparatado do que funcional nas suas próprias escalas, encaminhando-se para o final mais que esperado.

Outro ponto em que me parece que o filme não resulta em toda a linha acaba por ser na sua capacidade de preender o espetador, fica a ideia que principalmente na luta final em busca dos anéis dourados que o filme se estende em demasia, tornando-se em muitos momentos aborrecido e repitivo. Fica sempre a sensação de um Murphy adequado, menos histerico do que a formula que lhe deu sucesso, mas mesmo assim não resgatea o filme para voos mais elevados.

Por tudo isto temos um filme mediocre, que gasta os efeitos especiais funcionais num registo comico de baixa qualidade, que vacila entre tipos de humor sendo o mais adulto aquele que melhor funciona o que acaba por ser um contraponto se percebermos que se trata essencialmente de um filme de natal.

A historia segue uma familia que quer vencer o concurso de efeitos natalicios da sua terra, e que para isso, o patricarca acaba por assinar um acordo com um elfo que vai levar a vida uma serie de animais e seres miticos que poderão colocar em causa o natal de toda a comunidade.

O argumento é confuso, a ideia de base e tipicamente natalícia, mas sua produção, nem sempre é de primeira linha por diversos pontos, desde logo o primeiro é a confusão de temas como o desemprego que posteriormente e totalmente abandonado, e mesmo as motivações da vilã, não são propriamente explicadas, o que torna o resultado do filme, um lume brando de baixa qualidade.

Na realizaçao do projeto Hudlin é um experiente realizador afro americano de comedias romanticas, que nos ultimos anos acabou por deambular entre cinema de baixa qualidade e televisão, que regressa a quimica com Eddie Murphy que marcou os melhores registos, pelo menos comerciais da sua carreira. Aqui o espirito natalicio existe e o lado dos efeitos especiais nos bonecos e interessante mas pouco mais.

No cast Murphy esta em casa no registo comico que lhe deu toda a carreira, embora nos ultimos anos claramente de uma forma menos funcional. Aqui o filme pede pouco para alem do seu humor mais fisico. Ao seu lado pouco ou nenhum dado relevante, para alem da escolha comica de Jullian Bell para elfo que encaixa mais no lado fisico.


O melhor - Os objetos falantes

O pior - O filme não ser propriamente engraçado e demasiado longo


Avaliação - C-



Monday, December 04, 2023

Family Switch

 Na entrada de Dezembro não podia faltar a Netflix com a sua comedia familiar, alegadamente com espirito natalicio com os atores tipicos deste registo. No meio de tantos concorrentes aos premios eis que surgiu um filme com objetivos diferentes mas que a forma como bateu de frente e de forma violenta com a critica pode contagiar e não conduzir aos resultados esperados comercialmente, principalmente porque a operadora acabou por lançar objetos com menos budget mas ao mesmo tempo menos danificados pelas avaliações.

Family Switch tem um primeiro ponto que chamou a atenção que foi a escolha dos atores mais jovens, vindos de serie s e filmes de algum sucesso que acabaram por alimentar a curiosidade. A tudo isto juntaram Garner das comedias familiares e um Helms de comedia parva, e no meio de tudo prevaleceu o estilo de Helmes o filme e sinceramente quase impossivel de ver.

E porque é que tudo falha, desde logo porque os atores não consegue passar de uma ponta a outra nesta especie de Big dos distritais, mas acima de tudo porque a tentativa de humor "goofy"extremamente fisica esta totalmente desfasada do seu tempo e o resultado e um processo inocuo sem qualquer tipo de gloria. Alias torna-se mesmo penoso acompanhar um filme que ainda para mais acrescenta vinte minutos a duração esperada de um filme deste.

Fica a ideia que a NEtflix tenta meter na batedeira diversos pressupostos e tudo sai mal, fica a ideia que quer atores conhecidos em comedias familiares, espirito natalicio e uma atriz veterna, alguns pos de comedia para video dos anos 80 e acaba por nada se juntar no filme e termos um autentico despredicio de tempo e vida, numa das piores comedias que a Netflix deu a luz, e algumas ja tinham tido qualidade mais que duvidosa.

A historia fala de uma família, perto do natal, que com o crescimento dos filhos mais velhos perdeu alguma ligação, nos pequenos objetivos de cada um, tudo ainda fica pior quando trocam os papeis entre si, por magia, e tem de viver cada um no corpo de outro.

O argumento e disparatado na base, mas ainda é pior na concretização, a incapacidade do filme fazer funcionar as inumeras tentativas de humor torna-se mesmo preocupante, e nem as caretas dos atores mais velhos resgatam um filme desprovido de ideias e de originalidade.

Na realização do projeto McG completamente estilhaçado pelos floops que teve em filmes de grande estudio mais de ação, que acabou remetido para um cinema de segunda linha onde nada tem de mostrar para alem de segurar na camara. Para alguem que ja teve tantos atores e projetos a frente o resultado foi em tudo penoso.

No cast Garner é isto, a mãe galinha, Helms o comediante sem graça e aqui torna tudo ainda mais intensificado numa historia que ainda exibe mais as limitaçoes de ambos. Nos mais pequenos e normal que queiram presença, mas o resultado não sera o melhor para os mesmos. APenas me questiono o que um ator como Shweingofer faz num filme como este.


O melhor - Alguns spots curtos musicais

O pior - A forma como o filme não consegue funcionar em qualquer piada


Avaliação - D-



Sunday, December 03, 2023

Dumb Money

 Craig Gillespie nos ultimos temos tem dedicado os seus filmes e series a situações completamente particulares da cultura atual, que teve como seu epicentro a serie Pam and Tommy. Este ano o realizador voltou com um registo num tema mais adulto e mais polemico, concretamente a loucura associada as ações da Game Stop que teve o ceu epicentro em 2021. O filme acabou por ser lançado com criticas positivas, mas sem o entusiasmo para lançar o filme na temporada de premios algo que conseguiu bem com I TOnya. Comercialmente os resultados foram curtos porque o filme nem sempre teve a estreia que muitos esperavam, e o tema financeiro e sempre um elefante no meio da sala.

Sobre o filme temos uma historia curta sobre um acontecimento muito recente que faz com que o filme tenha um problema de não se perceber em concreto a consequência e onde tudo levou as personagens, pelo menos as reais que vimos no filme. Do outro lado temos o lado que me parece que funciona melhor, no que diz respeito as historias do dia a dia de ganhos menores, mas acima de tudo associado ao lado moratorio que o filme quer ter.

Eu confesso que gosto do lado satirico de Gillespie nos seus filmes, pela forma como consegue juntar por um lado um ritmo interessante e uma humor muito presente com apontamentos de uma realidade atual, e o seu nivel moral. Neste filme temos tudo isto mas fica clara ideia que o resultado final e algo confuso, principalmente porque o processo economico em si náo e facil de entender, e os resultados e desenvolvimento tambem não, o que distancia o filme do publico maioritario.

Por tudo isto Dumb Money parece um filme que surge muito rapido associado a um acontecimento recente, que acaba por isso mesmo por ser abordado de uma forma algo confusa. Se do ponto de vista de personagens o filme consegue ter o impacto que quer, na moratoria, tem contra si e o tempo e a dificuldade de ir ao tema para alem de taglines.

A historia segue um analista financeiro, que graças a redes sociais criou um mecanimos de aconselhamento de apostas amadoras que conduziu a loucura em termos da venda de ações da loja Game Stop quase falida o que leva a um confronto contra os maiores financeiros de Wall Street.

O argumento do filme tem uma base real muito impactante, e claro ainda não sabemos onde tudo poderá chegar, e esse e um problema na forma como o filme termina. NO restante o filme consegue ter o nivel comico dos outros filmes de Gillespie, mas o tema e claramente mais dificil e isso acaba por não funcionar.

Na realizaçao Gillespie e um realizador  montanha russa, um inicio interessante, que acabou por desaguar em filmes de estudio de qualidade mediana, que relançou-se na irreverencia de I Tonya, que continua aqui, mas com menos arte e menos impacto, espero que não seja a desacelaração proxima da anterior.

No cast temos uma escolha sempre segura de Dano como protagonista, embora longe dos seus melhores papeis. Nas restantes construçoes, pouco ou nada de dislumbrante, talvez os melhores momentos estejam a cargo de Nick Offerman, embora esteja ali a polemica posterior do filme.


O melhor - Aquilo que realmente acontecer e o que pode implicar.

O pior - O filme é confuso nas suas bases e dificulta o que este implica


Avaliação - C+



Friday, December 01, 2023

The Caine Mutiny Court-Martial

 Numa altura em que determinadas aplicações de streaming vão fazer provas de sobrevivência, a Paramount +, principalmente fora dos EUA tem sido uma das que mais dificuldade tem tido para impor os seus produtos, dai que os seus filmes não tem tido uma magnitude globar, e temos que procurar bem para encontrar os seus titulos. Um dos filmes que foi lançado foi este remake baseado na peça de teatro homonima sobre um julgamente da corte marcial, sobre um alegado crime de guerra. Em termos criticos o caracter simplista do filme resultou com avaliaçoes positivas, contudo comercialmente teve as dificuldades que estão associadas normalmente a operadora.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de um filme simples, maioritariamente numa sala de tribunal, com testemunhos e perguntas sobre um ato de desobediencia ou de sobrevivencia em que será analisada a alteração de chefia num barco em plena tempestade. O filme acaba por começar a ritmo lento que vai elevando com a proximidade do seu fim, e ai o filme acaba por ser competente, mesmo sendo um filme sempre presente no mesmo espaço e local.

Um dos segredos do filme e mesmo sendo uma intriga dificil, principalmente na avaliaçao da decisão, torna-se melhor quando entra na analise da saude mental de um dos elementos, tendo como ponto central as suas inquirições onde o filme ganha rasgo e consegue aguentar num ritmo razoavel um filme de dialogo constante que mais não é do que perguntas e respostas. Mesmo assim parece que o claramente resgata o filme da mediania acaba por ser o twist final.

Por tudo isto um mediano filme, que tem apontamentos que o tornam dificil de ser abrangente e ritmado, mas que principalmente no final consegue ser. Obvio que ter quase duas horas numa sala de tribunal num elencar de testemunhas e naturalmente monotono, mas o filme consegue resgatar principalmente na parte final, para um lado moderadamente positivo.

A historia segue um julgamento apos um executivo ter tirado a autoridade a um chefe de um navio, depois de alegar que o mesmo estaria sem saude mental para as funções e colocar em causa a segurança dos seus subitos.

Em termos de argumento temos um projeto dificil baseado na inquirição de testemunhas para uma decisao final, e isso dificulta sempre o ritmo e o desenvolvimento do filme, mas o mesmo nao sendo sempre equilibrado nos seus momentos consegue incutir ritmo o que nem sempre é facil para projetos como este.

Na realizaçao o experiente William Friedkin teve aqui a sua ultima obra antes de morrer, e com um filme de realizaçao simples consegue a sua homenagem a peça de teatro original com competencia, sem o rasgo associado a idade, mas que acaba por ser um ponto final razoavel na sua carreira.

No cast temos um filme de oscilaçoes de temperamento dos seus interpretes que tem em Sutherland o elemento mais vistoso, embora com muitos tiques tipicos da sua carreira. Clarke e um ator intenso que sabe aproveitar os momentos de maior impacto e aqui faz isso bem.


o melhor - A capacidade de adquirir ritmo com alguma facilidade.

o pior - A monotonia de um filme todo passado numa sala de tribunal


Avaliação - C+



Thursday, November 30, 2023

The Creator

 Foi apresentado como uma das grandes apostas de verão dos estudios, e acabou por ser lançado muito com essa tagline sobre um filme futorista, inovador e original. Em termos criticos o filme passou com resultados positivos, embora sem serem o trampolim necessário a um impacto extraordinario. Do ponto de vista comercial os resultados foram desoladores, principalmente no terreno domestico, o que acaba por colocar em causa o trajeto e as ambiçoes do projeto, que também parece pensado para não ter sequencia.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma grande produção, com meios e com um estilo de argumento que nos últimos anos ficou um pouco em desuso, no que diz respeito à forma de colocar homens contra maquinas, mesmo que nos dias de hoje isso seja uma clara realidade. O filme e tecnicamente interessante, fruto de ser uma grande produçao de estudio, mas enquanto objeto de entertenimento tem algumas dificuldades, a maioria das quais ligado a um argumento algo pesado.

Outro dos pontos que me parece que não permitem a simbiose com o publico e ser um filme rigido e demasiado preso a ação e intrigas, perdendo pouco tempo nas personagens e no seu historico relacional, acabando muitas vezes por tornar a intriga central confusa, desacelarando o ritmo o que acaba por ser nocivo para um filme com mais de duas horas.

Por tudo isto The Creator é um filme tecnicamente competente mas com diversas lacunas no que diz respeito a um  argumento que quase sempre comunica de uma forma algo distante com o espetador. O lado emocional da ligação central acaba por ser o único ponto mais humano de um filme rígido, sem grandes mudanças de ritmo e acima de tudo pensado para ser um épico filme moderno que nunca consegue ser.

A historia segue um agente infiltrado numa luta pelo poder das maquinas com AI criadas no oriente com os humanos que regem o ocidente, mas que conduz a uma historia de paixão e reencontro entre pessoas e maquinas, numa luta de guerra por poder e definição de posiçoes.

Em termos de argumento a historia é algo confusa em muitos momentos, principalmente porque é algo circular nos procedimentos. Fica a ideia que em termos comicos o filme não arrisca nada e a empatia de ligação entre personagens acaba também por nunca fortalecer o filme para alem da historia do homem contra a maquina.

Edwards e um dos jovens valores do cinema de estudio atual, o qual tem conseguido alguns sucessos em algumas tarefas de hollywood. Aqui tenta um filme mais concetual, mas o resultado fica a meio termo. mesmo que em termos de produçao o filme seja impactante, fica a ideia que no restante falta risco e assinatura, e isso pode levar a uma carreira de mare media.

No cast eu confesso que não reconheço em Washington Jr um poder e carisma para liderar um filme desta dimensão, é repetitivo nos maneirismos, mas mais que tudo não é propriamente muito forte em transmitir sentimentos. Nos secundarios Watanabe funciona, e o maior destaque vai para a jovem Yuna Voyles, que domina as sequencias onde entra.


O melhor - O rigor tecnico de alguns momentos do filme.

O pior - O argumento e repetitivo e monotono


Avaliação - C



Tuesday, November 28, 2023

Saw X

 Depois de diversos anos em que tivemos novos filmes repetindo tudo e mais alguma coisa no horror de Jigsaw, bem como uma prequela tipo Spin Off, eis que surge um filme que encaixa entre o primeiro e o segundo filme, que tenta revitalizar as figuras que melhor funcionaram no que a serie diz respeito. E o que é certo e que pelo menos criticamente as coisas não correram mal, com avaliações positivas, uma das melhores da saga junto com o primeiro. Por sua vez do ponto de vista comercial, todo o desgaste da saga parece ter desaparecido com resultados proximos do primeiro embora toda a inflaçao de intervalo, mas existiu uma mudança relativamente ao trajeto descendente que o filme vinha a ter.

Saw X e um filme para alem dos jogos mortais, tenta contextualizar um pouco a personagem de John Kramer na sua luta contra o tumor, mas com todos os atributos de malvadeza que todos lhe conhecemos, embora sempre com o sentido de justiceiro. Na primeira parte o filme é demasiado lento, e tenta ter um contexto demasiado explicado para a saga em si. Na segunda fase o filme volta ao tipo comum da saga, com muito sangue, muito horror e um twist mais que esperado.

Assim parece que é um filme que vai se conjugando com tudo que a saga foi seguindo, excluindo o primeiro filme que conseguiu surpreender pela sua originalidade, tudo o resto foi jogos de sadismo puro com muito sangue, twist previsiveis e uma moralidade questionável. Sem duvida Saw alimentou os filmes de terror nos ultimos vinte anos, mas confesso que nem as boas criticas deste filme entusiamaram-me, ja que me parece mais do mesmo, com vinte minutos de introduçao totalmente dispensaveis.

Ou seja para quem gosta do sangue e exagero total de Saw, temos mais um capitulo proximo em todos os niveis do que ja foi feito, com as personagens de sempre e os valores morais de sempre. De resto muito pouco de novo. Tentamos conhecer mais Kramer, mas pouco ou nada explica sobre o seu prazer de provocar dor, e o resto apenas pequenas referências ao que ja fomos vendo dos mais de dez filmes ja feitos.

O filme regressa atras no tempo num Kramer ainda vivo, a tentar encontrar soluçao e esperança para o seu problema de saude, ate ao momento em que aceita um tratamento inovador, que mais não é do que uma burla financeira, que o vai levar a vingança de todos nos seus ja famosos jogos mortais.

O argumento do filme tem uma introduçao desnecessaria, numa humanização da personagem central que tem tanto de impossivel como despropositada. Nos jogos temos originalidade em alguns momentos, mas o twist final e totalmente previsivel o que acaba por dar um final algo frouxo ao filme.

Na realizaçao deste projeto iniciado por Wan temos Greutert um habitue nos filmes de terror de estudio que ja tinha estado em alguns projetos Saw, que acaba por seguir as linhas mais tradicionais do produto sem grandes inovações ou tentativa de alterar o percurso natural da saga.

No cast temos Bell na personagem da sua vida, que acaba por ser a sua carreira, com mais ecra e mais momentos de presença, e de resto uma serie de desconhecidos que apenas ali estão para gritar. O filme tenta dar alguma presença a Synoove Lund, mas acaba por ser mais do mesmo.


O melhor - E fiel ao percurso


O pior - Os primeiros vinte minutos tentam levar o filme para um caminho sem grande sentido


Avaliação - C-



Leo

 Num ano em que a Netflix prepara-se para mais uma luta pelos Oscares que a partida parece perdida, eis que surgem os seus outros tiros para outro tipo de categorias, neste caso em disputa para melhor animaçao, com esta produçao de Adam Sandler sobre os animais de estimação/mascote de turmas. Leo estreou sem grande impacto comercial na aplicação, mas criticamente, numa altura em que a animação tem sentido diversas dificuldades em ditar as suas leis, este filme conseguiu resultados consistentes nas avaliações externas.

Sobre o filme, Leo é quase o contrário do que estamos habituados a ver em Sandler, temos uma comedia pacata, com muito valor sentimental e moratório, com diversos easter eggs, que nos dão um interessante e competente filme de animação, que merece sublinhando, não fugindo aos cliches dos filmes dos mais pequenos, e com muitas referências particulares, o filme consegue ser ao mesmo tempo empático com o espetador e cómico para os mais pequenos.

A todos os níveis o filme é interessante nas suas metáforas, todas elas centradas num bonacheirão lagarto idoso, que fruto de ter passados diversos anos a observar menores acaba por ajudar aluno a aluno nas suas características individuais a ultrapassar os problemas, o filme tem tudo o que uma historia para crianças deve ter, principalmente o efeito espelho muito presente.

Por tudo isto Leo, é na animação mais tradicional um dos filmes mais funcionais do ano, com o humor de Sandler moderado, e com um valor moral muito forte fica a clara ideia que é um filme a ver e aprender, com muitos bons apontamentos a transmitir, original na abordagem, algo longo em face da faixa etária que quer abordar, mas que nos faz passar um bom tempo em família, um dos pressupostos fundamentais no sucesso de qualquer filme de animaçao.

A historia fala de um lagarto e uma tartaruga à muitos anos mascotes de uma escola, que acabam por receber uma nova turma, com diversos alunos a passar por momentos conturbados típicos da idade, os quais sofrem com a chegada de uma professora nova com métodos classicos.

Em termos de argumento o filme é muito bem escrito, quer no plano comico e de entertenimento mas acima de tudo na capacidade que o filme acaba por ter de transmitir valores e pedagogia, sempre interessante. Fica a ideia que os momentos musiciais poderiam ser mais diversificados, mas penso que o seu amadorismo é pensado para fazer o filme e o seu registo funcionar.

Na realizaçao a batuta foi entregue a um colaborador do sucesso de Hotel Transylvania, filme com a mesma produçao deste, mas que o filme trabalha bem no plano comico, embora com uma formula muito proxima das produçoes standart das produtoras maiores. Não e o plano que melhor registo trás.

Sobre o cast de vozes, efetivamente Sandler encaixa bem no estilo pausado que a personagem quer ter, e Burr é a companhia ideal, num filme que, no entanto, sublinha mais pelo argumento e pela historia do que propriamente pelo cast de vozes.


O melhor - A pedagogia do filme.

O pior - Algo longo demais.


Avaliação - B



Monday, November 27, 2023

Sound of Freedom

 Pode um pequeno filme independente colocar-se em luta com os grandes blockbusters do ano, pese embora pessimas criticas, a resposta é positiva e traduz-se neste particular filme, que o buzz a volta tornou quase o mesmo numa discussão politica extremada como tudo que atualmente acontece nos EUA. Adotado carinhosamente pela extrema direita americana, apostada em transformar o filme em box office star, o certo é que em termos economicos o filme brilhou, mesmo que imagens de salas esgotadas vazias tenham sido vazadas, levando a discussão para o plano de extremismo em redes sociais. Criticamente o filme foi um fracasso total, que o levou a um odio generalizado em face do que politicamente o filme se tornou.

Sobre o filme e colocando todas as polemicas e questões colaterais, podemos dizer que temos um mediocre filme serie B, sobre um heroi de ação sempre com a lagrima no canto do olho, num filme sobre uma realidade forte, mas que para alem disso pouco ou nada distancia dos filmes de Chuck Norris dos anos 80 com a exceçao de termos menos luta e muito mais lagrimas no alegado heroi. De resto interpretaçoes sofriveis, dialogo inexistente e previsibilidade maxima, se o filme e uma adaptaçao real, isso a discusssão fica fora do objeto artistico embora o contamine.

Não obstante de todas estas fraquezas a forma como o filme se tornou um statement policito acaba por ser surpreendente ao qual não é indiferente os cinco anos em que ficou barrado por razões desconhecidas, mas que encaixam bem na medicridade do filme. De louvar essa capacidade de influenciar do filme, pese embora para isso o filme apenas aborde uma tematica esteticamente complicada de uma forma simples e direta.

Ou seja ninguem consegue perceber muito bem no que este filme se tornou. O sucesso fez dele algo que nunca é, já que em termos artisticos e um sofrivel filme de serie b, previsivel, exagerado, muitas vezes pessimo nos detalhes, com um tema sempre forte e emotivo, mas pouco mais. O extremismo de ideias pode ser bem patente na forma como o filme se tornou amado e odiado ao mesmo tempo.

A historia segue um ex agente dos serviços de informaçao americano que desiste da sua profissao para seguir e tentar soltar uma serie de menores escravos sexuais na america do sul, colocando em risco a sua vida pela sua convição moral.

O argumento e quase inexistente para alem da historia, alegadamente real que tem por base. Independentemente da base real, ou não da historia o filme e mal montedo com um excesso de esteriotipos de serie b, uma personagem central completamente indefinida para alem das lagrimas e um unico objetivo o choque emocional.

Na realizaçao Alejandro Monteverde era um desconhecido que teve um projeto indie que poderia facilmente ir parar a uma prateleira de videoclub que viu um filme com todos os defeitos de uma produçao pequena ir parar as bocas do mundo. Teve a fama e o preço da mesma, num filme demasiado extremado para ser bom alicerce para alguma coisa.

No cast Caviezel depois de encarnar jesus na Paixao de Cristo tornou-se num ator algo complicado, colecionando falhanços de segunda linha, e opiniões politicas exageradas. O filme e muito ele, acima de tudo no comentário final, numa interpretaçao que explica o desaparecimento dele enquanto ator, e que fica ainda mais patente quando partilha cenas com um Bill Camp sempre em forma.


O melhor - Um tema pouco assumido no cinema.

O pior - A polemica e o extremismo num filme tão mediocre


Avaliação - C-



Sunday, November 26, 2023

WIsh

 A aposta da Disney para este final de ano vai ao encontro das historias magicas mais femininas que resultaram com Frozem e Moana. Aqui temos um filme sobre desejos, sob a forma de musical, que ao contrario de outras abordagens os resultados foram dececionantes a toda a linha, criticamente uma mediania com tendência negativa foi so inicio do que o descalabro comercial provocou que deve provorar um terramoto principalmente nos EUA nos estudios maioritarios, porque os resultados foram do pior que me recordo para a distribuidora.

Sobre o filme temos o tradicional filme feminino de natal da Disney, uma personagem com sonhos, valores morais fortes, e amigos por todo o lado que tenta colocar em causa a liderança do lider supremo que vende sonhos, e depois temos tudo o que a disney nos habituou, amizade, musica e muita cor e sonhos, o que esta tudo em dose certa, embora fique a total ideia de uma repetiçao continua de ideias e pouco ou nenhum valor cultural.

A ideia que o filme vende e que perde desde logo acaba por ser a forma como o filme descreve culturalmente a questão da ilha no mediterraneo, fica a ideia que o filme poderia ser mais detalhado, ter mais humor, mais personagens, porque fica a ideia que a maior parte deles nao existe em deterimento de momentos musicais repetitivos, esteticamente interessantes mas pouco mais. O filme ganha um caracter mais epico com o excelente momento musical de Knowing What i Know Now, um dos melhores momentos musicas que me recordo da DIsney que merecia se calhar um filme mais diferenciado.

No final penso que o filme é competente sem ser brilhante, onde apenas o momento musical acima indicado vale mesmo a pena, porque de resto falta diferença sendo um filme que procura o que de melhor funcionou nos filmes anteriores semelhantes replicando, mas sinceramente falha muita originalidade, embora a competencia tecnica ali esteja. O exagero musical pode tornar-se aborrecido para os mais pequenos.

A historia segue uma jovem que aspira ser ajudante do rei, alguem que em troca dos desejos das pessoas, potencia a possibilidade de no futuro os realizar, o provoca o esquecimento do mesmo. O filme acaba depois por levar a jovem a uma odisseia que a leva a perceber que os objetivos do rei nao sao os melhores.

EM termos de argumento a historia tem boas intenções, moralmente forte, mas em termos de procedimento o filme e algo repetitivo e algo copiado de formulas de sucesso recentes e anteriores da disney, algo que acaba por ser a maior critica feita ao filme. 

Na realização do projeto a liderança ficou a carga da dupla de sucesso que trouxe Frozen e os seus capitulos e a presença de magia e o lado feminino esta bem presente mas a demasiado proximidade com o projeto inicial acabou por não ajudar, porque fica a ideia de alguma preguiça em novas abordagens.

NO cast de vozes Debose e uma otima escolha pela competencia musical, e os momentos de musica acabam por ser vivos muito por culpa da força vocal da atriz. De resto competencencia e pouco mais.


O melhor - O momento musical Knowing What i KNow Now

O pior - Ja vimos este filme com roupa diferente


Avaliação - B-



Saturday, November 25, 2023

A Haunting in Venice

 Branagh depois de muitos anos a dedicar-se a adaptações cinematograficas de Shakespeare eis que mudou o foco para Agatha Christie mais concretamente para as aventuras de Poirot, um dos mais famosos detetives do mundo. Pese embora nenhum dos filmes, que já vai no terceiro episodio tenha sido um sucesso pleno, o realizador tem conseguido chamar aos seus filmes elencos de primeira linha e criticas razoaveis, sem ser propriamente entusiasmantes. Do ponto de vista comercial, filme apois filme os resultados tem sido a todos os niveis mais debilitados, contudo este filme acabou por ter alguns registos razoaveis principalmente em termos worldwide.

Sobre o filme para quem viu os anteriores, este não tem muita novidade com exceção de Veneza profunda, o resto temos um caso, um conjunto de personagens num mesmo espaço, e seguimos Poirot com as suas particularidades e ir procurar desvendar o caso, num tipico filme de quem matou quem, com os maneirismos exagerados que Branagh deu a personagem e um ritmo lento, onde apenas as paisagens de veneza no principio e no fim parece dar vida a um filme algo cinzento.

No que diz respeito a resoluçao para quem conhece o livro parece claro que a resoluçao deste enigma não tem o impacto ou a surpresa dos anteriores e isso acaba por ser mais facil encaminhar o espetador para soluçao, ainda para mais porque o leque de personagens não e propriamente elevado. Fica a ideia que o filme esconde demasiado todas as personagens para os maneirismos do seu protagonista, que nada acaba por entregar ao filme.

Resultado um medianissimo filme de investigação tradicional, onde ressalta mais o local do mesmo do que a historia e os seus personagens. Nao consigo perceber até onde ira este tipo de cinema do realizador, o qual é mediano, segue linhas particulares mas o resultado é algo sem sabor, algo que foi comum aos tres filmes independentemente da quantidade de personagens e atores que consegue ir buscar.

O filma fala de um convite endereçado ao famoso Poirot, para participar numa sessão medium que pode colocar em causa tudo o que o mesmo acredita, o que terá por trás o misterio de uma morte, que conduz a outras durante a sessão.

O argumento e uma historia conhecida de Christie, não das mais surpreendentes, mas que acaba por ter os elementos todos de suspense importantes a fazer este tipo de projeto resultar. O filme nem sempre tem o equilibrio entre personagens e o ritmo baixo, o que deixa tudo no epicentro final.

Branagh e um realizador consistente que apenas recentemente, em Belfast deu alguma assinatura ao seu percurso, porque tudo o resto parece tarefas de grande estudio, com meios e pouco mais. Aqui o que de melhor potencia é a cidade de Veneza e as suas belezas.

No cast eu confesso que acho a encarnação de Barnagh como Poirot exagerada, cheia de maneirismos e pouco empática, ficando os secundarios neste filme demasiado escondidos, principalmente Yeoh vinda de um oscar, mas parece um projeto de uma pessoa do primeiro ao ultimo minuto.

O melhor - Veneza

O pior - O ritmo demasiado baixo para um filme policial e curto


Avaliação - C