Saturday, January 31, 2009

Yes Man


Starring:Jim Carrey, Rhys Darby, Bradley Cooper, Zooey Deschanel, Sasha Alexander
Directed by:Peyton Reed


Jim Carey foi dos actores internacionais aquele que mais padeceu com a crise economica que abalou o mundo, num momento em que assumia a transiçao da sua carreira para um cinema mais dramatico, o certo e que o seu elevado salario levou a que alguns dos seus projectos desaparecessem e que este necessitasse de voltar ao seu palco natural, as comedias mais familiares onde a sua capacidade fisica de representaçao se tornasse figura de proa. para este natal Yes Man encaixa mesmo bem nesta necessidade mais populista de carey que regressa aos filmes básicos sem grande maturidade e conteudo apostado a levar os mais pequenos ao cinema naquele tipo de historias que se vê bem agrada, mas raramente nos lembraremos para sempre deste filme, ou seja um sucesso espontaneo.


Yes Man tem algumas virtudes que são de assumir desde logo quando estamos a avaliar uma comedia desde logo as sequencias sao curtas e com ritmo o que torna o filme facil de absorver e envolver o espectador, a personagem tem a sua piada bem como a ideia de base do filme que alimenta o imaginario do espectador, contudo falta carisma ao filme por vezes pensamos que tudo e demasiado obvio no filme, falta o factor surpresa, existe momentos em que a propria dinamica do filme parece nao ter mais para explorar a nao ser que entre num ciclo que nada de bom poderia trazer para o filme


Ou seja e um filme que cumpre bem os seus intuitos mas que perde nos factores que efectuam a diferença, mesmo o significado moral não nos parece tão trabalhado quanto poderia ser, e desde logo e demasiado visivel, nao se tornando no modelo de comportamento que normalmente os filmes do genero trazem consigo, pese embora estes factos e um filme facil de ver, agradavel permite passar um tempo calmo e delicioso, embora como obra creativa esteja a anos luz do melhor que vimos de Carey na comedia


A historia fala-nos de um peculiar consultor de credito que passa a vida a dizer que não as coisas, ate que um dia e com algum miticismo a volta decide que nao pode voltar a dizer essa palavra dizendo sim a tudo, onde ocorrem dezenas de gags devido a esta opçao


O argumento tem toda a sua vantagem no conceito peculiar do filme, na sua traduçao parece-nos algo limitado e acima de tudo preguiçoso as personagens que ate demonstram algum conteudo inicial sao pouco aproveitadas principalmente na tentativa constante de as tornar repetitivas e tornar sempre a sua presença em situaçoes de humor semelhante. Tambem a nivel de humor a pouca inteligencia do mesmo pode não ter sido a melhor opçao para o filme, ja que o humor parece-nos um pouco desactualizado


A realizaçao é algo simplista sem risco sem qualquer tipo de cunho de autor, limita-se a tentar centrar a atenção na capacidade facial de Carey e pouco mais de resto mais do mesmo, ou seja calma silenciosa, ou seja o necessario para o filme


O duo protagonista com outro tipo de projecto poderia ter feito furor em Hollywood dois actores semelhantes capazes de nascer para a comedia mas com uma capacidade unica para surpreender na comedia, tem a infelicidade de contracenar num dos filmes mais basicos da carreira de ambos que gerem com piloto automatico e se relativamente a Deschanel e apenas mais um passo relativamente a procura de popularidade relativamente a Carey parece-me extremamente triste depois de uma carreira onde ja se tinha consolidade com alguns dos papeis mais vincados dos ultimos anos um regresso a sua forma mais rudimentar


O melhor - Alguns gags cinematograficos


O pior -Carey volta ao inicio da carreira


avaliação - C+


Friday, January 30, 2009

The Tale of Desperaux


Starring: Matthew Broderick, Tracey Ullman, Emma Watson, Tony Hale, Frances Conroy


Directed by: Sam Fell, Rob Stevenhagen


A animação tem destes paradoxos, ou se encontra titulos de eleiçao capazes de ombrear com os melhores filmes do ano, ou temos outros que ate atingem algum mediatismo mas com pouco conteudo ou mesmo com uma logica narrativa dubia, e que se centra apenas no poder da animaçao de estudio para render algum dinheiro, limitando a seguir algumas tendencias de receita dos maiores estudios, como este exemplo que apesar de criticamente nem ter sido tao criticado como outros titulos, no que concerne a bilheteira os resultados apesar de visiveis são pouco significativos


A historia de um filme de animaçao acaba por ser a sua força toda, entao se desde logo esta nao parece ter uma base forte ou uma construçao eficaz, muito pode ser posto em causa e comprometer o filme, neste caso a base e fraca e a estrutura ainda mais, primeiro porque a ideia para alem de algo repetida e confusa, e depois porque a articulaçao do filme em mini cenas o torna cortado e sem fio condutor, e sem qualquer tipo de seduçao para espectadores miudos e graudos


A historia perde-se nos paralelismos que faz, e confusa, quase sempre sem piada num dos filmes mais cinzentos de animaçao quer ha memoria, a tentativa de reuniao entre dois mundos e completamente descabida e para alem de nao ter muito nexo o filme perde-se ainda pelo facto de ser demasiado lento de processos


A historia fala-nos de um rato que depois de demonstrar demasiados sentimentos e enviado para o mundo dos mortais onde acaba por ter uma relaçao peculiar com uma princesa enclausurada


O argumento e descabido mal organizado nao faz potenciar uma ideia ja de si limitada, nao lhe confere grande orgzanização nem piada ou seja torna-se pouco completo com pouco humor, ou seja torna-se numa obra aborrecida, inconcebivel para um filme de animaçao


A realizaçao para alem de pouco interessante e com poucos meios, nao utiliza grandes mecanismos capazes de conquistar quem quer que seja, tudo e simples, com pouco magnetismo ou seja o basico


As vozes são superficiais como todo o filme nao e por elas que o filme e comprometido mas nao lhe tras grande valorizaçao



O melhor - Os primeiros 2 minutos


O pior - A concretizaçao de uma ideia muito duvidosa


Avaliação - C-



Bedtime Stories


Starring: Courtney Cox Arquette, Keri Russell, Teresa Palmer, Guy Pearce, Lucy Lawless Produced by: Adam Shankman, Jennifer Gibgot, Garrett Grant



Bedtime Stories, era uma das grandes apostas por parte da Dysney para este natal, apostando num fenomeno de facil rentabilidade, com uma serie de historias de encantar sob a forma de historia de amor em diversos formatos com um dos actores mais mediaticos no genero, Sandler, e acima de tudo uma serie de efeitos de primeira linha, colocavam este filme como um dos filmes de linha primeira para vencer nas bilheteiras nas sempre concorridas ferias de inverno. E os resultados ainda que sem ser de uma forma exuberante que se esperaria, contudo esta cumprida a tarefa


O filme e daqueles tipicos familiares que com uma sensualidade propria consegue facilmente atingir o nivel que pretende calmamente, e acima de tudo permite-lhe ser um dos filmes mais familiares e ritmados dos ultimos tempos, aproveitando a pouca duraçao dos treixos que o compoe tornando o filme aptecivel facil de ver, e com um humor que algumas vezes nos deixa surpreendido


Para o genero em questao estamos perante um bom representante capaz de por si só demonstrar que ainda existe creatividade em filmes familiares e de dimensão simples, com historias interessantes capazes de agradar toda a familia


A historia fala-nos sobre um descendente de um dono de uma pensao com um dom de contar historias de adormecer, so que um dia encarrego dos seus sobrinhos repara que a historia que conta acaba por se tornar realidade no dia seguinte


O argumento apesar de nem sempre denotar grandes niveis de maturidade e dentro dos parametros que se propoem um filme de primeira linha, compilando bem os aspectos de argumento com uma boa capacidade creativa e um filme de primeira ordem


A realizaçao utiliza a bom nivel os seus efeitos especiais, mesmo que por vezes se perca um pouco na sua exploraçao, nao e brilhante neste segmento apesar de conseguir ser determinado para os intuitos basicos que sao os seus objectivos


O cast tem um Sandler naturalista como protagonista e acima de tudo dentro do conceito que o filme adopta, nao é ua figura de proa nem tao pouco um actor versatil, mas neste tipo de registo funciona bem e principalmente na forma como consegue adoptar um quimica interessante com a sua co protagonista, Russel refrescante num filme onde apenas Pearce poderias ser mais utilizado como um vilao com mais virtudes


O melhor - O caracter familiar do filme


O pior - Pearce subdesenvolvido



Avaliação - B-


Friday, January 23, 2009

The Wrestler



Starring:
Mickey Rourke, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Judah Friedlander, Ajay Naidu
Directed by:
Darren Aronofsky



The Wrestler é daqueles filmes que seduz só a sua intenção de reunir num filme todo ele rebelde um dos realizadores mais carismaticos e polemicos dos ultimos anos, o ainda jovem Aronofsky com um dos actores mais polemicos e discutiveis das ultimas duas epocas, o filme era de risco ou estariamos perante um desastre pegado capaz de deixar tudo na mó de baixo ou de um filme reconhecido quase culto para a maioria dos verdadeiros cinefilos, contudo na sua montra em veneza logo se viu que o destino do filme seria o sucesso, leao de prata, uma euforia generalizada em torno da interpretaçao de Rourke lançou o filme na competiçao pelos galardoes onde mesmo nao sendo um front runner, os premios consecutivos de Rourke assumiram um filme que mesmo nao tendo chegado ao fim da corrida foi um dos filmes mais aperciados do ano.


Aronofsky foi sempre conhecido por um autor de historias proprias creativas, um realizador de filmes peculiares nem sempre generalistas, contudo se em termos de realizaçao e cunho pessoal o filme seja bem integrado na linha do realizador, ja em termos de da historia de base estamos numa simplicidade aparente que torna o filme num objecto quase telefilme, negro, mas ciclico, o filme podera ser mesmo á imagem emocional dos seus intervenientes onde o topo e a miseria se tocam lado a lado, o filme acaba por se tornar numa panoplia de emoçoes, bem exploradas, que torna um filme no seu conteudo vulgar num filme crescido forte e acima de tudo naqueles filmes para se tornar aperciado pela generalidade do publico


E daqueles pequenos filmes que se torna grande pela aura que o envolve, desde todo o miticismo de uma personagem bem criada, bem real, onde toca pontos interessantes relacionados com os valores que assumimos nao so para nos proprios mas para os que nos estão proximos, e um filme com muito conteudo, mesmo que como objecto cinematografico nem sempre seja facil de ver as maiores qualidades de um titulo disfaçado de uma historia de vida simplista que contudo vem inerente um interior moral do mais forte dos ultimos meses em Hollywood, talvez nao seja o filme de grande publico que a maioria das pessoas esperaria nem a excentricidade pura e que tantos fãs recolhe do seu realizador mas é sem sombra de duvida uma obra forte do cinema de 2008


A historia aborda a vida de um ex lutador de wrestling a entrar na epoca de falta de frescura fisica e sem planos nem objectivos na vida que tenta em seu torno arranjar um motivo para dar sentido a sua existencia, sendo esta luta a três, por um lado no recontacto com a sua filha, por outro numa paixao contrubada por uma Streeper, ou os ringues.


O argumento nao e uma obra de creatividade, mas para os seus proprios meios consegue tornar o filme numa historia simples, eficaz com uma boa dinamica de emoçoes que tornam o filme muito forte neste ponto de vista na facilidade com que explora cada segundo das relaçoes das personagens para potenciar um maior valor no filme na globalidade, explorando acima de tudo a construçao de uma personagem do mais complexo e bem criada do ano, e que mais proxima esta daquilo a que nos chamamos crise de identidade


O realizador deste filme tem tanto de excentrico e polemico, como de artista, mais que realizador estamos perante um dos maiores genios da 7 arte dos ultimos tempos e a forma peculiar com que filme as suas obras consegue ser verdadeiros quadros de movimento, sem ter medo de arriscar o seu proprio estilo, pode nao ser sempre consensual, mas certamente ja deixou um cunho proprio no cinema


O cast e de que forma arriscado, dar o protagonismo ao talvez actor mais polemico dos ultimos anos, e principalmente quando a força do filme depende quase na totalidade na força da interpretaçao poderia ser um suicido nao so a nivel do resultado final, mas mesmo na distribuiçao do filme, que so ficou assegurada depois do extase em veneza, Arofonsky venceu a batalha em toda a linha, nao sou demonstrou talentos escondidos em Rourke como lhe ofereceu daqueles papeis que o coloca na eternidade, talvez consiga o impensavel tornar Rourke num actor nomeado e quem sabe galardoado numa gala dos Oscares, num papel de uma vida, que tornou Rourke num papel de um nivel quase sobrenatural, que torna Marisa Tomei com um bom papel algo inocua para o filme


O melhor - A dupla RourkeAronofsky


O pior - A falta do toque mais creativo do realizador


Avaliação - B+


Thursday, January 15, 2009

Frozen River



Starring:
Jay Klaitz, Melissa Leo, Misty Upham, Nancy Wu, Michael O Keefe
Directed by:
Courtney Hunt



Todos os anos um daqueles filmes independetes de poucos recursos acaba sempre por se tornar um assunto mediatico pelo facto de conseguir reunir algum consenso critico e se intromete nos galardoes de maior vanguarda entre os nomeados, de todos os filmes este ano do escalão mais pobre foi este Frzen River que persistiu mais tempo nas bocas da critica principalmente com uma boa interpretaçao de uma actriz da vanguarda o filme conseguiu algum reconhecimento, que o levou a ser um dos serios candidatos ao oscar, embora previamente derrotado. E se do ponto de vista critico o filme ate conseguiu a sua maior visibilidade, ja no que diz respeito a sua dinamica comercial surge que o filme tem tanto de incognito passando apenas por alguns cinemas mais elitistas e pouco comerciais


Frozen River e um filme com conteudo, tenta demonstrar nao so o drama familiar circunstanciado aquele caso concreto mas vai mais longe na sua tentativa de explanar um problema mais social, contudo as maiores fraquezas dos filmes demasiado dependentes estao demasiado vincadas nao so a nivel produtivas mas tambem na forma como a propria historia se materializa, em determinados pontos o filme parece nao evoluir, ou fica demasiado preso a força que a personagem vai adquirindo o que nem sempre e forte e suficientemente esclarecedor para a alma do filme continuar viva, o filme perde-se principalmente na sua fase central em nao aproveitar os frutos que o drama mais familiar poderia dar, contudo e o facto de ter mantido a coerencia narrativa premitiu que o filme absorvesse a sua principal virtudo ou seja algum realismo


O filme fala-nos sobre uma mae de familia abandonada que para tentar recuperar as fragilidades financeiras começa a colaborar com uma rede de transporte de imigrantes ilegais, sempre no limbo da confiança da familia e a necessidade de dinheiro o filme acaba por tocar em pontos interessantes se bem que nem sempre com o afinco que se exigia


O argumento e positivo bem criado com a personagem central a ser revistida de força e coesao sentimental a diversos niveis, pode nao ter o ritmo necessario para um filme que poderia ser mais vivo e mais interventivo, mas a estrategia indie fica sempre bem num filme com este contexo dai que nao se possa entrar em grandes debates sobre este ponto


Para um filme pequeno como este nao se pode exigir grande essencia para um realizador sem meios para brilhar, mesmo assim funciona as suas grandes metas ou seja realismo, colocar-se perto dos seus alvos.


contudo os maiores louvores acabaram por se tornar em torno do bom desempenho da protagonista, contudo a surpresa pode ter conduzido a algum exagero em torno desta sem tirar o brilhantismo a clarividencia do mesmo, e sem excluir o facto de estarmos realmente perante o verdadeiro coraçao do filme, Melissa Leo talvez nao deva contudo ser o centro das atençoes num ano com prestaçoes mais vistosas no plano feminino



O melhor - Melissa Leo


O pior- Alguma linearidade da narrativa



Avaliação - C+


Sunday, January 04, 2009

The curious case of Benjamin Buton


Starring: Brad Pitt, Cate Blanchett, Jason Flemyng, Taraji P. Henson, Julia Ormond
Directed by: David Fincher

Desde muito cedo era o candidato a abater, não só porque há muito se tinha notado que Fincher é um iluminado do cinema, e acima de tudo a hitória permitira certamente um cinema de excelencia que Fincher desde o seu inicio nos habituou com uma carreira brilhante até ao momento, e se com Zodiac a distribuiçao do filme colocou desde muito cedo o filme fora de corrida, este ano a aposta foi maior, num filme diferente, arriscado. Talvez o unico engano da produtora e que normalmente para esta coisa de premios ganha o mais indiscutivel o consensual o academico e se existe coisa que o filme não é, sao estas caracteristicas, dai que mesmo mantendo o rotulo de grande candidato o certo e que o filme ate ao momento nao tem devorado tudo como se previa, contudo com a embalagem de uma boa carreira comercial estamos quem sabe nos mais serio candidato aos oscares da academia de fevereiro proximo.
Benjamin Button é o filme mais grandioso de Fincher a sua maior aposta, o que num realizador com o nivel em questão e desde logo a noticia que estamos perante um dos filmes mais poderosos, e sensasionais do ano em quase todas as vertentes, um filme para a eternidade que desde a sua ideia de base, passando pela sua concretização é tão singular que por breves momentos nos esquecemos de tão estranho que e a historia para seguirmos com atençao e quase hipnotisadas aquelas peculiares personagens.
os filmes sobre personagens necessitam de diversos pontos para se tornar imortais, força, paixao e ritmo e o filme tem todos estes ingredientes e mais a beleza de momentos, numa realizaçao com toques de epico o filme preenche uma imensidao de generos numa ode ao cinema, pese embora o unico defeito do filme caia em alguma vazio moral de determinados segmentos, mas mesmo este permite uma conduta e uma capacidade comercial ao filme que de outro ponto nao seria possivel.
Sò não estamos perante o maior filme de 2009 ate ao momento porque existiu um com mais força e acima de tudo mais actual chamado Dark Knight, contudo tudo neste filme e feito para triunfar, e apesar de ate preferir um fincher mais de guiao e menos completo , estamos perante uma obra de arte cinematografica
A creatividade advem em grande parte da historia, uma pessoa que tem todo o precurso da sua vida ao contrario desde que nasce velho e acaba de colo, não tenta explicaçoes, tenta sim o singificado do filme mas nao torna o filme complexo dificil de assimilar alias a facilidade de processos de todo o filme e talvez o maior trunfo e que diferencia um grande filme de um filme com boa ideia
O argumento de uma obra tão singular e sempre dificil ainda mais quando o alvo e exigente e tem a atençao da critica para si, o argumento e forte, muito bom nas suas dinamicas principais, nao consegue talvez uma seduçao de por exemplo Seven ou mesmo Big Fish, mas fortalece o filme ja que lhe incubia a funçao mais complicada.
Fincher e um dos melhores realizadores da actualidade se nao o melhor, por isso a cada filme que passa temos uma vertente nova de um cinema singular sempre com novos traços de autor e realizador, ficamos atonitos com a versatilidade e qualidade dos seus produtos quer sejam de epoca quer mesmo actuais ou seja um verdadeiro prodigo do cinema moderno, com a sua obra de excelencia em grandiosidade
Quanto ao cast, o seu disciplo Pitt tem daqueles papeis que numa carreira preenchida nunca conseguiu ter, daqueles que domina o filme de inicio ao fim, papel complicado mas que se encontra a um nivel de excelencia, provavelmente nao lhe dara grande reconhecimento, talvez o papel com um protagonista mais forte do ponto de vista de qualidade interpretativa seria para a eternidade, mesmo assim sao soposiçoes porque a primeira vista tem um papel muito bom. Contudo o meu maior louro vai para a brilhante blanchet, e se nao a melhor actriz do momento uma das tres melhores, a suavidade da sua interpretaçao fisica e o verdadeiro coraçao do filme, e ela que torna o filme bonito mais que grandioso, enfim de excelencia, contudo os louros tem ido para a prestaçao secundaria de henson que tem o papel mais emotivo de todo, e a emoçao do filme embora pense que e abusivo premiar este papel em deterimento do de blanchet

O melhor - o valor de arriscar em ideias diferentes

O pior - Alguns pequeninos debates morais algo viciosos

Avaliação - A-

Friday, January 02, 2009

Milk


Starring: Sean Penn, Allison Pill, Josh Brolin, Emile Hirsch, James Franco
Directed by: Gus Van Sant

Foi preciso muitos anos volvidos para vermos Gus Van Sant regressar ao melhor cinema e aquela veia de autor que lhe troxe reconhecimento, depois de uma longa passagem por um cinema intimista de pequenas historias quase sem guiao para um circulo mais independente. Tudo se notou que iria mudar quando se recheou de estrelas para um dos projectos mais arriscados, ou seja levar ao ecra o mais conhecido defensor das causas Gay, actores conceituados como Penn e Brolin, deixavam antever um filme para mais gente, capaz de ser mais unanime e provocou expectativa em redor, sendo logo apontado para a temporada de prémios. Logo na sua estreia assumiu-se como candidato indiscutivel as suas boas valorizaçoes assumem-no como um dos mais fortes candidatos e ja tendo ganhado importantes premios apenas nao e um dos principais favoritos devido ao facto de ter ate ao momento falhado algumas nomeaçoes nos premios mais importantes, ha quem diga que é o lobby gay a desvalorizar o filme, há quem diga que é o tema mais que polemico, mas daqui a dois meses temos resposta.
Não e um filme facil, embora de reconehcido merito e valor, com uma criação artistica do mais impressionante que temos visto, Milk e um filme vistoso e acima de tudo facil de se gostar, embora pouco fácil de suportar. E aqui entra o demasiado facciosismo pela causa, o filme não permite uma discussao politica que se exigia, so ve uma parte, dividindo entre bons e maus um assunto com duas vertentes, chegando por vezes a ser demasiado hipocrita do ponto de vista moral, e certo que do ponto de vista narrativa é excelente, a forma contextualizada, a envolvencia na historia e personagens demonstra qualidade e acima de tudo empenho no filme, que assume-se logo como um front runner sem problemas, e historico, factual interessante, todos os ingredientes para o tornar num bom filme e poderoso, contudo o seu conteudo moral e acima de tudo a sua actualidade fazem com que nem sempre a força seja tudo.
Mas e obvio que apesar de faccioso o facto de se assumir como um filme de causa explica tudo, a forma romantica com que descreve o personagem e acima de tudo a sua relaçao central espelha o fascinio pela pessoa e torna-se mais que um biopic uma homenagem a causa e a tentativa de celebrar um facto historico, mesmo a tentativa de no fim generalizar para todas as minorias parece mal encaixada sendo nao um filme de repressoes mas especificos a celebraçao Gay
O filme retrata todo o percurso politico e pessoal de HArvey Milk ate ao seu final tragico dentro da populaçao de Castro, bem como o dinamismo e a força instaurada do movimento Gay dos anos 70.
O argumento e forte, sabe perfeitamente como tornar o filme mais interessante e tem sempre uma boa ligaçao com todos os pontos, consegue fazer um bom balanço da dinamica pessoal e politica e consegue acima de tudo construir boas personagens, sendo um dos pontos mais fortes do filme, e um dos que transmite maior força ao filme
Van Sant e prodigo na realizaçao e o facto do pessimo trabalho em alguns filmes de um intimismo absurdo nunca disfarçou a capacidade de realizar e criar como poucos a forma contemporanea com que realiza e um objecto de arte, alias nesse parametro mais que singular a realizaçao e genial talvez do mais forte visto nos ultimos momentos na forma como recria uma epoca e acima de tudo a forma de ver a epoca, enfim de eleiçao
O cast deixava anteceder boas prespectivas, Penn tinha uma personagem para a eternidade que facilmente com a sua capacidade interpretativa a tornou num papel fortissimo e uma das mais fortes candidatas ao oscar de melhor actor, de uma forma natural para um dos melhores actores da actualidade e imaginem so num dos melhores papeis. Quanto aos secundarios existiu muita celeuma principalmente com Brolin, Hirsch e Franco, todos apontados como secundarios do ano, e pese embora Brolin tenha sido o mais reconhecido de todos, sendo o unico a conseguir tirar alguns premios a Ledger, inacreditavel, o certo e que na minha opiniao e Franco quem mais brilha a sua personagem e um poço de calma e acaba por ser o cerbero do filme demonstrando que temos quem sabe um actor mais virado para dramas do que para os filmes de acçao ate ao momento

O melhor - A realizaçao inacreditavel

O pior- Demasiado tendencioso no lobby Gay

Avaliação - B

Cadillac Records


Starring: Adrien Brody, Jeffrey Wright, Beyonce Knowles, Gabrielle Union, Columbus Short
Directed by: Darnell Martin

Os sucessos instantaneos que se tornaram filmes como ray e acima de tudo Dreamgirls, abriu a porta para os Biopic relacionados com as origens das musicas afro americanas, contudo nem sempre as produçoes tem os mesmos meios e resultam da mesma forma. Apostada na origem dos Blues ou mesmo na maior empresa de discos do Rock N Roll Cadillac Records acaba por no seu contexto ser um filme ambicioso, contudo muitas vezes uma ideia nao chega e tem que ser pessoas com capacidade e reconhecidas a realizar projectos. O que aconteceu com este filme e que embora as criticas ate sejam positivas nao atingiu a dimensao que o permitisse mais altos voos, e acima de tudo a visibilidade que podem retirar um filme como este de um anonimato natural
Cadillac Records apesar de ter uma base factual e um filme romantico sobre a epoca musical em causa, a forma quase de fábula com que trata algumas das personagens centrais se por um lado dá uma toada mais positiva e facil ao filme por outro lado retira-lhe algum realismo que e sempre proponderante ainda mais quando se fala de um biopic. Provavelmente o campo de captação do filme era tão vasto ja que tratou de algumas das pessoas com hisotiras mais ricas do panorama musical que ao nao querer esquecer-se de nenhuma acabou apenas por passar ao de leve pela maioria delas, e perder algum do poder que o filme poderia ter, ao contrario de outros filmes do genero faltou a emancipaçao de um titulo que nao conseguiu nem pela interpretaçao nem pela produçao se evidenciar, mesmo que academicamente bem feito e sem grandes criticas a efectuar e um filme que contudo nao consegue sempre seduzir.
A base do filme e a origem da musica soul e a forma como simples obreiros conseguiam entrar nos tops, atraves do olhar visionarium de aguerrido produtor musical, depois dramas artisticos, familiares e pessoais, a boa maneira de estrelas da musica.
o argumento apesar de coerente e eficaz, falta-lhe dimensao e creatividade ao querer tocar varios pontos nao da perfeiçao a nenhum e o filme sente isso na sua forma final, nem sempre os dialogos e acima de tudo a linhagem temporal e a mais forte, num filme que tinha materia prima de se tornar singular começa logo pelo argumento perder a carroagem
A realizaçao nao e ambiciosa, não existe risco e logo nenhum brilhantismo e é neste ponto que o filme mais sofre a sua pequena dimensao, pareceu demasiado filme para as limitaçoes de um realizador que apenas no contraste dos carros consegue ganhar alguma vitalidade mas insufuciente
Para o cast, a falta de figuras de proa podera conduzir a uma menor mediatização do filme, se bem que Brody ja galardoado com o Oscar acabasse pelo protagonismo e pela menor qualidade do seu papel ser um trunfo quiça demasiado alto para tao pouco campo, Wright num ano menor poderia dar nas vistas quem sabe numa nomeaçao, e mesmo Knowells podera ser a grande expectativa como melhor actriz secundaria embora a falta de uma profundidade a personagem a podera colocar fora da corrida embora seja o seu melhor papel no cinema

O melhor - A musica e as guitarradas

O pior - Dissipar-se entre historias

Avaliação - C+