Wednesday, May 31, 2017

The Boss Baby

Cada vez mais a Dreamworks em termos de animação tem apostado acima de tudo no marcado da primavera para lançar os seus novos produtos, algo que nos ultimos anos tem funcionado muito mais em termos comerciais do que propriamente com valores criticos, algo que parece já ser aceite com simplicidade pelo estudio. Este ano a sua aposta foi para a natalidade contra a adopção de animais, nesta metafora, que novamente parece não ter convencido a critica, com avaliações essencialmente medianas, sendo que comercialmente as coisas correram razoavelmente bem com resultados bastantes consistentes.
Um filme de animação para funcionar tem de ter diversos pontos a seu favor. O primeiro dos quais é significado e peso do mesmo. Neste caso parece-me que pese embora a mensagem de aceitar um irmão até pode ser actual e razoavel, a forma como a mesma é passada parece-me demasiado fantasiosa o que pode tirar esse mesmo ponto ao publico menor. Outro dos pontos que deve resultar é o humor, aqui parece-me que o filme apenas consegue utilizar o humor estetico e fisico, tendo dificuldade em implementar quer curiosidades quer a ironia como forma de um humor mais vincado.
Em termos emocionais parece-me obvio que o filme não tem esse objetivo, apenas na separação final e nas cançoes de embalar o filme tenta cobrir este ponto, mas parece pouco para um filme de grande estudio de animaçao, vocacionado para os mais pequenos.
Ou seja temos um filme que nos parece com alguns bons momentos principalmente na interação entre irmãos, que acaba por ser um cinema de animação ligeiro, com situações divertidas, mas que em termos de alcance nos parece longe da envolvencia que outros filmes já tiveram, mesmo no que diz respeito a Dreamworks.
A historia fala de um filho unico alvo da atenção dos pais que acaba por receber um alegado irmão que nao e mais que um executivo de uma fabrica de bebes que tem como objetivo aumentar o amor dos humanos pelas crianças em deterimento do humor por animais de estimação.
No que diz respeito ao argumento mesmo sendo a problematica algo atual e bem pensada naquilo que quer transmitir, parece-me que por vezes arrisca demasiado no paralelismo da fantasia dentro do filme, o que torna tudo algo estranho em alguns momentos. Mesmo em termos de humor parece-me que poderia existir maior diversidade de registos, já que nos parece aqui algo repetitivo.
Em termos de produção a Dreamworks e uma das maiores pelo que isto acaba por ser simples, na forma como o apelo da cor, principalmente define a marca de agua da produtora. Em termos de inovaçao nao temos um filme piloto, mas acaba por se notar a assinatura de um dos grandes.
No leque de vozes excelente a escolha de Baldwin como protagonista bebe, algo que acaba por dar ao filme um carisma que nao conseguiria com uma escolha mais simples. No restante tudo é cumprido sem grandes problemas.

O melhor - A voz do The Boss Baby

O pior - a forma como a fantasia complica a transmissão da mensagem do filme.

Avaliação - C+

An Sense of an Ending

Durante anos a terceira idade basicamente não existia em termos de cinema, contudo com um maior numero de filmes cada vez mais a ter luz do dia, o cinema independente tem apostado em filmes que acabam por seu autenticas reflexoes de fim de vida, algo que também tem sido tema para alguns projetos do cinema europeu. Nesta produção tradicionalista britanica, os resultados criticos acabaram por ser positivos pese embora não tenham sido entusiasmantes. No que diz respeito ao resultado comercial do filme, a tradição BBC acaba sempre por ter algumas limitações com resultados apenas conseguindo chamar a si alguns dos mais tradicionalistas.
Sobre o filme, eu penso que a reflexão de uma vida nos seus momentos finais pode ser um dos melhores campos para filmes emotivos, e com uma profundidade de significado superior a muitos outros contextos de filme. Contudo para isso funcionar tem de estar reunidos uma serie de factores que diferenciem este filme em muitos aspetos de todos os outros, e aqui o filme tem alguma dificuldade desde logo pelo ritmo, e pelo excesso de rigidez britanica para que a emoçao presente tenha o impacto capaz de dar o verdadeiro significado ao filme.
Parece-me um filme com uma ideia bem definida que na forma como joga em termos temporais entre o presente e o passado por vezes se torna algo confuso o que limita o impacto que me parece que o realizador quer dar a cada cena, como estabelecendo um paralelismo que nem sempre e na realidade conseguido.
Ou seja uma daqueles filmes que quando lemos a sinopse pensamos que podera ser um filme de uma dimensao superior aquele que realmente é, não só pela historia em si mas principalmente pelos seus interpretes e que no final acabamos a pensar mesmo as personagens e a sua historia merecia mais paixao e envolvencia na fora de filmar, e não um objeto algo cinzento que nos passa de forma simples uma ideia interessante.
A historia fala de um idoso, que após receber uma herança um diario da mae de uma das suas grandes paixoes tenta de alguma forma reviver e ultrapassar as sequelas do fim da sua adolescencia, mesmo que muitas outras coisas tenham passado entretanto.
A historia da procura de significado nos ultimos momentos ja foi retratado de diversas formas, algumas mais comicas outras mais dramáticas. Aqui não podemos dizer que a ideia de base é um poço de inovação, mas parece sempre um campo com muito para potenciar. Neste filme parece que mesmo dando a primazia a emoçao, as personagens sao melhores do que o seu desenvolvimento.
Na realização Ritesh Batra um produto do cinema britanico tem aqui o seu projeto maior e mais significativo. parece-me na abordagem ao filme muito preso ao tradicionalismo do cinema mais obvio britanico e isso acaba por o colocar pouco diferenciado junto a outros cineastas iguais.
Por fim em termos de cast, eu penso que Jim Broadbent e um dos actores mais intensos e empaticos da sua geração, e o filme funciona na sua personagem muito pela sua interpretação. Ele domina o filme, so deixando espaço para a presença de Rampling com o carisma que a caracteriza mesmo que a sua personagem seja simplesmente a sua presença.

O melhor - O campo de trabalho da terceira idade e os seus conflitos de uma vida.

O pior - O filme não conseguir transmitir o sentimento que deveria

Avaliação - C

Saturday, May 27, 2017

The Shack

Com cada vez mais a existirem filmes sobre a religião e a importância da mesma seria obvio que alguns estudios de media dimensão apostassem forte nesta dimensão que volta a ganhar mais interesse artistico. Agora com figuras mais conhecidas surgiu este filme sobre fe que acabou por se tornar num dos mais rentaveis do genero muito por culpa do aproveitamente da epoca da pascoa e pela presença de atores mais conhecidos. Em termos de resultados criticos o filme ficou muito aquem da mediania com avaliações essencialmente negativas. Por sua vez em termos comericias o filme teve um desempenho bem melhor com resultados consistentes.
Sobre o filme, é sempre dificil um ateu analisar de uma forma fria um filme sobre fe e religião, dai que é facil para mim encontrar defeitos num filme que os tem. Principalmente porque tira o filme desde logo num plano de logica, e que um filme de autoconhecimento e redençao de uma personagem deveria ser mais pequeno para não ser tao sonolento como este que tem dificuldades de logica inerentes a temática mas mais que isso dificuldades de ritmo.
Mas os problemas do filme não ficam por aqui, ao tratar se de um filme de sofrimento e mais que isso um filme de luta, a forma como simplifica as questoes so com base na fe parece-nos completamente arriscado para os espetadores com historias semelhantes, que acabam certamente por não compreender os objetivos do filme.
Mesmo assim e tendo em conta os filmes sobre religiao e fe que vem sendo lançados baseado em historias simples com esse adereço, este e um filme mais arriscado levando a ação para uma realidade paralela de contacto entre seres, que poderá ter um lado mais artistico na abordagem mesmo que a essencia seja na plenitude a mesma.
O filme fala de um pai, que apos perder a filha dirige-se para uma cabana onde acaba por encontrar diferentes seres divinos e tenta encontrar uma explicação para o seu passado e uma forma de assimilar o presente tendo em vista um futuro diferente.
Em termos de argumento mesmo sendo em termos de conteudo muito mais arriscado que a maioria dos filmes da mesma tematica em termos de mensagem e sumo, é parecido. Estes filmes acabam por colocar de lado termos de logica ou não fosse um filme de fé.
Na realização Hazeldine tem mais risco na forma estetica com que constroi a cabana e os cenarios sequentes e na forma que isto significa. Nao sendo um trabalho de grande qualidade temos mais risco do que outros filmes do genero, pese embora penso que o mesmo nunca vai ser por si so potenciador de grandes carreiras.
No cast Worthington já teve mais destaque parecendo a sua carreira estar adormecida e colecionar filmes serie b como este, que nada lhe pede em termos de interpretação. Spencer tem normalmente carisma para personagens com uma dimensao intlectual e emocional maior daqui que cumpre bem o que lhe e pedido.

O melhor – Maior risco num filme de genero simples

O pior – A mensagem ser a mesma que outros filmes de religiao que estão na moda.


Avaliação - D+

Wednesday, May 24, 2017

Buster's Mal Heart

Existem pequenos filmes, percursores muitas vezes de carreiras mais conceituadas dos seus protagonistas, que acabam posteriormente por ganhar alguma dimensao mediatica pela presença destes mesmos actores. Isto pode ser muito bem o que chamou a atençao para este pequeno filme, já estreado em alguns festivais mais pequenos mas que so em 2017 teve a luz do dia em cinemas mais especializados em cinema de autor. Os resultados criticos do filme ate foram interessantes com avaliações essencialmente positivas, mesmo que comercialmente os seus resultados tenham sido residuais.
Os filmes sobre as derivas mentais de uma personagem sao normalmente campos de trabalho para realizadores mais corajosos já que obriga o filme a ir para alem do obvio, e normalmente isso e mais dificil de resultar com eficacio. O que faz com que muitos destes filmes acabem como lixo sem qualquer tipo de significado e alguns como obras primas de referencia para os anos seguintes. Este acaba por nem ser uma coisa nem outra acabando no sempre possivel meio termo,.
O lado positivo do filme e ambiçao da fração entre vertentes da mesma personagem, a separaçao, a distinçao e a forma como cada uma delas e filmada, o que acaba por fragmentar um puzzle que acaba por inqueitar durante a duração do filme o espetador. Por outro lado para um filme deste genero tem dois defeitos gigantescos, por um lado a falta de ritmo, tipica dos filmes mais independentes que acaba por emabalar em demasia o espetador, e por outro lado a falta de uma realização mais ambiciosa, mais proximo do que por exemplo e feito e Mr Robot com o mesmo protagonista, em conceitos muito semelhantes.
Ou seja mesmo no que diz respeito a fração da mente temos um filme por vezes competente, muito ciente dos seus objetivos, com algum arrojo narrativo, mas que em termos de cinema e demasiado adormecido, demasiado parado, demasiado preocupado em sair fora do circuito e normalmente isto resulta em filmes mistos nos sentimentos e nos resultados,.
O filme fala de um empregado de hotel que passa as noites sozinho, ate que conhece um estranho cliente que lhe coloca uma questão existencial, que acaba por mudar todo o seu paradigma de vida e os valores dos diferentes vetores da mesma vida.
O argumento e dificil, corajoso na base e nos seus objetivos que mesmo conseguindo atingir, adcaba por nunca ser dotado de grande brilhantismo, principalmente por alguma dificuldade na caracterizaçao de personagens e em o filme ter o seu movimento natural.
Na realização Sarah Adina Smith tem aqui o seu trabalho mais visivel e significativo para uma realizadora relativamente jovem. O filme tem um bom enquadramento e bons momentos como um todo ainda tem alguma dificuldade em funcionar,
No cas este e um filme totalmente dominado por Melek de principio a fim, muito parecido com a sua construçao em Elliot Andersson funciona bem no limite da normalidade embora me pareça ser necessario mais versatilidade noutros papeis.

O melhor .- O risco narrativo.

O pior – Adormecer facil demais


Avaliação - C

Wilson

Apresentando em Sundance ainda que aparentemente fora da competição esta comedia, de Craig Johnson e normalmente uma daquelas que nos parecia inicialmente mais trabalhada para a vertente critica, que a funcionar a poderia impulsionar para o registo comercial. Contudo rapidamente se percebeu que na exigencia de Sundance as coisas não iriam ser explendidas para o filme já que as avaliações se tornaram demasiado medianas e sem grande sublinhado, o que fez com que meses depois o filme apenas estreasse em alguns cinemas selecionados e com resultados modestos.
Sobre o filme cada vez mais existe uma vertente do cinema que adopta um estilo parvo, baseado em caracteristicas exageradas de personalidades trabalhadas mas pouco vermosiveis, centrando o humor basicamente nestas caracteristicas. Normalmente estes filmes que acabam por ter alguns bons momentos comicos isolados, tem mais dificuldade em funcionar com coesão como um todo, e normalmente caem no erro do happy ending que faz mudar tudo que anteriormente fizeram questao de assumir. Em toda a linha este Wilson encaixa perfeitamente neste genero de comedia com as suas ligeiras virtudes e com os seus mais que muitos defeitos.
O problema começa logo na complexidade de uma personagem que para efeitos práticos do filme acaba por ser demasiado limitado. Ou seja grande parte do filme temos um ambiguidade entre uma ingenuidade idiota da personagem e uma ironia e cultura acima da media, o que é facil perceber que se tratam de caracteristicas normalmente não comuns na mesma pessoa. Depois a facilidade dos atalhos no filme, pouco trabalhados, de forma a tornar tudo mais simples, rapido e ao mesmo tempo sem sentido.
Gostando de algumas comedias indie pela forma como conseguem arriscar no conceito, não fui particularmente adepto desta que me parece que isola tudo na personagem e mesmo essa nem sempre e tao forte ou interessante como filme acha. E certo que em alguns momentos principalmente narrativos o filme até consegue ter graça mas na sua essencia passa mais vezes ao lado no humor do que propriamente concretiza.
A historia fala de um individuo de meia idade isolado, que vive para o seu cao, que de repente apos a morte do pai tenta reatar todas as relações pessoais do passado, em particular destaque com a sua ex mulher e com a filha biologica que descobre ter.
Em termos de argumento penso que mesmo sendo uma comedia de risco, nem sempre parece fazer as melhores escolas, apostando tudo na personagem central, que nos parece demasiado para a mesma. Um humor demasiado parvo, e mais que isso o happy ending totalmente contraditorio com tudo o resto do filme.
Na realização Craig Johnson e um realizador já conhecido por algumas obras de cinema que conseguiram conciliar valor critico e comercial. Aqui tem um trabalho acima do valor basico de produçao simples, mas nem sempre arrisca na abordagem que poderia ter dado uma roupagem diferente ao filme.
Por fim o cast. Woody Harrelson e o melhor actor a jogar com a ironia, mas o papel de incapacitado não encaixa, parece ser demasiado forçado e esta longe de ser um dos melhores trabalhos do actor, o que não e positivo tendo em conta que o filme depende em demasia da personagem. Bem melhor as secundarias Laurda Dern e Hoppe Davies.

O melhor – Alguns apontamentos de humor isolados.

O pior – O happy ending contradizer tudo o que vimos antes no filme.


Avaliação - C-

Tuesday, May 23, 2017

Before I Fall

Existe alguns filmes que mesmo com um conceito utilizado acabam por o reorganizar em contextos cinematograficos diferentes, muitas vezes baseado em livros conceituados e que acabam por eles proprios ser a publicidade do filme. Baseado no livro com o mesmo nome, esta foi uma das estreias de Março de 2017. Com quase nenhuma referência em termos de cast, o filme teve muitas dificuldades comerciais, com  resultados muito curtos principalmente para um filme que até conseguiu alguma distribuição. POr seu lado criticamente, avaliações medianas, o que para um filme totalmente de adolescentes e passado no liceu não se pode dizer que é um insucesso.
Sobre o filme, eu confesso que normalmente determinadas formulas como a repetição da cena ate ao sucesso, e algo já utilizado e em alguns filmes com sucesso, mas permite sempre que os filmes que adotam esta forma tenham um ritmo elevado, o que acaba por ser na maior parte das vertentes funcional na aproximaçao dos filmes ao publico. Aqui mesmo com muitos tiques de filme de adolescentes, esse ponto acaba por fazer com que a mensagem positiva seja ultrapassada, mesmo que com um pese dramatico demasiado intenso para um filme tao ligeiro.
Este e daqueles filmes que nao fosse a formula não habitual nos filmes semelhantes, seria daqueles filmes tao simples que dissolviam em muitos outros sobre as aventuras e desventuras de adolescentes no High School, com os cliches tipicos e situacionais que preenchem este tipo de filmes, sem grandes inovações. COntudo ao adoptar a estrategia do prender as personagens a um dia, acaba por em termos de mensagem ser mais sublinhada.
Mesmo assim parece-nos um filme que se vê de uma forma facil, com uma mensagem positiva, mas longe de ser um filme significativo em qualquer avaliação. Tudo acaba por ser demasiado simplista e previsivel, e em termos de abordagem poderia e deveria existir algum maior risco mesmo no uso da formula, que parece apenas utilizada sem qualquer tipo de tempero.
A historia fala de um conjunto de amigas, que no dia de uma festa, acabam por ter um acidente de carro, o que faz com que uma delas regresse frequentemente a essa manhã no sentido de tentar impedir que tempo regresse.
No que diz respeito ao argumento podemos valorizar o facto da adaptaçao desta formula a um filme sao simples e tao adolescente como este, mesmo que em termos claros nao seja um filme com muito conteudo ou inovação, sendo sempre um filme simples, previsivel com uma mensagem positiva.
Na realização Ry Russo Young e completamente desconhecida, pese embora ja tenha ganho alguns premios menores em filmes menos conceituados. Aqui tem uma realização simplista, arriscada mais na formula narrativa do que visual.
Por fim em termos de cast, um conjunto de jovens com mais ou menos conceito, sendo o protagonismo dado a Zoey Deutch uma atriz em ascensão com um papel tipico de alguem da sua idade, sem grande dificuldade, mas numa atriz que ja demonstrou alguns recursos dramaticos e comicos, a seguir com atençao no futuro.

O melhor - A formula a um género pouco comum.

O pior - Apenas inovar neste ponto

Avaliação - C

Saturday, May 20, 2017

Alien: Convenat

Eu confesso que quando vi prometheus, percebi que Ridley Scott se preparava para fazer deste spinoff de Alien algo com mais conteudo, mais existencialista, algo que me agradou, deixando-me na expetativa para como seria a ligação entre os filmes. Pois bem neste primeiro momento de união e já com o nome Alien, surge o segundo episodio com resultados comerciais proximos de prometheus sendo que comercialmente e em face do filme apenas agora ter ganho a luz do dia ainda não se consegue prever o seu impacto comercial.
Sobre o filme, depois de ter ficado positivamente impressionado com Prometheus, penso que este acaba por ser em longa escala, mais simplista, menos trabalhado, e mais alien do que prometheus. Alias o inicio do filme é mesmo isso, a tipica disputa interna na nave, o conhecimento de um monstro e depois a luta contra o mesmo, num filme sempre bem realizado mas que na sua fase inicial acaba por ser demasiado simplista, e igual a outros sobre perigos no espaço.
Com a entrada de David em cena, o filme ganha dimensão, e essa dimensão não se fica por um crescimento estetico e produtivo que é claro, mas tambem com a vertente narrativa, com a base e tudo e aquilo que ela em termos filosoficos original, Se bem que com muito menos profundidade do que no primeiro filme, o certo é que a explicação é dada com esse lado, mesmo que este filme tenha mais preocupação em nos dar o mitico monstro para depois começar com as sequencias de acçao e de luta ate ao seu ligeiro twist final, que ate acaba por ser expetavel.
Sendo claramente menos filme do que o primeiro, era natural que aqui tivessemos mais a simplicidade e o terror de alien já conhecido do que propriamente uma continuidade sobre a filosofia da nossa origem. Sempre com o empenho e profissionalismo de Scott penso que se tratara de uma boa continuação, sendo contudo na minha optica sempre um filme menor em todo o contexto do franchising.
O filme segue a nave Convenant, que depois de um acidente e ser reconstruida acaba por aterrar e tentar colunizar um particular planeta, habitado por uns seres estranhos, mas mais que isso com um robot com interesses muito definidos para a humanidade.
Em termos de argumentos e depois da base criacionista revelada em prometheus, temos menos argumento e mais simplicidade de processos, pese embora no final ainda consiga descongelar um ou outro dialogos mais profundo, e um simples mais superficial, mais de acção, com o twist final a funcionar pese embora alguma previsibilidade.
Poucos conseguem filmar o futuro como Ridley Scott, o veterano ingles parece sempre ser alguem que já fez tanto e de forma tao diferente que não tem uma assinatura comum. Aqui temos uma realização mais tradicionalista numa primeira fase e mais vistosa na segunda, mas como pai de alien so ele consegue potenciar ao maximo a historia.
No cast, relativamente ao primeiro filme apenas Fassbender resiste como os miticos robots, e aqui resite o segredo do filme em termos de interpretaçao. Embora menos vistosa do que em prometheus, novamente ele é o coração e o centro do filme, com uma interpretação novamente de grande nivel, e que torna David a figura central deste spinoff. No restante, alguma disponibilidade como heroina de acçao de Waterston, que para alem do mais chama a atençao pelas semelhanças com Ripley.

O melhor – Ainda ter muito de prometheus na fase final.

O pior – Ser claramente um filme mais simples do que o seu percursor.


Avaliação - B-

Table 19

Ao longo dos tempos os casamentos e os momentos antes e depois dos mesmos tem sido um campo de trabalho interessante para comedias essencialmente romanticas, mas quase nenhum alguma vez tinha dado importancia a reuniao de pessoas nas sempre complicadas constituidas mesas de casamento. Pois bem este ano num cinema comedia de segunda linha chegou este filme, que criticamente foi quase indiferente com avaliações com ligeira tendencia negativa e que comercialmente acabou por se tornar num filme com resultados consistentes principalmente para um filme que não conseguiu ter grande distribuição.
Sobre o filme eu penso que so a ideia de pegar na questão da mesa e das diferentes personalidades que ali se juntam e de louvar pois e uma materia que pode dar tanto ao cinema de comedia e que ate ao momento ninguem se tinha lembrado de o fazer. Sobre a forma como o filme funciona temos um misto entre uma comedia arrojada, politicamente incorreta dos nossos tempos, com uma comedia romantica mais tradicional. Pese embora não seja de primeira linha em nenhum destes pontos parece sempre ser mais funcional no primeiro lado do que no segundo, sendo que mesmo no primeiro nem sempre e um filme equilibrado.
E acima de tudo não e equilibrado porque não balança, pese embora o tente fazer o interesse das pessoas por cada uma das personagens que se sentam naquela mesa, podemos mesmo dizer que tem historias com componente comica diversificada para tocar varios pontos de comedia, mas tem algumas que simplesmente não funcionam como a diade de casal. Já no que diz respeito ao lado emocional da comedia romantica, acho que aqui o filme nem sempre consegue dar a vertente emocional com intensidade que o faça funcionar na maior parte do tempo, e aqui parece-me obviamente que a culpa acaba por ser da tentativa de dar um final que foge ao esperado mas que por isso não e devidamente preparado.
Mesmo assim num ano em que muitas das comedias não tem naturalmente graça, parece-me que esta tem alguns momentos interessantes, e tem a seu favor o facto de ser um filme com uma curiosidade interessante de ser todo ele ao longo de um curto espaço de tempo e com varios momentos. Nao sendo sequer um bom filme, pensamos que alguns dos objetivos do mesmo sao conseguidos e outros não.
A historia fala de um casamento onde a ultima mesa e constituida com as pessoas que não cabem em lado nenhum, entre os quais a ex namorada do irmao da noiva que espera um bebe do mesmo, e que foi trocada dias antes do casamento.
Em termos de argumento penso que mesmo tendo uma ideia de base interessante e que se lembrou de algo que quase ninguem o tinha feito, na potenciação tem momentos algos e baixos, com o defeito de não ter conseguido equilibrar no que diz respeito as historias paralelas secundarias.
Na realização Jeffrey Blitz tem como as suas obras mais conhecidas a colaboraçao na realização de The Office, aqui tem um processo simples, de realizaçao de comedia de serie B, pouco risco, pouca criatividade num filme que se limita a filmar os interpretes com toda a simplicidade.
No cast, Anna Kendrick e uma habitue no genero, principalmente em encarnar pessoas que não encaixam onde estão, aqui mais do mesmo numa actriz com dificuldade em sair da comedia. Nos secundarios menção honrosa para Squibb e para o facto de Kurdow e Robinson não combinarem como casal.

O melhor – O tema da mesa de casamento como centro da comedia

O pior – O desiquilibrio no peso e na graça das historias secundarias


Avaliação - C

Friday, May 19, 2017

Gifted

É normal quando um realizador de um cinema mais independente e mais emotivo, tem a oportunidade em cinema de maior dimensão e as coisas não resultam de uma forma perfeita, tentar dar um novo rumo a sua carreira regressando a um ponto de partida. Pode ser essa a análise do regresso de Marc Webb a um cinema mais emotivo, mais de personagens depois do seu Amazing Spider Man. O resultado deste filme criticamente foi algo mediano, pese embora as pessoas em geral tenham gostado do mesmo. Comercialmente para um filme que teve uma primeira abordagem em cinemas selecionados podemos dizer que teve um resultado bastante consistente.
Sobre o filme, não é o primeiro filme que fala de prodigios certamente e na dificuldade de adaptaçao dos mesmos aos diferentes contextos onde residem, mas acaba por ser um filme que tem uma reflexão com dois pontos bem diferenciados, o lado racional da potenciação das capacidades mas tambem na riqueza emocional e afetiva. Alias parece-me sempre que se trata de um filme mais emotivo do que racional na abordagem e isso faz com que na maioria do tempo, o filme nos de o lado mais intimo das personagens e menos a capacidadade das mesmas. Por isso parece-nos um filme mais talhado para um grande publico do que propriamente um objeto artistico ou uma obra prima.
O filme funciona bem principalmente na ternura que temos na dictomia da personagem central, entre a sua capacidade de raciocinio e a incapacidade para lidar com as situações interpessoais. Em termos de batalha legal ai parece-me que o filme torna-se mais vulgar, principalmente na segunda parte, mais previsivel, com menos detalhes que o conduz a por vezes ser redondante e pouco congruente entre a intensidade da batalha legal e a relação entre os seus intervenientes  fora dele.
O ponto que me parece menos interessante ou menos funcional no filme acaba por ser a sua conclusão. A necessidade que o filme tem em a sua conclusão ser um happy ending parece algo desconforme com a realidade como que dando a sensação que tudo o que o filme demonstra era desnecessário, já que a resolução do problema era tão obvia. E nisso penso que falta algum risco ao filme em debruçar realmente sobre as soluções para o problema e tornar a obra numa interessante e emotiva obra familiar de cinema instantaneo.
A historia fala de um tio que após o suicidio da irma acaba por ficar a cargo com a filha da mesma, dotada de uma capacidade extrema para calculos numericos. Integrada numa escola basica acaba por iniciar uma batalha legal entre a avó que deseja que a menor frequente uma escola especializada e o tio que apenas quer que ela seja uma menina normal.
Em termos de argumento a forma como o filme coloca o problema parece-me interessante, na medida que nos da dois vetores da mesma persoanagem, embora o filme de imediato adopte uma posiçao como sua. No final o filme cai em algum facilitismo na forma como tenta resolver o problema e aqui parece-me que o filme poderia ser mais arriscado na forma como define a sua conclusão.
Na realização parece-me claramente um filme demasiado simples na abordagem para alguem como Marc Webb que entre outras coisas tem 500 Days of Summer. Aqui temos um cinema simples com algumas preocupaçao em transmitir imagens bonitas na diade tia sobrinha e muito pouco de referente para alem disso. Parece um claro passo atrás em termos de dimensão no cinema de Webb.
No cast em confesso nao achar Chris Evans um actor com grandes recursos, ou que funcione em vertentes mais dramaticas. Aqui demonstra mais uma vez essas dificuldades num filme que merecia um actor mais intenso em aspetos emocionais. Melhor a menor Mckeena Grace, que acaba por ficar para si com todas as despesas do filme.

O melhor - A forma como emocionalmente o filme consegue colocar as questões certas da problemática.

O pior - A forma simples com que acaba por concluir uma questão bem mais complexa

Avaliação - C+

Thursday, May 18, 2017

The Last Word

Quando determinadas figuras do cinema chegam a uma idade tão avançada que nunca se sabe quando é que será o seu ultimo filme, é normal os estudios mais pequenos terem pequenas produções com as mesmas como protagonistas de forma a darem um ultimo momento de antena sob a forma de homenagem. Este ano foi a vez de Shirley Mclane ter o seu registo, num filme que passou indiferente perante a critica e que comercialmente acabou por ter um resultado interessante em face da curta distribuição quem sabe a justa homenagem a actriz.
Sobre o filme, não existe muita variedade sobre este tipo de filme, ou seja normalmente eles são repetivos e falam sempre sob personagens não resolvidas que tentam nos ultimos suspiros da vida encontrar o sentido para a forma como vao ser recordados. E nisso o filme e repitivo relativamente ao que já existia nunca conseguindo ter qualquer tipo de impulso que o se diferencia quer com os melhores quer com os piores do mesmo genero. Em termos de genero e um filme que tenta ser engraçado, mas normalmente arrisca pouco tambem neste conceito, ficando apenas a homenagem a McClaine e uma serie de boas indicações e mensagens semelhantes a muitos filmes.
Acredito que o protagonismo a uma pessoa com uma idade tão avançada não permite muito exprimentalismo na forma como o filme acaba por ocorrer, mas penso que no caso de McClaine ela demonstra no filme ainda alguma frescura fisica que podia dar mais risco, á acção, à personagem e tirar o filme do melodrama bacoco de domingo a tarde num filme que nos parece com um objetivo direto mas com pouca arte.
Mais referimos que o unico ponto que chama a si, para alem da disponibilidade fisica de McClaine acaba por ser uma boa banda sonora que demonstra um bom gosto musical, e uma serie de frases feitas mas positivas que acabam por se tornar a mensagem positiva de um filme, que nem sempre lida com as boas coisas ou não fosse sobre a morte.
A historia e peculiar, uma idosa isolada, com uma personalidade pouco apreciada pelos outros mas com muito dinheiro contrata uma escritora de obituarios para fazer o seu enquanto esta vida, na ansia de controlar tudo a sua volta.
Em termos de argumento a base narrativa do filme até pode ser diferente em alguns pontos mas na execução o filme torna-se particulamente semelhante a muitos outros sobre idosos, mesmo no teor e no genero e um filme que tenta ser suava mas nunca consegue ser engraçado ou tirar as personagens do esteriotipo.
Na realizaçao Mark Pellington e um realizador pouco conceituado que vai saltando do cinema para a televisao sem qualquer sucesso. Aqui pouco ou nenhum risco, num filme simples mas sem brilho.
No cast McClaine tem um ponto interessante que é a distreza fisica que comparando com outros actores e actrizes da sua idade deve ser valorizado. Por outro lado a personagem e simples, bem como tudo o resto no filme, Seyfried tem o lado emotivo do filme, algo que faz normalmente com alguma facilidade.

O melhor – A banda sonora

O pior – A incapacidade do filme inovar num genero já utilizado


Avaliação - C-

Tuesday, May 16, 2017

Fist Fight

Existem actores que ao longo da sua carreira dedicam-se em exclusivo à comedia, variando apenas o tema e os parceiros. Nos ultimos tempos quer ICe Cube mas principalmente Charlie Day são dois habitues no genero, sublinhando um humor fisico que em alguns deles tem dado alguns registos de sucesso, outros com menos. Este filme sobre guerra de estilos em pleno liceu, esteve longe de convencer, numa primeira instância a critica com avaliações maioritariamente negativas,  e comercialmente com resultados que para uma comedia de grande estudio esteve longe de resultados consistentes.
Sobre o filme, se existe genero que se torna facilmente apelativo em termos comerciais, é o de confrontos de estilo, ou seja o tipo de filmes que coloca em choque os polos, seja eles em que dimensão for. E nisso o filme com uma estrutura simples e com poucas preocupçaões de logica ou de mensagem acaba por ir decorrendo de forma fácil, com um humor muitas vezes fisico e incorreto, que ora funciona ora cai no absurdo exagerado.
Ou seja como a maior parte dos filmes com esta estrutura o seu desempenho esta muito dependente da forma como o humor do filme acaba ou não por funcionar junto do publico. E nisto parece-me que o resultado é demasiado misto, por um lado nem sempre o humor demasiado fisico torna-se engraçado, por outro lado o humor mais rude, mais sexualizado acaba por funcionar melhor, mesmo que esteja na maior parte das vezes a cargo de uma unica personagem e que essa esteja longe de ser protagonista do que vemos.
Ou seja um cinema juvenil, sem grandes preocupações de maturidade, de mensagem ou de lógica, com um objetivo claro comercial, e fazer render o estilo de dois protagonistas de estilos diferentes. Este genero acaba por ser cada vez mais comum, num cinema desprendido com o unico objetivo de colecionar dolares, o que ate acabou por nao ser o caso deste filme.
O filme fala de um professor frouxo, sem grande identidade que com receio de perder o emprego assiste a uma tentativa de agressao por parte de um professor mais duro, acabando por o denunciar, acabando de imediato por se ver envolvido numa luta com tal professor marcada para o final das aulas, e que em face das diferenças de atitude acabam por lhe provocar um receio abismal que conduz a que tudo faça para a luta não ocorrer.
Em termos de base da historia e mensagem é claramente um filme limitado, um filme de consumo rápido, sem grande envolvimento narrativo, ou grande originalidade. No que diz respeito ao humor utilizado é um filme mais dual contraponto um humor sexualizado que funciona em alguns momentos, e um humor fisico que se traduz menos capaz.
Na realização Richie Keen tem aqui o seu trabalho mais mediatico depois de uma carreira mais baseada na televisão. O trabalho é simples, com movimento e ritmo o que não deixa o filme adormecer, mas sem grandes toques de autoria no resto do filme.
No cast Charlie Day e Ice Cube como a maioria dos actores comedia repetem constantemente o esteriotipo de ambos como actores e comediantes. Numa contrposição de estilos funcionam melhor em conjunto do que separados, num filme com pouco mais que estas definições gerais.

O melhor - Alguns apontamentos de humor

O pior - A falta de uma mensagem diretiva e significativa

Avaliação - C

Sunday, May 14, 2017

Absolutely Anything

Pode uma comedia suscitar tanta curiosidade e posteriormente se tornar num filme tão pouco aperciado e quase incognito na maioria dos mercados. A resposta baseada neste filme é claramente sim. Um filme que marcava a ultima presença num filme de Robin Williams e que mais que isso trazia o grupo de Monthy Python novamente juntos, bastava isso para ter buzz para uma realidade interessante, contudo as primeiras e muito mas avaliações acabaram por condicionar um filme que apenas dois anos mais tarde viu a luz do dia nos EUA e com quase nenhum tipo de sublinhado.
Sobre o filme é obvio que quando vamos para um filme realizador por um dos comicos de maior sucesso na inglaterra, com outro como protagonista, estamos a espera de um filme de primeira linha em termos de humor, algo que o filme na realidade nunca consegue ser, acabando por na maior parte das vezes ter uma estrutura de humor demasiado tradicionalista e pouco funcional, com um humor que na maior parte das vezes se limita a componente fisica sem qualquer tipo de trabalhado.
Mas não e apenas no humor que me parece que o filme deveria ser mais potenciado, no que diz respeito a narrativa central, parece-me um filme demasiado tonto na sua abordagem e na sua formula. Para funcionar uma historia tipica dos anos 80 nestes dias tinha de ser uma abordagem diferenciador, não so no argumento mas tambem na realizaçao e o filme acaba sempre por ter uma apresentação tradicionalista o que não lhe da em momento algum grande graça e mais que isso rapidamente se dissolve entre outras comedias baratas de baixo orçamento.
O problema deste filme e mesmo a expetativa nem nos Monthy Python e mesmo em Simon Pegg estamos habituados a um humor ingles mais refinado, mais falado e menos fisico, aqui temos algo demasiado tradicional, algo que poderia ter resultado nos primordios dos comediantes aqui envolvidos mas nunca no seculo atual, mais exigente e numa sociedade que muito mudou naquilo que a diverte.
A historia fala de um pseudo escritor e professor que de repente ganha a possibilidade de obter tudo que deseja, como forma de um extraterrestres exprimentar a bondade nos habitantes da terra e decidir ou não a sua continuidade.
No que diz respeito ao argumento penso que em nenhuma das suas vertentes ele funciona na realidade, nem na base da historia, que me parece demasiado tonta, nem na concretizaçao do humor, demasiado fisica e tradicionalista.
Terry Jones uma das figuras de proa dos comediantes Monthy Python tem aqui um trabalho demasiado tradicional, numa abordagem sem grande toque de autor, numa produçao aparentemente moderada, e que não permite disfarçar por si so um argumento tambem ele sofrivel.
No cast parece obvio que nos dias de hoje Pegg e o mais parecido com Monthy Python que existe dai que a sua colaboraçao me parece interessante, tem a capacidade do tipico humor ingles e fisico, dai que não seja por ele que o filme fica limitado. Beckinsale parece mais perdida no terreno da comedia, e Williams e sempre uma escolha de primira linha para fazer vozes, merecendo obviamente um filme mais completo para a sua despedida.

O melhor – A voz de Williams

O pior – A expetativa resultar num filme pequeno a todos os niveis


Avaliação - D+

King Arthur: Legend of Sword

Nos ultimos tempos Guy Ritchie tem passado do cinema independente britanico para adaptaçoes com cunho de autor de algumas das figuras maiores da literatura britanica. Depois do sucesso de Sherlock Holmes, surge agora um projeto que visa colocar todos os cavaleiros da tabua redonda no ecrã, começando pelo mais conhecido ou seja Rei Artur e a sua Excalibur. Pese embora a ambição deste projeto criticamente as coisas não foram brilhantes para o realizador com as avaliações a serem medianas quase negativas, e as primeiras notas comerciais a demonstrarem que este filme esta longe do sucesso que a industria vaticinava.
Sobre o filme, se existe ponto indiscutivel no filme é a assinatura de Ritchie como autor do mesmo, a forma da narrativa, com relatos fragmentados de historia e adaptaçoes muito utilizada pelo realizador no seu cinema de base esta bem presente no filme e acaba por ser o cunho do artista. Contudo parece nos que esta opção num filme de grandes massas e de ação como este não é a mais eficaz, porque acaba por tirar ritmo e objetividade a um filme que na base tem que ter estes pontos, tira-lhe alguma universalidade para o tornar numa adaptação Guy Ritchie que os adeptos do realizador vao aceitar embora o resto da historia não seja o seu terreno, os restantes vao achar estranho.
Em termos de produçao o filme tem mestria na forma com que as sequencias de ação sao realizadas, com realismo com originalidade, denotando-se a clara diferença do filme realizado por um tarefeiro de hollywood com a roupagem que aqui temos. E uma abordagem diferenciada na forma de transmitir as imagens que diferencia pelo menos na forma o filme de outros grandes blockbusters deste ano.
Ou seja um filme estranho parece-me obvio que pelo menos neste registo Ritchie não encaixa perfeitamente pelo menos em termos narrativos com o que um filme de ação, paranormal, e de epoca necessita, o resultado e estranho com apontamentos de autor de qualidade mas na base um objeto muitas vezes pouco coerente.
A historia fala na vida do Rei Artur na forma como acaba a ser criado num bordel e a sua descoberta como herdeiro de um trono que lhe foi roubado e a tentativa de voltar a conquistar o que é seu por direito e determinado pela mitica espada excalibur.
Em termos de argumento temos a base da historia conhecida que em face da sua dimensao e dificil de alterar, e temos uma abordagem ritchiana na forma de a contar, que na minha opiniao não funciona, tornando a objetividade da historia muito confusa. Melhor Ritchie na forma como caracteriza as suas personagens com a rebeldia caracteristica dos seus filmes.
Ritchie e um bom realizador, com muitas capacidades e variado, que tem assinatura propria. Muitas vezes parece e tentar abordar projetos pouco condizentes com o seu estilo de cinema e torna-los obras pouco coesas como e o caso desta. Isto fez com que o realizador acabe por ficar longe do seu colaborador Matthew Vaugh muito mais certeiro em filmes para todo o publico.
No cast penso que o filme fez boas escolhas Hunnam parece-me um realizador com faculdades, que consegue conciliar a disponibilidade fisica com carisma e sentido de humor, bem como Law parece em boa forma neste momento quer seja para protagonista quer para vilão.

O melhor – A realização de Ritchie tem bons momentos.

O pior – A narração dos factos versão ritchie não encaixa num filme de epoca de ação


Avaliação - C

Saturday, May 13, 2017

The Fate and Furious

Dezasseis anos depois e oito anos de muitas mudanças, avanços e retrocessos regressa aqui o oitavo capitulo de uma das mais famosas saga do cinema, que junta acção, mulheres e carros no cocktail perfeito, que parece nada derrubar, nem mesmo a morte de um dos protagonistas, que acabou por dar ao filme o carisma emocional que lhe faltava. Por isso não é de surpreender que este novo filme, mediano em termos criticos como a maioria dos filmes da saga se tenha tornado de forma instantanea um sucesso comercial tremendo fazendo desde já prever a continuidade proxima.
Eu confesso não ser adepto deste franchising, parece-me sempre um simples filme de acção, com argumentos basicos e cheios de cliche e frases soltas, cujo unico sentido são sequencias interminaveis de acção envolvendo carros e uniao entre personagens. O unico filme que diferenciou-se um pouco deste ponto foi o quinto, aquele que revitalizou a saga, mas novamente voltou-se a sequencias ocas, de filmes pouco potenciados e de narrativas basicas, ou seja contexto apenas para destruição de carros e efeitos especiais.
Algo que não gosto na saga e que este filme acaba novamente por trazer e a constante mudança de lado das personagens que acabam por lhe retirar qualquer coerencia as mesmas, mas mais que isso também acaba por não funcionar na coerencia do filme em si, que parece desistir do argumento já de si completamente basico para fazer tornar a equipa de actores mais fortes, um pouco proximo daquilo que Stallone fex com os Mercenarios. Em termos de novidade muito pouco, vingança, acção, uma vilã muito pouco trabalhada que resiste apenas pela escolha de Theron, e muitos milhoes no bolso, ou não fosse a escolha preferida daqueles que uma vez por ano vão ao cinema.
Parece-me contudo que o unico ponto onde a saga pode continuar se trata no lado da espetacularidade das sequencias e ai sendo um dos filmes maiores de grande estudio as sequencias de acção funcionam, em tudo o resto o vazio de ideias que já vem dos ultimos filmes, e que dificilmente sera alterado.
A historia Dominic acaba por ter de ajudar uma terrorista informatica a ter na sua posse armas, de forma a tentar salvar a vida do seu filho. Isto faz com que tenha que ir contra a sua equipa, ou melhor familia.
Em termos de argumento nada de novo, a tipica historia de filmes de acção simples, um humor a cargo de uma unica personagem e mesmo esse nem sempre totalmente funcional, nenhum risco e nenhuma alteração substantiva ao que já tinha sido visto, ou seja podemos facilmente dizer que isto e como levantar dinheiro de uma conta recheada.
Em termos de realizaçao sempre pensei que a escolha de Gary Gray depois de Straight Outta Compton podesse dar ao filme mais identidade na realização, mas acaba por termos aqui mais do mesmo, ou seja o tipico filme de um qualquer tarefeiro, parece-me um passo atras de um realizador que já teve outros voos.
No cast, o grosso do cast sao personagens repetidas e por isso ligadas aos seus interpretes, nas novidades Theron num papel com pouco carisma mesmo para uma vila de um filme mediatico, penso que a sua personagem e pouco trabalhada e pouco intensa. Um filme de acção com Diesel, Statham e The Rock, funciona sempre bem nos elementos base.

O melhor – A nivel tecnico e um filme arrojado

O pior – A incapacidade de arriscar num guião pelo menos mais maduro


Avaliação - C-

Friday, May 12, 2017

Rock Dog

Cada vez mais o cinema de animação está centrado em dois ou tres estudios sendo tudo o resto tentativas frustradas de algum sucesso que acaba sempre por resultar em filme pouco ou nada interessantes, com vozes mais ou menos conhecidas e que passam de forma totalmente silenciosa pelos cinemas de todo o mundo. Mais um registo de uma distribuidora e produtora mais pequena e este Rock Dog, que recebeu criticas demasiado medianas para ter algo significativo e pior que isso comercialmente simplesmente não existiu para os parametros habituais de um filme de animação.
Depois de ver este filme é facil integra lo no estilo de filme mais pequenos, de produção baixa com a tentativa de juntar o mundo dos animais e a musica mas sem a capacidade de tornar o filme em forte em nenhum parametro. Desde logo na estetica da animação é gigantesca a diferença entre os filmes das maiores com estes na definição das personagens na perfeiçao e o realismo das squencias, são mundos completamente diferentes.
Mas os problemas do filme também são narrativos, se a mensagem da esperança nas nossas qualidades e dedicação a causa ate pode ser positiva parece-nos obvio que no que diz respeito ao conteudo e a forma como o filme nunca consegue fazer imperar bons dialogos, personagens interessantes e principalmente quando nunca consegue ter um humor objetivo, para um filme de animação de imediato os objetivos parecem perdidos, mesmo que haja boa vontade de transmitir uma mensagem positiva.
Ou seja Rock Dog e na essencia um filme insignificante que os mais pequenos ate podem ficar agradados, mas que dificilmente preenchera a memoria, ou ficara registado como o filme a repetir. Cada vez mais temos filmes de animaçao com ideias repetidas, este por exemplo vai buscar alguns pontos a Sing, com claro muito menos mestria em cada um dos parametros de avaliação.
O filme fala de um cão de guarda que apos descobrir um radio insiste na sua paixao pela musica e decide vir para a cidade onde se liga a uma rock star algo excentrica na tentativa de seguir o seu sonho.
Em termos de argumento é um filme pouco trabalhado, a ideia de base esta longe de ser original, a concretização da mesma parece-nos muitas vezes pouco potenciada, e principalmente em termos de humor, fundamental para qualquer filme de animaçao resultar, a coisa é demasiado modesta para ter qualquer objetivo concreto.
A realizaçao do filme esta a cargo de um ex ajudante da pixar, Ash Brannon que já anteriormente tinha tentado o leme da animaçao sem grande sucesso, aqui claramente os meios produtivos acabam por limitar o alcance do filme mas fica a ideia que mais poderia ser feito.
No leque de vozes, actores serie B em personagens pouco exigentes deixa pouco espaço de analise neste parametro.

O melhor – A mensagem positiva

O pior – E escasso para um filme de animação com distribução wide.


Avaliação - D+

Thursday, May 11, 2017

Their Finest

O cinema britanico nos ultimos tempos tem conseguido lançar uma vaga nova de realizadores que a determinados momentos das suas carreiras acabam por se tornar mediaticos com filmes felizes. A realizadora Lone Scherfig depois de An Education e a nomeaçao do filme para melhor filme, acabou por entrar nesse patamar, mesmo que posteriormente nunca tenha conseguido voltar a ter esse sucesso. Pese embora tal facto este filme ingles foi muito bem recebido pela critica embora incapaz de se intrometer na guerra pelos premios. Em termos comerciais ao ser um tradicional filme britanico os resultados foram mais escassos, mesmo assim consistentes pensando que com outra distribuição nos EUA, poderia ter sido um candidato no ano passado.
Sobre o filme a junção de amor, guerra e cinema e algo que normalmente junta diversos ingredientes do agrado da critica, este filme é a plena junção dos mesmos, com uma dose de humor que torna o filme mais ligeiro, mesmo nos momentos mais intensos dramaticamente. Não sendo uma obra prima narrativa, caindo mesmo em alguns momentos em cliches, tem bons momentos de curiosidade principalmente nos avanços e recuos de fazer um filme, com a toada ligeira que lhe da um tom agradavel, sendo que na parte final o filme opta por uma intensidade emocional que tambem resulta e que faz pensar que neste filme como uma exploração de diversas emoçoes.
Penso contudo que mesmo com estas qualidades bem sublinhadas esta longe de ser um filme marcante, é um filme quase sempre melhor executado do que artistico, tem os seus momentos muito por culpa de detalhes que sublinham algumas opçoes principalmlente na forma com que o filme dentro do filme é exibido aos espetadores, o grande detalhe qualitativo do filme.
Ou seja um filme que nos parece uma ideia interessante, rigoroso na sua forma de ser efetuado mas que pensamos que poderia ser mais artisitco, a exploração de diferentes emoçoes torna-o por momentos algo desiquilibrado, com melhores resultados no lado de comedia do que no melodrama final. A historia de amor, mesmo com bons momentos poderia ser mais potenciada.
A historia fala de uma jovem argumentista para um filme de propaganda que acaba por ter dificuldades na produçao do filme, enquanto ve a sua vida amorosa e familiar dar uma volta que a coloca em dificuldades de decidir os seus objetivos.
Em termos de argumento tem uma ideia de base interessante, original, e que na sua potenciação não sendo totalmente equilibrada funciona, principalmente com melhores momentos de comedia do que propriamente em termos de drama.
Lone Sherfig e uma realizadora de detalhes mais do que obras completamente artisticas, aqui tem momentos deliciosos principalmente no filme dentro do filme, no restante o tradicionalismo britanico que fica sempre bem em filmes como este.
No cast pouco risco Arteton e Claffin sao actores britanicos puros, com intensidade dramatica e comica, em papeis na maior parte do tempo simplistas. Nighty e o terceiro elemento de um filme que nao exige muito dos seus interpretes.

O melhor  - O filme dentro do filme.

O pior - A pouca potencia da relação amorosa central

Avaliação - C+

Sunday, May 07, 2017

Guardians of Galaxy Vol 2

De todos os sucessos instantaneos da Marvel poucos conseguiram impor-se num registo tão diferenciado como este Guardioes da Galaxia. Dai que não foi nada surpreendente que a equipa se reunisse para um segundo capitulo, e provavelmente para os proximos. Depois do sucesso critico do primeiro filme, este segundo foi recebido com menos entusiasmo e menos surpresa, mas tambem conseguiu criticas essencialmente positivas. Comercialmente os primeiros resultados deixam advinhar mais um sucesso para o mundo Marvel, algo que atualmente já é uma naturalidade.
Sobre o primeiro film escrevi aqui que achei sempre um filme de promenores mais do que um bom filme de acção, ou uma historia de base muito interessante. Pois bem neste filme acho rigorosamente a mesma coisa, um filme que tem uma historia de base sofrivel e quase sempre monotona, mas que ganha nos detalhes e aqui temos o lado humoristico cada vez mais potenciado em cada uma das personagens, neste filme muito mais Drax, temos a banda sonora que tem tanto de revival como de disparatada na forma como acaba por integrar cada sequencias, acabando por funcionar em elementos comicos, e a caracterização das personagens.
Todos estes pontos fazem o filme ser mais curioso e engraçado do que espetacular, mesmo sendo um blockbuster de grandes dimensoes as quase duas horas e vinte de filme parecem-me demasiado longas para aquilo que o filme na essencia e na intriga acaba por ser existino pontos da historia que ate acabam por ser desleixados como os ataques de Ayesha, e outros que não são mais que bases narrativas lineares.
Mesmo com estes valores e alguns defeitos, Guardioes da Galaxia e o lado rebelde em termos de execução de filme da Marvel, um filme incorreto, ou que o tenta ser mas que entrou no gosto dos adeptos mais generalistas do cinema e deu o pontape de partida para os blockbusters do presente ano.
A historia segue o grupo na forma como tentam guardar a galaxia, até que Peter, mais conhecido por Star Lord acaba por conhecer o seu progenitor, o que lhe vai causar a duvida de seguir o legado dele, ou continuar no seu estranho e peculiar grupo.
Em termos de argumento este filme parece muito detalhado em promenores que façam o filme se diferenciar em termos de genero e humoristico mas por vezes pouco trabalhado na acção central, que como no primeiro filme parece-nos demasiado simplista e sem qualquer tipo de surpresa.
James Gunn e o pai da saga e aqui sabe tirar o lado estetico do filme para o lado mais proprio, principalmente na integraçao da musica. Criou uma roupagem muito propria para o filme sendo dificil no futuro dissocia-lo da saga como o contrario.
No cast as escolhas quer de personagens quer de vozes parecem encaixar perfeitamente naquilo que cada personagem necessita, e isso e merito de um cast mais que espetacular eficaz. Um filme com poucas novas inclusões, apenas com mais destaque a uma e outra personagem.

O melhor – O estilo de humor do filme.

O pior – Na acção central ser um argumento pouco trabalhado para tão longa duração


Avaliação - C+

Friday, May 05, 2017

The Comedian

O mundo do stand up comedy é em termos de comedia um nicho para filmes quase biográficos, que tentam explorar os diferentes tipos de humor nesta arte mas também demonstrar a dificuldade dos artistas que se dedicam a tal forma de expressão. No final do ano passado e em plena luta pelos premios foi lançado este filme, liderado pelo experiente Taylor Hackford e com um elenco recheado de velhas glórias. A priori tudo parecia ter bom terreno para andar, mas as criticas excessivamente medianas, conjugadas com algumas mesmo negativas, acabaram por colocar de lado todas as aspirações do filme enquanto vencedor de premios. Muito por culpa desta má recepção critica o filme foi atrasado para Janeiro e apenas em cinemas selecionados e o resultado comercial foi também ele muit aquem do que o filme poderia valer noutras circunstancias.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme tradicionalista, a forma de narrativa corrida, quase a fazer lembrar Woody Allen, mas que tudo pela música que neste caso acaba muitas vezes por ser irritante, parece ser sempre melhor em termos da historia e alguns apontamentos de humor, do que propriamente pela abordagem que parece sempre ser demasiado básica para um filme que na forma como foi construido e constituido parecia ter objetivos maiores do que realmente ser um filme agradável.
Mas mesmo assim parece um filme interessante, com alguns cliches retirados dos filmes menos famosos de Barry Levinson, mas quase sempre bem interpretado por um naipe de consagrados que levam o filme para um caracter nostalgico que acaba por se tornar um dos pontos mais vincados do filme. Em termos de humor nem todas as sequencias funcionam da mesma maneira, pensado que o filme adquire melhores momentos no exagero de algumas situações mais subtis do que quando tenta um humor mais fisico.
Por tudo isto parece que mesmo não sendo um filme de primeira linha, com uma abordagem mais artistica mais diferenciadora, e acima de tudo menos tradicional o filme poderia e deveria ter um peso diferente, de um filme quase não visto e que saira para muitos completamente desconhecido.
A historia fala de um humorista conhecido por uma personagem numa sitcom que tenta continuar a sobreviver no mundo do humor, tentando se desligar da personagem que lhe deu toda a fama, no momento em que conhece uma mulher mais nova a quem se liga.
 Em termos de argumento podemos dizer que a base e simplista, em termos de humor pese embora por vezes tenha bons momentos não podemos dizer de toda a forma que se trata de um filme equilibrado, sofrendo algumas oscilações entre momentos. Na forma como o filme evoluiu penso que vale mais pela homenagem, mesmo sendo um filme coerente e objetivo nos seus propositos.
Realizar um filme é a forma como se dá roupagem aquilo que vamos contar, Hackford e um realizador experiente mas que ao longo da sua carreira foi colecionando altos e baixos. Aqui parece que com mais arrojo o filme poderia e deveria ter funcionado melhor, com mais dimensão e penso que aqui Hackford foi demasiado tradicionalista e nao deixou o filme crescer.
E interessante a reunião de consagrados no filme, De Niro tem uma interpretação proxima daquilo que habitualmente faz em comedia, que dá o lado bipolar que a personagem precisa, nunca sendo uma obra prima para premios como chegou a pensar-se, neste personagem. Nos secundarios penso que Mann funciona muito bem no lado sensivel das personagens, e os restantes valem pela presença.

O melhor - A forma como debruça sobre altos e baixos de uma carreira

O pior - Penso que merecia uma realização mais arrojada.

Avaliação - C+

Monday, May 01, 2017

Colossal

Existe projetos que chamam a atenção de grandes estrelas em momentos muito proprios das suas vidas que temos dificuldade de integrar dentro da carreira das mesmas. Muitos poderão questionar o que Anne Hathway viu neste estranho filme independente, de um realizador Espanhol, que pese embora tenha sido bem recebido nos festivais onde foi lançado, não lhe permitiu grandes voos, e comercialmente estreou quase um ano depois em poucos e selecionados cinemas mas cuja a presença de algumas figuras conhecidas acabaram por permitir resultados visiveis.
Sobre o filme eu confesso que este tipo de filmes com uma base narrativa completamente estranha, mesmo que em momentos originais parece me a mim ter menos espaço na mais pragmática industria americana. Este e o tipico filme que pensamos não ter sentido, mesmo quando as peças se começam a ligar, e nos despertam alguma curiosidade mesmo que o resultado esteja sempre longe de ser extraordinario, sendo sempre mais curiosos do que brilhante.
Em termos de personagens podemos dizer que narrativamente é um filme simples, naquilo que na base e os conflitos e a mensagem que a propria narrativa quer transmitir, contudo a abordagem diferenciador e bastante peculiar acaba por ser o que em larga escala diferencia um projeto ambicioso, arriscado e que na minha opinião acaba por ter mais dimensao pela presença desse mesmo risco do que pelo resultado em si.
OU seja um filme para mentes mais abertas, para aqueles que gostam de um cinema menos tradicional, sem grandes meios e com grandes actores pode-se arriscar, tornar algum estranho em funcional, sem nunca perder o seu real absurdo. Num filme claramente independente e para minorias temos por vezes momentos de risco que deve ser valorizado mesmo quando o resultado final esta longe de ser uma obra prima.
O filme fala de uma alcoolica jovem que perdida nos seus relacionamentos regressa a sua terra de origem e ao conforto de um amigo de infancia altura em que percebe que ambos tem dois monstros em seul que replicam aquilo que eles fazem num espaço definido.
Em termos de argumento e facil perguntar se uma historia assim consegue ter sentido. A resposta e misto, se em termos de mensagem o filme acaba por ser simples e objetivo na mesma, a forma nem sempre nos consegue distanciar do absurdo de tudo, mas a criatividade e o risco estão presentes.
Na realização o espanhol Nacho Vigalonodo ainda relacionado apenas com o cinema de terror tem um trabalho simples sem grandes meios, quase ternurento nas suas criaturas, mas ainda um realizador pequeno, sem grande sentido estetico num filme que poderia ter uma abordagem tambem diferenciadora na realizaçao como tem no argumento.
No cast Hathway tem um papel simples, num filme que vale pelo argumento e que não pede mais que o valor medio da atriz, a escolha de Sudekis parece-me mais arriscada e não acho que seja a mais util para uma personagem tão peculiar como a sua, mas por vezes realizadores tambem arriscam em tentar mudar carreiras de actores de comedia, para personagens mais serias, mas penso que aqui as coisas não foram totalmente funcionais para o filme.

O melhor – A coragem de numa historia simples, fazer algo completamente diferente.

O pior – Nem sempre consegue disfarçar o sem sentido da base


Avaliação - C+