Sunday, June 26, 2016

The Conjuring 2

Como todos sabemos com excepção de James Wang não tem existido realizador nenhum que se dedique ao mundo do cinema do terror capaz de produzir sagas e ainda para mais com sucesso comercial e critico. Se o realizador já esteve perto deste feito com Insidious, conseguiu-o plenamente com Conjuring, que neste segundo capitulo segue os passos do primeiro filme reunindo não só um sucesso comercial sempre mais facil de atingir por parte dos filmes de terror mas tambem um sucesso critico.
Sobre o filme, não é novidade que os filmes de terror são demasiado esteriotipados e as historias são sempre mais ou menos semelhantes, mudando apenas o contexto e a produçao, neste particular Conjuring e mais do mesmo, narrativamente falando e mais uma vez o disco riscado do poltergeist ou do exorcismo, sem mais nem menos aquisiçao do ponto de vista da linha de base do filme, dai que estamos perante um filme que no seu desenvolvimento não nos surpreende e deixa-nos alias como todos os filmes de terror com a sensaçao, estou farto desta historia.
Então, o que faz um filme como este se diferenciar dos outros nas avaliações, pois bem, desde logo a realizaçao. Se existe alguem que consegue dar toda a expressao visual do terror nos seus filmes é Wan, e pior que isso ele esta a aperfeiçoar o nivel estetico de todos os filmes, acabando o mesmo por se tornar um conjunto de frames fantasmagoricos e de situaçoes de terror realizadas com total mestria. O que potencia isto, e que o medo realmente existe e no fim fiquemos impressionados com o terror real do filme, e isso não esta ao alcance de muitos.
Depois de explorarmos o melhor e o pior do filme, um ponto que eu penso que e claramente dual, que e o baseado em factos reais. Pois bem pese embora o filme alimente a possibilidade de ser tudo criado, penso que a forma claramente certa com que o filme se assume, me parece obviamente propaganda falaciosa. Existia espaço para o filme por mais em causa este ponto, o que acaba por so abordar entrelinhas. Mas tambem quando se fala de um biopic dos Warren, teria sempre que ser a prespetiva dos mesmos das coisas.
A historia segue o casal Warren, que agora tem de se deslocar ate ao Reino Unido, a uma familia que se encontra a ser totalmente tomada por algo paranormal, tendo para alem disto os Warren que lotar contra uma visão perigosa do futuro.
O argumento e mais do mesmo, se existe ponto em que penso que is irmãos Hayes ainda não conseguiu melhorar muito e naquilo que realmente os seus filmes sao em termos narrativos, na historia, nos dialogos, no desenvolvimento do filme. Aqui tinha espaço para uma discussao entre prespetivas o que nunca abraçou preferindo mais do mesmo.
Em termos de realizaçao Wan esta no plano oposto, ou seja de filme para filme, ele sabe melhor potenciar o efeito das suas imagens dos seus objetos no espetador para tornar tudo mais assustador. Facilmente se pode considerar Wan o melhor realizador de terror da atualidade e este o seu melhor trabalho como reaizador.
No cast pouco ou nenhum risco, Wilson e claramente uma figura que Wan gosta e potencia na sua ambiguidade, aqui não tem um papel dificil e ainda há tempo para os seus dotes vocais. Farmiga tem mais argumentos dai que a sua personagem seja sempre mais trabalhada, dentro das limitaçoes obvias do terror. Os dois funcionam bem e sao já as imagens do filme.

O melhor – A forma como Wan consegue potenciar cada vez mais o terror nas suas imagens

O pior - O argumento ser na base mais do mesmo.


Avaliação - C+

Whiskey Tango Foxtrot

Requa e Ficarra tornaram-se nos ultimos anos como os impulsionadores de um tipo de cinema no minimo estranho, ou seja filme que juntam ao mesmo tempo o lado da comedia em historias de base bem diferentes com um lado serie e com uma mensagem clara sobre assuntos diversos. Este ano em clima de jornalismo de guerra surgiu este particular filme que em termos de resultados criticos foi no segumento do que a dupla de realizadores nos habituou uma mediania ligeiramente positiva, mas insuficiente para sublinhar-se neste particular. Ja em termos comerciais o filme esteve longe de cumprir os seus objetivos algo que os outros filmes da dupla conseguiram de uma forma mais facil.
Este genero que segue em muito esta dupla de realizadores não é facil de ser uma aperciavel, principalmente porque e um genero com muitas dificuldade em termos daquilo que realmente transmitem ao espetador já que o tema é serie, e em grande parte e pensado dessa forma mas depois cai num humor demasiado fisico e com pouca graça e que tem nos protagonistas do filme a sua maior implementaçao. Talvez por esta dificuldade do filme em encontrar o seu registo, o filme tem dificuldade em se assumir perante o espetador que rapidamente o considera aborrecido e questiona por diversas vezes onde é que isto vai chegar.
É um filme com algumas sequencias interessantes, principalmente no choque cultural entre personagens, bem trabalhado, com significado e mesmo em alguns momentos com uma humor que funciona ainda que ligeiramente. Por outro lado tambem alguma originalidade na forma como o filme conjuga em opostos as sequencias de acçao e o lado mais musical, de uma banda sonora no minimo supreendente. Mas estes apontamentos positivos não deixam de disfarçar no competo geral um filme apagado, que lhe falta intensidade e um plano mais objetivo que assumisse em si um estilo de qualquer forma.
Dai que muitas das vezes os problemas do filme é claramente encontrarem o seu rumo, o seu objetivo, aqui ficamos a meio caminho entre um filme serio sobre personalidades em contexto de guerra, e uma satira sobre as mesmas. O filme é demasiado serio para o segundo ponto, e demasiado engraçado para o primeiro. Nem sempre o filme consegue encontrar tambem o ritmo adequado a uma historia como esta.
A historia fala de uma jornalista que acaba por aceitar ir para o afeganistao e tornar-se uma reporter de guerra. De repente algo que seria temporario acaba por se tornar a sua vida em luta pelo reconhecimento e a fama enquanto reporter mas que lhe podera custar o seu modo de vida e mais que isso a personalidade.
O argumento pese embora tenha um tema interessante, tem como todo o filme dificuldade em encontrar um estilo, os balanços sucessivos entre drama e comedia, não permitem que o filme consiga encontrar o seu ritmo, e mesmo tornar as personagem objetivas e isso acaba por tornar o filme insuficiente com excepção de um ou dois momentos de confronto cultural e de apontamentos comicos.
A dupla de realizadores aqui em questão ainda procuram a sua obra de referencia, aquela que os vai fazer sentir uma dupla marcante no cinema. Comedias com o conteudo sao diversas, e com excepção de Crazy Stupid Love os seus filmes nunca conseguiram ter um impacto algum no genero e isso é ainda limitado no alcance da dupla como cineastas.
No cast obviamente escolhas de comedia para um filme que nunca o é nos seus objetivos mais a fundo, Fey e Freeman sao actores muito iguais, funcionam bem na comedia onde fizeram toda a carreira, quando o filme exige o lado mais romantico ou mesmo mais dramatico as coisas sao mais dificeis. O filme exigia talvez uma dupla mais completa mesmo que o filme acabe por nesta intermitencia de genero não ser positivo para qualquer actor. De todos os interpretes e Bob Thornton o que melhor funciona na ambiguidade do filme.

O melhor – Apesar de tudo tentar entrar na cabeça de um jornalista de guerra e um exercicio auspicioso.

O pior – A incapacidade do filme em duas horas nunca ter conseguido definir a sua toada e a sua roupagem


Avaliação - C-

Friday, June 24, 2016

Miracles From Heaven

A religião tem nos ultimos dois ou três anos ganho um particular destaque no cinema, principalmente com lançamentos planeados em epocas mais mortas do ano cinematografico, ou mais liturgicas em filmes sobre fé, muitas vezes baseadas em historias veridicas. Este ano e já com mais figuras de proa surge mais uma dessas historias, que teve o percurso esperado, desde logo criticamente com uma mediania que não lhe permitiu grandes andanças, já comercialmente e principalmente comparado com alguns filmes que foram lançados no mesmo periodo podemos considerar que o filme obteve resultados consistes que vao significar o nascer de outros projetos muito semelhantes.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme obvio, o tipico caso de familiar, e onde as emoçoes sao exploradas a exaustao, a primeira fase e simplista como deveria ser um filme de serie B, sem muita preocupação em questionar ou carateristicas dos personagens, o filme na fase inicial explora o lado emocional da situaçao, sempre com recurso a mesma personagem. Na parte final entre a parte idilica e mais dificil de gostar, já que quem gosta da primeira parte pela sua simplicidade não pode ficar profundamente agradado com a segunda.
No resultado final temos uma mistura a meu ver disfuncional entre um filme simplista de qualidade sofrivel e uma exercicio sobre fe, relegiao milagre exagerado tornando a tonica do filme no drama familiar e da personagem que durante tanto tempo e o epicentro de tudo. Por estes mesmos factores parece claramente um filme pouco trabalhado, com um objetivo simples, de fazer dinheiro baseado em historias muito semelhantes que tiveram sucesso.
Do lado positivo muito pouco, a parte emocional, principalmente bem intepretada por Garner, e pouco mais, a não ser a sempre simpatica mensagem positiva do filme, mesmo que a forma e o contexto deveriam ter sido mais trabalhados, mais seguros e claramente mais significativos.
A historia fala numa familia que de repente observa uma das menores a sofrer de uma doença rara, considerada incuravel o que vai necessitar de um processo de fe para conduzir a bom termo em muitos os intervenientes.
O argumento e basico, ou seja temos pouco trabalho em personagens, dialogos e mais que isso em capacidade de se surpreender, quase sempre e um filme de obvios procedimentos, e que apenas preocupa-se com a emoçao facil, que consegue transmitir principalmente na fase inicial.
Na realização, depois de ter falhado principalmente criticamente com 33, a realizadora teve aqui um projeto mais pequeno, menos trabalhoso, e menos avaliado, o filme precisa de emoçao e a realizaçao vai nesse sentido com planos simples e fixos dos seus interpretes.
Em termos de casto, normalmente este tipo de filmes não chamam grandes figuras mas sim uma segunda linha. Aqui temos Garner num papel interessante, principalmente numa carreira que nem sempre conseguiu ser coesa. Aqui da o que filme pede, ou seja emoçao simples.

O melhor -Garner num interessante papel dramatico

O pior -No final o filme ser uma mistura de um drama facil, e de uma narrativa de fe contraditoria


Avaliação - C-

Monday, June 20, 2016

Love & Friendship

As adaptações de obras literárias de Jane Austen, tornaram-se ao longo do tempo um genero próprio no cinema, principalmente nas produções británicas. Este ano e com a chancela irlandesa, surgiu um dos filmes com melhor recepçao critica de 2016, este pequeno filme que reuniu algumas das avaliações mais consensuais do ano entre a critica especializada. Impulsionado ou não por esta boa recepção critica o filme acabou por ter sustentados resultados de bilheteira o que tudo junto poderá o tornar no primeiro grande candidato aos oscares.
Sobre o filme começo por referir não ser adepto do tradicionalismo britanicos na maior parte dos seus filmes, já que me parecem bastante repetitivos e filmes que perdem muito tempo na forma nunca, ou quase nunca inovando no conteúdo. Pois bem este filme é igual a todos os outros no seu corpo de base, apenas temos uma ligeirissima inovação na apresentação dos personagens e depois no registo quase teatral de todo o filme, que merecia e deveria ter uma clara melhor definiçao temporal.
E obvio que o filme como obra literária, tem conteúdo, e uma tradicional comedia de costume británica, sem puxar muito ao humor, adoptando mais um ritmo leve. E daqueles filmes que ficamos com a sensação que é trabalhado mas que lhe falta condimento, principalmente quando comparado com outras adaptações de livros da escritora. Mas e obvio que cada vez mais a critica se encontra muito apaixonada por Austen dai que cada adaptação que se faça das suas obras, por muito simples que seja como esta acaba por facilmente se tornar num sucesso critico, e por impulso directo também um sucesso comercial.
Assim temos um filme ligeiro, com uma boa contextualização de epoca, aproveitando muito do que a forma inglesa tem para dar, o lado teatral do filme tem as suas virtudes e funciona na forma de transmitir a mensagem do próprio filme, mas fica-se por ai a inovação, de uma historia sem explosão, sem ter nada de significativamente diferente e que resulta num filme alvo cinzento, mas pelos vistos com muita cor a outros olhos.
A historia fala de uma nobre inglesa que após ficar viuva tenta arranjar uma solução que lhe permita continuar a frequentar a corte, e ao mesmo tempo entrar em jogos de sedução com diversos homens enquanto tenta casar a sua filha com um influente mas tolo individuo da sociedade,
O argumento tem muito de Jane Austen principalmente na forma como são estabelecidos os limites de espaço e territorio do filme, mas tambem pela tradição dos simpaticos dialogos británicos, falta poder de supreender no filme, na historia e mesmo em diálogos demasiado comuns.
No que dis respeito à realização Stillman é um realizador com longa idade mas com pouca experiencia na realização, aqui tem um trabalho com linhas tradicionais británicas, mas com pouco aprumo em termos esteticos, é sempre um trabalho mais competente do que creativo.
No cast, parece-me facil dizer que Beckinsale tem talvez o seu melhor papel de uma carreira marcada por filmes onde a sua beleza era mais importante do que recursos enquanto atríz, aqui claramente mostra um lado que nunca mostrou e isso pode ser importante para mais tarde, já que a sua personagem e a sua interpretação são o melhor lado do filme.

O melhor - Kate Beckinsale num papel como nunca o tinhamos visto

O pior - Como Jane Austen pode potenciar tanto um filme tão normal

Avaliação - C

Sunday, June 19, 2016

Warcraft

Se existe jogo de computador que na última decada criou legião de adeptos e fãs, foi WOW, Worlds of Warcraft, dai que a sua adaptação para o cinema tinha de ser cuidadosa no sentido de rentabilizar toda a legião de fieis seguidores. Com alguma demora na produção, visto se tratar de obviamente de uma produção cara, eis que surge em pleno verão dos blockbusters este filme sem grandes estrelas, com uma produção cara, mas que rapidamente se percebeu que iria ser mal recebida pela critica com avaliações extremamente danosas. Por outro lado comercialmente as coisas estão extremamente duais, se nos EUA o filme está longe de ser um sucesso podendo mesmo ser considerado um floop relativo, no restante mundo está-se a tornar um estrondoso sucesso que rapidamente irá motivar a exigida sequela principalmente necessária depois de ver o filme em questão.
Sobre o filme, o mundo da fantasia requer astucia na forma como os diferentes mundos e persoangens são criados, dai que e facilmente perceptivel que o filme não começa bem, na apresentaçao das personagens, dos mundos, das motivaçoes, do lado paranormal, tudo e uma salgalhada quase incompreensivel que nada da ao filme, principalmente na forma como inicialmente não consegue definir que historia ou personagens vao ser o centro da historia, e isso normalmente para um filme deste genero não é um bom pronuncio.
E um filme que vai do menos ao mais, com o tempo e com a definiçao dos lados, e das motivaçoes, de uma forma muito lenta e nem sempre perceptivel, o filme torna-se num simples filme de serie B de lutas e efeitos especiais de ponta, nunca conseguindo contudo ser complexto, dar personagens, fundamentos ou ter uma moral por trás. Ou seja de um mau filme de serie B, torna-se num simples filme de serie B que apenas pode ser apreciado pelos amantes do jogo que assim conhecem bem e sao familiarizados com personagens e termos, todos os outros andam completamente perdidos por um filme que nunca parece querer se dedicar a todos os outros.
Como resultado um dos primeiros capitulos de uma saga para anos mais desoladores e vazios que me lembra, num filme arriscado, já que nos da um final aberto mesmo não sabendo os resultados do filme, pouco nos importa do que vem a seguir pois todos sabemos o que provavelmente vai acontecer. Como introduçao de uma saga falta muito, principalmente na introdução das personagens e no trabalho de abordagem que poderia dar um filme sem tanta batalha, mas um bom alicerce para o que se segue, o que não acontece e parece-me que podera por em causa a forma como toda a saga se ira desenvolver.
Em termos de filme a historia fala num grupo de orcs que procura o sitio ideal para viver que acabam por conseguir aceder ao nosso mundo e por em causa a sobrevivencia dos humanos, iniciando uma guerra entre especies.
O argumento e vazio, não nas sequencias de acçao e de confronto que sao as esperadas, mas na forma como o filme não consegue contextualizar personagens, ser engraçado, dando lhe um ar mais de entertenimento e pior que isso, não ter qualquer linhagem narrativa fora de uma linha simples, o que é muito pouco para um filme com tantos meios.
Na realizaçao sempre achei Duncan Jones um optimo realizador, alguem que conseguia em filmes de meio escalão dar um toque no argumento ou na abordagem que os diferenciava, aqui isso não existe e um simples tarefeiro sem fulgor, e podera se ter perdido um realizador para ganhar um simples manobrador de maquina de Hollywood.
No cast pouca aposta em figuras para um filme que poderia ser obrigado a té-las para ganhar outra dimensão.Mesmo com a carreira potenciada por Vikings Fimmel e um actor pouco conhecido do grande ecra, ao seu lado uma Paula Patton habituada a filmes de segunda linha, e um Foster competente mas com um papel esteriotipado e pouco interessante. Nao e nos nomes que o filme ganha luz, mas as personagens também não premitiriam.

O melhor – O filme acabar melhor do que começa

O pior – A forma como tanto dinheiro e desprediçado numa historia sem sabor algum


Avaliação - D+

Now You See Me 2

Depois de três anos de Now You See Me ter-se tornado num sucesso interessante principalmente na forma como agradou a generalidade do publico sempre com o lado mais sedutor do mundo da magia, e com bons resultados principalmente de bilheteira, era perceptivel que surgisse a sequela três anos depois e pegando em muito naquilo que era o argumento e as pontas soltas do primeiro filme. Os resultados deste segundo filme, são criticamente muito semelhantes ao primeiro filme, com uma mediania que não o impulsiona mas também não o limita, comercialmente é que parece que o filme terá na generalidade piores resultados, pese embora já esteja em curso um terceiro filme.
Eu confesso que gostei bastante do primeiro filme, pelo ritmo, pelo humor, pelo exercicio de estilo da realiaçao, pela interatividade com o espetador que tambem é ele alvo dos truques do argumento, dai que a minha expetativa relativamente ao segundo filme era grande. E posso dizer que pese embora o filme tenha alguns dos recursos do primeiro filme, é claramente pior, e é claramente pior desde logo porque é muito mais previsivel, porque pede muito menos aos seus personagens e pior que isso, quer tornar tudo tão grandioso que faz o truque uma obra de efetio especial que nunca poderia ser percebido pelo espetador, o que o torna desde logo muito menos interativo.
E obvio que o filme tem recursos, os consequentes twists, um bom ritmo de aventura, a introduçao de algumas personagens que lhe dão algum humor, e principalmente o exercicio de estilo com que tudo continua a ser montada, são recursos que este segundo filme segue com o mesmo registo, e que o tornam facilmente num dos mais cumpridores blockbusters do ano, pela forma como facilmente consegue prender um espetador de inicio ao fim do filme.
Ou seja é claramente um filme que perde na avaliaçao pela comparaçao clara que tem de existir com o seu primeiro filme, mas como filme solto e claramente com alguns defeitos assinalados, como alguma previsibilidade de twists e uma outra talvez demasiada complicaçao de processos no seu enredo, e claramente um franchising funcional, e que demonstra que ainda exite forma de fazer bons filmes de massa em hollywood.
A historia segue os cavaleiros, ligeiramente alterados e a forma como estes são capturados por um estranho magnata da informatica que os quer a trabalhar para si, contudo por tras vai estar algo bem mais presente do passado de todos eles.
Em termos de argumento era facil perceber que seria extremamente dificil, o enredo ser tao completo e interativo como o primeiro filme, principalmente tendo em conta essa exigencia, e no argumento o filme e claramente pior, menos personagens, e acima de tudo menos dialogos entre as mesmas o que faz o filme ser claramente mais pobre na simbiose e quimica entre eles.
A realizaçao era de risco, substituir um leterrier que abandonou o projeto por um estranho projeto pessoal de Sacha Bohen Cohen por um Jon Chu que colecionava filmes desastrosos entre o musical e o desastre critico de acçao, pareceu-nos um suicidio que não foi tao danoso, principalmente porque o filme tem pouco de realizador que se limitou a seguir o conceito, e esse funciona.
Em termos de cast, se todos os protagonistas do primeiro filme tinham encaixado e eram o condimento ao filme, aqui continuam, mesmo que as personagens sejam menos trabalhadas, nos acrescentos Capplan e uma actriz de comedia e a sua personagem tem esse objetivo, cumprindo com facilidade, a inclusão de Radcliff e uma agradavel surpresa, que tem o lado iconico do regresso de Harry Potter à magia num papel no minimo supreendente pela positiva.

O melhor – Conseguir fazer um blockbuster com bons ingredientes

O pior – Ser claramente pior do que o filme anterior


Avaliação - C+

Wednesday, June 15, 2016

Blackway

O cinema de produção baixa é normalmente um recipiente natural de actores longe do fulgor das carreiras ou porque estão numa fase final, ou porque a carreira não correu da forma como muitos vaticinaram. Acaba por ser a reunião destes dois aspectos que junta neste filme um já cansado Anthony Hopkins e uma Julia Stiles que apenas já so aparece em filmes mainstream nas sagas de Jason Bourne. O resultado deste thriller foi modesto quer criticamente com avaliações essencialmente negativas mas também comercialmente com um dos resultados mais modestos mesmo tendo em conta a pouca expansão do filme.
Este é o tipico filme que contextualiza numa cidade do interior norte americano, sem luz com frio. Alias o contexto climatérico do filme é uma boa metáfora para aquilo que o filme acaba por ser, um filme escuro, adormecido com pouca intensidade, o que para um filme declaradamente thriller está longe de ser abonatório na sua análise. Mas quais são os reais problemas do filme, desde logo a pouca dimensão de um argumento demasiado linear, com muito pouco conteúdo e explicações, onde basicamente tem uma única linha de trabalho, que é três pessoas juntam-se para ir apanhar o malfeitor da terra, basicamente o argumento não tem objetivos nas personagens, não as caracteriza com a excepção de uma ou outra referência ao passado, e não perde um minuto a tentar integrar as atitudes de cada uma das personagens.
Com esta falha no conteúdo dificilmente este thriller teria a sua necessidade maior que é involvimento e intensidade principalmente quando também nas sequências de ação e de confronto nunca consegue recolher qualquer tipo de trunfo que potencie o filme para outro tipo de resultados.
É talvez neste tipo de filmes que se denota uma maior diferença na forma como os maiores estúdios conseguem fazer resultar filmes neste género tão capaz de obras singulares como de filmes sem qualquer tipo de brilho. Este é claramente um filme menor de pequeno estúdio, numa pequena cidade sobre uma pequena história que apenas poderia redondar num pequeno filme.
A historia fala de uma mulher que começa a ser perseguida pelo bandido da cidade que se encontra impune a tudo o que faz, de forma a terminar com esta pressão acaba por se aliar a dois lenhadores que se comprometem a ajudar a terminar com a pressão e violência que é alvo por parte de tal indivíduo.
O argumento é claramente o calcanhar de aquiles do filme, principalmente pela forma como não trabalha as personagens as suas origens, as suas características, parece um filme algo preguiçoso e precipitado acabando por ir demasiado cedo ao centro da questão sem nunca o trabalhar.
Em termos de realizaçao Daniel Alfredson mais conhecido pela forma como realizou os dois ultimos filmes da triologia sueca Millenium, tem aqui um trabalho que segue um pouco aquilo que tinha feito nos filmes anteriores, ambientes escuros que potenciam o lado negro dos personagens, pena é que neste filme e muito por culpa do argumento nunca consiga encontrar essas mesmas personagens.
Em termos de cast o filme demonstra a razão pela qual os seus interpretes mais conhecidos estejam num filme tão pequeno, desde logo Hopkins, cansado de poucas palavras, dando apenas o lado misterioso que tão bem funcionou nos anos aureos da sua carreira, Stiles, foi claramente uma atriz sobrevalorizada quando teve mais protagonismo, tem muitas dificuldades de recursos e o filme não os consegue disfarçar, apenas Liotta com o tipico vilão que interpreta vai de encontro as necessidades do filme, sendo que mesmo a sua personagem que dá nome ao filme e totalmente limitada pelo argumento.


O melhor - O lado negro da realizaçao com outro argumento poderia resultar.

O pior - Um argumento vazio e mal trabalhado

Avaliação - D+

Tuesday, June 14, 2016

Puerto Ricans in Paris

As comedias policiais, muito na moda nas decadas de 80 e 90 têm desaparecido principalmente das principais produções norte americanas, sobrando apenas um ou outro registo claramente serie B, e cujo o enfoque acaba por ser bem menos na forma como o desenvolvimento policial ocorre mas sim noutros apontamentos neste caso a cultura porto riquenha no luxo de Paris. Os objetivos do filme eram escassos pelo que os resultados não seriam fáceis de obter, criticamente uma mediania que não serve de impulso ao filme e comercialmente quero pensar que apenas os porto riquenhos se interessaram verdadeiramente no filme.
SObre o filme, uma das razões pela qual as comedias policiais entraram em desuso foi a forma como um humor demasiado físico e que não se conseguiu atualizar no tempo prevalecia neste tipo de filmes. Pois bem, mesmo com um interregno de diversos anos, observamos que os filmes que vão sendo feitos com este tema continuam a cair nos mesmos erros de então. Ou seja temos aqui um filme que tem como grande objetivo a comedia e raramente conseguimos achar engraçada qualquer situação criada nesse sentido no próprio filme.
Por este mesmo facto apenas de registar nos primeiros momentos do filme a forma como dão a ideia de um povo que luta pelo trabalho não deixando a familia de lado, de resto pouco ou nada a registar num dos filmes  mais curtos que tenho memoria de ver, que nunca consegue também criar uma dinamica policial de suspense que prenda o espetador, ou que o consiga surpreender em qualquer momento.
O unico beneficio do filme é que é inofensivo, tem uns objetivos curtos, nao inova e assim tenta agradar os mais saudosistas e aqueles que esperam filme diretos ao ponto, parece-me que isso acaba por ser curto numa industria com tanto investimento e que tem que dar lugar a projetos novos, nao repetiçao do que se fazia há trinta anos atrás
A historia fala de dois policias americanos, mas de ascendencia porto riquenha que sao contradados para se deslocar a Paris e se inflitrarem de forma a encontrarem um objeto perdido e de extrema importancia.
O argumento e simples, sem grandes personagens e dialogos, com uma linha narrativa direta o filme perde por falhar nos apontamentos comicos, algo que é muito importante num filme como este. Mesmo assim é um filme que não busca grandes floreados.
Na realização Edelman é um desconhecido em termos de cinema americano, e neste filme não passara a ter grandes novos atributos, a realização e simples sem grandes meios, sem grandes riscos, mas numa comedia nunca é neste parametro que o filme funciona ou não.
No cast observarmos Guzman e Garcia nestes papeis parece obvio já que se tratam de figuras secundarias no cinema atual, observar Dawson já me espanta mais num filme tão pequeno e ainda por cima numa personagem quase cameo, que apenas se percebe pela ascendencia porto riquenha da actriz.

O melhor - A duração curta

O pior - Funcionar pouco em termos de humor

Avaliação - D+

Sunday, June 12, 2016

Careful what you Wish For

Existem filmes com propositos muito objetivos, mesmo que em termos de produçao seja pequeno. Neste filme se suspense com algum toque de erotismo o unico objetivo era lançar um dos irmãos Jonas no cinema como figura individual. Pese embora o obejtivo e devido a pouca expansao do filme o resultado não foi conseguido, com pouca ou nenhuma receita de bilheteira e criticamente um autentico floop.
Sobre o filme, claro que ultimamente estamos com defice de filmes com sensualidade os thrilers que marcaram os anos 80 e que deu carreira a muitas actrizes. Pois bem se este filme e uma tentativa de revitalizar o genero desenganem-se porque o filme e completamente um deserto de ideias, uma serie de sequencias que foi buscar a outros filmes, um suspense final com pouca convicção e protagonistas de um nivel quase inarravel resultam num filme quase amador.
E não se possa dizer que o final não seja surpreendente, se um dos lados do vetor facilmente chegamos porque o filme de inicio ao fim e realizado para dar essa informaçao a razao ai já nos parece mais supreendente contudo como so aparece no fim e já temos toda a sequencia de filme pouco funcional já nada altera a percepçao que temos de um filme muito longe de qualquer tipo de resultado.
E mesmo o objetivo de ser sensual acaba por não ser, não existe quimica entre o casal, não existe seduçao e quando assim e o filme não funciona, principamlente quando poe este ingrediente como um dos seus funcionalismos basilares. E daqueles filmes que lhe falta quase tudo menos um genero que realmente esta em desuso.
A historia fala de um jovem que no inicio das ferias fica deslumbrado por uma estranha vizinha, acabando por iniciar com a mesma uma relaçao extra conjugal. Depois da morte do marido da amante começa uma luta pela descoberta de como tudo ocorreu.
Em termos de argumento tudo e demasiado previsivel o que para um filme de suspense apenas posso dizer que e um desastre, porque nada que o filme vai desvendando é surpreendente e quando assim é podemos dizer que o filme não funciona. Tambem em termos de personagens e dialogos e extremamente limitado
Na realizaçao Elizabeth Allen e uma realizador tipica de comedias infantis com ex estrelas disney aqui fica pelo segundo plano sem qualquer tipo de sucesso. E obvio que a historia não funciona mas tambem podemos dizer facilmente que também em termos de realizaçao nunca sai nada que potencie o filme.
Mas e no cast que o desastre acontece por completo com Nick Jonas, que ele seja uma figura mediatica junto das mais jovens tudo bem, se ele tem elementos para ser actor, claramente que não pior que isso, não tem presença nem para um filme que nada exige como este, o pior e que conseguiram encontrar o par perfeito para ele Isabel Lucas e igual em versao feminina

O melhor – A meia surpresa do final

O pior – Entre muitas coisas o duo de protagonistas


Avaliação - D

Tuesday, June 07, 2016

Approaching the Unknown

Cada vez mais nos ultimos anos o cinema tem tentado debruçar-se sobre viagens espaciais a solo e na forma como os seus ocupantes vivenciam tal experiencia. Embora exista filmes com claros melhores resultados e produçoes superiores, este pequeno filme tem que ser englobado neste grupo pese embora os poucos cinemas onde estreou o tenham tornado comercialmente insignificante e pior que isso porque em termos criticos a mediania tambem não o colocou numa zona mais visivel.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme com premissa arriscada mas ao mesmo tempo interessante, o preocupar-se em tentar perceber o que realmente vai na cabeça de alguem que fica confinado a um espaço sozinho durante quase um ano e claramente um filme dificil mas um bom campo de trabalho para conseguir surpreender pela positiva. O primeiro lado do filme até e positivo principalmente na forma como as comunicações se vai efetuando, contudo a partir do primeiro terço de filme torna-se numa autentica divagaçao filosofica sobre a existencia que o torna aborrecido sem conteudo, e um produto cinematografico que nunca seria, e acaba por destruir os pontos positivos que o filme teve na sua introdução.
Ou seja o filme peca por um erro que muitos dos novos cineastas estao a fazer, que é tentar enxertar obrigatoriamente nos seus filmes um primor moral, ou um conteudo para alem das imagens mesmo quando o filme em si já pode ter este recheio, acabando por prejudicar os dois lados. Neste caso fica-se com a clara sensaçao que e um filme que deveria ser mais simples, menos para dentro, mais descritivo, pois os filmes que melhor funcionaram nesta tematica foram aqueles que quiseram tornar tudo natural.
No registo final temos meia hora interessante e o restante onde a narrativa do filme deixou de existir para uma reflexao sobre a existencia da personagem que basicamente se dilui entre as suas dissertaçoes, mas talvez seja este balanço que diferencia uma obra de excelencia de um filme menor, e este e claramente um dos segundos casos.
A historia fala de um astronauta que aceita comandar uma nave que tem como objetivo preparar marte para a vida humana, numa missao de quase um ano onde não so tem que sobreviver sozinho bem como tem que potenciar tudo o que vai plantar em marte, numa missao maior que a sua propria vida.
O argumento como já referi tem uma premissa de base interessante, a forma como se reage aquilo que desconhecemos, mas com o tempo o filme perde linearidade para entrar em versao metaanalise da personagem e acaba por perder o norte, acabando por narrativamente desaparecer como as personagens que desaparecem sem aviso.
O filme e o projeto individual de Elijah Rosenberg na sua estreia em termos de realizaçao, mesmo sendo um filme sem meios tem algum interesse algum risco, mesmo que por vezes caia na sua propria eloquência foi um dos pontos do filme que me chamou a atençao mesmo sendo obvio naturais defeitos.
No cast temos um show apenas de Mark Strong que pela forma como o filme decorre não tem espaço para muito porque o filme não lhe exige, e todos sabemos que filme de personagem sao normalmente espaços para actores darem saltos, mas neste caso e por culpa do argumento Strong nunca teve essa possibilidade.

O melhor – O inicio e alguns aspetos de realizaçao

O pior – A monotonia da ultima hora de filme


Avaliação - C-

Sunday, June 05, 2016

Criminal

Se existe tipo de filmes que normalmente não cai em desuso principalmente se reunir a sua volta um elenco de figuras conhecidas e os thrillers policiais, ou mesmo os filmes de acçao. Este ano neste filme surgiu um elenco recheado de experiencia e novas figuras e uma ideia de mudança de memorias que podia dar uns toques sci fi, que normalmente funcionam. Contudo pese embora o investimento as mas criticas acabaram por condicionar os resultados de bilheteira que tambem foram eles bastantes limitados.
Quando temos um filme de acçao de uma ideia que pelo menos em alguns aspetos já foi potenciada noutros filmes, os projetos tem de ter algum ponto que os diferencia, ao qual centre a atençao do espetador. Pois bem e aqui que reside desde logo o primeiro problema do filme, rapidamente percebemos que se trata de um filme linear, pouco falado, cujas sequencias de acção são simples e não vamos ser surpreendido por aquilo que vamos ver ao longo de quase duas horas. O que poderia sobrar?
A atenção ficava nos actores principalmente nos secundarios já que Costner como principal nos ultimos vinte anos normalmente não e sinonimo de bons filmes. Pois bem percebemos rapidamente que os secundarios estao no filme em part time, com personagens inexistentes e que não interessam para um desenvolvimento de um filme de acçao serie B, que basicamente é o protagonista contra o mundo, mesmo que isso coloque em causa todos os desafios da logica e do possivel.
Pois bem perante isto apenas a ideia das memorias poderiam ser potenciada, ou seja transformar Costner num Reynolds, algo que não e muito dificil já que como actores as limitaçoes sao basicamente as mesmas. E tambem nisto o filme e um autentico cliche com uma serie de palavras e dialogos basicos quase não trabalhados, e um filme que e um autentico lugar comum onde rapidamente percebemos que passamos a ver duas horas um dos filmes mais cinzentos dos ultimos tempos, se bem que nunca arrisque para integrar o horripilante de filmes mesmo tecnicamente mal feitos.
A historia fala de um agente do CIA que depois de habatido as suas memorias sao passadas para um criminoso que vai ser utilizado de forma a que não fique perdida a informaçao que apenas estava na posse do mencioando agente. Mas com as lembranças vez as emoçoes que colocam em conflito duas personalidades completamente distintas.
O argumento ate podera partir de um persuposto com capacidade de manobra, mesmo que já tenha sido abordado de formas muito diferentes, contudo rapidamente a decisao de ser um filme de mais movimento do que palavras diminui a possibilidade de funcionar qualquer personagem, e o filme tinha secundarios com bom interpretes que poderiam ser bem mais potencializados.
O israelita Vomen que em 2012 ate surpreendeu com The Iceman, tem aqui um filme claramente pouco feliz, a opçao pelo lado escuro não permite que as sequencias de acçao tenham o peso que o filme necessitava, principalmente quando essas sequencias ocupam grande parte da duraçao do filme, e a historia por si so não consegue ter trunfos. Quando comparado com o seu filme anterior um claro passo atrás.
Escolher Costner como heroi de acçao aos 61 anos e claramente discutivel, mesmo que a sua personagem seja limitada a componente fisica, porque Costner anda a 15 anos se encontrar o seu registo, porque o lado bad boy nada lhe assenta e porque o filme centra-se em exclusivo na dualidade da sua personagem que nunca existe. E inacreditavel ver Tommy Lee Jones e Gary Oldman com personagem tão inofensivas e um vilão como o espanhol Molla que veste esta farda desde a sua chegada a hollywood e liga sempre o piloto automatico.

O melhor – Não complicar um filme que com atos de egocentrismo poderia ser inarravel.

O pior – O lume brando de um filme que não e espetacular e em termos de dialogos não existe


Avaliação - D+

Alice Through the Looking Glass

Seis anos depois de Tim Burton em colaboração com a Disney ter conduzido Alice no Pais das Maravilhas ao grande ecrã e o mesmo se ter tornado num gigantesco sucesso comercial, mesmo que criticamente tenha sido recebido com algumas reservas. Nao deixa de estranhar que o imponente estudio tenha demorado seis anos a medir a força da saga. Fruto deste tempo e de mais uma recepção, esta sim claramente negativa, o resultado ficou longe das expetativas do estudio percebendo que talvez estes seis anos e o pouco amor generalizado pelo primeiro filme nunca deveriam ter dado origem a um segundo.
E normal as sequelas serel claramente piores do que os primeiros filmes, principalmente porque muitos dos ingredientes surpreendentes do primeiro filme deixam de o ser, dai que os produtores tem de inventar algo de novo, e numa historia já de si complicada como Alice isso não e muito facil. Todos sabemos que Alice e uma historia metaforica, pois bem neste filme tudo ainda e mais complicado do que no primeiro filme, principalmente na forma como o tempo e personificado e mais que isso na forma como isso conduz a idas e voltas atras sem grande inovaçao pelo menos em termos creativos. Talvez por isso o filme se torne desde logo muito complicado para os maios pequenos inicialmente o target do filme.
Mas tambem para as adultos torna-se monotano, por vezes o filme parece completamente desfocalizado na essencia narrativa, e torna-se um espetaculo para os seus interpretes mostrarem os seus dotes algo que e muito comum nos filmes de Burton principalmente quando ele fica sem ideias, ou seja as personagens serem claramente melhores que o filme. Mas mesmo a unica personagem introduzida não e novidade já vimos muitos filmes em Cohen faz isto e parece que já vimos isto em qualquer lado.
Talvez por isso, e não colocando nunca de lado a qualidade tecnica e caracterizaçao do filme parece-nos claramente um filme que não se encontra, na historia e mesmo no registo, nunca tenta e consegue ser engraçado, e num filme para mais pequenos a boa disposiçao tem de estar presente, nem que seja porque tambem em termos de açao nunca consegue criar grandes sequencias.
A historia trás-nos outra vez Alice ao pais das maravilhas de forma a tentar ajudar um Hatter que começa a perder vida, porque pensa que a sua familiar esta viva. Alice vai voltar atras no tempo para perceber o que realmente aconteceu a familia do chapeleiro.
No argumento parece sempre que o filme não consegue ter procedimentos faceis e quando assim e o filme tem claras dificuldades em fazer funcionar as suas personagens e os seus dialogos, para mais o filme nunca consegue adequar o estilo a qualquer alvo e isso tambem e não e propriamente sinonimo de sucesso.
Na realizaçao Burton deixou a realizaçao depois do mundo montado e deu a batuta a Bobin que tinha conseguid montar com algum sucesso os Marretas, principalmente no primeiro filme, aqui temos mais Burton do que qualquer outra coisa ou não fosse o filme uma sequela e seguimento do que ele já tinha feito.
No cast todos os que repetem papeis tem o registo esperado, onde o maior destaque vai para Bonah Carter de todos a que melhor papel acaba por ter no desenvolvimento da historia. Baron Cohen tem um papel demasiado semelhante a outros que já efetuou principalmente em Hugo.

O melhor – Os aspetos tecnicos do filme.

O pior -Nunca conseguirem ter uma historia funcional

Avaliação -C-


The Nice Guys

Shane Black pese embora não seja um realizador ou argumentista muito ativo e um dos autores que consegue dar aos seus filmes um toque uma assinatura completa na mistura de entertenimento, acção e comedia muito actual. Dai que por isso os seus filmes sejam acontecimentos obvios para um cinema em crise de identidade principalmente no que diz respeito a comedias inteligentes. Este ano surge mais um titulo original, sobre duplas igual a tantos outros filmes que escreveu, o resultado voltou a ser um sucesso critico, algo que normalmente o realizador consegue com alguma facilidade e mesmo comercial, tendo em conta a alta competiçao dos meses de verao os resultados foram interessantes.
Sobre o filme um dos melhores elogios que o filme pode receber e claramente o facto de ser um bom exemplo do que e um filme de Shane Black, os seus argumentos naturais estao todos presentes no filme, a acção, a intriga policia, a dupla de personalidades completamente diferente, a irreverencia e um humor totalmente diferente que diferencia este filme de tudo o que e feito de semelhante e paralelo em hollywood. Por isso mesmo e um filme que facilmente se gosta, e daquele tipo de filmes que funciona nos seus elementos, muitas vezes pensamos que o que esta acontecer não tem sentido nenhum, e absurdo mas e isso que nos faz rir e nisso Black e meste.
Existe diversos pontos que o filme necessita para funcionar, uma boa quimica entre protagonistas, funciona, actores que se aproximem do publico, tambem funciona, o humor ser ao mesmo tempo diferente e actual, e acima de tudo uma historia de base que nos prenda com suspense e acçao, aqui pensamos que o filme poderia ser mais surpeendente mais trabalhado, principalmente porque se cola a muitos dos outros filmes do realizador, principalmente Kiss Kiss Bang Bang, e quem gosta e tem na retina esse filmes rapidamente sente-se perante um deja vu que nem sempre e o melhor para um filme novo.
Mesmo assim e principalmente quando as dificuldades de comedias simples sem muita dose fisica têm em fazer rir o espetador Black continua a demonstrar como se faz, como se consegue fazer um filme para grande publico com um humor inteligente, sem grandes malabarismos ou sexualidade, e e no humor que o filme tem o seu trunfo o que o diferencia de tudo o resto e principalmente a sua assinatura de autor.
A historia fala de dois especies de detetivas privados que se juntam no sentido de localizar a filha de uma procuradora extranhamente relacionada com a industria de pornografia que ve uma das suas maiores estrelas ser brutalmente assassinada.
EM termos de argumento podemos dizer que a historia e narrativa central poderia ser mais original, mas em termos de personagens, dialogos e humor e do melhor que se fez este ano em hollywood. Dizemos mesmo que e nas especificidades do argumento que potencia todos os outros elementos que fucionam no filme.
Shane Black e na minha opiniao melhor argumentista que realizador, mas os seus argumentos sao tao fortes que não necessita de grandes truques para fazer o filme funcionar, aqui tem alguns principalmente na boa contextualizaçao de epoca. Na captaçao de imagens simplicidade e fazer o argumento funcionar.
No cast Black nada arriscou, orfão de Downey Jr acabou por descobrir um actor com caracteristicas semelhantes como Gosling, que ainda nos da mostras de capacidade de ser um comico visual, algo que poucos esperariam. Ao seu lado um Crowe descontraido como dificilmente o vimos na sua carreira. Ambos num ponto de amadorecimento que os faz funcionar em qualquer registo

O melhor – O Humor

O pior – Demasiado colado a Kiss Kiss Bang Bang


Avaliação - B

Thursday, June 02, 2016

The Darkness

Se existe algo que no presente ano não tem sido muito comum tem sido filmes de terror, pese embora Janeiro tenha sido um mês rico em filmes do género certo é que depois quase não existiram lançamentos do género, e a critica agradece. Títulos como este são normalmente presas faceis para a critica que trucidou negativamente este filme, que também comercialmente teve muitas dificuldades pese embora tenha conseguido a distribuição wide nos EUA.
Sobre o filme, por vezes é difícil perceber como é que um filme igual a tantos outros atinge valores negativos tão elevados da critica como este. Ou seja pese embora seja fácil estar farto da repetição de guiões de estratégias e mais que isso de argumentos é óbvio que estamos perante um filme simples, de tentativa de dinheiro fácil, que não tem uma única sequência nova, e mais que isso nunca consegue impressionar mesmo em termos de terror. Mas ao mesmo tempo pelo seu carácter repetitivo e tão inofensivo que mais nao e do que meia hora de lembranças de filmes de terror que nos últimos anos tem totalmente assaltado os mercados de distribuição de cinema.
O filme começa com o tipo ritmo de apresentação de personagens, lento, onde rapidamente percebemos onde vai estar a origem da história, depois um deserto de inovação e a construção do problema, para uma conclusão frouxa, claramente o ponto claramente horrível do filme. OU seja um filme fraquinho igual a tantos outros que nos leva a pensar o que vai na mente dos produtores de filmes de terror e a crise de ideias que neste momento percorre o género.
E nem a presença de actores mais mediáticos, mesmo que em fases de carreira menos convincentes acaba por dar qualquer nova roupagem ao conteúdo de um filme sobre espíritos e sobre exorcismos. Mesmo nos aspectos técnicos nunca é um filme que consegue capitalizar qualquer superioridade ou interesse, e quando assim é, só pode resultar em fiasco a todos os níveis.
A história fala de uma família que após uma viagem ao Grand Canyon percebe que o seu filho mais novo, que padece de autismo está claramente diferente, bem como começam a ocorrer episódios estranhos na casa de família, que os levam a suspeitar que algo ocorreu.
O argumento é tudo menor original, já vimos esta forma e mesmo alguns detalhes em dezenas de filmes de terror nos últimos anos, não conseguimos mesmo encontrar qualquer ponto de originalidade no filme todo e muito menos no climax, que acaba por ser sempre repetido. Está na altura de ar fresco no género.
Na realização Mclean e um realizador já com alguma experiência no cinema de terror. Neste filme isso não se nota já que não tenta dar ao filme qualquer tipo de toque pessoal, ou qualquer detalhe técnico de um realizador que se queira assumir.
No cast ter Bacon e Mitchel num filme tão pobre não deixa de ser um desperdício de talento. Nos momentos mais exigentes de interpretação, mesmo sendo limitados, consegue-se perceber a diferença de ter actores competentes de outros menos funcionais.

O melhor - Não inventar o que outros já o fizeram

O pior - Mais um papel quimico de muitos outros filmes

Avaliação - C-