Wednesday, November 28, 2007

The Ex




Prometia ser a comedia sucesso do ultimo ano, composto por dois habitues neste tipo de filmes, a aposta parecia grande numa comedia romantica apimentada e actual, os pronuncios eram forte. As primeiras nuvens negras apareceram com o adiamento do filme, de tal forma que acabou por atrasar mais de seis meses e ir parar em autentico festival de blockbuster onde perdeu toda a dimensao que parecia ter adquirido. O esquecimento em conjugação com um recepçao critica muito negativa tornaram esta comedia num dos maiores floops do ano, a todos os niveis daqueles capaz de fazer rolar cabeças em qualquer produtora.

O grande mal do filme e o ridiculo que assume para si de inicio ao fim, ou seja qualquer tipo de historia de base que poderia resultar e principalmente aproveitando a possivel quimica entre actores falha pelo assumir de um filme assumidamente ridiculo, quer na caracterizaçao das personagens quer nas situaçoes que criam, com um humor pouco inteligente muitas vezes incapaz de se concretizar e com clara falta de maturidade tornam este The Ex num dos filmes com menor dimensao do ano, com muitos poucos focos de interesse, e uma desilusao tremenda quer a nivel de comedia, onde o humor quase nunca funciona em nenhum paramentro, nem pelos sentimentos que poderia traduzir que ja foram muito bem conseguidos em outros filmes com o mesmo protagonista.

A historia e a basica um casal com dificuldades acaba por residir junto da familia de origem dela, aqui o protagonista e inserido com um estranho mundo de origem principalmente a nivel profissional, familiar e de relaçoes, depois o habitual situaçoes exageradamente ridiculas extremamente criadas com poucos objectivos, evoluçao narrativa sem profundidade, sem paida e acima de tudo sem a dimensao sentimentalista, torna este filme em algo pouco aconselhavel.

Salva-se por um lado a quimica entre os actores, experts no genero e a beleza muito forte de Peet, mas demasiado ligeiro para salvar um filme como este.

O argumento e um autentico disparata, sem ideias, sem capacidade de concretizar qualquer tipo de base, com personagens irreais e esteriotipadas caracterizadas em apenas uma dimensao o filme auto mutila-se basicamente nestes pontos.-

A realizaçao simples, sem grandes truques nunca compromete o filme, sem tambem o valorizar.

Quanto ao cast quer braff quer Peet, sao habitues neste tipo de filmes e se ela raramente falha no genero, onde se move sem qualquer tipo de problemas ele continua a evidenciar defices de interpretaçao que nos levam a pedir que se dedique mais a escrita e realizaçao do que propriamente a interpretaçao onde apesar de presença nao consegue contornar as suas deficiencias, contudo a fava sai a bateman, que desonra o nome numa actuaçao completamente enjoativa.


O melhor - A quimica entre actores.


O pior - O despredicio de recursos.



Avaliação - C-

Tuesday, November 27, 2007

Martian Child




Martian Child é uma daquelas curiosas comedias familiares que aborda a integração de uma criança desadaptada num ambiente responsivo, este tipo era muito frequente principalmente no ultimo parcial dos anos 90 mas tornou-se cada vez menos pouco comum. Este ano nesta epoca natalicia e com uns toques de ficção cientifica saiu este Martian Child, contudo claramente fora de epoca o filme foi algo negado pela critica e quanse invisivel em termos de bilheteira o que o tornou num claro floop deste final de ano.

O filme e daqueles filmes que tem tudo para ser divertido, mas que acaba numa grande nuvem cinzenta aborrecida previsivel e quase sem qualquer motivos de interesse. As situaçãoes sao tao vulgares, sem qualquer piada, o argumento previsivel e romanticamente sem sentido. Mas o grande erro do filme e o facto de ser uma comedia sem qualquer tipo de ritmo que rapidamente faz o espectador desistir de seguir atentamente o filme e de nao conseguir fazer resultar qualque tipo de tentativa de piada, ja que penso que nao existe nenhuma concretizada. A historia e extremamente limitada, cheia de personagens adereços quando a atençao do filme debruça-se sempre da dupla de protagonistas

O filme que começa estremamente lentificado vai se toranando cada vez mais esquizoide, e demasiado colado ao que ja tinha sido feito com K Pax mas a versao fraquissima do filme.

No competo geral temos uma comedia fraquissima, que nao atinge o caos devido ao facto de ser tao insignificante que nem peso para isso tem

O argumento e repeititivo monotono sem piada, as escolhas narrativas sao as naturais as personagens sao na maioria insignificante sendo que as principais chegam a ser algo enjoativas para o espectador, pela sua monotonia e estabilidade.

A realização e vulgar sem rasgos tipicas das comedias de qualidade mais duvidosa, limitando se calmamente a filmas a interaçao das personagens e pouco mais.

O cast, ao contrario do que e comum nas introduçoes de actores menores o filme falha logo nesse ponto o pequeno actor para alem de uma personagem algo irritante torna-a ainda mais intragavel com tiques extremamente exagerados, com um defice de interpretação fisica impressioante que cai rapidamente num overacting forçado, numa das interpretaçoes infantis mais fracas que a memoria, ao lado o quase unidimensional Cusack na sua personagem habitual que sinceramente ja chateia com tanta repetiçao


O melhor - Alguns segmentos musicais do filme


O Pior - A falta de graça do filme... Gritante


Avaliação - D+

Sunday, November 25, 2007

Eastern Promises




Cronenberg e daqueles realizadores de culto que durante muito tempo todos conheciam, alguns aperciavam mas que a maioria dos seus filmes apesar da polemica instaurada quase nunca conseguiam grande visibilidade, com o passar dos tempos o realizador deixou de lado a polemica e começou a apostar em historia misteriosas, e creativas, com Historia de Violencia ganhou a unanimidade critica e agora com este estranho Eastern Promises, onde manteve o padrao de sucesso, continuou no bom grando dos criticos que aplaudiram esta sua nova obra, e tambem da bilheteira que o tornou num dos filmes de maior sucesso do realizador que nos ultimos anos conseguiu se tornar num dos realizadores mais respeitados da actualidade.

Cronember consegue um feito brilhante neste filme, abordar sobre um ponto de vista diferente o que ja tinha feito em Historia da Violencia, e conseguir fazer um filme na minha opiniao com ainda mais qualidade do que propriamente o anterior, ja que ao contrario do outro, ja nao nos apanha de surpresa com a simplicidade e ao mesmo tempo surpreendente narrativa que adopta e ja tamos familiarizados com os truques e forma s de construir filmes que Cronemberg adopta.

Contudo o grande mal do filme e o genero em que se integra, se olharmos para os diferentes filmes de mafiosos, obviamente que este filme, mesmo sendo um bom filme fica claramente a perder, primeiro porque Cronemberg aposta tudo na sua personagem principal e descuida algum tipo de narratica mais contextualizante daquele submundo, e depois o suspense que este sempre quer adoptar na narrativa e o misterio que gosta de apimentar na caracterização das suas personagens nao permite a grande envolvencia que titulos como o padrinho conseguem.

Mesmo assim estamos perante um bom filme, cirscunscrito numa realidade um pouco diversa, ou seja a estranha Mafia russa, jogando de novo com a dualidade da personagem central e o misterio que envolve a personagem, que de alguma forma cola literalmente o espectador a cadeira. E depois o filme consegue manter ao mesmo tempo um bom ritmo narrativo e enriquecido por dialogos nao so fortes mas apimentados por subtis toques humoristicos que funcionam na sua plenitude.

O argumento e rico, cada vez deve se valorizar historias simples realistas, mas ao mesmo tempo coesas e bem montadas onde tudo se encaixa na perfeiçao e que resulta num filme forte, e é isto que acontece, principalmente na forma como a narrativa vai se desenvolvendo e na forma como aos poucos vai revelando as caracteristicas dos personagens, aspecto lento, mas que joga em favor do guiao.

A realização de Cronemberg confirma que o realizador se encontra na melhor forma de sempre, num estilo cada vez mais proprio e artistico com enfase nas filmagens de baixo para cima e nos climas algo enigmanticos, o realizador consegue fazer o filme funcionar na plenitude nas escolhas de caracterização e acima de tudo realizaçao das suas personagens principais principalmente na de Mortenssen.

Quanto ao cast, equipa que ganha nao se muda, e o sucesso de Historia da Violencia ficou muito ligado ao bom registo, algo inesperado de Mortenssen, o que levou Cronemberg a perceber que poderia apostar e arriscar mais com aquele actor, testando os limites de interpretaçao de um actor ate ao inicio desta ligaçao extremamente limitado, e conseguiu completamente esta aposta, Mortenssen tem um papel brutal, forte exigente, numa personagem dificilima que exigia perfil, carisma e competencia e que o actor nao so consegue fazer resultar como e o ponto mais brilhante do filme, num filme que com outra promoçao poderia recolher dividendos ao nivel de interpretação nao so Mortenssen, mas tambem Stahl numa personagem muito bem criada com toda a ambiguidade de uma pessoa dual. Fica completamente submergida a prestação de Watts que apesar de regular, e totalmente apagada pelo brilhantismo do seu companheiro de set.


O melhor - As interpretações de Mortenssen e Stahl


O pior - Ter demasiadas ligaçoes a historia da violencia


Avaliação - B

The Brave One




Hollywood normalmente gosta de regressos, principalmente quando se trata daqueles que muitos aperciam e que acima de tudo se encontravam por alguma razão ou adormecidos ou em clara desacelaração. O realizador irlandes Neil Jordan era um deles, principalmente depois de uma serie de filmes que nao atingiram o nivel previsto, bem como Jodie Foster que depois de ter atingido o limite maximo, eis que apenas em momentos muito esporadicos toma as redeas de filmes. Havia curiosidade neste reunião, e apesar de os resultados de bilheteira nao terem sido, nem grandioso nem a recepção critica muito quente é certo que o filme obteve alguma consistencia e dimensao em qualquer uma destas vertentes.

Neil Jordan sempre foi conhecido por realizar sempre de uma forma extremamente sombria, escura, salientando nas palavras das personagens todo o conteudo, e neste filme volta a fazer, e digamos com melhores resultados do que os deprimentes ultimos titulos do realizador. E funciona porque o filme assume-se como declaradamente sombrio desde o inicio do filme, e nunca esconde que este e o seu principal objectivo. Nem sempre o filme consegue ser interessante e denso, achando que por vezes se perde nos conformismos tipicos dos filmes de acção norte amercianos, e num excesso de moralismo que nem sempre funciona, mesmo assim na sua essencia o filme consegue atingir os seus objectivos, de reflectir sobre a verdadeira justiça, mesmo que no seu moralismo interior defenda aspectos em discussão e claramente discutiveis, principalmente a filosofia do olho por olho, mas nao o faz da forma gratuita dos filmes de acção mais tipicos mas sim atravez do olhar das diferentes personagens.

O argumento do filme e um pouco simplista, apos uma violenta agressão que sofreu e que retira a vida ao seu namorado uma mulher decide por si so combater a marginalidade e tentar encontrar as pessoas que efectuaram tal acto, num relação algo complexa e ambigua com um policia o filme vai debatendo certos problemas sem nunca perder o herioismo mais tipico das personagens de acção de filmes de acção serie B.

O argumento é talvez o ponto mais debil do filme, apesar de ter conteudo e uma moratoria aceitavel apesar de discutivel, pensamos que maior complexidade nao so nas personagens e na relação destas poderia potenciar um filme mais marcante, apesar de poder tornar-se mais desagradavel para o espctador. mesmo assim o filme na sua analise global acaba por ser aceitavel.

Neil Jordan sempre gostou da escuridão na forma como realiza os seus filmes, e mais uma vez adopta este estilo, e que de alguma forma entra de encontro aos propositos do filme, contudo no que diz respeito ao todo o trabalho, parece-nos com falta de ritmo embora este ponto so seja mais visivel nas sequencias que exigem maior forma fisica ao realizador.

O cast, quando se aposta em Foster é porque se quer uma dimensionalidade a personagem que ser filmar, Foster e indiscutivelmente uma das melhores actrizes dos ultimos anos, e isso esta bem patente neste filme, ela tem um papel muito forte, dificil e que domina e torna possivel todo o ambiente sentimentalista e de revolta que o filme traduz, numa das interpretações femininas mais marcantes deste ano. A secundarizar o sempre competente Howard que começa a agarrar p seu espaço em, Hollywood, e que deveremos estar atento nos proximos trabalhos


O melhor - Judie Foster


O Pior - A discussão e demasiado partidaria


Avaliação - B-

Saturday, November 24, 2007

Rescue Dawn




Existe realizadores que conseguem criar um culto a sua volta, mesmo que a maioria das pessoas desconheça quase todas as suas obras, um destes realizadores é Herzog, mais conhecido pelos seus complexos documentarios, volta a debruçar-se sobre um tema que lhe deu alguma da sua notoriedade a sobrevivencia de um piloto americano, e a sua luta titanica nas florestas do vietname, depois de um documentario de sucesso decidiu fazer o seu filme, baseado nas suas descobertas, a expectativa era alguma principalmente porque promeita de novo uma exigencia fisica impressionante ao seu actor, ainda para mais quando estamos a falar de Bale e preciso esperar muito. A nivel critico e apesar de inicialmente nao ter sido recebido entusiasticamente o certo e que com o passar do tempo o filme adquiriu um respeito e um apoio solido por parte da critica mesmo as dificuldades e limitaçoes de distribuiçao tivessem desde logo complicado o trajecto comercial do filme.

Desde logo denota-se que Herzog e um realizador marcadamente de documentarios acima de tudo porque nao adorna o filme, limita o argumento ao estritamente necessario tentando apetrechar ao maximo os pontos centrais do filme, descurando tudo o que seja acessorio, utilizando normalmente um ritmo silencioso quase paisagistico de forma a contextualizar o espectador no filme. O filme e de poucas palavras e muito esforço, talvez um filme dos mais pobres na quantidade de dialogos, mesmo que os que hajam acabem por ser extremamente ricos, mas muito rico nas imagens fisicas que transmitem a força maxima do filme, principalmente na parte da fuga encetada pelas duas personagens centrais.

O filme peca por ser extremamente minimalista, a sua historia baseia-se na captura de um aviador por agricultores vietnamitas e a tentativa destes fugirem pelas florestas do vietnam em busca da subrevivencia, esta simplicidade faz com o filme nao consiga encantar apesar de agradar.

O filme e uma autentica liçao de sobrevivencia e faz disso o grande trunfo o ponto mais interessante do filme e o testar de limite das personagens o constante desafio da condiçao humana que para o espectador parece a certa altura nao ter mesmo limites o que provoca mesmo sensaçoes nauseantes ao espectador, principalmente quando estes comem larvas.

A realização de Herzog e parada, normalmente filme de forma algo claustrofobico algo tao imenso como uma floreste, e nestes segmentos na parte final do filme, insere-se totalmente no filme dando uma envolvencia muito forte ao filme, no restante uma realizaçao pausada calmamente ao serviço do argumento.

O argumento e bem montado coeso, mas algo pobre principalmente nas linhagens e formas narrativas, mesmo assim nos pontos centrais e muito forte, apesar de pouco dialogos estes sao muito bem escritos, apesar de poucas persoagens estas sao na sua maioria complexas e densad.

O cast liderado pelo sempre excelente Christian Bale recebe quase todos os louros do filme, mais do que interpretaçao isto foi um teste aos limites fisicos e psiquicos dos actores, e se Bale ja tinha conjugado este esforço com um show de actuaçao em maquinista volta o a fazer aqui, e assumindo-se como o melhor actor da sua geração. COntudo a surpresa vai totalmente para o ate agora habitue de comedias familiares Steve Zahh com um papel ainda mais exigente fisicamente o actor oferece um dos melhores papeis e revelaçoes dos ultimos tempos, numa personagem com mistica e com força, mesmo na falta dela.Tambem Jeremy Davies se encontra a um nivel muito bom


O melhor - A qualidade das interpretaçoes


O Pior - Demasiado linear na sua historia



Avaliação - B

Thursday, November 22, 2007

Redacted




Este ano o cinema esta a ser marcado pela politica principalmente aquela que denuncia as sequencias da guerra do Iraque, quer no pos- mas acima de tudo na propria guerra, normalmente numa forma acusatoria, o filme que a partida seriam polemicos integrados no ano cinematografico aparecem cada vez mais como normais, no meio destes todos o polemico realizador Brian de Palma era aquele que ameaçava ir mais longe com uma especie de documentario sem estrelas sobre as atrocidades e o espirito nem sempre puritano dos soldados portugueses, a polemica estava mais que prometida, contudo os resultados foram algo dispares, se por um lado as facções mais revocucionarias aplaudiram o risco do filme, o certo e que por sua vez as vertentes mais conservadoras reprovaram completamente o filme bem como o publico em geral um pouco fartos deste tipo de filmes dai que o filme nao tenha adquirido quase qualquer tipo de peso nem visibilidade.

De Palma tem apenas um objectivo com este filme ser polemico, o que torna o filme algo sem sentido, pese embora refira estar a basear-se em historias reais o certo e que a forma declaradamente politica com que efectua o filme, mais parece que se trata daquelas campanhas politicas acusatorias pouco realistas e que normalmente ninguem se interessa porque e declaradamente criada. Este filme surge como uma bomba de polemica por si so, sem sentido, ou seja tudo bem que as atrocidades devem ser denunciadas, contudo ate que ponto aquilo aconteceu daquela forma basica com que e relatada parece cair no extremo da denuncia. E se o filme ate consegue se iniciar bem principalmente na denuncia dos point stops, e certo que por um lado o filme e demasiado descontextualizado, ou seja toda a violencia e tirada do contexto de guerra e apresentada como pronuncios de loucura de quem a efectua. Por outro lado noutros aspectos e na forma como tenta transmitir a vivencia louca de um grupo de soldados cai completamente no erro oposto, ou seja de contar uma historia particular e querer generalizar, o que tira por um lado grande parte do fundamente creativo ao filme, que nunca nos consegue dar uma linha interessante narrativa, e por outro lado com estas indefinições perde totalmente a capacidade de ser um bom folhetim politico pelo exagero declarado..

O filme resulta num bom exercicio creativo de forma mas falha totalmente nas suas dimensoes mais importantes como conteudo e acima de tudo desenvolvimento.

O filme peca desde logo pela falta de argumento a liberdade de um filme destes e a falta de guiao pode ser extremamente perigosa, por nao conseguir estabelecer limites de uma critica construtiva ou de uma reflexao politica, de uma critica por si so, acusatorio, e o filme acaba por cair facilmente neste segundo quadro e depois peca por nao ter orientaçao a forma com que De Palma tenta criar o filme e extremamente complexa para aquilo que posteriormente o filme se torna e perde controlo disso.

A realização de De Palma e conseguida, apesar de estar a vivenciar o pior periodo da sua longa carreira colecionando fracassos consecutivos, De Palma e um realizador experiente que sabe filmar como poucos, contudo ultimamente tem pecado na forma como aborda os filmes e acima de tudo nos pontos que escolhe para abordar. Neste filme parece uma tentativa de voltar ao seu grande nivel, primeiro porque deixa de lado as estrelas o que normalmente costuma funcionar para o lado das criticas e por outro lado tenta com o seu sentido estetico entrar no terreno politico, contudo este e perigoso e na forma de de Palma podia resultar em fiasco e que foi o que na minha opiniao aconteceu.

Quanto ao cast, recorrendo a amadores, pouco se poderia esperar do que amadorismo, a forma com que o filme e filmado nao ajuda, mas aquilo estao longe de ser actores.


O Melhor - A forma como os segmentos franceses sao realizados.


O Pior - O exagero e a falta da explicitaçao do contexto politico


Avaliação - D+

Wednesday, November 21, 2007

Lions for Lambs




Desde o despedimento de Cruise da Paramaunt e a criaçao da United Artists que os olhos cinematograficas estavam postos com alguma relutancia no seu reaparcimento sob a mae do algo desaparecido Robert Redford, o filme previa uma longa odisseia politica, mas Redford e algo imprevisivel, de alguma forma o filme poderia cair para ambos lados da balança, o efeito anti-cruise colocar o filme no ponto mais fraco do cinema, ou o talento e consciencia politica, dar ao filme uma dimensao forte. Contudo nenhum da ambas aconteceu, por um lado o filme foi algo esquecido e certo pela critica, mas mais pelo aborrecimento do seu argumento do que pela prestação de Cruise que alias juntamente com Streep receberam os maiores louros do filme, sendo que a nivel de bilheteira os resultados foram irrisorios, sera para a proxima que a United Artists conseguira o sucesso?

Lions For Lambs, e um filme forte do ponto de vista de moral e acima de tudo politico mas falha nas suas ambiçoes, Redford parece que se dedicou ao minimo de trabalho possivel fazendo um filme curto pouco inovador, demasiado cirscunscrito espacialmente e a nivel de tempo, jogando todos os trunfos no poder do dialogo e acima de tudo no debate de opinioes, e neste ponto o filme tem que ser valorizado, permite um debate interessante de pontos diferentes, de diferentes personalidades sem tomar declaradamente uma parte, e isto fica bem em qualquer filme politico. COntudo 80 minutos e muito pouco para fazer um filme grandioso, complexo, forte nas suas dimensoes, ja que tudo e demasiado reduzido e limitado. Ainda para mais quando Redford adopta a tactica do filme repartido por historias paralelas, o que limita a quase 20 minutos para historia o que nao da sequer para introduzir as personagens.

O filme salva-se pela força dos dialogos e principalmente por conseguir um paralelismo e um encaixe moral interessante entre as suas historias, ou seja a forma e conteudo estao bem, falta e o desenvolvimento e acima de tudo a capacidade de fazer um filme com promenores interessantes.

O argumento e talvez o ponto mais limitado do filme, ja que a campanha politica transcede a historia e narrativa, quer na pouca introdução das personagens que devido ao seu pouco tempo no ecra sao quase todos desconhecidos, com excepçao de Cruise e Streep.ç Funcionando no ponto de vista moral, mas com defices a nivel de narrativa.

Redford nao se encontra com ritmo de filmagem e isso nota-se na forma como filma, mas inteligente como e tenta manobrar com opçoes tecnicas interessantes e menos dispnediosas, como a utilizaçao de imagens de satelites nas sempre dificeis sequencias de guerra. Mas no global encontra-se em bom plano.

Quanto ao cast, concentra o grande poderio do filme, Cruise consegue mais uma vez passar a barreira dos mais criticos com uma interpretaçao coesa, Streep e Redford encontram-se em bom nivel e permite que falta de pontos de interesse maximo se potencie nos debates e na eloquencia das suas personagens,


O melhor - os debates politicos entre Cruise e Streep


O pior - Muito limitado nas suas ambiçoes, a lei do menor esforça parece ter imperado


Avaliação - B-

Tuesday, November 20, 2007

In The Valley of Elah




Se existe figura que se tornou proeminente nos ultimos anos no cinema norte americano foi Paul Haggis, numa fase inicial como argumentista, principalmente no desempenho em Million Dollar Baby, e logo a seguir como realizador no vencedor de Oscar Crash. Entre estes filmes uma serie de argumentos valorizados pela critica, que o tornou numa das personalidades mais poderosas da actualidade em Hollywood. Dai que a expectitaiva neste filme pos guerra fossem elevadas, e se numa primeira fase as criticas faziam prever um outro sucesso estrondoso para Haggis o certo e que com o lançamento do filme estas começaram a arrefecer e apesar de o filme ter sido na generalidade bem aceite pela critica o certo e que o entusiasmo nao e tanto que permita que um filme com a marca Haggis marque de novo lugar numa cerimonia da academia, ainda para mais quando os resultados de bilheteira são extremamente residuais.

Obviamente que Haggis e um escritor com um nivel de excelencia com capacidade de introduzir historias ricas, culturalmente e historicamente fortes e com grande dimensao cinematografica, contudo o alto nivel dos seus titulos anteriores faziam prever um filme de outra dimensao nesta incurssão pelo pos guerra do iraque, com a dimensão politica que ele sempre soube trabalhar. O mal do filme acaba por ser a sua pequenez, ou seja, o filme pouco mais sabe do que uma historia, com pontos proximos do policial mas que no final acaba mais por ser algo politico. Esta indefinição no filme acaba por custar uma valorização de outro nivel, ou seja o filme e forte, tem uma narrativa interessante mas acaba por se perder no emaranhado dos contextos e valores politicos que defende, e principalmente na forma como articula estes pontos com uma historia policial, onde em nenhum momento consegue estabelecer um ritmo forte que alimente em certa medida esta parte do filme.

O filme fala do pos guerra do iraque, do assassinato de um ex militar de forma surpreendente e da tentativa do seu pai, com a ajuda de uma policia local descobrir a verdade em torno deste subito desaparecimento. E é neste ponto que o filme rapidamente passa de um policial aborrecido, porque tem sempre os processos algo lenitificados, exagerando na profundidade sentimentalista que tenta dar, para um filme politico e acusatorio que funciona melhor e se encontra mais apropiado ao registo de qualidade que estamos mais habituados em Haggis.

É claro que os valores mais positivos de Haggis estao lá, a capacidade de filmas e incidir como poucos nos valores mais puros do ser humano, na capacidade de filmas o sofrimento e caracterizar de forma complexa as personagens e acima de tudo a capacidade de traduzir politicamente o pensamento mais elaborado de algum do seu espectador alvo, contudo estamos claramente em perda relativamente aos seus outros argumentos e principalmente relativamente ao seu anterior filme como realizador o premiado CRASH.

O argumento apesar de conter quase todos os pontos positivos de Haggis e tambem certo que quase inexplicavelmente o autor nunca consegue escolher a forma como quer defenir o seu filme e isso torna-o em determinados pontos extremamente incongruente e pouco coeso nos ritmos de narrativa que adopta, COntudo mais uma vez a dinamica politca do filme esta bem efectuada e a caracterização das personagens e marcada pela força ja caracteristica do argumentista.

Como realizador Haggis ainda é um principiante, apesar do seu filme de estreia ter vencido os oscares, impulsionado acima de tudo pelo argumento, ainda e obvio que Haggis limita-se ao academismo com pequenos rasgos pessoais, neste filme nota-se evolução mas ainda não e um mestre nesta arte.

Quanto ao cast em filmes com esta tonalidade dramatica a escolha dos protagonistas e extremamente importante, e este e talvez o aspecto mais forte do filme, Lee Jones esta em bom nivel apesar de nos parecer que existe uma valorização excessiva por parte da parte mais convencional da critica, Theron volta ao nivel elevado que demonstrara nos seus papeis mais dramaticos, mas o ponto mais forte do filme a nivel de interpretaçoes vai para Saradon que depois de um longo precurso no deserto com prestações em comedias menores resurge aqui com toda a potencialidade da actriz dramatica que é.


O melhor - A caracterização das personagens centrais nas suas componentes humanas.


O Pior - O policial torna-se demasiado rapido um filme de intervenção politica


Avaliação - B-

Sunday, November 18, 2007

We Own The Night




De todos os realizadores ainda no activo Gray e aquele que mais atençãio tem dedicado a trbalhos sobre a mafia actual, sempre centrada num jogo de espiões, normalmente com filmes recheados de nomes, e com enorme expectativa mas que terminam sempre como filmes simples sem grandes explosões e normalmente longe de grandes sucessos comerciais. Para este ano a tematica era semelhante abordando o poder noturno da mafia russa, com a valorização do bom momento dos seus actores das ultimas obras, ja que quer Pheonix quer Walhberg estao neste momento nos melhores momentos da sua carreira, e se este aspecto nada mudou relativamente ao poder critico do filme, com criticas globalmente positivas mas pouco euforicas, certo e que o filme adquiriu maior visibilidade comerical apesar de resultados normais.

We Own The Night pode ser considerado o parente pobre de The Departed, uma historia de policias e mafiosos com meios termos pelo meio, contudo o filme peca por ser primeiro demasiado sombrio, nao tem ritmo ou normalmente um ritmo lento, e depois porque a determinada altura entra num registo demasiado positivista principalmente na personagem de Pheonix que se altera totalmente sem qualquer tipo de duvida nesta mesma mudança. Enfim o filme funciona e por certos momentos interessantes, mas tem a falta de valorizaçao de qualidade, falta os rasgos criativos falta aquilo que realmente apaixona o espectador.

O grande defeito do filme e a previsibilidade, mesmo os twists narrativos efectuados sao previstos por crianças de 4 anos, tudo e demasiado denunciado, mesmo que a forma como isto e articulado acabe por ser bem feito.

O filme contra a historia de uma familia e dois irmaos, um envolvido no submundo da Droga e outro policia, intermediado por outro policia que e pai de ambos, isto tudo ganhar um contorno de ligação numa investigação que envolve ambos, depois de muitas alterações os lados vao mudando. Mas tudo de uma forma extremamente basica e linear.

O argumento e coeso, integrado, mas perde pelo defice de surpresa, pela incapacidade de surpreender positivamente o espectador. por outro lado existe uma ambiguidade enorme na construção das personagens, enquanto que a de Pheonix e riquissima do ponto de vista emotivo, a de Whalberg acaba por ser totalmente decorativa ao longo de todo filme. Sendo que esta ambiguidade tem o ponto maximo na indicifravel e incaracterizavel caracterização da personagem de Mendes.

Gray, opta normalmente por filmagens negras, algo depressiva, e neste filme volta a mesma toada, mesmo assim consegue aproveitar o bom momento do seu protagonista, para enfatizar a sua capacidade interpretativa, com altos planos das expressoes faciais. Num registo positivo muito ao nivel habitual do realizador.

O cast, vem comproval o optimo momento de Pheonix, numa prestação arrebatadora, e que mostra mais uma vez o talento por diversas vezes comprovado, num filme que normalmente ate poderia nem ser muito rico em interpretações Joaquin controla o filme de uma ponta a outra nao deixando espaço para qualquer um dos outros interpretes principalmente Walhberg que passa totalmente ao lado do filme, quer pela falta de conteudo de personagem, quer por alguma monotonia em que parece cair.


O melhor - OS momentos dramaticos de Pheonix


O Pior - A previsibilidade dos twists narrativos


Avaliação - C+

Into The WIld




Sean Peen no seguinto da sua carreira como realizador tentou conceder uma homenagem a alguem com um pensamento diferente, alguem descontextualizado da evolução e acima de tudo um selvagem dentro da humanidade, nesta especie de biopic, Penn surpreendeu grande parte dos criticos que ficaram assombrados com a surpreendente narrativa de penn, e este facto reflectiu-se no publico que aderiu de forma substancial a um filme independente e acima de tudo de dificil assimilação. Contudo esta conjugação coloca-o nesta fase numa boa posiçao para poder entrar no duro combate pelos galardoes, e torna Penn mais que um actor de primeiro nivel que ja o e, num realizador a ter em atenção.

Into The Wild, e acima de tudo um filme marcante, um filme que nos faz pensar, e acima de tudo e um filme que nao torna parte, nem embarca em facilitismos de glorificar a pessoas que homenageia, tenta sim demonstrar o extremismo da sua filosofia, apresentar os seus pontos fortes, principalmente na forma forte como critica os condicionalismos de uma sociedade de aparencias, mas tambem consegue condenar a incapacidade da personagem nao saber os seus limites a capacidade de ser flexivel e fazer daquela filosofia algo primaria algo tao doentia, que nunca lhe permite ver as consequencias negativas da mesma. Contudo Penn faz este paralelismo como ninguem, o filme nunca e certo nas decisoes que toma, so na sua conclusão parece adquirir um simbolismo maior marcadamente pela redençao final da personagem confrontado com a desilusao e com o resultado das suas escolhas.

Into the Wild funcionaria excepcionalmente no plano literario, seria um livro brutal, intimista, capaz de reflectir nos leitores, as duvidas e as certezas, e parece que este aspecto e algo minorado no filme, principalmente nos segmentos metacomunicativos de Alex, ou seja nos momentos em que este esta apenas consigo, o filme nunca consegue entrar dentro da comunicaçao e os pensamentos pessoais da personagem parecendo sempre algo distante e noutra dimensao, como de um estranho a deambular se trata-se, e este aspecto condiona algumas fases do filme principalmente no ritmo que este adquire.

Mesmo assim estamos perante uma das obras mais singulares e narrativas mais fortes ate ao momento neste ano cinematografico, apesar de ser notorio que seja um filme que funcione melhor no seu conteudo e na sua reflexao do que propriamente na sua visualização ja que tem momentos muito monotonos, e por vezes entra num intimismo tao profundo que poe de parte o espectador.

Contudo para retirar este ponto Penn usa um trunfo de luxo, com uma banda sonora do melhor que se viu em Hollywood, os temas de eddie vedder, sao fulcrais na beleza e na dimensao sentimentalista que o filme vai dando, e isso influencia muito a forma como o espectador vai avaliando positivamente a forma como o filme vai correndo.

O argumento e demasiado literario, apesar de denso e complexo acaba por se abstrair em demasia das imagens, para adornar o significado, tudo parece demasiado poetico e filosofico a determinado ponto. Contudo tratando-se de um biopic e de assinalar que alguem tenha uma vida tao filosofica capaz de dar um filme tao pouco terra a terra e tao intimista.

A realizaçao de Penn tem cunho de autor, o famoso actor arrisca quase tudo neste filme atras das camaras, nos planos do protagonista, na forma como filma as paisagens na interaçao estre estes aspectos, na forma como corta planos, na forma como coloca a imagem como veiculo transmissor do guiao, tudo funciona as mil maravilhas neste parametro, oferencendo uma das realizaçoes mais poderosas deste ano e quem sabe nao valera mais uma nomeaçao a Penn desta vez noutro segmento.

Quanto ao cast, Penn arriscou em Hirsch, um jovem actor ate ao momento mais conhecido por ter tiques semelhante a Di Caprio e pelo brilhante agente que lhe arranja protagonismos em filmes minimamente conceituado, contudo neste filme a opiniao tem de mudar,, Hirsch brilha em todo o filme tendo uma das interpretaçoes mais surpreendentes que há memoria tendo em conta o percurso ate ao momento do actor. No seu papel de diferenciar os aspectos mais adaptados da personagem em que se encontra a um nivel mais similar ao Emile de sempre, e a vertente fisica onde esta a um nivel brilhante que lhe pode mesmo dar aspirações a uma nomeaçao, totalmente impensavel na carreira ate ao momento do actor. nos secundarios muitos nomes de relevo mas o filme acaba por virar todas as atençoes para o jovem actor.


O melhor - As musicas de Eddie VEdder.


O Pior - Nao conseguir entrar nas reflexoes da personagem


Avaliação - B+

Friday, November 16, 2007

Bee Movie




A animação normalmente guarda as apostas finais para o final do ano, normalmente incutidas pelo espirito natalicio, quer a Walt Disney quer a Dreamworks lanças as suas segundas apostas nesta epoca, de forma a tentarem controlar a bilheteira neste periodo de compras de Natal. E neste terreno e associado a imagem super rentavel de Seinfeld, a Dreamworks, lançou um filme de animaçao em torno do comediante reponsavel sobre o argumento, produção e interpretação da figura central, o filme prometia um humor contagiante do humorista associado a grande capacidade produtiva da dreamworks desta vez no mundo das abelhas, contudo os resultados foram intermedios, se em bilheteira o filme ficou proximo do habitual dos filmes de uma segunda linha, algo decepcionante tendo em conta o poderio do humorista, tambem na critica o filme nao passou da mediania, estando praticamente arredado da dispota pela melhor animaçao do ano, um dos objectivos menores do filme.

De referir que o filme enquadra-se bem naquilo que esperamos dele, a simplicidade e moral de um filme de animação com o humor tipico e algo idiota de Seinfield, que lança gargalhadas soltas, e nesta articulação o filme tem que ser valorizado, contudo e tento em conta o exoterismo da historia num misto de humanos e abelhas, o filme nao consegue deixar de ser ridiculo, com pontos de tal forma infantis, que retira alguma qualidade aos fragmentos adultos, utilizandos principalmente na vertente humorista do filme. Sendo que deviso a este facto o filme perca alguma da profundidade moral que intensifica a grandiosidade do filme de animação.

O filme e algo perdido na forma como apresenta o seu guiao, algo disperso e disparatado, e centra-se na tentativa das abelhas adjudicarem a si a pertença de todo mel na superficie com as consequencias nefastas que isso traz. E se no enquadramento do mundo isolado das abelhas ate acerta, a naturalidade com que este e articulado com a realidade humana é extremamente infantil e desenquadrada, com particular destaque para a ridicula e exagerada sequencia de tribunal. mesmo assim a facilidade com que o filme se aproxima do espectador e grande parte do sucesso das piadas efectuadas devem ser extremamente valorizadas na avaliação do filme, que funciona muito mais nos seus segmentos especificos do que propriamente na dimensao de filme.

O argumento ao contrario de muitos parte de um principio algo ridiculo que que consegue potenciar numa obra interessante na maioria do tempo, sem contar as interações forçadas entre abelhas e humanas, que falham rotundamente, mas consegue manter um ritmo acelarado e extremamente acertado na sua vertenta mais humoristica, ou nao fosse escrita pelo grande Seinfield.

Do ponto de vista produtiva, ainda esta no amador das potencialidades do digita, os desenhos estao longe do que ja se faz, e quase que esbarra em algum tradicionalismo, contudo isto enquadra-se bem na dinamica colorida do filme.

Quanto as interpretações como nao podia deixar de ser Seinfield domina todo o texto, e embora comece muito bem e a agradar intensamente ao espectador com o passar do tempo o espectador começa a ficar cansado da interpretação do actor, que se torna algo irritante e repititiva, mesmo que seja o coraçao do filme, de resto de realçar as boas interpretações de Rock e do parodiado Liotta.


O melhor - As piadas a la Sainfield


O Pior - A sequencia de tribunal


Avaliação - B-

Thursday, November 15, 2007

The Game Plan




De algum tempo para cá a Walt Disney atraves da sua produtora mais familiar a Buena Vista tem apostado em desmistificar o papel de durões do cinema em comedias familiares, cheias de sentimentalismo, e em filmes tipicos de domingo À tarde. O primeiro escolhido foi Vin Diesel, com o seu Pacifier, contudo agora ainda mais longe foram pegando na ex extrela de Hollywood convertida a action man, do Cinema The Rock. Contudo o publico estava mais preparado para esta mudança ja que em Bee Cool, o actor ja dava mostras de poder funcionar bem num registo mais comico, os resultados foram fortes, com uma dinamica de bilheteira forte tipicas deste estudio, embora os criticos não fossem muito a bola com esta comedia com contexto desportivo.

The Game PLan, integra bem o esteriotipo de filme familiar, ou seja e tao pouco ambicioso e curto no seu guião, que torna tudo demasiado obvio e previsivel ate a exaustão.

O filme alias e igual a tantos outros com o mesmo objectivo, a historia e a mesma, as situações sao as mesmas, a moral e a mesma, so muda o contexto embora este tambem nos pareça ja utilizado, o que nos leva a pensar, nao sera esta comedia familiar, um genero a necessitar de chama, de ideias novas. A resposta e obvia. Claro que sim, senao cada vez pagamos bilhetes de cinema para levar os nossos filhos a ver mais do mesmo, contudo e verdade que os filmes continuam a resultar.

The Game Plan, e verdade que tem a ternura de um filme para os mais pequenos, que consegue em algumas dimensoes tornar a figura forte e dura The Rock, paternal embora por vezes algo ridicularizada, mas isso e tudo muito limitado para um filme que procura chegar aos 100 milhoes de dolares de receita, os mais pequenos deveriam exigir algo mais difrente.

O argumento penso que ja foi utilizado diversas vezes e aqui adaptado, alias mesmo a construção das personagens sao as normais, o idiota, o duro, enfim um autentico disco riscado a nivel de contrução de guiao.

A nivel de realização estes filmes tem normalmente um aspecto positivo e que os meios facultados normalmente neste estudio sao de primeira classe o que permite mais arrojo a este nivel, embora nao nos pareça que este filme aproveite estas potencialidades, principalmente nas sequencias desportivas. Contudo o obvio do filme e chegar perto do espectador e isso e minimamente conseguido com esta realizaçao.

Quanto ao cast, surpreende-nos a apariçao de sedgwick, normalmente mais ligadas a filmes dramaticos mais independentes, que tras-nos um papel totalmente ridiculo, e que nos surpreende pela negativa, ja The Rock, como e de conhecimento geral, nao faz das suas qualidades interpretativas, grande quartel dai que nos pareça integrado num filme que pouco exige dele, a nao ser uma vertente comica que dentro das suas inumeras limitações acaba por ter.


O melhor - Alguns gags esporadicos bem comicos


O Pior - A repetiçao constante de um argumento


Avaliação - C-

Tuesday, November 13, 2007

Things we Lost in Fire




Todos os anos, antes dos grandes terramotos para os oscares, os grandes estudios lançam umas replicas com pouco a perder, normalmente sao filmes mais pequenos centrados em experiencias de argumento, sob a alçada de grandes produtoras a espera de visibilidade que a torne a surpresa do ano, foi um pouquinho neste registo que surgiu este filme, realizado pela quase desconhecida Bier, e com dois actores galardoados, num filme emotivo, que normalmente cai muito bem no gosto dos criticos. Assim e apesar desta predefinição, o filme não conseguiu sequer ter a visibilidade suficiente para dar o salto, mesmo no que diz respeito a sua carreira comercial, e apesar de valorizado pela critica parece sem força suficiente para se intrometer na luta dos galardoes.

Este filme, e um filme simples, sobre as guerras pessoais do dia a dia, pautado por uma atmosfera negativa que vai se colorindo com o passar do tempo, a simplicidade e acima de tudo a emotividade que o filme vai transmitindo acaba por ser genuina ao ponto de captar o espectador para a historia, mesmo que esta esteja longe dos rasgos creativos, ou surpresas universais, limita-se com uma intensidade narrativa e sentimental muito forte contar uma historia dura, pura e sentimentalista de uma forma academica mas no geral muito bem conseguida.

Alias a sensação que saimos e de satisfação de que vimos um filme que transmite esperança, um filme forte, mesmo que durante o seu tempo seja triste por vezes perdido, mas o filme sabe sempre encontrar o seu caminho e resultar nos diversos planos.

O filme fala-nos sobre a forma como uma viuva reage a morte do seu marido com duas filhas e a ligação que estabelece com um amigo toxicodependente do defunto que tantas brigas causava com o marido durante a vida, numa especie de rendiçao e de suporte mutuo de forma a preencher o vazio. do ponto de vista sentimental o filme e forte e conseguido.

Talvez peque por falta de valores que confiram o caracter especial, ou seja a irreverencia o risco, nunca esta presente, e tudo demasiado calcolado, e nunca consegue sair da dimensao do telefilme de primeira, falta-lhe espontaneadade, e que a qualidade seja mais natural e menos trabalhada.

O argumento centra-se na parte emotiva, alias todo o filme e demasiado sentimentalista e pouco racional, quer na construçao das personagens por vezes desprovidas de algum realismo, como na narrativa, que e uma constante busca de descarga emocional por parte das personagens.

A realização por parte de Bier, e natural, sem grandes rasgos, sem riscos limitando-se ao mais natural e simples possivel, talvez pela falta de experiencia da realizadora, mas tambem porque quer dar o protagonismo quer aos actores quer ao argumento.

Do ponto de vista de cast de sublinhar que marca o regresso de Berry as grandes interpretaçoes que se arredou depois do oscar conquistado em Depois do Odio, contudo e apesar do bom nivel da interpretaçao da actriz as atençoes tao todas centradas no brilhante desempenho de Del Toro, confirmando ser um dos melhores actores da actualidade e com uma interpretação com carimbo de nomeaçao, isto se existir justiçao


O melhor -Benicio Del Toro


O Pior - A forma planeada com que o filme resulta, faltando espontaneadade..

Avaliação - B

Sunday, November 11, 2007

30 Days of Night




E sempre de esperar quando vemos um realizador com alguma reputaçao pegar num genero cada vez mais naufagrado como o terror, ainda mais com uma especie de vampiros. O filme fez honras de blockbuster, com boa campanha promocional, e numa serie de actores conceituados nas suas fileiras, a expectativa era grande, poderiamos ter de novo um bom filme de terror. Apos as primeiras criticas vieram a desilusão e a angustia, primeiro porque o filme nao obteve grandes aplausos, com as mesmas criticas que qualquer filme de terror sem autor tem, e a nivel de bilheteira os resultados foram vulgares, longe das melhores expectativas, dai que tenhamos que esperar por um lado que Slade se dedique a filmes mais dramaticos, e que outros autores de renome tentem a sua sorte no terror.

O filme nao foge de vulgaridade dos filmes de terror, uma historia limitadissima, poucas vezes interessante, poucas explicaçoes muito sangue, enfim as limitaçoes a que estamos habituados. Fora isso talvez uma produçao mais rica, que arrisca mais na forma como digitalmente realiza as sequencias de acçao, mais apostas na interpretaçao com uma serie de actores melhor, o que transforma o normal filme mau de terror num filme mediocre com pontos a valorizar.

E nestes pontos a que sublinhar desde logo, a fotografia, o filme tem uma fotografia de primeiro nivel, nao tem medo de arriscar, de nos dar imagens arrebatadoras, o conceito tambem tem o seu que de interessante.

De negativo o argumento em si, personagens repetitivas, falta de explicações, pouco coeso, falta de informaçao, excesso de sangue utilizado o tipico jogo de camara, o filme acaba por ser demasiado igual aos filmes maus que saem a duzia por ano.

A historia engloba vampiros, numa pequena cidade perto do alaska, existe uma epoca do ano em que a noite ocupa 30 dias seguidos, eis que surge uma vaga de vampiros prontos a atacar quem ficou na cidade sem se preocupar com a vinda da luz do dia. Depois tudo muito igual ao que estamos farto de ver, com os tipicos cliches, relaçoes e conclusoes.

O ponto mais fraco e debil do filme e a coesao do argumento e se ate consegue partir de um pressuposto valido a forma como o concretiza e estremamente limitado, pouca arrojo, demasiada colagem ao que ja foi efectuado e uma resposta muito aquem do possivel.

A realização, Slade tem cunho de autor, arrisca na realização, gosta de surpreender, nao tem medo das sequencias mais dificieis, mesmo que por vezes neste filme nao tenha noção dos limites o que torna as suas cenas por vezes demasiado movimentadas e excitadas com as oscilaçoes de camera a serem mesmo excessivas.

Quanto ao cast apostar numa figura consolidada como Harnett poderia ser um bom trunfo de bilheteira, contudo a epoca talvez nao foi a melhor ja que actor tem colecionado consecutivamente fiascos, contudo é a dupla Houston Foster, que mais surpreende, e se Danny Houston, ja e habitual este tipo de registo, com uma prestação que acaba por ser o ponto mais carismatico do filme. Foster tem se assumindo nos ultimos tempos como o maior excentrico do cinema americano, ideal para perturbados que mais uma vez interpreta com brilhantismo, o casal mais comercial, esta ao seu nivel mais comum, ou seja demasiado mediano.


O melhor - Danny Houston


O pior - Nao trazer nada mais alem no genero.


Avaliação - C

Saturday, November 10, 2007

Rendition




Rendition e daqueles filmes que tem tudo para ser um dos grandes filmes do ano, bom elenco, hsitoria forte com dimensao politica, tema interessante, lançado perto dos oscares, mas que resulta numa simbiosa, que nao resulta, o que o torna sem qualquer tipo de razao aparente num filme mediano, raramente apelativo para o espectador. Dai que um dos filmes mais aguardados do ano, nao so nao conseguiu grande visibilidade nas bilheteiras como criticamente esteve longe dos aplaudos, recebendo inclusive alguns assobios.

Penso que a crise islamica, e um bom tema para o cinema, alias os ultimos filmes tem focado este tema, contudo aos poucos começa a cansar, os temas e a forma de abordar o filme sao sempre as mesmas, imperando quer as diferenças culturais, como o preconceito, dai que Rendition, perca logo porque apesar de pegar num tema forte, nao o faz de forma nova, repetindo apenas diversas formas anteriores, o que lhe tira desde logo o aspecto surpresa que e sempre importante num filme com tantas ambiçoes como nos parece ter este.

A formula do filme e a mais habitual nos filmes que incidem nesta tematica, historia paralelas que aos poucos vao ganhando pontos comuns, contudo o filme nunca ganha a densidade necessaria para ser interventivo, tudo nos parece demasiado previsivel demasiado encaixado, o que apesar de dar algum conteudo e intervençao politica ao filme, raramente o torna interessante ao olho do espectador que acaba por se fatidiar rapido com o ritmo pausado que o filme adopta.

O filme claro que tem pontos positivos, e certinho na sua narrativa, nao se incomoda em acusar, e ser algo incorrecto na forma como descreve os americanos, talvez em demasia, na forma como constroi e monta o filme, numa dualidade temporal interessante, o que torna o filme aceitavel e em pontos positivos, contudo nunca consegue passar deste patamar e isso num filme deste genero nunca pode ser muito valorizado.

O argumento apesar de certinho e coeso, peca pela previsibilidade e falta de originalidade, tudo parece retirado de segmentos de outros filmes sobre a mesma tematica, e mesmo a forma como liga as historias parece demasiado simples, e pouco trabalhado, por outro lado nunca consegue caracterizar bem as personagens, salva-se em boa escala o estilo temporal da narrativa, interessante principalmente na irreverencia final.

O realizador tenta mais uma vez dinamizar politicamente como fez com o conceituado Tsotsie sendo engraçado que em ambos, ele nao consegue fazer uma boa contextualizaçao cultural do filme, contudo aqui consegue ter promenores interessantes, ou seja apesar de me parecer que ainda nao conseguiu explodir, deixa sinais que o pode fazer em pouco tempo.

Para terminar de referir que o cast e recheado de estrelas mediaticas e acima de tudo galardoadas, contudo todas parecem algo desaproveitadas em todo o filme, com personagens simples, sem grande conteudo e acima de tupo pouco exigentes, a excepçao e feita para os momentos finais de Witherspoon, contudo nem ai a actriz consegue atingir os niveis que ja demosntrou.


O melhor - A montagem temporal do filme


O pior - Repetitivo em demasia


Avaliação -C+

Thursday, November 08, 2007

Gone Baby Gone




O timing deste filme é algo absolutamente genial, numa altura em que os raptos e as crianças desaparecidas estavam na ordem do dia, é lançado um filme que se debruça perante esse assunto, com paralelismos interessantes com o ultimo caso mais mediatico desta problematica o de Maddie McCann. Isto tudo torna-se ainda mais assustador quando o filme ja esta produzido a um ano. O filme talvez com este impulso tornou-se um dos filmes sensação e mais badalado do ano, conjugando um sucesso razoavel a nivel comercial, com uma critica muito positiva que o coloca inclusive para ja na linha da frente para os galardões normalmente atribuidos por finais de cada ano.

Sem duvida nenhuma que estamos perante um dos melhores filmes do ano, senão o mais completo, este filme tem um valor actual muito forte debruçando-se sobre um tema onde não existe conclusões, lança os dados e tira os resultados como poucos apesar de nunca apresentar nenhum caminho como certo. A diferença entre familia biologica e afectiva, e um pouco os debates judiciais e morais, estao presentes ao longo de todo o filme, que nos faz pensar, mudar de ideia, reprovar, condenar e aceitar o assunto. Este ponto acaba mesmo por ser desgastante quando o espectador se depara com um assunto tao ambiguo que tudo acaba por ser minimamente reprovavel.

O filme faz estas transiçoes como ninguem, apesar da logica final ser talvez aquela que na pratica seja mais injusta, Alfect nao tem medo de mostrar que a sua decisao de conclusao do filme estava errada e acima de tudo que nada e perfeito quando nos debruçamos sobre um tema do dia a dia.

A historia fala-nos sobre um rapto e uma investigção paralela que conduz a algo bastante complexo, depois temos os debates morais das diferentes personagens centrando se acima de tudo naquela que mais paralelismos se encontra com o espectador, que e teleguiado por todo o guiao.

O filme mais que um objecto de diversao que consegue ser ao longo de todo filme, e um metodo de analise, um indotor de respostas sociais, de raciocinio e isso consegue como poucos-

De negativo muito pouco, talvez a determindados momentos nao necessita-se de se tornar tanto num filme de acção nem de conspirações que em determinados momentos se torna, mesmo que seja descontruido logoa a seguir. As armas tb nos parecem negativas no filme, ja que torna um filme incrivelmente universal algo circunscrito aquela realidade.

O argumento e perfeito alias, é o ponto mais forte do filme, e dinamico, forte coeso, moralmente forte, indutor de raciocinio social, as personagens sao complexas muito humanizadas, e uma historia verdadeiramente imponente, muito a semelhança do que tinha sido efectuado na outra obra deste autor.

A realização tem risco, apesar de nao ser muito conceituado, nem ser um realizador de eleição, Alfect no inicio da carreira neste parametro, acaba por receber os aspectos mais fortes dos realizadores com quem trabalhou, e conseguir criar um filme interessante nesta dimensao, arriscando nos planos e na concretização de uma toada negativista perfeita na envolvencia do filme.

O cast e algo submerso pela riqueza do guião, e apesar da complexidade das personagens, os actores tem a vida facilitada pela forma como o guiao e escrito, assim Alfeckt, ganha a asposta no seu irmao Casey, um dos actores em melhor forma neste ano, que domina por completo o filme e assuma para si o protagonismo do filme, algo que ate ao momento nunca tinha sucedido na sua ainda curta carreira, so perdendo as cenas para a melhor interpretação do filme a cargo de Ed Harris e com cheirinho a nomeaçao. A ver vamos.


O melhor - A actualidade do tema.


O Pior - Os tiros


Avaliação - B+

Wednesday, November 07, 2007

Captivity




Este Cativeiro vem na sequencia de uma serie de filmes cada vez mais hard core que se tem tornado usual no cinema, onde os limites do possivel sao mesmo ultrapassados e podem mesmo entrar na loucura e acima de tudo na questão sobre que tipo de mentalidade pode recorrer a um sadismo tao exagerado que em momento algum pode ser considerado criativo. O filme começou com a polemica antes de ser lançado, quando teve cenas sensuradas e teve de fazer nova montagem o que originou uma necessidade de reorganizar a sua estreia, contudo e apos todos os ajustes e a polemica que trouxe, o filme tornou-se num dos maiores floops da historia, quer do ponto de vista comercial onde foi apenas visionado por uma minoria irrisoria, e acima de tudo critico, onde conseguiu algumas das criticas mais negativas dos ultimos anos.

E obvio que o terror juvenil encontra-se em crise de identidade parecendo nos ultimos anos, uma competiçao entre quem mais longe ia, contudo ao contrario do previsto estas cenas mais que impressionar o espectador foram ridicularizadas por estes, o que fez diminuir, principalmente este ano, o numero de filmes do genero lançados, contudo existe sempre quem nao se actualize e caia no erro dos outros. Foi o que aconteceu com este fraquissimo Captivity, um tipico filme de terror juvenil, previsivel, com um argumento quase inexistente, baseado apenas ou nos decotes e forma fisica de Cuthbert, ou no exagero das sequencias do chamado terror, que mais que impressionar enojam o espectador.

O filme e quase todo na sua essencia muito mau, contudo ate acaba por ter nos seus detalhes, alguns pontos bastante positivos, o ambiente claustrofobico criado, a forma como transmite a falta de controlo da protagonista, mesmo assim e muito muito pouco para um filme que falha em quase todos os aspectos cruciais

Assim o argumento, quase nao existe, a bestielidade das acções são conjugadas com uma linha orientadora da narrativa extremamente debil, as personagens sao unidimensionais, e sem interesse e mesmo os twists sao tao forçados que ficamos impressionados com as limitaçoes do filme.

A realização de um filme de terror tem sempre alguns pontos complicados, ou seja tudo tem que estar ao serviço da surpresa e acima de tudo da intensidade, o filme consegue neste particular a espaços resultar, mesmo que nunca consiga salvar da limitação frequente a que o filme esta dotado pela sua escassez de conteudo

O cast conduzido pela ja habitue neste tipo de filmes Cuthbert, e apenas posto a prova na qualidade vocal para gritar, e parece aos poucos condicionar o futuro inicialmente declarado promissor da jovem actriz, que mais uma vez nao tem qualquer tipo de espaço para brilhar, necessita de rever urgentemente as suas escolhas ou caso contrario, veremos em serie B, para o resto da vida, os restantes menos mediaticos, ao nivel baixo do filme.


O melhor - A polemica que ainda criou alguma expectativa.


O Pior - A tentativa de impressional pela bestielidade e exagero


Avaliação - D+

Tuesday, November 06, 2007

No Reservations






Ao falarmos de comedias romanticas, provavelmente temos de recoar ao final do seculo passado para encontrar as mais badaladas, tornando-se actualmente em desuso as formas mais tradicionais deste genero, que deram lugar a filmes mais apimentados e menos apelativos ao sentimento puro. Contudo para este ano ficava marcado um encontro entre dois actores de meia idade em expansao que poderiam dar a quimica necessaria para fazer resultar um filme destes, Eckhart e Jones, juntaram-se a mesa, na companhia da pequena Abigail, o registo poderia causar alguma expectativa, sendo que os resultados ate ao momento foram positivos, e a critica nao provocou grande alarido, nem grandes criticas a um filme com poucas ambiços, do que transmitir romantismo.

O filme e simplissimo, e nunca tenta inventar, e uma historia por demais contada da pessoa ligada ao trabalho que do momento para o outro tem que ser mae e descobre o amor, isto entra em confronto com a imagem que ela propria tem de si, e eis que temos uma tipica comedia romantica, o diferente e a forma como aborda a tematica da cozinha.

Alias este ponto chega a provocar agua na boca ao espectador, a forma como sao descritas as receitas dao mais sensaçoes ao filme, adicionando um romantismo extremo planeado a funcionar em todas as cenas.

Contudo O filme tambem tem as suas limitaçoes, ao nao arriscar, acaba por nao conseguir ultrapassar a barreira do entertenimento simples, ou seja e de tal forma idealico que toca ao de leve na telenovela lamechas, aproximando-se em demasia da exclusividade feminina.

Contudo o filme funciona bem no romantismo que transmite, o casal funciona bem e acima de tudo tem uma intermediaria de luxo, o filme revela os diferentes sentimentos nos espectadores, tem bom astral e uma naturalidade forte, contudo nao vai muito alem nas ambiçoes, e mesmo no que diz respeito a profundidade dos sentimentos tudo fica demasiado simples.

O argumento e algo repetitivo, sincero, simples, romantico, mas nao parece evoluido nem ambicioso, tudo acenta na dinamica das personagens, e isso acaba por ser limitado, embora resulte bem como entertenimento. As personagens apesar de irreais na sua base e nas relaçoes que estabelecem, acabam por funcionar bem no ecra.

A realizaçao e surpreendente, primeiro porque depois da explosão de Hicks com Shine, e do naufragio com coraçao na atlantida, previa-se um cinema mais profundo de um realizador algo elitista, dai que uma comedia romantica simples nao seja o mais natural para Hicks, e embora este genero nao exija demais o certo e que parece movimentar se com a vontade neste terreno.

quanto ao cast dois actores com dinamica, carisma e força que funcionam muito bem juntos no ecra embora o filme nunca seja ambicioso no que exige deles. Ja a pequena Abigail encontra-se na sua fase de ouro, e esperamos que ao contrario de outros mantenha as boas luas.


O melhor - O romantismo do filme


O Pior - Demasiado simples e pouco ambicioso


Avaliação - C+

Sunday, November 04, 2007

The Darleeling Limited




Wes Andersson, e dos autores da comedia, talvez aquele que entrou de uma forma mais permanente nas contas mais elitistas de Hollywood com um estilo peculiar, declaradamente non Sense, foi acumulando sucessos, uns mais que outros, ganhando respeito de critico e intlectuais do cinema, que faz que cada filme novo que surge do realizador, grande expectativa e muita expeculação sobre a forma como os filmes se vao apresentar. Contudo e notorio que existe uma desacelaração tremenda, ja que os filmes tem sido cada vez mais pessoais e intimistas, e talvez por isso os resultados deste filme sejam algo dispares. Enquanto que a critica se dividiu entre aplausos e insultos, o publico que nunca foi uma presença muito forte nos filmes de Andersson alhearam-se um pouco do filme.

Este filme com titulo estranho, segue os passos do nome, tenta ser divertido, seguir o humor proprio e algo elitista de Andersson, incluindo uma dimensao cultural algo distante que de alguma forma transforma o filme num ponto mais excentrico do que aquilo propriamente que é.

Como qualquer filme de Andersson, a moral esta a cima do ridiculo dos segmentos narrativos, contudo neste filme acaba por ser mais disfarçado, ou seja a forma como tudo e formado e tao intimista, e tao exoterica, que o paralelismo nem sempre e facil.

Penso que Andersson cai na sua eloquencia no exagero criativo, na tentativa de complicar cada vez mais os seus filmes, dar-lhe uma toada pessoa, parecendo que o filme se trata mais de um private joke do que propriamente uma critica moratoria e com conteudo. O filme do ponto de vista criativo so a espaços e que consegue ser interessante e do ponto de vista de comedia esta longe de provocar longos sorrisos.

O argumento construido mais uma vez na dinamica inseparaval de Andersson e Wilson, demonstra mais uma vez a bipolaridade do humor dos seus criadores, e que esta presente em todas as obras da dupla, caminhando rapidamente de uma boa disposiçao contagiante para uma tonalidade extremamente depressiva, contudo neste filme, estes aspectos estao melhor fragmentados, embora seja ainda mais visivel neste argumento alguma destrutuaçao de pensamentos, que faz com que o filme muitas vezes se perca na sua eloquencia.

Andersson e um bom realizador, atravez das imagens transmite todos os sentimentos que quer, tem rasgos de autor e sabe o que fica na retina do espectador e neste particular mais uma vez encontra-se bem, tb a nivel cultural e apesar de exigencia nos planos exteriores subir o filme e bem realizado, sendo um dos segmentos mais fortes do filme.

Quanto ao cast, os de sempre Wilson e Schwartzman limitam quase sempre aquilo que andersson pode fazer, ja que embora ambos encaixem na perfeição no cinema tipo de Andersson, tambem e verdade que existe limitaçoes interpretativas em ambas que faz com que o argumento seja construido ja com essa ideia, o elemento novo introduzido por Brody, um actor completamente diferente permite alguma maior densidade a sua personagem embora sem grandes momentos. De realçar a presença de Murray, que para nossa pena nao consegue apanhar o comboio, e a ja habitual Houston.

De referir que o ponto mais falado do filme, e a curta que vinha em conjunto no inicio que infelizmente nao conseguimos ver, mas que por conseguir despir Natalie Portman, superou o proprio filme em mediatismo


O Melhor - A realização de Andersson


O Pior - Perde.-se em excentricidade


Avaliação - C+

Saw IV




Saw tornou-se nos ultimos anos, um dos maiores fenomenos do cinema actual, principalmente acente na capacidade de fazer twists e surpreender os seus espectadores com autenticos jogos mentais. O primeiro filme foi mesmo uma das melhores supresas dos ultimos anos, e um dos melhores thrillers dos ultimos anos, a primeira sequela, acabou por ser eficaz, mas como tudo em Hollywood so se termina quando ja esta completamente destruido, quer a terceira e acima de tudo esta quarta foram autenticos atentados criticos, apesar de na bilheteira, e principalmente numa populaçao mais jovem com necessidade de algum sadismo o filme continue com resultados de bilheteira fortes.

Este Saw 4, desde logo podemos que começar por dizer, que ameaça a qualidade do primeiro, e isto diz muito sobre a falta de qualidade deste filme. O que aconteceu nesta saga e o frequente nas sagas e continuaçoes de filmes de grande sucesso, tenta-se manter o estilo, contudo todos os enredos tem limitaçoes e espaços aos quais nao se podem sobrepor, e neste particular, o conceito e as personagens ja estao gastos a muito. E se o segundo ainda conseguiu articular e conjugar novos aspectos de uma forma minimamente convincente, o terceiro e quarto não passam de remendos de fraca qualidade, sem qualquer tipo de interesse, que servem apenas para colocar uma maior dose de sadismo ao estilo natural da saga.

Neste filme mais do mesmo, depois de Jigsaw morto, surge novos jogos, novas personagens, noval ligações, ligaçoes antigas, mas tudo demasiado solto, tudo demasiado fragmentado, apenas com alguns toques da agressividade natural, mal introduzidos, num filme remendado, desinteressante, sem qualquer tipo de irreverencia e surpresa, que a certos pontos mais parece um telefilme de segunda do que propriamente um Blockbuster.

Aspesctos positivos muitos poucos ou quase nenhuns, num filme na globalidade fraquissimo, podemos gostar de alguns dos jogos, embora estes com a sua complexificação percam aquela dimensao mais traumatica, que por exemplo conseguiam transmitir no primeiros e segundo filme, passando de uma vertente de horror mais mental para uma crueza fisica que demonstra bem a forma perdida com que o guiao foi efectuado.

O argumento e fraquissimo as personagens sem qualquer tipo de conteudo a maioria delas mesmo carne para o assador, as ligações pouco coesas, as escolhas narrativas pouco interessantes, e na globalidade um argumento desolador primario, que se limita a dar uma continuaçao patetica a historia e base anteriormente existente

Na realização alteraçoes no comando, e tambem aqui para pior, se inicialmente com Wang, a realizaçao servia sempre na perfeiçao o filme,neste acaba por ser exaustiva e algo nauseante, com excesso de movimentos de framers adicionais, que provoca um efeito negativo no espectador, ou seja muito fraco.

Quanto ao cast a saga nunca foi conhecida por grandes actores, foi mesmo reduzindo a dimensao dos protagonistas de filme para filme, sendo que apenas o primeiro apostou em nomes com o minimo de estabilidade. Tornando-se quase apanagio sa saga a falta de qualidade do seu cast. Neste filme as coisas ainda se tornam piores os actores sao quase amadores, e nada resulta neste particular, salva-se mais uma vez jigsaw.


O melhor - Ate agora e o ultimo.


O Pior - A deterioração total de uma saga que começou com brilhantismo.


Avaliação - D

Saturday, November 03, 2007

American Gangster




O confronto entre dois dos maiores actores da actualidade causou enorme expectativa entre os amantes de 7ª arte, pela mão de Scott mais proximo de crowe, e buscando Washington mais comum nos filmes do seu irmão, America Gangster causou desde logo muitas expectativas, para verem os dois actores a contracenarem, previa-se uma luta de titas. O filme poderia revigurar a carreira ultimamente intemitente de Scott, que colecionou fiascos sucessivos, como o ano passado com Good Year. Contudo as primeiras opinioes relativamente ao filme sao muito positivas abrindo mesmo quem sabe possiblidades de oscar, Quanto aos resultados comerciais, visto que o filme apenas estreou ontem nos Eua, ainda nao existem dados para avaliar mas as previsoes apontam para resultados positivos.

American Gangster é um bom filme, grande na maioria dos seus aspectos, com um fundamento e uma criação forte, é daqueles filmes que agrada a quase todos o vêem, e isto funciona como o ponto mais positivo do filme, ou seja a forma como e feito, o grau de coesao do filme, e o ritmo e interesse da historia, faz com que toda a gente fique agradada com o filme, e o considere como muito bem feito. Contudo, falta o toque para apimentar, para o tornar inesquecivel, falta-lhe o risco, falta-lhe o brilhantismo, tudo muito previsivel, e muito tradicional dentro dos filmes de gangsters, nao a arrojo, criativo, nem de realização nem mesmo de interpretação e isto e o que separa os grandes filmes das obras primas.

Obviamente que o filme e muito bem estruturado, as duas historias vao sendo paralelas ao longo de todo o filme, dando nos a conhecer os pontos basilares, das personagens dando sempre o espaço de manobra, com algum secretismo que faz com que o filme continue sempre a prender o espectador. Caminhando ao seu ritmo para o momento mais aguardado do filme, e o verdadeiro coraçao de todo o filme, ou seja o encontro entre as personagens, reduzido aos 5 minutos mais fortes do filme, num dialogo, que mais parece uma batalha interpretativa, sendo os momentos em que os actores acabam por ser mais arrojados.

Quem ve este filme nao pode esperar por grandes momentos, come excepção deste ultimo referido, mas um filme coeso, que tem sempre os pes bem assentes na predefiniçao do guiao nunca perdendo noçao de onde esta e para onde vai.

O argumento e academicamente forte, bem articulado, bem criado, contudo parece faltar algum rasgo criativo, o risco, e espontaneadade, tudo parece demasiado metodico para funcionar, o que acaba por acontecer, e o principal culpado por o filme ser grande, mas tambem e o que lhe impede de ser maravilhoso.

Ridley Scott e um realizador de grande nivel, que gosta de arriscar e ganhar evidencia nos seus filmes na forma como realiza e principalmente como nos transmite as sequencias de acçao, quem nao se lembra da arena de Gladiador. Contudo neste filme e entrosado no espirito do filme temos uma realizaçao mais madura mais pausada, quase silenciosa, que apenas nas sequencias finais nos mostra os traços comuns do realizador, mas que todos estes aspectos acabam por funcionar bem

QUanto as interpretações de refeir que ambos se encontram so seu nivel, ou seja muito bom, eles sao o motor do filme, e dão a envolvencia que o filme necessita. contudo nenhum deles se encontra ao seu melhor nivel, talvez porque as personagens nao permitam, principalment Washginton parece preso em demasia a sua personagem e ao guiao, ja Crowe parece mais em evidencia neste filme. Quanto ao cast restante com estes dois actores nao há espaço para mais ninguem


O melhor - O duelo final de palavras.


O Pior - Excesso de academia.


Avaliação - B