Wednesday, December 31, 2008

Seven Pounds


Starring: Will Smith, Rosario Dawson, Woody Harrelson, Michael Ealy, Robinne Lee
Directed by: Gabriele Muccino

Muitos poderão dizer que não existe formulas certeiras no cinema e que o mesmo filme em epocas diferentes traria certamente resultados distintos. A prova disso é o que Muccino fez nos ultimos anos, ou seja no seu filme de estreia nos grandes palcos americanos conseguiu reunir uma boa recepçao critica que inclusive rendeu a nomeaçao para oscar a smith, ao qual se uniu uma receita de bilheteira brutal, dois anos volvidos novamente a mesma equipa e um conceito muito similar, envolvendo as emoçoes basicas do ser humano, contudo os resultados foram completamente o oposto, e se inicialmente ainda apontavam algumas esperanças de oscar ao filme, cedo se reparou que o sucesso nao se iria retornar, a critica negou o filme considerando-o pouco coeso e creativo, e isto manifestou-se no pior resultado de Will Smith desde que há memorio em termos de bilheteira.
Seven Pounds apesar de ser um filme que aponta baterias para emoçoes basicas e primordiais nao consegue ser um filme facil de se ver, acima de tudo porque o espectador encontra-se perdido no guiao nos primeiros momentos tentando encontrar as respostas para as duvidas e rapidamente se cansa de procurar a ligaçao entre sequencias, por outro lado o lado muribunda da personagem central esta longe de convencer e entusiasmar, a toada negativa que o filme assume desde o inicio acaba por muito cedo nao envolver o espectador que posteriormente quando filme adquire mais vivacidade conteudo e alguma qualidade já nao vai a tempo de minorar o dano.
Ou seja Seven Pounds apesar de bem intencionado perde na sua concretizaçao no facto de nao conseguir um fio condutor logico que estruture toda a complexa narrativa, que faz com que as personagens se vao perdendo no ecra com pouco significado, num dos filmes mais deprimentes dos ultimos anos, nao so por ser triste mas acima de tudo por nunca conseguir apelar aos sentimentos do espectador.

O filme tem uma premissa interessante um estranho agente do irs, em estado catatonico decide ajudar sete vidas antes de tentar por termo a sua, numa maior ligação com as personagens o filme adquire uma maior intensidade com o passar do tempo.

O argumento parece a partida complicado mas torna-se ainda mais dificil de digerir tendo em conta as opçoes cinematograficas tomada, raramente consegue simplificar processos quase sempre deixa as personagens perdidas no ecra, e mesmo na construçao destas nem sempre encontramos um filme de primeira linhagem, ambiguas e indecisas nem sempre conseguem permitir o melhor ritmo ao filme

A realizaçao tambem nao e tao bonita como o filme anterior a procura da felicidade insiste abusivamente em grandes planos de smith que deixam de funcionar nos primeiros minutos de filme, a suavidade da realizaçao torna pouco profunda e nem sempre forte

O cast do qual se revestia curiosidade por ser o regresso de Smith aos dramas que tao bem lhe tem saido, contudo neste filme consegue uma das interpretaçoes mais enfadonhas da sua carreira por um lado perde o lado cool que tem nos filmes mais divertidos mas nao adquire a intensidade dramatica que conseguiu e que ja resultou em duas nomeaçoes para oscar, neste filme exagera em determinadas expressoes e nao retira a total proveito do que a personagem lhe poderia dar. Dawson aparece por sua vez num registo mais positivo numa especie de doente terminal, principalmente em termos de caracterizaçao fisica

O melhor – Os ultimos momentos

O pior –O sentimento nao ser traduzido de forma logica no guião

Avaliação – C-


Monday, December 29, 2008

Frost/Nixon


Starring: Frank Langella, Michael Sheen, Sam Rockwell, Toby Jones, Matthew MacFadyen
Directed by: Ron Howard

Frost Vs Nixon e daqueles filmes que antes de sair ja era um acontecimento cinematografico, pelo facto de retratar um dos momentos mais marcantes do jornalismo internacional, ou seja as entrevistas realizadas pelo na altura comediante Frost ao acabado de renunciar da presidencia, e que viria a se tornar o mais proximo de um julgamento que este teve. A normal tendencia de Howard para filmes academicamente bem realizados, deixou a critica ansiosa, e mesmo a escolha de um cast sem figuras de proa, demoveu em parte alguma da carga mediatica do filme mas nao comprometeu a carreira critica, sendo na altura um dos mais serios candidatos as noemaçoes para os oscares, ja que o filme tem recebido criticas muito positivas e acima com uma unanimidade que ate momento nao tem sido comum
A obra de Howard tem uma serie de valores indiscutiveis em si proprio, para alem de ser efectuado com um academismo e perfecionismo idilico muito vincado, o filme acaba por se tornar num duelo intressante intenso, e que nos permite um pequeno olhar dos debates e grandes entrevistas bem como a preparaçao que pode estar na base destas. Mais que um filme sobre politicas e um filme sobre um debate de personalidades, não toma grandes posiçoes, o que podera ser considerado um acto de pouca coragem de Howard contudo isto permite ilaçoes ao longo do filme, e nao apenas um opiniao final, O filme permite uma analise formativa ao longo de si mesmo, na forma como as personagens vao lidando com o acontecimento e acima de tudo no conflito.
O filme consegue retirar o maximo das suas personagens consegue fazer com que estas demonstrem a força de ideologias diferentes, nao toma partido, apesar de inicialmente o partido ja estar tomado, consegue adoptar uma toada suave e um ritmo interessante, sem ser penoso, sem grandes dissertações politicas apostando mais na forma do que no conteudo o que torna a obra por um lado creativa e acima de tudo singular numa abordagem naturalista
A historia fala-nos de toda a genese e execuçao da serie de entrevistas conduzidas por Frost a Nixon, desde as negociaçoes, ate aos diferentes parametros de concretização da mesma dividia em vitoria e derrotas e em dias da mesma.
O argumento e interessante consegue transpor para o cinema uma faceta positiva e um acontecimento que a partida poderia ter dificuldades na concretizaçao para um plano mediatico e de bom cinema. Consegue criar empatia entre personagens, e acima de tudo criar personagens com dimensao de um grande filme, sendo que mesmo nos secundarios o filme atinge um bom nivel.
Ron Howard tem tido uma carreira de altos e baixos, quando se torna numa vertente mais comercial os seus filmes raramente conseguem grande esplendor, contudo ultimamente num cinema mais de autor, e sem entrar numa estilo muito proprio e num registo algo academico tem tornado os seus filmes apeteciveis consensuais e acima de tudo funcionais, tornando-se num dos realizadores mais prestigiados de momento, neste filme sobe mais alguns degraus ja que consegue na sua realizaçao adquirir um protagonismo que se resigna por vezes em outras obras de excelencia
O cast de Howard tenta ser mais que vistoso efectivo, e se e verdade que com Langella como Nixon a tarfea prometia a mestria de um actor veterano sem medo de grandes papeis, e que resulta de uma forma brilhante no filme, sendo ja uma das apostas certas na corrida para melhor actor, no que resta a escolha de Michael Sheen podera ser aquela que sofre mais discussão, nao pela pouca qualidade do actor britanico que ja convenceu no seu papel em The Queen, mas acima de tudo pelo carisma que a personagem poderia adquiri com outro tipo de construçao, mesmo cumprindo na generalidade pensamos que o papel fica demasiado na sombra de nixon. Os outros secundarios dão toda a qualidade que o filme transpira

O melhor - A dinamica e o verdadeiro confronto do filme

O pior - Muito circunscrito a uma realidade politica norte americana

Avaliação - B+


Sunday, December 28, 2008

Transporter 3













Starring:Jason Statham, Natalya Rudakova, Francois Berleand, Robert Knepper, Jeroen Krabbe
Directed by:Olivier Megaton


Transporter e uma das sagas mais rentaveis do cinema europeu, que conseguiu ao ritmo do mediatismo do seu protagonista ganhar um espaço proprio e ser em determinados momentos o espelho do cinema tipico de Besson, ou seja poucas falas, e muita acção, sendo de gratificar o facto de conseguir 3 filmes, o que nem sempre e facil tendo em conta que estamos a falar de produçoes maioritariamente europeia. Contudo se criticamente o fenomeno das sequelas de menor valor nem foi tanto notado ja que o filme conseguiu ate ser mais valorizado neste particular do que o seu antecessor, ja do ponto de vista comercial, foi obvia a desacelaraçao, ao qual nao tera sido indiferente por um lado o curto intervalo de tempo relativo do seu antecessor, bem como a epoca do ano, escolhida onde teve de combater uma concorrencia bem mais forte, tendo por isso piores resultados, que poderao inclusive ter colocado um ponto final ao franchising.


Esta saga tem a seu favor e das suas sequelas, a simplicidade de processos que faz com que a permissa nao se altere muito de filme para filme e que este ponto nao a faça perder, nem tao pouco defraudar os seus fãs, contudo a simplicidade tambem faz com que nunca fiquemos plenamente entregues a um filme, basico simples, que consiste na permissa do lado bom e mau, e em multiplas presseguiçoes e sequencias de luta. E neste particular e com uma maior desposiçao de meios o filme foi evoluindo, as sequencias de acçao sao cada vez mais vistosas, e ocupam cada vez mais tempo do filme, bem como as sequencias de luta que ja podem fazer frente ao que visionamos em filmes de artes marciais. A imagem do protagonista e um filme de poucas falas, com bom ritmo que se cumpre a pouco, e por isso nao tem dificuldades em realizar os seus procedimentos minimos, contudo nao tem capacidade para ir mais alem nem que seja porque o proprio conceito do filme nao o permite.


A historia traz.nos de novo o condutor mais rapido da canal + que nao tem descanso e ve se envolvido na transiçao de uma estranha ucraniana no qual nao se pode afastar do seu veiculo caso contrario explode, vindo-se envolvido no meio de uma organizaçao criminosa letal.


O argumento segue a linhagem e o formato dos filmes anteriores, sem grandes pontos a acrescenter, chegando mesmo a simplificar alguns processos, tudo e simples, e tudo e redutor, as personagens sao peças de videojogos, e pouco mais. Nao e um poço de creatividade contudo nao se aniquila com esta opçao


Na realizaçao um novato que contudo com a protecçao de Besson nao tem dificuldades em tirar melhor proveito das potencialidades de uma produçao com mais investimento, tem sequencias de acçao bem filmadas e o filme consegue de uma forma mais elaborada fazer uso dos proprios pontos centrais, velocidade e confronto fisico.


No cast, Sthatam e como um peixe na agua nos papeis de duro que pouco fala e bate muito, ja que nao deixa transparecer as muitas limitaçoes a outros niveis que tem, tornando.se num novo icon do cinema de acçao de baixa qualidade, quanto a sua colega de cast, uma beleza mais exotica podia ser requerida, ja que o unico ponto em jogo e a sensualidade e esta e discutivel. No papel de vilao uma aposta de pouco risco ja que Knepper muito ligado ao perfido papel interpretado na serie Prison Break acaba por ser um vilao por natureza


O melhor - Nao complica e assim nao defrauda os fãs


O pior - e filmes iguais em quase tudo



Avaliação - C


Vicky Cristina Barcelona



Starring:
Javier Bardem, Penelope Cruz, Scarlett Johansson, Patricia Clarkson, Kevin Dunn
Directed by:
Woody Allen


Woody Allen depois de Londres continua a sua digressão pela europa, pausando agora em Barcelona, e de novo sem a sua pesença como actor, dando o protagonismo ao casal mais mediatico do pais vizinho tentando captar a essencia e uma cidade como Barcelona. O filme marcou o regresso do realizador ao louvor critico ja que o filme obteve criticas muito valorizadas, sendo um dos mais fortes candidatos ao Globo de Ouro de melhor comedia, ja no que diz respeito a receita comercial o filme esta dentro da linhagem que allen nos tem habituado com receitas pouco significativas


O objectivo do filme é captar a essencia de Barcelona, acima de tudo na forma como a cidade reinventa as pessoas, e neste capitulo o filme atinge um nivel muito elevado, quer na forma como o espirito da cidade inunda o filme, e ainda para mais na forma como se reflecte nas personagens. O filme e recheado neste espirito, o que o torna numa das melhores e mais signifcatvas comedias dos ultimos tempos, capaz dos melhores personagens criados ultimamente por Allen, mesmo que menos preocupado com os dialogos do que noutra altura, mas este aspecto nao se denota no filme


Allen consegue estabelecer uma quimica entre todas as personagens que torna o filme ainda mais exequivel, sendo o maior objecto de sedução do filme, alias o espirito sedutor de barcelona acaba por ser a mensagem mais forte do filme, que acaba por dar uma imagem de uma beleza e de um amor idilico que e tudo sensação do proprio momento muito a imagem da cidade.


A historia conta-nos a historia de duas americanas que vêm passar uma temporada a barcelona, onde acabam por conhecer um mistirioso pintor que as leva para o fasicinio da cidade e das suas belezas, onde as diferenças de personaliade entre elas reveste a forma como lidam com a paixao momentanea por este


Allen tem em termos de corpo objectivo de argumento uma da suas melhores ideias que se traduz num filme completo, suave a absorvente, com algumas das melhores personagensque Allen criou, a dinamica entre esta e de tal forma forte, que a famaliaridade e transmitida para o espectador


A realizaçao tem como objectivo ser um cartao de visita da cidade, sendo neste promenor excelente, para um nao originario de la, Allen assume com frontalidade a paixao pela cidade que se reflecte no percurso pelos locais fundamentais de barcelona. Uma realizaçao mais com o coraçao bem como todo o filme


O cast traz-nos a maior das potencialidades que Allen touxe ate ao momento, Barden, traz-nos uma interpretação de excelencia,bem composta com a suavidade necessaria, tambem a titulo feminino o film esta bem servido, Hall dá a frescura e Cruz a espontaneadade em dois papeis d grande plano, do melhor a nivel de secundarios. Por fim com a pior parte Johansson, que apesar de se apresentar a um melhor nivel do que ultimamente nos tem oferecido, encontra-se longo dos seus colegas de cast


O melhor - A beleza da conjugação de barcelona com personagens


O pior - Como qualquer passagem por barcelona. passa rapido



Avaliação - B+



Saturday, December 27, 2008

Four Christmases


Starring: Vince Vaughn, Reese Witherspoon, Noah Munck, Haley Hallak, Robert Duvall
Directed by: Seth Gordon

Todos os anos, encontramos nesta altura do ano, uma comedia tematica natalicia, lançada por um grande estudio de forma a rentabilizar uma altura propicia ao ambiente natalicio, e nos ultimos ano Vaughn tem sido um habitue neste tipo de filmes, sendo que este mascara um estilo de comedia muito em voga nos ultimos tempos, que e a ridicularizaçao de situaçoes familiares. os objectivos do filme eram bem faceis de perceber, ou seja, um filme pequeno, com algumas piadas pouco elaborado e desenvolvido com o objectivo de arrecadar uma quantia consideravel e divertir os espectadores. E de uma meneira global os poucos objectivos do filme foram cumpridos, a nivel de bilheteira conseguiu nos EUA ultrapassar a mitica barreira do 100 milhoes, o que e sempre positivo, mesmo que do ponto de vista critico na sua maioria as valorizaçoes tenham sido negativas, contudo deixando incolmes os verdadeiros pontos focais do filme
Estamos perante uma comedia familiar simples utilizando um humor muito actual e uma dinamica forte, imprimindo um bom ritmo a narrativa, e um filme facil de ver e facil de agradar aqueles menos exigentes com um cinema de pipoca.
O filme é certo contudo que cai facilmente no exagero, mais tipico nas comedias de Ben Stiller mas que o protagonista deste filme ja se vai tornando um frequentador assiduo. O filme centra-se mais nos gags, e acima de tudo numa divisao em quatro sequencias, todas elas com peculiaridades interessantes do ponto de vista humoristico, mas que poderiam ser todas melhor conjugadas no conteudo moral do filme ou seja na uniao e na forma como estas se poderias reflectir no casal protagonista, o ponto mais debil do filme, ou seja a transiçao do humor para o moral da propria satira e pouco apetrexado e desenvolvido, quando nos parecia ter conteudo para mais.
Por ultimo a conclusao do filme, da a sensaçao de o filme nao ter sido desenvolvido como poderia alias a ultima sequencia e quase colada a pressao e pouco de acordo e conjugada com o resto do filme, a mesmo a conclusão foi a titulo de desenrasque, o que não permite a intensidade final que o filme poderia ter com outro tipo de conclusão e mesmo com outro tipo de abrangencia da mesma, tudo parace efectuado no sentido do mais simples.
A historia fala-nos sobre um casal moderno que na altura do natal decide viajar em deterimento de passar com a familia, contudo devido a um nevoeiro sao obrigados a passar com as 4 fracçoes da familia, com caracteristicas muito proprias que servem para estes se conhecerem melhor e uma verdadeira prova de fogo a relaçao, tudo com muito humor e situaçoes incredulas a mistura
O argumento não e um primor, alias parece-nos demasiado centrado na componente humoristica e nao no significado atribuido ao proprio o filme, o que o tira alguma qualidade e compelxidade principalmente na mensagem a transmitir. As personagens centrais poderias ser mais desenvolvidas bem como as secundarias menos esteriotipadas, mas sendo uma comedia de costume nao nos parece preocupante.
Dirigir este tipo de comedias e quase sempre uma tarefa facil e de pouco trabalho, a pressao esta no argumento funcional e mesmo na dinamica dos protagonistas, dai que pouco relevo deve ser dado a um trabalho de serviços minimos
No cast encontramos dois actores com trajectos diferentes Vaughn mais ligado a este tipo de comedias com uma componente mais fisica na qual se movimenta bem, e consegue imprimir ritmo e dinamica as suas personagens, e Witherspoon, mais dual conjugando comedias romanticas mais tradicionalistas do que estas, com dramas intensos, onde brilha a mais altura, nesta comedia mais fisica encontra-se menos a vontade e que lhe devera fazer reflectir este tipo de opçoes na sua carreira ja que se trata de uma actriz galardoada com oscar, para alem do mais a quimica entro o casal nem sempre funciona principalmente a nivel estetico onde a diferença de tamanho nem sempre da a imagem necessaria ao casal. A titulo de curiosidade um naipe riquissimo de secundarios em cada um dos polos, mais a titulo de cameo do que com personagens fortes e fundamentadas

O melhor -O espirito natalicio presente

O pior - A conjugaçao do humor com a mensagem, poderia e deveria ser mais trabalhado

Avaliação - C+

The Punisher: War Zone


Starring: Ray Stevenson, Dominic West, Doug Hutchison, Wayne Knight, Julie Benz
Directed by: Lexi Alexander

So seria compreensivel um novo filme deste heroi, um dos mais fortes, da Marvel, se estivessemos perante ou uma mega produção, muito similar a que foi desaproveitada na versão encarnada por Thomas Jane, ou então numa versão de autor, dai que seja surpreendente que um pequeno estudio com a conivencia da Marvel e sem qualquer tipo de meios nem tao pouco estrelas conduzissem um novo filme de um heroi, cujo o filme anterior acabou por se tornar num dos maiores desastres de adaptaçoes de comics ao cinema, ainda mais numa epoca festiva, onde entre blockbusters de primeira linha, e filmes prefilados para as diferentes competiçoes ocupam toda a faixa e disponibilidade dos cinemas, dai que nao e de estranhar que este filme tenha passado sem qualquer tipo de mediatismo, contudo nao suficiente para safar das tipicas criticas negativas e se traduzir num pleno desastre de bilheteira.
COnfesso que o primeiro filme de The Punisher era bastante fraquinho e sem ideias, contudo existia ainda algum profissionalismo, contudo neste e na tentativa clara de fazer um filme de serie B torna tudo ainda mais miseravel em todos os aspectos, desde as personagens aos dialogos aberrantes o filme tenta ser duro, impressionar pela crueza das mortes, mas o certo e que se torna patetico muito na semelhança daqueles filmes de acçao directamente para video, que alias deveria ter sido o destino deste filme.
Tudo no filme e demasiado primario, nao se preocupa em contextualizar, nao se preocupa em criar personagens minimamente realistas, nem tao pouco grandes ligaçoes entre as cenas, prefere se centrar na brutalidade das sequencias do que em qualquer outro aspecto, dai que sem estranhar e de uma forma natural estamos perante um filme pessimo, com muito pouco motivos de interesse, e que consegue o imaginavel, sem pressao efectuar um filme ainda pior que o seu antecessor, numa clara demonstraçao que nada deveria ter sido feito para reatar este franchising.
A historia e como uma continuaçao do anterior, Castle continua a sua ode contra os criminosos, de forma a vingar-se do que lhe aconteceu, e agora tem um grupo encabeçado por um desfeito criminoso e o seu irmao sem ponta de humanidade, que se deparam no caminho de um boneco animado de nome Punisher, e depois o costume, luta, vingança mas acima de tudo muito sangue retirado das entranhas num filme assumidamente violento
O argumento do filme e daqueles que se devem efetuar no primeiro ano da faculdade de cinema com base em filmes de acçao, ou seja repetitivo, com uma ausencia escandalosa de complexidade e principalmente dialogos de muita fraca qualidade, personagens intruduzidas a pressão e o maximo reponsavel por um filme que por vezes chega a ser depressivo, nao fosse um ritmo razoavel, e alguma violencia gratuita que acaba por nos chamar a atençao nem que seja pelos melhores aspectos.
Era logico que para este filme, nenhum realizador de renome iria encarar o projecto alias pouco ou nada poderia ser feito, dai que um desconhecido incubido da funçao fez o que pode sem grandes conteudos nem perfeiçao, contudo nao nos parece por este aspecto que o filme cai numa avaliaçao tão fraca
O cast como e obvio que os grandes actores recusaram este projecto quer pelo argumento apresentado quer pelos resultados dos antecessores, dai que temos um quase desconhecido no papel de um heroi da marvel que desempenha com uma falta de conteudo gritante, como um boneco não animado, e um vilão interpretado por um West que em alguns momentos da sua carreira chegou a prometer voos mais altos, mas que demonstra bem neste filme, com excessos de overacting o porque de nunca ter concretizado as mesmas, numa intepretaçao das piores que há memoria no ano cinematografico

O melhor - AInda assim o ritmo imprimido em determinados momentos

O pior - Conseguir ser pior que o anterior

Avaliação - D

Thursday, December 25, 2008

Ghost Town


Starring: Ricky Gervais, Greg Kinnear, Alan Ruck, Téa Leoni, Jeff Hiller
Directed by: David Koepp


David Koepp é um dos melhores e mais conceituados argumentistas de Hollywood de longa data e responsavel por alguns dos filmes mais mediaticos dos ultimos anos. Contudo a sua tentativa de passar para a realizaçao tem sofrido algumas dificuldades, quer pelo facto de dificuldades de concretizar argumentos mais arrojados e menos eficazes de sua parte, ou talvez pela falta de meios de grandes produçoes que este normalmente escreve. Para mais uma nova tentativa, estamos num campo onde Koepp movimenta-se com mais dificuldade, a comedia, o que poderia ser problematico para um realizador mais ligado a intriga e drama. Contudo as primeiras valorizaçoes apesar de nao muito efusivas foram positivas, e a critica na generalidade ficou agradada com o filme. Quanto ao publico e apesar da fama de Gervais, e obvio que teve dificuldade em se impor num terreno complicado quando nao se esta perante estrelas de Hollywood.
Ghost town é uma das maiores supresas artisticas do ano, , sem sem uma comedia declarada, o certo e que consegue se tornar ao mesmo tempo numa abordagem suave e engraçada, a um conteudo moral de peso, e encontrar uma base mataforica que torna o filme como apetecivel, e acima de tudo creativo. Ghost Town e daqueles pequenos filmes que acerta em quase tudo o que escolhe mas acima de tudo mascara um conteudo ideologico forte e capaz de nos fazer pensar sobre os motivos mais naturais da existencia humana.
Para alem deste aspecto o filme por vezes consegue no paralelismo de mundos ser engraçado, e mesmo a happy ending conlusion, acaba por se integrar bem num filme que consegue ter a sua vertente familiar e mais generalista bem assumida, mas por outro lado não se abstem da funçao social e moralista que é extremamente bem cuidada, este balanço está muito bem trabalhado quer no trabalho de realizaçao mas acima de tudo na construçao das personagens e historias do filme.
O filme trata-se de um enfadonho dentista que um dia entre a vida e morte consegue entrar em contacto com uma serie de mortos com questoes a resolver, e aqui entra a disputa entre o seu estilo de vida, e um espirito solidario, que o faz descobrir a sua verdadeira existencia.
O argumento demonstra toda a qualidade de Koepp a construir e desenvolver historias, numa abordagem dificil, e sob uma forma de comedia, que nem sempre e facil de criar, ele consegue que o filme adquira os tiques tipicos de comedias, contudo apimenta com uma conjugaçao de personagens densas, onde ressalta a personagem central, muito bem composta interessante e com os dialogos a seu favor.
A nivel de realizaçao, Koepp nao e tao brilhante, os jogos que utiliza são algo tradicionais, mas num filme como este nao se exigia grande brilhantismo a este nivel, mesmo assim os jogos de luzes finais, são uma boa opçao
A escolha do cast, coloca o peso todo na personagem de Gervais, que vindo de uma das comedias de maior sucesso com uma personagem algo similar, encaixa bem no perfil desejado, mesmo que o maior problema da personagem esteja resolvida com este facto ja que me parece que o restante e facilmente controlado, existe uma boa quimica com Leoni com uma personagem pouco complicada, e um Keanear com o seu tipo habitual de personagens.

O melhor - COnjugar a comedia com uma moral forte da sociedade

O pior -Em alguns momentos poderia ser menos serio

Avaliação - B

Australia


Starring: Nicole Kidman, Hugh Jackman, David Wenham, Bryan Brown, Jack Thompson
Directed by: Baz Luhrmann

Este era para muitos o acontecimento cinematografico do ano, por um lado trazia-nos de volta um realizador inspirado que deixou todos com agua na boca com o creativo Moulin Rouge e porque a aposta parecia de grande nivel, num filme grandioso e epico sobre um dos continentes mais enigmaticos, era uma grande produção e tinha todos os ingredientes para triunfar em toda a linha, contra si apenas alguns problemas na definiçao do protagonista com as recusas e desistencias quer de Crowe e Ledger, tendo ficado Jackman com o papel. Contudo o que parecia um filme impossivel de falhar, com as primeiras visualizaçoes deixou cair alguma da euforia, o filme nao era assim tao unanime quanto previam, nem tinha a excelencia critica que levou muitos a supor estar perante uma obra para a eternidade, esta divisao critica para alem de lhe ter retirado aparentemente na luta pelos galardões fez com que a carreira comercial do filme tb sofresse algum efeito, com resultados modestos para o filme em questão
Australia é um filme grandioso a nivel produtivo isso e inegavel, e que a mestria e a creatividade de Bazz consegue a espaços tornar o filme com uma componente estética invejavel, contudo tambem é demais notorio, que para um filme com tanta publicidade a sua volta e com um conceito tão arrojado a historia por um lado e demasiado limitada, se expremermos bem o sumo, encontramos uma historia básica, onde a contextualizaçao historia assume um paralelismo tão superficial que nada de novo trás ao filme, com excepçao de alguns momentos de brilhantismo tecnico.
Depois surge a clara tentativa do realizador fazer um filme para multidoes, capaz de agradar, sem risco nas opçoes mais creativas, so no momento inicial existe o toque de luminusidade que nos trouxe no excentrico e brilhante Moulin Rouge, com a tentativa do consenso perdeu espaço e a vontade que se denota na forma pausada com que o filme a determinado momento assume, com pouca vivacidade.
A tentativa de uma componente mitologica, relacionada com a terra apesar de forte e intensa parece nao ter sido efectuada com o maior proveito para o filme, ja que poucas vezes consegue ser por si só fonte de reconhecimento do filme
A historia fala-nos de uma detentora de terrenos na australia que apos o assassinato do seu marido retoma as lides da quinta onde conhece um peculiar jovem e uma especie de Cowboy por quem se apaixona, sendo que tem de resisitir as investidas do rico da zona, e de uma conjectura politica de guerra.
O argumento não e fabuloso nem está perto, alias e o aspecto que mais condiciona o brilhantismo do filme, a tentativa de efectuar uma obra singular exigia mais empenho e dedicaçao ao detentor desta tarefa que apenas nos tras uma historia simples, sem grandes caracterizaçoes de personagens nem tão pouco grande desenvolvimento narrativo.
A realizaçao de Luhrmann é daquelas que se avaliarmos isolada tem um nivel altissimo de uma qualidade que demonstra toda a capacidade e creatividade do australiano, contudo analisando o potencial deste poderiamos ter alguma maior creatividade, contudo salientamos que e dos aspectos de maior brilhantismo do filme e que por aqui estariamos de certeza na presença do filme grandioso que todos esperavamos
Quanto ao cast tendo em conta as indefiniçoes com a personagem masculina poderia levar-nos a supor que seria neste que se encontraria as maiores indefeniçoes, mas e precisamente o contrario que encontramos, se por um lado Jackman encarna como poucos o gala de filme epico que o filme requer, com uma boa dimensao fisica e emocional, com uma interpretaçao de primeira linha, ja Kidman nao consegue fugir a debilidade de uma personagem mal construida, e que ela não consegue imprimir ritmo.

O melhor - Os primeiros 10 m de filme

O Pior - A desilusão narrativa que se transforma

Avaliação - C+

Wednesday, December 24, 2008

Changeling


Starring: Angelina Jolie, Amy Ryan, John Malkovich, Jeffrey Donovan, Riki Lindhome
Directed by:
Clint Eastwood


Clint Eastwood tem mais um daqueles anos de produtividade maxima, com dois filmes de montra, tenta mais uma vez conseguir a unanimidade critica, e se Changeling foi um filme algo aguardado com uma produção mediatica, pela escolha da protagonista, ja Gran Torino foi mais surpreendente, contudo os resultados de ambos a nivel critico foi bastante semelhante ou seja, pese embora a qualidade seja reconhecida em todos os parametros quer de um quer de outro filme, nenhum conseguiu atingir um reconhecimento supremo que Eastwood ja conseguiu em outros filmes. No caso se Changeling contudo existiu mais mediatismo que permitiu que o filme conseguisse uma maior visibilidade em termos financeiros.

Changeling integra bem as componentes de filmiografia de Eastwood embora surja com um estilo diferente a densidade psicologica e a toada longitudinal da cinematografia de Eastwood esta bem presente num filme, que demonstra uma força interna de grande capacidade e que so se recente a espaços, com alguns cortes abruptos da narrativa, sendo o mais grave deles o facto de apenas numa fase adiantada do filme introduzir a historia paralela unificadora que surje como descentrada e que se torna na fase inicial um objecto estranho ao longo de todo o filme, sem este senao estariamos talvez perante um dos filmes mais fortes e bem realizados do ano, com a qualidade e força que Eastwood nos habituou. Por outro lado a falta de resoluçao final nao deixa de intrigar por demasia os adeptos do cinema emocional, principalmente no que diz respeito as dinamicas familiares.
Contudo temos aspectos de grande força quer na construçao da personagem principal, passando sobretudo por um filme capaz de reflectir sobre questoes politicas actuais mesmo sendo um filme que se reporta a decada de 20, passando pela crueza de algumas imagens e acima de tudo situaçoes, não e um filme suave e sabe que não é, demonstra ainda a vitalidade de um Eastwood que reservou para a sua 3 idade uma profundidade narrativa de autor ao alcance de muitos poucos.

Podiamos estar a falar de um filme capaz de ombrear com os melhores do ano, internamente e mais forte de que Gran Torino por exemplo, tem mais conteudo e um filme de grande dimensao, contudo parece-nos que Eastwood entrou e conjugou de forma pior a forma de abrodagem a tematica, que faz com que no mesmo ano, tenha dois filmes que se equivalam mas nenhum deles capaz de lutar pelo premio de melhor do ano
A historia fala-nos de uma mae, que ve o seu filho desaparecido, ate que a policia reencontra um miudo que diz ser o jovem, contudo a mãe nao o ve como tal, chegando a por em causa a sua sanidade mental e o respeito policial, com o envolvimento de um estranho psicopata pelo meio.
O guiao pelo que podemos comprovar pela descriçao acima nao e facil, contudo da forma como nos e apresentado e a simplicidade e profundidade presente leva-nos a querer que ainda poderia ser mais facil, e que Eastwood se embrulha em alguns promenores de montagem e idealizaçao do filme
A realizaçao negra de Eastwood e muito boa, consegue com algumas imagens traduzir o que muitas palavras nao consegue e um realizador de personagens e de silencios, o que o faz um genio na arte, e este filme e mais uma prova disso.
Changeling nao e dos filmes com melhor cast de Eastwood mas e dos que melhor potencia interpretaçoes de qualidade, e Jolie embora com uma caracterizao tenebrosa acaba por ter aqui o papel mais completo e forte da sua carreira, num papel dificil que exige uma frescura e interepretaçao fisica e psiquica intensa, Jolie vem demonstrar a qualidade que lhe e reconhecida nos primeiros anos e que desapareceu nos ultimos, provavelmente podera lutar por premios, com algum suporte do filme. No restante pouco tempo para brilhar porque a força esta toda concentraada em Jolie


O melhor - A esperança e dinamica narrativa do filme


O pior - A caracterizaçao de Jolie

Avaliação .- B

Monday, December 22, 2008

Blindness


Starring: Don McKellar, Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover, Alice Braga
Directed by: Fernando Meirelles

Fernando Meireles não e nem nunca poderá ser um realizador de filmes faceis, e daqueles realizadores que gosta de arriscar, nao gosta que ninguem fique indiferente a si e a sua filmiografia, dai que adopte sempre um estilo próprio que apesar da diferença tematica dos seus filmes ja o permite enquadrar no seu genero. Com Blindness a expectativa era demais, por um lado porque o livro era de si muito complexo, depois porque prometia polemica a longa escala. E desde log observou-se que o cinema nao estava preparado para o politicamente incorrecto de Saramago, o filme chocou as hostes mais tradicionalistas dos criticos, e comprometeu a carreira de um filme que tinha ambiçao nos premios de academia. Meireles saiu pela primeira vez agastado e algo derrotado de um filme que nao cumpriu o minimo, talvez porque o puritanismo ainda reina nas terras do tio Sam.
Blindness e como o titulo demonstra o filme feito as cegas, primeiro porque o livro que adapta e muito complicado, no seu genero metaforico, e depois criar o cenario dantesco que Saramago nos dá no livro e uma tarefa quase impossivel e que so a coragem de um realizador como Meireles poderia permitir. Mesmo retirando algumas das sequencias mais chocantes do livro, Meireles joga duro, talvez demais para os resultados que procurava, mas ganha no facto dos verdadeiros adeptos de cinema reconhecerem facilmente a singularidade e a qualidade artistica e global de um filme diferente que marca sem margem para duvidas alguma desilusao e falta de originalidade de um ano cinematografico algo vazio, e obvio que nao e consensual, muito na linha do ou se ama ou se odeia. No meu ponto gostei bastante, para alem da riqueza inerente a moratoria do livro e da excelência da narrativa que nao e preciso sublinhar, Meireles imprime uma contextualizaçao forte e dinamica muito positiva consigue transmitir o caos que Saramago nos dá, com um exercicio estetico proprio e com uma fotografia de primeira linha. Estamos claramente perante um filme de primeira linha nos componentes essenciais do cinema, o problema e talvez por um lado o peso de determinadas sequencias, o facto de poder ser polemico para alguns sectores, de nao ser um filme fácil, tudo isto joga contra um filme, com muitos pontos positivos a assinalar.
Meireles facilmente deveria ter previsto o labirinto de um filme com esta historia, uma cidade onde de repente um surto de cegueira atinge toda a populaçao sendo que a maior parte fica retida em quarentena num antigo hospital onde criam uma verdadeira comunidade com regras desde mais humanas a mais selvagens, na luta pela sobrevivenvia, com toque de caos e de juizo final, o filme e intenso desde o primeiro ate a conclusao final
O argumento e positivo, apesar de alguma defesa em conter alguns dos pontos mais marcantes no livro, consegue acima de tudo captar a sua essencia e tornar o filme forte quer em personagens quer no sentido que o emprega, talvez a creatividade esteja concentrada no livro em si, mas a nao complicaçao exige trabalho num texto tao complexo como de Saramago.
Meireles e um grande realizador, daqueles que consegue contextualizar contextos como ninguem e que consegue transmitir os limites da existencia humana com um realismo impressionante, neste titulo sai do caracter factual e imprime uma toada mais artistica e menos vistosa, mas este jogo de luz e a fotografia sao o charme do filme, onde Meireles joga como quer com este aspecto ao serviço do guiao, ou seja artimanhas so ao alcance de alguns
O cast, apesar das sucessivas modificaçoes, Meireles nao se pode queixar que foi por este que o filme perdeu alguma da força junto aos premios, Moore, regressa a sua melhor forma da qual estava arredada a muito tempo, principalmente depois de sucessivas perdas de oscar, da que muitos consideraram uma das melhores actrizes dos ultimos anos, neste filme carrega o piano, em grande parte das cenas, numa interpretaçao corajosa, dificil que Moore desempenha com uma extrema qualidade, e que merecia quem sabe o reconhecimento de uma actriz que para bem do cinema volta a sua forma. Ruffallo por sua vez com um papel tambem ele exigente um dos maiores da sua carreira e uma prova de fogo a uma carreira algo inconstante entre filmes de autor e comedias romanticas, aqui passa contudo sem isençao, embora cumpra os prerequesitos minimos, falta alguma excelencia a uma interpretaçao que o permitiria, assim como a brasileira, e menina de meireles Braga.
De registar tambem as brilhantes prestaçoes de Bernal e de Glover, duas interpretaçoes capazes de figurar nas melhores secundarias do ano, com dificuldade e qualidade.

O melhor - A coragem de um titulo dificil

O pior - Ter pensado em conseguir ser consensual

Avaliação - B+

Sunday, December 21, 2008

Gran Torino



Starring:
Cory Hardrict, Clint Eastwood, Christopher Carley, Bee Vang, Ahney Her
Directed by:
Clint Eastwood



Ninguem nos ultimos anos assumiu um estatuto tao grande em Hollywood como realizador como um dos actores mais mediaticos de sempre, Eastwood que passou grande parte da sua vida a matar viloes nos seus filmes de acçao termina a sua carreira como realizador e acima de tudo como um realizador que mais facilmente se debruça sobre o tema da morte, e constroi sobre este terreno alguns dos melhores e mais intensos filmes do ultimo tempo, este ano surge em dose dupla, concentrando na sua despedida como actor, este filme pequeno, mas com ambiçoes, e mesmo que as primeiras indicaçoes o afastem de algum modo dos premios que parecia estar destinado a lutar o certo e que Gran Torino tem sido falado, por se tratar da obra que caracteriza um multifacetado Eastwood que e a faceta do que e ser o Sr Cinema, mesmo que como realizador nem sempre seja um realizador de multidoes.


Com a excepçao de Million Dollar Baby podemos diferenciar a carreira de Eastwood em dois segmentos, como realizador onde para alem do trajecto nos westerns nos deus alguns dos titulos mais brilhantes dos ultimos 10 anos, e daqueles que participava, normalmente com menor qualidade e acima de tudo apostado em personagens muito iguais que se encaixavam no perfil que assumiu, neste filme ele consegue nao fugir a estes pontos, se por um lado nos tras um filme intenso, quase filosofico relativamente a morte, um dos temas preferidos do realizador, por outro lado traz-nos de novo o heroi Eastwood sozinho frente a camera sem medo de carregar um filme pesado as costas e aguentar sem vergar.


E certo que nao tem o vigor de outros filmes, que a intensidade se torna quase egocentristas na forma como apenas se demonstram pelas curtas frases do protagonista, mas mesmo assim e um filme bem intensionado de momentos, com muita honra, e um filme adulto que se assume facilmente nas linhas mestras de um guião forte nas suas principais dimensoes, falta talvez a riqueza sentimental de Haggis reuniao que tantos frutos deu a ambos, mas mesmo assim o filme e vivo, e intenso e permite a reflexao importante para Eastwood.


Mas ao mesmo tempo e redutor tudo a volta serve para fazer brilhar a personagem de Eastwood, interessante sem duvida mas sem um valor tao forte que fassa com que tudo tenha de rodar em torno desta perdendo-se alguma qualidade contextual do filme ou mesmo outros focos de interesse que quase nunca sao abordados.


Gran torino tras-nos a historia de um idoso anti social que apos a morte da mulher encontra uma peculiar relaçao com os seus vizinhos de origem chinesa, numa metafora da confissao e redençao com passagens pelos seus temas preferidos como a morte e religiao, Eastwood traz-nos um filme maduro e forte mesmo que nem sempre tao creativo como deveria


O argumento e bem ligado, forte, mas parece-nos que perde alguma da qualidade apostando em demasia na personagem central, parece esse a unica preocupaçao de um argumento que abraça bem os pontos essenciais mas esquece outros caminhos que poderiam dar outra dimensao ao filme


Eastwood tem um problema grave quando actua, e que tenta sempre criar um carisma extremo na sua personagem de um narcisismo inexplicavel o certo e que a realizaçao sente-se disso, com menos apostas em planos longos por diversas vezes permissivo a realizaçao apesar de positiva, ou nao tivesse um dos melhores realizadores da actualidade mas sem o charme de outras


Esta seria a ultima aposta para Eastwood chegasse ao oscar como actor, algo que nunca conseguiu, e apesar de uma campanha de markting neste sentido e de nos parecer que o filme e construido ate certo ponto com esse pressuposto, as primeias notas vão para que provavelmente este objectivo nao seja concretizado, nao que Eastwood nao esteja bem, alias tem aqui um dos melhores papeis da sua carreira, contudo nao nos parece que neste segmento a carreira dele seja tao positiva que exiga um Oscar, num papel competente, nem sempre com a frescura fisica que deveria exigir o certo e que pouco espaço da aos outros personagens mais mais pela presença do argumento do que propriamente pelo brilhantismo de um Eastwood com algumas debilidades que o impediram de ser um actor indiscutivel


O melhor - As discussões sobre a definiçao da morte


O pior - Eastwood e as dificuldades em se realizar a si como actor



Avaliação - B


Saturday, December 20, 2008

The Day the Earth Still Stood


Starring: Keanu Reeves, Jennifer Connelly, Kathy Bates, Jon Hamm, Jaden Christopher Smith
Directed by: Scott Derrickson

Este filme e um dos acontecimentos de um Dezembro sempre apeticivel para a industria cinematografica, pelas ferias e pelo investimento maior em idas ao cinema, dai que os grandes estudios tenham apostado cada vez mais em grandes filmes para esta epoca, ja com os efeitos especiais tipicos de outras aventuras. Neste particular surge este titulo de ficção cientifica com muitos efeitos especiais a mistura apostado concentradamente na bilheteira, contudo as primeiras indicaçoes estao algo longe do sucesso absoluto, com resultados apesar de consistentes pouco explosivos, sendo contudo o principal obstaculo ao filme as pessimas criticas que o filme tem sido alvo e que podera ter amenizado o sucesso particular do filme
Desde logo e importante perceber o sentido em que o filme e efectuado, ou seja conquistar o publico com uma historia basica sem muita complexidade, com um conteudo moral exposto e acima de tudo ao serviço de um leque de efeitos especiais vistosos, mais do que competentes. Contudo o filme peca pela primeira parte nao cumprir os minimos exigidos a um filme com ambiçao de atrair massa de grande publico. E as razoes para esta debilidade estao todas no argumento desde a sua base pouco creativa e interessante ate a sua pouca densidade na concretizaçao e mesmo na narrativa pouco interessante demasiado simplista, muito obvia. O filme cai em sequencias de erros de argumento a cada minuto que passa, tudo e demasiado simples, caindo mesmo no ridiculo de determinadas situaçoes, a mais complexa de todas ajuda da protagonista ao extraterrestre sem qualquer fundamento.
O filme e pouco coeso por vezes ficamos mesmo incredulo com determinadas cenas, num autentico disparate narrativo, que nos parece ser apenas um pretexto feito a pressa para explodir alguns milhares em efeitos de primeira linha, alias o maior apelo do filme. Outro aspecto muito mal articulado no filme e a tentativa frustada de criar um moralismo quase etico da populaçao mundial, pouco interesse tem, e se o quisessem agigantar deveria ser de forma mais subtil e de uma forma tao exposta que tira todo convencimento que deveria ter.
A historia fala-nos de uma invasao extraterrestre com vista a condenar a humanidade pelo seguimento dado ao nosso planeta, com um et a aproximar-se de uma cientista numa especie de reviver Extreminador Implacavel, o filme la se decorre entre avanços e recuos com vista a salvaçao do planeta
Ó argumento do filme e o verdadeiro caos artistico, se por um lado a historia de base ou as linhas orientadoras ja nao sao famosas a concretizaçao da ideia torna-se mesmo um descababro desde personagens mal criadas e pouco interessantes por um desenvolvimento da narrativa obvio e enfadonho poucos sao os aspectos positivos de um filme apenas com um objectivo o de mostrar inovaçao nos efeitos especiais e amealhar algum dinheiro
A realizaçao consegue trazer a si a funçao dos efeitos especiais o que nem sempre e facil, e deve ser valorizado, mas ao mesmo tempo nos momentos seguintes esta longe de um brilhantismo, com uma realizaçao sobria dentro da filosofia do fillme, mas com pouco charme de autor
O cast traz-nos o reencontro de duas carreiras distintas Reeves mais proximo de filmes do genero para grandes audiencias mas quase sempre com defices de qualidade que se espelha na sua capacidade interpretativa algo limitada, tendo que jogar mais com o seu carismo do que com a sua qualidade de interpretaçao, neste filme nenhuma das duas esta presente. E Connely que ate um Oscar ja ganhou mas que ultimamente tem passeado por titulos menores, e tem caido no nivel da sua carreira, aqui com um papel demasiado desinteressante para se avaliar o que quer que seja

O melhor - Os efeitos especiais na fase final

O pior - A historia e a falta de ligação da mesma

Avaliação - D+

Zack and Miri Make A Porno


Starring: Seth Rogen, Elizabeth Banks, Jason Mewes, Katie Morgan, Craig Robinson
Directed by: Kevin Smith

Kevin Smith e um dos maiores e mais polemicos criadores de comedias norte americanos, os seus filmes têm sido ao longo dos tempos vistos e revistos com algum culto principalmente nas suas mais diversas personagens sobre temas todos eles algo tabus na nossa sociedade. Dai que a entrada no mundo do porno fosse apenas uma questão de tempo, sempre com uma componente moralista fortemente assumida este peculiar filme, mesmo algo distante dos maiores sucessos do criador, do ponto de vista critico, onde os seus primeiros filmes foram autenticos padrões de um humor nem sempre com bom gosto mas sempre algo requintado. Quanto a bilheteira algo acima do que é habitual para Smith, ao qual nao terá sido indiferente o bom momento mediato do duo protagonista

Dizer que este é talvez o filme mais hardcore de Smith é dificil de ser assumido como realidade, mesmo servindo no seu prato uma historia centrada no mundo da pornografia, apenas de ponto de vista de imagens e o filme mais hard de Smith, ja que no restante o filme adquire outra toada, talvez mais romantico e emotivo do que estamos habituados em Smith e acima de tudo numa narrativa mais coesa. O filme consegue conjugar dois pontos importantissimos para o fazer resultar por um lado uma historia intensa, moralmente forte, perto de uma realidade muitas vezes presente à nossa volta, e por outro o tipico e excelente humor pesado sem barreira nem tabus de Smith, pode haver quem fique chocado ou o considere com mau gosto mas e indesmentivel a capacidade do autor brincar e acima de tudo ser engraçado de forma espontanea.

Para alem disso o filme tem uma facilidade de conseguir passar de momentos diferentes do filme sem se recentir ou deixar quebras em si, por um lado nas componentes mais humoristicas proximas de comedias mais usuais no cinema actual, com um romantismo intenso, que nao se fica pela paixão, tentando acima de tudo trabalhar o aspecto humoristico sem cair numa vertente mais corporal, trantando-se sempre de um filme que tem a pornografia como pano de fundo.

A historia conta-nos as aventuras de dois amigos de longa data que vivem juntos, dois fracassados, que se deparam com dificuldades financeiras ate que certa altura num encontro com ex amigos descobrem que talvez a soluçao passa por realizar um filme caseiro pornografico e divulga-lo em troca de um dinheiro. E eis que estes simples amigos partem a aventura de se envolverem para o filme resultar

Smith tem um argumento interessante, original, muito bem construido na simplicidade das personagens e na forma como estas se colocam naturalmente ao serviço do guião, que e apetrexado de piadas de primeira linha, que consegue tornar as interação sempre mais fortes, e engraçadas, o humor do filme tem momentos para recordar e consegue ser o ponto forte de um filme que é fora de comum

Como realizador ja nao se reconhece tanto brilhantismo a Smith pouco mais que seguir as personagens ele consegue fazer, e mais nao e exigido para que os seus filmes resultem, poderia ter mais risco e uma marca mais individual deste segmento ja que e o unico dos seus factos que não se denota a longa distância

Quanto ao cast alterações de fundo nos elencos e nos grupinho de Smith, oferecendo o protagonismo a dois actores em brilhante forma na actualidade cinematografica, por um lado Rogen a se assumir como o Sr Comedia dos ultimos dois anos, num esteriotipo muito proprio que ainda esta em validade e que na qual ele encaixa como ninguem, mesmo com limitaçoes possiveis quando sair deste registo, parece-nos que o efeito Rogen ainda esta vincado no poder publicitario dos filmes, e Banks recriada com uma boa personagem em W. Num ano em cheio pela quantidade de trabalhos, ela marca uma mistura de presença com beleza e carisma e que se podera rapidamente se tornar um caso serio de sucesso em hollywood quem sabe na primeira linha ja que beleza e talento estão la. De referir apenas os excelente cameo de Brandon “superman” Routh e Justin Long

O melhor – Uma comedia com um sentido proprio que resulta, Á quantos anos

O pior – Muito exposto fisicamente

Avaliação – B+


Saturday, December 13, 2008

The Duchess


Starring: Keira Knightley, Ralph Fiennes, Dominic Cooper, Hayley Atwell, Charlotte Rampling Directed by: Saul Dibb

Keira Knightey tem se tornado nos ultimos tempos uma verdadeira rainha do cinema de epoca, contrapondo filmes de origem norte americana onde te conseguido os seus maiores sucessos com alguns filmes de origem mais britanica, onde tem ajudado a construir uma carreira consistente que ja lhe valeu inclusive alguns premios importantes. Este Duchess é um filme de produção europeia mas com ambiçao devida a tentar efectuar uma maior renatbilidade deste mesmo estatuto de Kneightey, afigurou-se como possivel candidato aos Oscares daqueles que sao predefinidos no inicio do ano, contudo a sua exibiçao em festivais logo fez prever que ficaria pelo caminho na grande luta, pese embora tenha sido valorizado nao teria certamente a força para ir tão longe. Do ponto de vista comercial o rotulo de concorrente ao Oscar permitiu alguma visibilidade num genero que apesar de pouco apetecivel permite sempre arrecadar algum lucro.
The Duchess entegra na sua plenitude aquilo que estamos habituados no filme de epoca, ou seja com uma boa dinamica produtiva, com uma boa contruçao da epoca, com uma frieza excessiva das personagens e acima de tudo com um ritmo lento o filme está longe de ser brilhante, apesar de ser um filme seguro de si, com uma narrativa madura e bem construida o certo e que por um lado a historia em si nao tem os ingredientes necessarios a marcar uma posiçao bem como por outro lado a própria lentidão do desenvolvimento de processos parece limitar a envolvencia que o filme cria em si proprio.
Mesmo assim ressalva-se o caracter factual do filme, o facto de por vezes abordar uma tematica complexa sem medo de tornar opçoes discutiveis, e um filme corajoso, mas que perde em alguma linhagem menos tipica, e pela falta de grandiosidade que o filme poderia ter.
Parece abusivo o perfilar deste filme como titulo de oscar ja que nem tem dimensao nem tao pouco qualidade para integrar este curto leque, onde apenas em categorias tecnicas podera esperar qualquer tipo de reconehcimento a nivel de oscares.
O filme fala sobre o trajecto na corte de uma duquesa casada com um frio duque peculiar e obsessivo com um descendente masculino, aspecto que nao consegue ser satisfeito pela duquesa, um jogo entre os conflitos conjugais as infidelidades as posiçoes desta personagem ao longo de toda a vida
O argumento apesar de recriar com algum apreço a epoca que se visa, perde alguma da sua dimensao no facto da historia ser algo perdida em si de nao ter a envolvencia que se esperaria e e condiçao fundamental para tornar um filme de epoca marcante. Mesmo assim de referir os excelentes personagens principais criados, que permitem que o filme a espaços consiga atingir um nivel um pouquito acima do restante
O realizador inexperiente do filme tem aqui um projecto maior que as suas proprias capacidades e sente dificuldades em segurar o filme, aposta em demasia nas expressoes e planos silenciosos faciais dos protagonsitas e nao consegue empregar ritmo ao filme, que se torna prejudicial no resultado final, precisa de mais experiencia para abarcar projectos com este tipo de visualização
O cast e pouco arriscado apostado em actores rotinados no registo tipico de filme, Kneightey tem o papel mais dificil e mais arriscado, mas e de extremos e daqueles papeis ou que se gosta ou que não de gosta ja que o excesso de planos abrangentes coloca sempre a prova a actriz, na minha opiniao Kneightley nao consegue resisitir a pressao das camaras e perde-se muitas vezes num excesso de tiques nervosos que provocam alguma irritaçao nos espectadores. Um renascido Fiennes aparece num registo que lhe deu mais fama, ou seja o de vilão, contudo longe do que o ja o vimos fazer

O melhor - Reconstruçao historia e guarda roupa

O pior - O rotulo de oscarizavel pos as expectativas muito elevadas

Avaliação - C+


Friday, December 12, 2008

The House Bunny


Starring: Anna Faris, Katharine McPhee, Emma Stone, Rumer Willis, Kat Dennings

Directed by: Fred Wolf


The house Bunny e uma peculiar comédia lançada no verão que pretendia retratar e quem sabe satirizar com um dos maiores fenómenos mundiais o das coelhinhas da Playboy, ou seja meninas esculturais que vivem no culpo do corpo, mas que não se consegue perceber se tem ou não racionalidade, com o patrocinio do patrão hefner que da uma perninha ao filme lá saiu o curioso filme que dava sequência a vida de uma coelhinha traída naquele âmbito, e que procurava soluções no contacto com a vida real, o filme foi alvo de uma boa campanha comercial que resultou em algum mediatismo para o proprio filme, e a maior surpresa foi mesmo o facto da maioria das criticas apesar de nao terem sido entusiasmantes valorizarem em valores ligeiramente positivos um filme que tinha tudo para ser um odio de eleição.

A comedia em causa e um filme ligeiro dentro daquilo que normalmente encontramos em algumas comedias juvenis, pouco intensa, pouco abrangente nos seus conteudo morais, com situações mais interessantes do que propriamentnte comicas, nem sempre o humor do filme resulta, contudo os momentos despendidos com o filme passam rapido, o filme tem um bom ritmo e sempre uma toada agradavel, mesmo que em aspectos mais creativos ou mesmo de conteudo os defices sejam mais que evidentes. Os toques de fábula contudo parecem manchar algum do valor interno do filme, exagero de situações pouca complexidade das personagens e uma narrativa demasiado romantica sao aderessos que nao permitem o filme atingir outros niveis de valorizaçao, do que a comediazinha para passar o tempo, mas que não foge a uma ideotice exagerada.

A historia fala-nos de uma jovem que apos ser vitima de uma burla por parte de uma colega da casa das coelhinhas tem de sair da casa, e restruturar a sua vida, aqui vai viver para uma casa de pessoas deslocadas de uma universidade, ou seja numa especie de republica onde funciona como mãe, ela tenta ao maximo remontar, com estrategias muito particulares

O argumento assenta muito na exploraçao das particularidades e esteriotipos relacionados com a cultura playboy, e principalmente naquilo que o fas mais admiram, por vezes as ideias nao conseguem ir mais longe principalmente na exploraçao das personagens, e na envolvencia da narrativa que parece limitada pelo proprio tema e genero do filme
Wolf e um pouco limitado como realizador e mesmo autor, consegue aqui o seu maior exito e talvez o seu filme mais completo, ja que os anteriores apenas podem ser reconhecidos por um excesso de idiotice, neste consegue recriar uma boa dimensao da casa em si, e transporta-la para outros universos, nao e um prodigo mas coloca o filme numa vertente positiva de realizaçao


O cast é liderado por uma Faris que embora nao esteja longe do esteriotipo de inculta que tem criado na maioria das suas personagens apimenta um pouquinho mais esta interpretaçao encaixando com uma luva no esteriotipo de coelhinha pouco lucida, no seu papel mais forte e que a pode conduzir para um plano maior em Hollywood, em sentido descendente o filho de Hanks, que apos um inicio de carreira fulgurante cada vez mais e uma presença em filmes menores e de teor mais duvidoso, no caso presente com um papel extremamente diminuto e pouco importante num filme de risco

O melhor - A caracterização facial de Faris

O pior - ter dificuldade por vezes de fugir a ideotice

Avaliação - C

Twilight


STARRING

Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Peter Facinelli, Elizabeth Reaser, Cam Gigandet, and Nikki Reed

Twilight pode ser o considerado mesmo o acontecimento artistico do ano, se por um lado o livro tornou.se num sucesso de venda por todo o mundo com resultados incriveis para uma historia de vampiros pouco previam que o mesmo acontecesse com o filme, sem grandes protagonistas ou mesmo uma realizadora de eleição, apenas a campanha de markting poderia fazer antever o que se veio a suceder depois. Twilight e um dos maiores sucessos cinematograficos do ano, criando em seu torno uma euforia que ja nao se visualisava a algum tempo num filme de raiz, um acontecimento na sua verdadeira essencia cinematografico que tem feito parar os cinemas de todo o mundo, ja criticamente as coisas nao foram tao positivas com criticas que rolam pela mediania, contudo tendo em conta que se trata de um filme de vampiros ate e de louvar.
Twilight é um filme peculiar e original, debruça-se sobre os filmes de vampiros mas sem grandes esteriotipos relativamente a estes, so a espaços estes acontecem mas na essencia e um filme extremamente original na forma como os caracteriza. A grande dificuldade do filme e assumir o seu genero, ou seja se por um lado e um filme sobre estes, com bons lados e maus lados, de disputa, ou por outro lado se apenas se trata de uma historia de amor entre dois mundos diferentes. A primeira opçao seria a mais fácil e a mais concretizavel a segunda mais arriscada, mas o filme e por esta que aposta e na sua resoluçao parece fazer a melhor opçao, o filme e intenso do ponto de vista de intensidade romantica, oferecendo-nos um dos casais mais fortes e com mais quimica dos ultimos tempos, a ligaçao afectiva e muito bem trabalhada no filme. Contudo e descuidada a parte de acçao, e principalmente a forma como se diferencia o lado bom e mau, com vilões de trazer por casa. E neste ponto e na sua resoluçao que o filme tem a maior fraqueza, no restante estamos perante um bom filme, com uma grande conjugação entre a obra literaria e a capacidade de efectuar um filme dentro dos seus próprio limites com empenho e acima de tudo com a segurança e proximidade do publico, ou seja um filme muito bem enquadrado naquilo que se propos.
A historia fala-nos de uma adolescente que vem residir para uma pequena povoação junto com o pai, e aqui observa que algumas pessoas são estranhas quer pela cor, mas acima de tudo pela forma de agir, principalmente um colega de escola com quem se interessa e que e nada mais nada menos do que um vampiro, inicialmente o filme e sobre a relaçao destes e depois a protecçao desta relativamente a outros vampiros com filosofia diferente
O argumento tenta ser ao maximo fiel al livro de sucesso, consegue muito bem trabalhar o dialogo das personagens e a forma facil com que isso as caracteriza, e acima de tudo como valoriza a relaçao amorosa crucial para o valor futuro do filme, e tambem na facilidade e na capacidade de o filme resultar no espectador que se deslumbra num bom argumento como e o caso
A realização de HArdwick tem uma sensibilidade feminina que e importante para o filme principalmente nas imagens quase artistias que faz do casal protagonista, ou mesmo da forma facil com que conjuga as personagens, peca talvez na extrema palidez dos vampiros, o esteriotipo na sua maior linha
O cast nao e rico em nomes mas funciona muito bem, principalmente o duo de protagonistas que mesmo que individualmente nao estejam nada de especial a conjugaçao de ambos permite um dos casais mais fortes e com mais quimica dos ultimos tempos, e quem sabe se nao teremos aqui um dos casais de jovens valores que muito podem dar ao cinema a curto prazo.

O melhor- A dinamica do par romantico

O pior - Os vilões

Avaliação - B

Che: Part One; El Argentino


Starring: Benicio Del Toro, Demian Bichir, Santiago Cabrera, Elvira Minguez, Jorge Perugorria
Directed by: Steven Soderbergh

Era para muitos o acontecimento cinematografico do ano, o conceituado realizador Sodenbergh propos-se a realizar um filme sobre um das maiores personalidades do ultimo seculo, numa pessoa sujeito a um culto e com uma curta vida riquissima e acima de tudo contava para isso com uma boa produçao e com um protagonista de grande qualidade. A expectativa era mais que muita, os primeiros maus pronuncios vieram quando a descriçao do filme em demasiado longo e necessariamente teria de ser dividido, depois a primeira recepçao em Cannes tb nao foi apoteotica, o grande candidato aos Oscares parecia morrer a primeira, contudo uma boa campanha de markting principalmente para Del Toro poderá dar vida, a um filme que neste momento encontra-se em estreia limitado e longe de ser o acontecimento que todos previam a quando do arranque da sua produçao.
Soderbergh tem nos ultimos anos, acompanhado alguma dificuldade principalmente quando tenta filmes mais arriscados ou seja filmes de qualidade ou de critica, apenas conseguindo nos ultimos tempos algum reconhecimento com Ocean-s Eleven com o qual contrapoem com uma serie de fiascos que colocam muito em causa a sua fiabilidade. Com Che pensavamas que algo ia mudar, e a primeira resposta que temos de dar é claramente o da desilusão. Primeiro porque Guevara tem uma vida mais interessante do que o quase profundo silencio que o filme reflecte, ou então a simplicidade pouco reactiva que o filme provoca nos espectadores, o filme e demasiado cinzento ou initimista, parece nao gostar de palavras quando incrivelmente era com estas que Guevara ganhava a sua força, perdendo o filme a dele.
A estrategia de montagem tambem nem sempre e a mais interessante os saltos temporais se por um lado são bem sinalizados por outro lado carecem de algum sentimento lógico, parecendo algo confusos, como se saido de um pote de um sorteio qualquer.
Pelo lado postivo temos a maior parte dos pontos tecnicos do filme, a escolha clara pela lingua de origem enriquece a comunicaçao e a propria contextualizaçao do filme mesmo que por determinados momentos tenha dificuldades em se afirmar por semelhantes aspectos.
A historia fala-nos sobre a personagem mitica de Guevara em dois momentos proprios, por um lado ainda junto a Castro nas guerrilha civil de Cuba e por outro lado ja como ministro deste combatendo o poder economico dos EUA.
O argumento apesar de nas linhas mestras ate poder estar abrangente e bem delineado, falha na concretizaçao e acima de tudo na capacidade de o tornar apelativo para o publico e quase sempre pobre, e aborrecido, com muito falta de dialogo, não e a conretizaçao esperada para o filme Peca por ser demasiado intimista
O realizador Sorderbegh ate tem quem sabe uma das melhores realizaçoes com este filme que podera ficar na historia como uma das maiores desilusões, consegue contextualmente e a nivel estetico dar um bom filme, que consegue transmitir a maioria das suas mensagens atraves de imagens o que e um ponto interessante, o unico senao neste aspecto talvez a falta de dinamica das sequencias de guerrilha.
O cast nesta primeira parte é dominado de principio a fim por um Del Toro prejudicado claramente pela pobreza do guião, e que com outro tipo de filme e com o mesmo registo de interpretaçao caminharia com mais facilidade para uma segunda nomeaçao e quem sabe o segundo oscar, assim so alguma brecha lhe podera dar essa oportunidade num daqueles papeis que tem tudo para ser de uma vida

O melhor - Del Toro

O Pior - A falta de força e dinamica da historia

Avaliação - C