Saturday, April 29, 2023

Peter Pan and Wendy

 Nos ultimos anos a Disney algo pobre em ideias novas tem tido como principal estrategia dar live actions dos seus filmes mais conhecidos em termos de animação ao longo do tempos, com muitas mensagens de integração que nem sempre tem sido bem aceite pelos tradicionalistas. Num verão onde todas as baterias comerciais estão apontadas para a Pequena Sereia, eis que surge a nova roupagem de Peter Pan diretamente para streaming. E se comercialmente e principalmente no grande publico a receção não tem sido a melhor, criticamente o filme conseguiu boas avaliações ao contrario do que tem sido habitual nestes projetos disney.

O filme tenta ser esteticamente proximo das imagens do filme de animação mas e apenas ai que temos o lado mais tradicional do filme, ja que no restante do argumento o filme acaba por ser bem diferente narrativamente principalmente da adaptação de animação da Disney. Isso faz com que talvez o filme tenha uma riqueza moral mais sustantiva, até alterada, mas não torna o filme mais interessante e mais dinamico para o grande publico.

E no lado de gradiosidade que o filme perde. Tirando as paisagens naturais da alegada terra do nunca, bem trabalhada, fica a ideia que o filme não sabe potenciar açáo, e muitas vezes nos detalhes e pouco trabalhado. Isso resulta acima de tudo num filme que arrisca muito no argumento, na inclusão, mesmo que as opções acabem por ser algo indiferentes para o percurso do filme, mas a niveis esteticos parace claramente um parente pobre da disney.

Assim ja percebemos que a DIsney ira transformar todos os seus produtos em live action, uns com mais risco, outros com maior fidelidade. Parece claro que o sucesso sera variado e este ficara no meio termo. Se calhar por essa noção o filme não foi ao cinema indo diretamente para o lado de streaming ainda com menos impacto da produtora.

O filme tras a historia conhecida de Wendy e os seus irmãos na terra do nunca no meio das batalhas entre rapazes perdidos, capitão gancho e Peter Pan, numa nova roupagem da historia bem conhecida.

Em termos de argumento o filme parte da mesma base, mas arrisca um pouco da ligaçao das personagens da terra do nunca, e fica a ideia que o resultado final é moralmente interessante mas a concretização da historia não é mais trabalhada e aquela que torna o filme mais eficaz comercialmente.

Na realizaçao temos um Lowery de regresso a historias juvenis que nos parece não ser o seu melhor terreno. Um realizador intimista de imagens mais do que palavras, com um conceito independente torna-se aqui algo despropositado.

No cast um conjunto de jovens a procura de algum protagonismo, que acabam por ter sem nenhum sublinhando especial, ficando a ideia mais do preenchimento de minorias do que na qualidade dos interpretes. Law e um Hook que tem mais despesas do filme, mas está longe do que já vimos outros fazer neste papel, principalmente Hoofman.

O melhor - A nivel de moratoria o filme acaba por ter aqui alterações interessantes

O pior- Demasiado morno para empolgar


Avaliação - C



Sunday, April 23, 2023

Ghosted

 2023 promete ser o ano em que a Apple + arranca para objetivos mais ambiciosos, depois de alguns sucessos criticos temos tido um maior volume de filmes não só apostado no lado mais critico mas tambem numa vertente comercial de expansão. Para esta altura do ano este filme de ação com dois atores de primeira linha comercial foi a aposta, embora criticamente tenha-se tornado num floop total, longe do que a Apple nos tinha habituado, o filme tem tudo para ser uma ancora comercial.

Sobre o filme temos um produto que unica e exclusivamente pensa no entertenimento simples, misturando romantismo, ação e acima de tudo alguma comedia, onde o filme funciona em vertentes bem diferentes em cada um destes pontos. Desde logo em termos romanticos, a dupla Armas Evans não é perfeita, e o filme sente muito essa falta de quimica na maior parte dos momentos, talvez porque o filme esteriotipe cada uma das personagens em exagero.

Do lado da ação o filme ate tem o complemento que normalmente funciona, que é diversos locais conhecidos com ligações culturais, mas a intensidade e o exagero de alguns apontamentos tornam os momentos mais humoristicos do que espetaculares, mesmo numa produção de primeira linha. Do ponto de vista comico o filme tem momentos sem muito sentido que funcionam, mas parece sempre mais esforçado do que eficaz neste ponto.

Por tudo isto podemos dizer que Ghosted e um filme basico, com muitos atalhos narrativos com pouca coerencia que nos faz passar as duas horas com alguma leveza, sem grande ambiçoes, se calhar pelos elementos envolvidos todos esperariam mais mas este tipo de produçoes pastilha elastica fazem parte do dia a dia.

O filme fala de um romantico que apos uma noite com uma mulher que julga dos seus sonhos, não obtem qualquer resposta, o que o leva a procurar a mesma pelo mundo e perceber que ela e uma agente secreta numa missão bastante perigosa.

E no argumento que o filme tem as suas maiores dificuldades, a intriga em termos de açao e limitadissima, a base romantica mais curiosa do que funcional, e no humor muitas tentativas para um aproveitamento mediano. Nota-se muita preguiça em algumas escolhas.

Fletcher não sendo um realizador de primeira linha foi tendo algum sucesso na sua abordagem descontraida de algumas historias. Aqui parece sentir-se desconfortavel com o excesso de meios, demonstrando dificuldade em ter arte nas sequencias de ação. Um realizador de segunha linha que parece mais confortavem em filmes menores.

No cast Evans tem-se tornado nos ultimos tempos mais comico do que de ação copiando a formula de Reynolds, com muito menos resultado, e neste filme denota-se isso. Tambem Armas me parece muito mais funcional no drama do que na açao de estudio, ambos também não funcionam na perfeiçao. Vale pelos curtos mais interessantes cameos.


O melhor - Alguns elementos humorisiticos de personagem com pouco tempo de ecra

O pior - As sequencias de ação numa narrativa basica ao maximo

Avaliação - C



Sunday, April 16, 2023

Tetris

 A Apple nos ultimos anos tem sido de todas as aplicações de streaming aquela que tem apostado mais em qualidade do que quantidade dai que seja a unica que conseguiu vencer o oscar de melhor filme, e promete um ano ativo em 2023. O seu primeiro grande lançamento foi este Tetris, um filme quase de espionagem relacionado com a patente do jogo, que quase se tornou uma guerra mundial. Em termos criticos as coisas correram bem, ainda que de forma moderada como a maioria dos filmes da aplicaçao. Comercialmente fica a ideia que a Apple ainda não tem o impacto das suas concorrentes e dai que os seus projetos sejam claramente mais silenciosos.

Tetris e um dos bons primeiros filmes do ano, desde logo porque é original a abordagem, com muitos segmentos pixelizados, com muitas referências a banda sonora do jogo, ao mesmo tempo que nos dá uma intriga com diversas personagens e as suas formulas para ganharem os direitos de um jogo que se tornou no maior fenomeno da história. Nisso o filme é engraçado, intenso e acaba por conseguir nos colocar colados a cadeira durante a sua duração.

Claro que é um filme com muitos elementos proprios das adaptações reais com toques ficcionais, alias esse e o ponto que tem levantado mais criticas ao filme, concretamente se o mesmo tem muito realismo ao pouco, não deixa de ser interessante, um filme maduro nos segmentos de ação e com muitos apontamentos carismaticos de quem cresceu com o jogo.

Por tudo isto e não sendo uma obra prima, Tetris e um filme competente sobre a forma como o jogo foi expandido, criado. O filme sabe ter uma intriga politica propria, e ter toda a homenagem a forma como o jogo foi criado e mais que isso como foi potenciado com os seus interpretes. Um bom filme para todos especialmente para quem cresceu com o Jogo.

A historia fala da luta por parte de um comercial de videojogos de conseguir a todo custo a patente portatil de Tetris, mesmo sabendo que isso implica contacto com uma dinamica russa em pleno comunismo em degradação.

Em termos de argumento o filme é competente em todas as vertentes, desde logo no simbolismo e mesmo referêcias ao jogos e a sua construção e a forma como cria  uma rede de intrigas simples, com algum humor de uma historia onde o jogo e apenas pano de fundo.

A realização foi entregue a Jon S Baird um realizador britanico com algum sucesso principalmente nos espirito independente britanico, que ainda não conseguiu dar o salto para o cinema global como referencia. O filme tem uma realização original, proxima dos apontamentos que quer ter e acaba por ser um dos elementos que valoriza a obra final.

Quanto ao cast a escolha de Egerton não é a mais feliz, fico com a ideia que o jovem ator britanico necessita de repensar os seus elementos interpretativos já que depois de Kingsman e a sua construção de Elton John teve dificuldade em sair daquele registo. Bem melhor alguns secundários principalmente o jovem ANthony Boyle com o melhor papel do filme.


O melhor - A forma como mistura o jogo com uma intriga de primeira linha.

O pior - EU pessoalmente não gostei da construção de Egerton


Avaliação . B



Saturday, April 15, 2023

Shazam! Fury of Gods

 Depois do sucesso surpreendente que se tornou o primeiro filme, num misto de super heroi juvenil e comedia familiar seria obvio que a DC sedenta de sucessos lançasse a sua sequela, tentanto criar um DCU que combata com a MCU, contudo este segundo filme tornou-se num autentico tiro pela culatara a todos os niveis. Os problemas começaram a nivel critico, onde avaliações sofriveis ficaram longe do sucesso do primeiro filme. Comercialmente foi um flop comercial total tendo em conta o investimento acabando por bater o record na passagem para aluguer.

Eu gostei do primeiro Shazam pois achei que era dos filmes de super herois, um filme de procedimento simples, com humor e originalidade e que acima de tudo não se levava muito a serio. Pois bem o problema deste filme e que torna tudo mais complicado, desde vilões que são deuses todos poderosos, porque a surpresa do primeiro filme já nao existe e acima de tudo porque as personagens cresceram e a inocencia dos primeiros filmes desapareceu por completo.

O que faz isto, que o filme não tenha um terço da graça do primeiro filme, o que acabava por ser dos elementos mais trabalhados. Nota-se mais investimento nas sequencias de ação mas nem a presença de Mirren como alegada vila tornou a personagem e o contraponto minimamente impactante aos herois, e principalmente o filme tem dificuldade em dividir o protagonismos.

Por tudo isto Shazam e um ato falhado quando comparado com o primeiro filme, daqueles projetos tao irrelevantes que acabara por fazer esquecer alguns dos parametros positivos do primeiro filme, numa DC em cada vez mais dificuldades com muita incapacidade de dar novas personagens e novos sucessos.

A historia segue Shazam e o seu leque de amigos super herois os quais são visitados por uma irmãs que querem recuperar o poder perdido, numa luta que podera colocar em causa a sobrevivencia da humanidade como a conhecemos.

Os problemas surgem desde logo no facto do filme tentar ser engraçado como o primeiro filme, mas as ideias fazerem mais sentido na idade dos personagens no primeiro filme do que neste. A intriga e algo simplificada sem carisma no lado dos vilões e torna-se mais um blockbuster de segunda linha com pouco ou nenhum sumo.

O trabalho de Sandberg no primeiro filme esteve mais proximo do sucesso pelo lado familiar do que propriamente pelo facto de ser uma obra de cineasta que nunca foi. O filme e uma tarefa de grande estudio sem grande assinatura, e neste filme perde o lado familiar.

No cast Levy tornou-se interessante na sua construçao comica no primeiro filme, aqui esta mais irritante, o que e o problema de atores com menos atributos. Ao seu lado Mirren e Liu sao desaproveitadas e os jovens sao claramente menos comerciais com o avançar da idade.


O melhor - As piadas adolescentes que sao poucas.

O pior - APaga muito do carisma do primeiro filme


Avaliação - C-



Thursday, April 13, 2023

65

 Numa altura em que Hollywood começa a lançar projetos mais mediaticos do ponto de vista comercial, os produtores do sucesso The Quiet Place, lançaram este thriller com dinossauros, com Adam Driver, que lançou grande expetativa mas o resultado, principalmente critico ficou muito aquém com avaliações muito distantes do esperado. Comercialmente os resultados também não foram explosivos, principalmente tendo em conta o investimento volutado que o filme custou.

Sobre o filme podemos dizer que o filme tem uma base ambiciosa, numa prespetiva de futuro passado, que pode ser uma ideia original, mas é pouco elaborada enquanto filme. Era claro que o filme teria alguma dificuldade ao ter apenas uma personagem falante, iria sempre dificultar a interação e acima de tudo o ritmo do filme, mesmo levando a diversas cenas de ação impactantes, bem realizadas mas que não conseguem contornar o vazio narrativo para alem da ideia circular.

O maior problema do filme é que o seu recheio é claramente serie B, e os elementos que o filme tem exigiam por si só mais impacto, visual, narrativo e mesmo de originalidade na abordagem, fica a ideia que para além do elemento surpresa o filme nada tem sendo novanta minutos de duas personagens contra a adversidade, aspeto que já vimos bem melhor trabalhado noutro registo.

Por tudo isto temos um filme que tem poucos elementos que o relevem. Claro que podemos sair com a ideia do "ahh" agora percebo mas o caminho até lá está longe de ser de primeira linha de cinema, a personagem central parece nunca querer crescer, sendo sempre apresentada como o típico herói de ação e pouco mais. Ao seu lado temos uma jovem que não comunica, que da alguns momentos ternurentos típicos das ligações criança adulto, mas pouco mais.

O filme fala de um motorista de um planeta que acaba por ter um acidente que o leva a desaguar na terra apenas com uma jovem sobrevivente com a qual não consegue comunicar, percebendo ai que a terra é habitada por dinossauros com sede de carne e uma condição atomesferica bastante adversa.

A ideia de base do filme é curiosa num estilo Sci Fi e mistura de generos, o problema e que o filme cria a si muitas dificuldades para ter ritmo e ser diferenciado como so ter uma personagem a falar e ser muito centrado nas sequencias de ação que não são tão espetaculares como o esperado.

Na realização do filme temos a dupla de argumentistas de The Quiet Place desta vez no seu maior projeto como realizadores. Fica a ideia que o filme tem investimento mas falta uma abordagem de assinatura de autor, e isso talvez seja justificado por algum menos impacto da dupla como realizadora. 

No que diz respeito ao cast Driver tem o filme para se demonstrar um heroi de ação que consegue ser, mas claramente redundante tendo em conta os atributos interpretativos que o mesmo apresenta e que merece claramente outro tipo de papeis.


O melhor - A ideia circular de base


O pior - O recheio do filme é claramente pobre


Avaliação - C-




Monday, April 10, 2023

Missing

 Searching foi um dos thrillers tecnologicos mais originais que existe, pela forma como conseguiu criar uma intriga apenas com a tela, ou telas de objetos informáticos. Pois bem como mesmo estilo e com os mesmos produtores surgiu este Missing lançado em Janeiro, que acabou por conseguir boas avaliações principalmente tendo em conta o genero, contudo comercialmente os resultados não foram brilhantes, onde pesou talvez a falta de figuras de uma primeira linha.

Sobre o filme podemos dizer que como ja tinha acontecido em Searching temos um filme original, na abordagem que consegue ser intenso, com muita informação sobre as possibilidades da internet, criando uma historia ascendente. O problema do filme e o exagero dos voltefaces e da forma como a bola de neve da intriga vai crescendo a niveis completamente exagerados que tira alguma credibilidade ao projeto.

O ponto mais bem valorizado do filme, foi o facto, de ao contrário de Searching, ser coerente no interface informatico ao longo do filme, perde por utilizar muito do que funciona em termos de impacto no filme que está na base deste, que acaba por no final ser um objeto de entertenimento interessante mas uma copia exagerada do primeiro filme.

Numa altura em que o ambiente digital se tornou numa realizada com infinitas possibilidades ja temos um genero de filme na web que consegue ser policial, intenso, embora neste caso fique a ideia que as nuances da historia e os twist sejam tantos que tornam o filme na maior parte do tempo muito pouco coerente.

A historia segue uma jovem de 18 anos que fica em casa apos umas ferias da sua mãe na sua nova relação, contudo tudo fica estranho quando o casal não regressa da Colombia e começa uma procura por respostas sobre o paradeiro da sua máe.

Em termos de argumento a historia é trabalhada, cheia de twist, mas fica a ideia que é tudo demasiado exagerado, e algumas coisas sem explicação coerente. Fica a ideia que o filme tem no argumento demasiado fogo de artificio e isso nem sempre e o mesmo estilo para um filme deste genero.

Na realizaçao uma dupla quase desconhecida que segue o exemplo claro de Searching e o seu sucesso. Acaba por ser bem realizado, embora por vezes entre demasiado na personagem, e seja tudo muito rapido, que se compreende pelo facto de não querer quebrar o ritmo elevado do filme.

No cast, pouco relevante a jovem Storm Reid comanda o filme do primeiro ao ultimo momento depois de ter falhado a liderar o projeto da DIsney surge numa personagem mais adulta, mas que não e propriamente empatica, e o filme necessitava disso. O lado descontraido de Almeida acaba por ser o que chama mais a atenção no filme.


O melhor - Um estilo original, que exige empenho e cuidado.

O pior - TOrna a intriga uma bola de neve muito exagerada


AValiação - C+



Sunday, April 09, 2023

Chupa

 Numa altura em que a Netflix quase lança um projeto para semana para todos os segmentos e momentos, eis que o seu filme da Pascoa para toda a familia foi este projeto mexicano, que tem como obreiro o filho de Alfonso Cuaron, que tenta tornar a mitica criatura de Chupa Cabras numa especie de ser protetor. Em termos criticos, como a maioria dos filmes da produtora o resultado não foi brilhante e a origem mexicana do filme não deve premitir que seja um sucesso total da aplicação.

Chupa e um filme familiar, igual a muitos outros de união entre uma personagem infantil e um animal, neste caso a mitica criatura mexicana. O filme e ligeiro, tem muitos elementos da tradição mexicana, quer do ponto de vista da luta livre quer alimentar, a questão é que a produção não e propriamente de primeira linha, e os efeitos digitais estão longe de ser realistas, e depois e demasiado simples em quase todos os procedimentos como guião, falas e personagens, num claro filme de serie B.

Um dos pontos que me parece que não faz o filme funcionar e o mesmo trazer pontos que não explora e que abandona o que é particulamente estranho num filme como este, desde uma cobra que não tem seguimento, as propriedades curativas do personagem central, e um vilão cujos objetivos e fim não são claros torna o filme desorganizado em algumas ideias o que é particularmente preocupante tendo em conta o tipo de filmes simples que o mesmo e.

Ou seja um filme familiar, para hora e meia em familia, com sentimentos positivos, mas igual a tantos outros com defeitos quase incompreensiveis em face da facilidade que se torna ter um projeto deste. Numa altura em que a Netflix tem sido criticada pela falta de risco nos seus projetos este é um serie B que encaixa perfeitamente nessas criticas.

A historia fala de um jovem mal integrado, que vai passar ferias com o avô paterno no mexico de forma a encontrar o pais natal do seu pai falecido, mas acaba por se associar a uma estranha criatura com poderes magicos.

O argumento do filme é simples na mensagem que passa, igual a muitos filmes de serie b juvenis. Fica a ideia que lança pontas que por esquecimento desaparece e isso e um defeito forte num filme com alguma visibilidade netflix, ou seja mediocre.

O filho de Cuaron tenta ganhar espaço para alem de ser filho do seu pai, vários anos depois do seu primeiro projeto acaba por ter alguns meios, fica algo perdido com o CGI utilizado e o filme consegue ser simples, mas com pouca marca de autor, e isso não e propriamente o que ele desejava.

No cast um conjunto de atores jovens de origem mexicana que funcionam no que quer para cada um deles, Birch que acaba por ser presença continua em todos os filmes que representam o México, na personagem talvez mais absurda que desempenhou, e um vilão Slater que tenta resistir ao esquecimento, numa personagem de filme de terceira linha.


O melhor - Transmite bons sentimentos.

O pior - O criar aspetos no filme que abandona


Avaliação - C-



Boston Strangler

 Este Thriller policial foi a primeira aposta da hulu em termos de cinema para este ano. A produtora apesar de não ser muito produtiva, vai lançando os seus filmes com firmeza, e com cada vez elencos mais reconhecidos. Este ano surgiu este filme sobre o estrangulador de Boston e sobre a pesquisa jornalistica que levou à analise do fenomeno. Em termos comerciais a Hulu ainda tem muita dificuldade em que os seus projetos tenham um impacto imediato. Criticamente a mediania das avaliações não potenciou o filme para uma dimensão mais elevada.

Sobre o filme podemos dizer que temos um interessante filme sobre homicidio em serie e sobre a pesquisa jornalistica envolvida. Pode por vezes parecer que determinados acessos são demasiado faceis, e que o filme por vezes pareça perder algum contexto na forma como determinadas relações se vao desenvolvimento, mas isso não retira que o filme consiga ser inteligente na forma como vai guiando o espetador junto das convições da protagonista, sem nunca se afastar do custo pessoal que o trabalho teve.

Isso não quer dizer que o filme não tenha defeitos, porque eles existem e são claros, desde logo na personagem central, desprovida de grande carisma ou de grande dimensionalidade, fica quase sempre subjugada ao seu trabalho, o que parece um errro principalmente quando o lado pessoal da mesma é destacado no próprio filme.

Mesmo assim um filme interessante, que nunca tendo atributos para ser uma obra de referência acaba por cumprir com alguma naturalidade os pontos que deseja chegar, muito por culpa de um argumento bem escrito, principalmente no parametro central que quer abordar e na forma como abre o seu fim.

A historia segue duas jornalistas que acabam por começar a tentar perceber uma serie de homicidios semelhantes na zona de Boston, tentando perceber quem é o rosto e os motivos de tais atos, ao mesmo tempo que a policia desenvolve também ela a investigação.

O argumento é maduro, principalmente no ponto central, que é a forma como tenta levar as pessoas a pensar os casos as suas ligações e as suas diferenças. Nem sempre com personagens muito bem criadas, o protagonismo fica a ser cada vez maior na historia de base e essa opçao e certa.

No que diz respeito a realizaçao Ruskin e conhecido por telefilmes e aqui para alem do contexto de epoca, não arrisca muito, deixa o filme e as personagens fluirem com uma realizaçao escura e pouco mais, mesmo assim parece ja merecer mais atençao noutros formatos.

No cast Knightley e confortavel no estilo de mulher de armas, embora seja claro que a carreira da mesma e marcada por personagens sempre iguais e que pouco acabaram por diversificar a sua carreira, ao seu lado Coon mais intensa, ficando a impressão que com mais recuros mas com menos imagem que a primeira.


O melhor - A forma como nos vai encaminhando para os raciocinios das personagens.

O pior  - As personagens deveriam ser mais trabalhadas


Avaliação - B-



Saturday, April 08, 2023

Operation Fortune: Ruse de Guerre

Ao longo dos anos Guy Ritchie foi-se tornando de um original e independente realizador britanico, para um quase tarefeiro de Hollywood que ao longo do tempo e quase com a cadência de um por ano tem lançado diversos projetos, a maioria dos quais com muitos interpretes semelhantes, mas que foi perdendo algum do espirito que o tornou reconhecido. Em 2023 o seu projeto foi novamente este filme sobre crime organizado, igual a muitos outros. Criticamente cada vez tem sido mais dificil os filmes do realizador entusiasmar, e comercialmente Ritchie vai sobrevivendo no mercado europeu, porque o americano já parece ter perdido faz tempo.
Sobre o filme podemos dizer que temos o estilo de Ritchie puro, com uma intriga com muitas personagens, muita gente ligada ao crime e associações secretas, posiçoes que não são desde logo faceis de entender, e depois muitos apontamentos completamente irrelevantes para o filme mas que servem para tentar dar algum estilo, o que neste caso, quase nunca é conseguido.
Normalmente o ritmo e principalmente a capacidade dos filmes se ligarem ao espetadores são claros no realizador, mas aqui acabam por não ser. O filme parece sempre um daqueles filmes pouco interessantes que Statham em plena forma lançava aos 10 por ano, do que propriamente aquelas comedias mais dark de Ritchie, embora nos ultimos tempos Ritchie já não chegue esses patamares e ate de tarefeiro da Disney ja foi.
Ou seja um filme aborrecido, que tenta ter uma intriga inteligente que na maior parte das vezes apenas consegue ser confusa, personagens esteriotipadas, muitas tentativas de humor mas que na realidade quase não funcionam, e acima de tudo algumas mudanças que ocorrem quando tudo o espetador já se alheou completamente do filme, o quase se perde em apontamentos que não são suficientemente engraçados para suster o filme e que fazem a intriga quase desaparecer.
O filme fala de um criminoso contratado por uma agência para tentar reaver os planos de um milionário que pode colocar em causa a segurança publica, num jogo de intrigas, e com uma equipa nova para levar a cabo a operação de dificil execução.
O argumento e o principal problema do filme, confuso, com personagens extremamente circulares que não tem a graça que o filme pensa e exigia que tivessem. As mudanças acabam por não surpreender porque surgem num momento em que o filme já perdeu o ritmo e o norte.
A carreira de Ritchie nos ultimos anos, são uma desilusão completa, filmes repetidos, pouco interessantes, realizados com pouco estilo, e muito longe do estilo e conceito que fizeram dele uma das figuras originais de Hollywood. Esperamos que um dia tudo regresse embora comece a ser dificil.
NO cast alguns habitues do realizadores nas personagens típicas como Statham, sempre em personagens gémeas umas das outras, Grant, onde apenas o sotaque sobressai, e uma serie de retornados que acabam apenas por marcar presença.

O melhor - As curiosidades não sendo suficientes para salvar o filme vão sendo as coisas que sobressaem.

O pior - Uma confusão que não tem qualquer impacto no espetador

Avaliação - D+


Friday, April 07, 2023

Super Mario Bros: The Movie

 Anunciado em meados do ano passado, desde o primeiro trailer que se percebeu que este seria um sucesso para muitos, em face do fenomeno comercial reavivado da personagem do canalizador mais famoso do mundo, o qual parece ser eterno. Eis que o filme surgiu e criticamente as coisas não correram particularmente bem, algo que é comum no universo Iliunination. Comercial as primeiras indicações são impressionantes e tudo indica que será o primeiro grande sucesso planetário do ano.

Sobre o filme podemos analisar desde logo do ponto de vista tecnico, temos o nivel mais elevado ou não estivessemos a falar de uma das produtoras que mais dinheiro tem ganho nos ultimos momentos. O filme toca em muito dos pontos exigidos, o paralelismo com as vivencias do jogo sáo claras e somos transportados essencialmente para os momentos de jogos sendo tudo muito familiar, e nisso o filme consegue ser curioso.

Onde me parece que o filme falha e claramente na historia que cria para este filme, desde logo porque a mesma é limitada ao maximo, quase um contexto para fazer funcionar os paralelismos, sem grande conteúdo moral, sem surpreender, sem grandes dialogos, é um filme pensando para ganhar dinheiro e não para ser uma obra de referência o que nunca consegue ser.

Ou seja um filme básico, obvio para alimentar quem gosta dos jogos, mas que não trás de particularmente novo a figura ou as personagens do jogo. Em termos de argumento o filme arrisca zero, tornando-o demasiado preguicoso e pouco ambicioso. E comum a Ilumination seguir este trajeto que está longe de me parecer o que mais valor tras a animaçao.

A historia segue os irmãos canalizadores que acabam por embarcar para o mundo dos cogumelos, onde tentam salvar aquele mundo simpatico e conduzido pela princesa peach das garras de um temivel vilão.

No que diz respeito ao argumento, o mesmo é pouco ou quase nada trabalhado, alias acaba por ser um jogo de computador gigante dos herois contra a adversidade com pouco dialogo, poucas personagens e mesmo pouco humor, aproveitou um nome e uma franquia poderosa.

Na realizaçao do projeto temos a equipa que dirigiu o filme de Teen Titans, o que não e propriamente uma equipa muito prodiga em termos de animaçao de autor, e o filme nunca tenta o ser, acabando por ser sempre uma tarefa e uma encomenda de grande estudio.

O filme tem um bom naipe de atores a dar as vozes, acaba por ser Rogen, e Black quem tem os melhores momentos e e claro que o filme procurou atores proximos das caracteristicas que queria de cada personagem.-


O melhor - As lembranças e paralelismos aos diversos jogos

O pior - MUito pouco trabalhado


Avaliação - C+



Creed III

 Depois da alavanca que Creed teve na ligação com Rocky e o contexto proprio dos filmes marcantes de Stallone, eis que o Franchising abandonou o velho actor e decidiu seguir o seu caminho, mais na vertente social e destruturada da personagem que da nome ao filme, e na tentativa de ir recuperar os seus fantasmas do passado, num contexto algo diferente. Esta nova roupagem foi aceite pela critica com muito boas avaliações para o filme agora realizado por B Jordan. Em termos comerciais resultados interessantes demonstrando que para a franquia existe vida sem Stallone, o qual negou por completo o filme.

Creed é um filme de ação rapido, ao contrario se calhar do regresso e do primeiro filme que acabava por ser mais intenso, mais sobre personagens, este é um filme declaradamente comercial, que não tenta dar muito das personagens preferindo dar todo o protagonismo as lutas e à sua envolvência, essa simplicidade pode tornar o filme visualmente mais apelativo, mas parece na minha opinião esvaziar um pouco principalmente tendo em conta o primeiro filme desta nova saga.

Efetivamente existe um rompimento total com o passado, tirando Apollo nada é dito, e ficamos sem perceber muito bem porquê, este corte radical com Rocky mesmo nas menções é estranho e parece sermos transportados para um registo mais ao estilo afro americano de Fuqua do que propriamente na continuidade de Rocky, até o proprio espaço fisico do filme muda, sobrando apenas o Boxe no seu limite.

Por tudo isto Creed realmente é diferente do que tinhamos visto até agora, não propriamente, na minha opinião para melhor. COm tantos bons filmes de luta que foram sendo lançados fica a ideia que a franquia quer sair do lado mais intenso e maduro para dominar o lado comercial, pode ser uma aposta ganha mas fica a ideia que e claramente um filme menor da saga..

A historia segue um retirado Adonis Creed que tenta lançar a sua equipa no dominio, até que surge um seu ex-amigo do passado, depois de um período preso que vai levar o protagonista ao regresso contra um adversario que o conhece melhor que ninguem.

No que diz respeito ao argumento o filme opta pela simplicidade de procedimentos do primeiro ao ultimo minuto, quer na explicação do passado, na forma como esconde ou quase não trabalha as personagens conhecidas e novas, leva a que o filme seja de desgaste rapido e comercialidade total.

Michael B Jordan, um pouco como Stallone tambem fez em ROcky assumiu o seu projeto e também a realizaçao. Uma estreia razoavel principalmente na forma intima como filme a luta final, onde claramente consegue ser original, e intimista com toda a logica nas personagens, embora ate então tivesse estado demasiado adormecido.

B Jordan é Creed, sem que isso seja um elogio, ao terceiro filme não é clara a empatia do personagem com o publico, e muito por culpa de um Jordan algo ambiguo. Pode ser o plano para a personagem mas os herois do publico nao se afastam tanto. Isto acaba por dar a Majors espaço para maior intensidade, de um ator muito presente, embora me pareça sempre algo parecido nas suas dinamicas.


O melhor - A luta final

O pior - Tornar Creed e o Franchising Rocky claramente um filme de comercio


Avaliação - C



Tuesday, April 04, 2023

Murder Mystery 2

 Quatro anos depois de Sandler e Aniston terem-se tornado num dos objetos mais vistos de sempre da Netflix, num filme de comedia rapida/policial, eis que surge a sua natual sequela, com muitos meios, principalmente na forma como o filme foi filmado em plena Torre Eiffel. Em termos criticos o primeiro filme já não tinha sido propriamente bem recebido e este também não o foi, contudo comercialmente parece ter todos os ingredientes para preencher uma matine dos assinantes da aplicação.

Eu confesso que o humor normal de Sandler à muito tempo que deixou de ter alguma graça e o filme tem obviamente a sua assinatura no humor do primeiro ao ultimo minuto. Ao lado Aniston tem o papel de vizinha do lado descontraida que sempre teve e temos um policial monotono, que acaba por encaminhar para todos os lados que deixa o fim mais que obvio, mas que o fica em claro é que o filme tem investimento mas isso não permite que os interpretes sejam herois de açao, ou que o filme consiga ter alguma graça que efetivamente nunca tem.

Fica a ideia que a Netflix queria render talvez o seu produtor maior em termos de cinema, e eis que não quis pensar muito. Pos as mesmas personagens, uma intriga policial de segunda linha, mas mais que tudo, acaba por dar um filme que parece ter tido como pre requisito uma produçao de primeira linha, proximo dos maiores filmes de herois, mas com um argumento de estudio de segunda linha.

Por tudo isto parece daqueles filmes de desgaste rapido, tentanto aproveitar o valor humoristico dos seus protagonistas e dos seus estilos. Pessoalmente ficou com a ideia que o filme pensa ter mais graça do que efetivamente tem, e a comedia esta sempre muito mais vigente do que a ação, pese embora tenha uma produçao elevada, e isso acaba por deixar antever um filme fraco numa roupa cara.

A historia segue a dupla de protagonistas do primeiro filme os quais são convidados para o casamento de um magnata e acabam na investigação do desaparecimento desse mesmo indivíduo, que leva a uma intriga e acima de tudo um teste à quimica do casamento.

Em termos de argumento o filme é limitado, na intriga policial previsivel e pouco trabalhada, mas acima de tudo num humor denunciado que acaba quase sempre por ser mais esforçado do que eficaz, muito por culpa de um estilo de humor dos protagonistas que me parece no minimo desatualizado.

Na realizaçao Garelick toma conta deste filme, vindo da comedia de segunda linha e alguma televisão e parece ter demasiados meios para a suas mãos. Com tantas filmagens exteriores, o filme merecia, nas sequencias de ação mais espetaculo, o que fica a dever a incapacidade do realizador e tornar o filme maior.

No cast Sandler e Aniston combinam nas suas personagens tipo, o que torna as personagens repetitivas dentro das carreiras. No preenchimento do cast Strong no lado rigido que nos habituou, com poucas responsabilidades comicas e pouco mais.


O melhor - A produçao é de primeira linha.


O pior - Desaproveitada na falta de graça do filme.


Avaliação - C-



Monday, April 03, 2023

Avatar: The Way of Water

 Treze anos depois de Cameron ter surpreendido o mundo com o seu espetaculo 3D que bateu o record quase impossivel de bater de Titanic, obra anterior de Cameron, eis que ele devolveu o entusiasmo dos espetadores ao cinema neste novo Avatar. Criticamente e muito impulsionado pela riqueza tecnica que voltou a surpreender Cameron conseguiu conquistar todos os records de bilheteira e tornar a fazer historia de um realizador que so sabe ganhar milhões.

Eu confesso que gostei do primeiro Avatar pela experiencia estetica do que propriamente pelo filme, que era apenas razoavel, numa historia de amor impossivel, simples, mas que a estetica e a inovação do 3d nos levava a estar mais atento aos promenores tecnicos do que a historia. Desta vez a inovação não é tão impressionante apesar de ela existir e a duração do filme é um absurdo para o sumo final, o que torna o filme quase impossivel de ver noutro formato.

A historia do filme é do mais redutora que é possivel imaginar, fica a ideia que todos o desenvolvimento tecnico foi pago com um argumento quase mal trabalhado, com poucos dialogos, cenas interminaveis e acima de tudo personagens cujo o sitio não se consegue perceber ao certo qual é. Isso torna a historia desinteressante que nos faz estar a olhar constantemente para o resto, e ai o filme acaba por ser uma experiencia quase cientifica mas pouco de cinema.

A questão é que em termos de historia tudo parece ter esgotado no primeiro filme, quando foram anunciados mais cinco. A inovação tecnica permitira alimentar a saga ao longo do tempo? E uma duvida que necessita de ser retirada porque em termos de sumo cada vez mais Avatar e um avanço tecnologico e menos um filme

A historia e parecida a do primeiro filme, Jake agora com a sua familia, acaba por ter de ir procurar abrigo numa outra parte de forma a sobreviver as investidas do seu arqui inimigo Quaritch. Aqui encontra um povo aquatico, mas que levara ao conflito num estilo bem diferente.

E no argumento que o filme basicamente não existe. Para um filme de tres horas ter tão pouco sumo é quase injustificavel, mas acontece. As novas personagens quase não existem e os fundamentos das outras e a mesma e pouco mais.

A realizaçao de Cameron e impressionante a todos os niveis, mais uma vez somos levados para o novo capitulo tecnologico como apenas Cameron sabe fazer. Isso salva o filme mas torna-o limitado ao cinema, ja que no restante é muito basico.

No cast as personagens não se desenvolvem, os avatares não permitem grande expressao e acaba por ser pouco ou nada interessante para os seus interpretas, ja que se torna indiferentes ser Winslet ou outra atriz qualquer.


O melhor - O nivel tecnico impressionante do filme.


O pior - O argumento


Avaliação - C+