Saturday, January 31, 2015

Song One

O pós Oscar e sempre um dos momentos mais dificeis da carreira de um actor, porque a exigencia do galardão quase que não permite qualquer falha. Dai que muitas vezes a ambiçao seja superior e surgem filmes onde os vencedores surgem a apostar num realizador em filmes pequenos que normalmente produzem. Isso aconteceu o ano passado em Sundance com este Song One e Anne Hathway, contudo nem sempre correm bem mesmo neste certame o resultado critico foi uma desilusão e o filme estreou silenciosamente um ano depois da montra.
Sobre o filme pouco de vantajoso podemos dizer sobre o mesmo a não ser que e uma das historias mais vazias de amor que teve lugar nos ultimos tempos e não fosse a riqueza da banda sonora num estilo melancolico interessante presente ao longo do filme e o desastre do filme era completo já que não sobrava nada de relevante e acima de tudo nada de novo.
E surgem muitas duvidas sobre os objectivos reais do filme se quer ser um filme romantico a interação entre o casal tem que ser mais do que palavras receosas e um silencio sem sentido, como se um sofrimento generalizado se tratasse. Depois num filme com menos de uma hora e meia quase metade e passada em momentos musicais que realmente sao a unica valia do filme. Dai que o resultado final e a surpresa por Sundance ter exibido a concurso o filme claramente tao pobre.
Tudo parece conduzir para a sensibilidade de Anne Hathway e do seu poder dramatico que e sabido existir em filme muito mais intensos, fortes e maduros do que este. Ainda para mais quando e produzido por si, a actriz deveria defender bem melhor a sua carreira em apostas certas e directas e neste caso tudo e tao pobre que nem ela consegue transportar o filme para lado nenhum.
A historia fala de um aspirante a musico que e atropelado e fica em coma, a sua irma com quem estava zangada regressa a cidade e onde tenta encontrar o idolo do seu irmao com quem começa uma relaçao de namoro.
O argumento do filme e nada mais nada menos e sem mais conteudo o que esta escrito em cima, vazio sem personagens e sem dialogos quase como se fosse um video clip barato para musica, muita musica algumas delas lamechas outras mais profundas mas e na musica os poucos bons momentos bem escritos do filme.
Uma jovem realizadora ter o apoio de Anne Hatwhay e do melhor que se pode esperar mas desprediçar tanto num filme juvenil de sentimentalismo barato não e uma boa carta de apresentaçao, num filme contudo que nada prova na qualidade ou falta dela na realizaçao.
No cast muito pouco Anne passa o tempo inteiro no seu lado sofrido que e mais que conhecido e todos sabemos que funciona, contudo num filme tao basico a sua interpretação não e suficiente nem tao pouco para dar carisma ao filma ao seu lado um protagonista que apenas podemos dizer que sabe cantar.

O melhor – A musica

O pior – A falta de argumento


Avaliação - D+

Horrible Bosses 2

Nos ultimos anos existiram algumas comedias que conseguiram destacar-se pela forma e pela actualidade, depois da Ressaca este Horrible Bosses foi uma das que melhor resultou com resultados interessantes principalmente comerciais. Dai que este ano sem surpresa surgiu a sua comedia reforçada com mais viloes, o que parecia ser uma receita inultrapassavel. Pois bem o certo e que surpreendentemente o filme não resultou, criticamente foi muito pior avaliado do que o primeiro filme e comercialmente a diferença foi gigantesma tornando-se num claro floop do ano 2014
Mas o que podera ter motivado este decrescimo de resultado. Pois bem e dificil de explicar já que o estilo e o mesmo, as piadas e os estilos de cada uma das personagens sao as mesmas e ainda reforçados por dois viloes, que contudo pouco trazem a saga em termos de humor. Dai que os maus resultados apenas podem ser explicados por este filme já ter sido visto anteriormente.
E nisto e unica critica facil de fazer ao filme, para um segundo com reforços o filme deveria ser mais do que replicaçao do primeiro e acentuar em algumas personagens os traços comicos do primeiro filme como ocorreu com Aniston e Spacey, dai que desilusão do resultado apenas pode ser contastada por estes primas.
Mas mesmo assim estamos sem duvidas nos registos de comedia que melhor funcionou nos ultimos anos, sem a surpresa do primeiro filme o certo e quem gostou do primeiro filme gosta obviamente do segundo pois sao bastante semelhantes, mas não pode esperar nada de inovador porque o filme isso não tem.
A historia fala das mesmas tres personagens que tem como objectivo criar o seu proprio negocio ate serem enganados por um proprietario de vendar online que os conduz a uma divida astronomica, que não conseguem lidar planeando para isso o rapto do filho do mesmo.
O argumento e parecido ao primeiro utilizando o mesmo humor. O falhanço como criminosos das personagens o vinco das caracteristicas dos viloes da primeira saga ao qual se une novas personagens sem a dinamica do primeiro filme, tornam o argumento ligeiramente inferior ao seu antecessor.
Na realizaçao um realizador totalmente centrado no valor comico dos seus filmes com truques muito utilizados e pouco inovadores não e por este lado que o filme tem algo de absolutamente novo e isso sabe obviamente a pouco.
No cast o trio comico entra no seu registo obvio, e interessante ver os papeis de Aniston e Spacey em registo que já se tornaram famosos, nos novos claramente que Pine tem mais espaço para brilhar do que Waltz e sem deixar de referir o sempre carismatico badass Foxx, todos juntos funcionam em comedia.

O melhor – Os momentos comicos de Charlie Day

O pior – Waltz nunca ter espaço no filme


Avaliação - C+

Thursday, January 29, 2015

Alexander and the Terrible, Horrible, No good, Very Bad Day

Este filme de Outono familiar produzido pela Disney Studios tem talvez o titulo mais estranho e pouco funcional comercialmente que há memoria. Este facto aliada a mais que uma previsivel responsa mediana em termos criticos pode ter sido responsavel por um resultado comercial mediano longe da força que a maioria dos titulos deste estudio conseguem ter.
Sobre o filme quando observamos um filme em imagem real da disney sabemos que vamos ter ou um filme com fantasia ou uma comedia familiar simples: Neste caso estamos claramente nesta segunda opção ou seja um filme simples de familia, com uma mensagem positiva um humor simplista quase sempre fisico, daqueles filmes de facil visualização que nunca nos vai encher o olho mas que sinceramente nunca vamos odiar.
E obvio que o filme tem criticas faceis como isto ja foi visto milhares de vezes principalmente em comédias familiares dos anos 80, que o humor utilizado e demasiado tradicional e desactualizado, mas e aqui que temos de analisar a obra como um todo e acima de tudo o publico alvo da mesma, claramente infanto juvenil. Assim e facil assumir que o filme cumpre em larga escala os seus objetivos com simplicidade sem cair na repetição e para isso faz um filme bastante curto e com um ritmo interessante.
Podemos sim dizer e que em face do estudio em questão a aposta poderia e devia ter sido mais arriscada nao numa historia ja vista, e aqui entramos totalmente de acordo, pois mesmo neste genero podiamos encontrar filmes mais artisticos e creativos e nao entrar num tradicionalismo exagerado que de facto nao tras muito de novo ao cinema.
A historia fala de um jovem, que no dia de anos dele, deseja que tudo se altere ou seja que todos os elementos da sua familia tenham um mau dia para perceberem a sua realidade, contudo tudo se torna assustadoramente mau colocando em causa todos os sonhos do mesmo algo que so pode ser ultrapassado com a uniao de todos eles.
E facil perceber que o argumento e repetitivo com uma premissa muitas vezes usada, com uma humor tradicional ao maximo, mas com uma mensagem positiva o que nunca e demais, esta longe de ser um argumento brilhante ou mesmo original mas para os objetivos concretos do filme e funcional.
Na realização surpreendeu um creativo como Arteta pegar no leme de tão basico filme, e o certo e que se encaixou num registo longe do seu com profissionalismo mas sem o sublinhar de outros filmes, e uma aposta estranha deste realizador.
No cast nada demais, em termo dos mais jovens uma interpretação mais fisica do que exigente nos mais graudos Garner e Carrel no tipico papel das suas carreiras que ja o fazem em piloto automatico


O melhor - A mensagem positiva do filme.

O pior - Um estudio como a Disney apostar em algo tão repetido

Avaliação - C+

Little Accidents

Existem pequenos filmes, que tentam ganhar protagonismo com a intensidade da historia, dai que todos os anos surgem pequenos filmes alguns com actores conhecidos como e este o caso, que tentam chamar a atençao mais do que a força da produção para a força da historia. Contudo muitas vezes estes filmes sao diluidos nos cinemas como foi o caso deste pequeno filme que estreou no sempre cinzento mes de Janeiro com avaliações medianas e por isso com um resultado comercial praticamente inexistente.
Sobre o filme podemos dizer que este começa bem, encontra um ritmo interessante, com um drama assumido, no epicentro dos acidentes que dão titulo ao filme, mas depois vai perdendo ritmo força e torna-se pastoso na forma como as personagens se vão misturando e pior que isso se vao ligando emocionalmente para alem de tudo o que aconteceu, e aqui o filme torna-se um emaranhado que nunca lhe permite recuperar a força inicial.
Por este mesmo facto parece-nos um filme que nao consegue atingir o objectivo que e a recuperação do caos, desde logo porque as resoluções de cada personagem e um novo caos, porque o filme torna-se novelesco a determinados momentos onde saltos narrativos sao efectuados na forma como personagens aparentemente diferentes tão facilmente se ligam.
Mesmo assim e um filme com meritos desde logo a forma como introduz a sequencia de acontecimentos que vao mudar a vida de diferentes quadrantes da população, algumas interpretações que dao intensidade dramatica com filme, parecem ser os pontos mais positivos e assinalaveis de uma obra que passara sem grande convicção
A historia fala de um acidente numa mina de uma pequena cidade que coloca muitas famílias deficitárias entre a sua comunidade ao mesmo tempo o filho de um dos administradores da mencionada mina acaba por desaparecer, criando um misterior a volta deste facto.
O argumento e simples, sem grande risco ou inovação no estilo historia de vida que nos habitou o cinema independente, as ligações entre historias parecem algo forçadas e o argumento e desiquilibrado claramente mais intenso no inicio do que no seu término.
A realização a cargo de Sara Colangelo, é sincera, num estilo muito independente tenta dar o lado emocional de cada uma das personagens nas interações entre elas, e um filme mais bem intimista do que artisitico.
No cast o maior destaque vai para a intensa interpretação de Holbrook um jovem actor que nos últimos anos tem sido um secundário recorrente mas que neste filme domina o mesmo com a intensidade suficiente para sublinharmos a sua interpretação e a longo prazo percebermos o seu real valor.


O melhor - A introdução

O pior - A ligação entre persoangens

Avaliação - C

Wednesday, January 28, 2015

Kill The Messenger

Este era um dos filmes aguardados de 2014, já que nos trazia Michael Cuesta um dos responsáveis da serie Homeland para o cinema com uma intriga politica baseada em factos reais. É conhecida a incapacidade dos EUA fazerem auto critica dai que o sucesso do filme fosse logo condicionado por este facto. Assim o resultado critico e comercial do filme esteve longe do esperado pese embora no primeiro plano as avaliações tenham sido no geral moderadamente positivas.
Sobre o filme podemos desde logo dizer que a materia em questao mais que sensivel e uma materia controversa, ou seja obra prima fundamental para fazer um bom filme, contudo o que é certo e que no final o filme nunca consegue cumprir as condiçoes e as expectativas que cria, tornando-se numa emaranhado exagerado de personagens e nem sempre consegue potenciar nem o lado politico do filme nem o lado pessoal da personagem que o filme quer balançar.
Dai que parece estarmos num daqueles filmes que a premissa e o campo de pesquisa e muito superior ao resultado final e quando assim acontece é pena pois fica a ideia de alguma falta de mestria na forma como o filme nunca consegue imperar o seu ritmo ou mesmo, na forma como o filme acaba por se potenciar para os limites do aceitavel pela sua historia em si e nunca pela arte de quem filma.
Mesmo assim estamos perante um filme com conteudo, bem interpretado, de dificil execução e que consegue cumprir nos limites minimos aquilo que se propoem, falta e o lado artistico o lado potencial de um filme que o tinha bem expresso na historia em questão, mas que contudo nunca consegue ir alem daquilo que esta naturalmente lhe da
A historia fala de um jornalista de investigação de um pequeno jornal, que acaba por entrar na historia de uma ligação bastante ilicita do CIA com a guerra civil na Nicaragua e que envolve armar e dinheiro, contudo há determinadas noticias que nunca podem ser transmitidas.
O argumento parte de uma base histórica e documental interessante mas mais que isso quer se transformar num biopic e numa homenagem ao jornalismo o que torna tudo muito centrado em termos de historia numa unica persongem o que nos parece redutor relativamente a historia em questão, ja que fica a ideia que não existe muitos episodios que constam do filme.
A realização e simples Cuesta talvez pela falta de experiência ou rotina no cinema tem aqui uma realização simplista, objectiva e pouco mais, falta a arte, o toque de autor e mais que isso conseguir potenciar o filme para os niveis mais elevados.
Em termos de cast  Renner e dos actores certos da actualidade aquele que dificilmente falha, aqui cumpre com normalidade o seu papel embora nos pareça que já o vimos em melhor forma, neste filme encontra-se num bom nivel que nos habitou mas sem surpreender. Nos secundarios nao à espaço para brilho so para nomes.

O melhor - A historia em si

O pior - Não ir para alem da mesma

Avaliação - C+

Sunday, January 25, 2015

The Dissapearence of Eleonor Rigby: Them

Em 2013, um quase desconhecido Ned Benson teve uma ideia no minimo original, filmar dois filmes sobre a mesma historia sobre as duas prespetivas de uma relação apos o seu termino. O resultado contudo não foi muito brilhante as criticas de que viamos grande parte do mesmo filme duas vezes, fez com que para um lançamento universal os dois filmes fossem unidos num so, estreado em Cannes a espera de melhores resultados, o que não conseguiu criticamente as coisas foram mais sofriveis do que cada um dos filmes separados e comercialmente estreou em muitas poucas salas e isso tornou-o quase pouco mais que um bom projecto.
Desde logo começo por referir que apos algumas pesquisas fui aconselhado a ver apenas este filme, já que os outros dois consumiriam plenamente este, e este era menos aborrecido. E apos ver este filme acho de longe que esta e a melhor soluçao porque o grande problema do filme e a falta de ritmo e isso e denotado em duas horas quanto mais em tres em que algumas cenas sao as mesmas.
Mas temos algum valor no filme a forma como o sofriemento do casal de vive, se ressente e se ultrapassa esta bem trabalhado num filme adulto que aborda da mesma forma um tema tao presente como como reagir a uma fatalidade que une um casal. E nisto o filme mesmo com um ritmo desinteressante consegue abordar diferentes momentos em cada um dos seus personagens a uniao, desuniao, o conflito a falta dele, tudo e abordado num zigzag interessante, que torna o filme algo com algum conteudo.
Mas que perde na formula, desde logo nas voltas atrás que tenta de alguma forma mostrar de forma clara o que esta entendido pelo espectador que e a força da ligaçao entre o casal previo a fatalidade. E nisto o filme não e congruente já que em determinados pontos importantes omite a raçao como o que esteve na morte do filho do casal, e por outros vai atras para os explicar quando nos parece que a primeira opção da ao filme um maior caracter de autor e uma vertente mais propria de abordagem.
Enfim como um filme solto, não sendo uma obra prima, nem um filme particularmente forte, temos um filme com conteudo, sem ritmo e certo, mas que aborda um tema interessante com seriedade, ficando apenas a sensaçao que o projecto era original e o resultado sabe a pouco.
O filme fala de um casal que apos a morte de um filho não consegue continuar seguindo um para cada lado, com novos projectos e nova forma de vida, contudo encontram-se sempre dependentes da forma como a relaçao ira ficar.
O argumento e mais interessente na ideia e na teoria do que propriamente na execuçao, num filme com uma intensidade dramatica tao elevado os dialogos poderiam e deveriam ser mais trabalhados, principalmente porque as personagens sao multidimensionais para isso mesmo, fica a sensaçao que podia ser muito mais.
Na realização Benson teve uma ideia brilhante que poucos o tiveram e no risco se fazem os grandes realizadores com o pode dizer Linklater neste ano, mas aqui precisava de mais meios para fazer filmes diferentes aqui pelo que dizem caiu na repetiçao e resultou num filme adulto mas pouco mais, podemos dizer que a montanha pariu um rato e isso para o realizador não foi bom.
No cast boas apostas Chastain e uma das melhores actrizes dramaticas da actualidade e neste filme mesmo sem estar no seu melhor registo esta intensa e a um nivel mais que satisfatorio para o resultado final do filme. Mccavoy esta a melhorar o registo tornando-se cada vez mais um actor versatil e em ascenção, Hurt e sempre a prova de segurança que qualquer filme precisa.


O melhor – A ideia original a ser concretizada com sucesso era um marco para o cinema.

O Pior – Não o foi e tornou-se um filme normal


Avaliação - C+

The Best of Me

Nicholas Spark desde o momento em que constituiu o seu estudo cinematografico que decidiu dar uma roupagem a todos os seus livros de amor, e que fazem as delicias das mulheres. Este ano este “The Best of Me” foi a aposta e teve logo a contrariedade de Paul Walker o alegado protagonista ter falecido e a necessidade de o substituir, um mau pronuncio para a carreira que o filme acabaria por ter comercialmente e criticamente com resultados muito negativos.
Desde logo estamos num tipico filme em termos de historia do Nicholas Sparks, onde seja grande parte do filme sao declaraçoes de amor em locais idilicos, sem grande poesia ou metafora mas simples e lamechas, depois a parte tragica que o autor tambem nos habitou sempre com o lado positivo. Dai que em termos de linha narrativa o filme vale o que a literatura tipica de Sparks vale e isso na generalidade já não e propriamente nada de especial.
Mas o problema do filme surge precisamente no contrario em toda a produçao temporal do filme, com diversas escolhas de bradar aos ceus. Desde logo a separaçao de tempos com actores diferentes, vinte anos e muita coisa mas as escolhas dos actores em questao permitia que fossem ambos com caracterizaçao a fazer deles proprios enquanto mais jovens, o que não acontece, e tudo se complica quando a escolha do jovem Dawson vai para um actor Luke Bracey que pese embora tenha 25 anos de idade parece que tem 30 enquanto Mardsen com 40 parece que tem 35 entao parece que estamos a falar de duas personagens diferentes, numa opçao das mais absurdas dos ultimos anos.
Mas não e por aqui que o filme falha, já que mesmo narrativamente tudo que e possivel pensar de lamechas e de telenovela temos neste filme, a morte ocasional, os maus sao muito maus, o final bonito onde tudo quase se realiza, enfim, para um escritor com tantos livros vendidos um pouquinho mais de risco e originalidade não seria obviamente mau.
A historia fala de dois ex namorados de liceu, com vidas muito diferentes renem-se apos a morte da unica pessoa que os uniu, ai começam a reviver o passado e a forma como tudo podia ter funcionado se tivessem ficado juntos descobrindo o amor que sempre os uniu, contudo o passado ainda não esta totalmente resolvido.
O argumento e tipico de Sparks mais preocupado com a intensidade do amor do que com a coerencia ou sentido de toda a narrativa resultado um filme romantico sem duvida mas pouco mais em termos de dialogos e mesmo personagens do mais lineares que há memoria.
Na realizaçao a escolha foi para o veterano Michael Hoffman um daqueles realizadores que depois de muitas tentativas nunca teve um grande filme aperciado nem pela critica nem pelo publico o mais perto que esteve foi em Last Station pela critica. Em final de carreira tenta se aproximar do grande publico sem grande arte mas nem aqui o conseguiu.
As escolhas sao naturais Mardsen e Monohgan funcionam bem como par alias sao dois actores que favorecem este tipo de lado mais romantico, no caso de Mardsen pois não axige muito de si, e não deixa a nu algumas dificuldades no caso dela porque tem intensidade dramatica de uma actriz que vale bem mais que este registo.

O melhor – O amor

O pior – Sparks insistir num registo gasto


Avaliação - C-

Cake

Desde os momentos em que foram exibidas as primeiras imagens de Jennifer Anistton neste drama que o alerta oscar ficou ligado ao filme, já que normalmente estas alterações fisicas e de registos de actrizes consagradas constumam resultar. Contudo logo apos as primeiras avaliações so filme percebeu-se que o filme tinha alcance limitado e isso poderia condicionar o seu maior objectivo a nomeação para Aniston. Comercialmente o atraso para o presente ano tambem não foi uma aposta certeira comercialmente para fortalecer este objetivo
Depois de ver o filme, facilmente percebemos que o filme e demasiado centrado no papel e na interpretação de Aniston, que como filme não e mais que uma simples historia de vida numa drama intenso, mas que a personagem central e forte não apenas por padecer de dor cronica e isso ser visivel a cada minuto da sua interpretação mas pelo carisma e lado psicopatologico da personagem que acaba por ser intensa.
Pena e que o filme quase so é isto e não consegue sobreviver para alem da personagem já que tudo o resto serve-a e pouco mais, mesmo a personagem de Barazza tambem interessante e com mais tempo de antena poderia tambem fortalecer dramaticamente o filme, acaba por ser posta de lado so nos momentos em que o centro do filme funciona.
Resultado um interpretação meritoria que merecia outro destaque mas que é demasiado assumida para um objetivo em deterimento do filme, podemos dizer que doutra forma o papel não teria tanto destaque mas isto e algo que não sabemos a opção do papel e forma dele funcionou mas desta forma foi o a custa de termos um filme mais maduro e mais forte.
A historia fala de uma mãe que apos a perda do filho num acidente começa a desenvolver dor cronica e tem a sua vida resumida a um inferno, ate que um dos membros do seu grupo de ajuda morre e tenta conhecer as raçoes do suicidio, sempre com a ajuda de uma fiel empregada.
O argumento tem bons apontamentos a relativização da perda e das consequencias, os diferentes lados da mesma pessoa o enfoque num tema como a dor cronica que usualmente nunca teve grande destaque mas a forma como isso tudo foi conjugado no filme com mediano, serve para ter impacto mas não para deslumbrar.
Barnz e um realizador de obvio segundo plano em Hollywood que aqui aliado de Aniston tem o seu projecto de uma vida, para se lançar para outro patamar, contudo em termos de realizaçao o filme e limitado, com pouco risco, e quase silencioso para vicar as interpretaçoes o que pode ser uma boa escolha, mas limitada para o seu desenvolvimento.
Confesso que sempre pensei antes de ver o filme que Aniston estava a ser valorizada pela critica por aparecer sem maquilhagem e pouco mais, mas depois de ver o filme faço o meu mea culpa, pois o papel e mais que isso, e a intensidade emocional, e a dificuldade fisica da presença de uma dor que tem que ser simulada mas que esta visivel em cada segundo da sua prestação num papel dificilimo e que cumpre com bastante qualidade. Numa corrida onde pautam actrizes com registos muito simples Aniston merecia o reconhecimento pelo menos com uma nomeaçao, o que faria do filme um sucesso já que e pouco mais que isso.

O melhor – Jeniffer Aniston

O pior – O filme se enconder atras da sua personagem e interpretação central



Avaliação - C+

Into the Woods

Gary Marshall e os musicais são uma das combinações mais claras do cinema actual, dai que depois da vitoria em Chicago a academia e os premios estejam sucessivamente a espera dos seus filmes, que nunca mais voltaram a repetir o sucesso do primeiro. Este ano e com a chancela da Disney surgiu este filme sobre os contos de encantar que conseguiu resultados criticos interessantes insuficientes contudo para chegar aos oscares com grande força, comercialmente os resultados tambem foram consistentes como e habitual na disney.
Sobre o filme, posso começar por dizer que o musical não e um genero que aprecio pese embora nos ultimos anos tivessem surgido alguns bons filmes como Miseraveis ou mesmo Chicago, mas Into the Woods não e um desses filmes alias fica a sensaçao que o filme caso não fosse um musical seria um total absurdo pela ausencia de tudo o resto de guião, de logica de personagens tudo e um deserto de ideias musical, e mesmo aqui já vimos obras tao mais completas.
Mas o que falha em into the woods, basicamente tudo a não ser a riqueza dos cenarios, tudo parece uma colagem de criança das historias infantis sem qualquer logica nem racionalidade onde se baralha, aparecem e desaparecem sem percebermos muito bem o que não leva a serio qualquer historia e o filme acaba tambem ele por não tem qualquer união, o que se tranforma num concerto sem grande sentido, e ai o filme simplesmente e um desastre.
Podem dizer que Streep segura o filme mas ai podemos dizer que as vozes seguram o filme mesmo assim já vimos filmes musicais muito melhor interpretatos fora dos cliches habituais aqui e o comum sem risco, mas acima de tudo com um argumento narrativo absolutamente mal construido.
O filme tenta juntar algumas historias de crianças como a cinderela, rapunzel, pe de feijão e capuchinho vermelho num filme onde as personagens sao baralhadas e conjugas uns com os outros de forma a tentar contornar o feitico da bruxa ma.
Sobre o argumento e um atentado a boa escrita, se a primeira parte e apenas uma mistura mal feita das historias conhecidas a segunda quando pensavamos que o filme ia ter alguma diferença tudo ainda fica pior, sem personagens sem sentido, enfim muito mau.
Marshall sabe realizar musicais e este e bem realizado, produzido e montado, os momentos musicais sao bem encenados mas tudo o resto não existe e quando assim o é não chega captar as imagens.
O cast tem boas vozes, Blunt e Streep, tem vozes irritantes Kendrick pelo menos no filme e Pine, e pouco mais exige dos seus interpretes, Streep já e moda as nomeaçoes mas penso que neste filme e francamente exagerada, Pine tem das piores interpretações e personagens dos ultimos anos.

O melhor – A produçao

O pior – O argumento.


Avaliação - D+

Saturday, January 24, 2015

Match

O inicio do ano para filmes independentes é normalmente utilizado ou para pequenos filmes sem grandes ambiçoes ou para filmes que pensavam ter mais hipoteses nos premios do que propriamente aquelas que realmente conseguiram obter. Neste ultimo caso podemos encontrar este Match, cujas criticas foram ligeiramente acima do mediano e em termos comerciais simplesmente não existiu devido a uma pequena expansao do filme.
Sobre o filme desde logo é dificil fazer um filme seguido no tempo como de apenas um acto se tratasse já que os dialogos tem que ser o motor efectivo do filme, e aqui é obvio que todas as despesas do filme se centram no dialogos exclusivo de tres personagens inicialmente sobre o mundo da fama e posteriormente sobre as responsabilidades de ser pai. E neste particular e principalmente na mudança de registo o filme e interessante princinpalmente na forma como a personagem principal inicialmente descontraida se vai moldando consoante o tema se vai tornando serio.
Contudo e pese embora estes valores claros o filme não uma obra prima, já que e extremamente limitado no seu alcance desde logo porque os dialogos embora ambiciosos não sao assim tao ricos para suportar por si so um filme, e depois porque falta claramente outros adereços ao filme
Mesmo assim e com claro controle de meios podemos dizer que temos um filme curioso, intenso em determinados niveis, dando ao espetador sempre a sensação de explosão o que para um filme independente e já de si destacado por não se tornar num objecto demasiado estranho.
O arguemnto fala de um dançarino agora professor quase em final de vida que e visitado por uma alegada estudante de dança e o seu marido com convicções muito tradicionais aos poucos o primeiro vai perceber que esta conversa e muito mais que um estudo sobre a sua arte.
O argumento tem alguns destaques desde logo os dialogos pese embora não sejam por si so de primeira divisão conseguem suster o filme pela sua duração, as personagens principalmente a de Tobias encontra-se bem montada e isso nota-se na forma como se vai alterando quando o enfoque da conversa vai mudando.
Belber é um realizador ainda inexperiente este e o segundo filme que tem a luz do dia e o genero não pede muito da realizaçao a não ser planos proximos dos protagonistas de forma a tentar transmitir os sentimentos dos mesmos, mas a ideia e o argumento dele levam-nos a querer que no futuro tera um maior destaque.
Em termos de cast duas boas surpresas Stewart tem um carisma muito claro e isso enriquece o filme, da intensidade quando o filme necessita e sensibilidade num dos melhores papeis de uma carreira que foi sempre pautada por um registo monocordico, Lillard e outra das surpesas do filme com um papel intenso longe da imbecilidade dos registos tipicos de actor pensavamos nos talhado para o humor.

O melhor – A forma de filme num simples acto

O pior – Limitações tipicas do alcance de um filme humilde.


Avaliacão - B-

Friday, January 23, 2015

My Old Lady

É conhecida a herança e a tradição da BBC Filmes em adaptar peças de teatro ao cinema com o seu estilo proprio, este ano com o encenador à frente deste projecto surgiu este particular filme centrado em pleno Paris. Os resultados criticos foram discretos com uma mediania que quase transforma tudo em indiferença. Comercialmente o registo foi bem mais agradavel com um resultado sustentado principalmente nos EUA, onde normalmente este tipo de registo tem bem mais dificuldades.
Sobre o filme, e interessante a união do teatro ao cinema principalmente porque os filmes se centram quase em exclusivo nas personagens e é isto que o filme, é uma descoberta constante dos segredos das personagens e aqui o filme tem um foco de interesse muito intenso pois e daqueles filmes em que as personagens vao crescendo a maneira que o filme tambem o vai.
Contudo um filme baseado numa peça de teatro tera sempre dificuldades obvias como um contexto, se bem que aqui Paris acaba por dar uma roupagem interessante ao filme, mas no que diz respeito a tudo o resto o filme parece limitado no seu alcance, nos detalhes que quase não tem e principalmente por vezes entrar numa comedia tonta tao tipica de Klein quando o filme poderia ser mais serio em si proprio.
Do lado negativo claramente o ambiguo final, por vezes o deixar em aberto num filme todo ele cru pode ser uma opção que valoriza a propria obra, num cinema tradicional as coisas podem ser mais complicadas principalmente quando o valor moral do filme esta em causa na forma como o mesmo se concluiu.
A historia fala de um americano que desloca-se a Paris de forma a tomar conhecimento de um apartamento que lhe foi deixado em herança por um pai ausente. Chegados a este local dá conta que o mesmo é habitado por uma idosa, e pela filha deste que vai perceber estar bem mais relacioadas com a vida do mesmo do que alguma vez este chegou a pensar
O argumento e interessante na forma como vai crescendo nas metaforas dos dialogos sempre tao utilizada em teatro e que e uma realidade tambem neste filme, os argumentos teatrais sao sempre ricos em persoangens e dialogos e este é tambem.
Na realização simplicidade e deixar Paris fluir o que é sempre uma escolha oportuna de realização, denota-se que nao e uma realização de primeira linha mas dentro de um algum tradicionalismo nao deixa de ser competente.
No que diz respeito as interpretações o filme, todo o destaque vai para a forma como Maggie Smith ja com idade avançada consegue ser tao versatil percorrendo todos os caminhos do humor a intensidade emocional facilmente, num papel tipico da sua carreira e que lhe conduziu a varios meritos, Klein esta na sua zona de conforto principalmente no lado mais descontraido da sua personagem, Thomas tem obviamente um papel menor.

O melhor - Os dialogos e intensidade dos mesmos

O pior - O estranho final


Avaliação - C+

Thursday, January 22, 2015

John Wick

Keanu Reeves sempre foi um actor de acção, desde os tempos de Speed e principalmente de Ruptura Explosiva que o actor balançou para este género. Contudo nos últimos anos um pouco a imagem de Liam Neeson tem ido para alem da acção pura para ser ja um incon carismático deste tipo de filmes. Este ano surgiu este John Wick que curiosamente e fora do habitual acabou por se tornar mais vencedor em termos críticos com avaliações muito positivas para o género do que propriamente um sucesso comercial ja que nao atingiu sequer a barreira dos cem milhões por todo o mundo.
John Wick tem uma patente pura a do filme bodycount de serie B, não se preocupa com linhagens narrativas, com sentido das coisas o seu único objectivo e que a figura central despache tudo e todos com a maior perícia possível e rapidamente. Isto contudo temos de dizer e do mais redutor que temos nos tempos que correm em hollywood.
Pode-se dizer que o filme consegue ter um estilo próprio, e isso é indiscutível, principalmente na forma facil com que o filme consegue dar ritmo musical principalmente nas sequenciais das discotecas, mas isto e muito pouco em termos de outros elementos que um filme tem que ter, mesmo Keanu Reeves acaba por apostar na carreira fácil de nada dizer e muito fazer, mas isto acaba por ser o mais facil que temos em hollywood.
Ou seja um filme facil de fazer, sem muito intlecto daqueles que a critica gosta pelo seu tom cru, pela falta total de profundidade mas isso num cinema moderno que ja consegue conciliar várias vertentes e obviamente diminuto, mas que cada vez mais ganha adeptos pelo seu facilitismo.
A historia fala de um ex- assasssino profissional, que após ficar viuvo e apenas entregue ao sentimentalismo das pequenas coisas vê três individuos lhe assaltarem o carro, matarem o cao e agredirem-no violentamente, algo que lhe vai fazer despertar o desejo de vingança e o regresso as mortes.
Em termos de argumento o filme simplesmente nao existe, as personagens sao do mais basicas que alguma vez vimos, o precurso narrativo so uma recta para as cenas de mortes e os dialogos são completamente inexistentes num dos argumentos mais basicos dos ultimos anos.
Na realização uma dupla de realizadores tem bons apontamentos para cinema de ação capaz de por si dar um ritmo e uma roupagem interessante ao filme, pensamos contudo que isso possa ser considerado obviamente insuficiente para um argumento não inexistente.
No cast Keanu Reeves nunca foi bom actor mas conseguiu se adaptar ao cinema que menos exige dele, aqui denota-se isso, mais carisma do que qualidade e bela execução de artes marciais, os secundarios basicamente são body count para o filme.

O melhor - Alguma primor estetico contemporaneo do filme.

O pior - O argumento nunca chegou a existir

Avaliação - C-

Wednesday, January 21, 2015

Serena

Em face da dupla de actores presentes neste filme, é completamente inacreditavel como este filme ficou para já dois anos na prateleira para ser lançado nos EUA. Muitos falaram de problemas de produção, outros descredito no argumento, mas o filme que finalmente viu a luz na europa no decurso do presente ano, com criticas muito negativas digamos, acaba por tardar em chegar aos EUA para percebermos se existe alguma capacidade de recuperação critica principalmente pelo duo de protagonistas que dele constam.
Sobre o filme desde logo podemos dizer que não existe qualquer logica na forma como dois actores na flor do reconhecimento aceitam fazer um filme a todos os niveis tao limitado, e com um espirito independente de segunda divisão, que se nota logo no inicio da forma pouco coesa com que começa. Alias os primeiros quarenta e cinco minutos são de cinema esquecido, as persoangens nao tem ligação o filme nao tem fio condutor e nos apenas nos perguntamos qual o sumo real do filme, e principalmente porque é que este se chama Serena.
Assim so a metade da duração o filme acorda e aqui consegue ter alguma intensidade emocional, mesmo aqui o filme nao tras nada de novo á dinamica de uma mulher mudar e tornar um homem aquilo que ela quer, alias outros filmes mais actuais e acima de tudo melhor introduzidos ja mostrou e desenvolveu bem melhor do que este filme, que mesmo assim consegue ir bem mais longe da segunda metade sem contudo a mesma conseguir levar o filme para campos claramente positivos.
Mas o que não funciona no filme, são desde logo a falta de profundidade e dimensão das personagens com particular destaque a de Serena e a sua ligação a todas as outras, conseguimos perceber que a personagem central tem uma obsessão pelo seu marido mas pouco mais ainda pior na relação que mantem com o seu homem de mao que vai ser central para a historia. Enfim um filme de baixa qualidade que muitos vão questionar a razão de tais actores encabeçarem este filme.
A historia fala de um empresário dos comboios que acaba por se apaixonar por uma estranha mulher, que acaba por começar uma relação onde o envolvimento desta nos negócios se torna uma clara realidade, e a obsessão da relação vai para alem dos limites.
O arguemento nao e forte, primeiro porque utiliza uma ideia que muitos outros filmes ja utilizaram com uma introdução claramente frouxa, alias o inicio do filme é um completo hino ao que um guião não deve ter principalmente na forma como não consegue incutir ritmo ao filme e deixa as personagens simplesmente durante um longo periodo não existirem
Na realização Bier e uma realizadora com mais conceito do que propriamente resultado e aqui volta a sé-lo quase sem risco a nao ser alguma crueldade em imagens de uma pequena cidade de trabalhadores tudo o resto e limitado numa realizadora que para estes artistas tinha de produzir muito mais.
Por fim o cast Cooper e Lawrence sao duas das maiores estrelas actuais de hollywood pelo que se espera sempre o máximo dos mesmos, algo que no filme nem sempre funciona Lawrence inexplicavelmente cai muitas vezes em overacting e Cooper parece desligado do filme que tambem nao o ajuda.


O melhor - A segunda parte do filme trazer um folego que pensavamos ja nao existir

O pior - A introduçao do filme


Avaliação - C-

Sunday, January 18, 2015

Whiplash

Sundance tornou-se nos ultimos anos a primeira rede de pesca para os Oscares. Logo no inicio do ano, novos realizadores surgem com os seus projetos sendo que os mais fortes acabam por ganhar para alem do passaporte para o sucesso muitos deles para voos mais altos como por exemplo as nomeações para os Oscares. 2014 foi um ano onde isto aconteceu onde o grande vencedor deste festival acabou por chegar ao final da corrida aos oscares bem no grupo da frente, fruto de uma grande valorização critica e conseguir o premio especial de ser um dos nomeados para melhor filme. Em termos comerciais estando nos perante um filme independente e de pouca expansão o resultado foi limitado mas penso que com a nomeação agora conseguida ele vai melhorar.
Sobre Whiplash começamos por dizer que o cinema quando intenso quando feito com amor e dedicação é facil de ter sucesso, e o que Chazelle faz aqui e uma prova de amor, e um esforço que pede a si no amor a musica e pela intesidade que os seus interpretes dão, torna este filme num dos melhores e mais intensos filmes que há memoria, dos poucos que o espetador necessita de uma pausa para descansar o ritmo e o sufoco das proprias personagens e essa passagem de sentimentos so esta ao alcance dos filmes de primeia linha.
Mas não é so por aqui que o filme funciona moralmente com o valor da dedicação e uma dissertação aberta sobre meios de ensino o filme e actual, não tomando posiçao sobre cada um dos lados preferindo dar as virtudes e defeitos de cada opção mesmo no que diz respeito a sempre intensa luta entre a vida pessoal e profissional. Neste filme uma opção tem que ser feita mas Chazelle abre a sua escolha já que dá muitos contras da mesma.
E a melhorar isto tudo o detalhe, nas persoangens, no contexto das mesmas, nos dialogos tudo funciona no filme, que ainda nos da excelentes momentos musicais principalmente para quem gosta de jazz, e se torna num dos melhores filmes algumas vez feito com tão pouco.
O filme fala-nos de um jovem com um amor intenso pela musica e por tocar bateria que integra uma orquestra escolar cujo maestro e um tirano professor com metodos pouco ortodoxos que leva os alunos ao limite com o objectivo de atingir a prefeiçao.
O argumento e intelentissimo, não sendo na sua ideia de base um poço de originalidade ou de inovação e na abordagem e na transposição de limites isso mesmo para alem do mais nos aspectos especificos do mesmo tudo funcina as personagens multidimensionais e mais que isso os dialogos.
Chazelle tem uma realizaçao interessante ao ritmo da musica, o que para alguem que começa na arte e quase o melhor arranque possivel, de um realizador que agora devemos estar atentos pois é jovem tem ideias e tem uma forma de realizar muito musical e interessante, pese embora mais simples do que algumas das realizaçoes do ano merecia quem sabe uma nomeaçao tambem nesta categoria.
Sobre o cast podemos dizer que se centra basicamente duas escolhas, Simons e Teller, dão-nos sem sombra de duvidas duas das melhores interpretações do ano e sem duvida alguma as melhores das carreiras de ambos. Simons tem o oscar na mão pois o filme e totalmente seu quando entre, carisma, versatilidade ao dar os dois lados da personagem, preenche o ecra na sem duvida melhor prestação secundaria do presente ano, talvez por isso seja mais dificil perceber o quao intensa e forte e a prestação de Teller, um actor que andava perdido em comedias serie B que tem neste filme a emoçao e intensidade e desgaste fisico que poucos vimos em qualquer outro actor e que merecia destaque da academia, e que o teria, não fosse Simons ser o epicentro interpretativo do filme e tirar alguma luz de Teller.

O melhor – As interpretações e os limites das mesmas.

O pior – O filme ser algo pequeno, podia ter mais vinte minutos pois tinha materia para o mesmo.



Avaliação - A-

Unbroken

Desde que a produção deste filme foi anunciado, as listas de candidatos aos oscares de inicio de corrida tinham logo um front runner, já que tinhamos uma historia de um heroi de guerra, com um argumento dos irmãos Cohen e a sempre benvinda estreia na realização de uma super estrela neste caso Jolie. Os resultados do filme após as primeiras visualizações deram de imediato a noçao que o filme não seria tao bem aceite pela critica como era expectavel dai que se tornou o grande perdedor nas nomeações aos Oscares concorrendo apenas nos tecnicos. Comercialmente as coisas correram bem melhor para Jolie com mais de cem milhoes arrecadados so nos EUA.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme heroico mas contado de uma forma simples, sem adornos, o que se por um lado torna tudo tão objectivo e o cinema uma arte tão simples na transmissão de ideias por outro lado com tanta materia prima o filme poderia e deveria ter mais risco e mais arte em cada uma das suas componentes que o levasse para niveis de cinema de alto nivel algo que o filme nunca chega a ser. Mas o que sublinhou tanto esta expetativa acabou por ser o grande contra do filme, todos esperavam um filme unico e temos um filme simples que conta da maneira mais basica uma historia complicada que vale por ela propria, e é isso que o filme nos dá a historia em si mesmo.
Mas não poderia o filme ter mais do que a historia em si, devia, mas ai pensamos que o filme ou neste caso Jolie não teve arte para catapultar o filme para mais altos voos, os promenores de realizaçao terminam nos primeiros vinte minutos, as opções de montagem igualmente e tudo o resto e simples, sem entrar em grandes relaçoes entre persoangens o filme tem como objectivo filmar o sofrimento de um homem e isso consegue.
Talvez por isso pensamos que é um filme que cumpre para quem nada esperava dele e frustra todos os que pensavam estar presentes no filme do ano. Todos podem dizer que com o argumento nas maos de alguem tao singular o filme tinha de ter um cunho pessoal e ultrapassar as barreiras do documentarios, e isso acaba por ser aceite por todos.
O filme fala de todas as dificuldades de Zamperoni um ex atleta olimpico que virou soldado e acabou por ser capturado em solo Japones, o que levou a uma luta pela sobrevivencia titanica e so ao alcance de alguem com uma força inexplpicavel.
O argumento e simples, basicamente limita-se a dar-nos momentos de vida de uma pessoa, sem grande preocupaçao nas caracteristicas dele ou das pessoas com quem ele lidava, tudo isso e ultrapassado no filme e este quer dar destaque e superaçao humana da personagem dai que temos um argumento simples ao maximo, agora resta saber se esse era o objectivo já que para este tipo de filmes não era necessario os irmaos Cohen.
Na realizaçao a estreia de Jolie deixa um sabor agridoce, se no competo geral a realizaçao e ultrapassada pelos factos historicos em si e nunca existe uma tentativa de o filme dar algum espaço a este ponto, por outro lado os poucos apontamentos como a forma como os registos olimpicos são filmados deixam perceber alguma qualidade como realizador que o futuro nos ira demonstrar ou não.
No cast Jolie arriscou ao dar um papel tao dificil a um mero desconhecido, mas O Connell funciona e bem em toda a linha no papel, na forma fisica com que se entrega ao papel, um dos papeis mais exigentes deste ponto de vista dos ultimos tempos, a intensidade dramatica empregue apenas deixa a nu alguma falta de carisma de um actor que pelo facto de ainda ser desconhecido poder pagar neste ponto, já que em tudo o resto tem uma prestação que merecia mais atençao da academia principalmente comparado com outros nomeados. Mesmo Gleeson merecia outro tipo de destaque por toda a forma do seu curto papel, mas intenso de um actor num plano de destaque interessante que sera totalmente colocado a prova num futuro proximo.


O melhor – O instituto de sobrevivencia de Zamperini.

O pior – O filme se limitar a isto.


Avaliação - B

American Sniper

Seria uma questão de tempo ou saúde até Clint Eastwood dar o seu lado da guerra no afeganistão, na altura em que o cinema digere com diversos pontos esta guerra contra os radicais islamicos, nada poderia correr melhor comercialmente ao filme do que os ultimos acontecimentos que puseram novamente esta tematica no centro do mundo que muito terá contribuido para a excelente carreira comercial deste filme pelo menos no dia do lançamento. Criticamente as coisas tambem correram bem a Eastwood num terreno que ele domina e tudo ficou melhor com a reta final dos premios que acabou por garantir duas nomeaçoes fundamentais como filme e actor para os Oscares.
Na analise do filme começo desde logo por salvaguardar que dos ultimos filmes de guerra este é talvez o mais tendencioso e a propagando pro america que me recordo de ver nos ultimos anos, não só na forma como a personagem e descrita como quase infalivel em tudo o que faz e como se de um sexto sentido tivesse de forma a diferenciar tudo que é terrorista à primeira, mão ou o filme so retrata o lado bom da historia esquecendo-se de um lado menos bom dos erros de prespectivas naturais na guerra mas que serao sempre pouco cinematograficos. Por isto digo que o filme é pouco coeso historicamente principalmente quando baseado em dados aparentemente reais.
Mas não fica por aqui os defices do filme, narrativamente o filme é pobre basicamente temos a ligação de alguem a tropa e não a familia, e os conflitos ai inerentes e pouco mais, algo que já anteriormente Hurt Locker tinha feito com muito mais detalhes e muito mais conteudo na forma como contextualizou eesta problematica dai que as obvias comparaçoes fazem e muito este filme perder para a sua influencia directa.
Mas eu até compreendo que os EUA necessitem de propagando para essa actuaçao, nos dias de hoje, na forma como os proprios tentam justificar perante si uma guerra que sempre será considerada discutivel, mas a auto critica sempre foi uma das virtudes do cinema, principalmente de autor, e quando vejo a falta de auto critica deste filme que poderia conjugar o seu tragico real e curioso final, para um debate sobre muita coisa, quase que o indiferencia numa propaganda patriotica que retira todo o pensar e refletir que o filme poderia ser resultante do seu final.
Enfim, um filme de clara propaganda patriotica americana como alias já tinha sido Zero Dark Thirty numa toada bem mais madura, que contudo teve sorte no timing porque o seu valor esta relacionado com tudo isto.
A historia fala de um texano que embarca nos Seals e faz quatro tour no afeganistão, durante as mesmas acaba por perder o contacto emocional com tudo o resto incluindo a familia e tudo começa a ser viver para a patria.
O argumento é simples, alias o filme é bastante circular no que diz repeito aquilo que nos da, ou seja nascimento dos filhos, conflito familiar, e caça ao homem, ao longo de duas horas de filme, não posso dizer que mesmo nos dialogos que poderiam abrilhantar um pouco o filme haja qualquer tipo de risco.
Eastwood e competente na forma como filme e aqui tem um filme ao seu gosto, e interessante como alguem nesta idade consegue imprimir ao filme este tipo de intensidade principalmente em cenario de guerra, já vimos melhores trabalhos no mesmo contexto mas penso que Eastwood e sempre eficaz mesmo que desta vez sem grande cunho proprio no filme.
O cast e dominado totalmente pelo seu protagonista, Cooper tem um papel simples que é facil de agradar, e penso que o filme exige de si mais fisicamente do que em termos interpretativos e ele cumpre, contudo sem brilho para ser nomeado para um oscar num ano que do lado masculino até teve boas interpretações.

O melhor – Algumas cenas psicologicamente intensas bem realizadas

O pior – A faciosimo norte americano no seu expoente maximo.


Avaliação - C

Saturday, January 17, 2015

Hector and Search for Happiness

Existem pequenos filmes que surgem relacionados com uma critica negativa que pelo trailer nos parecem projectos ambiciosos que não resultam. Um desses filmes foi este peculiar Hector and the Search for Happiness, que após ser destruido totalmente pela critica que o conduziu para uma estreia limitada, acabou por tendo em conta este facto ultrapassar o um milhao de euros nos EUA a barreira do razoavel quando já ninguem o fazia prever depois do desastre que foi criticamente.
Sobre o filme começo por dizer que em face das criticas negativas e de uma premissa tão ambiciosa pensei de imediato que iria observar um tonto filme que apenas utilza a forma de fazer humor de Pegg com um conteudo vazio. E o que posso dizer é que falhei por completo. Desde logo porque o humor e o lado mais Pegg termina nos primeiros quinze minutos do filme e são o contexto do filme bem realizado com satira e exagero mas que lança bem o outro restante do filme, numa toada mais calma, com mais risco no argumento principalmente na forma como bem consegue conciliar o que ocorre com os manuscritos do actor principal, e um fundamento interessante de que a felicidade é extremamente relativa.
Dai que tenha achado este filme uma agradavel surpresa, com um tom ligeiro aborda um tema sério, real e com originalidade, é obvio que algumas das criticas sejam fundadas como o esteriotipo racial presente em cada uma das passagens da persoangem por lados diferentes do mundo, pelo facto dos actores secundarios deixarem muitas pontas soltas que o filme nunca consegue ultrapassar e pelo final ser um pouco ao lado daquilo que o filme realmente vinha a indiciar, mas em tudo o resto temos um filme interessante, centrado num argumento original que pese embora os seus buracos arrisca e com alguma qualidade.
Pena é que todos os filmes que surgem desta forma sejam aniquilados por uma critica que por vezes parece demasiado proxima de temas serios ou de um humor incorreto, pois filmes simples mesmo com metodos pouco ortodoxos como Walter Mitty e este filme acabam por ser destruidos sem grande razão por uma critica, quando nos parece existirem aqui valores no filme que deviam ser vistos por mais gente.
O filme fala de um psiquiatrico com uma vida formatada que apos achar que não é feliz faz uma volta ao mundo de forma a tentar perceber o que é na realidade a felicidade.
O argumento tem um bom principio, original, narrativamente e emocionalmente interessante cujo caminho nem sempre e feito com maturação e coesão, oscilando entre bons momentos como os ocorridos na China com outros mais superficiais como em Africa, mas que deixa alguns buracos o que é mau para um argumento mas que não retira o brilho da ideia original.
Analisando a carriera de Chelsom ligado a comedias de serie B ou menos podemos dizer que aqui tem de longe o melhor filme da sua carreira numa realização com risco, original, com lado artistico, pena e que a critica não lhe tenha dado a chance com o filme pois acho que aqui demonstrou qualidade para outros voos.
No cast Simon Pegg tem aqui o papel mais dificil da sua vida onde teve de conjugar o seu lado humoristico que já funciona em piloto automatico com disponibilidade fisica e mais que isso um lado emocional, e podemos dizer que cumpre positivamente num papel que vale mais do que a qualidade do actor mas que demonstra mais competencia no mesmo do que expectavel. Pike tem aqui um complemento diferente ao seu excelente papel em Gone Girl numa das actrizes com melhor registo este ano e podemos dizer que este papel tambem se encontra a um bom nivel.


O melhor – A ideia simples, forte e emotiva do filme.

O pior – Algumas pontas soltas no argumento


Avaliação - B-

Big Hero 6

A altura de Natal constuma ser prodiga para a Disney lançar os seus filmes ultimamente sem o apoio da Pixar. E nos ultimos anos esta epoca tem sido aquela que tem resultado melhor para o estudio principalmente em termos criticos como foi o caso de Wreck It Ralph e o ano passado com Frozen. Este ano a historia repetiu-se este Big Hero 6 conseguiu boas criticas melhores que a maioria dos filmes de animação conseguindo o sempre ambicionada nomeação para o Oscar na categoria e em termos de bilheteira o filme foi um excelente sucesso mais um para registo da disney.
Sobre o filme o que podemos dizer, desde logo que se trata de um filme de acção mais que um filme infantil, ou seja diversas tematicas como a morte, a perda a recuperação estão presentes, algo incomum para o filme mas que este debruça com alguma qualidade temas tabus mas que alguem deveria dar o inicio na abordagem a este tipo de filmes pela sua naturalidade, e isto acaba por ser mais que uma qualidade interior do filme, um marco que era importante registar.
Contudo na sua generalidade o filme é um filme de super herois em equipa simples, proximo dos filmes da Marvel mas desta vez em animação com o ritmo destes mesmos filmes mas com um profundidade emocional menor principalmente quando comparado com outros filmes do genero, o que o faz ser mais blockbusters do que um marco para a historia do cinema de animação.
Outro grande ponto do filme prende-se com a excelente personagem de Bimax o grande responsavel pelos momentos humoristicos do filme, e pelo lado mais ternurento sempre necessaria a um filme da disney, direi mesmo que se trata de uma das melhores persoangens e mais actuais dos ultimos tempos num filme do grande estudio e podera ser o motor para possiveis sequelas que irão certamente surgir.
A historia fala de um adolescente prodigio que após criar microrobots ve o seu irmão falecer num incendio e ve alguem se apoderar da sua ideia para praticar o mal, junto de alguns amigos e mais que isso de um estranho robot constitui uma equipa de super herois para combater o temivel vilao.
O argumento e na linha narrativa basico, colado a muitos filmes de super herois não e na narrativa, persoangens e dialogos algo de particularmente original, tem como maior originalidade o facto de conseguir utilizar um humor simples, e de apelar a algumas emoçoes novas como a perda.
Em termos de produçao cada novo filme da disney temos risco e evoluçao, e tecnicamente e sem duvida o filme de animaçao do ano, quando outros parecem não apostar na inovação a disney continua a apostar ao maximo nas persoangens nos detalhes e em novas formas de fazer inovação e neste plano temos um vencedor.
No cast de vozes como já vem sendo habitual na disney pouco ou nenhum risco em termos de figuras de proa, assim as personagens não ficam coladas a um actor conhecido mas a elas proprias e isso acaba por ser proveitoso para sequelas de registas a excelente escolha da voz para bimax.

O melhor – Bimax

O pior – Nao ter a profundidade moral de outros filmes da disney


Avaliação - B

Friday, January 16, 2015

Foxcatcher

Desde a sua consensual estreia no Festival de Cannes no inicio de 2014, que este filme foi imediatamente apontado como um dos favoritos ás nomeações aos oscares. E pese embora ter perdido algum fulgor nestes ultimos tempos o certo é que as cinco nomeações em categorias importantes pode ser considerado um sucesso para este filme, que comercialmente teve algumas dificuldades, mas sabe-se que esse terreno nunca seria a praia nem objectivo principal do filme.
Sobre o filme o que podemos dizer, desde logo para quem é apreciador do estilo pausado e silencioso de Mller este será um bom filme, porque vinca esta caractristica perfecionista do realizador. No meu caso, que não o sou, sublinho que o filme se torna exageradamente parado e longo, ja que grande parte da sua duração somos quase anestesiados com sequências de treino e mais que isso com olhares parados entre as persoangens.
Mas analisando fora do parametro Bennet Miller podemos observar algumas virtudes no filme, e aqui desde logo o desta que superior para a produção e o rigor do detalhe do mesmo, mas acima de tudo o nivel interpretativo do mesmo, que ajudado pela caracterizaçao leva os seus actores para alguns dos melhores registos das suas carreiras.
Mas conhecendo a historia e facil conhecer defeitos ao filme, em termos de rigor, a forma como o filme transmite os factos faz com que a conclusao seja colada a todos os outros acontecimentos quando na verdade existiram oito anos de interregno que seriam importantes abordar principalmente o facto da loucura de Du Pont ser historicamente considerada gradual algo que nao e bem trabalhado no filme.
 Por isso e minha ideia que o filme é sobrevalorizado como alias tudo o que Miller fez antes.
A historia fala na ligação do Wrestler Mark Schultz ao milionario John Du Pont na equipa deste Foxcatcher a preparação para os mundiais e jogos olimpicos e a forma como esta relação se torna claustrofobica para o primeiro e a forma como condiciona a relaçao do mesmo com o seu irmão Dave.
O argumento tem falhas desde logo na contextualização temporal, outro ponto e o facto de nos parecer que opções de factos nao presentes acabam por nao dar o impacto ou dar um impacto diferente do que realmente aconteceu, por outro lado tem valor na forma como as personagens sem grandes dialogos consegue atingir uma profundidade interessantissima.
Na realização eu confesso que observo detalhe e perfeccionismo em Miller que são qualidades interessantes como realizador, contudo parece obviamente um realizador cujo ritmo que emprega aos filmes é discutivel, principalmente porque ao detalhar muito os filmes estes perdem a intensidade que uma obra prima necessita. E obvio que existe entusiastas deste estilo só assim se compreende a força junto da academia mas eu reconheço nao ser um deles.
No cast todos os louros vao para a excelente interpretação de Carell, muitos dirão que o mesmo é muito ajudado pela caracterização e aparencia fisica ao qual se deve ressalvar que mesmo isso é parte da personagem, mas aqui resulta, a inquietação na sua presença é sempre clara, a desconfiança do que vem a seguir e observada no seu olhar, numa das melhores interpretações do ano. perde pelo facto de ser considerado principal, algo que e muito discutivel, ja que caso fosse secundario penso que o Oscar nao lhe fugiria. Mas sublinha-se também a excelente prestação de Tantum, no papel mais exigente da sua carreira, a falta de personalidade esta criada com muita força, num actor que aqui demonstra ser mais que um sex symbol para filmes simples.


O melhor - As interpretações.

O pior - A falta de intensidade e ritmo

Avaliação - C+

Revenge of Green Dragons

Depois do sucesso das duas versões de The Departed, a admiração de Scrocese por Wai Lau foi imensa, já que foi o remake de um filme deste que deu a primeira consagração incrivelmente ao realizador que nunca antes tinha ganho o Oscar. Pois bem este ano o novo filme do oriental teve o patrocinio de Martin, e tudo parecia conduzir para mais uma obra prima do cinema, pelo menos a expetativa era essa. Contudo, após os primeiros screeners o impensavel aconteceu avaliações muito negativas, acabaram por conduzir a uma limitada expansão do filme que quase não existiu em termos comerciais.
Sobre o filme o que podemos dizer, desde logo que com tanta gente famosa envolvida o filme tinha de ter muito mais do que um argumento retirado e totalmente embebido na serie B oriental de filmes violentos, graficamente fortes, com valores como honra no epicentro e um resultado quase básico em termos de inovação. Assim desde logo é facil considerar este filme uma tamanha desilusão pela falta de argumentos apresentados em todas as vertentes.
Mas se a primeira hora de filme parece conduzir o filme simplesmente para um final forte, a desilusão ainda é maior quando esse final e frouxo, sem a força de aspectos como vingança irem ao de cima pelo menos com a intensidade que se esperava o que ajuda a analisar este filme como um rotundo floop, pois mesmo no registo habitual de filmes orientais de acção e vingança este filme nunca consegue acentuar nos aspetos fundamentais dos mesmos.
Salva-se a violencia sempre filmada de uma forma muito propria e crua, cujos americanos so nos filmes mais independentes ainda arriscam, uma banda sonora interessante e algum risco na realização que nem sempre tira o melhor proveito de todas as situações, mas também sobra a certeza de que para uma reunião tão aguardada o filme e muito abaixo de qualquer expetativa possivel.
A historia fala de dois jovens emigrantes criados juntos que são obrigados a integrar um gang a quem acabam por considerar familia. Dentro da máfia chinesa em Nova Iorque começam a existir guerras de gang pelo poder na cidade onde estes dois vao ser testados a todos os niveis entre eles e principalmente com o grupo.
O argumento e limitado em todos os sentidos, a historia e igual a muitas outras pouca inovação, repetida e pouco original, os dialogos praticamente inexistentes e pior que isso as personagens nunca atingem qualquer nivel de profundidade. Resultado é muito do argumento o floop que o filme acaba por ser.
Na realização observamos um estilo oriental energico interessante e acaba por ser o aspecto mais interessante de todo o filme, com uma boa conjugação de banda sonora, o filme e competente de um realizador que pode sublinhar que um seu filme ganhou os oscares mas com outra roupagem.
No cast muito pouco, um cast quase na totalidade oriental, onde a presença fisica e mais valorizada do que a capacidade de interpretar, e neste caso esta mesma capacidade nunca chega sequer a ser posta a prova.

O melhor - A realização

O pior - O resultado ser muito muito basico

Avaliação - C-

Wednesday, January 14, 2015

The Imatation Game

Desde o momento em que este filme foi visualizado pelos críticos que se tornou num óbvio candidato aos Oscares, obtendo uma recepção critica fulgurante, e que o catapultou para a maioria das listagens dos melhores filmes do ano. Unido a este ponto, um competente resultado de bilheteira, principalmente para um filme com uma expansão limitada, permitiu que esta obra fosse das mais congruentes no que diz respeito à caminhada para os Oscares e mais que provavelmente amanhã terá um dia em cheio.
Sobre o filme, e conhecida a tradição de se gostar de filmes sobre grandes personalidades com grandes feitos e que nem sempre a historia tratou da forma mais conveniente. Pois bem este filme e sobre isso mesmo, pese embora se debruce e na minha opinião bem, mais sobre a obra e os feitos do matemático do que propriamente a forma como este viveu e as repercussões legais disso mesmo. E esta opção tem vantagens e desvantagens, desde logo permite a analise do feito por si só, mas por outro parece obviamente que o balanço emocional, sempre importante para a intensidade de um filme fica a perder tornando-o em grande parte do seu tempo demasiado igual.
Assim e considerando desde logo, este filme como um bom filme, muito competente, parece, na minha opinião não ter a força de uma obra prima, desde logo por ter alguns dos problemas maiores dos biopics, desde logo nem sempre ser claro historicamente, o facto da matéria em questão ser muito complicada e especifica o que faz com que o espectador tenha apenas ligeiramente, noção do tamanho do feito.
Mesmo assim num ano longe de ser rico em obras primas deve ser sublinhado um bom trabalho em aspectos gerais de um filme que lhe falta em quase todos os particulares a chama de algo completamente diferenciador.
A historia fala da forma Alan Turdin se inseriu nos serviços britanicos durante a II Guerra Mundial, da forma com que junto da sua equipa lutou para decifrar os códigos de transmissão nazis, com um cheirinho da sua vida pessoal com relevancia as suas opções sexuais e a forma como isto influenciou o resto da sua vida.
Em termos de argumentos o filme tem algumas virtudes assinaláveis, a construção da personagem central, os dialogos da mesma, o resto parece muito colado ao tipico biopic, podendo ter sido mais original na abordagem, ou mesmo na forma como temporalmente o filme e gerido.
A realização a estreia hollywoodesca de Tyldum depois de alguns sucessos no pais de origem nao podia ser mais promissora principalmente aos olhos da critica. Na minha opinião existem muitos filmes mais fortes nesta componente no presente ano, e o facto de ser novato pode ter conduzido a uma maior valoração do seu trabalho.
No cast o filme e dominado por Cumberbacht com uma construção interessante de uma personalidade também ela interessante. Assim e valorizando ao maximo este papel, parece contudo que comparativamente com outros papeis fortes neste inicio as possibilidades de Oscar sao diminuidas nem o papel em si parece ter a força para tanto, ao seu lado Keira e pouco mais que competente aproveitando a boa onda do filme para quem sabe colecionar mais uma nomeação, que digamos neste caso ser obviamente exagerada.

O melhor - Centrar-se acima de tudo no feito da pessoa

O pior - O facto da materia em si ser de uma especificidade pouco cinematografica

Avaliação - B

Tuesday, January 13, 2015

Penguins of Madagascar

É estranho tentar perceber a razão pela qual a Dreamworks esperou tanto tempo para dar o protagonismo obvio a estas personagens secundarias do Madagascar principalmente depois do sucesso das mesmas no primeiro filme. E este passar de tempo pode ter conduzido a um resultado comercial distante do que por exemplo Madagascar conseguiu, pese embora o resultado comercial deste filme tenha sido relevante. Em termos criticos uma mediania cada vez mais comum nos filmes de animação dos grandes estudios.
Assim sobre o filme o que podemos dizer desde logo que tecnicamente e falando de um filme da Dreamworks parece obviamente um parente pobre, no desenho das personagens principalmente as novas, na falta de novos elementos, a falta de risco em sequencias tudo parece obviamente algo apagado com falta de chama, em termos de inovaçao algo que se espera a cada filme de grande estudio.
Contudo estas personagens tem uma mais valia que faz o filme funcionar, que é o humor e a forma propria com que este e utilizado principalmente algumas situaçoes de ridicularização das personagens que acabam por um lado por apanhar o espectador de surpresa algo que funciona em termos humoristicos, e que acaba por ser o maior brilho do filme.
Em termos narrativos nada de novo, pouco risco, uma historia simples e obvia que da a clara sensação do pouco investimento num filme que nada mais quis do que ganhar dinheiro facil com a uma imagem que contudo fica a sensação que já foi bem mais rentavel do que actualmente parece ser.
A historia segue as aventuras dos pinguins um grupo de elite de investigação após os acontecimentos de Madagascar, onde de alguma forma vao ter de salvas a especie de um tresloucado polvo que tem o objectivo de tirar a ternura do animal tornando-o um monstro desprezivel para os seres humanos.
O argumento e muito simples em tudo, na historia de base no pouco risco ou quase nenhum que da as personagens na mensagem simbolica que sempre e avaliada em filmes de animaçao tudo e muito curto, salva alguns bons apontamentos de originalidade na forma de fazer humor do filme.
Em termos de produçao/realização o filme também sabe a pouco principalmente pelo pouco rigor técnico ou qualquer risco e inovação neste campo, não se pode dizer que se trata de uma produçao de primeira linha mesmo que esteja mesmo assim muito mais forte do que grande parte dos grandes filmes de pequenas produtoras.
Sobre o cast de vozes sempre muito aproveitado pela Dreamworks, uma vez que as persoangens principais ja tinham donos toda a posta foi para as duas secundarias com apostas de peso, e sempre brilhante a voz de Malcovich em qualquer ser com más intenções, e mais uma vez funciona.


O melhor - Algum estilo de humor

O pior - A forma como as novas personagens são desenhadas.


Avaliação - C+

Monday, January 12, 2015

Birdman

Desde as suas primeiras exibições que este particular filme de Inarratu se tornou num fenomeno critico apostado em ser um dos cavalos mais fortes na corrida aos oscares. Numa historia propria, proxima da critica que adorou o filme com algumas das melhores avaliações do ano, o filme teve mais dificuldades na bilheteira graças a sua formula claramente independente, mas mesmo assim em face do numero de cinemas em que estreou podemos dizer que o filme se tornou um claro sucesso em todos os niveis que sera potenciado com as nomeações para os oscares.
Sobre o filme o que podemos dizer a nao ser que e talvez o filme mais original narrativamente do ano, um dos melhores interpretados e talvez o filme mais proximo de uma obra prima que temos até agora no presente ano, e para isso o filme tem tudo que o filme deve ter desde logo um argumento extremamente rico em personagens e dialogos, uma forma de realizar propria e nova que prende o espectador a magia do cinema pelas suas duas horas de duração.
Tudo funciona no filme desde o seu corpo narrativo central até às curiosidades e tudo num olhar muito proprio de um realizador que demonstra nao ser um autor de emoçoes pesadas, consegue ter um tom ligeiro que faz o filme ter ainda mais força sem perder o simbolismo metaforico a cada momento que o desconstroi como poucos consegue fazer.
Por isso considero este um dos grandes filmes deste ano, defeitos muitos poucos sao encontrados a nao ser o final, que pode ser um adereço demasiado metaforico para um filme que usa este recurso mas com capacidade de descontroção, mas mesmo este ponto da o lado emocional do filme que este vai ganhando ao longo da sua duração.
A historia fala de um actor de cinema preso ao passado de sucesso que tenta reconstruir o seu mediatismo a custa de uma peça de teatro totalmente construida por si, aos poucos percebe que o sucesso contaminou todos os aspectos da sua vida, que poderá nunca regressao ao que foi.
Em termos de argumento o filme e perfeito, original na premissa, na abordagem, personagens de eleiçao que cativam o espectador desde as mais complexas as mais simples, dialogos que tem o peso emocional com a força de um valor comico interessante, junta-se naquilo que deve ser um guião inovador para o cinema actual.
A realização de Inarratu e fascinante, o que poderia ser um filme mais ou menos facil de filmar ele transforma numa obra de arte de autor e aqui se ve os grandes realizadores aqueles que conseguem de uma obra obvia uma obra prima e Inarratu chega ao nivel maximo da sua carreira no filme que talvez menos exigia de si.
No cast todo ele e brilhante Keaton tem o papel da sua vida, muitos anos depois do seu sucesso maximo, consegue o reconhecimento que ja merecia num regresso excelente que hollywood ja nos habituou nos contrastes de serenidade com explosão, contudo perde cenas para Norton que quando tem o filme em sua volta tem o destaque todo, num actor tambem de regresso ao seu melhor e um dos actores em destaque em 2014.


O melhor - A obra prima moderna

O pior - Os discutiveis ultimos tres minutos

Avaliação - A

The Hobbit: The Batle of Five Armies

E três anos depois eis que surge o fim de mais uma saga da terra media, um parente ligeiramente mais pobre de senhor dos anéis, que quis imitar o seu antecessor ao ser divido em tres capitulos como o seu descendente directo. Contudo se nos resultados comerciais pese embora alguma diferença os resultados foram também eles bastante fortes criticamente as coisas nao foram tao perfeitas para esta triologia e com particular destaque para este ultimo filme o unico da terra media a nao sair da mediania neste tipo de avaliações.
Sobre este filme fica desde logo a clara sensação que era escusado, não que o filme nao tenha materia para existir por si so, mas acima de tudo porque o publico esta cansado de filmes tao longos que mais nao sao do que espetaculos isolados de efeitos especiais e batalhas, e no essencial este filme tem muito pouco do resto, ou de particularmente relevante para a historia em si, a nao ser a sua mais que previsível conclusão.
Por isso, e pela falta de elementos narrativos e fácil considerar este filme como o menor de todos da terra media, mesmo que em tudo o resto que Jackson fez tem a mestria de outros filmes quer no plano técnico quer nas magnificas paisagens que o filme nos da, tudo esta ao nivel Tolkien que o cinema ja adoptou.
Por tudo o que dissemos temos um filme da terra media mais proximo dos blockbusters vazios do que propriamente da riqueza narrativa de outros filmes do genero, mesmo as personagens parecem mais trabalhadas para um piratas das caraibas com o excesso de humor falta de carisma em si do que propriamente para a conclusao do filme, ou seja, o resultado e uma conclusao simples sem grandes rodeios de uma triologia longe do que ja viveu por aqueles lados do shire.
O filme começa com a grande batalha contra smaug e posteriormente depois da montanha ser conquistada uma junçao de exercitos para bater os orcs, e o regresso de Bilbo ao Shire com o anel como pano de fundo-
Olhando para o que temos em cima, e facil perceber que aqueles pontos sao muito poucos para um filme com quase duas horas e meia, onde em grande parte do tempo é colocado de lado a historia em si para dar origem a batalhas de countdown e nada mais.
Jackson e o realizador de senhor dos aneis e desde ai o que podia ser feito em hobbit seria sempre menos do que fez na triologia inicial, aqui tem bons apontamentos de um realizador que mais que competente se sente como peixe na agua neste tipo de filme. Nao e o seu melhor trabalho mas funciona bem como um todo.
Nenhum filme da terra media e prodigo em grandes interpretações, e este também nao e nota-se um claro baixar de qualidade no que diz respeito a qualidade dos actores, mas isto acaba por ser pouco relevante ja que toda a força do filme reside sim nos efeitos e na realização

O melhor - As paisagens da terra media.

O Pior - A falta de força narrativa

Avaliação - C+