Saturday, March 30, 2024

Madame Web

 Na tentativa clara da Sony Pictures fazer prevalecer os seus creditos com o Cinematic World de SpiderMan, eis que surge mais uma tentativa de dar inicio a uma das personagens iconicas dos Comic Books. Depois de duas tentativas anteriores com maus resultados criticos, embora Venom tenha funcionado na bilheteira, era a vez das senhoras. O resultado não podia ser a todos os niveis horrivel, criticamente foi um dos filmes mais odiados da decada, e talvez por isso, mas não so tambem comercialmente o filme tornou-se num floop total, tendo ja vaga garatinda para os Golden Raspberries no proximo ano.

Mas então o que que falhou no filme, pois bem e dificil ter por onde começar, desde o inicio na Amazonia com interpretaçoes que se percebem o descalabro que vai vem, uma narrativa confusa que podera ter como maior problema os proprios poderes da personagem, mas um filme que demonstra bem desde cedo que nunca deveria ter existido em todos os pontos, vilao, interpretaçoes, uma escolha de camara completamente disfuncional, e uma falta de carisma que fez com que este filme ficasse na retina pelos piores motivos possiveis.

Desde logo os fundamentos da personagem, apenas sabemos que a mesma usa sempre a mesma roupa, mas desconhecemos como saiu da amazonia em direçao a Nova Iorque. Mas o filme nao quer saber disso, e introduz um vilao que tambem nao tem qualquer tipo de introduçao, sabemos que foi o mau do passado, e que sera o do presente mas nada demais. E depois as tres amigas que deconhecemos de onde vem para onde vão, e apenas sao teenagens.

A falta de informaçao associada a uma interpretaçao deploravel de todos os envolvidos e numa narrativa central que nao vai a lado nenhum, esperando apenas pelo confronto final, e uma serie de deja vus. Os apontamentos a historia base de Peter Parker com uma gravidez e um easter egg insignificante ja que toda a gente ja percebeu que ninguem se vai arriscar a seguir qualquer rumo a partir daqui.

A historia segue uma paramedica, que nasceu no amazonia e foi salva por uma aranha que desconhece por completo os seus poderes ate um estranho individuo começar a preseguir tres jovens ja que percebe que as mesmas vao ser a causa da sua morte.

Em termos de argumento uma pobreza completa, desde o contexto das personagens, a forma como introduz o que vai fazendo, e na sua componente narrativa, não e aqui que residem os unicos problemas do filme mas e aqui que eles nascem, para o pontape de saide dos blockbusters do ano, tinha de ter muito menos amadorismo.

Os problemas do filme perceberam-se quando a batuta da realizaçao foi entregue por completo a uma total desconhecida SJ Clarkson vinha da televisao sem qualquer experiencia no cinema e percebeu-se a dificuldade de trabalhar com os meios tecnologicos exigidos a um filme de super heroi, e acima de tudo perceber que tinha de criar uma componente estetica que nunca o faz. Fica a ideia que regressara anonimamente a tv.

No cast o filme e um desastre para todos os envolvidos, Johnsson tentou anos para sair da personagem de 50 Shades of Grey e quando parecia ter consigo com algum risco em alguns filmes tem de voltar a casa de partida. Nunca se percebe minimamente confiante no registo de super heroina, mas o problema e da forma como foi escrita. As jovens escolhidas podem ser mediaticas comercialmente mas os papeis acabam por ser meros bonecos. Mas o pior do filme acaba por ser ainda Tahar Rahim, um ator intenso que tinha surpreendido em alguns papeis que aprece totalmente fora de tom, num dos piores viloes que me recordo-.


O melhor - Ter morto o conceito a nascença

O pior - A forma como tanta gente presente no filme e ninguem alertou para onde o mesmo ia


Avaliação - D



Thursday, March 28, 2024

Bob Marley: One Love

 Bob Marley é um dos icons de cultura popular mais presente nos nossos dias, quer pelo estilo musical que ficou para sempre associado a sua pessoa, quer pelo estilo de vida, de defensor de paz e uma cultura muito propria. Em 2024 saiu finalmente o seu biopic, realizado por alguem que vinha do sucesso da historia da familia Williams, mas o resultado critico deste filme ficou bem longe deste filme anterior com avaliaçoes mais negativas. Comercialmente Bob Markey e uma figura iconica e o resultado de bilheteira foi bastante enstusiasmanete com resultados muito positivos por um biopic.

Sobre o filme podemos dizer que a primeira coisa que nos apraz dizer e que e uma desilusão. Acaba por ser mesmo um filme pregiçoso que mais não e do que um filme clean sobre uma figura que deveria ser muito mais profunda do que a imagem de cartaz que o filme exibe, excertos de algumas musicas e o estilo musical e pouco mais, num filme completamente inexistente do ponto de vista narrativo, e com demasiadas preocupaçoes esteticas e quase nenhumas narrativas.

Numa altura em que os biopic de musicos estao na moda, e muitos deles se transformaram em exitos instantaneos, este pela figura que tinha devia ter muito mais trabalho, muito mais rico do que um cliche ao longo de duas horas. Tudo o que o filme da sao os cliches simples da personagem sem vivencias, sem percebermos a forma como la chegou e pouco mais.

Por tudo isto este e uma das grandes desilusões do ano, em termos artisticos, pela falta de risco, ou mesmo pela tentativa de dar um filme uma narrativa simples, muito restrita no tempo. E uma serie de proformes de estilo mal conjugados e isso acaba por dar um filme vazio, que se preocupa com os maneirismos da personagem e pouco na sua dimensao.

A historia fala de Bob Marley numa fase em que a guerra no seu pais o conduz a uma tour por muito lado, ganhando internacionalidade e que termina num concerto de paz no seu pais.

Em termos de argumento o filme é totalmente vazio, uma serie de musicas excertadas, concertos, o estilo da personagem a dançar, mas saimos a conhecer a personagem da mesma forma que entramos e isso demonstra bem a debilidade do argumento.

Na realização Marcus Green brilhou na forma como deu vida a familia Williams, mas aqui falhou pela falta de originalidade ou de tantar dar qualquer cunho artistico. A vida de Marley nao e uma moda, mas um estilo que deveria ser muito menos clean e com menos cliches, ganhou o publico mas parece-me ter falhado na arte.

A escola de Ben_Adir e interessante comercialmente mas parece-me que falha muito em alguns pontos, principalmente por ser uma personagem muito clean, fica sempre a ideia que temos a cultura pop atual da figura mais do que realmente a figura, mas muito desta culpa e da propria abordagem a personagem


O melhor - A musica de Marley

O pior - O tom Clean do filme


Avaliação - D+



Tuesday, March 26, 2024

Lisa Frankenstein

 Fevereiro, perto do dia dos namorados, uma das apostas de estudio para esta season foi esta comedia de horror, com o pendor romantico, tentanto associar algum lado gotico ao romance, sempre com a formula de uma comedia de adolescentes. A estranha mistura de generos acabou por ser recebida pela maioria da critica com indiferença, sendo que comercialmente e pese embora tenha duas figuras conhecidas da maioria dos adolescentes o resultado foi desolador.

Sobre o filme podemos dizer que de todas as caracteristicas estranhas que o filme tem, as mesmas nunca se juntam e o filme é sempre mais sem sentido do que engraçado ou mesmo minimamente interessante. Fica a ideia que o filme no seu percurso tem sempre dificuldade em se assumir como uma comedia disparatada ou uma comedia fora da caixa. No final acaba por transmitir pouco para alem de um conceito totalmente estranho.

A primeira ideia que o filme da é que vai ser aquela comedia de adolescentes com pouco sentido, umas piadas, humor fisico, pouco ambiçao, mas rapidamente o filme torna-se serio e quer dar as personagens algo mais que isso e torna-se numa comedia de horror negra, mas acaba so como uma hora e meia de um cinema estranho que transmite muito pouco, ainda para mais quando tecnicamente acaba por nunca ter um Burton ou alguem que de uma assinatura na abordagem.

Por tudo isto rapidamente chega-se a conclusao que é um dos filmes mais sem sentido do ano, nao se percebe o objetivo, nem sequer a graça que finge ter. Podemos dizer que tem atores com algum impacto mas cujas personagens tambem não sao dotados de nenhum carisma, e fica a ideia de que mais nao e do que uma irreverencia completamente inutil.

A historia fala de uma jovem mal adaptada ao contexto escolar que fala com um cadaver, ate ao momento em que por magia este ressuscita e torna-se o seu confidente na tentativa de se adaptar.

O argumento do filme é disparatado, pouco objetivo, confuso, e tenta se sustentar numa graça que na maior parte do tempo não tem. Esta especie de Bonnie and Clyde gotico tem pouco sentido, e pouco empatico, e muito por culpa de uma mistura de generos em que nunca um é realmente assumido.

Na realizaçao deste projeto juvenil temos Zelda Williams a dar vida a eloquencia da excentrica Diablo Cody, uma total desconhecida num filme que poderia ter como ponto de fuga uma boa abordagem de realizadora que o filme nao consegue ter. Dificilmente teremos outro filme mediatico da mesma.

No cast eu confesso que Newton teve bons papeis, e nao conseguiu dar continuidade a sua carreira, optando por quantidade mais que qualidade. O papel vai a procura da sua rebeldia, mas a personagem nao cresce. Srouse tenta a passagem para o cinema, com um papel fisico mas que nao e propriamente muito trabalhado.

O melhor  - No final tenta abandonar a roupagem de comedia idiota


O pior - Mas nao acaba por ser basicamente nada


Avaliação - D



Monday, March 25, 2024

Origin

 Ava DuVernay, desde o momento em que lançou o seu Selma tornou-se numa realizadora de causas, associada a luta racial que tem pautado a sua carreira não só na ficção mas também em alguns documentarios. Este ano lançou este filme sobre diferentes formas de subjugação de massas, baseado na criação do livro "Origin" que foi um dos sucessos dos ultimos anos. Em termos criticos o filme foi lançado em competiçao para os premios, mas as suas boas avaliações foram insuficientes para tornar o filme num candidato a premios. Comercialmente o filme optou por lançar-se a longo plano em Janeiro, mas o resultado comercial do filme ficou um pouco aquem do que poderia valer alguem como Ava.

Sobre o filme desde logo parece importante sublinhar o que o filme passa, a mensagem, o detalhe dos estudos, o lado pesado e frio de imagens que nos deixam envergonhados dos momentos que assistimos. Nisso o filme acaba por ter esse impacto estetico, e deixa uma mensagem forte sobre o debruçar pleno sobre esses momentos, com todo o impacto que o mesmo quer ter.

Por outro lado o filme tem uma dificuldade clara de ritmo, porque tenta ser um filme com um estilo quase documentario sobre a produçao de uma obra, sobre o processo de elaboraçao do seu best seller por parte da autora Isabel Wilkerson que leva muitas vezes o espetador a deambular pelos estudos da personagem, para o seu livro, sem que os flashbacks acabem por ter personagens ou fio narrativo para alem de analises historicas de comportamentos de massa, o que tira o ritmo ao filme ao longo das suas mais de duas horas de duração.

Por tudo isto Origin e na mensagem um filme intenso e de impacto, e é um filme que transmite tudo com a intensidade que quer transmitir. Sente-se o a vontade e ambiçao de causas que o filme tem. A sua estrutura por sua vez faz com que esta especie de documentário faça o filme perder algum ritmo na maior parte dos seus momentos, e isso tira alguma capacidade de comunicar, quando comparado com filmes que contam uma historia concreta.

O filme fala do processo de elaboração de Isabel Wilkerson da sua obra literária, da forma como foi estudando a ligação entre alguns dos maiores atentados da humanidade e a ligação entre eles, o que tem em comum, e conduziu ao sucesso literario Origin.

O filme tenta ser bem mais politico do que narrativo, muito do que vimos do filme, são hipoteses de trabalho teorica sobre a forma de funcionar dos genocidios da historia da humanidade, com alguns exemplos concretos, mas com pouca personagem. Isso faz que a mensagem politica seja sempre superior ao filme em si.

Na realizaçao DuVernay e uma ativista realizadora, e assume esse papel de principio a fim neste filme. Temos algumas referencias a outros realizadores de conceito, mas fica a ideia que o ritmo do filme paga a fatura de ser um filme quase documentario com o retrato de situações. Uma coisa é cerca Duvernay quer dar mais que um simples filme.

No cast o filme é liderado de principio a fim por Ellis-Taylor, uma atriz que depois da sua nomeaçao ao Oscar em King Richard conseguiu aqui ser a pontuaçao do filme, num filme em que está presente mas que o filme não exige muito mais para alem do sofrimento natural do que vai contando. E uma interpretaçao interessante, intensa, que tem como particular dificuldade ter que segurar mais de duas horas de filme.


O melhor - A mensagem e a base de estudo.

O pior - O ritmo


Avaliação - B



Saturday, March 23, 2024

Shirley

 Ao longo dos ultimos meses temos assistido na Netflix a uma agenda politica muito concreta com biopic de diversas figuras da politica norte americana principalmente associado ao estabelecimento de direitos iguais. Este ano e depois de Rustin surgiu este Shirley pela mão de Regina King como produtora. Ao contrario de Rustin este era claramente um telefilme menor com criticas medianas, e comercialmente provavelmente não e o tipo de filme de massas, mas mais para quem quer perceber um pouco da historia dos direitos iguais norte americanos.

Sobre os filmes politicos norte americanos, eu penso que todos eles tem um problema de base que é o facto de o seu sistema não ser facil de entender, dai que fica sempre por esclarecer qual e o real feito da personagem ou que procedimentos a mesma teria de fazer para ter outro impacto, este filme acaba por ter isso, e mais ainda porque isso e importante em quase todas as dinamicas do filme, que o torna maioritariamente aborrecido com muitas personagens.

Nao obstante desta dificuldade principalmente no balanço do ritmo do filme que este nunca consegue ter, o filme conta uma historia interessante de luta de ideiais. Fica a ideia que o filme poderia e deveria tratar da ascenção da personagem inicial, pois parte ja com a carruagem em andamento ficando por perceber como chegou a ate um lugar que lhe permitiu sonhar mais alto.

Por tudo isto SHirley e o tipico biopic de segunda linha sem grandes truques, que se limita a contar uma historia, que acaba por ter mais significado no fim do que no seu desenvolvimento. O final parece uma liçao politica desnecessaria de King que tenta ter um papel maior relevante do que realmente acaba por ter.

A historia segue Shirley Chisholm e a sua candidatura nas primarias democraticas a presidente dos EUA com o objetivo de demonstrar que nada e impossivel, se seguir as convicções numa luta politica com muitas nuances.

O argumento do filme tenta ser detalhado nos aspetos historicos concretos. De resto fica a ideia que nos dialogos o filme fica demasiado preso ao sistema politico e convições da personagens e menos a sua pessoa, e isso torna o filme naturalmente mais lento.

Na realizaçao King, nao abraçou o projeto, entregando-o a Ridley, um veterano realizador afro americano que segue a tarefa pelo livro sem grande risco ou assinatura, num filme claramente pensado para televisao e sem grande alarido. Nota-se a base de televisao.

NO cast King entregou a si a personagem e tenta transmitir a força da mesma, num papel no entanto simples. Ao seu lado muitos atores afro americanos com papeis simples, e um Hedges que ja parecer ter outro fulgor na carreira.


O melhor - A homenagem a um feito politico consideravel


O pior - O filme tem um ritmo demasiado lento e demasiado centrado num sistema politico dificil de compreender fora dos EUA


Avaliação - C



Road House

 A Prime cada vez mais tem sido uma aposta clara no mundo do streaming mas fica claramente a ideia que em termos de filme nunca tinha apostado tanto como neste remake de Road House, com Jackie Gyllenhall como protagonista, um trailer que chamou a atençao e o primeiro feedback a ser muito positivo em termos de visualizaçoes que faz muitos pensar que se calhar o resultado poderia ser ainda melhor comercialmente no cinema. Criticamente o filme sobreviveu com uma mediania positiva, num filme que fica a sensação que rapidamente poderia cair na critica facil.

Sobre o filme podemos desde logo dizer que e a historia do primeiro mas numa roupagem muito diferente a todos os niveis, quer em termos tecnologicos quer nas opçoes narrativas. O primeiro ponto claro do filme e que e um filme de açao do heroi contra o mundo, com uma toada de comedia leve, onde as coisas sao sempre mais cool do que com sentido, e onde o protagonista maior e a forma de realizaçao completamente diferente que da o impacto estetico de algumas imagens que nos faz pensar que o impacto poderia ser bem maior no cinema.

No disparate simples o filme funciona, mesmo que algumas personagens sejam abandonados ou que o filme de saltos narrativos porque nao esta para se preocupar minimamente com historias e conversas querendo obviamente ir logo para a açao de luta. Aqui fica a sensação que o filme exigia um vilao principal mais forte e mais trabalhado, ja que os maneirismos de Mcgregor so funcionam comicamente.

Mesmo assim e sendo bastante diferente do original, fica a ideia que o filme funciona como blockbuster de desgaste rapido por dois pontos em que o mesmo trabalha bem, na ironia comica da personagem, sempre com total controlo de tudo, menos dele proprio, e o lado estetico das sequencias de açao, refrescantes e que fornecem um ritmo unico ao filme, que acima de tudo tem a virtude clara de nunca se levar a seria.

A historia segue o lutador conhecimento, marcado pela perde de controlo, que e contratado por uma dona de um bar marcada por agressoes constantes, para defender aquele espaço, dos ataques marginais, ate que vai cluidir com os interesses da mafia local.

O argumento e simples e disparatado, mas o filme tem a virtude de nunca levar a narrativa de base a serio, levando-a para segundo plano. E uma historia de serie b, pouco profunda, mas que pelo caracter secundario que assume no filme acaba por funcionar.

Liman e um convincente realizador de açao com alguns projetos de primeira linha, mas com outros floops totais. Talvez isso explique o medo da Amazon de dar ao filme o cinema, que talvez merecia, porque Liman regressa com uma abordagem diferenciada so ao alcance dos maiores de açao. Pode rejuvenescer uma carreira que ja teve bons momentos.

No cast gyllenhall ja nao e a primeira vez que aposta no lado fisico de ser heroi de combate, que me parece algo fora das suas caracteristicas. O filme aproveita o lado ironico e comico do ator, o qual e um dos bons segredos do filme. Nos secundarios penso que Magnunssen interessante merecia uma personagem mais bem escrita, e Mcgregor, limitou-se a ser ele proprioo.

O Melhor - As sequencias unicas de luta.

O pior - O filme desiste muito cedo dos secundarios inclusive do vilao


Avaliação - B-



Thursday, March 21, 2024

Out of Darkness

Produzido e pensado em 2022 este pequeno filme de terror na idade da pedra viu finalmente a luz do dia em pleno 2024, pela mão da Black Street uma produtora de segunda linha que habitualmente esta atenta a um cinema menos mainstream com um conteudo algo diferenciado. Este filme de terror acabou por ser lançado com boas avaliaçoes, e a boa prestação nos premios independentes britanicos de 2022 que o lançou com alguma dimensão no mercado americano. O resultado de bilheteira contudo não foi famoso, mas nao era expetavel em face de ser claramente um filme independente com puros desconhecidos.
Sobre o filme eu confesso que não sou habitualmente um grande adepto de filmes da pre historia, ainda para mais quando existe simulações da linguagem nativa. Certo é que se trata de um filme com poucas palavras e muita ação num jogo tipico do gato e do rato, com muito sangue e violencia, que torna o filme impactente do ponto de vista de tensão mas pouco mais.
A historia e a igual a muitas outras, algo começa a seguir um grupo, matando um a um, ate ao confronto final, em que finalmente percebemos  o que esta na parte desconhecida do filme. O que funciona melhor do filme e conseguir fazer terror com o desconhecido, muito por culpa da aposta em cenas fortes de violencia e sangue, num filme que leva-nos para o desconhecido, mas que pouco ou mais tem do que isso, num filme de impacto com duraçao curta.
Fica a experiencia de terror fora do tipico estudio, com um twist final que acaba por dar ao filme alguma surpresa, mas que acaba por ser duro, repetitivo, mas mais do mesmo. A escolha de uma linguagem propria ate pode ser uma mais valia, mas fica sempre a ideia de um filme cru, que não impressiona, pese embora tenha bons momentos, fica a ideia que e um filme independente que acaba por não se destacar.
O filme fala de um grupo de homens da pre historia que tenta descorbrir uma nova zona de forma a encontrar comida, mas que aos poucos começa a ser atacado por um ser sobrenatural que leva um a um a morte, até ao confronto final.
O argumento e simples, um Boady Count inicial, com muito sangue e poucas palavras e depois a revelaçao do que causa o terror que estamos a ver, com muita luta no grupo pela sobrevivencia. O filme vale na sua execução pela revelaçao final, ja que tudo e demasiado convencional.
Na realizaçao Andrew Cumming, é um desconhecido que teve neste filme o seu trabalho mais marcante, que consegue dar ao lado desconhecido um impacto de terror forte, que com mais meios pode ter mais impacto. E um filme pequeno e o seu realizador consegue fazer o possivel com os meios.
No cast temos uma serie de desconhecidos, com uma interpretação essencialmente fisica, a jovem Oakley Green teve algum reconhecimento nos criticos britanicos, pelo impacto fisico da sua personagem, que acaba por liderar o filme, veremos o que a sua carreira se torna.

O melhor - O medo do desconhecido

O pior - Ser algo repetitivo na primeira hora

Avaliação - C


The Book of Clarence

 Janeiro é sempre um mês algo dificil de ler no que diz respeito as apostas de cinema. Um dos filmes com melhores elencos e com uma premissa que deixou alguns espetadores com expetativa foi o novo filme do rapper Jeymes Samuel, apostado em dar a versão afro americana da historia de jesus. A sua irreverencia levou o filme a um avaliação algo mediana, que não lançou o filme comercialmente, ficando a ideia que o seu valor de cast faziam em tudo prever um resultado de bilheteira de uma dimensão completamente diferente, tornando-se um flop claro.

Assim podemos dizer que temos uma mistura da Paixao de Cristo com A Vida de BRyan com uma roupagem da tipica cultura afro americana. A primeira ideia que surge e que nada disto se conjuga e a verdade e mesmo essa o filme e uma conjetura de estilos que nunca se liga, o que soa sempre muito mais a estranho do que propriamente original. O filme tem boas piadas e funciona razoavelmente como comedia mas quando quer ser algo mais não consegue, principalmente quando quer ser espiritual.

Nao e um filme facil, ficamos sempre com a ideia que os ingredientes que o filme reuniu em momento algum se poderiam juntar, e o filme da mesmo essa impressão. COm um bom elenco, boa banda sonora, ate momentos em que o seu realizador consegue chamar a si trunfos que noutros filmes não apareceram, o filme parece sempre blocos fechados, funcionando na comedia de satira disparatada, mas muito pouco no lado da mensagem.

Assim um filme que mais do que qualquer coisa é irreverente e diferente, mas que acaba por na sua formula nunca ser funcional e ter o impacto que muitos esperatiam que tivesse. Os mais tradicionalistas acharam uma agressão a fe, os outros uma irreverencia sem grande profundidade, e o filme tinha pelo menos atores para muito mais.

O filme fala da epoca de jesus e que conduziu a sua morte, do ponto de vista de um individuo com muitas dividas que de forma a pensar que as mesmas serao pagas tenta transformar-se num messias o que o vai levar a preseguição que ele nao quer.

O argumento comicamente tem bons momentos, quer em piadas isoladas quer em satira religiosa. Mas estes pontos acabam por se perder porque do outro lado fica sempre a sensação que o filme e demasiado estranho e uma mistura pouco concreta do que quer ser, principalmente na sua mensagem central.

Na realizaçao Samuel, tem tentado a sua carreira no cinema, depois de um ja estranho western, tentou esta irreverencia, que lhe deu o protagonismo, com bons momentos mas tudo ainda soa mais a estranho do que funcional, e essa barreira enquanto nao for passada condicionara sempre o impacto dos seus filmes.

No cast Stenfield e um dos melhores atores afro americanos da atualidade e tem aqui um duplo papel arrojado, ele funciona, da o lado descontraido que a personagem pede, e junta-se a outros atores afro americanos com menos dimensao e menos protagonismo. O filme tem dois cameos interessantes mas fica a ideia que o filme perde a oportunidade de tanta mao de obra qualificada


O melhor - ALgumas tiradas de humor.

O pior - A mistura impossivel de efetuar de generos


Avaliação - C



Wednesday, March 20, 2024

I.S.S.

 Janeiro é sempre um mês de experiencias no que diz respeito a produtoras, e muitas vezes acaba por ser o mes escolhido por produtoras de uma segunda linha tentarem a sua sorte em filmes mais ambiciosos, como pode ser o caso deste Thriller do espaço, em plena guerra fria da Black Street. Este filme encabeçado por uma recem galardoada ao oscar de melhor atriz secundaria, passou com muita indiferença em termos criticos e comercialmente acabou por tambem ela ser rudimentar, o que se percebe pelo tema e pelo o claro low budget do filme.

A historia do filme até pode ser atual, numa missao historica no espaço entre os dois paises emblematicos, que agora estão de costas voltadas, mas isso acaba logo por dar ao filme um ponto de partida de duvidas que o filme quer alimentar na intriga, mas que o faz sempre na base das personagens e nunca politicamente e isso vai encolhendo o filme, principalmente porque as personagens sao limitadas e a intriga encaminha-se sempre para o obvio, sendo indiferente o contexto catastrofico que tras.

Em termos produtivos tambem e claro um filme de segunda linha que se percebe no uso e abuso da gravidade mas em termos espaiciais normalmente um dos segredos melhores que estes filmes utilizam e a boa contextualizaçao espacial da nave o que aqui nunca acontece e deixa muitas vezes o espetador perdido no proprio filme. Esta dificuldade limita a intriga, principalmente porque as personagens tambem sao limitadas.

Ou seja uma tentativa na base de uma produtora de dramas de low budget tentar entrar no sempre complexo territorio Sci Fi, ficando a ideia que a maior parte dos problemas e numa historia rudimentar e demasiado simplista, ja que em termos de produçao e um filme que pede pouco. A mediocridade tipica das apostas curriqueiras de Janeiro.

A historia segue um conjunto de astronautas numa nave no espaço, que mais nao e do que uma colaboraçao entre russos e americanos, que convivem no mesmo espaço com regras proprias, que se torna um jogo do gato e do rato, quando percebem que na terra começou uma guerra entre as potencias e o poder naquele espaço e essencial para o dominio da guerra..

O argumento e basico porque acenta essencialmente no conflito das personagens sendo o conflito global o pano de fundo, mas que tem um papel secundario. Fica a ideia que um equilibrio entre estes dois pontos poderia fazer o filme crescer e sair desta mediocridade assumida.

Na realizaçao do projeto temos Cuperthwhite, uma jovem realizadora com uma filmiografia algo desconhecida, que tinha num documentario de 2014 o seu trabalho criticamente mais significativo. Sem meios faz o possivel num estilo que exige essa competencia, o argumento nao permite muito brilho do proprio filme.

O cast tem DeBose a tentar assumir a postura de figura de primeira linha, o que nao consegue, a personagem e limitada mas a atriz nao da a mesma uma força suplementar que a resgate. Ao seu lado habitues secundarios de filmes de segunda linha em personagens tipicas.


O melhor - A visao de uma guerra do espaço

O pior - O filme esquecer-se o lado tatico policito para ser um filme passional de personagens


Avaliação - C-



Monday, March 18, 2024

Mean Girls

 Na comemoração de vinte anos do lançamento de uma das comedias de adolescente mais marcantes dos ultimos anos, eis que surge uma reidição, depois do musical da Broadway que junta precisamente a historia de base ao trabalho artistico ja feito. O filme liga alguns dos apontamentos do filme original com a inovação tecnologica para esta roupagem atual. Criticamente ficou algo longe do filme de base e comercialmente, com a aposta de inicio de ano o resultado foi interessante mas longe do filme de base.

Para pessoas como eu que sinceramente nao perceberam o sucesso que se tornou Mean Girls e dificil gostar desta nova roupagem que tras a mesma historia, numa versão musical pop, com muita tecnologia mas que basicamente e muito fogo de artificio para um filme comum. Pode funcionar humoristicamente momentos isolados mas fica a ideia que perde na base para o filme original, e que a musicalidade apenas serve para atualizar a historia.

Um dos pontos em que o filme perde em toda a linha e na escolha central, parece obvio que Rice nunca poderia ser a miuda famosa, nem as outras escolhas encaixam bem naquilo que cada personagem necessita. O filme tem a base de sempre, o patilho feio que se torna popular, e o contrario, numa tentativa de moratoria que acaba por ser a base de muitos outros filmes, sendo apenas a cultura pop do primeiro filme que da ao filme um estatuto diferenciado.

A historia e a conhecida uma jovem da provincia chega uma nova escola onde tenta fazer novos amigos e percebe que existe um grupo de raparigas da moda que domina a escola, sendo o seu objetivo por em causa a rainha da escola e todas as suas maldades, ate que tudo muda de posiçao.

O argumento da historia e a base de muitos filmes de adolescentes, aqui em versão musical mas com a mesma historia do filme de base. Em termos de novidade quase nada de diferente, apenas uns elementos tecnologicos de resto o que ja conhecimentos.

Na realizaçao  o projeto foi entregue a uma dupla que vem da musica e principalmente de trabalhos mediaticos de revista com pouca experiencia em termos de setima arte. O filme e colorido, pop, movimentado mas pouco artistico. Uma tarefa que cumpre os objetivos e pouco mais.

Na escolha dos protagonistas surge o que pior funciona relativamente ao filme de base, Rice tem dificuldade no lado mais perfido da personagem e ao seu lado Rapp funciona musicalmente mas esta longe de ser uma atriz marcante para uma personagem que necessita de ter impacto.


O melhor - A cor do filme

O pior - A falta de carisma do duo protagonista


Avaliação - C



Saturday, March 16, 2024

The Beekeeper

 Parece claro que Janeiro é um mês de aposta quase nula em termos de novos projetos dai que seja normal as produtoras apostarem em filmes repetidos, remakes, ou apostas de maior risco, sendo atores como Jason Statham e Liam Neeson habitues em projetos lançados neste periodo de tempo. Este ano sob a batuta de David Ayer surgiu este filme de açao simples, muito na onde de Statham, que na critica ficou-se pela ja habitual mediania, mas comercialmente o heroi de açao ainda esta numa fase boa da carreira com resultados impressionantes para janeiro, principalmente em mercados globais.

Sobre o filme podemos dizer que é mais do mesmo no que diz respeito a carreira do ator, pouca palavra, muita luta, e pouca concorrencia, numa especie de intriga que tenta ser atual, entrando nos campos da criptomoeda, Phishing e poder politico, mas que tudo e apenas um pano de fundo para o unico objetivo que os filmes de Statham vao tendo, que é sequencias de açao e luta para mostrar os atributos do seu protagonista.

Assim temos um filme simples, realizado sem grande alaridos, numa especie de tipico serie b de açao, com a diferença que temos um realizador que ja foi aposta de hollywood, e ao lado uma serie de atores de primeira linha, mas que isso em nada altera a formula simplista do filme. E daqueles projetos que tem um unico objetivo e que as escolhas demonstram mais a fase das carreiras dos secundarios do que da ao filme outras vertentes.

Ou seja um filme mediocre, rigorosamente igual a mais da metade da carreira de Statham em toda a sua base, mudando as nuances e o contexto da historia, mas e aquele tipo de filme que parte e chega ao mesmo sitio, pelo mesmo percurso apenas mudando a paisagem. Certo é que o publico gosta do registo e vai alimentando o ator na sua carreira.

A historia fala de um Beekeeper, um operacional de ultimo nivel dos serviços americanos que desperta da sua reforma para colocar em marcha o desaparecimento de uma fraçao criminosa que levou ao suicidio de uma sua amiga.

O argumento e o de sempre, uma motivaçao e um a um vão caindo as peças com a agressividade cada vez maior, e poucas palavras. Toda a historia no seu corpo e previsivel, e a atualidade de contexto nao passa de um pano de fundo praticamente irrelevante para o percurso do filme.

No que diz respeito ao realizador Ayer, foi um realizador que chegou a ser aposta de grande estudio depois de alguns sucessos de açao que foi conciliando com filmes mais fortes dramaticamente como Fury. Regressa a casa de partida fruto de alguns floops, mas aqui nota-se pouco de um realizador que ja teve num plano maior.

NO cast Statham cumpre o que se espera dele, pouca palavra, muita ação, numa personagem igual a todas as outras que habitualmente nos da. Nos secundarios fica a ideia que Irons apenas esta a conseguir encontrar espaço neste tipo de registo e Huthcerson tenta revitalizar a carreira, desta vez com um vilao muito pouco convincente.


O melhor - Statham tem impacto nas sequencias de luta

o Pior - O filme nao tem mais nada


Avaliação - C-



Thursday, March 14, 2024

Night Swim

 É conhecido que a primeira semana de grandes estreias nos EUA é marcado normalmente por um filme de terror de grande estudio, apostado em tentar dar o pontape de saida no cinema de terror, e acima de tudo levar ao cinema os jovens no sempre frio mes de Janeiro. Este filme que competiu com as maiores estreias dos oscares de Dezembro, nao recebeu propriamente criticas entusiasmantes com avaliações muito medianas, comercialmente~os resultados foram aceitaveis sem nunca serem brilhantes.

Um medo muito comum para o comum dos mortais e ficar submerso, e afogar e poucos filmes de terror abordaram este tema, ao contrario de muitos outros que ja foram alvos de diversos filmes. O filme tem essa inovação e consegue colocar o terror como protagonista principal, embora de resto o filme não consiga propriamente ter outros elementos que o diferenciem, ja que a razão de tudo e o passado, igual a todos os outros, e o terror de susto quase nunca aparece.

Em termos esteticos  filme centra tudo em duas ou tres sequencias que funcionam sem nunca entusiasmar, e fica a ideia que o filme tenta puxar para um lado sinistro das suas personagens que ficam a meio caminho. Por tudo isto temos um filme mediano, que perde pela dificuldade em levar diferentes pontos diferenciadores, e por ficar a meio caminho no sentido estetico do terror longe do que Wang tao bem faz.

Ou seja um arranque a meio termo, com um filme demasiado soft para terror, qeu tem apenas em Condon a intensidade que um filme de terror de primeiro nivel poderia obter. Um claro filme com poucos objetivos que nao entusiasma mas tambem nao afasta o espetador, embora me pareça que este inicio de ano e normalmente repetitivo.

O filme fala de uma familia, em que o marido sofre uma doença degenerativa que o afastou do sonho desportivo, ate que o mesmo descobre os poders curativos de uma piscina que esconde um segredo de divida que colocara em causa toda a familia.

O argumento tem como inovaçao a agua como vila, o que alimenta muitos medos, ao seu lado parece claro que todo o corpo da historia ja foi vista de diversas maneiras, e torna-se algo previsivel, num cinema de terror strandart.

Na realizaçao Mcguire vem de um terror de segunda linha de projetos pequenos. A determinados momentos fica a sensação que consegue ter estetica de terror mas utiliza pouco na maior parte do filme. Ainda um simples tarefeiro do genero de hollywood.

No cast se Russel parece ser o caminho natural do ator, em face de algumas debilidades que este apresenta em termos dramaticos. Condon demonstrou o ano passado todos os seus recursos ficando claramente a ideia que o filme nao utiliza os seus atributos e que vale mais do que este cinema de desgaste rapido.


O melhor - A agua como elemento de terror.

O pior - A base ser a previsivel de sempre


Avaliação - C-



Wednesday, March 13, 2024

Damsel

 Millie Bobby Brown tornou-se com o sucesso global de Stranger Things uma das maiores figuras da Netflix a qual tem apostado na sua imagem para diversos filmes, onde a jovem atriz figura como protagonista central. Este ano com a inspiração de sagas mitologicas aqui surgiu um filme de ação apostada a reinar comercialmente na primavera. Criticamente a Netflix continua com muita dificuldade em fazer imperar a sua qualidade, mas comercialmente tudo vai no sentido de um sucesso global facil por parte do filme.

Damsel é um filme com dois segmentos distintos e com resultados também eles distintos, a primeira parte introdutoria a um ritmo muito lento, que conduz para o epicentro do filme. Fica a ideia que nesta fase inicial o filme denuncia em demasia o que vem de seguida, e isso acaba por junto do ritmo lento não cativar de uma forma clara o espetador. Na segunda parte o filme perde o argumento e acaba por ser o jogo do gato e do rato entre a personagem central e o dragão com muito CGI à mistura num filme graficamente interessante.

Perante tais partes fica a ideia que mesmo em termos de entertenimento já vimos muito mais e melhor em diversos filmes. O filme brilha apenas pela sua componente estetica ja que narrativamente torna-se extremamente previsivel do primeiro ao ultimo minuto. Existe momento em que os filmes exigem algo mais em termos qualitativos que este filme não consegue ter, e quando assim é fica a sensação de historia repetida, evoluçao tecnologica mas nada mais.

Ou seja um filme para ocupar espaço e potenciar a imagem da jovem atriz como heroina de açao, algo que inclusivamente já advem da serie, e que a Netflix tem como aposta pessoal. Nao e um filme que ficara registado pela sua diferenciaçao, pese embora tenha conseguido um elenco de boa qualidade, mas no final a sensação que fica é pouco, e que rapidamente um filme como este cai no esquecimento global.

A historia segue uma jovem princesa de uma terra falida, que fica prometida a um sedutor príncipe, mas que tudo muda quando no dia do casamento acaba por ser remetida para umas catacumbas onde reside um dragão com vontade de matar todos os que ali caem.

No que diz respeito ao argumento, é uma historia simples, denunciada, previsível, e pouco trabalhada de forma diferenciada em dois blocos que nunca conseguem eles próprios serem diferenciados. Fica a ideia que o deserto de conversa na segunda parte, e algumas lacunas de logica não beneficiam o titulo.

Na realização o projeto é assinado por Fresnadillo um realizador espanhol que tinha como maior projeto a sequela de 28 Days Later, mas que ainda não e uma figura de referencia no cinema internacional. O filme joga bem com o lado estético, com força no que diz respeito as apostas digitais, mas sem grande assinatura, e isso faz do filme mais uma tarefa do que uma obra de referencia.

No cast Bobby Brown é uma atriz a ganhar dimensão no que diz respeito ao seu estatuto como heroina de ação, que aqui trabalha mais esse ponto do que propriamente a qualidade dramatica que é pouco colocada a prova neste filme. Ao seu lado um conjunto de atores e atrizes conhecidos mas que o filme nada exige para além da sua presença.


O melhor - O lado digital estetico do filme.


O pior - A previsibilidade total de todas as escolhas do filme.


Avaliação - C-



 

Sunday, March 10, 2024

Ricky Stanicky

 Março começou com muita abundância de produtos por parte das maiores produtoras de streaming, sendo que a prime escolheu uma comedia simples, com muita base sexual protagonizada por Efron e Cena, que acabou por ter uma resposta critica mediana com pendor negativo, num estilo de filme de desgaste rapido que vai certalmente ir buscar alguns espetadores de desgaste rapido de domingo a tarde, mas que dificilmente conseguira sobreviver no tempo.

Sobre o filme temos o tipico filme de comedia sexualizada dos nossos dias, normalmente com muitas piadas e jogadas de palavras, que reside essencialmente em toda a personagem de Cena e na forma como filme a tenta levar ao desgaste maximo mesmo que isso coloque de lado toda a coerencia ou mesmo algum tipo do capacidade de transmitir alguma coisa de importante.

O problema deste tipo de filme é mesmo o facto de ficar totalmente dependente da piada facil da personagem de Cena, ja que tudo o resto esvazia completamente como a ligação de amizade entre o trio de protagonistas, que apenas se consegue perceber na animaçao noturna, e mesmo em termos do lado mais romantico do filme, tambem nao tem espaço.

Por tudo isto o filme parece ser claramente um erro de mensagem, eu confesso que a tendencia de ridicularizar a estrutura de Cena tornando-o num palhaço de serviço ate pode ter alguma piada em termos humoristico, mas o filme nao consegue funcionar para alem desses pequenos momentos, tendo muitas vezes um humor exagerado que mesmo ai não funciona.

A historia fala de um trio de amigos que passa a vida a ter os seus escapes para os seus interesses amorosos associando a um amigo inexistente, que é o segredo de todos, tudo fica pior quando contratam um falhado ator para ser efetivamente esse amigo.

Em termos de historia o filme e pobre em termos de piada, onde vai sempre buscar um humor totalmente sexualizado e maioritariamente sem grande graça, mas tambem moral. Normalmente estes filmes tem uma componente moral associada neste caso fica dificil perceber onde o filme quer chegar.

Na realizaçao Farrelly tornou-se um realizador a solo depois de muitos sucessos com o seu irmão, e a solo teve os seus filmes de maior sucesso principalmente com o sucesso do filme que venceu o oscar the Green Book, torna-se totalmente impercetivel como e que alguem com essa carreira faça um filme de serie b tao fraco como este, mas parece que na carreira a exceçao foi o oscarizavel.

No que diz respeito ao cast Efron repete a parceria com Farelly num filme que volta ao seu registo mais normal, e mais desinteressante depois do que vimos em Iron Claw. O filme vai buscar essencialmente aquilo que Cena vale como comico mas e pouco para um filme que e uma aposta maior da Prime para esta fase do ano.

O melhor - ALguma capacidade comica de Cena

O pior - O humor claramente fora de tom do filme


Avaliação - D



Friday, March 08, 2024

Spaceman

 Com um elenco de primeira linha e com a promessa de devolver por inteiro Adam Sandler ao drama eis que os ingredientes eram muitos para esta aventura espacial com um elenco de primeira linha que foi a primeira grande aposta da Netflix para o presente ano. Um filme pensado mais para a critica do que para grandes resultados comerciais, certo e que a mediania das criticas nao alavancaram o filme para altos voos, dai que talvez tenha sido o filme mais incognito da aplicação para um elenco tão de renome.

SObre o filme podemos dizer que era facil perceber pelo estilo do trailer que teriamos um filme intimista no espaço que apostava por completo desconstruir por completo a imagem comica de Sandler, e nesse particular o filme é eficaz porque o estilo e tudo menos previsivel. O problema do filme e o tom monocordico com que somos levados, onde ate a voz de Paul Dano como a aranha presente acaba por embalar para uma luta interna a ritmo pausado que nao da ao filme o arranque que o mesmo necessitava.

A ideia de base ate pode ser positiva naquilo que e o conflito pelo que deixamos para tras, o nosso passado. O filme tem a curiosidade de sair do tipico estilo americano, para tentar situar o filme politicamente na europa de leste mas fica a clara ideia que tudo isto são ingredientes que não tem seguimento, que o filme fica adormecido na sua propria melancolia, sem ter substrato para ser um filme eficaz no que quer transmitir.

Por isso tudo temos um filme dificil, que por vezes e curioso mas pouco intenso. Fica a ideia que o filme com os ingredientes humanos e de projeto poderia ter sido mais eficaz na mensagem para alem da sonolencia. A falta de ritmo e um handicap que o filme na sua eloquencia nao consegue ultrapassar, ficando a ideia de uma promessa nao concretizada.

O filme fala de um astronauta, um ano sozinho no espaço que começa a pensar no que abandonou e perdeu na terra, quando começa a falar com uma aranha de outro mundo quer quer compreender a forma de pensar e de escolha do humano.

O argumento ate pode ter uma base ideologica e moral interessante, mas fica claramente a ideia que a concretizaçao ponto a ponto nao e a mais trabalhada. Fica a ideia que mesmo os dialogos entre as duas personagens centrais poderiam ter mais ritmo e mais conteudo, mesmo que o filme procure isso como o centro da sua atuaçao.

Na realizaçao temos Renck realizador de sucesso em series que teve aqui a primeira grande aposta em termos de cinema, num trabalho de autor, pensado ao promenor que perde no ritmo e naquilo que o argumento poderia conciliar a uma boa captaçao de imagens. Fica melhor representado pelo seu trabalho para series.

No cast temos um Adam Sandler totalmente diferente do que estamos habituados a ver, melancolico, que convence sem ser fora de serie. A voz de Dano encaixa na calma que quer dar ao aracnideo mas fica a sensaçao que algo mais falta, e Mulligan quase nao tem espaço nos seus flashbacks.

O melhor - A forma como tenta transmitir a solidao

O pior - A falta de ritmo


Avaliação - C-



Wednesday, March 06, 2024

Iron Claw



 No geral 2023 foi um ano com diversos títulos com objetivos na temporada de prémios, alguns dos quais com boas criticas que posteriormente não se materializaram em nomeações. UM dos filmes que se encontra presente nesse grupo foi este biopic sobre uma das mais míticas familias do Wrestling a qual tem consigo uma das maldições icónicas da cultura daquele desporto. O filme saiu com algumas aspirações criticas e conseguiu chamar a atenção com boas avaliações embora insuficientes para o objetivo central. Comercialmente o filme alavancou no passa palavra positivo e teve um consistente resultado de bilheteira.

Sobre o filme podemos dizer que a historia de base e muito interessante em todos os pontos, sendo que o filme ainda lhe retirou um dos elementos para nao se tornar repetitiva que tornava tudo ainda mais impressionante, e essa escolha para mim não foi feliz. O filme tem essa força, que torna o espetador incrédulo com a sequencia de eventos e a justificação para os mesmos, e nisso o filme consegue trabalhar bem principalmente a base.

O maior problema do filme, é que essa historia é tão interessante e com tantos pontos que o filme tem dificuldade em detalhar temporalmente os diferentes pontos, ficando a ideia que deveria ser mais preciso na evolução de tempo, ja que tudo parece dar saltos temporais muito grandes, o que pode estar associado a quantidade de informação que o filme quer prestar mas acima de tudo ao facto do filme tentar trabalhar muito a dimensão interna da personagem central.

Por tudo isto temos um filme com uma historia muito particular, intensa, que nos faz pensar, mas que sinceramente penso que a excelente realização e contexto temporal e grafico se perde na definiçao temporal algo confusa. Vamos percebendo bem o que acontece mas existe dificuldade em perceber quando, em que espaço, e de que forma as personagens, em demasia reagem, e isso acaba por tornar a historia mais difusa.

A historia segue uma familia com quatro irmãos, em que todos seguem os objetivos do pai em os tornar campeoes de Wrestling de pesos pesados, contudo o infortunio começa a surgir na vida de cada um deles, em dramas familiares intensos.

A base real da historia é muito mais epica e dramatica do que os segmentos que o filme escolhe, e isso acaba por dizer bem do que o filme tem nas mãos como base de trabalho. Algumas opções principalmente em atalhos podem ser discutiveis mas a sua forma permite claramente perceber o impacto do que o filme quer contar.

No que diz respeito ao realizador Sean Durkin e um realizador intenso, com uma boa carreira no que diz respeito a filmes intensos proximos da critica e aqui percebe-se isso, a intensidade nos conflitos internos da personagem a quem o filme dá primazia acaba por ser uma opção clara, e que demonstra o caminho que Durkin tem feito como realizador.

No cast o filme surpreende na escolha de um Efron fisicamente muito alterado. nao e propriamente uma personagem dificil, mas a mudança fisica do ator surpreende e se calhar hipervaloriza a interpretação, que me parece ser sempre mais sustentada nos secundários de nivel mais elevado, como Allen White, Mcclany e Tierney.


O melhor - A historia que o filme relata

O pior - Os atalhos temporais e narrativos


Avaliação - B-






Saturday, March 02, 2024

The Tiger's Aprenttice

 Fevereiro costuma ser um mês de preparaçao para as aplicações e produtoras, principalmente pensando em algumas festividades desse mês, como o dia de São Valentim. Aqui a Paramount, que parece ainda se encontrar a perceber como as dinamicas funcionam apostou num filme de animaçao, com inspiraçao oriental, que estreou numa tentativa da produtora ganhar experiencia na animaçao. A critica ficou pela mediana e comercialmente fica a ideia que a Paramount tem tido muitas dificuldades em arrancar.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo começa por dar a conhecer ao espetador a origem da ideia, com os signos chineses, numa especie de tag team guardia do nosso mundo, mas rapidamente o filme muda para se tornar num basico e repetido filme de treino, de heroi improvavel, com essa inspiração tematica e pouco mais, num filme ja visto que tem muitos poucos ingredientes que o diferencia.

Tecnicamente denota-se trabalho principalmente na construçao da cidade, e alguns momentos de luta mas e pouco. um dos problemas da animaçao e que muitos dos filmes escolhem na historia um corpo narrativo comum que depois sabe a pouco no resultado final. Este é apenas mais um filme com essa dimensão que tem muita dificuldade em se encontrar nos seus melhores momentos, e rapidamente chegamos ao fim com uma sensação de que pouco nos transmitiu.

Num estilo que nos ultimos anos, principalmente com as produtoras maiores tem sentido muita dificuldade em se definir, fica a ideia que ja vimos este filme ainda que com outra roupagem, mesmo no estilo do humor e nos cliches do heroi improvavel. A maior parte das pessoas pode nunca ver este filme, e nao e propriamente uma perda relevante.

A historia fala de um jovem desadaptado que renega os seus poderes que de repente tem de ser treinado por um tigre que se transforma em homem para se tornar no guardiao de uma pedra que é a origem das pessoas mas que é desejada por uma vila para por termo a humanidade.

Em termos de argumento a maior parte dos ingredientes que o filme nos da, ja conhecemos de outros filmes. E muito pouca a novidade do filme, mesmo no estilo de humor que utiliza e que funciona essencialmente na base inicial.

Na realizaçao o projeto foi entregue a realizadores que tiveram inseridos em diversos projetos marcando este filme a sua união. O filme e tecnicamente competente sem ser evolutivo, ou nao fosse um filme de uma grande produtora. QUando tem tantos realizadores normalmente os filmes tem mais dificuldade em funcionar com uma assinatura.

No cast de vozes um conjunto de atores de origem oriental para ser fiel ao tipo de filme, mas acaba por ser um filme de animaçao de açao que pouco pede aos seus interlocutores.


O melhor - Nao tenta ser complexo

O pior - Ja vimos o filme diversas vezes


Avaliação - C



The Zone of Interest

 Johnatan Glazer tem no seu curriculo algumas caracteristicas que fazem dele um realizador pouco comum, principalmente porque os seus filmes não são propriamente ritmados, mas são exercicios de impacto, muitas vezes metaforicos e de dificil compreensão, dai que rapidamente surpreendeu quando este peculiar Zone of Intrest surpreendeu em Cannes e aguentou a competiçao ate conseguir ser um dos filmes marcantes destas nomeaçoes para os oscares fruto de uma excelente receçao critica. Comercialmente para um filme de autor, falado em alemão os resultados foram razoaveis, mas foi talvez o parametro pobre para o percurso intenso do filme ao longo do ano.

Sobre o filme, podemos dizer que é um filme sem historia, sem um guião propriamente definido, o filme quer demonstrar e chocar na diferença entre uma familia de um general nazi e a vida dele no campo, contrapondo com as atrocidades que existiam paredes meias. O filme tem um ritmo lento, com muito exercicios simbolicos que pode fazer com que muitos dos aspetos sejam necessarios de refletir, mas a dureza e a intensidade dos momentos, e principalmente como o som do filme esta presente torna este filme uma obra singular, diferente de tudo o que vimos.

O que esconde o filme e muito mais forte do que exibe, a superficialidade e a normalidade nas personagens de tudo que os roda e chocante mas os momentos esteticos que mesmo sem sangue significam o terror faz com que o filme, na sua curta duração, o que tendo o seu estilo nao poderia ser mais longo, leva a momentos de um impacto emocional tao elevado que provavelmente poucos filmes sobre o holocausto conseguiram ser tao subtis neste tratamento e por isso, podemos facilmente dizer que se trata do filme mais concetual sobre tal tema.

Por tudo isto podemos dizer que quem gosta de um cinema de historias e de dialogos podera ficar defraudado com um filme que se limita a ser um episodio longo de bib brother no contexto mais particular que podia ser. O segredo esta na camara que o filme quer dar, mas isso nao deixa de com poucas imagens criar todo o impacto que o filme quer ter, uma obra de referencia sem duvida do ano.

A historia do filme e simples, o dia a dia da familia do responsavel nazi pelo Campo de Concentração de Auschwitz com uma vida simples, familiar em paredes meia com o espaço onde se cometeu um dos maiores atentados da historia da humanidade.

O argumento e silencioso, alias os grandes apontamentos do filme e o silencio e os barulhos de contexto. Nao temos propriamente uma historia, mas sim situaçoes, e estas espelham como poucas a dictomia ali vivida de uma forma que provavelmente poucos contariam. Mais que um grande argumento e uma brande ideia.

Na realizaçao Glazer foi sempre um realizador proximo da critica, mas longe dos premios ou da unanimidade, aqui numa produçao britanica parece ter conseguido a sua referência. Provavelmente saira com o oscar de melhor filme estrangeiro, e a mençao de melhor realizador que colocara um passo acima na carreira.

Nao e um filme de interpretaçoes embora Huller demonstre a intesnidade que ja nos surpreendeu este ano em Anatomia de uma Queda. Ao seu lado Friedel e uma agradavel surpresa pela simplicidade em que encarna um monstro.


O melhor - A capacidade subtil de ter impacto

O pior - Pode nao ser um filme facil de organizar


Avaliação - B+



Friday, March 01, 2024

The Teacher's Lounge

 Apresentado nos mais diversos e maiores festivais da atualidade esta longa metragem alemã, lançou a discussão sobre métodos de ensino e sobre a dificuldade que é ser professor nos dias de hoje. A boa receção critica que o filme obteve foi permeada com a nomeação para melhor filme estrangeiro, depois de ter sido selecionada na sempre competitiva montra alemã. Comercialmente o filme principalmente na europa conseguiu resultados competentes para as dimensões de um filme como este.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem uma dinâmica muito propria, que é criar uma tensão psicologica tão forte ao longo da sua curta duração que quase conduz o filme para uma especie de filme de terror psicológico, que nos prende a cadeira de forma a perceber como tudo vai acabar, com os dilemas muito constantes que a personagem principal vai tendo. Na criaçao deste ambiente o filme é muito funcional e acaba por ser interessante a forma como tudo é criado.

O problema do filme são as soluções que adota na sua definição, nem sempre o filme aqui é muito objetivo, deambulando pelas indecisões que a personagem vai tendo, mas que para o filme ter o impacto desejado, fica a ideia que o mesmo deveria de uma forma mais concreta se definir, arrancar para alem de criar a tensão constante, e aqui o filme parece-me algo desprendido de uma resolução.

Ou seja o cinema tipico alemão, onde o conflito de ideias, e entre personagens é constante, muito hábil no aumento e criaçao da sua tensão psicologica, mas que me parece que tem maior dificuldade na fase final em se decidir. Ficamos sem respostas que nos fazem sentir algo errados, talvez porque o filme quer ser demasiado aberto, ou talvez porque qualquer escolha poderia ser questionável.

A historia fala de uma professora nova numa escola, que não aceita a forma da propria escola tentar investigar uma serie de roubos naquele contexto, mas que leva a que a propria ganhe curiosidade pela resposta, contudo leva-a a uma decisão que vai marcar a forma como toda a comunidade reage com ela.

O argumento parece-me ter uma base interessante do ponto de vista, concetual e nos dilemas que quer causar ao espetador, mas tem mais dificuldade na resolução do mesmo. A personagem central parece também ser a unica com diferentes dimensões, ficando a ideia que as outras se escondem um pouco no facto do filme ser muito centrado nela.

Na realizaçao Catak e um jovem realizador alemão em crescimento daquele pais que tem aqui o seu projeto mais internacional e de uma forma interessante principalmente pela forma como faz crescer um clima tão particular num contexto tão comum. Nao e uma obra prima do cinema alemão, mas a sua juventude pode fazer antever uma otica carreira.

No cast, o filme é entregue a Leoneie Benesch uma jovem e quase desconhecida atriz alema que tem entregue a si a despesa maior do filme, e que consegue resolver com qualidade. Nao e uma interpretaçao de topo, mas demonstra bem a qualidade que os atores daquele pais vao exibindo.


O melhor - A densidade criada num espaço tão comum como uma sala de aula.


O pior - A falta de respostas


Avaliação - C+