Friday, April 30, 2021

Stowaway

 Numa altura em que a Netflix se encontra cada vez mais no olho do falcão , eis que vão surgindo produções próprias intercaladas com a distribuição de projetos de outras produtoras. Um dos filmes que foi lançado foi este filme de ficção cientifica sobre o espaço, e acima de tudo uma luta pela sobrevivencia e de limite. Este pequeno filme conseguiu boas avaliações criticas embora não entusiasmantes, sendo que comercial parece ser mais um produto entre muitos da NEtflix.

Sobre o filme podemos dizer que se trata da historia tipica do espaço, de uma tripulação com todas as condicionantes de uma tarefa longa, de afastamento que de repente percebe a existencia de um passageiro não convidade que coloca o equilibrio em causa, surgindo a luta pela sobrevivencia e de união entre toda a tripulaçao.

A historia e a base narrativa é igual a muitas outras historias que ao longo do tempo foram tendo seguimento em projetos maiores e mais pequenos mas que na sua essencia divergem pouco, conjugando uma serie de momentos em que parece que a união vai ruir com outros em que fica a ideia que o lado de grupo e o mais forte, e que torna o filme num obvio filme, que nem sempre é particularmente organizado, mas que cumpre nos serviços minimos.

O que nos parece que o filme acaba por ser mais limitado acaba por ser no nivel produtivo, filmes como este exigem um nivel artitico e concetual maior para fazer resultar, principalmente os segmentos maiores do grande espaço. Existe pontos em que o filme até consegue algum risco no seu desenvolvimento, mas na maior parte do tempo não consegue sair dessa mediania.

A historia fala de uma tripulaçao de três tripulantes numa investida ao espaço que percebe que por engano um operario da construçao da nave acaba por encetar voo. Tudo decorre de forma normal ate ao momento em que se percebe que os recursos existentes sao pensados para tres pessoas e nao para quatro.

Em termos de argumento o filme tem alguns detalhes que me parecem bem trabalhados, concretamente a luta do individual pelo grupo, as oscilações naturas dos personagens. O problema e que na forma como o filme completa todos estes entalhes nem sempre o filme e competante para aspirar voos mais elevados.

Na realizaçao de Joe Penna temos um trabalho de espaço simples, sem grande espaço para grandes voos ou nível produtivo que acaba por se tornar demasiado limitado naquilo que normalmente os filmes com este tipo de objetivo conseguem ser. Um realizador ainda pequeno a tentar ganhar dimensao que arrisca no genero mas que nao tem ainda andamento para outros voos.

No cast Kendrik acaba por ter entregue a si o peso da protagonista, mas uma personagem acaba por ser simples demais para levar as costas um filme algo simplista demais. Fica na retina um conjunto de atores competentes que nunca e propriamente colocado em  chek nas suas personagens


O melhor - O debate entre a individualidade e o grupo


O pior - A forma como o filme em termos produtivos nao se eleva


Avaliação - C+



Sunday, April 25, 2021

The Courier

 Este e daqueles filmes que perde a corrida aos premios e depois e lançado com pouca ou nenhuma pompa no meio de outros filmes neste reacender da ligação entre o espetador e o cinema. Um daqueles tipicos filmes de espionagem historica em plena guerra entre EUA e URSS. Este filme apesar de arredado de premios ate conseguiu avaliações positivas sendo que comercialmente esta longe de ser o tipo de projeto mais apelativo para fazer regressar os espetadores ao cinema.

The Courier e um filme de ritmo baixo, algo promenorizado nos detalhes, mas que perde demasiado tempo na forma como nos da um clima hostil russo. COmo muitas das historias de guerra temos uma posiçao asusmida no filme, um lado bom e mau que nos parece ser sempre uma opçao politica, de um filme que tem na forma como CUmberbacht nos da os ultimos minutos a sua maior arma mas que apenas consegue tornar o filme competente sem ser brilhante.

A forma como a densidade psicologica do filme se vai adensando circundando a personagem do primeiro ao ultimo minuto e um dos bons momentos de um filme pausado, realizado com profissionalismo sem brilhantismo, e que lhe falta o impacto de surpreender o espetador quer visualmente quer me termos de um argumento demasiado preso aos acontecimentos e menos as personagens.

Ou seja um filme competente sem ser brilhante que nos relata uma historia veridica de espionagem em plena guerra com as suas consequencias, bem interpretado mas que nao consegue tirar os seus trunfos para levantar para um estilo de filme bem mais eficaz tornando-o numa obra algo cinzenta

A historia fala de um homem de negocios que e envolvido numas relaçoes com russos com o objetivo de passar informaçoes sobre os planos nucleares daquele pais, numa espionagem infiltrada ao mais alto nivel, mas que acaba por o associar a uma alta patente que ultrapassa as barreiras do negocio.

O argumento tem uma historia interessante, historicamente relevante mas que em termos de algumas especificidades acaba por sofrer algumas dificuldades em termos do desenvolvimento maior das personagens. Tambem os dialogos fica na retina a possibilidade de serem mais trabalhados

Na realizaçao Dominik Cooke e um realizador britanico mais reconhecido por alguns projetos de televisao. E competente em modo qb mas nao tem recursos para levar o filme para patamares mais elevados o que pode justificar uma carreira ainda algo cinzenta.

No cast o filme tem em CUmberbacht o seu maior trunfo principalmente na dedicaçao fisica e intensidade dramatica dos ultimos minutos, que demonstram a boa forma do ator. Ao seu lado um leque de competentes atores secundarios embora com personagerns bem menos trabalhadas.


O melhor - Os ultimos vinte minutos de Cumberbacht numa entrega fisica e dramatica a personagem

O pior - ALgo lento no seu inicio


Avaliação - C+



Wednesday, April 21, 2021

Nobody

 Existe um estilo muito recente no cinema que nos ultimos anos tem resultado em alguns dos mais conceituados e trepidantes conceitos de ação. Falo obviamente do estilo de uma especie de assassino profissional sozinho no exercicio de estilo contra organizações criminosas. Este e mais um desses filmes com Oderink a interpretar com a critica a suportar um conceito com cada vez mais adeptos. Do ponto de vista comercial os resultados parecem ser interessantes sem no entanto serem totalmente brilhantes.

Sobre o filme podemos começar por dizer que tem uma boa introduçao, na forma como nos da o lado simplista da personagem central e as suas rotinas, sendo a entrada mais basica possivel. Com o desenolvimento do filme percebemos que rapidamente este se torna num vigoroso filme de açao, com muitos exercicios de estilo muito sangue o que da um ritmado objeto que todos sabemos como começa e acaba mas ao longo do seu desenvolvimento vamos tendo contacto com alguns aponatamentos no minimo estranhos.

Obvio que nos parece que no mesmo estilo já existiram alguns projetos que trabalharam mais o argumento e a intriga, este limita-se a sequencia simples da personagem contra tudo e todos, trabalhando as sequencias para as tornar mais funcionais para o objetivo do carisma e do sem sentido, que o torna num interessante mix entre comedia e acção.

Ou seja mais um filme de uma especie de super heroi dos tempos modernos, com muita luta, muito sangue e alguns aparecimentos ocasionais, que não sendo nada de novo, principalmente o numero de projetos com premissas semelhantes que tem saido, acaba por ser um daqueles filmes que gostamos de ver e que nos satisfaz ao longo da sua duraçao.

A historia fala de um chefe de familia pacato e preso nas rotinas que decide voltar a vida de assassino profissional quando e assaltado em casa e o seu filho sente-se frustrado com a sua falta de reaçao, contudo rapidamente se percebe que o papel de pacato e apenas uma mascara que esconde alguem completamente diferente.

Em termos de argumento a ideia de base parece ser uma boa escolha na base e naquilo que o filme quer transmitir. Muito menos trabalhado no que diz respeito ao desenvolvimento narrativo que se limita a seguir passos de outros.

Em termos de realizaçao Naishuller e um jovem realizador oriundo dos video clipes que ja tinha feito um exercicio de estilo no seu Hardcore. Aqui temos uma registo menos diferenciado tecnicamente mas com ferramentas para um filme de açao diferenciado e que o realizador sabe gerir tornando-se num autor interessante para o estilo.

No cast Oderink encaixa perfeitamente nos dois registos que o filme quer para a personagem, sendo um papel facil, no conceito a escolha e feliz. Pena e que fique um pouco so em termos de secundarios que acabam por não ter grande relevancia, com exceção dos momentos com menos sentido  de um vilão Sebyakov


O melhor - A forma como o filme cria o seu proprio estilo


O pior - Em termos de argumento todos ja vimos algo assim


Avaliação - B



Monday

 Existem pequenos filmes muitas vezes filmados em contextos europeus que chamam a si algumas figuras em ascenção do cinema internacional. Este pequeno monday filmado num contexto grego acabou por na semana passada ser lançado em poucos cinemas norte americanos. A avaliação critica mediana acabou por nao ajudar este projeto arrojado que tirando a presença de Stan pouco ou nada tinha de particularmente aliciante em termos comerciais e que o deve conduzir a maioritariamente indiferença da maioria dos espetadores.

Sobre o filme temos dois pontos que me parece que funcionam, desde logo a explosão e a forma intensa como caracteriza os amores fugazes, e por outro lado o contexto espacial de tudo que dao algo de diferente a um filme de excessos com um estilo europeu na forma como vai alimentando a narrativa, mas que acaba sempre por perder na forma como não consegue alimentar o seu proprio ritmo.

Monday e um filme cru, claramente um filme de imagem e de intensidade que perde naquilo que normalmente o cinema europeu tem mais dificuldade que é a alimentação da chama ao longo da duração, e nisso parece que o filme tem dificuldades. Fica também a ideia que a sua cola entre segmentos deveria ser melhor potenciada.

Ou seja um filme de segunda linha, que parece acima de tudo ter os seus adeptos muitos circunscritos a cenas de intensidade e pouco mais. Fica a ideia que e um filme pequeno que se calhar sem Stan seria mais uma obra exprimentalista de um cinema minoritario que poucos iam ter conhecimento da sua existência.

O filme fala de um casal que acaba por se apaixonar, e viver intensamente os dias depois ate ao momento em que se tem de confrontar com o inicio da semana seguinte.

Em termos de argumento parece claro que o filme ate pode ter uma boa ideia, mas tem dificuldade em alimentar na especificidade com o desenvolvimento das personagens no cenario e outros aspetos. O filme adormece vezes demais para ter o impacto que deseja.

Na realizaçao Papadimitropoulos e um quase desconhecido realizador grego que tenta ganhar aqui um projeto mais chamativo mas que acaba por ficar adormecido em si proprio. Consegue aproveitar o que de melhor a localizaçao do filme tem mas pouco mais.

No cast temos um Stan a arriscar numa carreira, tentando desligar-se no espirito marvel, com uma personagem arriscada, mas que sofre pelo lado mais pequeno do filme. Ao seu lado a irlandesa Gough e uma desconhecida que nao e propriamente a escolha mais acertada para um filme que se queria fazer ouvir


O melhor - A forma como o filme acaba demonstrar a intensidade do momento


O pior - A falta de ligação


Avaliação - C



Sunday, April 18, 2021

The Marksman

 Num Janeiro completamente silencioso e estrnho partilhado entre alguns lançamentos ainda com objetivos de premios e outros lançamentos em cinema que tentaram perceber como estava a possibilidade de chamar grande publico as salas, surgiu este filme de ação muito na onde do que Liam Neeson nos ultimos anos tem feito. Este filme de ação acabou por surgir com resultados medianos criticos, longe dos desastres de alguns projetos recentes e comercialmente pese embora tivesse a ambição de trazer o publico de regresso ao cinema não foi propriamente o marco nesse sentido.

 Sobre o filme podemos dizer que basicamente é igual à maioria dos filmes de Neeson nos ultimos anos de vingança e sobrevivência contra o crime organizado alterando apenas o contexto, aqui numa fronteira mexicana com um cartel organizado do outro lado. O filme tem os condimentos tipicos a ligação emocional que se vai criando entre personagens, sequencias de ação de media intensidade e a previsibilidade do primeiro ao ultimo minuto que fazem com que muitas vezes não seperceba por completo o sentido de filmes como este.

Fica a ideia que a historia não tem grandes preocupações de contexto ou sequer de potenciar as personagens em nenhum dos lados e isso esvazia e transforma o filme num tipico filme dos subúrbios de serie B com procedimentos básicos que resultam num filme básico, igual a muitos e que apenas serve na sua essência para aumentar o cardápio de filmes tipo Neeson. Fica a ideia que para estes filmes resultarem terão de ser normalmente mais potenciados quer em termos produtivos quer nos balanços das personagens.

Ou seja um filme que vai ser mais um da longa lista de filmes de Neeson de ação e pouco mais. Não temos um contexto diferenciador e pior que isso nunca temos um outro lado da barricada que acabe por contrapor um Neeson a entrar numa idade avançada mas que ainda consegue ter esse lado mais carismático.

O filme fala de um jovem que passa a fronteira a fugir de um cartel de Droga ate que acaba por ser apanhado por um fuzileiro Naval que acaba por o proteger e impedir que este seja aniquilado pelos vilões.

Em termos de argumento temos um filme básico, com personagens rudimentares e mais que isso uma abordagem totalmente simplista. E daqueles filmes que nos primeiros minutos percebemos perfeitamente como vai acabar.

Lorenz e um realizador que teve algum mediatismo no seu filme de estreia pelo elenco que conseguiu reunir mas o filme em si esteve longe de ser fabuloso, o que esmoreceu a sua carreira que agora surge numa vertente bem mais simplista e de tarefeiro que propriamente não servirá de qualquer impulso.,

Em termos de cast Neeson sente-se confortavelmente no género, e isso acaba por se denotar, quer no lado de ação quer no lado da personagem simplista que acaba por ser. O filme falha por completo nos secundários principalmente não tendo em conta interpretes de qualidade para personagens secundarias rudimentares.


O melhor - Não e um filme que exige muita capacidade cognitiva


O pior - A falta de elementos subjetivos que potenciem outro tipo de filme


Avaliação - C-




Monday, April 12, 2021

Chaos Walking

 Este filme de ação futurista era um dos grandes projetos de reabertura dos cinemas, com um elenco de primeira linha, um projeto cinematografico arrojado sustentado por uma obra literária de referência, e ujm realizador habituado a grandes projetos, contudo rapidamente se percebeu que as coisas estariam longe de correr bem. Tudo começou pela valorizaçao critica bastante negativa. Ao seu lado um resultado comercial longe de ser brilhante mesmo que seja minimamente competente dentro da contingencia pandemica.

Sobre o filme podemos começar por assumir que se trata de um filme com uma base dificil, de complicada concretizaçao, ao tentar tornar as personagens a dialogar nao so por aquilo que dizem mas acima de tudo por aquilo que pensam. Isso e uma dificuldade em concretizar o projeto e isso acaba por ser de tal forma confusa na forma como o filme se expressa que condiciona os outros pontos que pareciam facil, como a simples historia de açao e de sobrevivencia.

Quando o elemento mais diferenciador da historia não consegue resultar no objeto de cinema, sobra uma historia de base, pouco ou nada trabalhada, igual a muitas que nunca conseguem tirar o filme de uma zona algo negra de estranheza, de falta de intensidade e de outros elementos que poderiam tornar o filme por si só num interessante objeto de entertenimento.

Ou seja resulta um filme estranho, que tem um naipe de atores de primeira linha em personagens que se confundem entre os pensamentos e os dialogos, com muito investimento produtivo, mas que fica a saber a muito pouco quando olhamos para o resultado final. E daqueles filmes que bem feito poderia funcionar e ser diferenciado mas nunca consegue chegar a esse ponto, sublinhando que a tarefa era ela dificil.

A historia fala de uma comunidade composta so por homens, no qual comunicam não só por aquilo que dizem mas tambem por aquilo que pensam. Com a chegada de uma estranha nave com uma mulher no seu interior, começa uma caça à mulher e a um jovem que a ajuda de forma aos segredos daquela comunidade nao serem descobertos.

Em termos de argumento o filme e ambicioso, na premissa de base mas que nunca a consegue tornar funcional no ponto de vista cinematografico muito por culpa de tentar dar visualmente um input que o filme nao consegue fazer funcionar. Os outros elementos saem para segundo plano, e isso limita o filme ao funcionar de uma premissa que nunca funciona.

Na realizaçao Liman e um realizador competente que nos ultimos tempos tem exibido uma cadencia entre filmes de açao de primeira linha com outros com um estilo mais individualizado. Aqui num filme de grande publico tem entre maos um dificil guião cuja aposta no estilo de comunicaçao nao funciona e fica uma mancha num realizador que poderia ser competente suficiente para fazer funcionar.

No cast um Holland super ativo acaba por ter uma interpretaçao fisica menos interessante do que outras que tem exibido nos ultimos tempos. Riley tambem acaba por ser pouco mais do que essa disponibilidade. Sobra um Mikkelsen sempre intenso principalmente quando nos da o lado negro.


O melhor - A ideia poderia ser diferente

O pior - O filme não a consegue fazer funcionar em nenhum momento


Avaliação - D+



Sunday, April 11, 2021

Thunder Force

 Nos ultimos tempos Ben Falcone, um realizador de comedia serie B sempre associado a sua esposa Mellissa McCarthy tem estado muito ativo nas diferentes aplicações no seguimento num estilo de humor facil, fisico, pouco ambicioso. Nesta primavera e com a ajuda da Netflix teve a sua estranhissima incursão no mundo dos super herois, com resultados criticos negativos, algo que tem sido sempre comum na sua carreira, e comercialmente tambem nao me parece que tirando a falta de opçoes tenha atrinutos para muito mais.

Sobre o filme, podemos dizer que temos o tipico filme de Ben Falcone, com aquele humor non sense, baseado em exclusivo na capacidade da sua mulher concretizar um estilo de humor bastante duvidoso, alterando apenas o grau de falta de sentido, que neste filme vai a patamares pessimos nunca antes visto, e o tema, que neste caso tambem esta longe de funcionar.

Existe a ideia que o filme tenta mesmo ser mau, mas depois percebemos que sendo assim nao necessitaria de alguns meios ou um elenco de primeira linha como chama para si. Fica a ideia que um estilo de humor cada vez menos funcional, com conctextos cada vez mais absurdos e escolhas sem qualquer tipo de compreensao, num cinema sem ideias que serve para encher espaços.

Por tudo isto e ja sendo a carreira de Ben Falcone recheada de comedias de qualidade mais que duvidosa penso que aqui conseguiu descer ainda mais baixo, o filme não tem graça, não tem razão de ser, a intriga é pessima e pior que tudo nem Mccarthy consegue ser engraçada porque todos os truques que aqui tras estão totalmente gastos devido ao elevado numero de filmes que foi fazendo.

A historia fala de duas amigas de infancia com estilos muito diferentes que se reunem muitos anos depois e uma delas esta a desenvolver uma formula de criar super herois para combater os poderes malevolos do planeta, ate que a experiencia acaba por acidente por recair na propria amiga.

EM termos de argumento um absurdo em toda a linha, na historia de base, nas tentativas de graçoças absurdas que nunca funcionam, nas personagens que parecem saida de um filme de serie D, tudo e mau e isso e claramente suficiente para matar qualquer projeto.

Falcone e um realizador muito ativo mas quase sempre ligado ao mesmo tipo de filmes e com o mesmo tipo de mau resultado. Aqui mais do mesmo, alguns meios totalmente utilizados de forma disparatada e que provavelmente demonstram que a falta de talento nao se altera com muita pratica.

No cast temos uma Mccarthy igual a sempre o o seu humor fisico que no passado teve graça mas que devido ao ser tão usado deixou de o ter. UM conjunto de atores de segunda linha e normalmente associados a este registo que fazem a participaçao por desporto e uma Spencer que nunca se sente minimamente confortavel no registo.


O melhor - Algumas musicas soltas no filme.

O pior - A falta de qualidade de tudo no filme.

Avaliação - D-



Friday, April 09, 2021

Concrete Cowboy

 Foi uma das primeiras estreias do ano pela Netflix. Depois de ser reconhecido no já mediático Festival de Palm Springs, com uma historia real sobre uma especie de cowboys dos tempos modernos urbanos, o filme foi bem recebido no festival onde foi galardoado o seu realizador como um realizador a seguir. Comercialmente não me parece ser propriamente um dos objetos mais fortes da Netflix numa altura em que se parece preparar o percurso comercial que a distribuidora quererá ter nos diferentes momentos do ano.

Sobre o filme podemos começar por dizer que é um tipico filme simples sobre suburbios americanos que tenta dar grande parte da sua duração a analisar por um lado a componente social de um adolescente e de que forma isso se manifesta na sua forma de atuação. Entrando depois no lado da redençao e no motivo para se agarrar ao lado positivo da vida. Ai parece-me que o filme tem uma caminho simples, sem grande risco, muito por culpa de uma historia bonita mas pouco mais que isso.

Um dos problemas destas pequenas historias sobre amores ou ligaçoes muito concretas num momento e num espaço e a forma como as mesmas pouco ou nada determinam em termos de perspetiva de vida. Fica sublinhado o lado de uma mensagem benefica e positiva mas pouco mais porque o filme depois tem uma caminho demasiado bem definido do primeiro ao ultimo minuto e isso acaba por saber a pouco.

Por tudo isto temos um filme simples, de baixo orçamento, que abusa esteticamente nos contrastes da vida rural dentro do lado urbano, mas que no final de contas consegue passar a sua mensagem embora com demasiada simplicidade e sem grande componente artistica. Parece-me o tipico filme da netflix capaz, que procura apenas preencher um ponto concreto mas pouco mais.

A historia fala de um jovem que regressa ao bairro de origem para o cuidado do pai, que se dedica a criaçao em ambiente urbano de cavalos sem os meios suficientes para responder as necessidades dos animais e sem a aceitaçao da comunicade onde estao integrados.

Em termos de guião a historia sendo real é mais curiosa do que brilhante. O argumento e linear, com um propósito bem definido que acaba por ser concretizado ainda que sem grande força dos elementos mais lineares como dialogos e enlaces narrativos.

Na realizaçao Ricky Staub tem aqui a sua estreia numa longa metragem num trabalho com animais que e sempre exigente para qualquer realizaçao ainda para mais num ambiente urbano. O filme e realizado num estilo citadino, muito usado por alguns realizadores afro americanos (o que não é o caso) em filmes que trabalham mais a componente social. A ver o desenvolvimento de uma carreira com um arranque razoavel.

No cast temos desde logo o choque estetico do crescimento de McLhaughin depois de uma criança de Stranger Things aqui surge ja um adolescente quase irreconhecivel, numa personagem pouco exigente e que fica mais marcada pela curiosidade. Elba nao me parece que nos ultimos anos esteja a trabalhar bem nas suas escolhas e o seu papel e quase um exercicio de estilo descontextualizado do filme, e isso e um dos elementos mais incompreensiveis das escolhas do filme.


O melhor - O lado curioso da historia

O pior - O exercicio de estilo de Elba ao longo de todo o filme completamente infertil

Avaliação - C+



Sunday, April 04, 2021

Pinocchio

 Dois anos depois desta mega produçao italiana ter visto a luz do dia naquele pais, chegou no final de 2020 perante a ausencia de titulos ao mercado americano ainda a tempo de conseguir duas nomeaçoes tecnicas para os Oscares. Num filme muito mais proximo das obras de Grim do que da Disney este filme conseguiu alguma valorizaçao critica longe daquilo que Begnini tinha feito na sua adaptaçao. Do ponto de vista comercial o filme conseguiu um bom rendimento principalmente em mercados menores e conseguiu dar lucro em epoca de pandemia o que nao e facil.

Sobre o filme podemos dividir o filme em segmentos, em termos de historia temos o tipico filme com o humor pateta mas cheio de intençao de um estilo de cinema italiano que tem em Bengini a sua figura maior. Num segundo segmento temos o filme a tentar contar a historia com os meios da atualidade, apostando em caracterizaçao mais que em efeitos especiais e isso acaba por se tornar facilmente o elemento mais diferenciador que o filme tem.

De resto a historia conhecida com uma toada metaforica onde alguns personagens sao animais outros nem por isso, num filme que não quer ser bonito, quer ser um filme de limitaçoes sociais e isso denota-se principalmente no pouco floreado das suas sequencias sempre com ruas sujas e personagens tambem pouco ou nada asseadas, num filme com um roupagem europeia de uma historia eterna.

Por tudo isto nao sendo propriamente um filme bonito que podera afastar os mais pequenos, nem tao pouco um filme que a abordagem seja de tal forma diferenciado que marca o seu posicionamento, acaba por ser um filme estetico a custa de um grande trabalho de guarda roupa e caracterizaçao que sao o maior impacto do filme.

A historia segue a conhecida epopeia de Pinoquio, na luta por ser menino e pela sua consciencia nas diversas situaçoes conhecidas, enquanto tenta ir de encontro as desejos do seu criador e pai geppeto.

Em termos de argumento pese embora surjam algumas adaptaçoes a historia e conhecida. Pinoquio e uma historia por si cheia de moral, que o filme consegue fazer imperar pese embora as suas adequaçoes nem sempre sejam as mais concretas e funcionais.

Garrone e um dos mais conhecidos realizadores italianos que foi colecionando sucessos nos diversos estilos nunca tendo entrado na universalidade que outros o fazem. Aqui temos um trabalho produtivo de primeiro nivel, competente, pena e que o filme nunca consiga ultrapassar o lado mais estranho.

No cast temos um conjunto de atores italianos muito caracterizados para dar o impacto das suas personagens e um Beginigi com a sua historia preferida, numa personagem que encaixa como ele gosta e na sua toada que acaba por lhe permitir a competencia desejada.


O melhor - A caracterizaçao do filme

O pior - A forma como alguns elementos carecem de todo o sentido ainda mais nao sendo originais


Avaliação - C



Saturday, April 03, 2021

Godzilla Vs Kong

 Depois de três antecessores que foram apresentando mais que as personagens e os efeitos especiais eis que surge a esperada conclusão o qual liga finalmente o grandioso Kong com Godzilla numa luta titanica com muitos efeitos especiais a mistura. Este seria uma conclusao pensada para grande cinema que devido a situaçao pandemica acabou por ser partilhada entre cinema e a hbo max. As avaliaçoes foram medianas embora maioritariamente positivas e comercialmente o filme terá de uma forma relativa algum sucesso mas sempre longe daquilo que poderia ter caso estivessemos num plano de normalidade.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme que vai na logica dos filmes anteriores, ou seja pouco argumento muitos efeitos mas mais que tudo uma tentativa de tecnicamente explorar os limites nas longas sequencias de açao com um contexto reduzido ao minimo para ir buscar precisamente o primor tecnico.

Parece-me no entanto que tendo em conta o que temos assistido deveria ser exigido mais nos filmes mais dispendiosos em termos de guião, parece-me claramente redutor e ainda para mais numa saga com muitos milhoes gastos e amealhados que esta seja a sua conclusão, com um argumento pobre, que quase serve apenas para dar um pano de fundo a um exprimentalismo de efeitos especiais.

O lado positivo e obviamente a força dos seus efeitos porque eles sao funcionais, nao fossem de uma produtora de primeiro nivel, mas parece-me que sera dificil nos termos um filme que centra todas as suas apostas nos efeitos deixando muitos dos outros aspetos de lado.

A historia fala de uma empresa energetica que aposta todas as suas fichas em caputrar e energia de Godzilla de forma a resolver o rendimento energetico, contudo de forma a obter essa ajuda acaba por trazer Kong e os seus auxiliados humanos para a equação com um proposito bem escondido.

Em termos de argumento temos uma historia simplista, com pouca ou nenhuma personagem que so tenta ter algum humor em fases muito curtas, e deixa num filme curto os grandes espaços para os combates e para os efeitos que nao deixa de ser muito pobre nos dias de hoje.

Na realizaçao Adam WIngard foi o escolhido para o leme do ultimo filme deste franchising. Um realizador de terror que tem aqui apenas o papel de um tarefeiro simples e deixar os efeitos rolar sem grande ambiçao e assinatura que é o que acaba por acontecer.

No cast temos uma serie de repetições dos filmes anteriores de atores que tem pouco ou nenhum destaque nas suas personagens e que querem apenas alguma visibilidade porque o filme nao permite particularmente mais do que isso.

O melhor - Os efeitos especiais

O pior - A falta de uma historia


Avaliação - C-



Love and Monsters

 Num ano onde o cinema de grande publico teve quase arredado da luz, com excepção de alguns exprimentalismos de produtoras, surgiram alguns pequenos filmes que ocuparam esse espaço quando se calhar nunca tiveram particularmente esse objetivo. Este incorreto filme sobre o apocalipse e a luta pela sobrevivencia foi uma das boas surpresas de filmes de açao e efeitos especiais que estreou de forma quase incognita, mas que conseguiu alguma atençao critica e do publico mesmo que comercialmente tenha sido quase inexistente. Talvez o lançamento em ABril na Netflix altere um pouco o seu registo e o seu madiatismo.

Sobre o filme temos mais uma vez um filme sobre o fim do mundo, desta fez capaz de fechar comunidade durante anos em bunkers em virtude de alguns animais terem se transformado em monstros capazes de trucidar qualquer ser humano. O filme tem desde inicio uma virtude na originalidade da introduçao e num estilo de humor negro que o acompanha quase sempre e o que torna desde logo engraçado.

Em termos de argumento nao temos particular diferença com outros filmes de sobrevivencia com efeitos especiais fortes que conduziram inclusivamente a nomeaçao para o oscar desta categoria e o tipico desfecho aberto para quem sabe termos uma sequela. O filme funciona acima de tudo pelo humor e pela descontração mesmo com monstros nojentos e de grande dimensão.

Love and Monsters e assim um dos filmes bem conseguidos de grande publico, original, que demonstra que mesmo a historia cem vezes contada e que estamos fartos de ouvir com a roupagem certa se pode traduzir num bom filme de divertimento e entertenimento.

A historia fala de um jovem que apos o ataque de animais gigantes, acaba por se refugiar num bunker numa comunidade com quem nao tem grande relaçao e que menospreza os seus atributos, comunicando com a sua namorada de adolescencia pelo radio, ja que a mesma esta noutra comunidade, até que um dia decide ir ao encontro dela pela superficie, colocando o amor acima de tudo o risco.

O argumento do filme na base e rigorosamente igual a outros filmes sobre o apocalipse e sobre a sobrevivencia com a diferença do estilo e do contexto diferenciado que o filme consegue incutir nas suas especificadades que a tornam um filme rebelde, engraçado e diferenciado. Muitas vezes e nos promenores que está a virtude.

Na realização Michael Matthews e um quase desconhecido que aqui teve um projeto de estudio com alguma dimensao que conseguiu potenciar com efeitos especiais de bom nivel, e acima de tudo conseguiu dar a roupagem descontraida que encaixou perfeitamente no estilo que o filme quis ter. Nao sei se teremos aqui o crescimento de um tarefeirpo rebelde, ou de alguem que quis chamar a atençao com meios para a sua carreira.

NO casto O Brian e um actor habituado a series de açao juvenis, e que aqui nos da um papel interessante principalmente do ponto de vista comico, mesmo que seja um registo normalmente simplista de açao, sem grandes exigencias. AO seu lado algumas prestações curiosas como Rooker ainda que em papeis quase cameos.


O melhor - A forma com a abordagem comica funciona

O pior - A historia e mais do mesmo


Avaliação - B-



Thursday, April 01, 2021

La Vita Davanti a Sé

 Esta drama italiano foi uma das apostas da Netflix para a temporada de premios tentanto ao maximo rentabilizar a formula de uma Sophia Loren envelhecida, mas como um icon do cinema italiano, num drama intenso sobre dificuldades ao longo da vida. Este pequeno filme que parecia transbordar ambiçao acabou por sobreviver positivamente a critica especialziada e comercialmente sera sempre um projeto apetecivel de uma NEtflix que teve o monopolio das longas metragens em 2020.

Sobre o filme temos um drama que arrisca pouco, a tipica historia que apela ao coração dos espetadores na relaçao entre um jovem orfão e um mulher que passou a infancia num campo de concentração, numa ligaçao de entreajuda na dificuldade. O filme tem um ritmo lento, pensa muito na questão emocional que aborda bem, mas depois penso que cai sempre na opçao mais facil que lhe da um lado de telenovela que talvez nao o deixe crescer.

Um dos problemas de uma historia como esta, e que a mesma vai de imediato cumprir alguns dos seus objetivos, mas exige por outro lado que para o resto funcionar o filme tenha de ter algo mais, que consiga ir buscar alguns elementos diferenciadores que o tornem um objeto artistico e o filme tem essa dificuldade. E mesmo o carisma de Loren acaba por estar apagado numa obsessão patente pela emoçao facil que o filme tem.

Por tudo isto temos um filme bonito, um filme sobre a ligaçao das pessoas, sobre as dificuldades mas depois temos o caminho mais facil que faz o filme cumprir os seus curtos objetivos mas nao consegue que este vá mais longe em termos de resultado e o torne impactante e diferente nos seus outros atributos e isso limita o seu alcance.

A historia fala de um jovem orfão que acaba por passar a residir com uma mulher idosa com um passado escondido que se dedica a albergar e orientar crianças filhos de prostitutas sem retaguarda, numa relaçao de teste de barreiras e conflitos.

Em termos de argumento a historia é bonita e todos sabem que funcionaria sempre nas suas maiores premissas. O problema e que nos detalhes do argumento aqueles que poderiam levar o filme para mais altos voos as coisas não funcionam tão bem quer por dialogos pouco trabalhados quer por personagens demasiado obvias.

Na realizaçao Edoardo Ponti e um realizador italiano que ate este filme tinha pouca expressão ainda no cinema internacional, que é competente em dar o que os filmes italianos normalmente melhor entregam que é o contexto social, mas pouco mais, depois um trabalho simplista que poderá ter espaço para crescer.

No cast obvio que todos os holofotes estão na construção de Sophia Loren, quase aos 90 anos numa personagem intensa. Loren esta afastada do grande ecra a muitos anos e a sua prestação vale mais pela sua presença do que propriamente pelos recursos que ela apresente. Ao seu lado temos um jovem Gueye competente.


O melhor - A historia emotiva

O pior - A incapacidade de completar uma historia de impacto com elementos diferenciadores


Avaliação - C+