Monday, March 31, 2025

The Parenting

 A Max não e propriamente a produtora mais ativa no que diz respeito ao lançamento de longas metragens dai que quando os filmes da produtora são lançados neste estilo não e bom pronuncio sobre a receção nos testes de screaning. Este filme com um elenco cheio de figuras conhecidas principalmente de series estreou no sempre energético mes de março com criticas sofriveis, sendo que comercialmente ja todos percebemos que o lançamento de filmes originais não e propriamente a mina de ouro da aplicação.

Sobre o filme podemos pensar que estamos no tipico filme de terror com a diferença que o filme nunca tenta assustar, sendo mais as tentativas de humor absurdo do que propriamente o filme sobre espiritos que se leva a serio. O grande problema do filme é que nunca consegue ser minimamente engraçado, e para uma comedia de horror e um pressuposto muito complicado logo para começar.

O filme tenta ser diferente apesar de seguir os paços do cliche, temos uma reunião numa casa assombrada com a diferença do casal ser homossexual e sermos rapidamente inundados por piadas sobre isto e sobre a etnia que quase nunca funcionam. Quando o filme entra no lado dos possuidos as coisas ainda se perdem mais porque a forma como deambula entre o terror que nao quer ser e a comedia que nao consegue ser o filme perde-se por completo.

Em fim um mediocre filme da Max que se calhar vem explicar um pouco a quase inexistente biblioteca de filmes originais da aplicação a qual perfere dar a primeira pagina as suas series de primeira linha. O filme nao funciona e nem um elenco recheado de figuras conhecidas consegue captar qualquer atenção, sendo muito mais o que perdem no registo do que ganham.

A historia segue um casal homossexual que decide fazer um encontro entre os pais de ambos numa casa de turismo rural que rapidamente se perceber esta possuida por algo maligno que vai tornar o encontro algo para esquecer a todo momento.

O argumento do filme e um cliche de base que depois nao se consegue assumir em nenhum dos apontamentos. O filme nao tem propriamente personagens, a intriga e o seu desenlace pouco ou nada articulado, sendo o maior problema a falta de piada do seu humor.

Na realizaçao temos Craig Johnsson um jovem realizador de comedias que depois de alguns projetos de  cinema dedicou-se mais as series e o estilo do filme demonstra mais esse habito, porque nunca consegue conduzir o filme para qualidade que exija um ecra maior. Provavelmente regressara a esse contexto de carreira.

No cast temos um conjunto de atores com algum sucesso em series que se reune num filme onde nenhum se sente verdadeiramente confortavel no papel, sendo o caso de Cox o mais gritante principalmente pelo carisma que o mesmo fez nos ultimos tempos nos seus filmes.


O melhor - A ideia que nunca ter ser um filme de terror.

O pior - Tenta ser uma comedia e nunca encontra qualquer humor


Avaliação - D

Saturday, March 29, 2025

Bridget Jones: Mad About a Boy

 Nove anos depois do capitulo que apresentou ao mundo o bebe de Bridget Jones eis que o grupo junta-se de novo para uma nova abordagem, com quase a totalidade do elenco dos filmes anteriores, mas com uma novidade triste no guião, numa reformulação que também passou pela estrategia de lançamento, onde foi um filme ancora da Peackock nos EUA, sendo que no resto do mundo e potenciada por criticas interessantes o filme acabou por ser lançado nas salas de cinema com resultados competentes.

Sobre o filme posso dizer que o que sempre me irritou na saga continua e acho que é ate amplificado. O boneco de Zellweger é cada vez mais artificial, exagerado, ficando sempre a ideia de um filme neste particular demasiado deslocado sem que isso consiga ser particularmente eficaz em termos comicos, e ai penso que o filme está longe de ser brilhante.

O que funciona é os temas, e principalmente o do luto familiar, aqui o filme acaba por ser interessante, intenso do ponto de vista emocional mesmo que se esconda em alguns momentos nas idiotices e maneirismos da personagem, mas no fim o sumo está lá e a mensagem que quer transmitir também e isso é um dos pontos que faz o filme funcionar com proposito bem diferente dos anteriores.

A homenagem aos filmes anteriores em mais de vinte anos de produçao, tambem esta la, o filme consegue reunir os seus elementos fundamentais, seja em papeis fortes, seja em papeis de relance o filme demonstra essa congruencia essencial para uma saga funcionar. E claramente uma saga de mulheres mas existe muitos pontos que os diferentes filmes falam e de uma forma consistente, sendo o luto apesar de tudo um dos pontos melhores trabalhados ao longo da saga.

A historia segue Bridget Jones, mãe de dois filhos e viuva, numa vida dedicada aos filhos e ainda a tentar superar a perda, tenta aos poucos reatar a vida social com as dificuldades inerentes a todo o processo. Ate que descobre um jovem amor que a conduz para uma nova adolescencia que vai a fazer questionar o que realmente quer.

O argumento toca em alguns pontos que nao era expetavel numa clara comedia romantica, como o luto a perda e trabalha esse aspeto de uma maneira se calhar mais competente do que as idiotices e conflitos mais basicos da personagem. Claro que o tom do filme é o mesmo de comedia disparatada mas nas entrelinhas tem apontamentos interessantes.

Na realizaçao deste capitulo temos Michael MOrris realizador de episodios isolados se series reconhecidas que aqui acaba por ter um trabalho simples, associado ao original que funciona deixando as personagens fluir. Nao e propriamente um artista do grande ecra mas cumpre o que o filme quer ter.

O cast Zellweger nao cresceu bem no cinema, muitos maneirismos, cada vez mais aplicados na personagem e que se tornam exagerados. Nas novas aquisições nao existe muita inovaçao na personagens e isso leva a participações pouco consideraveis. Fica na retina a repetiçao do cast ao longo dos anos.


O melhor - O tema do luto familiar

O pior - O exagero dos maneirismos de Bridget

Avaliação - C+

 

Friday, March 28, 2025

Paddington in Peru

 Depois de dois primeiros filmes de sucesso eis que o terceiro surge com uma dimensão diferente conduzindo a personagem para um destino diferente fora da rigidez britanica que acaba por ser a imagem de marca do produto. Ao contrario dos seus antecessos o sucesso critico foi mais moderado, sendo que comercialmente principalmente nos EUA o resultado foi mais modesto, mas ainda com resultados interessantes.

Paddington e um caso de sucesso completo na adaptaçao ao cinema, principalmente pela forma simplista e tradicional com que transmite ligação, sentimentos e um humor simples que aproximou a familia o incrivel urso. O segundo filme e um dos melhores do genero e colocou a fasquia de tal forma elevada que seria muito dificil o trajeto deste terceiro filme, o qual sente isso, e sente-se orfão de mudança de realizador e em parte de protagonista.

O filme tem bons momentos, nos detalhes que são fantásticos no segundo filme eles aparecem essencialmente no inicio deste filme mas desaparecem para um filme, se calhar mais infantil, com uma historia menos trabalhada, e isso acaba por dar ao filme menos impacto humorístico e mesmo familiar na sua forma de comunicar. Nota-se que e um filme mais pequeno, menos ambicioso mas que ao mesmo tempo acaba por ser simpático, e ter a génese de uma personagem que o cinema construiu bem.

Outro dos pontos em que o filme teria dificuldade era no vilão, Paddington 2 acabou por criar este Hugh Grant de sucesso e eis que Banderas tinha um papel dificil, primeiro porque nao encaixa tao bem como Grant nas diversas personagens e porque a propria personagem em si tambem e pior construida. No final a liçao moral tambem e menos forte, sendo claramente um filme mais pequeno da saga.

A historia segue Paddington e a sua ligaçao com a Tia Lucy que o leva a uma viagem de familia no Peru de forma a tentar encontrar a sua tia, mas que leva a uma aventura que o faz contactar com uma peculiar freira e com um comandante com objetivos mais escondidos.

E no argumento que o filme perde alguns vetores quando comparado com outros. Parece-me um filme mais simples, mais direcionado, com a mensagem mais explicita. E mais familiar e menos denso do que os filmes anteriores e isso acaba por o tornar mais pequeno.

King foi um obreiro no que fez nesta adaptaçao e no que fez tambem com Wonka sendo uma figura de referencia em filmes juvenis. Aqui deixou a batura para um primario, Dougal Wilson que inicialmente ainda tenta manter o ritmo do seu antecessos mas acaba por deixar para fazer o filme fluir de uma forma muito mais natural do que artistica

No cast o filme tem uma mudança de protagonista que fica sempre estranho numa saga. Mortimer e uma boa substituta mas Hawkings foi a mãe da personagem e existe sempre habituação. Banderas e sofrivel perdendo as cenas para uma Colman que é sempre uma atriz de primeira linha


O melhor - PAddington funciona na sua forma de comunicar simples

O pior - O segundo filme colocou a fasquia num nivel inultrapassavel


Avaliação - C+

Wednesday, March 26, 2025

The Gorge

 A Apple + é uma aplicação que aos poucos consegue ganhar algum impacto nas series mas que nos filmes ja parece ter vivido momentos mais fortes, estando um pouco apagada. Este ano parecia querer mudar um pouco esse parametro com a estreia em grande deste filme de ação com um cast de nivel elevado e efeitos especiais de estudio. O filme obteve criticas medianas mas comercialmente fica a sensação que a aplicação ainda nao consegue tornar filmes em sucessos imediatos.

Sobre o filme podemos e devemos dividir o filme em duas partes completamente distintos. Um inicio estranho, apocalitico de pessoas solitarias, e uma ideia interessante de distancia e solidão. O filme consegue ser simples e romantico, mesmo sem grandes truques em algum desses momentos. Onde o filme acaba por se perder e depois do meio quando entra na açao, nos efeitos e na intriga policial, onde a ideia é exagerada, o filme tem dificuldade em fazer as coisas fazerem sentido e as personagens deixam de aparecer numa especie de jogo de computador com pouco conteudo.

Por tudo isto podemos dizer que temos um filme com dois momentos. Com um realizador ja experiente com algumas colaborações de estudio fica a ideia que o filme fica sem ideias e que algumas das coisas são demasiado absurdas e que mesmo os protagonistas acabam por ficar ali a cumprir mais calendario do que dar o filme um input qualitativo, na primeira parte o lado mais romantico do filme parece encaixar melhor mesmo na quimica dos mesmo.

Por tudo isto mais um filme em que falta alguma coisa. As aplicações continuam a chamar a si protagonistas mediaticos, realizadores consagrados, dinheiro, mas fica a faltar sempre alguma coisa. Se calhar aqui o proposito da televisão tire alguns trabalhos de pos produçao do filme que o poderiam e deveriam tornar mais forte ou mais coeso na segunda parte, porque a ideia que fica é de uma mediania sem grande significado.

O filme fala de dois individuos solitarios que aceitam guardar sozinhos, durante um ano duas torres de vigia de um fosso que guarda um segredo de estado pos II guerra mundial. O problema e que a determinada altura ambos se começam a relacionar e acabam por descobrir o que esta por baixo deles.

O argumento e algo exagerado, pouco trabalhado para a ideia que tem. Fica mais a ideia que o filme tenta dar mais contexto de promenor adjacente do que nos alicerces da historia e isso nota-se principalmente na segunda fase do filme. Na simplicidade do romance as coisas correm ligeiramente melhor.

Na realizaçao Derrickson aceitou o repto depois de ter em si os ultimos Doctor Strange. O filme e grande, tem investimento de estudio e faz de forma eficiente embora mais tarefeira do que artistica. Nota-se que o filme é competente nos avanços tecnologicos sem que isso faça que o mesmo seja diferenciado, num realizador que neste momento parece ser um cumpridor e menos um artista.

No cast Teller nao conseguiu propriamente criar um contexto depois do seu Top Gun, e Joy falhou no seu Mad Max. Ambos dão o lado de açao ao filme mais do que propriamente interpretaçoes fortes e carismaticas. Nao me parece que estejam no melhor momento de forma, e o filme nao ajuda. Tambem na quimica ja vimos ambos com melhores ligaçoes.


O melhor - A primeira parte do filme.

O pior - Fica a ideia que a base narrativa do filme nao foi propriamente elaborada


Avaliação - C

Sunday, March 23, 2025

Snow White

 Num ano de 2025 que começou de forma silenciosamente coube a Disney fazer o primeiro arranque comercial do ano com o seu live action de Branca de Neve. Com uma pos produçao muito conturbada, polemica sobre algumas decisões e acima de tudo com as suas protagonistas completamente de costas voltadas o filme estreou e o pior aconteceu. A comunidade virou-se por completo contra todas as mudanças do filme e comercialmente o filme ressentiu-se por essa ma publicidade. Atualmente tem um dos piores registos de sempre na avaliaçao popular do IMDB e pouco pode ser pior que isso.

Sobre o filme podemos dizer que o filme ate começa bem, tem cor, tem uma boa capacidade de nos transportar ate ao reino de Branca de Neve, e tudo parece ir no sentido certo até que chegamos ao contacto com os anões em que o filme se transforma, se torna estranho, chega mesmo em alguns momentos a fazer desviar o olhar, como o mau CGI dos anões, mas pior que isso a escolha de um anão para fazer parte de um exercito rebelde mas que nao pode ser utilizado como os fieis escudeiros da branca de neve.

Eu compreendo que a Disney consiga perceber que os seus filmes antigos teriam dificuldade em ser iguais nos dias de hoje, mas filmes tao proximos de todos, pelos melhores momentos nao deveriam sofrer uma alteração tao clara. Obvio que a agenda politica começa a ser um dos pontos mais discutiveis da DIsney ainda para mais como neste filme onde muita da criatividade nunca aparece.

Um live action polemico, que falha porque a maior parte das pessoas que gostou do filme original, detestou esta abordagem. O filme tenta fazer arranjos mas nao beneficia em nenhum deles, e acima de tudo a sua abordagem e escolhas de cast e mesmo sonoras acabam, por nao ajudar o filme a chegar junto do publico, em fim um desastre sob a forma de live action.

A historia segue branca de neve e a base que conhecemos ate ao momento em que conhecemos os sete anões, depois temos o empowerment feminino alterando aquilo que sao as definições do filme para ter um contexto politico maior sobre a força da personagem.

Claro que a base narrativa de Brance Neve original da Disney e antiquada com muitos valores que nao são de hoje, mas funcionou em muita gente que estreou-se no cinema com este filme. Ao mudar deixava-se os pilares essenciais que acabam por vezes por nao aparecer no meior de uma agenda politica que pouco faz falta a filmes para os mais pequenso.
Webb foi a escolha para este projeto um realizador que chegou em determinada altura da sua carreira em ter nas mãos o projeto spider man mas que nao conseguiu sublinhar o seu estilo nesses filmes, conduzindo a muitos passos atras. Aqui o filme tem escolhas muito discutiveis e provavelmente sera das pessoas que mais danificado ficara com o resultado final do projeto.

Zegler foi uma escolha discutivel, e fisicamente e facil perceber que nao e a escolha esperada. A sua voz acaba por ser o que melhor funciona no filme no lado musical, embora do ponto de vista interpretativo tenha dificuldades claras. Mas o maior erro foi Gadot, nao e interpretativa, nao e carismatica, e uma personagem como esta tinha de ter outra aura aindapara mais porque nao funciona tambem musicalmente.


O melhor - O lado musical de Zegler

O pior - As mudanças todas a o CGI


Avaliação - D+

Thursday, March 20, 2025

Love Hurts

 O dia dos namorados nos ultimos tempos tem deixado de ser uma altura para filmes romanticos para filmes com o amor como o pano de fundo com argumentos estranhos, arriscados e longe do que estavamos habituados. Este ano surgiu esta comedia de ação com dois atores recem oscarizados que pareciam nao encaixar bem no mesmo filme. A arrojada historia acabou por ser completamente destruida pela critica, sendo que comercialmente o filme também ficou longe do sucesso, demonstrando que pelo menos Huy Quan ainda nao e um ator para liderar elencos.

Sobre o filme podemos dizer que tudo não encaixa em nenhum dos pontos, com exceção do lado Goofy do seu protagonista o qual, ao contrario do que tão bem criou no filme que lhe deu o oscar nao consegue aqui dar o lado mais duro que o filme requer, e isso particularmente acontece porque o filme tem dificil em se fazer comunicar em ir buscar o que realmente quer ser, passando de cenas de luta sem grande sentido, para personagens absurdas e uma especie de comedia que nunca consegue ser minimamente engraçada.

Por estes atributos, mas mais que tudo pela falta clara de algum sentido naquilo que quer ser, este filme rapidamente se percebe que e um ato falhado, sendo que o tema do amor e o seu lançamento em dia dos namorados ainda parece um objetivo muito mais distante do que o filme de ação comico pouco conseguido que acaba por ser, ja que romantico o filme nao consegue ter qualquer brisa desse tipo.

Por tudo isto um dos filmes mais desencaixados que me lembro de ver, o cast nao funciona, não tem quimica, a maior parte das personagens sao totalmente indicifraveis o que fazem e o que querem fazer. A intriga é difusa, e so as cenas de luta acabam por ter algum trabalho, num dos projetos mais sem sentido que me recordo de um grande estudio, cujo fracasso seria facil de perceber no primeiro plano.

A historia segue um agente imobiliario, ex assassino profissional, que ve o seu passado regressar a si, depois da sua grande paixao regressar a vida e perceber que tem um conjunto de bandidos prontos a tentar a sua morte.

O argumento do filme é um disparate no conteúdo ja que dificilmente percebemos onde o filme realmente quer ir, mas acima de tudo é um disparate no estilo, um comico disfarçado que nunca consegue ser minimamente eficaz.

Na realizaçao um projeto de estreia com tantos focos nao correu bem a Eusebio, um colaborador em partes mais pequenas em algumas produçoes grandes que falha por completo a abordagem, o estilo e a forma como comunica com o espetador. Dificilmente tera outra chance

No cast tudo ao lado Quan tenta imitar o que fez no seu papel de oscar, mas falha principalmente no lado duro que parece sempre um remendo. DeBose nunca consegue ser minimamente uma mulher fatal que o filme deseja que fosse e tudo sai mal tambem neste particular, sendo um filme pos oscar de ambos pode acabar com um recibo caro.


O melhor - As cenas de luta

O pior - A sensação que 1h23 e demasiado num filme


Avaliação - D-

Tuesday, March 18, 2025

Companion

 Este filme de terror Sci fi ganhou algum protagonismo, principalmente por ter juntado dois dos protagonistas que melhor tem conseguido estar vocacionados para um terror adolescente dos tempos modernos com sucesso. Este filme acabou por estrear em janeiro com excelentes avaliaçoes tendo em conta o prazo do seu lançamento, sendo que comercialmente por algum impacto mediatico inicial se pensou que o resultado poderia ser mais consistente.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo começa num ritmo lento, que nos faz sentir algo perdidos, mas rapidamente somos lançados para o mundo sci fi, e ai temos efetivamente um filme conseguido, impactante, original, bem interpretado, e que pese embora caia algumas vezes em alguma previsibilidade dos twists acaba sempre por ter um ritmo interessante tendo em conta o tipo de filme.

Um dos pontos que funciona bem no filme, e o lado sci fi, que ja tinha funcionado bem com M3gan, quando um filme consegue ir buscar a evoluçao como um dos apontamentos que nos causa panico, normalmente as coisas funcionam bem, e ficamos com a clara ideia que isso acontece neste filme, na forma simples como o mesmo consegue ir buscar ao mesmo tempo o lado mais perigoso da ambiçao humana e do terror tecnologico.

Por tudo isto temos um filme interessante, com qualidade, atual. Não é propriamente um filme extremamente coeso ou com muita ideologia, mas fica a ideia que um filme atual, bem interpretado, aproveitando o bom momento dos seus interpretes, e um dos primeiros razoáveis filmes do ano, num mês que normalmente é aposta para  projetos falhados.

A historia segue um jovem que acaba por ir a um encontro com amigos pela sua paixao atual, contudo rapidamente percebemos que a mesma não é mais do que um robot programado para ser o mais fiel possivel a uma mulher de forma a responder as necessidades emocionais dos seus utilizadores.

O argumento do filme parte de uma premissa original, bem trabalhada, organizada. Nao e um filme muito surpreendente nas voltas que dá, mas consegue ser consistente. Apostar no medo da atualidade funciona sempre e o filme tira esse proveito.

Na realizaçao temos Drew Hanckok um autentico desconhecido que tem aqui um bom cartão de visita do terror psicologico. O filme é denso, nao arrisca particularmente muito no que diz respeito ao aspeto ou a abordagem estetica, mas e um filme de estudio eficaz e isso muitas vezes é o primeiro passo numa carreira de sucesso.

Por fim no cast Tatcher ja tinha estado num otimo nivel em Heretic mas tem aqui um papel mais dificil, um papel que necessita dos seus recursos interpretativos e dramaticos que sobressaem numa atriz que demonstra intensidade e carisma para altos voos. Quaid tem sempre o lado estetico da sua expressão, mas fica a sensação que perde o filme para a sua colega.


O melhor - A atualidade do terror

O pior - O filme poderá ser algo previsivel em alguns twists


Avaliação - B-

Tuesday, March 11, 2025

Presence

 Steven Soderbergh é um dos realizadores com mais filmes e mais experiências enquanto realizador nos ultimos vinte anos, sendo que tanto encontramos filmes de grande estudio, como colaborações frequentes com as aplicações de streaming e este ano logo em janeiro um filme de terror psicologico. O filme estreou com boas avaliações, sendo um territorio exprimental onde o realizador tem conseguido bons resultados. Comercialmente as coisas nao correram tão bem, sendo que o facto de não ter recorrido a atores de primeira linha não ajudou.

Sobre o filme temos um filme curto, no qual nos acabamos por ser uma camara interprete, como uma presença numa casa, a forma como o filme na maior parte do tempo é feito de clips curtos e que durante algum tempo são dificeis de conjugar acaba por ser a barreira mais dificil de ultrapassar ate começarmos a ter o filme revelado, sendo o final o ponto mais decisivo do filme e que de alguma forma vai determinar se o publico gostou ou nao da abordagem.

Um dos pontos mais exprimentais de Soderbergh com uma abordagem de base é a sua usual capacidade de colocar a camara como interprete, ja o tinha feito em filmes anteriores, normalmente mais associado a filmes de densidade psicologica, o final acaba por ser algo previsivel, ja que vão sendo deixados alguns elementos ao longo dos dialogos, mas fica sempre a ideia de um filme diferente.

Por tudo isto e estando longe do que de melhor Soderbergh ja fez quando chama a si todos os meios, nestes pequenos filmes mais desprendidos onde arrisca mais na abordagem o mesmo tem conseguido obras interessantes, talvez com uma dimensão inferior ao realizador mas que alimentam a curiosidade de um realizador que nunca deixou de tentar ter o seu cunho de exprimentalista.

A historia fala de uma familia, marcada pela morte de uma amiga da filha mais nova que começa a perceber que a casa onde habitam tem uma presença estranha com propositos dificeis de perceber.

O argumento do filme vale essencialmente pela revelação final que acaba por ser um trunfo interessante que pode levar o espetador a querer ver o filme outra vez, de uma outra dimensão. Eu penso que o filme e original, se calhar algo simplista nos dialogos mas que funciona muito pelo seu final.

Soderbergh e um realizador de primeira linha que tem muitos filmes, para todos os gostos e acima de tudo com valores tambem diferenciados. Aqui temos uma abordagem diferente, um filme que consegue ir tentar buscar a camara como interprete e consegue. Nao esta no epicentro da sua carreira mas continua a ser um valor seguro.

No cast o filme tem um elenco de pessoas menos conhecidas Liu acaba por ser a presença mais visivel numa personagem que so aparece na fase final, acabando por ser os jovens e quase desconhecidos Liang e Maday a ter as despesas do filme, funcionando na maior parte do tempo.


O melhor - O final e a forma como integra todo o filme


O pior - A passagem da barreira inicial


Avaliação - C+

Monday, March 10, 2025

One of Them Days

 No principio do milénio existia uma tradição que consistia em que janeiro fosse o mês do lançamento de comedias claramente afro americanas, de costumes sobre as suas vivências e o seu estilo cultural. Com o passar do tempo essa tradição foi abandonada mas ressurgiu este ano com esta comedia de costumes. Com algumas das figuras desta nova geração musical e cómica o filme estreou com um sucesso critico que não era propriamente habitual. Comercialmente assim como a maioria dos filmes de outros tempos os resultados foram consistentes embora muito circunscritos ao mercado americano.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo encaixa como uma luva na tradição dos filmes de janeiro, temos muito do esteriotipo cultural, temos o humor facil, adulto, e acima de tudo aquele tipo de comedia em que o caos acontece do primeiro ao ultimo minuto. Não é porpriamente um filme muito elaborado, ou que o tente ser, tenta ser um filme bem disposto para uma tarde de inverno, sendo que algumas piadas funcionam outras nao.

O barulho e esteriotipo estão la, o filme consegue como poucos o tinham feito nos ultimos tempos ir ao histerimos das comedias do inicio do milenio como por exemplo barbershop com novas personagens, novos habitos, mas todos os exageros. nao são filmes particularmente ricos em mensagens, mas acabam por ser filmes dirigidos a um publico concreto que acaba por considerar sempre, pelo menos no humor, este tipo de abordagem como funcional.

Por tudo isto um filme simples de inicio de ano, bem disposto, embora pouco original e na maior parte do tempo quase sempre mais exagerado do que engraçado. A dupla funciona bem na sua conjugação de caracteristicas. Nao sei se marcara o regresso da comedia afro americana de base, mas que este filme é uma homenagem justa ao que foi sendo feito, sem duvida que sim.

A historia segue duas amigas que estão em vias de ser despejadas por falta de pagamento da renda que tentam num dia salvar a sua casa, contudo isto leva a uma espiral de acontecimentos que ira transformar cada momento do dia um caos superior ao anterior.

O argumento tem uma premissa conhecida, e mesmo no estilo humoristico é a excentricidade e o exagero comico associado a cultura afro americano. Alguns apontamentos tem graça, outros menos, num filme redutor em termos de mensagem, mas que claramente percebe que é um registo de desgaste rapido.

Na realizaçao do projeto temos Lawrence Lamont um realizador oriundo da cultura hip hop, associado ao videoclip de alguns musicos que tem aqui a sua estreia. Denota-se que conhece o estilo onde o filme se encaixa e o que realmente pode esteticamente funcionar no humor afro americano. So o futuro dira se tornar-se-a uma referência do genero, ou apenas um apontamento na sua carreira.

No cast nao temos propriamente atrizes muito conhecidas Keke Palmer consegue dar algum seguimento depois de Nope, num lado mais comico, onde se percebe nao ser a sua praia e SZA mais conhecida pelo lado musical, ultimamente muito associado a Kendrik Lamar tem o lado hiperativo da cultura, completamente amplificado ao maximo neste filme.


O melhor - O regresso de uma tradição que deu alguns filmes razoaveis


O pior - Para um não afro americano tudo pode parecer algo descontextualizado


Avaliação - C

Saturday, March 08, 2025

Flight Risk

 Mel Gibson nos seus momentos mais proveitosos enquanto realizador teria sempre os seus filmes na lista dos eventuais nomeados, para além do mais um realizador que conseguiu com Bravehart um dos filmes mais bem avaliados de sempre. Com as suas polemicas sucessivas essa aura desapareceu e este novo filme estreou sozinho em Janeiro, com criticas pessimas, sendo que comercialmente mesmo com Mark Whalberg como protagonista o resultado ficou aquem do que esperamos de alguem como Mel Gibson.

A primeira analise que me cumpre fazer é se Mel Gibson não quis com este filme fazer deliberadamente algo horrivel, porque o que assistimos é algo que parece propositado para ser mau e sem sentido em todos os apontamentos. Desde logo a personagem central, ninguem percebe o que é, o que quer ser e o que fez. No lado da policia igual, e quando entra a personagem que vai ser a vila do filme ainda pior. Tudo é um desastre introdutorio que acaba por ser o pronuncio do que vem a seguir.

O desenvolvimento narrativo ainda é pior, os avanços e recuos na mente e na dedução da protagonista feminina, os tiques completamente irritantes de Whalberg, a sobrevivencia a quase tudo, o filme parece um hino a como não fazer um filme de açao, ou uma homenagem aos filmes serie C dos anos 80 que iam diretamente para a terceira prateleira do videoclube.

Mas se pensamos que o final poderia resgatar o filme, enganam-se, o final ainda é mais cringe, dando uma especie de união entre os protagonistas que nunca foi introduzida para alem da vertente profissional, e acaba de forma abrupta sem nunca percebermos em qualquer momento se temos um mel Gibson com problemas de consciência ou se deliberadamente quis fazer um hino aos filmes pessimos de hollywood.

A historia fala de uma policia que tem de conzudir num avião pequeno uma testemunha protegida, ate que percebe que o piloto mais não é do que um assassino profissional com o objetivo de garantir que a testemunha não fala no tribunal.

O argumento do filme é basico na sua base, igual a muitos filmes de açao pouco trabalhados, mas a sua concretização é absurda e muitas vezes desconfortavel para o espetador. Desde os dialogos sem qualquer sentido, desde os twist esperados, e mais que tudo nunca conhecemos as personagens.

Mel Gibson e um realizador com um percurso incrivel enquanto realizador que fica quase irreconhecivel como o mesmo acabou por fazer uma obra tão amadora, e mal feita nos momentos mais simples. Parece unanime que nao passa pelo seu melhor momento mental, mas este filme leva a que profissionalmente isso seja um reflexo.

No cast Grace explica porque razão esta afastado dos grandes filmes há muito tempo, repetitivo, sem qualquer dimensão. Whalberg como vilão é só cringe, exagerado, com um cabelo disparatado para fazer ainda tudo ter menos sentido, e mais que tudo uma protagonista que tenta revitalizar uma carreira para alem de Dowton Abbey, mas nao sera com este registo que o vai fazer.


O melhor - A curta duração do filme.

O pior - A quantidade de coisas mal feitas que o filme tem por metro quadrado


Avaliação - D-

Friday, March 07, 2025

Dog Man

 


Janeiro nunca foi pronuncio de sucessos comerciais, dai que esta aposta por um filme de animaçao ver a luz do dia em pleno janeiro poderia ser discutivel, nao fosse ser uma especie de spin off de Captain Underpants, um autentico underdog de estudio mas que não tem o lado comercial de outros projetos. Este filme surgiu com a esperada irreverênncia que conduziu a criticas até positivas, sendo que comercialmente o filme aproveitou as aguas paradas para ter alguns resultados, principalmente porque em termos de animaçao era um pouco uma corrida a solo.

Sobre o filme o primeiro apontamento que podemos analisar é que fica no limbo, entre uma historia demasiado disparatada para adultos, mas por outro lado o lado ironico e mesmo non sense da maior parte das piadas faz com que também não seja, declaradamente um filme para os mais pequenos. Fica sempre a ideia que este tipo de limbo acaba por fazer os filmes ficarem algo difusos na maior parte dos seus momentos.

Depois tem uma historia simples do ladrão e do policia, personagens secundarias apenas com a vocação humoristica, e um twist esperado porque efetivamente as duas personagens centrais tem os seus momentos, principalmente comicos que seria dificil escolher uma delas. Ai o filme torna-se mais infantil e mais expectavel, num estilo irreverente proximo do que o filme anterior da saga ja tinha sido.

Por tudo isto um estilo de humor diferente. rebelde, sem ser adulto, não nos parece que seja um estilo rico, ou que traga filmes particularmente diferenciados, mas cumpre, os poucos objetivos que vai tendo. Existe momentos em que fica a clara ideia que o filme poderia ser ainda mais adulto, mas isso tornava-o direcionado para um registo que nao tem aceitação.

A historia fala de um super heroi, que é metade homem, metade cão, o que ocorreu apos uma tentativa de deter um gato bandido. Após a transformaçao o objetivo e um prender o referido gato, mas as suas experiencias tornam tudo ainda mais perigoso.

O argumento do filme na historia de base, é simples igual a muitas outras mesmo no twist que adota. No humor está ali num limbo entre o exagerado do ponto de vista narrativo, ao adulto, com muitos momentos de um humor que é conseguido outro que fica a meio caminho.

Na realizaçao o projeto foi assinado por Peter Hastings um colaborador da Dreamworks que tem aqui o seu primeiro filme de autor. E facil perceber que o filme quer encontrar um estilo proprio, mesmo na animaçao mas tambem se percebe que o filme não é uma primeira escolha da produtora.

No cast um elenco irreverente com Davidson a ter os melhores momentos numa personagem que vai de encontro ao que ele é enquanto ator. No restante funciona sem nunca ser brilhante ou significativamente diferente


O melhor - A ironia de algumas piadas

O pior - o limbo que o filme fica no seu publico alvo


Avaliação -C

Thursday, March 06, 2025

You're Cordially Invited

 Num ano em que a maior parte das pessoas apostam numa Prime cada vez mais ativa, eis que Janeiro começou com uma longa metragem de comedia com duas figuras principais do genero, Ferrell no lado mais satirico, Witherspoon no lado mais romantico. o filme estreou com criticas medianas, e com o tema do casamento, sendo que comercialmente o filme acabou por ter algumas semanas de visibilidade até se dissolver nos catalogos da operadora.

Sobre o filme, quem conhece as minhas analises sabe que gosto do humor pouco contextualizado de Ferrell, o filme tenta isso em alguns momentos e parece-me ser os momentos onde o filme consegue funcionar em termos de humor.O grande problema do filme é quando tenta ir de encontrou à outra parte, concretamente ao lado romantico e despreendido de Witherspoon onde a atualidade do genero parece ultrapassada e nunca encaixa com Ferrell.

Uma comedia aparentemente romantica onde o duo nao consegue ter qualquer quimica em nenhuma dimensão e um proposito, ou mesmo uma dificuldade impossivel de ultrapassar. A ideia que surge e que o filme quer preencher os elementos dos dois protagonistas, os quais procuram algum mediatismo imediato e perde-se no meio, de algo que nunca percebemos muito bem o que quer sempre, ficando sempre o registo que algo não corre bem no filme mesmo no humor.

Claro que o filme aborda o lado emocional, com a ligação pai-filha, fala sobre o casamento precoce, mas o humor é tão direito que por vezes fica a sensação que muito fica por esclarecer ou mesmo funcionar nas dinamicas familiares. Uma comedia de inicio de ano, com muitos defeitos e acima de tudo dois protagonistas a procura de legar o filme para o seu territorio, acabando por puxar mais cada um para seu lado do que em simbiose.

O filme fala de um pai viuvo que decide organizar o casamento da sua filha numa ilha onde se casou, contudo por um infortunio no mesmo dia surge um outro casamento de uma familia mais tradicional, que leva a uma luta entre familias pelo espaço, numa teoria do caos.

O argumento parece querer ir buscar ambos os lados comicos e acaba por nao ser eficiente em nenhum. O humor de Ferrell aparece a espaços, o de Witherspoon parece nunca aparecer, e pior nada disto conjuga, dai que o filme é na maior parte do tempo estranho e nao engraçado, principalmente no seu humor.

Na realizaçao o projeto e assinado por Stoller um realizador de comedias de estudio com uma formula repetida. O filme arrisca quase nada e fica a sensação que cai nos tipicos jogos de camara comicos. um filme simples, de um realizador que ficara por este trajeto.

No cast temos Ferrell a tentar encaixar o seu boneco num lado mais romantico, que fica muitas vezes fora de sitio, e uma Witherspoon longe da promessa que a levou ao oscar, tentando regressar ao lado romantico onde teve mais sucesso num filme que chama a atenção acima de tudo pela falta de quimica do casal.


O melhor - Os apontamentos de humor de Ferrell funcionam sempre

O pior - A quimica inexistente entre o casal


Avaliação -  C-

Wednesday, March 05, 2025

Kinda Pregnant

 A netflix anunciou que nos proximos anos vai reduzir as suas produções em termos de longas metragens e acima de tudo temos encontrado essa redução em projetos de hollywood. Este foi um dos poucos filmes a ser lançado este ano, no estilo tipico de humor de Amy Schumer. Ao contrario dos filmes anteriores o resultado critico deste filme foi pessimo, o que fez que comercialmente também não resultasse acabando por sair rapidamente das primeiras paginas no catalogo da operadora.

Assim, podemos dizer que temos o tipico humor de Schumer, adulto, sexual, com muitas menções ao seu peso, sem que isso traga qualquer tipo de moratória associada, sendo ainda mais gritante neste filme que os tempos de humor perdem-se por completo, o que estranha principalmente plo facto de ter conseguir ir buscar Forte para o seu filme.

Parecia obvio que teriamos uma comedia de desgaste rapido, totalmente dependente das sequencias de humor mas incrivelmente o filme falha em quase tudo, no humor, na tematica, no facto da maior parte das cenas serem impossiveis de existir, tudo parece falhar num filme que marcava fevereiro para a Netflix. Tambem fica a clara ideia que Schumer so consegue fazer humor depressivo e isso acaba por ser mais do mesmo.

Ou seja mais uma comedia que explica bem o pouco sucesso que na maior parte dos projetos a netflix tem, ja que pode ate trazer figuras de uma linha forte de hollywood mas os projetos acabam sempre por ser repetições pouco trabalhados do que foi feito, ficando a ideia neste filme que tudo sai ao lado, sendo de especial relevo a falta de graça do humor que o filme tenta ter.

A historia segue uma mulher com excesso de peso, que depois de perder a relação finge uma gravidez para ter a empatia das pessoas a sua volta, ate que perde controlo da mentira por completo.

O argumento do filme tem uma ideia que terá na essencia alguma base, mas que o filme trabalha de uma forma pouco coesa. O que funciona pior e o humor tipico, mas que aqui nunca tem realmente graça e numa comedia de estudio quando a gargalhada nao aparece esta tudo perdido.

Na realizaçao temos Tyler Spindel um jovem realizador da escola Sandler que filma como a produtora quer com um humor algo fisico, com muitos jogos de camara, mas pouca ou nenhuma arte, dai que a maior parte dos realizadores basicamente nao existem quando saem da produtora.

O cast Shumer e sempre igual, e aqui repete por completo o papel de sempre. Ao seu lado temos uma serie de atores de comedia em papeis standartizados dentro das respetivas carreiras. O que surpreende é Forte um ator proximo de uma comedia de autor, que e totalmente desaproveitado num filme tão mediocre


O melhor - Pouco tempo de duração

O pior - Schumer esta claramente a perder a graça


Avaliação - D

Saturday, March 01, 2025

A Complete Unknown

 Anunciado como uma produção de estudio sobre a vida e principalmente a ascensão de Bob Dylan a curiosidade em torno do filme foi crescendo desde logo pelo facto de se ter percebido que os interpretes iriam cantar as proprias canções e depois por tentar revelar algo mais sobre um dos artistas mais enigmaticos da historia da musica. O filme foi lançado com criticas importantes o que acabou por conduzir o filme a uma carreira segura na temporada de premios, o qual foi do menos ao mais. No que diz respeito ao trajeto comercial do filme o interesse pelo Icon fez do filme o sucesso necessário para ser obviamente um dos filmes do ano.

Sobre o filme o que podemos começar por dizer e que ao contrario da maior parte dos biopics conhecidos aqui nao tentamos perceber a personagem mas sim o contexto e o que ia na cabeça nas suas musicas, e isso leva a que o filme seja quase mais um documentario musical com outros interpretes do que propriamente um filme sobre o seu autor, o qual continua mesmo apos termos visto o filme um completo desconhecido.

A riqueza do conhecimento musical esta la, a capacidade de gerar os momentos iconicos da carreira, ou melhor da primeira fase está la, mas enquanto narrativa de personagem o filme não e propriamente muito evoluido. Fica a ideia que o filme tem algum receio de arriscar naquilo que e a forma de ser de Dylan e acaba por deixar a musica fluir acabando por ser uma opção sensata, mas pouco arriscada.

O filme é bem produzido, musicalmente muito bem interpretado, o ponto mais brilhante do filme, mas fica a sensação que tinha de ter mais elementos, tinha de ter mais do que as musicas das persnagens ja que se torna mais facil ser aceite por todos gostam das musicas mais iconicas de Dylan e ai o filme joga sempre pelo seguro.

O filme fala de Dylan a chegada do mesmo a Nova Iorque e a forma como cresce dentro do ambiente sonoro do FOlk ate ao momento em que se questiona e tenta explorar outra liberdade creativa em busca do que ele quer ser mais do que os outros querem que ele seja.

O argumento do filme nao e propriamente muito trabalhado, acaba por ir a lugares comuns, da pouco da personagem central, que esconde nos tiques conhecidos do musico, e deixa serem as musicas e as letras a sua forma de transmitir. E uma opçao consistente mas mais facil que qualquer outro registo.

Mangold e um realizador de altos e baixos, que funciona quando tenta entrar no detalhe historico, que consegue fazer filmes consistentes, maduros proximos do publico, mas que depois falha quando abraça projetos de entertenimento maior. Aqui teve um dos seus pontos maiores que lhe levou a nomeaçao ao oscar, que o podera tornar num autor de filmes mais coerentes e mais distante de algumas tarefas que lhe foram sendo propostas.

Um dos pontos que tem sido melhor avaliados no filme são as interpretaçoes, muito a custa da riqueza musical. E sem duvida impressionante o que Chalamet e Barbaro fazem musicalmente embora me pareça que os melhores momentos sáo mesmo os musicais, o resto são um conjunto de tiques e pouco mais em termos de dimensão interpretativa. Mas e obvio que quando se da premios a atores que se limitaram a fazer playback quando quantam as coisas tem de ser ainda melhor avaliadas.


O melhor - A riqueza musical do filme.


O pior - Se tentarmos perceber o que o filme tem para alem da musica sobre pouco


Avaliação - B