Thursday, May 31, 2018

How to talk to Girls at Parties

John Cameron Mitchell foi uma das figuras do cinema em 2001 quando o seu Hedwing se tornou imediatamente um fenomeno critico. Muitos esperavam que o realizador ingles tivesse conseguido o seu espaço no cinema mundial, algo que nunca chegou a acontecer, pelo que o seu cinema foi sempre muito modesto. Este ano voltou as luzes e a cor do filme que lhe deu mediatismo, com este particular filme. COntudo criticamente nao foi alem de uma mediania com ligeira tendencia negativa, sendo que tambem comercialmente o filme acabou por ser um desastre quer em divulgaçao quer em resultados.
Estamos perante um filme estranho isso nao existe qualquer duvida, um filme excentrico que tenta procurar um espaço e uma linhagem filosofica que em momento algum foi facil, com todos os contornos de uma cultura punk dos anos 80. O resultado do filme mais que nao ser facil, acaba por nao ser agradavel, nunca conseguimos gostar nem da historia do filme, e muito menos de uma realizaçao estranha, demasiada colorida mas sem qualquer tipo de objetividade que nos torna saturados rapidamente daquilo que conseguimos ver.
Quando se aposta num argumento estranho, com uma ideia absurda so com muito valor metaforico a mesma consegue funcionar. Aqui rapidamente percebemos que ate temos um filme com adolescentes engraçados mas quando chegamos ao centro da questao o filme torna-se tao sem sentido que nos retira todo o interesse do que estamos a ver, ficando apenas os videoclips das sequencias musicas com muita cor e muito movimento.
Por tudo isto, este e um filme que sera sempre muito mais estranho do que outra coisa qualquer, um filme dificil, aborrecido, com uma ideia que parece saida do planeta dos personagens do filme, e que explica em muito o porque de ate ao momento Cameron Mitchel nao ter conseguido fazer a carreira que depois de Hedwing todos esperaram que acontecesse.
A historia fala de tres amigos assumidamente fas do culto punk britanico que acabam por entrar numa festa algo estranha, e que os leva a conhecer uma jovem vinda de outro planeta que tenta perceber a cultura dos humanos.
Em termos de argumento para alem de uma ideia de base diferente mas sem grande sentido, a propria execuçao do filme esta longe de ter coerencia, quer nas personagens basicas ao maximo, mas tambem num desenvolvimento narrativo, que na utlima meia hora entra mesma numa espiral destrutiva de qualquer sentido.
Mitchell é um realizador com meios, com tecnica mas o resultado neste filme não funciona, muita cor, muito trabalho, mas pouca objetividade, isto explica uma carreira muito aquem da expetativa que neste momento apenas tem visibilidade em lugares menores de festivais.
No cast eu confesso que a mais nova das Fanning tem uma intensidade que a pode tornar uma das actrizes no futuro, principalmente porque nao tem medo de arriscar, aqui temos um papel diferente, com qualidade, pena que o seu companheiro de ecra seja quase sempre mais absurdo do que funcional

O melhor - O culto punk

O pior - A ultima meia hora sem qualquer tipo de logica

Avaliação - D+

Wednesday, May 30, 2018

Thoroughbredgs

Uma das surpresas em termos de festivais menores foi este pequeno filme que focaliza a relação de duas adolescentes. Este filme que mais que tudo marca também a ultima obra do jovem ANton Yelchin, estreou apenas dois anos depois de ser produzido, mesmo depois de ter conseguido uma excelente reação critica, o filme comercialmente acabou por estrear em cinemas selecionados, conseguindo assim resultados consistentes.
SObre o filme eu confesso que não será um filme facil de "entrar" mas depois do período de entrosamente é um filme com bastante qualidade, principalmente nos dialogos que o filme consegue incutir entre as duas personagens centrais o que acaba por dar força à relação central que sustenta o filme. Mais que os dialogos também a contruçao das personagens acaba por dar essa força e dar ao filme uma singularidade que é facil de se gostar, e que causa impacto junto do publico
Tambem em termos esteticos penso que é um filme bem realizado, com sequencias cujas opções funcionam em pleno, como a sequencia final, acaba também por permitir que o filme se eleve para patamares mais elevados, algo que tambem acaba por ser potenciado pelas excelentes interpretaçoes dos seus interpretes que dao ao filme um estilo atipico mas totalmente funcional para os propositos do filme.
Assim, este pequeno filme e uma das boas surpresas do cinema indie deste ano, não sendo em termos de historia um filme de alcance longo, é um filme que nos surpreende quer nas persoangens quer no desenvolvimento narrativo, constituido por boas personagens demonstram que este e o primeiro ponto para fazer qualquer filme funcionar.
A historia fala de um duas jovens amigas, totalmente diferentes que acabam por se encontrar em hora marcada aparentemente para ajudar no ajustamento de uma delas. Uma relação mecanica que aos poucos vai preenchendo as necessidades uma da outra, ate um plano fatal.
E no argumento que o filme começa a ganhar valor, boas personagens, bem escritas e acima de tudo com dialogos que as conduzem para niveis elevados, acabam por dar ao filme uma intriga que até é obvia mas o caminho surpreende.
No que diz respeito a realizaçao, esta obra de estreia de Cory Finley parece-me muito bem realizada, sem grandes meios, da o protagonismo as interpretes sem nunca descuidar o nivel estetico do filme, no final, e na sequencias final tira o coelho da cartola com o melhor momento do filme.
Tambem no cast o filme funciona se por um lado Joy tem uma fisionimia que por si so intriga, utilizando-a ao longo do filme, a surpresa e Cooke, mais proxima de filmes de familia, tem aqui uma interpretaçao brilhante numa personagem tambem ela bem escrita. Parece-me dos papeis que diferencia uma actriz para altos voos de uma comercial. Yelchin tem aqui um bom filme para marcar uma carreira que merecia pelo menos mais tempo. Paul Sparks merece tambem um sublinhado pela sua interpretação

O melhor - As interpretações


O pior - Não é um filme facil de "entrar" na fase inicial

Avaliação - B

Strangers: Prey at Night

Dez anos depois de um pequeno filme de terror ter conseguido alguma dimensão surgiu a sua sequela, ou algo parecido com isso, ou seja uma repetiçao do conceito, num estilo de terror grotesco. Os resultados criticos foram semelhantes ao primeiro filme, uma mediania na recepção com um sublinhado ligeiro negativo, por sua vez comercialmente os resultados foram bem mais limitados, o que de alguma forma acabou por frustar as reais intençoes do filme.
Sobre a historia temos muito pouco de diferente relativamente ao primeiro filme, temos uma serie de personagens num contexto aterrador de uma colonia de ferias deserta, e temos tres psicopatas que simplesmente desejam matar tudo e todos ao som da musica. O filme nao tenta ser mais que as suas sequencias ja que nada explica relativamente a qualquer motivo das personagens nem tao pouco se preocupa muito em nos dar mais sobre as vitimas.
Por tudo isto eu confesso que estes filmes redutores sao fáceis, e ficam muito dependentes do contexto dos mesmos, o que acho que neste caso a falta de pessoas acaba por ajudar, e da forma de realizar, onde o filme aqui me parece bem mais limitado sem qualquer risco ou inovação na abordagem para alem de umas mascaras.
Mas o problema do filme e o sentido, penso que o terror psicologico seria bem mais intenso se os filmes nao tornasses os viloes em objetos sobrenaturais na capacidade de sobreviver. Tudo é exagerado na parte final e pensamos que tudo poderia ser bem mais logico nao perdendo a assinatura de simplicidade do filme que nao quer dar grandes explicaçoes. Mesmo em termos de terror esta longe das sequencias mais assustadores do genero.
A historia fala de uma familia que embarca para umas ferias numa colonia em epoca baixa, e que quando chega se ve deparada com tres psicopatas apostados em desitritifar por completo aquele espaço, iniciando uma luta pela sobrevivencia.
Em termos de argumento muito pouco, alias mesmo nada para alem da ideia de base, de resto sequencias de gato e rato e alguma agressividade numa historia que poderia ser escrita por um menor da escola primaria.
Na realização ROberts assume o cargo desempenhado por Bertino no primeiro filme, com pouco risco ou nenhuma inovação, limita-se a filmar raramente utilizando a camara como auxiliar do terror. Um realizador do genero mas que precisa de um filme referencia para outros voos.
No cast muito pouco, um elenco curto, onde basicamente se testa a capacidade fisica e pouco mais. E daqueles filmes onde os actores podem estar em piloto automatico.

O melhor  - Não ter espiritos malignos.

O pior - Ser tudo demasiado basico

Avaliação - C-

Tuesday, May 29, 2018

Lean On Pete

A ligação entre humanos e animais já foi por diversas vezes testada nos mais diferentes géneros do cinema, ora em filmes mais juvenis e de massas, mas também por vezes em filmes mais independentes. Neste caso temos um pequeno filme que foi lançado no ultimo festival de veneza e chamou alguma atenção, obtendo criticas de primeira linha que contudo foram insuficientes para lançar o filme na temporada dos premios. Estreado já em 2018 comercialmente o filme ultrapassou a barreira do milhao no mercado interno, algo que para um filme com pouca distribuição já se pode considerar satisfatorio.
SObre o filme Lean on Pete, mais que um filme sobre a ligação homem animal, é um filme sobre uma personagem concreta, com muito pouco que valorar na sua vida e que se liga ao animal, como se poderia ligar a outra coisa qualquer. Nisso o filme é inteligente na forma como centra tudo numa unica personagem que acaba por entrar do primeiro ao ultimo minuto, porque o filme é sobre ele. Na personagem temos tudo, a inocência a força a rebeldia, tudo que são as guias condutoras de um filme que muitas vezes deixa-se adormecer, mas que é quase sempre um filme emotivo.
Claro que é facil tambem perceber que o filme tem alguma falta de ritmo, principalmente na forma como em termos de road trip as sequencias não são particularmente movimentadas com algumas ressalvas. Fica a ideia que necessitavamos de algo mais principalmente nas dinamicas relacionais concretas que se vão criando. O filme nem sempre é equilibrado na gestão de episodios e isso faz com que em termos de ritmo o filme baloice ao longe da sua duração.
Por tudo isto Lean on Pete mesmo sendo um filme competente e com algumas valencias de primeiro nivel, da a sensação que deveria ter ido mais longe, deveria ser um filme com mais garra e menos adormecido. Isto porque na sua genese tem uma personagem que acaba tambem ela por ser na maior parte do tempo, uma pessoa também ela adormecida.
A historia fala de um jovem que reside com o pai, sem grande supervisao e sem qualquer objetivo de vida, que acaba por aceitar auxiliar um falido dono de cavalos de corrida, criando a ligação com um dos animais.
Em termos de argumento parece-me um filme mais emotivo do que racional, principalmente na gestão das sequencias. Tem impacto principalmente a este nivel, embora me parece que a gestão de ritmos atraves dos dialogos nem sempre seja a melhor.
Andrew Haigh é um realizador que deu-se a conhecer ao mundo com 45 years, que valeu a nomeaçao a Charlote Rapling, aqui tem uma realizaçao simples, emotiva e com estetica simples, funciona naquilo que sao os objetivos de um filme modesto, num realizador que me parece conseguir dar emoçao ao filme.
No cast temos o melhor do filme o jovem Plummer dá-nos uma das melhores interpretaçoes jovens dos ultimos anos, intensa, emotiva, com plena concretizaçao de cada sequencia, parece-nos estarem reunidas as condiçoes para o nascimento de um actor de primeira linha, com este a ser o seu papei de montra. Nao existe espaço para muito mais porque o ecra neste filme é todo dele.

O melhor - Plummer

O pior - Os ritmos demasiado desiquilibrados do filme

Avaliação - C+

Monday, May 28, 2018

Death Wish

Eli Roth há diversos anos que é mancionado como o discipulo mais fiel de Tarantino, pese embora até ao momento nunca tenha conseguido na sua obra nos dar um filme que marque essa sucessão, colecionando filmes medianamente aceites com autenticos desastres a todos os niveis. Este ano surgiu a sua nova obra, um filme de ação tradicional de vingança com Bruce Willis. Novamente em termos criticos Roth foi um desastre com avaliações essencialmente negativas. Comercialmente ao contrario da maioria dos seus filmes conseguiu alguma distribuição e conseguiu resultados de bilheteira mais visiveis ainda assim muito longe de ser uma sucesso.
Sobre o filme, durante os anos 80 e recentemente com Liam Neeson, foi muito comum filmes de ação simplistas de vingança pela morte de alguem, pois bem este filme encaixa perfeitamente neste genero, sem nem mais nem menos a colocar. Pelo lado positivo temos essa homenagem tradicionalista a um cinema que atualmente não é muito utilizado, mas pelo lado negativo temos a forma cinzenta como tudo é feito, nunca tendo excentricidade na abordagem, sequencias de ação de primeira linha, tornando-se num filme de ação sem sabor, e mais que isso sem força para se fazer vincar em qualquer sentido.
Alias a historia é do mais repetido que me recordo, parece sempre que o filme quer revolcionar a sua historia com alguns suspense ou intrigas paralelas, algo que acaba por nunca acontecer, sendo tudo linear, e onde apenas do final alguma violencia grafica acaba por dar alguns elementos diferenciadores a obra de Roth, que é quase sempre demasiado vulgar para ser aperciada.
Ou seja este era um filme que não tem os erros de abordagem que normalmente filmes como este tem, e que por isso vao diretamente para serie B, mas por outro lado nem em termos de intriga e muito menos em termos esteticos consegue dar a si algum sublinhado em particular, sendo um cinzento filme de açao que nos esquecemos uma semana depois de o vermos.
A historia fala de um medico, que ganha a vida a salvar vidas, que contudo apos a morte da sua esposa vai tentar fazer justiça numa cidade cada vez mais violenta.
Em termos de argumento muito pouco, uma intriga objetiva mas simplista ao maximo, pouco de personagens, pouco de dialogos, e mesmo algum humor que um filme mais negro poderia ter, o filme nunca o utiliza. Tudo demasiado previsivel nao aproveitando espaço para twists que poderia dar mais impacto ao filme.
Roth continua sem convencer como realizador, apos passar por diversos generos mais noir, tem aqui um filme mais generalista a quem nao consegue dar qualquer tipo de assinatura, o que para alguem que relacionaram com Tarantino e muito mas mesmo muito pouco.
No cast Willis tenta recuperar o carisma de outros tempos, sem a chama e o carisma que ja teve. A personagem e demasiado apagada para funcionar, mas ele nao consegue ser uma mais valia a um filme, que apenas parece ganhar alguma cor com a presença de um Onofrio em piloto automatico descontraido.

O melhor - Alguma presença da açao dos anos 80

O pior - O filme ter espaço para mais em termos de argumento e seguir sempre pelo caminho facil

Avaliação - C-

Friday, May 25, 2018

The Escape

Este pequeno filme sobre uma tematica concreta sobre donas de casa e a forma como a vida fica circunscrita a esse mesmo ponto é um pequeno filme britanico que apenas em 2018 viu a luz do dia nos cinemas americanos com muito pouco visbilidade pese embora tenha sido um filme com excelentes criticas o que estranha o facto de nao ter participado principalmente em pequenos festivais de especialidade.
Sobre o filme eu confesso que o tema é inquietante a forma como uma mae de familia eixa de existir absorvida pelas suas tarefas em casa e na forma com que tudo se torna automatico aniquilando a sua existencia. E se esta muitas vezes realidade por si só é inquietante a forma como o filme nos dá a historia ainda torna tudo mais perturbados, principalmente na forma como o conflito da personagem e filmado a cada expressao de desconforto a cada momento, tornado algo como a familia um pesadelo na forma de ver da personagem e esta visao acaba por ser muito bem fornecida ao espetador.
Claro que o filme tem aspetos que moralmente condicionam muito o filme, principalmente na pouca definiçao da relaçao entre a personagem central e os filhos, que me parece demasiado longinqua pelo menos da realidade usual, o que de alguma forma acaba por colocar de lado alguma atualidade e pertinencia do tema, levando-o a um extremo principalmente na personagem.
POr tudo isto mesmo sendo um filme intenso, sobre algo que deve merecer reflexao parece-me que cai no exagero e no extremismo, passando rapidamente do tudo ou nada, tambem no facto do filme ja entrar numa fase de rotura deixa de lado um ponto que poderia ser importante como perceber realmente o que conduz as personagens aquele ponto.
A historia fala de uma mae de familia completamente agastada e sem reaçao perante as suas rotinas que tenta encontrar algo na vida que lhe de alento e alguma felicidade mesmo que isso coloque em questao a estabilidade da sua familia.
Em termos de argumento nao se trata de um filme com personagens de ponta, ou grandes dialogos, alias utiliza muitas vezes o silencio com forma de expressao e faz com sabedoria. O facto de entrarmos no filme com um comboio a meio nao me parece a melhor opçao para nenhum filme.,
A realizaçao do filme esta a cargo Dominic Savage um realizador britanico ja veterano mas com uma filmiografia quase desconhecida. O filme é intensdo pela escolha de aproximar muitas vezes a camara da expressao facial da personagem central. Nao sendo uma obra prima e um filme funcional.
No cast temos dois excelentes papeis de dois actores britanicos muito ligados a cinema de consumo rapido. Arteton é intensa, da a personagem tudo o que o filme quer que ela dê, principalmente no lado desligado. Cooper e o extremo oposto, a bomba relogio que balança bem, em dois dos melhores papeis de ambos.

O melhor - A intensidade e o peso que o filme consegue transmitir ao espetador.

O pior - No fim falta a componente moral assinalavel

Avaliação - B-

A Quiet Place

No ultimo par de anos, através de realizadores de uma nova vaga o cinema de terror tem encontrado titulos carismaticos que ao mesmo tempo tem conquistado não so o grande publico como também a critica. Depois de o ano passado Get Out ser uma das revelações do ano, este A Quiet Place tem sido um  dos filmes melhores avaliados por todos os especialistas e talvez por isso também comercialmente se tornou num dos fenomenos comerciais ate ao momento.
Sobre o filme é obvio que a ideia central do filme é completamente original e funciona muito bem no filme em termos de terror, o terror emocional de todas as persoangens em não ter qualquer tipo de ruido ja que tal podera causar a sua morte, é muito bem potenciado não so nas sequencias escolhidas pelo filme, mas acima de tudo pela densidade psicologica que oferece a cada momento do filme.
PEse embora este facto tal unanimidade e excitaçao do filme parece-me algo exagerada, principalmente porque em termos narrativos é um filme completamente simplista, onde temos uns animais a matar que faz barulho, e uma luta de principio a fim pela sobrevivencia de uma familia. Aqui apenas o remorso por uma morte passada acaba por dar algum elemento diferenciado ao filme, já que no resto temos um argumento totalmente simplista e com um final demasiado aberto.
Mesmo assim é obviamente um filme diferente, que principalmente em termos de terror funciona em pleno, uma ideia original e mais que isso a sua capacidade do filme conseguir ter um impacto claro no espetador, onde tambem a criaçao de um monstro particular ajuda o filme a criar esse impacto em toda a linha.
A historia fala de um familia que tenta sobreviver num mundo apocalitico, onde quem fizer ruido acaba por ser totalmente desfeito por umas criaturas. Sendo o filme uma luta continua pela vida.
Em termos de argumento o filme tem muito pouco para alem da ideia de base, original e funcional. nao tem na sua essencia quer personagens quer dialogos, sendo objetivo neste ponto, num filme que funciona particularmente pela sua ideia central.
Krasinski é conhecido como actor de comedias, mas tem aqui um trabalho interessante, principalmente na forma como consegue fazer escalar a intensidade psicologica do filme. Num realizador que ate ao momento na realização era um desconhecido, um trabalho que o colocara na primira linha de hollywood.
No cast como a maior parte dos filmes de terror temos um filme exigente fisicamente. Blunt tem um papel de primeira linha, um dos melhores do ano ate ao momento, principalmente na entrega fisica e caracteristicas dramaticas. Krasinski como ator nao me convence tanto pese embora seja dos seus melhores papeis.

O melhor - A densidade psicologica e o terror que o filme consegue ter.

O pior - Argumento basico

Avaliação - B-

Backstabbing for Begginers

Escandalos politicos reais, são usualmente escolhas de produções de primeiro nivel com objetivos ambiciosos, dai que foi com algum espanto que percebemos que um pequeno estudio iria adaptar um dos maiores escandalos dentro das Nações Unidas. Este espanto acabou por resultar em resignação quando as avaliações demonstraram a mediania do filme e mais que isso acabou por lançar o filme para um visibilidade quase inexistente estreando em quase nenhum cinema nos EUA, e por isso com resultados comerciais inexistentes.
O que acontece normalmente quando estudios pequenos e com poucos meios tentam adaptar historias grandes e que os filmes não adquirem a profundidade ou conseguem ir ao centro do tema que abordam. E neste filme essa dificuldade e gritante, pese embora a conjugaçao continua entre imagens filmadas e reais , certo é que na sua essencia aqui temos um filme de ação e espionagem serie B com pouca intensidade demasiado emaranhado entre personagens que nunca consegue ser um filme politico muito menos um filme maduro sobre o mesmo.
A ambiçao deve ser sempre valorizada e nisso o filme tem o seu merito o problema e que não existe arte para ir mais alem do que uma historia de domingo a tarde, com algum misterio relativamente a forma como as intençoes da persnagens jogam entre si, mas com uma dificuldade clara e saliente de conseguir manter o impacto da trama e o suspense narrativo ate ao final, perdendo gas ao longo da sua duração.
Tambem em termos da personagem central, principalmente no seu contexto o filme cai em alguns cliches de filmes simpaticos de matine, o que acaba por tirar ao filme o impacto real que realmente poderia e deveria ter um filme sobre tal tematica.
A historia fala de um jovem diplomata que no seu primeiro trabalho nas Nações Unidas embarca para o Iraque de forma a fazer um inventario sobre um programa humanitario, o qual vai perceber que mais não é um esquema preparado para enriquecimento ilicito.
Em termos de argumento para alem da base realista do filme, temos um filme simples de açao de personagens lineares, algo emaranhado no desenvolvimento narrativo, e que não consegue quase nunca alimentar uma intriga que tinha espaço para valer mais no filme.
A realizaçao a cargo de Per FLy um realizador dinamarques de um cinema de segunda que tem aqui um trabalho pequeno, pese embora a boa conjugação da ficção com a realidade nunca consegur ir muito para alem disto, e o filme raramente consegue ter uma assinatura propria.
No cast a escolha de Theo James condiciona em muito o valor que a personagem poderia ter. Ate ao momento James pouco mais do que um heroi simples de açao consegue ser, ainda não tendo demonstrado outro tipo de caractristicas ou versatilidade que o possam levar para encabeçar filmes de primeira linha. Kingsley« por sua vez é sempre competente nos diversos papeis, independentemente do grau de dificuldade que neste caso era diminuido

O melhor - O filme tem ambiçao

O pior - Mas torna-se num pequeno filme de açao

Avaliação - C-

Tuesday, May 22, 2018

The Cured

O Reino Unido foi um dos paises que melhor conseguiu com o seu cinema dar a rampa de lançamento para os ZOmbies e mais que isso para a loucura do cinema e televisao por este fenomeno, principalmente depois do sucesso de 28 dias depois. Alguns anos mais tarde mais uma produçao das ilhas britanicas apostou nesta tematica com este pequeno filme que criticamente ficou pela mediania, sendo uma total nulidade em termos comerciais em face da dificuldade dos grandes publicos aceitarem filmes sobre este tema com poucos efeitos ou caracterização.
A primeira parte e a abordagem de The Cured ao assunto é diferenciadora e competente, a forma como tenta trazer para o filme o remorsso por uma condição não escolhida mas de impacto inultrapassavel é bem trabalhada no filme principalmente na formulação do seu personagem principal. Alias inicialmente e na envolvencia quase politica que o filme quer dar sobre o assunto, temos alguma originalidade, pese embora um ritmo algo lento que o filme adopta.
Contudo no final o filme não consegue permanecer com o seu conceito e acaba no tipico filme de sobrevivencia de zombies com sequencias de ação de violência, que o torna num modesto filme de zombies iguais a tanto outros, dando a sensação que desaproveita o trabalho meritorio inicial para cair no facilitismo da ação simples.
Ou seja parece que um filme que poderia ser uma abordagem diferenciadora e eficaz sobre um tema em concreto com componentes algo metaforicas no fim se deixa cair naquilo que todos esperam dos filmes de zombies, contudo como os meios são menores o impacto da ação e das sequencias tambem acabam por o ser, e o filme sai danificado dessa escolha.
A historia segue um jovem que depois de se ter tornado zombie por infeçao acaba por recuperar, contudo numa sociedade que coloca de lado as pessoas que padeceram dessa condiçao o mesmo tenta sobreviver à revolta dos iguais a si.
Em termos de argumento a abordagem inicial do filme é interessante, olhando com uma prespetiva diferente e mais que isso bem agilizada sobre o fenomeno. Parece contudo e que as personagens sao insuficientes para aguentar um filme tao racional e acaba por cair no obvio.
Na realização David Freyne é um desconhecido realizador que sem grandes meios não conseguiu dar ao filme o impacto visual que usualmente os filmes de zombies poderão ter. Mesmo assim opta por planos escuros, mas que não são suficientes para dar ao filme qualquer linhagem significativa.
Em termos de cast o filme não é de primeira linha, Page e Keeley estão em piloto automatico em papeis simples, sendo que o maior destaque vai para Vaughan Lawor com um papel intenso, fisico que acaba por captar a maior atenção das suas cenas.

O melhor - A abordagem inicial

O pior - O filme no fim ser mais um igual a tantos outros de zombies

Avaliação - C

Sunday, May 20, 2018

True Crimes

Em 2016 no momento em que este filme foi produzido as primeiras previsoes acabaram por o considerar como um possivel candidato aos oscares, principalmente pela reformulaçao de estilo de Jim Carey. Contudo apos os primeiros visionamentos e as avaliações muito negativas destruiram por completo as ambiçoes do filme que apenas estreou no mercado americano dois anos depois, sem qualquer visibilidade e que rotundou em um floop comercial total, e que demonstra bem o declinio que se tornou a carreira de Carey.
Sobre o filme temos desde logo um filme pelo estilo, e acima de tudo pelo ritmo pausado um filme muito mais proximo da tradicao cinematografica de leste do que qualquer influencia de Hollywood, num filme onde a fotografia claramente escura e o que mais salta a vista, rapidamente percebemos que o filme tem uma ideia de policia mas nunca a consegue traduzir num argumento nao conseguindo em momento algum ter ritmo ou impacto naquilo que nos mostra.
Na falta de concretizaçao de um argumento o filme tenta dar um estilo negro, primitivo e cru, mas mesmo ai o filme parece sempre algo desligado, desde a forma de filmas dialogos extremamente estranha como o seu final, que apesar de previsivel acaba por ser o unico marco diferenciador, de um filme aborrecido, realizado de uma forma estranho e que da sempre a sensaçao que todos no filme estao em grande sacrificio.
E normal alguns actores que ja tiveram no topo de hollywood quando perdem esse carisma tentem algo diferente, neste caso Carey arriscou mas o filme nunca teve a qualidade para o conduzir para altos voos, porque e um filme mau, e acima de tudo um filme que nunca consegue ter ponta de interesse para que o o observa.
A historia fala de um policia que obcecado por um caso que nao conseguiu resolver, decide anos depois voltar a investigar o mesmo, levando o a resultados completamente surpreendentes.
Em termos de argumento temos uma ideia igual a tantas outras de filme policial mas que nunca resulta num argumento, principalmente porque o filme escolhe se despir de personagens e dialogos e assim nao existe filme algum que resista a tais opçoes de argumento.
Na realizaçao Avranas e um realizador grego totalmente desconhecido do grande publico que tem o maior foco de atençao por ter optado por Carey para um papel tao cinzento. O filme ate tem uma boa fotografia mas tem opções de realizaçao que nunca ninguem vai conseguir entender.
No cast Carey na sua versao mais seria e dramatica, algo que no passado ja demonstrou resultar, mas neste caso tudo nao funciona, quando entramos dentro de uma espiral de desastre dificilmente se consegue sair dela e este filme demonstra bem isso para o ator canadiano.

O melhor - A fotografia

O pior - A forma como parece que nada funciona no filme

Avaliação - D+

Friday, May 18, 2018

The Leisure Seeker

QUando sairam os nomeados para os Globos de Ouro 2017 existiu uma nomeaçao completamente surpreendente, a de Hellen Mirren neste filme, que ate aquele momento era completamente desconhecido. Tudo ficou ainda mais surpreendido quando as avaliaçoes criticas do filme estavam longe de grandes sucessos.Talvez potenciado por este mesmo facto o filme acabou por ter um valor comercial interessante tendo em conta os seus pressupostos iniciais.
SObre o filme confesso que a historia em si e interessante, uma historia de amor na terceira idade, com os problemas de saude inerente a fase final da vida, e a forma como o filme consegue utilizar as adversidades para nos dar um filme simples, leve com algum humor, e mais que isso um filme que aproveita as fragilidades das duas personagens para potenciar a sua união, e nisso o filme é bastante competente.
Claro c que o filme aproveita em demasia a questao da memoria de uma das personagens para se tornar muito distinto da realidade e para se tornar em muitos momentos uma comedia algo simplista de sequencias curtas, perdendo a essencia emocional que recupera nos dialogos finais, e na forma como demonstra bem que as personagens so funcionam juntas.
Ou seja um filme mais emotivo do que racional, um filme que aborda o teor da road trip amorosa, que funciona nos seus objetisos simples, que nao sendo um filme de topo, acaba por ser um filme interessante, bem representado quer individualmente quer em grupo, e que de alguma forma da o sublinhado interessante ao amor de um casal ao longo do tempo.
A historia fala de um casal que embarca numa road trip final, no momento em que um dos elementos começa a sofrer bastante com Alzheimer e outro com um cancro terminal, numa viagem que acaba por colocar em causa muito do relacionamento passado.,
Em termos de argumento e muito interessante o teor que o filme consegue dotar os seus dialogos, no balanço entre o peso sentimental da situaçao das personagens e o humor simples e suave utilizado. Da ao filme um toada positiva que funciona bem.
No que diz respeito ao realizador italiano Paulo Virzi, parece-me simples, emotiva, mais proxima dos filmes romanticos europeus, que aproveita a simplicidade do momento para fazer um filme simples mas romantico. Parece-me um realizador simplista mais funcional.
Em termos de cast Mirren esta ao seu melhor nivel, e leva o filme com a sua personagem na montanha russa emocional que o filme quer. AO seu lado um Sutherland em boa forma nesta fase final de carreira, que funcionam bem individualmente ou em conjunto.

O melhor - O tom que o filme encontra

O pior - POr vezes exagera na utilizaçao dos lapsos de memoria de um dos personagens

Avaliação - C+

Nostalgia

Existem pequenos filmes sobre historias paralelas que são lançados de uma forma silenciosa com a tentativa de chamar atenção da critica. Este pequeno filme teve o problema de ser submetido a uma indiferença avaliativa que nao lhe permitiu altos voos, acabando por estrear de uma forma quase incognita nos cinemas com resultados completamente residuais sendo que apenas os mais atentos tiveram conhecimento do seu lançamento.
SObre o filme ate posso admitir que tem um ponto de partida nao so interessante como forte em termos de potencial emotivo, um filme sobre objetos que marcam vidas e o seu valor patrimonial num filme que funciona em cadeia de personagens com estilos e acima de tudo com segmentos diferentes. Mas estes filmes dependem em muito da força de cada historia mas mais que isso da força da ligaçao e o filme nunca consegue tem impacto em nenhum destes pontos.
E o grande problema acaba por ser o seu ritmo pausado na forma como este nunca consegue criar impacto em nenhum dos seus personagens ou historias, passa por uns momentos melhor que outros mas parece adormecer de uma forma continua tornando-se mesmo algo chato ao longo da sua duraçao, para um filme que queria pelo menos ter um valor simbolico em termos emocionais.
Isto acontece muitas vezes em hollywood a capacidade de difrenciar um filme de primeira linha dos outros e a capacidade de em filmes mais exigentes funcionarem na plenitude, algo que este nunca consegue. Fica sempre a sensaçao que o filme precisava de mais nervo e coraçao para ter o impacto desejado.
O filme fala de diversas pessoas que se vao ligando pelas memorias de familiares passados em diferentes momentos do luto ou das vivencias, com profissoes onde esse recordar acaba por ser constante.
Em termos de argumento penso que a ideia de base, ou a base moral do filme e bem melhor do que a sua execuçao, ja que o filme nunca consegue fazer sublinhar os seus dialogos os seus personagens e os seus acontecimentos.
Mark Pellington e o realizador deste filme, alguem experiente atras da camaras mas a muito tempo fora do seu melhor nivel que tem um trabalho simplista, de personagens num clima intimo que nao servira de muito do explorar da sua carreira atual.
No cast o filme tem boas interpretaçoes em segmentos pequenos, quer Busrtyn quer Keener tem impacto emocional, e demonstram as boas atrizes que sao, no melhor segmento do filme que poderia ser mais potenciado com mais força do argumento.

O melhor - ALguns elementos do cast.

O pior - O filme adormecer-se a si proprio

Avaliação - C-

Ready Player One

Steven Spilberg nos ultimos anos tem variado entre cinema de autor, com filmes mais pensados para grande publico com avanços tecnologicos principalmente no terreno de animação. Este ano surgiu o peculiar Ready Player One sobre o mundo dos videojogos num futuro longinquo. Em termos criticos pese embora os resultados competentes esteve longe da unanimidade que outros filmes do realizador foram conseguindo ao longo das decadas. Comercialmente podemos dizer que o filme foi mais competente com resultados interessantes principalmente tendo em conta que se trata de um filme de base.
Ready Player One e na sua essencia um filme de animação de aventura, com objetivos muito definidos e que acenta em principios tecnologicos muito interessantes como o mundo online e os avatares, e nisso e na curiosidade que isso acaba por trazer o filme funciona bastante bem, sempre conjugada com a questão revivalista que o filme tambem consegue ter na forma como faz homenagem aos anos 80.
Por tudo isto parece-me que Ready Player One sendo um filme de aventuras juvenis tem os ingredientes necessarios para um entertenimento interessante, pese embora por vezes a sua longa duração acabem por tornar as sequencias de ação algo repetitivas e o filme algo moroso, mas isso nunca acaba por tirar ao filme os seus valores e mais que isso os seus pontos primordiais.
Muitos poderao dizer que este filme esta longe dos melhores filmes juvenis de Spilberg, mesmo sendo verdade é importante sublinhar que Spliberg deu-nos ao longo dos anos alguns dos melhores filmes do estilo e o facto deste ser ligeiramente menos nao o coloca nunca no lado negro da balança.
A historia fala de um jovem vidrado num jogo que mais nao e do que uma realidade alternativa que tem como premio deter esse mesmo jogo quem conseguir encontrar três chaves. Para conseguir esse objetivo acaba por se aliar a alguns companheiros de aventura.
Em termos de base podemos dizer que temos uma historia de aventuras igual a muitas outras. Contudo nos detalhes o filme tem alguns pontos muito interessantes quer em termos de curiosidade quer em termos de originalidade de algumas abordagens.
Spilberg sabe como poucos utilizar os meios a seu favor, em termos de animaçao o filme e de primeira linha e conjuga bem isto com o lado real. Tecnicamente irreprensivel e uma das etiquetas Spliberg e este filme consegue manter esse padrão.
No cast o filme e algo ingrato para os seus interpretes porque os pontos mais dificeis sao em animaçao. Mesmo assim os jovens Sheridan e Cooke sao boas escolhas para papeis simples para ambos.

O melhor - Os detalhes culturais do filme

O pior - -A duraçao

Avaliação - B-

Friday, May 11, 2018

Game Night

As comedias de estudio são dos objetos mais arriscados que existem em Hollywood, principalmente porque a expetativa e exigencia sao altas dai que muitas vezes os filmes acabem por se tornar em floops a todos os niveis. Estreada no inicio do ano este Game Night surpreendeu por ter conseguido convencer a maioria dos criticos ainda que moderadamente e isso acabou por levar a que o filme tivesse resultados normativos de bilheteira, mesmo assim longo daquilo que as comedias de verao conseguem fazer.
Sobe o filme eu confesso que usualmente este tipo de comedia caem facilmente no mesmo estilo de humor e cliche da sexualizaçao abusiva ou de um humor acima de tudo fisico. Pois bem a surpresa deste filme e que o humor utilizado e distinto, tem um estilo absurdo proprio e resulta, e numa comedia tudo começa bem quando o humor funciona e o filme acaba por ter sequencias engraçadas num humor tipico.
Outro dos pontos que pelo menos a nivel de entertenimento funciona e o misterio, ainda que moderado e de uma forma menos eficaz que o humor, os twist e contra twist sem sempre sao logicos mas faz-nos questionar aquilo que vai acontecer de seguida e a indefinição e um ingrediente interessante num filme de entertenimento simples, que nao tenta em momento algum ser mais que isso, ou seja noventa minutos de cinema rapido para a gargalhada simples.
Por tudo isto e nao sendo nunca uma comedia de autor, ou mesmo um filme absolutamente diferenciado, e uma comedia engraçada, com bons momentos de humor, que funciona com interpretaçoes secundarias fortes, mas que obviamente nao significa mais que uma tentativa de rentabilizar o humor.
A historia fala de um casal doido por jogos que se reune com amigos para ter numa noite de jogo, que contudo se vai tornar num policial que coloca em causa a sobrevivencia de todos os envolvidos.
Em termos de argumento podemos dizer facilmente que a ideia de base e algo absurda, o desenvolvimento narrativo simples, mas o filme funciona no estilo de humor, muito expressado verbalmente e que funciona sem grandes malabarismos, e quando isso acontece numa comedia e o primeiro passo para o sucesso.
A dupla de realizadores deste filme relacionada com a comedia de estudio tem uma realização familiar simples, sem grandes truques dando primazia as interpretaçoes. Nao e com este filme que se faz carreiras alimenta-se apenas.
No cast Bateman e McAdams nos registos comuns, principalmente no primeiro, deixam o brilho para os secundarios. Desde logo Plemons absolutamente brilhante, sinistro, que demonstra bem a versatilidade do ator, e um Magnunssen que beneficia de uma personagem extremamente bem escrita

O melhor - A personagem Ryan

O pior - A ideia de base do filme e demasiado absurda

Avaliação - B-

Friday, May 04, 2018

Black Panther

A Marvel nos ultimos anos em cojugação com a Disney tornou-se numa maquina de fazer dinheiro, ultrapassando filme apos filmes os valores dos seus antecessores. Poucos esperariam contudo que o filme isolado de um dos seus herois menores como Black Panther se tornasse no seu maior exito de bilheteira, numa conjugação de filme de herois e o poder afro americano que acabou por ser impulsionado por uma valorizaçao critica significativa.
Mas é assim Black Panther um fora de serie, a resposta é obviamente não. É um filme com um significado muito especial, pela forma como temos um super heroi de um continente como o africano, temos um elenco e uma produçao quase so afro americana, mas na essencia fora estes pontos temos a eficacia Disney Marvel na forma de fazer entetenimento mas pouco mais, ou seja, o filme nao consegue ter o impacto narrativo que por exemplo Civil War conseguiu ter, e mais que isso em termos tecnicos e mais do mesmo.
E obvio que por outro lado temos novos elementos que fazem do filme iconico, como as tradiçoes culturais afrianas, algum humor que acaba por desaparecer ao longo do filme, uma historia em que os bons e maus se tocam e são explicados, num filme longo como todos tem sido da Marvel, que da algum carisma a personagem mas incapazes de justificar a histeria criada em torno deste filme.
A marvel sabe fazer funcionar numa estrategia completa que vai desde a musica até aos fatos, na forma como os diferentes personagens secundarios tem os objetivos bem definidos na estrategia do filme, dai a levar o filme para outras dimensoes ja me parece exagerado. Nao e dos melhores filmes de super herois, e muitos menos dos melhores filmes dos ultimos tempos.
O filme segue o Pantera Negra no regresso a sua casa, mais concretamente ao pais disfarçado Wakanda, contudo ai vai perceber que a origem do seu trono pode não ser a mais clara quando tera alguem como forte opositor.
Em termos de argumento temos muito pouco de novidade no epicentro da narrativa, ou seja algum vetor politico nem sempre presente mas os contornos normais de uma historia de super herois. Em termos humoristicos os personagens com este papel funciona bem, o restante é feito pelo livro.
Surpreendeu muita gente que Coogler aceita-se este filme depois do sucesso de Creed. O resultado e interessante principalmente na forma como consegue recriar a cultura afro americana quer tradicional quer nos dias de hoje. Nao e propriamente um filme de autor, mas isso nenhum da Disney alguma vez o podera ser.
No cast, penso que Boseman tem tudo para o papel de Black Panther, tem carisma tem o lado cool que o personagem necessite, pese embora seja num papel facil, Em termos de viloes, penso que o filme coloca demasiado cedo de parte Serkis, ele que segurava o lado humoristico e diferenciado do filme ate entao. Jordan esteve longe de me convencer no seu lado negro.

O melhor - A forma como consegue ir buscar muitas coisas culturais num filme de super herois

O pior - Depois da loucura mediatica todos pensavamos que seria algo de excepcional, o que não é

Avaliação - C+

Wednesday, May 02, 2018

15:17 to Paris

Clint Eastwood e um dos realizadores mais veteranos e mais galardoados que existe no cinema. Nestes ultimos momentos tem dedicado a sua carreira em homenagens de guerra muito relacionado com as suas convicções patrioticas. Este filme tem a curiosidade do filme ser interpretado pelas proprias personagens e a sua forma de contar a historia. Ao contrário da maioria dos filmes de Eastwood este teve longe de convencer a critica com avaliações essencialmente negativas. Em termos de bilheteira para um filme sem figuras conhecidas o resultado ate foi consistente sendo um filme sem grandes objetivos nesta materia.
Sobre o filme eu confesso que de Eastwood espera-se sempre alguma eficacia na sua forma de nos dar uma historia, pois bem neste caso isso não acontece, um filme curto, com demasiados atalhos, onde rapidamente abandona o passado sem o explicar por completo, para se dedicar ao que realmente nos trouxe ao filme, ou seja o ato de heroismo dos tres amigos, mas aqui o filme torna-se confuso, ora optava por uma descriçao da cena, ora tentava fazer um filme de personagens assim deu-nos apenas uma valente confusao.
Alias no proprio filme percebemos que nao existia um plano central, ora estamos a falar nas conquistas dos personagens ao longo do tempo, ora estamos numa viagem de amigos que mais parece um postal turistico da europa. Ou seja muito confuso e que so consegue perceber esta forma devido a elevada idade de Eastwood e a vontade de filmar em diversos locais.
CLaro que em termos emocionais o facto de serem os proprios herois a interpretarem eles proprios da ao filme um toque de singularidade que merecia quem sabe um filme melhor feito. O filme nao e exigente com os seus interpretes ja que eles fazem de eles proprios, pena e que a historia que deveria ser mais explorada acabe numa confusao de ideias.
A historia fala de tres amigos americanos que numa viagem pela europa impedem um terrorista de completar um ataque em pleno andamento de um comboio.
Em termos de argumento e para alem de toda a base que deve ter sido escrita ou contada pelos protagonistas, temos um filme que nao quer apenas a situação mas também os personagens e aqui surge a confusao total do filme em termos de narrativa.
Eastwood e um realizador eficaz que aqui parece ter entrado em contradição no estilo do filme, mas também na sua forma. E claramente um dos filmes inferiores do realizador que lhe quis dar o caracter documental e depois perdeu-se em Flashbacks.
No cast e pouco possivel analisar o que o filme representa. Os tres principais interpretes sao eles proprios e isso deve ser no minimo mais facil do que qualquer outro papel. O filme nao da espaço para secundarios.

O melhor - O lado emocional dos herois serem os pratonistas da sua historia

O pior - O filme não encontrar aquilo que deveria ser.

Avaliação - C-

Early Man

Nick Park e sem duvida o mais conceituado criador de animação britanico e dos poucos que com um estilo muito proprio consegue fazer cinema de animaçao com assinatura de autor. Este ano surgiu o seu novo filme, com o mesmo estilo, ou seja, bonecos de plasticina. Os resultados criticos do filme voltaram a ser positivos como a maior parte dos filmes do autor, em termos comerciais, principalmente nos EUA e sendo um filme sobre "soccer" obvio que o filme sentiu muitas dificuldades.
Eu confesso que pese embora tecnicamente nao exista nada a apontar a Park nao sou um fa do seu estilo de filme, com um humor demasiado britanico e nem sempre com a capacidade de preencher os espaços no seu publico alvo, ora sendo demasiado infantil ora demasiado adulto. Aqui temos em termos narrativos um mistura que sinceramente não me encheu as medias, estando demasiado preocupado na conjetura futebolista e do jogo em si do que mais qualquer coisa nas personagens e na historia do filme.
ALias penso que na criaçao das personagens e o filme mais limitado do autor, na verdade temos um conjunto de cliches em ambos os lados da barricada sem que em algum momento o espetador nao saiba como tudo vai terminar. Nestes filmes e principalmente vindo de um autor de renome espera-se mais do que o filme obvio com o estilo Nick Park.
Mas o que e certo e que principalmente pelas dinamicas tecnicas o autor continua a convencer a critica, mesmo que os seus filmes sejam historias comuns que com outra roupagem certamente passariam ao lado do grande publico mas que o conceito Nick Park permite que tais sejam avaliadas e amadas por alguns.
A historia fala de um conjunto de homens da pedra que para garantir o seu espaço vao ter de ganhar a um povo dominador ja na era do bronze.
Em termos de argumento para alem de alguns apontamentos de humor britanico que funciona o filme nao e propriamente rico em personagens ou mesmo em dialogos, ficamos com a sensação que muito no filme deveria ser mais trabalhado.
Nick Park e uma assinatura e ele convence com a sua forma propria de dar imagens de plasticina as suas historias, nao me parece que o neste filme tenha o nivel que atingiu noutros registos mas a assinatura esta la.
Para o cast de vozes um conjunto de pessoas conhecidas para personagens demasiado simples nao permite que isso por si so seja uma mais valia.

O melhor - O conceito Nick Park

O pior - Um argumento pobre

Avaliação - C