Thursday, March 31, 2022

I Want You Back

 É conhecido que o dia dos namorados é uma altura em que o cinema normalmente lança alguns projetos de forma a tentar ir buscar algum dinheiro junto de casais enamorados com o lançamento ou de diversos filmes sobre romance a maior parte dos quais comedias. Parece que este ano também os serviços de streaming apostaram no tema, principalmente a Amazon com este filme que essencialmente se debruça sobre o amor. Esta comedia com diversos  intervenientes habituais no genero arrecadou criticas interessantes sendo que comercialmente não sera certamente uma ancora do serviço.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de um filme ligeiro sobre o amor e sobre as relações. E um filme que consegue satisfazer os espetadores com simplicidade, não necessitando nunca de ser extremamente efusivo no seu humor, embora o seu lado descontraido seja sempre presente. O maior potencial do filme está na forma como caracteriza e nos da diferentes relações entre os protagonistas sem lados bons e maus e nisso o filme apesar de declaradamente comedia acaba por ter um trabalho de fundo.

Onde o filme me parece perder algum ponto e na sua conclusão, rapida e simbolica, mas fica a ideia que principalmente a quimica de Day e Slate merecia uma conclusão mais detalhada assim como os outros personagens. Ou seja o excesso de cenas e de explicação para cada uma das personagens e que faz o filme ser funcionar e detalhado em muitos aspetos parece não ter a conclusão perfeita mesmo que a mesma seja simbolicamente bonita para o que o filme quer traduzir.

Mesmo assim, e estando longe das obras primas ou referência da comedia romantica temos um filme eficaz, que sabe o que quer tratar, o romance, de uma forma ligeira sem nunca entrar na comedia idiota e o filme consegue encontrar o ritmo certo, as personagens e os seus momentos para funcionar junto do publico, mesmo que seja um filme simples de familia e pouco mais.

No argumento o filme tem como a sua maior virtude a simplicidade e o trabalho nas personagens e nas suas relações individuais. As peças encaixam e o filme consegue ter um ritmo de alguma suavidade com muitas auto perceções do amor sem nunca necessitar de ser exagerado no humor ou na sua sexualização, algo que esta muito na moda.

Na realizaçao Jason Orley e um realizador associado a alguns projetos de Pete Davidson enquanto humorista e que aqui tem um trabalho de telefilme simples sem grandes riscos ou jogadas ideologicas seguindo a simplicidade que o filme acaba por ter em si próprio.

No que diz respeito ao cast Day e Slate levam as personagens para o seu lado mais comico, fruto das carreiras e estilos que foram construindo. Eastwood num registo mais leve que funciona naquilo que o filme pede da sua personagens, sendo Rodriguez obviamente o corpo mais estranho na toada que o filme quer ter.


O melhor - As personagens encaixarem bem entre si


O pior - O final apressado


Avaliação - B-



Wednesday, March 30, 2022

Death on the Nile

 Depois de uma grande parte da carreira dedicada a adaptações literárias de Shakespeare, eis que nos ultimos anos Branagh se dedicou mais a Agatha Christie encarnando a sua personagem mais carismatica Poirot. Pois bem depois da adaptação de Crime no Expresso Oriente com um elenco de luxo seguiu-se Morte no NIlo, com um elenco mais modesto e mais centrado na personagem em si. Os problemas extra ecra de Harmer foram adiando anos a fio o lançamento que acabou por ver a luz do dia apenas em 2022, com uma receção critica demasiado mediana e algo apagada pelo sucesso do realizador com o seu intimista Belfast, comercialmente, o terreno onde o filme tinha mais ambições o resultado ate conseguiu ser satisfatorio, algo que nem sempre acontece principalmente quando estamos a falar de um filme com tantos atrasos no lançamento.

Sobre o filme podemos dizer que neste tipo de registo Branagh cai em algum egocentrismo na forma como tenta conduzir a personagem e mais que tudo na forma como o filme deixa de ser sobre o caso e sobre o misterio para ser um exercicio de estilo do seu protagonista, e nisso penso que o balanço que o realizador encontra ja tinha sido algo exagerado no primeiro filme e agora volta a repetir ficando a ideia que a historia fica por contar em alguns pontos, ou algumas personagens.

CLaro que ao ser um filme de grande estudio temos meios, principalmente nas paisagens e no contexto espacial que o filme nos dá. Nisso Branagh fruto de uma elevada experiencia em filme de grande produçao sabe manusear os meios ao seu dispor, mesmo que fique por vezes a ideia clara que em termos do que poderia ser uma assinatura o filme nunca a tenta ter.

Ou seja uma historia conhecida, contada de uma forma classica com a clara ideia que mais que render a historia ou a contar, Branagh quer dar a si a personagem, parecendo tudo o resto um contexto para fazer funcionar o seu personagem, com excesso de tiques, que acaba por nao condicionar muito o resultado final do filme porque os policiais de Christie valem por si so.

A historia segue Poirot, o qual embarca com o seu amigo Burc numa viagem de barco pelo Nilo em plena lua de mel de uma jovem aristocrata acabada de casar, mas que de repente surge morta e todos os convidados tem motivos para desejar este acontecimento.

Em termos de argumento Christie tem policiais unicos e este e mais uma historia que merece ser contada, o que aqui e feita de uma forma classica com todo o estilo reunido para o seu final. Fica a ideia que o desenvolvimento das personagens poderia ser melhor trabalhado para efeitos de ficção.

Branagh e um realizador que passou muito da sua carreira em filmes de grande estudio mas sem grande assintura, tendo conseguido a valorização critica recentemente com o seu Belfast. Aqui denota-se a vontade a trabalhar com meios contudo o filme acaba por ter dificuldades em se assumir como de autor. Tem meios mas parece um trabalho de tarefeiro.

No cast o filme apenas exige o rigor fisico da personagem central que Branagh fornece demasiada rigidez e maneirismos, que nem sempre nos parece a melhor solução. No resto do cast fica a ideia que as personagens nao sao exploradas para muito brilho, cabendo principalmente a Gadot o lado mais comercial que o filme quer ter.


O melhor -O suspense dos policiais de quem matou quem


O pior - Demasiado centrado nos maneirismos de Poirot

Avaliação - C



Tuesday, March 29, 2022

Studio 666

 Numa altura em que a pandemia foi um desafio a diversas artes principalmente a musica, o grupo Foo Fighters decidiu fazer uma incursão pelo cinema de terror com este sanguinário Studio 666, que acabou por ficar marcado na despedida do baterista da banda Taylor Hawkings que acabaria por falecer um mês depois do lançamento deste filme. Criticamente esta incursão acabou por passar com mediatismo, sendo que comercialmente parece que apenas alguns fas do grupo acabaram por ligar-se ao filme e pouco mais, com resultados muito modestos.

Sobre o filme podemos dizer que é uma jogada de markting e nada mais o filme não tem história, o filme náo tem pressupostos, não tem personagens, tem basicamente a ideia de colocar os elementos da banda, quase todos descofortáveis neste papel e acaba por essa mesma razão transparecer um filme sem qualquer sentido, e que acaba apenas por ser um projeto de sequencias de mau gosto com muito sangue mas pouco em termos de coerencia ou qualidade.

O filme assume o estilo de muito sangue e pouca razão e isso acaba por tornar os mais de 100 minutos do filme, um espetaculo com muito sangue mas nada mais. COnfesso que nao consegui encontrar o sentido de um projeto perante este, a nao ser a monotonia de uma pandemia que levou o grupo a explorar o seu valor comercial num filme que caso não fosse a morte do seu baterista poderia ser ainda mais criticado.

Ou seja uma forma que uma das maiores bandas encontrou para demonstrar a sua presença numa arte que ate ao presente momento náo tinham explorado ficando a ideia que tudo não cabe no filme, nem os atores nem a historia nem o estilo num dos piores projetos cinematograficos dos ultimos anos.

A historia segue a banda Foo Fighters que para gravar o decimo album acabam por ir ter a uma casa com um espirito maligno que acaba por conduzir a que o famoso vocalista da banda possuido acabe por colocar em causa a sobrevivencia dos outros elementos.

Em termos de argumento e facil analisar este filme, o mesmo não existe em nenhum momento, náo existe personagens, nao existe fio condutor do filme e mais que tudo não existe sentido e isso acaba por terminar qualquer objetivo que o filme tivesse.

Em termos de realizaçao o projeto teve BJ Mcdonnell um desconhecido associado a realizaçao de alguns projetos musicais que tem muito sangue para trabalhar mas a sua função seria herculica em fazer um projeto destes funcionar, dai que seja uma experiencia e nada mais.

No cast temos a banda e os seus elementos a fazer deles proprios com o unico lado mais exprimentalista e ver Grohl com o demonio, mas nada funciona, não sao atores e nunca se sentem confortáveis minimamente com o filme.


O melhor  - A homenagem que fica a Hawkins

O pior - A forma como o filme não tem qualquer sentido


Avaliação - D-



Monday, March 28, 2022

The Ice Age Adventures of Buck Wild

 Há diversos anos que toda a gente percebeu que a saga de Ice Age enquanto filmes de sucesso tinha chegado ao fim em termos de grande ecrã, sem que isso se traduzisse na anulação completa do conceito. Pois bem com a existência do streaming seria uma questão de dias até a saga ter um novo capitulo com este tipo de lançamento, e eis que surgiu logo na aplicação da sua maior rival Disney, que acabou por comprar o estudio onde tudo começou.  Este novo capitulo foi um desastre critico, proximo do que os ultimos filmes ja tinham sido, mas comercialmente e principalmente em streaming o resultado comercial existirá sempre.

Sobre o filme podemos dizer que Ice Age é quase um percurso historico pelas fases pre historicas, que conseguiu nos primeiros filmes algum humor. Com o passar do tempo as personagens foram-se esgotando até desaparecerem por completo de tal forma que o filme abdica totalmente das mesmas para apostar em personagens secundarias que os mais desatentos ja tinham esquecido a sua existência e resultado e um completo deserto de ideias.

Tudo começa nas personagens centrais, pouco interessantes, pouco comicas totalmente desligadas daquilo que sao a base dos primeiros filmes. Tambem em termos narrativos muito pouco do que uma luta por sobrevivencia com uma especie de novo heroi que nunca consegue ter carisma para segurar um franchising com milhões e percebemos que tudo se vai diluindo a um ritmo lento e sem qualquer tipo de elemento de interesse.

Por tudo isto e sinceramente tendo em conta que o primeiro filme até foi funcional esperemos que o streaming deixe Ice Age repousar em paz já que se percebeu que o mesmo não é capaz de dar à luz novas ideias e que acima de tudo mesmo as antigas já não conseguem sequer alimentar cinco minutos de filme.

A historia segue Crash e Eddie a tentar viver sem a presença da "irmã mais velha" (Sic) até que ficam no epicentro da aventura de Buck Wild contra Orson na luta no novo mundo, enquanto as personagens de sempre procuram o seu rasto.

Em termos de argumento o filme é um deserto de ideias do primeiro ao ultimo momento. Nao consegue encontrar as personagens e ligar ao passado, o desenvolvimento das novas é desinteressante, e mesmo o humor que foi sempre presença vincada no registo do filme encontra-se ausente.

Para timoneiro desta nova aventura Donkin estreia-se depois de produzir diversos filmes entre os quais os originais Ice Age. Em termos produtivos Ice Age foi sempre um parente pobre com mais sucesso do que meios. Para um telefilme seria de esperar pouco risco e o filme cumpre com minimos neste teor.

No naipe de vozes, as figuras centrais dos primeiros filmes desaparecem e sobra um Pegg na personagem que da nome ao filme, numa demonstração que ate neste particular o filme nada arrisca.


O melhor - Menos de 90 minutos

O Pior - A forma como a cada passo a saga fica pior


Avaliação - D



Monday, March 21, 2022

Spider Man: No Way Home

 No final de 2022 a aposta da Marvel para incendiar os cinemas foi mais um capitulo de Spider Man como se um filme Marvel com muitos herois se tornasse numa fase em que temos cada vez mais herois com filmes proprios, mais cruzamento de mundos e personagens e acima de tudo muito capital de risco. Pois bem se mesmo com todos estes ingredientes que estavam bem patentes nos filmes anteriores este acaba por dar mais um passo total naquilo que é o risco e a originalidade ao ir buscar personagens e mesmo Spider Man anteiores numa junçao de tudo o que ja foi feito. Em termos criticos a maioria das opiniões foram positivas embora alguns possam ter achado que a ideia foi longe de mais. Comercialmente este filme tornou-se  num sucesso sem precedentes e um dos filmes mais rentáveis da historia.

Sobre o filme desde logo temos de estar preparados para algo diferente, porque se existe algo que Spider Man é neste novo capitulo e diferente na abordagem, no conceito e na homenagem, e no final ficamos com a sensação que mesmo sendo confuso o filme funciona, mesmo necessitando de muita memoria dos seus espetadores para nos lembrarmos de tudo dos filmes anteriores, acaba por funcionar principalmente quando entram em cena as diferentes versões do heroi o que dá ao filme o lado descontraido que o mesmo necessita.

Do ponto de vista da trama em si, como a maior parte dos filmes da Marvel nos ultimos tempos de herois que ja tem filmes anteriores temos risco, temos perda, temos uma evolução clara da historia e não os filmes simples para rentabilizar personagens e fazer o disco girar. Talvez seja esse impacto que a Marvel da a cada filme que os fazem funcionar como poucos no estilo, e que tornam este filme mais uma vez de grande impacto.

Pode no entanto o filme perder pelas opções menos logicas da personagem. Por o filme ir a procura de uma resolução que depois desiste e que acabamos por nunca conseguir prespetivar como a mesma poderia terminar. A tudo isto a falta de um vilão declarado mesmo que Green Goblin de Dafoe preencha essa lacuna tambem pode perder algum impacto ao filme.

A historia segue Peter Parker a tentar minorizar os danos depois da revelação da sua identidade como Spider Man e principalmente depois de muita população defender Mysterio. Tudo fica mais dificil quando com a tentativa de limpar o passado surgem diversos personagens de sagas anteriores para colocar em causa tal identidade.

Em termos de argumento a base ideologica do filme e arrojada, de execução dificil mas o filme funciona principalmente na ligação entre personagens e historias, mesmo que surja por vezes alguns cruzamentos que o filme desiste de os contornar. fica a ideia da coragem de fazer escolhas impactantes mas isso tem sido a assinatura marvel dos ultimos tempos.

Na realizaçao Watts assinou esta triologia e é o homem do Spider Man desta versão com toda a grandiosidade que o heroi exige. Tornou-se quem sabe um tarefeiro de qualidade mais que um realizador de assinatura mas e um espaço que o vai fazer ficar na historia como alguns dos filmes mais rentaveis da historia nao sendo obviamente um realizador ainda com um nome e um cunho proprio.

No cast temos um Holland que dia apos dia se tornou a escolha perfeita para o Spider Man dos nossos tempos, conjugando a capacidade interpretativa com o carisma que reune apoio junto dos mais novos sempre apoiado no star value de Zandaya. De sublinhar o regresso de Maguire e Garfield ao fato.


o melhor - O risco de um guião nada convencional

O pior - Nao consegue desatar todos os nós que a complexidade da historia exige


Avaliação - B



Sunday, March 20, 2022

Gold

 E muito comum actores que tem algum valor comercial em filmes de adolescentes com muita dificuldade em se assumir num cinema de adulto arriscar nas suas escolhas em filmes mais independentes e mais exigentes do ponto de vista de interpretação. Este filme marca a aposta a todo nivel de Efron em tentar tornar-se num ator intenso e dramatico num filme que mais que tudo lhe exige bastante do ponto de vista fisico. Criticamente este Gold não passou da mediania que acabou por não permitir muito impacto da interpretaçao, pelo menos o esperado para Efron. Comercialmente o filme estreou em poucos cinemas nao obtendo resultados significativos.

Sobre o filme podemos começar por dizer que é um tipico filme de serie B de personagens em condições adversas com uma realização que potencia ainda mais o lado arido da envolvencia que torna o filme fisicamente muito exigente para os atores mas mesmo para os atores, que basicamente assinstem ao lado adverso que a personagem tem de enfrentar sem ter grande contexto e acima de tudo sem ter muito caminho por onde ir.

Por tudo isto e um filme limitado, principalmente do ponto de vista narrativa. Nao temos propriamente personagens para alem da ganacia e da sobrevivencia., não sabemos onde nem quais os objetivos de cada um e vimos uma luta pela defesa animalesca de um bem contra pessoas e situações ambientais, num filme de pensamento simples mas com muito pouco conteudo.

Por tudo isto Gold acaba por ser um filme de clara segunda linha que tirando o lado mais fisico de uma interpretaçao algo diferente do que Efron nos deu nao tem elementos que chamem a si qualquer relvância. Salva-se a forma como cria uma atmesfera intensa que ajuda a algum impacto mais visual do filme mas a seca narrativa esta bem patente do primeiro ao ultimo minuto.

A historia segue dois homens que se encontram em seguem caminho numa estrada arida e deserta no desconhecido até que ambos acabam por ficar sem carro e perdidos no meio do nada com a descoberta de muito ouro, o que os leva a um plano de grande exigencia de sobrevivencia.

O argumento do filme e o seu ponto fraco. Poucas ideias para alem da sobrevivencia, poucas perosnagens e poucos dialogos como que se a abrir portas para o lado visual da sobrevivencia mas isso faz com que o argumento seja o lado pobre do filme.

Na realizaçao Hayes depois de muitos anos a dedicar-se a ator regressa atras da camaras num trabalho visual com algum cuidado mas que a falta de argumento não faz fortificar a ideia de uma boa historia e intensa. Podemos achar a realizaçao com alguns elementos de impacto principalmente na dimensão fisica de exigencia da interpretaçao de Efron.

No que diz respeito ao cast o filme esta pensado para Efron ter impacto num papel algo diferente do que vimos dele. O lado fisico demonstra um ator em forma mas a personagem não exige os outros elementos que poderiam dar mais força a interpretação em si.


O melhor - O lado arido das paisagens e o elemento que isso trás ao filme.

O pior - A falta de personagens


Avaliação - C-



Saturday, March 12, 2022

Turning Red

 Nos ultimos tempos e principalmente com a chegada da Disney + temos assistido a uma Pixar muito mais movimentada, com mais filmes e isso fará certamente que o resultado de algum deles fique em termos de qualidade menor. Este filme, que acabou por ser mais uma aposta da aplicação resultou novamente na critico, algo que ninguem como a Pixar sabe fazer tão bem. COmercialmente aguarda-se mais feedback da aplicação.

SObre o filme desde logo podemos dizer que o tema escolhido acaba por ser dos menos infantis que vi a Pixar escolher ao tentar entrar na mente de uma adolescente de 13 anos, na sua adolescencia pura e mesmo nas suas alterações do corpo. E nisso o filme tem algumas valencias em que funciona principalmente na forma como liga bem a personagem ao grupo de amigos e cria o conflito no contexto familiar. Nisso o filme e realista e competente..

Acaba por ser na sua vertente mais mitologica e fantasiosa que o filme funciona pior, torna-se confuso, algo desligado e o valor moral do filme vai-se esbatendo sem o impacto que normalmente esta questão tem de uma forma muito assumida nos filmes da Pixar, fica mesmo a ideia que com a passagem do tempo do filme este vai perdendo alguma orientação de onde quer chegar de forma a ter alguns detalhes comerciais onde penso que a pixar se sente menos confortavel.

Por tudo isto um claro filme menos da Pixar, um filme que quer tocar em assuntos da adolescencia com a abordagem da animação infantil que não conjuga e acaba por perder o foco no seu publico alvo, ficando a ideia que e demasiado complicado e mesmo sem graça para os mais pequenos mas que ao tocar em alguns temas deveria nao infatilizar tanto no formato da fantasia.

A historia segue uma pre adolescente com os gostos tipicos de uma menina da idade dela mas inserida numa familia com uma mae rigorosa e tradicionalista que vai tudo complicar quando percebe que existe tradiçao da sua familia de a faz transformar num panda vermelho quando dominada pelas emoçoes.

O argumento e ambicioso nos temas que quer tocar, o que torna todo o procedimento de execução dificil e o filme sofre em encontrar o balanço correto entre temas e estilo o que nem sempre consegue. A nivel moral tem impacto mas ja vimos a Pixar a fazer tudo muito melhor.

Na realizaçao do projeto Shi tem a sua primeira longa metragem depois do sucesso e os premios conseguidos na curta Bao. Tem um trabalho simples, sem grande inovação tecnica mas apostada em trazer alguns conceitos da cultura oriental para o filme o que faz bem principalmente porque e a origem da mesma. Parece sempre um filme demasiado feminino.

No cast de vozes tendo em conta que vi o filme com dobragem portuguesa apenas posso dizer que tudo corre com normalidade.


O melhor  - A entrada da adolescencia e dos seus conflitos na animaçao.

O pior - O filme nem sempre consegue conciliar os estilos


Avaliação - C+



Blacklight

 Na ultima decada existe um novo genero de filmes que é os filmes "Liam Neeson", marcados por policiais de intriga que basicamente são uma justificação para o veterano ator passear o ar de eterno policia ou justiceiro que tem como facto mais estranho o facto de já serem dezenas o numero de filmes com este principio que ao longo do tempo foram perdendo qualidade, que neste filme voltou a ser totalmente refutada pela critica, mas tambem comercial ja deixaram de funcionar com este filme a ter resultados comerciais completamente residuais.

Quem viu os ultimos filmes na trajetoria descendente que este estilo teve perceberá que este filme continua a descrescer o nivel deste tipo de filmes, com intrigas cada vez mais previsiveis e básicas, com  sequencias de ação cada vez mais amadoras, e mesmo um Liam Neeson perto dos 70 anos e algo cansado para as aventuras mais fisicas e que torna também assim os filmes muito menos fortes do ponto de vista de investigação.

Em termos de filme esta é uma intriga e uma base narrativa que ja vimos mais de cem vezes principalmente em filmes de serie b de pequeno estudio que normalmente alimentam atores de ação de baixo nivel. A questão e que Lian Neeson ainda e um ator que consegue estrear os seus filmes numa dimensão industrial com alguma força embora pela qualidade dos seus ultimos filmes isso mais cedo ou mais tarde vai acabar e os filmes vao terminar diretamente em aluguer.

Ou seja mais um policial de qualidade muito baixa por parte de um Liam Neeson que por alguns bons moementos que teve em alguguns filmes merecia um final de carreira com outra qualidade e não com esta quantidade industrial de policiais sem interesse, sem personagens e sem historia que vão rechear uma carreira onde os pontos isolados serão os trabalhos meritorios e não esta quantidade de filmes sem qualquer qualidade que são lançados de forma massiva.

O filme fala de um agente encoberto do FBI que esta disposto a denunciar uma estrutura corrupta e criminosa interna que acaba por conduzir a uma serie de homicidios que conduzem ao envolvimento de um veterano amigo de um lider daquela organização comprado para trabalhos menos legais.

Em termos de argumento a historia tem a intriga tipica de um filme serie B, e isso conduz a diversas caracteristicas que não funcionam. As personagens não existem, o filme e previsivel e os dialogos basicamente são repetidos.

Na realizaçao Mark Williams tem estado ultimamente associado aos filmes de Liam Neeson e isso nao e propriamente um merito forte em termos de cinema. Aqui mais do mesmo sequencias de ação de baixa qualidade e uma forma de filmar sem grande risco de um realizador que ficara sempre mais conhecido por ser produtor de OZark do que por presenças como realizador em filmes como este.

Por fim no cast Neeson começa a deambular de uma forma triste por estes filmes com personagens sempre iguais que ja nem sequer respeitam a sua idade. E pena que assim fique marcada uma carreira com melhores momentos mas quando olharmos para uma filmiografia recheada de filmes vai ser incomrpeensivel os ultimos anos dele. De resto o filme e totalmente inexistente.

O melhor - Tudo apontar para que o genero termine graças ao insucesso total do filme.

O pior - Ver Neeson neste fim de carreira


Avaliação - D+



Redeeming Love

 Janeiro é sempre um mês algo estranho em termos de apostas dos grandes estudios, dai que a estreia deste drama de epoca sob o estilo romantico foi uma das surpresas ao ser lançado em estreia expandida mesmo sem grandes protagonistas tentando fazer prevalecer o facto de ser uma adaptação de estudio de um livro de sucesso. Como muitas outras adaptações literárias em termos de critica o filme falhou rotundamente com avaliações muito negativas. Comercialmente o filme também esteve longe de grandes resultados nao aproveitando o mediatismo que livro poderia ter.

Sobre o filme podemos dizer que é uma historia intensa de drama, sobre um tema que muitas vezes ninguem entra concretamente as dinamicas da prostituição e as pessoas por trás daquela prática. Nisso o filme é ambicioso, por vezes pesado em algumas escolhas narrativas que faz, que não foge a elas como a violação ou mesmo a pedofilia associada. COntudo o filme tem um grande problema e que para alem desta coragem sobre muitos poucos atributos para fazer o filme funcionar.

E isso começa logo na pouco competência que tem para caracterizar e dar dinamica as personagens, fica sempre a ideia de uma relação construida do zero, e principalmente na personagem masculina fica sempre a ideia que alguém sem qualquer personalidade que apenas procura o amor e a religião e isso esvazia completamente a personagem numa dinamica com uma protagonista feminina cuja vida e um drama completo e o filme nunca consegue conjugar os elementos de ambos o que num filme romantico acaba por comprometer por completo a quimica desejada.

Para alem destes problemas o filme alonga-se por muito tempo, sem que isso queira dizer a construção de uma narrativa interessante, alias fica a ideia que nas primeiras duas horas o filme opta por um espirito circular que por vezes não o deixa crescer, tornando-se previsivel na sua conclusão.

A historia segue uma jovem que desde muito nova se inicia no mundo da prostituição acabando por numa pequena aldeia ser alvo da atração de todos os habitantes incluindo um que se apaixona por ela e que opta por apenas ter envolvimento com a mesma a troco da obtenção do seu amor, contudo o mundo dos dois, totalmente diferente entra em choque.

No que diz respeito ao argumento se a coragem em tocar em alguns pontos que normalmente estão fora da maior parte dos filmes de hollywood, a forma como os mesmos são organizados estão longe de ser bem potenciados no filme, que sofre acima de tudo um desiquilibrio das personagens centrais e acima de tudo na quimica exigida aos mesmos.

DJ Caruso e um realizador de grande estudio que começou bem a carreira principalmente nos Thrillers mas que foi perdendo essa dimensão e entrou numa fase mais negra da carreira, onde tem tido muita dificuldade em tornar os seus filmes reconhecidos. Aqui num genero algo distinto o filme limita-se a ser simplista o que para um realizador acaba por lhe retirar qualquer marca de assinatura.

No cast o filme escolhe dois jovens atores quase desconhecidos a procura de algum mediatismo. Se a jovem Abigail Cowen até sai do filme com alguma presença, embora numa personagem limitada, o filme resulta bem pior para o seu companheiro de cast um Tom Lewis que não aproveita o tempo de ecra com uma personagem que perde também na construçao do argumento. Nos secundarios sublinha-se a pessima prestação de Marshall-Green que explica a razão do ator nunca ter concretizado alguns vaticinios que faziam dele uma esperança do cinema.


O melhor - A coragem de tocar em temas muitas vezes tabu.

O pior - A dificuldade em organizar as ideias e personagens para uma historia interessante


Avaliação - C-



Wednesday, March 09, 2022

Scream

 Vinte e cinco anos depois do mundo do terror ter tido uma lufada de ar fresco com o seu juvenil Scream, e depois de quatro filmes com as mesmas personagens e com o mesmo conceito, eis que surge uma sequela ou como o proprio se chama a si proprio uma requela. Como a maior parte dos filmes da saga o filme ate conseguiu uma receção critica razoavel, principalmente tendo em conta que se trata de um genero sempre dificil de se afirmar. Do ponto de vista comercial os resultados foram bastante positivos que nos fazem perguntar se a escolha por Janeiro foi a mais feliz.

Sobre o filme podemos começar por dizer que Scream tem duas vertentes que funcionam bem, desde logo o jogo do esconde do assassino e das suas motivações, e os comentários do filme e do cinema dentro de cinema que acabam por ser ao mesmo tempo extremamente curiosos como engraçados e que acabam por dar uma toada leve mas ao mesmo tempo inteligente a forma como o filme de constroi e nisso Scream é fiel aos seus principios de sempre.

Em termos de guião no entanto fica sempre a ideia que na base o filme nem sempre se leva a serio na criação da narrativa para este filme, ficando quase sempre a ideia que a historia de base do filme em si e o menos importante e algumas escolhas parecem coladas à pressão, principalmente no que diz respeito a ligação da personagem principal a Billy e as suas aparições nada interessantes.

Por tudo isto e para alem da homenagem que de vez em quando os filmes de terror vão sendo alvos com reboots, ou sequelas, temos um sublinhando minimanente interessante na capacidade do filme nos seus elementos de analise ao cinema ser interessante, sendo que no resto acaba por ser algo repetitivo do que realmente ja vimos na saga. Apenas nos parece algum maior horror em algumas mortes, algo que nos filmes anteriores não tinha acontecido. E tambem temos muitos sobreviventes para um assassino tal letal.

Em termos de historia o filme continua a ir atrás do Ghostface e de uma nova apariçao de terra de sempre que acaba por assolar e conduzir ao regresso a casa de uma filha ilegitima do primeiro assassino, que vai ter de perceber quem está a ressuscitar o fantasma com a ajuda dos protagonistas de sempre.

Em termos de argumento a narrativa de base deste filme acaba por ser mais do mesmo, do que vimos no primeiro filme e nas sequelas. No epicentro narrativo o filme não consegue propriamente dar muito de novo. Funciona nas curiosidades da metaanalise do filme dentro do filme, ficando tambem a ideia que o filme nao sabe propriamente como ligar as novas personagens as de sempre.

Na realização e com a morte de Wes Craven o grande criador do filme, eis que a batuta ficou a cargo de uma dupla de realizadores a crescer no terror juvenil e que ja tinham tido algum conceito no seu ready or not. O filme consegue ser fiel a base, com mais horror embora concetualmente pudesse ser mais proximo do primeiro filme.

No cast temos os de sempre nos papeis de sempre, embora as personagens em si os deixem perdidos no filme. No cast o filme aposta em jovens com algum crescimento em hollywood, principalmente a mexicana Melissa Barrera e Jack Quaid que demonstra atributos para funcionar em diversos estilos embora o filme não exija muito de nenhum deles.


O melhor - As curiosidades da analise do terror e dos diferentes filmes dentro do proprio filme.

O pior - Nao sabe o que fazer e como encaixar as personagens de sempre


Avaliação - C+



Tuesday, March 08, 2022

Against the Ice

 Numa altura em que estamos a entrar na primavera, a Netflix tem lançado cada vez mais projetos cada vez mais espalhados pelo mundo, mesmo com figuras que conhecemos de series ou mesmo de filmes. Este projeto pensado por paises nordicos tentou reconstruir uma expedição que de alguma forma explica as barreiras do espaço da gronelandia e da dinamarca. Este filme todo ele filmado no gelo passou com mediania na critica mas pelo teor podera ter algum impacto comercial na netflix.

Sobre o filme podemos dizer que ao ser uma historia veridica de um feito desumano tem sempre o merito de demonstrar isso a resiliência e a sobrevivencia dos sobreviventes embora que seja o relato dos mesmos (veridico ou não) que acaba por ser a base de todo o filme. O filme consegue isso demonstrar bem os obstaculos e a sobrevivencia principalmente na primeira hora de filme, onde o filme e competente e forte do ponto de vista fisico.

Alias o filme e claramente superior quando esta preso na terra, quando e descritivo nos feitos e no caminho e na forma como as dificuldades fisicas foram sendo ultrapassadas, ajudando a forma e as localizações com que foi filmado. Na segunda fase, na parte da resistência psicologica o filme perde muito da intensidade e o filme sente-se mais desconfortavel perdendo alguma da qualidade e força que ia tendo.

Por tudo isto, temos um filme curioso, sobre um feito extraordinario, filmado em condições muito proprias, que funciona melhor no plano descritivo que no plano de tentar reproduzir o efeito do isolamento nas duas personagens. Ai, e com um objetivo mais dificil o filme tem claramente mais dificuldades e isso faz decrescer um pouco alguma qualidade que o filme tem na primeira fase.

A historia fala de uma expedição dinamarquesa ao artico tendo em vista uma organização territorial entre aquele pais e o EUA que exige que uma equipa seja conduzida pelo terreno em condições adversas de forma a perceber as caracteristicas do territorio e delimitar as fronteiras.

O argumento é interessante desde logo porque nos conta uma historia real de um feito extraordinario, que consegue ser bem trabalhado principalmente no que diz respeito à construção e dinamica que vai sendo criado entre os dois personagens. Na fase final sente-se descofortavel quando entre nos parametros psicologicos e de prespetiva da solidão.

Na realização, o produtor Kormakur nao assumiu o cargo passando a batuta para Peter Flinth um realizador dinamarques veterano com algum percurso em festivais europeu que tem um bom trabalho em circunstancias dificeis. O facto de ser escadinavo acaba por o ajudar, mas o trabalho final e positivo.

No cast o filme trás do primeiro ao ultimo minuto um dueto entre Coster-Waldau e Joe Cole, onde o primeiro encaixa no lado mais fisico que ja o vimos bem patente no seu maior sucesso em guerra dos tronos e um jovem Cole que tem ganho alguma consequencia do bom trabalho em Peaky Blinders e que aqui nos da uma boa interpretação que nos leva a pensar que talvez seja um ator a seguir com atençao.


O melhor - O lado descritivo da adversidade na primeira parte do filme.

O pior - Nao se sente confortável quando tenta entrar na mente dos protagonistas


Avaliação - C+



The King's Daughter

 Se por vezes acontece em projetos que se prespetiva que não vão conseguir imperar depois de alguns testes os filmes ficarem um a dois anos na prateleira, o caso deste filme é algo nunca visto por ter estado entre 2014 e 2022 entre ser filmado e ser lançado. Uma das razões pelas quais o filme foi sendo adiado foi a ma receção nos testes que se refletiu no momento do lançamento em criticas muito negativas que conduziram a que apesar do filme tenha sido estreado em alguns cinemas os resultados tenham sido muito curtos e tornaram um filme um floop anunciado.

Sobre o filme podemos dizer que basta olhar para a historia, e os protagonistas para facilmente se advinhar que o filme pouco ou nada podia resultar. Uma historia sobre a monarquia francesa e sobre as suas relações e com uma mistura de seres misticos como sereias e demasiado confuso e claro que só com muita arte poderia dar um filme razoavel, o que acaba por nunca conseguir.

Ou seja temos um filme romantico, onde a maior parte do tempo apenas ressalta a vista Versalhes onde passa grande parte da trama do filme e pouco mais. A historia a narrativa e previsivel e pouco interessante, numa mistura de estilos que acaba por nunca permitir ao filme assumir qualquer um deles, sendo um desastre completo.

Para complicar ainda mais e que mesmo com um orçamento elevado os planos exteriores e no que diz respeito a fotografia são pessimos, sendo o climax uma das sequencias mais mal filmadas que me recordo nos ultimos anos, e que conduzem a que uma historia pobre e sem grande sentido se reflita num filme com a mesma falta de qualidade.

A historia fala de uma jovem, filha ilegitima do rei de frança que acaba por vir parar ao palacio de versalhes junto do seu pai o qual capturou uma sereia com o objetivo de se tornar imortal, contudo vai-se criar uma relação entre a jovem e a sereia que ira colocar em causa os objetivos do monarca.

O argumento e uma mistura de generos, com uma fantasia pouco declarada, com personagens pouco ou nada trabalhadas, mas o pior de tudo e uma narrativa previsivel, pouco interessante e que nunca consegue conjugar os generos que parecem sempre perdidos um no outro.

Na realizaçao Mcnmara e um realizador veterano com alguns filmes simples de algum sucesso mas que fica mais na retina pelo numero elevado de trabalhos principalmente na televisão. Parece sempre desconfortavel com o excesso de meios, onde so parece funcionar na luz e beleza do palacio.

No que diz respeito ao cast Scodelario e uma jovem atriz que ja teve mais luz da ribalta em cima mas que ainda pode ser consistente pelo facto de ser funcional em ação, podendo ainda desenvolver algumas qualidades dramaticas. Como rei Brosnan e pessimo demonstrando que a carreira e apenas sustentada num estilo James Bond, mas onde tudo o resto e muito limitado. O mesmo podemos dizer do unidimensional Benjamin Walker.

O melhor - Palacio de Versalhes.

O pior - Uma mistura de generos sem grande sentido


Avaliação - D



Monday, March 07, 2022

The Batman

 Quando este reeboot de Batman foi anunciado o mundo do cinema ficou com agua na boca, quer pela escolha na realização quer no cast que se foi criando, tendo o trailer ainda mais adoçando o bico dos cinefilos que perceberam que viria uma roupagem bem diferente do homem morcego. O acontecimento de 2022 ate ao momento cumpriu com o prometido conseguindo arrancar aplausos dos criticos embora longe da unanimidade da triologia de NOlan, sendo que comercialmente foi um sucesso muito pelo valor comercial do seu protagonista.

Sobre o filme eu confesso que Batman é o heroi que melhor e mais diferentes filmes foi trazendo a historia moderna do cinema, e com excessão das tentativas frustradas mais recentes, quer o inicio de BUrton quer Nolan e agora Reeves dao diferentes retratos da mesma personagem todos com arte, e acima de tudo concretizando de forma diferente que e possivel trabalhar bem o mesmo tema de forma diferente.

O que ressalta mais a vista neste Batman e que temos um heroi num mundo real, num jogo de poder, num policial e num filme sobre terrorismo. Supreendentemente Batman esconde-se do filme e o filme ganha com isso permitindo uma intriga policial muito competente, e um estilo negro que acenta perfeitamente naquilo que o filme quer ser, um maduro e escuro policial onde batman e o heroi, mas onde existe lugar para todas as personagens brilharem.

Podemos discutir o facto do filme querer dar demais, isso explica a meia hora final, pensada para os efeitos especiais exigidos nos filmes de todo em termos de produção, mas que no que diz respeito a historia parece desnecessário, porque até então tinhamos um policial que vai buscar a força dos melhores em finais dos anos 90, onde conhecemos as personagens, gostamos das personagens, mesmo que estas sejam totalmente diferentes das formas como ja as tinhamos visto.

A historia não explica o inicio de batmen, coloca Bruce Wayne como heroi em plena Gotham marcada pela corrupção onde uma serie de crimes aos poderosos começa a ocorrer com muitas charadas à mistura, e uma origem no minimo inquietante, e que tem BAtman como alvo.

Em termos de argumento o filme é maduro, competente, e principalmente consegue trazer e fazer crescer as personagens dentro da trama, ajudando a intriga e as conexões. Tem espaço para ser atual, ficando apenas refem de alguma falta de humor que poderia ajudar as quase tres horas de duração, mas este e um batman nas sombras do ser humano.

Matt Reeves foi o escolhido para fazer renascer Batman, com a ardua tarefa de não defraudar o que NOlan fez tão bem, e o inicio e interessante. A realização e promenorizada, dá-nos uma faceta quase de terror do vingador noturno com muita estetica, numa forma muito competente de abraçar este novo batman. Nota-se a forma como tem como base o que Nolan fez em Begins com muito mais dark side e uma muito melhor banda sonora.

No cast a escolha de Pattinson e feliz principalmente nos momentos em que esta com a mascara, nos restantes parece demasiado debilitado e Brune Wayne é algo diferente disso. Mesmo assim e comercialmente que o carisma de Pattinson e Kravitz parece funcionar, e principalmente a quimica que conseguem criar. Mas o maior destaque vai para um Dano que mais uma vez conduz uma personagem para niveis elevados de loucura de impacto, sendo o elemento mais vincado do filme demonstrando todos os atributos do jovem ator.

O melhor - A roupagem mais policial de um BAtman diferente mas muito funcional

O pior - A ultima meia hora não e totalmente brilhante


Avaliação - B



Texas Chainsaw Massacre

 De tempo em tempo torna-se comum determinadas sagas de terror que preenchem o historico do genero no cinema regressarem numa especie de sequela ou spinoff sendo o conhecido massacre no texas um dos que mais peles teve. Este ano surgiu mais uma nova versão/remake, numa produção que foi sendo adiada, mas que acabou por ver a luz do dia, não nos cinemas onde estava previsto mas numa compra da Netflix depois da critica ter dizimado o filme. Comercialmente e sempre um produto com algum valor em termos de netflix principalmente tendo em conta a quantidade de jovens que gostam de terror que tem a aplicação.

Sobre o filme, Massacre no Texas e um dos filmes de culto de terror, mas um dos quais onde as suas sequelas foram sempre muito rejeitadas por fas e critica, dai que seja dificil perceber porque razão continuam a tentar. O estilo e apenas um e o filme tem isso, uma serie de jovens num sitio completamente isolado, e o assassino da motosserra, muito sangue e ja esta, é neste vazio que surge mais um filme com muito sangue mas quase nenhum conteudo.

Um dos erros das sagas destes filmes e quererem ganho sem qualquer tipo de trabalho, ou seja limitam o guião e as personagens ao minimo possivel, e depois apenas temos o terror e o horror aqui sempre com mais sangue do que outra coisa mas que no final acaba por ser totalmente indiferente para quem ja viu o anterior ou vai ver o que vier a seguir, porque o filme basicamente e potenciar a leatherface umas mortes e nada mais no contexto arido do costume.

Numa altura em que vemos alguns spin off ou mesmo remakes de filmes de sucesso que arriscam novos conceitos ou novos atributos o terror limita-se a repetir argumentos com nada mais e isso demonstra bem o porque do exagerado numero de filmes que vai buscar o franchsing e o pouco sucesso de todos eles.

O filme fala de um grupo de jovens que organiza uma festa numa pequena aldeia do texas conhecida pelo seu massacre, tudo fica pior quando despertam a ira do terrivel homicida da motosserra quando a sua prestadora de cuidados acaba por morrer.

No argumento nada, mesmo nada e acrescentada a historia de base, não explica porque nem tenta construir qualquer personagem ou fio narrativo, quer uma hora e um quarto de sangue e horror e isso e claramente pouco nos dias de hoje.

Na realizaçao David Blue Garcia pegou na produçao de Fede ALvares depois de muitas desistencias e tentou dar um lado de horror e pouco mais com pouca arte ou nenhum risco, o excesso de sangue  e horror estao la mas filmado com pouca ou nenhuma qualidade.

Em termos de cast um conjunto de atores desconhecidos com Elsie Fisher como a figua mais conhecida embora seja um pouco incompreensivel como e que depois de um filme de sucesso e a sua interpretação valorizada acabe por cair no terreno do terror quase de sobrevivencia para os seus interpretes.


O melhor - Tem terror

O pior - Nao tem mais nada


Avaliação - D+



Sunday, March 06, 2022

The Weekend Away

 Numa altura em que a Netflix não necessita de uma forma tão declarada que fazer o escoamento de stock de filmes de produtoras menores eis que tem surgido menos filmes na lingua inglesa e alguns dos que tem surgido são projetos menores com este filme policial de twists continuos que estreou recentemente. Criticamente o filme ficou pela mediania, sendo que comercial tem alguns atributos que normalmente funcionam num consumo rapido que a Netflix também potencia.

 Sobre o filme podemos começar por dizer que é uma intriga policial comum, de um desaparecimento uma serie de personagens e aos poucos vamos percebendo o que ocorreu, sendo sempre um filme com poucos elementos diferenciadores a forma rapida e muito concreta com que vamos avançando e recuando acaba por dar ritmo a um filme de consumo rapido que também não demonstra muito maior ambiçao do que isso mesmo.

Existem alguns pontos que o filme e claramente prejudicado por alguma falta de competencia, como nunca usar o lado turistico e bonito da Croacia, cair no cliche da policia incompetente e num fluxo de viagens demasiado simplista, e mais que tudo por ser um filme que avança e recua em diversas direções muitas vezes e de forma demasiado rapida o que não deixa o espetador pensar e isso num policial podem não ser boas caracteristicas.

 Por tudo isto podemos dizer que mais que qualquer coisa o que temos aqui é um filme básico policial que segue os procedimentos mais comuns e muito usados num cinema de segunda linha. E um filme com poucos meios e mesmo no que diz respeito ao contexto espacial que escolhe fica a ideia que poderia escolher melhor. No fim um filme que se segue bem ao longo da sua duração mas sem elementos para ficar na retina.

A historia segue uma jovem mãe que se encontra com uma sua amiga de faculdade num fim de semana a sos na Croácia, onde tudo corria bem ate ao momento em que a colega desaparece e a mesma começa a investigar o que aconteceu numa noite onde apenas tem ligeiras recordações.

Em termos de argumento a estrutura simples da historia favorece o entretenimento, embora depois o filme explore demasiadas personagens na intriga e torne tudo tão rapido que de alguma forma nem sempre favorece os avanços e recuos da historia e limita o crescimento de personagens dentro da historia.

Na realizaçao Kim Farrant já e uma realizadora com alguma experiencia que ficou sempre numa segunda linha e parece por ali ficar. O filme ate escolhe a Croacia para cenario mas fica a ideia que nao aproveita este local tornando-o num filme simples onde esse elemento por vezes e irrelevante. Nao me parece numa fase da carreira em que vá conseguir reverter o percurso.

No cast Meester e uma atriz que perdeu algum fulgor depois do inicio de carreira em Gossip Girl fazer advinhar outro tipo de percurso. Aqui uma personagem simples que exige pouco, ficando os melhores momentos a cargo de Luke Norris que ja demonstrou poder valer mais e que ainda tenta encontrar o seu registo em filmes menores como este, mas onde sai sublinhado.


O melhor - E um filme de entertenimento que cumpre esta função.

O pior - Demasiados personagens para um espaço so


Avaliação - C



 

The 355

 Surpreendeu muita gente a estratégia de lançar um filme de açao com um elenco no feminino constituido por algumas das actrizes mais mediaticas da atualidade, logo na primeira semana do ano, ainda para mais quando duas dessas atrizes perfilam nas nomeaçoes para os oscares da academia. Por tudo isto algo de imediato fez soar o alarme se este seria realmente um filme para sucesso ou algo de estranho teria ocorrido com o mesmo. Nas primeiras avaliações percebeu-se que o resultado era fraco do ponto de vista da receção critica e isso poderia explicar a forma como foi lançado, o que resultou num rotundo fiasco de bilheteira.

Sobre o filme podemos começar por dizer que o mesmo vai buscar o tipico filme de espionagem e de agentes secretos à procura da arma que pode colocar fim ao mundo. Até aqui mais do mesmo e uma base igual a tantos outros que fazia depender o sucesso do filme de dois pontos distintos, desde logo a intriga e os protagonistas e é neste particular que o filme falha por completo em toda a linha.

Na intriga o excesso de personagens, o facto de na realidade não querer entrar em nenhuma delas, associado a um avanço e retrocesso que torna tudo quase sempre previsivel, acaba por tornar a historia numa confusão que nunca se consegue remediar, não tendo as sequencias de ação força suficiente para fazer sobreviver um filme que se percebe estar sempre a sofrer nas suas opções.

O segundo problema do filme passa essencialmente pelas personagens e pela incapacidade das suas protagonistas se sentirem confortaveis no formato. As sequencias de ação tornaram-se absolutamente ridiculas, pouco trabalhadas, e acima de tudo as personagens nao existem e quando assim é fica a sensação que nenhum filme sobrevive a tanta ineficacia.

A historia fala de um programa de computador capaz de aceder a todas as aplicações do mundo, que de repente é uma arma letal, entrando em jogo os diferentes serviços secretos com os seus agentes de forma a impedir que o mesmo seja tomado pelas mãos erradas.

Em termos de argumento e claro que o filme tem a premissa de sempre mas nunca consegue aproveitar minimamente a mesma no que diz respeito a um intriga muito débil, mas mais que tudo uma forma completamente deficitaria com que o filme constroi ou nao constroi qualquer personagem.

No que diz respeito à realização Kinberg tem o seu projeto a solo depois de ter tido o ultimo capitulo de X-men e muitas passagens pelo cinema de açao enquanto arguimentista. O trabalho e uma desilusão do primeiro ao ultimo minuto, desde a forma como nao consegue construir qualquer tipo de arte visual, ficando na retina os momentos de pessima açao que da as suas protagonistas.

Nao e na qualidade do cast que o filme se pode queixar, atrizes de topo, duas nomeadas para o oscar de melhor atriz principal, acabam por ficar num filme que não aproveita qualquer uma das caracteristicas das mesmas encaixando-as em personagens obtusas e sem qualquer tipo de significado.  Um autentico despredicio de talento do primeiro ao ultimo minuto, que não fica ilesa de culpas nenhuma das protagonistas.


O melhor - A ideia que este naipe de atrizes poderia resultar

O pior - Não resulta de maneira nenhuma


Avaliação - D



Saturday, March 05, 2022

The Wolf and the Lion

 Este filme familiar sobre a ligação entre animais selvagens e os seres humanos foi uma das primeiras apostas a ser lançado num ano de 2022 onde se espera uma maior aproximação ao publico. Esta produção canadiana e francesa que ja tinha estreado em alguns mercados surgiu nos EUA com criticas negativas que a consideraram um parente pobre dos filmes familiares de emoçao simples e talvez por isso naquele mercado o filme se tenha tornado num claro floop de bilheteira.

SObre o filme podemos dizer que fruto do numero exagerado de filmes que todos os anos se debruçam sobre a ternura da relação entre animais e pessoas torna-se cada vez mais dificil que os filmes consigam trazer elementos novos que o façam surpreender, e este também não tras, muito pelo contrario. Fica a ideia que ja vimos este filme de outros prismas e em termos de previsibilidade e do maior que poderiamos assistir

Claro que e inequiveco que a ternura da ligação entre o lobo e o leão e a simbiose dos mesmos numa personagem humana perdida que tenta encontrar o afeto nos animais e uma mensagem bonita que o filme utiliza, mas que no final fica sempre a ideia que de que existia muito mais para fazer e acima de tudo uma ideia clara que o filme tem uma ideia unica que a prolonga de uma forma preguiçosa ao logo da mais de hora e meia de duração.

Um filme pequeno que potencia a ternura de uma forma que muitos outros ja o fizeram e com muito mais qualidade e elementos diferenciadores. Este e um tipo de filme que cai no gosto facil, mas quase nao tem qualquer conteudo em elementos proprios que marquem que o ve de forma a ficar na lembrança.

A historia segue uma jovem aspirante a pianista que apos a morte do seu avô e unico parente vivo vai ate a ilha do mesmo, onde acaba por passar a residir junto de um peculiar lobo e de um leão que por acidente ali aparece, numa harmonia impensavel.

O filme em termos de argumento e totalmente mais do mesmo a todos os niveis, na relação positiva entre humano e animais, na relação negativa, no desenvolvimento e acima de tudo na forma como o filme se desenvolve no ritmo baixo e acima de tudo como não consegue criar qualquer impacto ou intriga.

Na realização o projeto foi entregue a Gilles de Maistre um realizador frances experiente mas que nunca conseguiu sair do registo do seu pais, que tem o sempre dificil trabalho de dirigir animais mas na abordagem o filme aceita a sua pequena dimensão sem qualquer elemento particularmente diferenciador.

No cast temos para alem dos animais uma jovem Kunz quase desconhecida a tentar conquistar espaço no cinema globar e protagonizar um filme com alguma expansao e sempre um passo em frente mesmo numa personagem linear. Green e o eterno secundario que aqui tras-nos uma personagem proxima do seu tipo


O melhor  - O lado empatico da relação entre os animais.

O pior - Ja vimos este filme muito melhor trabalhado


Avaliação - C-



Thursday, March 03, 2022

Munich: The Edge of War

 Num ano em que devido ao facto do cinema estar mais aberto que sera certamente mais dificil para a Netflix o ano foi aberto com um filme sobre os preludios da II guerra mundial num momento em que todos parecem ver a III a vir. Este filme sobre as negociações entre Reino Unido e Alemanha anos antes da guerra conseguiu estrear com alguma curiosidade que acabou por dar algum impacto comercial ao filme, mesmo que criticamente tenha ficado por uma mediania pouco impactante.

Sobre o filme o mesmo conduz-nos a um momento historia antes da guerra que parece interessante principalmente pelo momento atual que vivemos. Nisso o filme acaba por nos dar alguns detalhes nas prespetivas e negociações sem nunca ser um filme realmente de guerra. Isso faz com que o filme seja mais de movimentaçoes politicas que o tornam algo denso e de ritmo baixo.

O filme no entanto acaba depois por se tornar num filme de personagens mais do que propriamente num filme de acontecimentos o que vai tornando o filme algo mais pequenino e acima de tudo muito circular para as duas horas de duração. Seria um filme que com outra abordagem tendo em conta o tema e a atualidade poderia ter um impacto que o filme nunca consegue ter, passando a sua duração pela mediania.

Ou seja nao sendo um filme que vai ao fundo das questões e um filme sobre um momento historico algo diferente do que habitualmente estamos habituados a ver nos filmes sobre guerra. Fica a ideia que o filme nao consegue particularmente ir ao fundo dos envolvimentos negociais e isso torna-o algo rudimentar para um tema tao forte.

O filme fala de dois amigos ex-estudantes em Oxford um do lado alemão outro do lado ingles que se vem envolvidos numa negociação de paz entre a alemanha nazi e o reino unido nos primordios da II guerra mundial, numa altura em que a tensao crescia e a guerra era quase inevitavel.

Em termos de argumento o filme e muito mais rico nos acontecimentos historicos que quer relatar do que na forma como os conta. O filme tem dificuldade em construir uma intriga politica impactante mesmo que esta exista. A forma como o filme centra demasiado o filme nas personagens faz torna-lo ligeiramente mais pequeno.

No que diz respeito a realizaçao Showochow e um realizador alemao que tem dedicado o seu cinema a acontecimentos historicos e que aqui teve as portas abertas da Netflix para uma produção maior e com mais meios. A realizaçao e simples sem grandes artefactos que acaba por nao ser vistosa.

No cast o filme da a um MacCay a procura da carreira depois do sucesso de 1917, com um papel com muita intensidade mas nem sempre muito bem desempenhado muito por culpa de um excesso de tiques, o alemão e quase desconhecido Niewhorner parece sempre mais confortavel no registo que acaba por ter um Irons a dar nome ao filme.

O melhor - A atualidade do tema

O pior - A intriga politica nem sempre e bem construida para os objetivos do filme.

Avaliação - C



Licorice Pizza

 Toda a vez que Paul Thomas Anderson lança um novo projeto o mundo do cinema fica paralisado esperanto o que o conceituado autor apresenta desta vez. Pois bem temos um filme que segue um estilo que o realizador ja abordou principalmente em Inherent Vice, num misto de adaptação cronológica ao qual foi associado essencialmente situações completamente descabidas e uma historia de personagem. Esta abordagem foi novamente bem aceite pela critica a qual parece ficar impressionada a cada passo do realizador elogiando as suas abordagens com mais um sucesso critico que conduziu a uma presença forte na luta pelos oscares. Comercialmente os resultados foram minimamente consistentes empolgados essencialmente pelas nomeaçoes.

Sobre o filme eu confesso que pese embora consiga descobrir muitas das virtudes que todos elogiam no estilo de PTA comunicar nos seus filmes, os mesmos contudo não são de tal forma vibrantes que consiga achar o seu estilo de cinema e este tipo de filmes obras de referência e o mesmo acontece com este interessante Licorice Pizza mas pouco mais que isso. 

Como mais valias inequivocas o filme apresenta-nos uma personagem muito bem trabalhada e interpretada que seguimos ao longo das diferente peripecias, principalmente na dinamica relacional com uma outra personagem esta bem menos interessante. Anderson consegue conduzir a personagem para situaçoes e dialogos muito interessantes e bem escritos mas fica sempre a ideia que o significado do filme e sempre algo pequeno e longe do que fez principalmente em Magnolia, sendo uma historia mais convencional do que impactante.

Por tudo isto este filme e curioso, diverte-nos nas aventuras das personagens, temos um Anderson a começar a adotar um estilo de realizaçao interessante, com a folia das personagens e a capacidade das mesmas conduzirem o filme para momentos muito interessantes, consegue minorizar uma historia sem grande impacto, de um estilo de realizaçao que fascina muitos mas que a mim so me agrada.

A historia fala de uma jovem fotografa que acaba por iniciar uma amizade com um famoso ator adolescente que os faz embarcar numa serie de negocios e numa relação de maior impacto entre ambos para um desfecho desconhecido.

Em termos de argumento podemos dizer que temos uma historia simples bem trabalhada no argumento quer em termo de personagens bem caracterizadas e acima de tudo fortes do ponto de vista das multiplas dimensoes, que sao potenciadas tambem por dialogos de primeira linha, naquilo que melhor PTA tem.

Na realização o estilo de PTA começa a ter um registo proprio de bons momentos, com uma camara muito alongada que resulta. E um dos realizadores referencia da atualidade com uma legião de fas. Eu pese embora registe essas qualidades penso que os filmes nao tem a dimensao plena que apenas Magnolia conseguiu.

No cast o filme escolheu uma dupla quase desconhecida como protagonistas, e principalmente Haim funciona com impacto, numa personagem em crescendo, bem construida que poderia ter recebido maior atençao nos premios. Nos secundarios principalmente os 10 minutos de Cooper merecem destaque.


O melhor - Algumas sequencias em termos de dialogo e situações.

O pior - A base central do filme não e propriamente de um impacto fortissimo

Avaliação - B