Monday, April 30, 2018

Journey's End

As diferentes guerras que ao longo do tempo marcaram a historia mais recente da humanidade são sempre um campo de trabalho para os estudios de cinema no sentido de contarem a historia dentro da historia. Em 2017 pese embora apenas tenha sido lançado nos EUA em 2018 surgiu este filme ingles, sobre os medos da linha da frente. Pese embora tenha sido recebido com avaliações positivas nos festivais onde foi apresentado o filme não conseguiu impacto para entrar em qualquer luta, estreando de uma forma silenciosa ja durante este ano e sem grande valor comercial.
Sobre o filme, não é facil num filme de guerra ser acima de tudo um filme de impacto emocional e de medo, principalmente porque os ritmos de filme acabam por ser lentos e isso contorna em muito a expetativa que se tem para um filme de guerra. Mesmo assim e principalmente na dimensão fisica do filme ao deixar as personagens num curto espaço o filme acaba por ser interessante pela sensação de inevitabilidade que acaba por nos dar.
Mas por outro lado parece-me um filme modesto, para um remake conhecido penso que as personagens para alem do medo acabam por dar muito pouco ao filme, caindo na maior parte do tempo em algum cliche facil, e mais que isso num lado demasiado proximo entre persongens com treino de guerra. Mesmo assim a forma como a situação e excepcional acaba por justificar este ponto.
Ou seja um filme de guerra aparentemente menor, com alguns pontos que se destacam mas longe de ser um bom filme, ja que principalmente nos ritmos deixa-se adormecer e tirar o impacto do que esta a contar. Tambem me parece que a nivel tecnico e de representação o filme nunca consegue ser de uma linha principal.
A historia fala de um conjunto de soldados dos aliados que vao para a frente de batalha sabendo que vao ser atacados, sendo o filme a forma como estes vivem os ultimos dias sabendo que provavelmente nao sairao dali com vida.
Em termos de argumento a historia de um remake algo conhecida com uma roupagem diferente e pouco mais. A pouca desenvoltura psiquica das personagens mantem-se e o impacto emocional e do pouco que resite no filmes.
Na realizaçao Saul Dibb algo distanciado de filmes de maior dimensao tem um filme com poucos recursos e isso denota-se no pouco primor estetico do filme e no pouco trabalho nas sequencias de ação. Fica a sensação que pese embora seja um realizador eficaz, ja teve mais perto do sucesso.
No cast um conjunto de actores britanicos com resultados diferentes, Cafflin parece-me entrar demasiadas vezes em overacting muito na tradição inglesa. AO seu lado Butterfield necessita de outro tipo de registos, sendo o melhor o sereno Bettany.

O melhor - O clima de clausura que o filme nos da em termos espaciais.

O pior - Os ritmos demasiado lentos

Avaliação - C

Saturday, April 28, 2018

Winchester

Casas assombradas tem sido o abono de familia dos filmes de terror que repetem e repetem o estilo e o argumento com mais empenho em termos visuais ou como neste caso com um cast mais recheado de estrelas valorizadas noutros generos. Pese embora este esforço o resultado não foi muito diferente da maior parte dos filmes do genero. Criticamente um desastre com avaliações essencialmente negativas, sendo que comercialmente também esteve longe dos resultados melhores do genero.
Winchester trazia algo de novo automaticamente ao genero, que é um elenco com actores de primeira linha critica, em bom momento de forma o que fez antever que na essencia algo de diferente tinha que ter este filme para chamar a atenção de Mirren e Clarke. Pois bem desengane-se quem como nos pensou assim, temos um filme rigorosamente igual a muitos, com pouco ou nenhum suspense, e que o terror apenas funciona na caracterizaçao dos alegados espiritos ja que de resto o filme quase não existe nesta dimensão.
Por tudo isto e facil perceber que se trata de um mau filme, confuso, que nao consegue fazer imperar a sua dinamica narrativa, onde apenas a logica do "karma" parece ter algum efeito pela questão da pessoa em causa ser a dona de uma empresa de armas. O unico ponto que funciona no filme e esta inerente a historia em si é a complexidade arquitetonica da casa onde tudo acontece, mas mesmo aqui pensamos que tudo poderia e deveria ser mais aproveitado.
Num genero que nos ultimos anos ganhou alguma qualidade este filme e o regresso as historias repetidas com o unico objetivo de ganhar dinheiro, sendo que para isso ja se recorre a atores de primeira linha, que aceitam participar em filmes que nada lhe oferece de novo, como e este caso.
A historia fala de uma psiquiatra que é chamado para uma mansão para avaliar o estado psicologico de uma proprietaria de uma empresa de armas, contudo de imediato percebe que aquela casa tem algo invulgar.
O argumento e a repetição constante de argumentos que se faz no terror, principalmente no que diz respeito a espiritos, o filme não tras nada de novo, narrativamente, nos dialogos e nas personagens, dai que seja bastante pobre.
Na realizaçao os irmãos Spierg relacionados com o terror, tinham muito para dar estetica ao filme e acabam por se centrar demasiado na personagem principal esquecendo tudo o resto. Nao sendo um filme de serie B de terror esta longe de ser uma obra prima estetica.
Se no caso de Mirren a idade avançada podera fazer com que as opções de carreira sejam diminutas, no caso de Clarke em boa forma e com muitos filmes na onde não se consegue perceber esta opção de um actor em ascensão de carreira e que nao beneficia nada deste genero de filmes.

O melhor - A casa

O pior - O argumento repetido pela enesima vez

Avaliação - D+

Wednesday, April 25, 2018

Pacific Rim: Uprising

Cinco anos volvidos depois de Guillermo del Toro ter surpreendido com uma grande produção sobre robots gigantes mas com entertenimento de ponta, surge a sua sequela, desde logo sem o realizador mas tambem sem os dois protagoniostas principais. Talvez pela falta da base essencial de sucesso do primeiro filme o resultado critico foi claramente inferior com avaliaçoes medianas com tendencia mesmo negativa. Em termos economicos o filme conseguiu resistir principalmente nos mercados internacionais ao contrario do americano onde acabou por ficar muito aquem do primeiro filme.
Sobre a obra em si, e começando por ressalvar ter sido adepto do primeiro filme, este segundo filme comparativamente e um desastre completo, desde em termos narrativos, onde nao só nao acrescenta nada como cai em todos os cliches que o primeiro filme resistiu, mas mais que isso na sua esscencia limita-se a enumeras sequencias de açao sem grande plano com efeitos de ponta e nada mais.
Aconteceu com Pacific Rim aquilo que aconteceu com Transformers, depois de um primeiro filme funcional principalmente a nivel de entertenimento temos obras sequentes pouco trabalhadas, quase de forma a potenciar os efeitos especiais de ponta mas sem qualquer valor narrativo e mais que isso sem os elementos diferenciadores que funcionaram no primeiro filme.
Nao sei se iremos ver novos episodios a falta principalmente da base do primeiro para o segundo filme e muitas vezes a morte das sagas e aqui temos um baixar de qualidade significativo num filme cujo primeiro filme foi uma boa junçao de tecnica e argumento quando aqui temos um filme que apenas ficou com a tecnica.
O filme segue dez anos o primeiro filme, onde novamente temos o ataque dos seres de outro mundo, com toda a força com uma nova equipa determinada em salvar o mundo desse mesmo ataque.
Em termos de argumento muito pouco, a base vem do primeiro filme, e pouco mais e acrescentado, alguns twists nas personagens, pouco ou nenhum humor, e uma intriga tipica de filme serie b. Muito pouco para um filme com este orçamento.
Na saida de Del Toro ficou com o leme DeKnight um realizador de obras maiores da televisao que aqui teve o seu maior projeto mas sem brilho, muitos efeitos mas pouco autor, necessitara de mais filmes para ter mais risco.
Por fim em termos de cast, claro que Humman e Alba sao muito mais funcionais que um Boyega que ainda nao confirmou a razao de ter sido escolhido para Star Wars e um Scott Eastwood que ainda mostra ser apenas a sombra do seu pai. Pior que tudo um Day funcional em comedia mas ridiculo a assumir a vilania do filme.

O melhor - Os efeitos continuam de ponta

O pior-  COmo se esgota um bom primeiro filme.

Avaliação - D+

Tuesday, April 24, 2018

Red Sparrow

E estranho como e que um filme que é adaptaçao de uma obra literaria de renome com um bom elenco se deixa estrear numa fase mais apagada do cinema, demonstrando desde logo que o filme tinha pouca confiança em si proprio. Em termos criticos percebeu.-se que o filme nao poderia ir muito longe com avaliaçoes demasiado diferentes o que nao permitiu uma recepção critica positiva. Restava o valor comercial do filme o que tendo em conta os intervenientes tambem me pareceu escasso.
Sobre o filme temos aqui um jogo de espioes ao mais alto nivel, num filme de longa duração, duro, com muito do seu teor implicito, mas um jogo do gato e do rato de impacto e de entertenimento interessante. A formula dos personagens serem abertos como bluff é algo patente ao longo do filme e permite criar o suspense relativamente ao lado de cada um e isso faz que um filme como este mantenha o espetador ligado ao ecra e isso e obviamente de valorizar.
Mas tambem nao se fica por aqui, sendo a sexualidade um tema dominante o filme explora-o com saber no filme quer implicitamente quer explicitamente e isso acaba por dar ao filme um caracter cru, na forma como as Sparrow eram trabalhadas para ser objetos com um sentido unico. E nisso o filme consegue dar essa ideia de uma forma dura mas eficaz.
Por tudo isto parece-me que nao sendo uma obra prima, longe disso este Red Sparrow e um bom filme de entertenimento que prende o espetador, que surpreende o telespetador, que nao tenta embelezar as coisas sendo negro e violento, e muitas vezes neste genero isto e o que diferencia um filme eficaz de um mau filme.
A historia fala de uma ex bailarina russa que aceita ser agente daquele pais numa missao que tenta descobrir uma toupeira nos serviços secretos russos.
Em termos de argumento o filme e eficaz, principalmente na forma direta com que as palavras sao ditas nos dialogos, e principalmente na intriga e o twist final, consegue deixar o espetador preso ao ecra, mesmo sem personagens de ponta.
Francis Lawrence e mais que qualquer coisa ainda um tarefeiro de hollywood, falta-lhe um filme que tenha a sua assinatura e este filme tambem acaba por ser eficaz mas sem brilho na realizaçao. Com os actores que ja trabalhou ja se pedia um filme mais vistoso.
No cast temos Lawrence num papel mais adulto, bem criado, se bem que me parece algo esteriotipado no exagero do sotaque russo. Ao seu lado muito pouco espaço para os secundarios ja que e acima de tudo um filme de personagem. Nao sendo dos melhores filmes de Lawrence e um dos mais corajosos e exigentes fisicamente.

O melhor - A sinceridade com que o bluff e feito pelas personagens.

O pior - Claro que são demasiadas voltas para ser vermosivel

Avaliação _ B

Saturday, April 21, 2018

Peter Rabbit

Uma das historias mais conhecidas de Beatrix Potter conta a relação de um coelho com uma familia. Este ano e com toda a inovaçao tecnologica a cargo da Sony surgiu esta adaptaçao com uma serie de vozes familiares. Os resultados do filme comerciais foram muito interessantes tornando-se num dos filmes mais rentaveis junto dos mais novos na epoca de pascoa. Em termos criticos as coisas nao correram particularmente bem, com avaliaçoes dispares e demasiado medianas.
SObre o filme e facil perceber que o alvo preferencial deste filme sao os mais pequenos, e o filme neste alvo pode funcionar principalmente porque usa algum humor, principalmente fisico, e acaba por ter emoçoes simples num processo bem trabalhado. O filme funciona bem pior em termos de significado e mais que isso junto dos mais velhos, o filme nunca consegue ter atributos que lhe permitam obter este tipo de resultado.
POr isto e mesmo tendo em conta que e um filme tecnicamente bem feito, parece-me claro que é um filme com limitaçoes no alcance, pese embora seja uma historia para os mais pequenos funcional, o filme nao e particularmente diferente em nenhum dos seus pontos, e por isso penso que o filme não tem dimensao para ombrear com outros filmes do mesmo genero.
SUblinha-se o caracter britanico do filme que esta bem presente nas personagens, no humor, na forma como o filme e realizado. COntudo numa altura em que Paddington conseguiu subir os patamares deste genero de filmes para niveis mais elevados este filme sabe mesmo a muito pouco.
A historia fala de um coelho e os seus familiares e a sua relação com o proprietario de uma horta que normalmente eles atacam, bem como uma vizinha simpatica.
EM termos de argumento o filme tem processos simples quer em termos de personagens quer em termos de humor, significado e intriga. Parece-me que o filme não e propriamente totalmente distinto neste particular.
Na realizaçao Gluck depois de um inicio na comedia com sucesso principalmente comercial, teve um rotundo floop na sua adaptaçao de Annie, e regressa aqui a um genero familiar com mais sucesso. Pese embora o filme nao seja totalmente artistico penso que o filme funciona no uso das tecnicas.
Os filmes para os mais pequenos sao ingratos para os seus actores, principalmente porque nao lhes pedem muito em termos dramaticos e mais num humor fisico que nem sempre encaixa nos atributos dos protagonistas. Gleeson tem essa capacidade mas cai em demasia no overacting. Bem melhor Byrne, num encaixe total na personagem.

O melhor - ALguns momentos de humor.

O pior - O filme nao ter nada que o distinga totalmente

Avaliação - C

Borg Vs McEnroe

As rivalidades historias do desporto são sempre algo proveitoso para o cinema. Usualmente e hollywood que embarca nestas historias contudo em 2017 o proeminente cinema sueca apostou em trazer ao ecra a rivalidade entre estes dois carismaticos jogadores de tenis, com personalidades bem diferentes durante um torneio de Wimbledon. O resultado critico foi moderadamente positivo pese embora sem o entusiasmo que tivesse conduzido o filme a uma escala universal. por sua vez comercialmente sendo uma produçao europeia os resultados foram modestos e o filme nao conseguiu a visibilidade que muitos numa fase inicial pensaram que seria possivel.
Sobre o filme eu penso que ao contrario de outros filmes, este tem um ponto a favor, desde logo o facto das personalidades em choque serem completamente antagonicas e mais que isso ambas bastante interessantes no seu processo de crescimento. O filme aproveita isso dando muitos flashbacks ao filme que alias sao o grosso daquilo que o filme quer contar.
Mas tem um problema que nao deixa de ter o impacto desejado, ou seja, esta rivalidade nunca o foi na verdade, existiu uma disputa competitiva entre ambos mas nunca houve um choque pessoal entre ambos para alem do desporto, e isso tira alguma nervo ao filme que é demasiado pausado, muito numa tradiçao europeia de contar historias, e com um equilibrio de tempo nem sempre facil, principalmente na longa duraçao do jogo final.
OU seja um filme que serve muito mais de homenagem aquilo que foi Borg como pessoa e jogador do que propriamente o choque que o titulo deixa antever. Para os amantes do tenis fica a homenagem a dois jogadores e personalidades singulares mas o filme não consegue ir mais longe do que a descrição e a base do custo do sucesso.
O filme fala-nos dois dois carismaticos jogadores de tenis e a forma como chegaram a um torneio de wimbledon, um como campeão e sem sentimentos amado pelo publico, e um irreverente jovem americano que dava os primeiros passos no sucesso.
Em termos de argumento o filme e inteligente na forma como da primazia ao passado do que propriamente ao presente, ja que este na essencia nao tinha muito mais que contar do que um jogo de tenis. Nem sempre o argumento permite os balanços certos de tempo.
Na realizaçao Metz nao tem um trabalho facil principalmente na contextualizaçao espacial e temporal do jogo, mesmo assim para um realizador dinamarques parece-me que o filme funciona principalmente na adequaçao ao tempo da transmissao do jogo.
No cast principalmente fisicamente temos muito de Borg em Gudnanson, ja que em termos de interpretaçao o filme nao exige muito. Labeouf parece-me algo perdido a procura de papeis mais intensos, aqui parece-me quase sempre longe daquilo que conhecemos de McEnroe.

O melhor - O lado passado dos jogadores.

O pior - A rivalidade em si nunca existiu

Avaliação - C+

Friday, April 20, 2018

Den of Thieves

Os filmes sobre golpes a instituições bancarias sempre tiveram uma presença muito propria no cinema e chamaram a atenção para os adeptos do cinema. Com algumas adaptaçoes e historias de maior sucesso que outras, em Janeiro do presente ano surgiu um filme sobre grupos de policias e ladroes com muitos pontos em contacto que acabou por passar com mediania quer comercial quer critica que nao deu a dimensao que a duraçao do filme fazia prever.
Den of Thieves é um filme com algumas qualidades que devem ser assumidas, a capacidade de fazer um filme detalhado no plaeamento do golpe, em algumas interpretaçoes principalmente no lado dos maus, e um final que acaba por nos dar a volta a tudo aquilo que nos estamos a pensar. Contudo e um filme com defeitos tambem vincados como nao dar nada sobre as razões das personagens para os seus planos, existir alguns pontos do argumento que sao abandonados mas acima de tudo a elevada duraçao para um filme do genero.
mesmo assim e nao sendo propriamente uma obra prima ou com um significado muito imponente parece que acima de tudo e um filme de entertenimento razoavel, mesmo tendo em conta a sua duraçao, e um filme que vai crescendo principalmente quando o climax chega e acima de tudo aposta no twist final que e sempre um trunfo para qualquer filme que tem como objetivo a aceitaçao comercial.
Numa altura em que os argumentos sao repetidos, este acaba por ter alguns pontos diferentes mesmo que outros pouco trabalhados o que nao e compreensivel em face das quase duas horas e meia de duraçao. Ficamos com a ideia que principalmento no lado mais negro dos grupos existia muito mais para contar e explicar.
O filme fala de um conjunto de policias que passeiam nos limites da lei e a forma como tentam investigar um grupo de assaltantes com um plano enorme de roubar uma instituição bancaria.
No centro do argumento nao temos nada de particularmente distinto neste filme, em termos de intriga o filme funciona principalmente nos detalhes do plano e na forma como surpreende o espetador. Perde pela ma contextualizaçao dos personagens.
Gudegast e um realizador que ate ao momento era mais conhecido por argumentos de filme de açao e mesmo assim longe de um sucesso interminavel. No filme temos competencia com simplicidade permitindo ritmo ao filme, mesmo que nunca arrisque em algo mais artistico.
Uma das surpresas positivas do filme vem no cast Schreiber o irmao mais novo de Liev tem uma pretação de relevo, demonstrando carisma e intensidade que lhe fazem pensar numa carreira mais seria nos proximos anos. Jackson Jr parece demasiado Ice Cube e Butler e algo repetitivo nos seus papeis.

O melhor - Schreiber

O pior - A falta de explicaçao das personagens

Avaliação - C+

Wednesday, April 18, 2018

10 X 10

Alguns actores de segundo nivel diversas vezes tentam a sorte em filmes mais pequenos de realizadores em inicio de carreira procurando o reconhecimento critico que nos filmes maiores nao conseguem ter. Neste pequeno filme reuniu-se dois actores que encaixam nesse perfil, num curto filme de suspense. O resultado critico do filme não foi propriamente o melhor e comercialmente também não teve dimensao para grandes voos.
Sobre o filme podemos dizer que este acaba por nos dar a dimensão objetiva que os Thrilers de baixo custo costumam ter, principalmente na forma como alimenta a intriga na fase inicial e aos poucos vai nos dando aquilo que realmente é essencial na fase central do filme. Certo é que contudo o filme tem muitas dificuldades de logica quer na fase inicial quer posteriormente na manutenção de toda a situação do filme.
Por tudo isto mesmo sendo um filme que consegue manter a intriga ate ao final, parece nunca ser coeso ou equilibrado naquilo que quer contar e por isso é facil perceber que se trata de um filme menor, que cai nos erros de palmatoria dos thrillers de melhor qualidade e que nunca consegue explorar sem cliches as caracteristicas dos seus personagens.
Ou seja um filme que rapidamente se esquece, que fruto da sua curta duraçao consegue manter algum ritmo, mas que na essencia nao consegue nem narrativamente nem em termos de conceito dar qualquer toque diferenciador que permita ao filme outro tipo de objetivos.
A historia fala de uma mulher que de repente e raptada por um individuo que a segue, sendo que aos poucos vai se percebendo a relação entre as duas personagens quando a primeira tenta se libertar do controlo que lhe e efetuada dentro de um pequeno quarto.
O argumento e simplista, mesmo na forma como o filme acaba por se desvendar nao temos nada de particularmente novo. Em termos de personagens fica a ideia que as mesmas deviam ser mais trabalhadas e os dialogos mais potenciados em termos de dinamica.
Na realizaçao Suzi Ewing e uma total desconhecida com um trabalho basico sem grande risco, ou nivel artistico. nao sera este filme que a fara sair do anonimato mas e um projeto que chamou a si alguns actores pelo menos conhecidos.
No cast Evans e Reilley sao actores diferentes, o primeiro tenta nestes filmes ganhar um caracter mais dramatico que este filme nao potencia, enquanto que a sua companheira de cast tenta maior dimensao comercial, algo que tambem este filme nao lhe deu.

O melhor - A forma como o filme se vai revelando

O pior - Muito do que nos da nao tem grande logica

Avaliação - C-

Fifty Shades Freed

Três anos depois da primeira saga desta adaptaçao ao cinema de um dos titulos mais conhecidos da literatura contemporanea, o franchising chega ao fim com o terceiro filme. Com o passar do tempo não so a expetativa foi ficando menor bem como em termos de resultados comerciais as coisas foram ficando cada vez mais negras. Criticamente desde o primeiro filme que os resultados foram muito negativos numa saga que ficara para a historia como uma das piores recebidas em termos criticos.
SObre o filme começo por dizer que quando pensava que dificilmente este ultimo capitulo poderia ser pior que o seu anterior, pois bem enganei-me, este é não so o pior filme a todos os niveis da saga bem como acaba por ser um dos piores filmes que tenho memoria, e isso num filme que supostamente concluiria uma historia e uma triologia que provavelmente nao teria materia nem sequer para um filme.
Tudo no filme nao existe, desde logo uma intriga completamente sem intensidade e que acaba sem nos pensarmos muito bem se estamos a assistir a um filme de base uma satira aos filmes, um suspense em determinado ponto narrativo que desaparece num guião, e uma quimica que apenas serve de contexto para as sequencias sexuais que nada mais sao do que repetir o que os filmes anteriores ja demonstraram.
Ou seja num filme baseado num livro escrito por uma mulher, sobre uma mulher acaba por ser das historias mais futeis que ha memoria, sendo uma passerelle de dinheiro e bens materias e pouco mais, num filme que para as suas amantes deve fazer pensar se o genero nao tem uma crise de valores.
O filme fala do lado final entre Grey e Anastasia depois de casar, e com o desenvolvimento da relaçao a sofrer alguns precalços ate a felicidade final.
O argumento e completamente absurdo, desde logo numa intriga inexistente, em dialogos de personagens totalmente futeis, e com pontas narrativas que desaparecem sem ser fechadas em momentos em que pensamos que quem montou o filme deveria estar com crises de memoria, enfim horrivel.
FOley aceitou realizar os dois filmes sequentes e teve aqui os seus filmes mais fracos e mal realizados, provavelmente pondo fim a uma carreira que a determinada altura chegou a ser promissora, provavelmente vai necessitar de passar por algumas series para regressar novamente ao cinema.
No cast nada de novo, parece obvio que a escolha de Dakota foi bem mais feliz que DOrman, neste filme nem em termos de duo funciona, mas para isso contribuiu e muito a falta de qualidade de tudo no filme.

O melhor - Acabou

O pior - UM filme para a historia como dos piores dos ultimos anos

Avaliação -. F

Monday, April 16, 2018

The Hurricane Heist

Filmes catastrofe foram moda durante muitos anos mas após a febre tornaram-se quase em exclusivo filmes de serie B com a exploração dos efeitos especiais em exclusivo sob a forma de digital. Este filme que nos trazia o realizador que deu origem ao primeiro Fast and Furious e uma mistura entre um filme de assaltos e catastrofe acabou por de uma forma esperada ser mal recebido pela critica com avaliações essencialmente negativas. No que diz respeito a resposta de bilheteira do filme um autentico desastre com resultados mais tipicos de filme serie B.
Sobre a historia desde logo podemos por começar a sublinhar que uma tempestade e um assalto não só e uma mistura sem qualquer tipo de sentido bem como tendo em conta a dimensão da tempestade e um acto de estupidez que passa do argumento para os personagens. Perante isto o filme nunca consegue ultrapassar este facto tão estapafurdio e sem sentido que acaba por levar  consigo todas as outras decisões do filme como o estratagema que envolve toda a gente, a forma como rapidamente as aguas sao as mais agressivas do mundo como uma piscina de lazer, enfim um autentico disparate em todos os sentidos.
Mas em termos de forma o filme nao falha apenas naquilo que acima referimos como cai no cliche emocional da busca do passado, na forma como Kebbel nos tras um sotaque redneck sem qualquer tipo de sentido, na forma como sem em momento algum ser trabalhado o casal protagonista cria uma ligaçao tal que volvidas duas horas um ja morre pelo outro, enfim uma sequencia de disparates que em muito tempo nao se via num cinema de distribuição wide.
Hollywood por vezes cai nesta formula de dinheiro facil, pensando que o digital e os efeitos podem ultrapassar qualquer buraco narrativo, contudo em filmes como este, em que o burado e da dimensão da tempestade que querem dar ao filme o resultado acaba por ser em toda a linha absurdo.
A historia fala de um jovem metereologista com um passado traumatico que se vê envolvido numa nova tempestade onde tem que ajudar uma agente federal a impedir um roubo de milhoes orquestrado por um grupo criminoso.
Em termos de argumento para alem das bases do filme em momento algum combinarem, mesmo no detalhe de personagens, intriga e dialogos o filme é totalmente absurdo e quando e assim não existe efeitos ou realizaçao que o safe.
Na realização Cohen é um expert realizador de filmes de ação contudo atualmente longe do sucesso dos seus primeiros tempos. Aqui nota-se cansaço na forma como não consegue dar qualquer roupagem diferenciadora ao filme, numa fase clara de desaceleração.
No cast Kebbel sofre obviamente de um sotaque sem qualquer tipo de sentido, e que acaba por danificar toda a personagem. Grace está longe de ser uma actriz de topo ou ter força para sustentar um filme de ação.

O melhor - Os efeitos especiais são eficazes

O pior - Tudo nao fazer sentido algum

Avaliação - D-

Sunday, April 15, 2018

Hostiles

Scott Cooper é um jovem realizador cujos os seus filmes tem na sua maioria deles sido bem aceites pela critica mais insuficiente ate ao momento para chegar aos premios mais altos. Muitos pensaram que seria com o seu novo Western que isso seria possivel, contudo apesar do filme ter conseguido avaliaçoes positivas nao foram sucificentes para chegar a luta pelos premios principalmente depois de algumas dificuldades de distribuição que o filme teve  Comercialmente tendo em conta que se trata de um filme lançado em Janeiro os resultados foram medianos nao suficientes para dar um impulso ao filme.
SObre o filme, o Western tradicional e um genero em desuso, dai que este filme que tem a maioria das caracteristicas tradicionais do Western e um filme algo fora de tempo, pese embora dentro do genero consiga ter o lado cruel das sequencias de maior violencia e o lado emocional que acaba por encaixar bem no resultado final de um filme que sem em momento algum ser uma obra pima e um filme competente.
Em termos de competencia o filme acima de tudo funciona na dualidade entre um lado cru e agressivo de personagens com o lado mais implicito que liga todas as personagens. Alias o que me parece que melhor funciona no filme e a uniao entre as personagens e o valor que a vida humana tem na guerra e que muitas vezes e esquecido por um sentimento maior.
Hostiles mesmo sendo um bom western acaba por nao conseguir trazer nenhum impulso diferenciador que permitisse ao filme atingir parametros mais elevados, por isso parece obvio que nao sera este o filme que vai vincar a carreira dos seus interetes e realizador mesmo que seja um bom preenchimento as carreiras dos mesmos.
A historia fala de um comandante do exercito que tem como funçao levar uma familia apache ate a sua residencia, depois de muitas lutas contra este povo e de uma uma vida de luta perante a pessoa que agora tem que proteger.
Em termos de argumento podemos dizer que mais que espetacular o filme e competente, principalmente no balanço emocional do filme, e em alguns dialogos claramente fortes naquilo que sao os principios de guerra. Podera falhar em termos de previsibilidade de intriga mas nao me parece que em momento algum o filme e a sua historia deixem de ser competentes.
A realizaçao de Cooper e tradicional, explora e bem os contextos paisagistos por onde as personagens se movimentam, mas nao da ao filme uma roupagem diferenciadora e isso acaba por nao diferenciar o filme relativamente a outros filmes do mesmo genero, Cooper necessita de uma obra prima e este nao o foi.
No cast Bale e sinonimo de competencia principalmente em personagens introspetivas como e o caso, ao seu lado Pike tem o lado mais emocional que tambem encaixa bem. Nao e um filme para grandes interpretaçoes mas com os seus interpretes nada estava em risco neste particular.

O melhor - O implicito de algumas cenas

O pior - A intriga ser algo previsivel e o ritmo nem sempre muito acelerado

Avaliação - B

Friday, April 13, 2018

You Were Never Really Here

Apresentado com grande sucesso no ultimo festival de Cannes, ainda que alegadamente por terminar, este filme acabou por apenas ser lançado no mercado americano ja em 2018, tendo perdido quem sabe alguma das oportunidades de lutar por premios, acima de tudo depois da grande recepção critica que teve no festival frances e da boa recepção critica de uma forma geral. Em termos comerciais o filme da Amazon teve longe de grande brilhantismo e o efeito tempo deve-o retirar na luta por premios ainda este ano.
Sobre o filme podemos dizer que nem sempre é um filme facil, demasiado pausado e centrado numa personagem que abusa dos flashbacks que ao inicio nao fazem qualquer sentido, mas com o tempo vamos começando a gostar do cru do filme quer nas sequencias de violencia ou mesmo no sofrimento constante que a personagem nos da com o seu mundo interior.
OU seja um filme que tem muitas da qualidades que por exemplo tem Driver, desde logo o silencio como uma forma de comunicar e a forma como rapidamente esse silencio da lugar a violencia fazem do filme mais que tudo um filme de impacto, que acaba por ter mais potencial pela forma simples e artistica com que e realizado, numa procura sempre das melhores imagens que nos podem dar.
E obvio que em termos de argumento o filme em si nao tem muito mais que uma historia de um vingador. nao e um filme preenchido por dialogos, alias poucas sao as palavras que a personagem principal acaba por dar, e mesmo em termos de intriga tudo ocorre da forma mais previsivel, mas a forma como e filmado leva o filme para patamares mais elevados.
A historia fala de um veterano de guerra com um passado dificil que e contratado para encontrar menores desaparecidas ate ao momento em que acaba por uma investigaçao o levar a um extremado e poderoso grupo.
Em termos de argumento nao e obviamente o forte do filme, que deixa quase tudo por dizer quer em personagens quer em dialogos, isto e pensado de forma a potenciar o estilo do filme, mas e obviamente o parente mais pobre do filme.
Sobre a realização de Ramsay podemos dizer que a sua escolha de imagens e o balanço com o silencio da todo impacto a uma realizadora de poucos filmes mas inquietantes, num filme mais trabalhado do ponto de visto de mediatismo poderia ter obtido mais reconhecimento em termos de premios.
NO cast o filme e um autentico palco para as capacidades interpretativas de um Pheonix intenso, dramatico, em catastrofe pura ou seja o seu terreno positivo, num actor que como poucos consegue preencher o ecra, principalmente neste tipo de personagens mais sombrias.

O melhor - A dupla ator realizadora

O pior - O argumento e algo simplista

Avaliação - B

Wednesday, April 11, 2018

Spinning Man

Os realizadores escandinavos tem muito a tendência quando estão envolvidos em projetos de hollywood de optar por policiais ou thrilers psicologicos que tentam ir ao lado negro de cada um dos seus protagonistas. Isto é o que nos tras este filme de mais um realizador daquela zona a tentar a sorte num cinema mais mundial. Em termos criticos as coisas nao foram brilhantes com uma recepção mediana com tendencia negativa. Comercialmente o filme também este longe de grandes resultados passando de forma incognita nos cinemas americanos.
Sobre o filme os thriller policiais obdecem a regras muito claras e que um filme para funcionar devera pelo menos seguir os passos logicos de abordagem a historia. Pois bem este filme falha em grande escala num deles que se trata na definição clara do final e na capacidade do mesmo surpreender. Alias isto ate acaba por acontecer mas por o pior dos motivos ou seja, ninguem consegue perceber o final do filme e mais que isso o que o mesmo significa, e num filme que ate la tem os processos normais, isto é um defeito incontornavel na sua avaliação final.
Ate la tudo decorre de uma forma normal, dando-nos aos poucos pistas para o que aconteceu, sempre com a dualidade de forma a prender o espetador a ambas as possibilidades, pese embora com uma realização estranha, com segmentos curtos e muitas vezes desnecessarias e com cenas que muitas vezes acabam por nada relevar para o processo, mas até à sua conslusão torna-se um filme basico de intriga repetida.
Por tudo isto nao e facil analisar este filme de forma positiva quer por uma realizaçao que torna-se intrigante com as suas opçoes e principalmente por nao conseguir fechar uma intriga que obrigatoriamente teria que o ser feito, e quando nao funciona estes pontos num filme deste genero dificilmente o mesmo também consegue funcionar.
A historia fala de um professor universitario conhecido por envolvimento com estudantes que começa a ser investigado pelo desaparecimento de uma estudante, com a mesma a estar a cargo de um ambicioso inspetor.
O argumento funciona de uma forma linear ate certo ponto em que se perde completamente na tentativa de nos dar um final ambiguo, como resultado o filme nada significa naquele final e tira toda a intensidade que o filme de forma simples e pouco criativa tem ate então.
Na realização Kaijser tem um trabalho demasiado estranho com sequencias muito curtas e muitas vezes extremamente desnecessarias para o filme. Dai que nao tenha gostado quase nada deste trabalho de um realizador que teve aqui a sua primeira prova de fogo num cinema mais generalizado.
No cast eu acho Pearce um actor intenso e versatil, nem sempre com as melhores opçoes, como neste filme, mas um actor que cumpre o que os papeis lhe pedem e aqui a sua ambiguidade da ainda alguma força ao filme, que o argumento e realizaçao tiram. Brosnam e mais monocordico num papel tambem muito mais simples.

O melhor - Pearce consegue funcionar da dictomia que o filme necessita

O pior - O final

Avaliação - D+


Birthmarked

O cinema independente muitas das vezes principalmente em termos de comedia, tem boas ideias mas nem sempre as consegue potenciar em filmes complestos. Este filme que aborda os principios da psicologia comportamental de uma forma assumida, é claramente um filme para poucos. Em termos criticos o filme acabou por ter uma recepção nada positiva com avaliações essencialmente negativas o que acabou por condicionar a dimensão mediatica do filme que estreou completamente de forma incognita nas salas americans.
Eu confesso que a adoptar teorias de psicologia ao cinema nem sempre é uma tarefa particularmente facil, o filme tem obviamente essa influencia de uma forma declarada, e podemos dizer que o filme ate começa bem, quer na presença de um narrador comentador, quer na fase inicial com um estilo de humor rebelde e pouco convencional, mas que com o tempo vai-se tornando totalmente sem sentido e pouco desconexo, tornando o filme difuso e sem interesse.
Alias este é daqueles filmes que tem uma introduçao interessante, ou seja, uns primeiros dez minutos que nos deixam antever uma comedia de autor, mas que rapidamente se torna numa trapalhada de ideias pouco fluidas onde parece que o objetivo maximo do filme acaba por ser transmitir a excentricidade dos personagens mais propriamente do que fazer trabalhar uma intriga que já de si e particularmente limitada.
Ou seja um filme que até poderia ter um bom principio que funciona na fase inicial na criaçao de um estilo mas que propriamente torna-se rapidamente uma obra pouco coesa, confusa e sem graça. Um estilo independnete de humor que muitas vezes acaba por dar aos filmes uma criatividade unica mas que aqui esse ponto nunca consegue ser na verdade conseguido.
A historia fala de um casal de cientistas que tenta criar os seus tres filhos de forma diferente com o objetivo de os transformar em profissionais de diferentes areas. Contudo com o evoluir dos menores esse objetivo começa a ser alterado pelo desenvolvimento dos menores.
Em termos de argumento a ideia de base ate poderia ser interessante ainda que dificil. O filme consegue o mais dificil que e fomentar inicialmente a ideia, mas depois desaproveita por completo este sucesso tornando o filme confuso, estranho e pouco engraçado.
Hoss-Desmarais é um realizador totalmente desconhecido que aqui tem uma realização simples, tipicamente independente mas que acaba por encaixar em termos esteticos no filme, não é neste plano que o filme falha mas sim num argumento que não segue o estilo da realização.
No cast quer Goode quer Collette são talhados para cinema independente de humor, tem a capacidade da interpretaçao fisica e emocional e aqui tem papeis interessantes que nao vao mais longe devido a um argumento que nem sempre potencia as persoangens, contudo também não é neste vetor que o filme falha.

O melhor - A sequencia do teatro infantil

O pior - O argumento perder-se na sua propria excentricidade

Avaliação - C-

Sunday, April 08, 2018

12 Strong

A guerra no medio oriente e a envolvencia americana neste conflito foi e sera nos proximos anos o trabalho de campo de muitos filmes, nos difrentes prismas, mais estrategicos, mais humanitarios e mais de corpo. Em Janeiro deste ano surgiu este filme que nos da a vertente mais de corpo de frente de guerra. No sempre complicado mes de Janeiro os resultados comerciais do filme eram medianos, em termos criticos para um filme mais de corpo e de ação os resultados foram etambem eles normais.
12 Strong mais que tudo e um filme que nada inventa no genero, por um lado nao tem a profundidade de entrar nas questões mais complicadas da guerra, limitando-se ao poder descritivo e repetir as sequencias de ligaçao e companheirismo nas tropas americanas, deixando grande parte da sua duração para as sequencias de açao que nao são de primeira linha mas dao ao filme o lado mais fisico que de imediato se percebe que o filme quer ter.
E um filme de processos objetivos, nao fica muito tempo nos personagens e mais que isso é um filme onde os dialogos e a ligaçao apenas serve de forma a dar mais impacto as sequencias de batalha e a dureza da mesma. E tendo em conta o que ja se viu em filmes de guerra sabe a pouco filmes assim, que nao vao mais ao cerne da questao, filmes que abusam do esteriotipo facil para fazer funcionar um filme mais de entertenimento do que outra coisa.
Estes filmes tem um alcance curtos, num genero que muitas vezes leva as suas obras a premios e unanimidade este tipo de registo tendo com a sua vulgaridade a cair rapidamente no esquecimento, sendo quase um check point para mais uma historia que viu a luz do cinema.
A historia fala de um grupo armado americano constituido por doze elementos que tem como objetivo acabar com o dominio de uma cidade afegã por parte da Al Qaeda, tendo para isso a ajuda de um grupo de nativos.
O argumento e simples, em termos de construçao de personagens muito pouco, e com muitos cliches, em termos de dialogos igual, principalmente nas dinamicas de grupo. na intriga a opçao pela descriçao parece-me facil em face dos objetivos curtos que o filme tem.
Na realizaçao Fuglsig tem aqui o seu primeiro grande trabalho com resultados mistos, se o contexto espacial do filme ate funciona fica a ideia que nao consegue tirar muitos dividendos nas sequencias de batalha por si so, num filme que dependia muito deste caracter estetico para mais altos voos.
No cast o filme arrisca pouco Hemsworth da a disponibilidade fisica de heroi de açao, sem grande dificuldade no papel. Mesmo Shannon deve ter aqui dos papeis mais faceis e menos profundos da sua carreira, num filme que nao exige muito aos seus interpretes.

O melhor - Nao é um filme de riscos.

O pior - A guerra ja viu filmes de uma dimensao muito superior

Avaliação - C

Saturday, April 07, 2018

The Commuter


Liam Neeson e Collet Serra já são um par comum no cinema, actor e realizador ja fizeram diversas colaborações em cinema de açao imediato um genero que nos ultimos tempos tornou Liam Neeson num actor de bilheteiras mais do que propriamente um ator de valor critico. Nesta nova reunião os resultados criticos foram medianos, melhores do que a maior parte das anteriores, sendo que comercialmente o valor de Neeson ja teve mais elevado talvez pela repetiçao constante da formula.
SObre o filme eu confesso que destas unioes entre o actor e a o realizador quase nada surgiu de particularmente interessante sendo filme repetidos mudando o espaço e mesmo aqui por vezes so muda o meio de transporte. Talvez por isso acho que os filmes sao demasiado obvios e mais que isso quase so existem para potenciar um numero de lutas para o actor e mesmo essas neste caso nem sempre filmadas da melhor maneira.
E isto e pena para um actor com alguma intensidade como Neeson que repete papeis em filmes claramente de baixa qualidade que neste caso nem nas sequencias de ação e particularmente famoso. Podemos aqui perceber que temos um enredo mais trabalhado numa conspiração maior mas no final temos mais do mesmo, numa separaçao entre bons e maus e um happy ending natural que faz deste filme um muito discreto filme de açao.
Mas prontos quer Neeson quer Serra ja tem o sem registo, num cinema de desgaste rapido para massas que gostam de filmes de açao simples, que se esquecem dias depois. Parece sinceramente que comparativamente com outros este ainda acaba por ser ligeiramente mais pobre porque mesmo as sequencias de açao para um filme de grande estudio nao sao particularmente bem realizadas.
A historia fala de um homem de negocios ex policia que depois de ser despedido ve-se metido num comboio onde tem que identificar uma testemunha caso contrario as pessoas com quem interage diariamente neste caminho acabam por morrer, ou mesmo a sua familia, numa teoria da conspiraçao.
O argumento tenta ir mais longe e ser mais trabalhado do que outros filmes de Neeson mas acaba por nao funcionar, o emaranhado de personagens e acima de tudo de avanços e recuos acaba por nunca ser potenciados e o filme e um simples e fraco filme de açao.
Serra e um realizador que assume ser de açao normalmente com Neeson torna os filmes demasiado obvios e dependentes das sequencias de luta, algo que no filme anterior que fez sem o actor acabou por ir mais longe. Aqui tem talvez o seu pior trabalho pois existe sequencias mal trabalhadas.
E pena que Neeson agora seja isto, um corpo grande disposto para sequencias de luta e pouco mais, aqui o piloto automatico. nos secundarios pouco aproveitamente de Farmiga e Wilson.

O melhor - Devido ao numero de unioes entre realizador e actor todos sabemos para onde vamos.

O pior - Mas nao vamos longe

Avaliação - D+


Friday, April 06, 2018

Proud Mary

Janeiro é sempre um mês onde surgem algumas apostas no que diz respeito ao mercado afro americano, normalmente sob a forma de comedia este ano tivemos um filme de ação simples, tentando rentabilizar a imagem comercial de Taraji P Henson. Pese embora esta vontade o filme foi completamente destruido pela critica com avaliações muito negativas para o filme que destruiu qualquer hipotese de sequela, também comercialmente o filme teve bastante longe do que os filmes afro americanos de maior sucesso conseguem obter.
Sobre o filme podemos dizer que a tentativa de fazer filmes onde um personagem destroi tudo e todos, está na moda principalmente depois do sucesso de John Wick. Este acaba por ser uma imitação clara daquele filme sem nunca ter o exercicio de estilo que diferencia o filme de KEanu Reeves, e na falta desta caracteristica elementar o que sobra e um absurdo completo de sequencias de acção sem qualquer sentido ou logica, e argumentos que parecem pensados por um menor da escola primaria em face da forma como todos os dialogos são tao obvio e simples.
Por tudo isto e facil considerar que esta Proud Mary seria um mão filme mesmo se tivessemos a falar em exclusivo de serie b quanto mais para um filme que conseguiu expansao wide, que denota a grande dificuldade que os estudios ainda tem de escolher filmes para lançar em grande numero e mais que isso a dificuldade com se escolhe os filmes que se investe.
Neste caso ficamos ate ao fim para tentar perceber se pelo menos na sua conclusao o filme consegue trazer algo de diferente algo mais arriscado, mas nada tudo é tao previsivel e pouco aprofundado que ficamos com a sensação que vimos um filme a tentar explorar o star quaility de Henson que sinceramente penso ainda não estar vincado e sai como um absurdo total.
A historia fala de uma assasssina profissional que nao consegue matar o filho de uma das suas vitimas acabando por cuidar dele, numa altura em que dois grupos mafisosos se começam e envolver numa luta pela liderança.
Em termos de argumento para alem de uma historia nada inovadora e ja muitas vezes vista, a concretização do argumento e absurda com dialogos completamente basicos, que chegam a dar a ideia que o filme e uma satira, e uma conclusão tao previsivel que todos conseguiriam prever.
Na realizaçao Babak Najfi já tinha recebido pessimas criticas em Londos Has Fallen agora tem mais um desastre critico. Um filme que para ser ligeiramente melhor dependia da realizaçao e de um exercicio estetico mais trabalhado o certo e que o realizador nunca arrisca e assim deixa o filme a merce de um pessimo argumento.
No cast o filme centra-se em Henson, a actriz tem qualidade mas penso que nao tem carisma para liderar sozinha um filme de açao, tudo parece demasiado mecanizado numa personagem sem qualquer tipo de profundidade. Em termos de disponibilidade fisica ja vimos filmes mais exigente.

O melhor - A curta duração.

O pior - Um estudio investir num filme tao basico

Avaliação - D

Thursday, April 05, 2018

I Kill Giants

Muitas vezes o mercado e a publicidade podem ser cruel, quando olhamos para o cartaz deste filme e vimos la "dos produtores de Harry Potter" pensamos logo que vamos ter um filme de fantasia com monstros e afins, algo que está longinquo daquilo que este filme realmente é. Talvez por isso o filme tenha obtido na generalidade uma boa recepção critica mesmo que comercialmente e mesmo com a publicidade enganosa o filme tenha ficado longe do grande publico.
Sobre o filme é obvio que temos um filme ambiguo nos generos, um filme que passa muito tempo sem nos mostrar muito ou a essencia do que é para no fim se tornar num filme simples sobre dramas familiares e a forma da personagem resistir a adversidade. Nao e um filme particularmente inovador mesmo que a ideia até posse ter alguma força, o problema e que o filme torna-se muito metaforico e muito ambiguo nos generos e isso acaba por lhe fazer perder quer ritimo quer força nas mensagens.
A analise do filme pode ser empregue em diversas partes, uma iniciaçao interessante onde os dialogos mantidos pela personagem central deixam antever um filme bem escrito, mas com o passar do tempo e ao entrar na dimensao psicologica da personagem tudo vai perdendo força e surge um emaranhado de realidade e paralelismos de fantasia que acabam por fracionar em demasia o filme que no final é mais uma historia igual a muitas outras.
A nivel produtivo o filme tambem tem algumas dificuldades, não sendo um filme de grande estudio e necessitando de efeitos especiais para alguns pontos nota-se o exagero do digital, e nem sempre a utilização destes meios e feito com a maior qualidade. Um filme que queria ser ambicioso, com uma premissa interessante mas que no sumo e apenas uma historia vulgar.
A historia fala de uma jovem adolescente, vitima de bullyng na escola que vive no seu mundo de fantasia, empenhada em matar uns monstros que acredita existir mas que ninguem os vê,
Em termos de argumento a ideia central de base tem qualidade mas não e bem potenciado, é um filme desiquilibrado, que começa com dialogos de qualidade mas que os vai perdendo ao longo da duração, e mais que isso e um filme que promete bem mais no argumento do que aquilo que posteriormente consegue cumprir.
Em termos de realização o leme ficou a cargo Anders Walter um jovem realizador dinamarques que tem aqui o seu projeto mais mediatico, após ter ganho um oscar nas curtas. Quando se trabalha com ambição mas sem meios os filmes acabam por sofrer na pele esse ponto. Sendo um filme dentro dos parametros aceitaveis poderia ter outra roupagem.
No cast podemos dizer que o filme funciona principalmente nas protagonistas mais jovens. Wolfe e Wade são o sustento do filme em termos de interpretação, principalmente pela entrega emocional. No suporte Potts e Saldana dao alguma experiencia a um cast interessante.

O melhor - Os dialogos na primeira meia hora

O pior - O filme criar expetativas que depois resultam num filme simples de domingo a tarde

AValiação - C

Wednesday, April 04, 2018

Allure

O cinema por vezes é ingrato para algumas figuras de um cinema mais independente. Podemos dizer que Evan Rachel Wood é uma dessas figuras sendo que apenas conseguiu mais mediatismo com o sucesso de Westworld. Neste ano protagonizou este pequeno filme com verbas canadianas sobre um amor intenso no mesmo sexo. Criticamente para um filme de pequenos festivais os resultados foram modestos com avaliações demasiado medianas, sendo mesmo negativas junto do grande publico. Comercialmente a falta de figuras de primeira linha acabou por nao dar qualquer visibilidade a este filme.
Allure e um filme com alguma coragem ja que tenta tocar uma tematica interessante concretamente a forma como uma experiencia sexualmente abusiva pode conduzir ao desajuste não so da nossa personalidade mas acima de tudo da sexualidade. E nisso o filme toca num ponto relevante que muitas vezes nao tem a devida atenção. O problema e que o faz num mix de outros temas como a obsessão, o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, numa mistura que nunca é objetiva e quase nunca e apelativa.
Alias o filme tem um problema que o torna mesmo bastante mediocre a incapacidade de fechar portas, de repente deixamos de receber noticias do desaparecimento de uma das pessoas, que ainda para mais sai a rua, temos relações demasiado difusas como a do pai e filha, e mesmo na personagem central parece existir muito por explicar.
Ou seja Allure e um filme comercial com a maior parte dos defeitos do cinema nao americano, que é a falta de objetividade e premissas muito difusas que não resultam em filmes interessantes e mais que isso mesmo com tematicas imponentes o resultado final acaba sempre por ser algo pobre.
A historia fala de um jovem empregada de limpeza que se apaixona pela filha de uma das suas patroas acabando por albergar a fuga da mesma em sua casa, levando a um relacionamento de extremos a todos os niveis.
Em termos de argumento o filme tem uma tematica interessante e atual, mas tem muita dificuldade em potencia-lo não so com personagens pouco interessante e nem sempre bem caracterizadas mas mesmo com muita dificuldade na ligação de pontas, o que acaba por tornar o filme pouco interessante.
O filme marca a estreia na realização dos irmãos Sanchez que tem uma realização escura, e que nem sempre funciona pois esconde as personagens no conflito. Nao e certamente com este filme que ganharao espaço para o futuro.
No cast Rachel Wood e uma jovem talentosa atriz com disponibilidade fisica e dramatica que merecia mais relevo na setima arte. Neste filme percebe-se que é a unica coisa de real valor, numa interpretação intensa que merecia um filme bem melhor. AInda se destaca mais esta prestação tendo em conta a pouca qualidade do resto do elenco.

O melhor - Evan Rachel Wood

O pior - A forma como o filme relaciona coisas que não dá seguimento

Avaliação - C-

Monday, April 02, 2018

Insidious: The Last Key

As sagas do terros nos ultimos anos, principalmente aquelas que tiveram origem na mente de James Wan tornaram-se numa autentica maquina de franchisings que ja vai em tres sagas distintas. Insidious e aquela que ja leva mais filmes sendo aqui o quarto filme, ainda que novamente se trate de uma prequla. Contudo e obvio que esta saga foi aquela que menos resposta teve em termos criticos, sendo que novamente este filme adquiriu a mediania da maior parte dos filmes da saga. Comercialmente Janeiro nao e propriamente um momento para grandes sucessos mas o resultado foi consistente e deixa advinhar um futuro quinto capitulo.
Todas as sagas de Wan tem um probelma claro quando o realizador deixa esta tarefa que e perder o lado estetico que diferencia os seus filmes da maior parte dos filmes de terror. E sem isso podemos dizer que as historias sao na sua esscencia repetidas iguais a todoas as outras e nada sobra que leve o filme para outros patamares. EM alguns caso como este a falta de figuras de primeira linha conduz mesmo a que o filme seja um desastre em termos interpretativos.
Por tudo isto e nao sendo eu ja de si um fa da saga e facil perceber que este e de longe o pior de todos os filmes produzidos por Wan, primeiro porque a historia e uma replica pouco interessante de tudo o que ele fez, e por outro lado o filme nunca consegue ter a capacidade de produzir sequencias de suspense ou de horror, para alem do estilo completamente formatado de base sem qualquer risco estetico.
E obvio que este tipo de filmes funciona bem num publico mais jovem mas na sua essencia nao e neste acrescento que nem Insidious em si ganhe nada de particularmente forte e mais que isso nao e com este registos que o terror consegue mater aquilo que Wan trouxe de diferente. COntudo isto vai continuar a ser uma forma facil de ganhar dinheiro e logo na primeira semana do ano foi isto que o cinema nos trouxe.
A historia segue Elise e a sua infancia e a forma como a sua equipa se vai consolidando numa historia que a leva ate ao inicio da sua vida e a base familiar que a conduz a casa onde nasceu para combater uma força sobrenatural.
Em termos de argumento nem nada de novo para a saga e muito menos para o terror, temos no final uma ponte forçada para os primeiros dois filmes mas na sua essencia temos uma historia muitas vezes repetida sem qualquer tipo de novidade.
Na realizaçao o leme foi entregue a Adam Robitel um realizador quase desconhecido mas ligado ao terror que aqui tem um trabalho simples, sem risco mas que nao consegue manter a dinamica nem de horror nem de estetica de Wan e isso e claramente um retrocesso.
No cast a falta de figuras de uma linha mediana de hollywood e obvia o filme nao resulta com autenticos momentos de actuaçao amador que nos protagonistas. NUm filme que nao e propriamente um potento de qualidade este e o lado mais negro

O melhor - A forma como o filme faz a ponte para os filmes anteriores

O pior - ENtre muitas coisas o cast

Avaliação - D+