Wednesday, September 30, 2015

Mississipi Grind

É clara o fascinio dos cineastas puramente americanos por road movies, ou seja um filme que retrate a experiencia de personagens ao longo de um percurso. Este ano e sob o contexto do jogo surge este pequeno filme, dos criadores de Half Nelson. Contudo e pese embora a recepção critica do filme tenha sido positiva com avaliaçoes essencialmente satisfatorias, comercialmente nem a presença de Ryan Reinolds deu vida a um filme que passou totalmente despercebido pelas poucas salas de cinema onde estreou.
Eu confesso ser fã de Road Movies, principalmente quando as personagens são complexas, e permitem o filme crescer ao longo da sua duração. E sobre este filme, penso que pese embora a ambiguidade e as falhas estejam presentes em ambas personagens, sentimos que as mesmas apenas funcionam e fazem o filme resultar quando estão juntas, e que em separado nenhuma e particularmente interessante. Isto podia ser muito danoso para o resultado do filme, nao fosse grande parte da duração do mesmo ser feita a dois, e muitos dos problemas que isto poderia causar estar ultrapassado.
Depois e obvio que na minha opiniao nao estamos num excelente road movie, as conversas pese embora sejam maduras não tem a creatividade ou a força que já vimos em outros filme semelhantes, a ligaçao entre as personagens parece sempre demasiado misteriosa, e os capitulos da viagem pese embora funcionem na globalidade bem, tem altos e baixo.
Assim, temos um drama que se assiste de forma fácil, que vale muito pela forma como contextualiza a loucura pelo jogo e a forma como isso pode condicionar todos os outros aspetos da nossa vida, mesmo que no fim nao consiga ser pedagogica, ligando-se bem mais as personagens do que propriamente a moratoria que a narrativa quer assumir.
A historia fala de dois estranhos que se conhecem numa mesa de poquer e criam uma quimica partindo ambos numa road trip de forma a tentar jogar com sucesso e reformular os lados negativos da vida de ambos, percebendo que tudo de positivo corre se tiverem juntos.
O argumento tem altos e baixos, e claramente um filme maduro, objectivo, com bons momentos de dialogos, que poderia dar mais crescimento as personagens e ser um pouco menos previsivel, mesmo assim, estamos perante um argumento que com principios simples consegue ser competente.
Na realizaçao a dupla Boden Fleck, responsavel pelo sucesso de Half Nelson nunca mais conseguiram o mesmo tipo de recepçao, acabando por se tornar quase invisveis, o trabalho de realizaçao nao e brilhante parece nunca querer assumir um protagonismo que poderia fazer toda a diferença.
Por fim no cast, poucos actores conhecidos, sendo o protagonismo dado a um actor pouco habituado a ser o primeiro da linha. O lado instavel e bem montado, e nesse particular a escolha e positiva, o lado pouco confiante contrasta bem como o lado mais carismatico de um Reynolds, que funciona bem melhor em filmes pequenos do que em grande produçoes que encabeça, mais uma vez este filme prova este facto.

O melhor - A maturidade com que os dialogos assumem a ligação das personagens.

O pior - A falta de condimento que o leve para outros parametros

Avaliação - C+

Saturday, September 26, 2015

Me and Earl and Dying Girl

Não deve neste momento existir em Hollywood principalmente para novos realizadores melhor carta de apresentação do que vencer premio do juri e audiencia no Festival de Sundance. Aquele que ano após anos valoriza o lado mais independente e creativo do cinema e que tem sido um viveiros para novos autores. Este ano foi este misto de comedia e drama que arrebatou os dois pontos mais importantes conseguindo uma recepçao critica muito positiva, pese embora abaixo do que vencedores de anos anteriores conseguiram. Comercialmente conseguiu um bom registo para um filme independente mas um pouco abaixo do esperado depois do mais alto valor dado por uma distribuidora por um filme daquele festival.
Este filme com um nome curioso, e daqueles filmes simples, sobre uma historia tocante que desde cedo quer assumir uma roupagem propria, criativa, de autor, e consegue, porque o filme esta recheado de apontamentos, se pequenos aderessos de excelente realizaçao e abordagem que tornam o filme mais singular, mais agradavel, mais unico mais artistico. Mas este lado demasiadamente singular, tira do filme o impacto emocional que este deveria ter, e que so apenas nos dez minutos finais consegue adquirir, o que acaba por conduzir mesmo assim o filme para niveis mais elevados.
E compreensivel e benefico para o filme toda a sua abordagem creativa, contudo por vezes ela mais que um veiculo para a historia acaba por ser a forma a protagonista, e quando é mais que um veiculo torna um caminho que deveria ser directo demasiado longo, fica a sensaçao que o filme se perde na suas proprias divagações e que isso acaba por o tornar menos forte, e a sua mensagem emocionalmente mais enfraquecida.
Mas e obvio que estamos perante um filme emocionalmente bonito, com uma creatividade de abordagem que nos faz sentir dentro de alma de artista e muitas vezes este e o ponto mais dificil de encontrar no cinema. E um filme que nos fica na retina por tudo de diferente que tem, pelo facto de estar atento a todos os promenores e acima de tudo por ser um filme de risco que ganha, porque no final tudo se compoem, e recupera o lado emotivo que este tipo de filme deveria ter. Mesmo não sendo uma obra prima como por exemplo Whiplash foi o ano passado, demonstra que Sundance e cada vez mais um espaço para artistas mostrarem que o cinema e mais que um grande estudio.
O filme fala de um jovem com muito baixa auto estima que e obrigado a fazer companhia para uma colega de escola com quem não tem quase relaçao mas que padece de leucemia, ai começa a exibir uns filmes caseiros que faz junto do seu melhor amigo.
O argumento e interessante, a historia de base e forte e emotiva, toda a historia e abordagem tem o elemento mais precioso criatividade sem nunca deixar de ser coerente. Pena e que por vezes se perca em reflexoes pouco objectivas que acabam por atrasar o ritmo do filme, e aqui penso que uma abordagem mais directa poderia ser mais benefica.
Para um realizador que apenas tinha mostrado os seus dotes em episodios de televisao este e um daqueles filmes que marca bem um espirito de um realizador que arrisca com sentido estetico, com creatividade. Podera ser mais um dos futuros grandes cineastas do mexico, que aqui arranca em toda a linha. SO mais tarde poderemos perceber se temos aqui o inicio de uma assinatura.
No cast dois jovens de uma segunda linha com resultados opostos, todo o foco esta em Mann um jovem que funciona bem em comedia, mas que penso que não assume o filme, principalmente comparada com Cooke. A jovem actriz tem toda a ambiguidade que o papel exige e estamso a falar de muito. E claramente o brilho do filme.

O melhor – A creatividade de um realizador que nos brinda com apontamentos de primeiro nivel

O pior – Não necessitava de ser tão rebelde, principalmente em apontamentos de dialogo


Avaliação - B

Everest

Existe alguns desafios que por si só merecem um verdadeiro filme, pois bem este é o primeiro grande filme a tratar de uma forma profunda e complexa o que é subir ao ponto mais alto do mundo, e todas as dificuldades inerentes. Com uma produçao grande e muitos nomes, este Everest acabou por conseguir uma recepção critica positica e comercialmente aos poucos conseguiu resultados sustentados numa experiencia IMAX e 3D sempre valiosa
Everest é antes de um filme original, um filme bem escrito, um grande filme, e isso deve-se a muitos factos, desde logo na fase inicial na forma como nos dá um contexto de onde se encontra situado o Everest, numa abordagem crua. Depois consegue nos dar etapa a etapa toda a preparação e exigencia do que é o desafio, e aqui o grau de promenor do filme e muito muito rigoroso e interessante dando ao espetador a possibilidade de ganhar conhecimentos especificos sobre algo. Na segunda parte temos a acção, com grande impacto, numa luta desmedida pela sobrevivencia que reflete ao maximo essa capacidade do ser humano. Ao mesmo tempo o filme consegue ter um impacto emocional pouco usual num filme com este tipo de tematica. Nao e um filme sobre herois, e mais um filme sobre herois que mais de tudo são humanos, e o impacto emocional do filme é algo de forte e absorvente.
Por isso e mesmo sendo da opinião, que falta reais personagens ao filme, para alem do merito que o filme nos da a conhecer, a falta de grandes dialogos ou as razões das ligaçoes entre elas, o filme e uma optima experiencia de cinema, na primeira parte pelo conhecimento que nos dá, sempre a um ritmo muito intenso, e na segunda parte pela forma como ao mesmo tempo tem uma ação trepediante e uma emoçao intensa que nos transforma num hino à capacidade humana.
Talvez seja um filme demasiado simples para ganhar premios, talvez não tenha a inocação que o melhor filme do ano deve ter, ou um argumento tão capaz, mas no final temos um filme que agrada a todos os espetadores, e mais que isso ninguem fica indiferente ao que observa.
A historia fala de uma expediçao ao mais alto ponto do mundo, que acaba condicionada por uma das maiores tempestados que assolou aquela zona e que vai por em causa a sobrevivencia dos elementos integrantes bem como o impacto desta sobrevivencia na vida dos mais proximos.
O argumento é na sua essencia simples, um bom trabalho de casa na forma como contextualiza a expediçao, bem trabalhado, promenorizado sem entrar em aspetos tecnicos e muito capaz do ponto de vista emocional, em termos de personagens e dialogos tem o seu maior calcanhar de aquiles.
Kormakur não foi ate ao momento um realizador de grandes filmes mas foi sempre a subir, 2 Guns foi bem melhor do que Contraband, e este filme e um passo bem acima, a obra o detalhe e a forma como da o protagonismo ao monte é algo absolutamente indescritivel, numa realizaçao excelente tendo aqui ganho mais uma estrela na realizaçao.
O cast e riquissimo, mais do que pelos nomes pela quantidade de figuras, sendo que na generalidade estão todas a alto nivel, os maiores destaques individuais, vai para Brolin, aquele que tem maior exigencia interpretativa no filme, e Gyllenhall que não tendo o papel mais importante tem nos momentos em que entra o mais vistoso. Ja Clarke não sendo ainda um actor de primeira linha tem sobre si ainda o peso de alguma falta de carisma quando comparado com outros actores no filme, tem qualidade mas ainda se apaga perante algum maior carisma de outros actores.


O melhor – O impacto emocional do filme

O pior – As personagens poderiam ser mais potenciadas


Avaliação - B+

Pixels

Chris Columbus e um dos mais experientes realizadores de comedias de acção que se tornam rapidamente em grandes sucessos de bilheteira e alguns se tornam em franchising para a eternidade. Pois bem este ano surgia uma homenagem aos video jogos tradicionais neste Pixels, que causou alguma expetativa pelo ambiente vintage que prometia trazer. Pese embora tal facto o resultado foi claramente negativo em termos de critica com uma recepçao muito tipica nos filmes de Sandler mas pouco comum em Collumbus valeu ao filme que comercialmente e principalmente em mercados externos o filme tenha obtido um relevante encaixe finaceiro.
Eu confesso que criei expetativa quando percebi que o filme seria uma homenagem aos video jogos da minha infancia e tinha um realizador normalmente eficaz neste tipo de registo. Contudo ao começar a ver o filme de imediato percebi que estaria perante mais um filme tipico dos ultios anos da dupla Sandler James do que propriamente num filme de acção familiar de Collumbus e ai rapidamente a minha expetativa desceu ao valor fraco do filme.
E assim se tornou a realidade o que temos aqui e uma tentativa de um paralelo impossivel principalmente quando a creatividade de quem tenta fazer o filme não existe, limitando-se a criar os prototipos dos jogos com pouca preocupaçao pelo sentido, por ter qualquer tipo de personagem ou sentido, Muitos dirao que era logico o filme nunca conseguir ter sentido, pois bem um esforço maior em tentar que o filme pelo menos tivesse alguma ligaçao era no minimo interessante.
Ou seja um desastre completo de um filme que se limita a ter a curiosidade de aparecer bonecos conhecidos, e um ou outro plano tipico do jogos. A saudade podera aparecer mas pouco porque o filme para alem de ser extremamente previsivel, pouco original e mais que isso pouco interessante consegue falhar no elemento que ter mais peso sobre si no humor, e que nem engraçado o filme consegue minimamente ser.
A historia fala de um ataque de extraterrestres sob a forma de video jogos, que leva a que o mundo tenha de ser salvo não por militares mas sim por nerds falhados que se dedicam aos video jogos.
O argumento e um autentico desastre no que diz respeito ao sentido, a falta de personagens ao humor completamente inexistente. Temos a curiosidade das situaçoes e pouco mais, num filme que bem articulado poderia facilmente ser mais interessante e o desastre começa no argumento.
Collumbus e um realizador experiente mas nunca foi um inovador, e o filme exigia isso, alguem que conseguisse de uma forma mais creativa introduzir os jogos no filme, aqui limita-se a pixels quadrados num efeito especial de segunda divisão e nada mais, de resto quase nenhum risco.
No cast Sandler e James tem o seu tipo de filmes, alias parece que tudo se encaixa mais a eles do que o contrario, e isso e totalmente danoso para o filme já que ambos são neste momento um deserto de versatilidade ou mesmo humor de qualidade. Em termos humoristicos salva-se Josh Gad, e Dinklage tem carisma mesmo quando esta a anos luz de outros papeis.

O melhor – A saudade da forma como eram os video jogos

O pior – A falta de elementos creativos do filme


Avaliação - D

Thursday, September 24, 2015

War Pigs

Filmes de guerra serie B são uma constante no mundo do cinema actual, a maior parte dos quais acabamos por nem sequer saber da sua existência, ou dar aos mesmos qualquer tipo de valorização. Provavelmente seria o que iriamos ter aqui, contudo a presença de duas figuras de acçao como Lundgreen e Rourke puseram este filme ligeiramente no mapa, pese embora nem sequer tenha sido sujeito a qualquer avaliaçao critica e comercialmente seja um total filme invisivel.
QUando se observa um filme de guerra com Lundgreen, Rourke e outras figuras menos conhecidas do cinema de acçao, de imediato somos levados a pensar que teriamos um filme com muita ação, mortes e poucos tiros, ou seja o tipico filme de guerra de baixa divisao. Pois bem nada disto acontece, e tudo se torna ainda pior do que as piores expetativas. Pois e um filme cliche, do remorso, de treino de pessoas que se dao mal mas começam a dar-se bem, sem nada tenha ocorrido, o que torna tudo num enorme contentor de nada.
E obvio que o filme nao tem grandes ambiçoes, em termos produtivos, temos quase um filme caseiro efetuado na mata la ao lado, nos dialogos quase sempre sem profunidade, percebe-se que todas as linhas poderiam ser ditas por outras personagens que nada alterava em concreto naquilo que o filme seria, mas o pior de tudo e que mesmo no lado rigido do treino militar o filme parece um peso pluma, algo completamente diferente do lado mais grosso deste tipo de cinema serie B.
Em resultado um desastre em todos os sentidos, um filme que encaixa no tipica serie de filmes sem qualquer profundidade, qualidade ou mesmo profissionalismo. A curta duração acaba por ser o melhor que o filme nos trás, pois não dá tempo para que a tentativa de aprofundar a mente de um militar se prolongue e que seja ainda mais inocua.
O filme fala de um militar que apos um desastre por sua estrategia em plena 2 grande guerra é englobado numa outra equipa, na qual a desconfiança pelo seu trabalho e mais que muita, e muitas destas barreiras terao que ser ultrapassadas para o objectivo ser cumprido.
O argumento e um autentico vazio, de conteudo, de creatividade, e um conjunto de dialogos pre escritos, pouco intensos, e persoangens completamente superficiais. Podemos dizer que e tipico de serie B, mas nao de guerra.
Na realizaçao um autentico desconhecido que tem aqui uma realizaçao totalmente amadora, podemos dizer que provavelmente a escassez de meios nao permitiu outros voos, mas quando observamos filmes com poucos meios terem creatividade para os contornar conseguimos facilmente arranjar defeitos neste tipo de filme.
No cast ninguem espera que Lundgren seja aos sessenta anos um mestre da interpretação que nao foi nos seus melhores anos, mas Rourke que em 2008 teve uma nova chama na sua carreira em Wrestler desaproveitou voltando a um papel sem qualquer logica, chegando mesmo a roçar o ridiculo.

O melhor - A curta duração

O pior - Quando a expetativa e um mau filme de serie B e consegue desiludir está tudo dito.

Avaliação - D-

Wednesday, September 23, 2015

Some Kind of Beautifful

As comedias romanticas naturias, simples, sem grande intlecto parecem estar em desuso. O exemplo disso e este filme, com algumas figuras conhecidas, se bem que baixo de forma acabar por estrear de uma forma silenciosa tão grande que muitos nunca vão conhecer realmente este filme. Ainda a agudizar todo este desastre está o facto do filme ter tido uma recepção critica caotica e comercialmente simplesmente não ter existido.
Quando um filme tem Pierce Brosnan como protagonista e facil perceber o que o filme nos vai dar na sua personagem, um idoso, com charme, mulherengo, e que nada o afecta, pois bem noventa por cento deste filme e a repetiçao desta ideia que se tornou completamente transversal a todos os filmes em que o actor entra, e que por si so ja merece toda a reprovação critica.
Mas o filme nao fica por aqui, a historia e tão previsivel e sem qualquer elemento novo que todos conseguimos facilmente prespetivar a forma como todo o filme vai correr, sem falhar quase em nenhum ponto que o filme aborda. Depois sao sequencias no sentido de mostrar a boa forma fisica de Alba e Hayek, que é claramente os aspetos que mais surpreendem, nem que seja pela maternidade da primeira e a idade da segunda.
Ou seja um filme simples, repetitivo, sem humor, uma grande falha para qualquer filme que se considere uma comedia, seja ela romantica ou não. E neste particular todoas as tentativas do filme ter graça muito nas personagens de BRosnan e Hayek, funcionam primeiro, porque o protagonista não consegue ser subtil, e segundo porque a histerismo de Hayek por si so estão longe de ser comedia. Um filme de um genero tradicional, mas com actores e argumento em muita ma forma.
A historia fala de um professor mulherengo, que acaba por se casar com uma ex aluna depois da mesma ter engravidado. TUdo muda na sua vida quando é largado pela mesma, e se vê em risco de ser deportado, e deixar de contactar com o filho. Neste momento aparece a irma da noiva para relançar uma vida.
O argumento e simples, mas com muitos poucos ingredientes que se possam chamar de novidade, temos as personagens basicas como fantoches para os poucos procedimentos que o filme realmente quer, e pouco mais. O pior de tudo e humor nunca funcionar.
Na realizaçaão um habitue de comedias pouco funcionais, nada arrisca neste filme, apenas o balanço na diferença entre inglaterra e os EUA; muito pouco para alguem com alguns anos de estudio.
NO cast Brosnan e limitado e talvez por isso nunca saia da sua zona de conforto aqui e mais do mesmo, já Hayek e sensualidade e consegue ter no filme, ALba neste filme e o lado silly, e uma imagem para rentabilizar o filme sem sucesso.

O melhor - A capacidade de Hayek ser hulher fatal

O pior -Brosnan com menos profundidade interpretativa do que nunca

Avaliação - D+

Monday, September 21, 2015

Max

Cães da raça pastor alemão de nome Max, é algo que desde há muito tempo é uma realidade na televisao, desde series nacionais e internacionais. Pois bem, a mesma raça, e o mesmo nome tem aqui o seu primeiro filme, com um contexto diferente agora em vez de policia Max e um cão do exercito americano, na forma de apurar a localização de bombas. O resultado do filme para um filme de estudio foi brando principalmente em termos comerciais onde os resultados foram bastante pequenos. Ja em termos criticos a mediania esperada num filme extremamente familiar.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme obvio tipico de domingo a tarde com uns principios muito familiares da ligaçao dos mais novos com os cães a ligação deste animal ao ser humano. Alias grande parte dos objectivos do filme estão no plano emocional, na forma de contrapor a perda, mas acima de tudo a ligaçao nessa mesma condição. E se o filme funciona neste aspecto, ou seja da intensidade emocional entr o personagem canino e o protagonista, perde em muitos outros sentidos.
Desde logo porque e um filme extremamente repetitivo, ja vimos este guião com muitas poucas alteraçoes diversas vezes, alterando apenas um ou outro ponto contextual, ja que o filme no seu epicentro e semelhante. E quando assim o é, para um filme de grande estudio fica sempre a sensação que mais poderia e deveria ser feito, e que tal não aconteceu.
Outro dos pontos menos fortes do filme, foi ao tratar-se de um filme para jovens, obviamente esse e o publico alvo do filme, poderia ser um filme mais descontraido que trabalhasse mais o humor que o fizesse mais completo e com isso mais intenso na forma como os sentimentos mais positivos tinham maior impacto no filme, que assim acaba por ser um obvio filme de acçao, com herois juvenis e um cão, ou seja algo que ja vimos por diversas vezes.
A historia fala de um cão que após ver o seu dono falecer em guerra, e entregue aos cuidados da sua familia, contudo esta ligação não vai ser facil, pela forma como a familia ainda sente a perda do ente querido mas acima de tudo pelas caracteristicas do proprio cão, que se ve envolvido no meio de uma rede de tráfico de armas.
No que diz respeito ao cast estamos perante um filme repetitivo em toda a sua existencia, a base, a concretização, o lado mais de acçao do filme a interaçao com os protagonistas mais novos, tudo ja foi tratado em filmes anteriores com cães. O que sobra de novo quase nada.
Na realização Yakin e um realizador experiente, tarefeiro, a quem faltou sempre um grande filme, aqui pouco ou nada poderia dar novo a um filme juvenil demasiado limitado em abrangencia. mesmo assim para ele e importante sentir que ainda e uma aposta para filmes com alguma ambiçao comercial.
No cast temos um conjunto de jovens a procura de alguma visibilidade e nos secundarios actores em baixo de forma, parece-me obvio que o filme poderia ter um cast mais rico, de nomes e carisma e provavelmente poderiamos estar a falar de um resultado comercial completamente diferente e mesmo no resultado final da qualidade do filme.

O melhor - A forma simples de acçao juvenil

O pior - Todos ja vimos este filme

Avaliação - C

Thursday, September 17, 2015

The Overnight

Sundance é sempre um espaço para a creatividade de realizadores de circuitos mais internos que muitas vezes tornam projectos mais intimistas em grandes sucessos gerais. Não será certamente o que ira acontecer com este pequeno filme, deliberadamente intimista, que conseguiu uma recepção razoavel em Sundance mas que comercialmente resultou moderadamente ultrapassando o milhao de dolares de receita algo que para estes pequenos filme podera sempre se considerar uma vitoria.
The Overnight e um filme de absorção facil, principalmente porque tem duas caracteristicas que facilita este tipo de filme, a sua curta duração, mas mais que isso ser rodado todo no mesmo espaço, no caso concreto, e com poucas personagens, o filme acaba mesmo por so ter quatro personagens. E basicamente e um filme com um objectivo curto, ou seja o explorar de personalidades diferentes de quatro pessoas que se querem conhecer e testar os seus limites.
Se o objectivo do filme e cumprido, principalmente a custa de propositos muito sexualizados de alguns deles, que por vezes acaba por tirar algum raciocinio ao filme que mais quer explorar o prazer facil do que as fronteiras de cada um dos personagens de forma geral. penso que em termos de dialogos este seria um campo aberto para bons dialogos, creativos, o que acaba por não ser acabando tudo por redondar a volta de poucos assuntos o que torna tudo claramente muito limitado.
E no final fica a sensação que a mensagem que o filme quer transmitir não e nem de perto nem de longe objectiva, que o filme por vezes se perde em excentricidades artisiticas perdendo algum norte daquilo que realmente quer ser e o objecto e demasiado estranho para ser aperciado. NO final o espetador exclama e com alguma razão "é isto?", ou mesmo "qual o propósito?".
A historia fala de dois casais que para se conhecerem marcam um jantar no qual acabam por ficar alcoolizados e drogados e testam o limite da confiança uns dos outros bem como iniciam uma ligação bem mais intima do que realmente pensavam que podia acontecer.
O argumento tem uma premissa interessante, que funciona como um bom campo de trabalho, mas na concretização o filme tem alguns defices claros, desde logo a forma como não consegue criar dialogos ou personagens fortes no filme, num tipo de registo que vive essencialmente daquilo que as personagens dão, e obviamente uma falha grave e que complica o resultado do filme.
Na realização Brice e um realizador que a critica independente gosta, pelo risco, aqui pensamos que o maior risco esta no argumento ja que em termos de realizaçao adopta um ou outro plano cuja cor marca o contexto mas pouco mais. Insuficiente para fazer vincar um estilo.
Penso e que no cast que o filme tem as suas maiores dificuldades Adam Scott e muito limitado e dos tipicos actores de comedia, insuficientes para um filme que pode querer ter mais conteudo como este, e o filme ressente-se disso a sua personagem joga nos limites das capacidades de interpretaçao do mesmo. Schwartzman aproxima-se mais daquilo que o filme quer, mas o melhor vai mesmo para Shilling e o balanço e a duvida que o filme quer ser. Pena e que nao tenha companhia no nivel de interpretaçao


O melhor - O risco de um argumento pouco natural

O pior - A forma como Scott consegue limitar um papel que poderia ser o baloiço do filme

Avaliação - C-

Wednesday, September 16, 2015

Time Out of Mind

A capacidade de duração da carreira de um actor, depende da capacidade deste se reinventar em cada fase da sua vida. Richard Gere nunca teve esta tarefa muito facil, ja que nunca foi um menino bonito da critica, e a sua versatilidade nunca foi comprovada. Contudo aos poucos e em filmes independentes alguns dos seus melhores papeis tem surgido nos ultimos anos, em filmes menos comerciais. O ano passado num dos filmes mais controversos em termos de opiniao critica, Gere regressou como sem abrigo. PEse embora alguma divergencia critica este filme foi do gosto da maioria da critica, saindo vitorioso num premio singular em Toronto. Comercialmente e um filme com menos argumentos dai que a estreia tenha sido atrasada e sem grande alarido.
Time Out os Mind, e um filme desesperante, é facil não gostar do filme, de o abandonar passado 30 minutos, em que quase não temos dialogo e temos um homem a passear sozinho pela rua perdido. Alias pensamos mesmo que este é o adjectivo que melhor serve para avaliar a primeira hora do filme, ou seja um filme perdido, em busca de rumo para se orientar. E acaba por ser num defeito claro que o filme tem a sua maior virtude na forma como esta opçao espelha mais que tudo a vida e o momento daquela personagem. Mais do que qualquer coisa o filme quer passar e fazer sentir o espetador o desespero de um sem abrigo, e acaba por ser um filme com essa capacidade.
Claro que não e um objecto muito creativo, ou com grande intensidade, alias raramente ouvimos ou conhecemos o que vimos, parece mais um documentario naturalista de uma forma de vida, e é nesse realismo que o filme ganha algumas das suas virtudes e do seu impacto. E daqueles filmes que gostamos bem mais do que ele significa do que o que vimos, já que durante o filme varias sao as vezes em que pensamos em abandonar o mesmo.
Mesmo assim pensamos que a determinada altura numa segunda fase o filme acaba por ser algo simples de mais, tem pouca ambiçao, o que poderá de alguma forma não ser um filme com charme para o espetador. Será sempre um filme que considaremos com algum impacto mas nunca um filme que seja um marco para qualquer seu espetador
O filme segue um sem abrigo, sem grande ligaçao a nada, sem qualquer documento e a forma como este tenta sobreviver dentro das possibilidades para alguem naquela condiçao. Entretanto tenta reativar a relaçao com uma filha tambem residente na mesma grande cidade.
O argumento e limitado, propositadamente da pouco direito de antena quer as personagens quer ao dialogo, basicamente espera que seja o contexto a abranger a personagem e mesmo o espetador. Ou seja parece-nos um filme extremamente redutor na forma como abrange.
Na realizaçao pensamos que a capacidade de extremar o impacto dos filmes e algo que e conseguido num realizador de mensagens. nao sendo um prodigio estetico e sem duvida um realizador com capacidade de transmitir uma mensagem muitas fezes de uma forma mais dolorosa para o espetador.
Nao sei se Gere e o actor ideal para o filme, parece-me lavadinho e sereno demais, nem sempre tem a capacidade para descer tao fundo como o filme necessita, mesmo assim tem muito mais força nos papeis do que propriamente tinha há cerca de dez anos atrás. Esta em crescendo pese embora me pareça que o papel e maior do que a sua capacidade como actor.

O melhor - A capacidade do filme dar ao espetador a sensação que vive o protagonista

O pior - A falta de vida do filme em grande parte da sua duração, mesmo que de forma estudada.

Avaliação - C+

Monday, September 14, 2015

Straight Outta Compton

É conhecida a fixação de Hollywood por biopics musicais de algumas das figuras mais singulares do mundo da musica. Este ano surge este biopic sobre um grupo que deu origem ao rap gangsta que mais tarde se transformou no hip hop. Mais que um filme sobre um grupo assumiu ser um filme sobre um estilo de vida, bem proxima da atualidade razºão pela qual o filme se tornou espontaneamente um dos sucessos de verao nos EUA, onde tem outro impacto pese embora os resultados sejam quase residuais no resto do mundo. Criticamente as coisas tambem correram bem com avaliaçoes essencialmente positivas.
Falar de NWA é incontornavel não falar dos seus componentes e da sua descendencia. E um daqueles filmes que mais que um filme de musica atesta num contexto politico especifico, e tambem num contexto social proprio onde o filme foi criado. E como qualquer filme que quer ser arma de denuncia estamos perante um filme politicamente muito sectario, o que me parece um defeito logico.
Tenta encontrar o melhor de cada um deles e no caso de Dr. Dre ou Ice Cube acaba por ter muito por onde valorizar principalmente na forma como estes deram a volta e assumiram-se como figuras maiores da arte, esquece e o lado negativo de outros elmentos bem como da pouco enfase a forma como tudo começou e a origem do dinheiro para a produtora obviamente relacionada com traficod e drogas.
Agora e obvio que em momentos de alguma operssão foi um grupo de discussão, um pioneiro num rap agressivo de denuncia. Agora surpreende-me uma biografia de uma banda que durou menos de uma decada e em grupo bem menos, parece-me uma homenagem poderosa dos intervenientes ainda vivem ao seu amigo e mentor entretanto falecido.
A historia fala da constituição dos NWA, a polemica do seu algum com o titulo do filme, e a forma como estes se separam, numa autentica batalha entre empresas discograficas, bem como o desfecho que teve em cada uma das vidas de cada um.
O argumento e simples, a musica assume clara proponderancia num filme longo que utilzia diversas vezes momentos musicais, é emotivo e trabalha bem principalmente na parte final a uniao entre protagonistas. Nao sendo uma abordagem creativa, e uma abordagem objectivo, pena e que seja demasiado parcial.
Na realizaçao Gary Gray e o realizador inserido na comunidade do filme, dai que a saiba filmar com o lado negro que ela sempre quis ter. Nao temos muitos truques, temos uma realizaçao crua, de um realizador de filmes afro americanos que tem aqui o seu maior sucesso,
No cast um grande trabalho na forma como descobriu actores com muitas semelhanças fisicas com cada uma das figuras da NWA. De resto o filme não exigia nada de especial, presença e pouco mais, e isso o filme consegue ter.

O melhor – A musica como expressao de opiniões independente do conteudo das mesmas

O pior – Nao ser um filme objectivo na analise dos altos e baixos



Avaliação - C

Sunday, September 13, 2015

Digging for Fire

Joe Swanberg tem sido nos ultimos anos um exemplo tipico de um realizador indie, que consegue chamar aos seus filmes alguns actores de uma primeira linha, em dramas suaves sobre personagens. Este ano e no mesmo sentido dos seus ultimos dois filmes surgiu este pequeno filme, que conseguiu obter boas avaliaçoes criticas insuficientes contudo para dar ao filme um impulso comercial que o mesmo até ao momento nunca conseguiu com nenhuma das suas obras dramaticas.
Este e um filme sobre um casal, mas e mais que isso um filme sobre as individualidades do mesmo, o espirito do filme e indie de principio ao fim na forma de realizar com cortes abruptos, nos dialogos muitas vezes sem sentido, e acima de tudo na forma como tudo acontece ou seja a forma de algo sem ligaçao dar inicio a eventos sem grande relaçao e um estilo muito utilizado no cinema independente americano. E neste particular não sendo eu grande adepto do genero o filme e pelo menos fiel ao mesmo.
Penso e que o filme funciona pior no balanço de duas historias que deveriam ser paralelas e para o filme moralmente funcionar deveriam ter o mesmo peso o que acaba por nunca acontecer. O segmento masculino e muito mais rico em dialogos e acontecimentos e é muito mais proponderante para o desenvolvimento do filme, pese embora no final hája maior intensidade num segundo. Contudo quando as coisas sao pouco aprofundadas fica sempre nestes filmes a sensaçao que falta alguma coisa, ou nós não conseguimos chegar.
Outro probelma e pese embora o filme seja descrito como um drama, o tom ligeiro, torna com que alguns assuntos serios e a pensar na dinamica do casal nunca sejam tomados dessa forma tirando algum peso, ou alguma intensidade a forma como o filme se reflete nos seus espetadores.
A historia fala de um casal que acaba por tirar um fim de semana numa casa emprestada, mas acabam por se separar, e viver esse mesmo tempo como solteiros, o que vai conduzir a situaçoes que colocam em causa a forma como o casal funciona como um todo.
O argumento do filme sofre das virtudes e dos defeitos da maioria dos filmes indies, por um lado temos dialogos que analisados isoladamente sao ricos mas que um conjunto deste tipo de atuaçao acaba por não tornar o filme logico, ou mais do que esses trechos separados e o todo do filme, fica longe de ser uma grande intensidade.
Na realizaçao temos um Swanberg que adopta um estilo muito seu, de aligeirar os dramas que constroi mas penso que pese embora essa opçao torne os filmes com um cunho pessoal os inibe de se assumirem com a força necessaria para outro tipo de resultado. Parece-me que um dia com aprefeiçoamento podera atingir outros patamares, e lembrem-se que tudo teve inicio no terror.
No cast temos diveros actores de uma primeira linha com figuras secundarias, entregando o protagonismo a actores menos mediaticos, e habitualmente secundarios. O filme não exige muito e tudo acaba por se cumprir moderadamente bem assim como o filme pede.


O melhor – O segmento masculino e algumas situaçoes ai exploradas

O pior – O cliche do segmento feminino


Avaliação - C

Saturday, September 12, 2015

The Visit

M Night Shylman foi daqueles realizadores que desceu do ceu ao inferno em meia decada, e naquele espaço permaneceu durante anos colecionando autenticos floops principalmente criticos já que comercialmente ainda obteve algumas respostas em filmes não bem recebidos. Muitos aclamam que neste filme é o reencontro com a critica, mesmo não sendo um filme unanime conseguiu obviamente melhor recepçao do que os seus ultimos filmes, sem no entanto ser brilhante. Tambem comercialmente as coisas parecem correr melhor do que prorpiamente alguns dos filmes, e aqui a que ter em conta o curto dinheiro investido.
Sempre me pareceu que Shylman e um realizador de terror, certo é que aqui ele assume essa tendencia no filme, sem deixar de fazer um filme descontraido com momentos de descontração. E é talvez neste segmento e nesta dualidade que o filme marque a sua diferença a sua assinatura de conseguir ter um filme intenso nas sequencias de terror, adoptando o gasto estilo live action, mas por outro lado tem momentos hilariantes e descontraidos que tornam este filme com uma assinatura muito propria que o distingue pela positiva da maior parte dos filmes de terror.
Contudo e obvio que noutros aspectos o filme e cliche na forma como a camara e utilizada para assustar, na forma como no inicio o filme se vai derenrolando em ritmo progressivo. Podemos dizer que sao regras gerais do terror, mas penso que Shylaman goste-se ou não tem nome e passado para não seguir estes passos.
Mas o filme tem o seu toque, a mudança repentina que tao bem esteve na fase inicial da carreira do realizador e talvez o motivo da sua fama permanecer anos apos anos regressa. E isso e um ingrediente apetecivel para o filme, da-lhe impacto. Mas penso que a mais valia do filme e a forma descontraida e a forma quase infantil com que lida com todo o peso intenso de si proprio.
A historia fala de dois irmãos, que finalmente vão conhecer os seus avos passando uma semana com estes, contudo ao longo deste periodo e apenas entregue ao cuidado daqueles vão perceber que estes tem comportamentos no minimo estranhos.
Shylaman e um argumentista de bom nivel cuja carreira teve claramente um decrescimo nunca visto, mas os seus filmes sempre tiveram marcos creativos, mesmo quando o filme simplesmente não funcionava, com excepção de After Earth. Aqui temos um Shylaman que se sente confortavel a escrever terror, e tambem consegue ser juvenil, sem nunca esquecer o regresso a sua imagem de marca.
Como realizaçao o filme não me preenche tanto, já vi li actions mais bem feitos, mais interactivos, mais presentes. E uma opçao mas e obvio que a mesma não da espaço a uma assinatura de um autor que já teve neste segmentos melhores trabanhos.
No cast não temos figuras conhecidas, de forma a reduzir em muitos os custos da produçao. O filme e entregue a dois jovens que surpreendem pela positiva principalmente o pequeno Oxenbould que já tinha sido interessante em Alexandre mas que aqui preenche o ecrã, num papel mais comico do que dificl. Do lado dos mais idosos o destaque para a imagem Deanna Dunagan que e absolutamente aterradora.

O melhor – O balanço entre terror e descontraçao

O pior – Um Live Action sem sabor



Avaliação - B-

Friday, September 11, 2015

Self/Less

A carreira de Tarsem Singh está repleta de filmes de Sci Fi, muitos deles incompreendidos pela creatividade da visão futurista do realizador, ao qual faltou sempre um grande sucesso. Este ano surge com mais um thriller sci fi com a premissa da nossa mente mudar de corpo. O resultado critico foi mais uma vez desastroso algo que já começa a ser tradiçao na carreira do realizador, comercialmente as coisas também não foram melhores com resultados completamente decepcionantes ao longo de todo o mundo.
Eu confesso ser um fã do Sci Fi não muito futurista mas aqueles que apenas apostam na evolução de alguns segmentos entre os quais a medicina. Este e um filme que tem esse principio baseado numa premissa interessante, mas que posteriormente acaba por ter pouco conteudo. NUm filme que tem uma base capaz e original, e pena que posteriormente se torne num vazio filme de acçao do gato e do rato sem qualquer tipo de adereço que o torne particularmente apetecivel.
E o filme até começa bem, durante o periodo em que o protagonismo esta no Damian real o filme, tem presença, carisma, bem realizado, com todas as dualidades que a personagem em si necessita, contudo com a transformaçao tudo perde valor, a personagem fica vazia, e acabamos por ter um filme serie B de baixo orçamento da tipica corrida do gato e do rato, sem personagens dialogos, ou sequer motivações.
Dai que é facil se sentir defraudado por um filme com uma boa premissa, que tinha na mesma uma campo de pesquisa e de funcionamento extremamente rico, mas que em momento algum consegue ter engenho para fazer o filme rentabilizar este mesmo capital, adoptando sempre a postura mais facil, de alguns seguimentos e cenas de luta para explorar a vertente de Reynolds como heroi de açao melancolico. Ou seja muito pouco.
A historia fala de um rico empresario americano, mas isolado que paga no sentido da sua consciencia ser tranferida para um corpo mais novo que permita a sua permanencia no mundo mais uns anos para continuar com o seu legado. Contudo o problema e quando percebe que o seu corpo tem uma vida propria.
O argumento tem uma premissa interessante algo que claramente o sci fi deve abordar, e este filme acaba por pegar numa ideia logica com sustentação no primeiro terço do filme, contudo rapidamente a abandona para tornar num filme simples de acçao onde esse apontamente e apenas um promenor nada relevante para o desenvolvimento da trama e das personagens.
Singh é também na realização um aspeto que vai do mais ao menor a um ritmo alucinante inicialmente temos uma boa captação de imagem com Nova Iorque como pano de fundo, no momento em que tudo muda, perde esse requinte torna o filme em termos esteticos mais vulgar, apenas recuperando algum deste sentido na sua fase final. Nao sendo o pior aspeto do filme esta longe tambem de ser uma mais valia para o mesmo.
Ryan Reinolds, vai colecionando floops como heroi de acçao, parece claro que funciona melhor no cinema independente em filmes onde se espera menos dele, do que em filmes que lidera como heroi de acção. Nao sendo um actor muito versatil ou com grandes argumentos intepretativos a exposiçao neste tipo de filmes nao me parece ser positiva para a sua carreira. Balança com Kingsley que domina perfeitamente a parte que lhe é entregue

O melhor - Os primeiros 10 minutos de filme

O pior - A forma como o filme se esvazia no seu epicentro

Avaliação - C-

Wednesday, September 09, 2015

Before We Go

Todos os actores a determinada altura da sua carreira apostam por uma tentativa de se encontrar na realização. Em 2014 e com uma obra bastante intimista tivemos Chris Evans, conhecido actor de filmes de super herois. Pese embora o conteudo do filme, criticamente as coisas não resultaram com avaliaçoes essencialmente negativas. Ja comercialmente o filme também estreou sem grande divulgação pelo que os resultados tambem eles foram bastante curtos. Ficara por aqui esta carreira? A ver vamos.
Sobre o filme são obvias as influencias neste filme da obra de Linklater com a sua triologia Antes. Ou seja a forma de juntar dois estranhos numa noite numa cidade, neste caso o lado menos conhecido de Manhattan, e claramente uma homenagem a forma como Linklater brilhou na sua triologia. Contudo as semelhanças acabam por ser nocivas para o filme. Ja que a forma como o outro atraves de conversas vulgares consegue fortalecer a relaçao acaba por nunca aparecer aqui. Tendo por necessidade ser mais directo mais emotivo, e por conseguinte muito menos real.
Não que o filme e a quimica entre o casal não funciona, muito pelo contrario nos silencios e na interpretaçao dos mesmos o casal acaba por ter força e o lado menos conhecido de Nova Iorque acaba por ser o contexto ideal para um filme romantico, que o filme consegue ser, sem ter temas tabus como relaçoes anteriores. Pena e que a forma como a relaçao e construida seja muito menos sustentada e natural do que na comparaçao obvia que o filme tera sempre.
Em resultado um filme que entra num genero que em termos de intensidade emocional funciona bem, principalmente no contexto citadino perfeito, mas que perde naturalmente por comparaçao. E facil encontrar defeitos quando o filme tenta ir buscar algum fundamente a uma obra prima e esse e o grande erro do filme, ja que sera sempre um filme menor para o estilo.
A historia fala de dois desconhecidos que se encontram em Nova Iorque e estão os dois sem muito que fazer e alternativas pelo que começam a passar a noite juntos. Esta noite sera importante para algumas decisoes nas relaçoes e futuro de ambos, onde o outro se vai tornar fundamental durante essas opçoes.
O argumento tem algumas virtudes, num filme que vive essencialmente de dialogos. Pode ser menos espontaneo do que outros do genero, mas emotivamente o filme funciona, retira o lado mais romantico de cada um dos personagens, em noventa minutos de cinema e dialogos mais emotivos do que racionais.
Chris Evans e um realizador que me parece com mais conteudo de que como actor, mais simples, mais de destaque a personagens, pena e que o filme nao tenha tido o resultado obtido pois demonstra aqui alguns detalhes que podem fazer dele um realizador interessante.
Como actor Evans tem limitaçoes como protagonista, e não são de hoje, pese embora as personagens tenham uma quimica facil, o filme nunca exige nada de extraordinario a dois actores vulgares que nao se suplantam em grupo.

O melhor - A forma como estes filmes sem grande trabalho conseguem atingir o objectivo de serem romanticos

O pior - Entrar num genero que tem uma das maiores triologias do cinema, e não conseguir fugir à comparação


Avaliação - C+

Tuesday, September 08, 2015

She's Funny That Way

Peter Bogdanovich é um realizador intermitente, normalmente intercala os seus filmes com diversos anos. Com claras influencias na forma como Woody Allen faz os seus filmes, em 2014, e com um elenco de comedia recheado lançou este filme que não teve um destino muito diferente dos seus outros titulos mais recentes. Criticamente ignorado, talvez o seu maior objectivo fosse mesmo este, e comercialmente um autentico desastre tendo em conta o capital humano que o filme tem como cartaz.
Sobre o filme e obvio que Bogdanovich tem um cinema muito proximo de Allen, ou seja dialogos grandes, paralelismos, e protagonismo a coincidencia, mas existe um ponto que os difere e que neste filme esta vincado pela negativa. Enquanto Allen faz tudo com subtileza, este não o faz tornando a coincidencia um protagonista aborrecido, exagerado, que acaba por irritar facilmente o espetador e tornar tudo demasiado previsivel.
Outro defeito e o estilo de humor, apostar num filme como este é necessario uma capacidade unica de subtilmente fazer as piadas resultar mais do que aquilo que elas valem, e aqui isso não funciona dificilmente o filme consegue ser mais que curioso, raramente tem graça e fica a ideia que as ideias mesmo humoristicas se gastam rapidamente e na curiosidade final.
O que e certo e que o filme chamou a si diversas pessoas, talvez pelo respeito pelo seu autor, mais como actor do que ao leme o certo e que o filme tem algumas das figuras centrais do humor como Aniston, Forte e Wilson, e um cameo interessante de Tarantino, e percebe-se que e no cast que o filme consegue tirar os seus maiores dividendos.
O filme segue a elaboraçao de uma peça da broadway, no qual existe uma ligaçao entre todas as personagens e muitos quadrados ou outras figuras geometricas amorosas, tendo no centro uma prositituta que se quer tornar actriz.
O argumento mesmo não sendo facil pelos entroncamentos e cruzamentos de personagens sucessivos que um filme como este pede, acaba por exagerar e forçar em demasia algumas ligaçoes. O que comicamente não funciona nas suas piadas, valoriza em alguma capacidade de nos dar alguns apontamentos que contudo sao insuficientes para salvar o filme.
A ligaçao de Bogdanovich a um fraco Allen e clara, na musica na forma como as personagens entram e saem e como se cruzam, a forma como tudo parece em movimento acelerado. Mas a diferença de Allen e que o conteudo do filme e de uma excelencia maior e é o original.
No cast algumas das maiores virtudes do filme, principamente Poots uma actriz que ameaça a muitos anos assumir maior protagonismo mas que so aqui tem um filme que sublinha o seu talento principalmente humoristico. Atras actores em personagens muito comuns na carreira como Wilson, Forte e Aniston.

O melhor – Algumas qualidades de Poots como protagonista

O pior – As coincidencias serem tantas que todos sabemos o que vem a seguir


Avaliação - C-

Sunday, September 06, 2015

Love & Mercy

Esta na moda de algumas produtoras apostar em filmes que mais que biopics são homenagens a alguns elementos mais iconicos e com vidas unicas da musica do seculo XX. Dai que mesmo antes da sua morte seja com naturalidade que surgiu o biopic a uma figura como Brian Wilson, fundador dos Beach Boys. Os resultados comerciais e criticos ficaram bem à frente daquilo que seria o expectavel para um filme de pequeno estudio, e alguns apontam o filme como tendo algumas hipoteses na luta pelos premios que ira ocorrer para o final do ano.
Não e facil fazer um biopic de um musico com o expoente maximo de creatividade, ou com grande ritmo, pois a sua obra tem que estar presente, e ocupar parte importante do filme. Contudo alguns tem conseguido na abordagem ser mais ou menos artistico. Aqui temos um filme com o defeito de uma falta de ritmo clara, com uma abordagem muito pausada a historia, e também, mesmo tendo a historia sido fraccionada em dois momentos distintas e insuficiente para tornar uma boa historia de vida numa obra prima, ou este filme, num caso claro de grande creatividade.
Contudo se neste ponto, muito importante o filme não chama a si grandes meritos, tem nas interpretaçoes, centrais principalmente na construçao de Dano, algo de filme de excelencia, alias esses momentos de um Wilson mais novos, ganham claramente a segunda fase da sua vida, muito pela intensidade que o seu protagonista da a cada momento, e por o filme neste mesmo periodo ser mais solto, mais capaz de dar mais do genio e isso ser claro para qualquer pessoa que ve o filme.
Contudo e tendo em conta as boas avaliaçoes generalizadas do filme, que este fosse mais imponente mais surpreendente, parece sempre um bocadinho logico, claro, tudo o que o protagonista na sua vida nunca foi. Parece receoso de arriscar nas reaçoes de Wilson, tornando o filme demasido linear, com o mesmo tom. Percebemos que temos um genio mas fica a ideia que mais que tudo tinhamos um ingenuo. Penso que coloca de parte o lado mais louco de um personagem e a sua chegada ate ao segundo momento e isso e um grave lapso para o entendimento geral de tudo que o filme nos da.
A historia segue a vida em dois segmentos de Wilson, desde logo o mesmo a iniciar o contacto com o seu disturbio mental e a forma como isso influenciou o seu processo creativo e dos Beach Boys e por outro lado a forma como este e posteriormente domado por um psicologo e o crescimento de uma paixao que o vai ajudar na recuperação.
O argumento tem bons momentos na forma como pega nos problemas das personagens para salientar o lado bom que cada um trouxe na sua vida e na sua carreira. Tem uma forma clara de dar o filme a personagem bem desenvolvida e caracterizada. Poderia dar mais destaque e profundidade e alguns secundarios, mas opta por dar o filme a Wilson.
Na realizaçao temos um estreante que por diversas vezes foi produtor em alguns dos maiores sucessos dos ultimos anos. Tem uma realiaçao que quer ser realista, temporalmente preocupada mais do que com sentido estetico. Mas para um realizador nos primeiros passos nesta tarefa o resultado e positivo.
No cast a opçao de Dano preenche o filme, nos momentos em que assume o papel, temos um espetaculo de actuaçao, ao nivel daquele que já sublinhei aqui e um dos actores mais completos, brilhantes e intensos da sua geração. Cusack percebe que não consegue ser tao imponente e tem um registo mais apagado, de um actor em baixo de forma que me parece ter tido um projecto maior que ele atualmente. Na segunda parte temos mais brilho dos secundarios, principalmente de um Giamatti com a melhor pretaçao suas dos ultimos cinco anos.

O melhor – Paul Dano.

O pior – O filme desistir de uma fase importante da doença do artista


Avaliação - C+

Entourage

Nunca fui grande adepto das passagens do pequeno para o grande ecra como seguimento e não como reenvençao. Alias acho que nenhuma destas estrategias realmente resultou, a não ser começar de novo. Entourage não faz isso pega onde a serie terminou e tenta dar mais um episodio as personagens que muitos seguiam na TV. Talvez por isso o resultado do filme tenha sido bastante negativo desde logo criticamente onde obteve resultados danosos para os seus objectivos e comercialmente onde quase não conseguiu obter qualquer tipo de lucro a sua produçao. Futuro provavelmente nem no ecra maior nem mais pequeno.
Eu nunca segui a serie pelo que tudo era um universo novo. E indiscutivel a comicidade de algumas personagens, principalmente a de Kevin Dillon, principalmente com a familariedade da mesma, e indiscutivel alguns promenores e curiosidade dos dialogos, mas de resto muito pouco a não ser um filme sem grande guião, quase feito exclusivamente para apaixonados pelo mundo das estrelas e pouco mais, recheado de cameos, que da para algumas gargalhadas mas pouco mais, e isso e redutor principalmente no grande ecra.
Uma coisa sao as exigencias da comedia na televisao muitas vezes mais descontraida e mais facil de agradas do que em massivos mais de 90 minutos aqui ter uma historia central que cole o espetador e mais dificil e o filme não consegue, já que é no fio condutor e naquilo que e a real trama do filme, que ele e pobre já que em tudo o resto o filme consegue retirar o melhor de cada caracteristica da equipa.
Mesmo assim tem para os amantes do cinema uma prespetiva actual do mundo por tras das camaras um bom passeio pelos estudios pelas negociaçoes de estudios, mas isso parece-nos so curioso num filme que deveria em face do investimento em si proprio ser mais que um episodio, e pelos vistos nada de particularmente empolgante relativamente aquilo que a serie foi e com sucesso.
O filme segue a carreira da estrela maior Vince, que agora decide ir no novo passo de uma estrela de hollywood a estreia na realizaçao num projecto caro, que os investidores vao colocar em causa em face da estreia do actor como realizador, e depois de muitas peripecias e da ajuda dos seus amigos de sempre tudo vai chegar a um porto.
O argumento a cargo do pai da serie, e bastante fiel a serie alias demais para quem para todos os efeitos reiniciava aqui um capitulo novo. Nada surge de particularmente relevante a nenhum dos personagens os novos so do lado dos viloes, e no fio condutor muito pouco risco. Sobra algumas boas linhas de argumento do ponto de vista comico.
Um filme que vem da televisao com os seus mentores, nunca se espera que seja um peça creativa de realizaçao e este tambem não o é. Simples em todos os procedimentos tenta ser uma episodio grande. Aqui não coloco em questao esta opção, e simples, mas segue os principios do projecto.
No cast temos a equipa de sempre, actores que nunca conseguiram imperar na setima arte e percebe-se aqui porque, falta algo, sao aquilo que estas personagens querem, colam um ou outro perceito, mas não tem força para mais. E cinematograficamente o filme sofre por isso, mesmo a inclusao de Thorton e Osment, não e suficiente para fazer o filme ir para outro potencial, pelo menos tem bons cameos.

O melhor – Os promenores e os cameos.

O pior – A prior não ser mais que um ou dois episodios



Avaliação - C

The Man from U.N.C.L.E.

Guy Ritchie sempre foi um realizador de altos e baixos quer criticamente quer comercialmente, contudo depois do sucesso que foi a sua adaptaçao de Sherlock Holmes todos pensaram que a consistencia do seu cinema tinha chegado principalmente em termos de bilheteiras. Pois bem este ano apostou na adaptaçao ao cinema de uma serie britanica. Os resultados contudo foram a todos os niveis desoladores, criticamente não conseguiu a aceitaçao que a saga de Baker Street tinha conseguido, e pior que isso comercialmente resultou num floop de bilheteira longe do que por exemplo o seu seu ex-ajudante conseguira no inicio do ano com Kingsman.
Sobre este filme, são logicas as comparaçoes com Kingsman de Matthew Vaugh, pelo lado europeu do filme, pela espionagem envolvida, e acima de tudo pelo estilo muito proximo entre os dois realizadores. Contudo rapidamente e depois de ver Kingsman percebeu-se que a tarefa seria complicada pela qualidade em todos os segmentos deste primeiro filme. E apos ver este filme percebe-se que mesmo com alguns pontos comuns e algumas mesmas virtudes estã claramente a um nivel inferior em quase todos os aspectos. Mesmo assim pensamos que principalmente em termos de espionagem estamos em torno de dois dos melhores filmes, que reunem acção, humor, estilo e capacidade de realização e nisto este filme tambem tem os seus momentos.
O problema e que o filme começa muito lentamente dando as personagens sem nunca as dar completamente, da um ar muito aborrecido delas, sem humor, sem força nas sequencias de acçao, o que leva o espetador a ficar algo desiludido na fase inicial, mas é certo que com o desenvolver do filme tudo vai crescendo as personagens, o carisma das mesmas, a intriga, a capacidade de um argumento com twists, os momentos de realizador que levam o filme a acabar num bom plano, e ser na globalidade de um bom filme de entertenimento.
Nao sei se a saga tera continuidade mas pensamos que o filme acaba bem preparado para o franshising num bom momento de quimica entre as personagens, com estas mesmas em crescendo que permite tambem o humor ser mais eficaz, e com a maturidade no padrao narrativo. E obvio os pontos de contacto deste estilo de cinema, e Ritchie não os nega, pena e que em pequenos espaços tenha falhas que podem não dar a dimensao ao filme, que o seu final e o seu desenvolvimento consegue ter.
A historia fala de dois diferentes espiões um russo e um americano, que se unem no sentido de tentar localizar um excelente cientista nas mãos de terroristas que podem colocar em causa a subsistencia do mundo. Aqui os dois tipicos inimigos vao ter de se unir por um objectivo comum.
O argumento vai dos menos ao mais, começa com pouco ritmo demasiado previsivel, com os personagens algo limitados, com o desenvolvimento do filme, os dialogos vao ficando mais soltos o humor e a propria interação entre personagens fica mais leve e o filme tem claramente outro tipo de impacto.
Na realizaçao Ritchie tem uma forma muito propria de realizar que acabou por influenciar outros como Vaugh que contudo o ultrapassou, mesmo assim adopta o mesmo estilo, a mesma assinatura que funciona pena e que o seu disciplo tenha conduzido esta forma de realizar para parametros bem mais grandiosos o que torna por logo o cinema de Ritchie comparativamente menos vistoso.
Se existe parametro que eu penso que o filme fica aquem do esperado e no cast, e inegavel a capacidade de Armer e Cavill serem homens bonitos com estilo que conseguem dar esse parametro ao filme, e ele exige, mas parece obviamente que nenhum ter carisma para assumir um filme que existe mais que tudo a presença, a sinceridade dos actos, e aqui talvez por limitaçoes interpretativas de ambos actores as coisas acabam por não funcionar tão bem, Cavill vai do menos ao mais, Armer vai diminuindo com o crescimento do colega, e todos perdem para Vikander a melhor e a mais carismatica actriz do filme, que rouba todas as cenas em que entra

O melhor – O estilo de cinema rebelde britanico a comandar em filmes de espionagem.

O pior – O inicio frouxo dos primeiros 30 minutos



Avaliação - B

Friday, September 04, 2015

Z for Zacharian

Todos os anos existem muitos filmes que constam das listas de possiveis surpresas para o final do ano. Quando assistimos um desses filmes ter a sua estreia em pleno Agosto e em poucos cinemas e porque as suas expetativas são curtas. Assim nos parece ter este filme que em termos criticos pese embora tenha saido com uma nota moderadamente positiva foi insuficiente para ter o balanço necessario para mais altos voos acabando por comercialmente não existir.
O Sci Fi e na minha opiniao um dos territorios mais proeminentes do cinema actual e podemos sem duvida dizer que não precida de grandes efeitos, precisa de creatividade. Neste filme não podemos dizer que a creatividade esta em grande quantidade já que pensamos que este filme poderia plenamente ser feito numa aldeia abandonada sem qualquer tipo de tese apocaliptica a segui-lo. Contudo parece um bom contexto para um filme razoavel de personagens de diferenças e de auto estima.
E na diferença entre personagens principalmente nas duas principais que reside a maior força do filme, a forma como estes acabam por combater um ao outro as formas de vida, e mais que isso as diferenças de crença e prioridades, sem nunca ser um verdadeiro filme de amor consegue com que a relaçao va fortalecendo sem nunca perder o espirito erratico de cada um dos pilares, com a introduçao de um elemento distrator.
E obvio que falta contudo muitos ingredientes ao filme, desde logo um intensificador de emoçoes numa situaçao limite e apesar de subtilmente o filme mostrar esse lado tem lado de o explorar nas imagens preferindo uma opçao de realizador que para mim e discutivel que e fazer o espetador perceber e esconder. Parece-me um truque primario demasiado fora do circuito para um filme com esta escolha de cast, Nao necessario já que poderia ter encaminhado o filme para uma simplicidade mais concreta naquele cenario.
A historia fala de uma mulher que consegue sobreviver a extinsão da especie humana por estar localizada num vale, ai encontra um engenheiro tambem sobrevivente que ajuda a curar-se da exposiçao radiotiva com quem começa a aproximar-se ate a chegada de um terceiro elemento que vai transformar tudo num triangulo amoroso.
Em termos de argumento sem ser nada claramente brilhante ou com capacidade de chamar a si grande atençao e um filme com alguns pontos interessantes o contexto para a historia esta la sem nunca querer o protagonismo. E intenso mesmo que subtilmente e explora bem as diferenças entre as personagens.
Na realizaçao temos um jovem oriundo do lado B do cinema, com aqui mais meios e mais actores, parece ter dificuldade em fugir do lado mais indie e o filme não ganha com isto. Parece que não tem elementos diferenciadores ou porprios suficientes para uma assinatura pelo que deveria ser talvez mais formal.
No cast Robie tem o seu primeiro papel em que a estetica e posta de lado, e parece perder chama, ou seja, parece-nos uma actriz que de momento ainda vive da sua imagem, principalmente quando tem de dividir cenas dramaticas com um actor de alto nivel de intensidade dramatica como Ewjifor, que e a alma do filme, já que Pine e um pouco como Robie no lado masculino.

O melhor – Um bom filme futurista em que se prende bem as personagens


O pior – Poderia ter feito um uso mais claro do detalhe temporal e do acontecimento marcado.


Avaliação - B-

Thursday, September 03, 2015

San Andreas

Há cerca de dez anos houve um período de tempo no cinema onde foi muito comum blockbusters sobre filmes catastrofes, sem grandes argumentos, mas grandes efeitos especiais que acabavam por tornar o objecto comercial apetecivel. Este ano existe neste filme o ressurgimento desta tendência cujos resultados comerciais voltaram a ser positivos, criticamente não é um genero muito apetecivel e este não fugiu a esta mesma regra.
San Andreas e precisamente um prototipo do genero filme catastofre, ou seja pouco conteudo, personagens que chegam mesmo a ser ocas, pouco dialogo e muita acção recheada de efeitos especiais. Alias neste filme com menos de duas hora, o que é curto para o genero, podemos dizer que mais de metade da sua duração é de destruição e efeitos especiais de ponta, e aqui temos de dizer que a evolução tecnica dos mesmos tem neste filme uma clara referência.
Contudo em termos de profundidade narrativa estamos perante um filme que tem todos os defeitos do genero, desde logo pela falta de profundidade de qualquer tipo de personagem, sabemos muito pouco deles, e no final continuamos com este mesmo problema. Em termos de desenvolvimento narrativo temos apenas a tentativa de sobrivivencia com um elevado numero de felizes acasos, que se tornam fundamentais para a preservaçao da vida. Contudo penso que abusa destas coincidencias que no final torna tudo mesmo algo irrisorio.
OU seja um filme narrativamente muito limitado, penso mesmo que o filme sabe dessas deficiencias e sabe que com a força dos efeitos especiais consegue concretizar o objectivo comercial, mas pensamos que o cinema tem que ser mais que experiencias deste nivel, penso que um filme que poderia ter estes efeitos mas algum ingrediente mais e neste temos um total vazio creativo que contrasta com a força dos efeitos especiais e da destruição que o filme demonstra.
Como realizador temos um tarefeiro de filmes com alguns meios que tem aqui a sua maior produçao. Como já tinha acontecido nos seus filmes anteriores os meios são bem utilizados mas falta algum toque artistico ou assinatura propria aos filmes. Hollywood ganhou para ja mais um tarefeiro o tempo decidirá se é algo mais.
No cast pouco ou nenhum risco para personagens que nada exigem, The Rock e o tipico actor deste tipo de filmes, disponivel fisicamente e só, perde pela falta de intensidade emocional que o filme tambem requere. Gugino funciona sempre bem como secundaria, mais completa do que o seu colega de cast. Daddario parece uma escolha mais pela sensualidade do que pelas qualidades como actriz que comprovou ter.

O melhor - Os efeitos especiais de ponta.

O pior - A falta de qualquer outro vector de referencia

Avaliação - C-

Minions

Depois do sucesso de Despicable Me, e da sua sequela mas acima de tudo depois do total sucesso que foi as personagens dos Minions seria quase impossivel que a produtora nao rentabilizasse este sucesso num filme dedicado a estas personagens. Dai que este filme tinha tudo para ser um sucesso comercial instantaneo ainda para mais quando a equipa de realizadores foi a mesma dos primeiros dois filmes. E assim sucedeu Minons brilhou a longo alcance na bilheteira sendo um dos filmes mais vistos do ano, mesmo que criticamente tenha ficado aquem dos primeiros filmes da saga e onde sao secundarios.
E facil gostar de Minions, são fisicamente estranhos mas ternurentos, tem umas vozes e linguas engraçadas tem uma parodia facil, dai que estes ingredientes estavam certos no filme, faltava perceber o real valor do contexto que lhe iria ser dado, e se o inicio ate foi forte colocando-os em alguns dos momentos mais marcantes da humanidade o filme em si é demasiado vazio nao potenciando o valor non sense de personagens que tinham consigo uma bagagem interessante.
E isto parece ter ocorrido por pura preguiça de achar que as personagens funcionam por si proprio, o que é verdade, ja que tudo o resto começando pela personagem vila, ou mesmo pela forma como a linha narrativa se vai desenvolvendo e pobre principalmente para um filme de grande estudio de animaçao normalmente marcados por uma forte moratoria que este filme nao tem, nem parece nunca ter esse objectivo. Dai que o filme funciona mais em termos de pequenas curiosidades do que propriamente no seu bloco central.
Nas curiosidades funciona, algumas potenciadas por uma banda sonora bem escolhida, pena é que generalidade e ao contrario do que tao bem acontecia em despicable me as curiosidades fossem o suporte para um bom filme o que aqui não e o caso. Os aperciadores dos bonequinhos podem gostar do filme, o que ia acontecer sempre, mas os outro vão no achar uma comedia bem vulgar
Pese embora o filme tenha vários minions para a historia ficam três com caracteristicas bem diferentes que acabam por tentar encontrar o vilão ideal para aqueles seres servirem, observando-se no meio de uma trama que visa a conquista do trono de inglaterra.
O argumento e limitado, principalmente na forma como nao consegue dar um bom enredo as personagens, a creatividade fica por uma ou duas opçoes, nao conseguindo enriquecer os dialogos em termos comicos e muito menos a força das personagens que deveriam funcionar melhor entre elas.
Na realizaçao podemos dizer que temos o nivel produtivo dos filmes anteriores e isso e interesante para o filme, já que não perde um nivel altissimo, nao e na realizaçao nao produçao que o filme perde os predicados esperados.
Por fim no cast de vozes, se existe filmes que pensamos que nao necessitava de grandes nomes era este filme, contudo a aposta em Bullock como vila, acaba por ser surpreendente, se bem que o filme nao ganha muito com esta escolha ja que o problema e na falta de profundidade da personagem e nao na caracterizaçao da sua voz.

O melhor - A banda sonora e a forma como ela funciona em alguns momentos

O pior - A preguiça em torno de um enredo no minimo mais creativo

Avaliação - C

Wednesday, September 02, 2015

Southpaw

Quando este filme foi anunciado muitos pensaram que seria o regresso de Fuqua a um cinema mais de autor, depois da excelente estreia com Training Day, mas que com o tempo acabou por ser dado mais merito a Ayer o argumentista do que propriamente ao seu realizador. COntudo rapidamente as primeiras criticas demasiado medianas acabaram por denunciar que seria mais um filme ordinário igual a muitos outros. Comercialmente o valor de Fuqua e ligeiramente maior e unido a uma boa presença de Gylenhall conseguiu resultados no minimo consistentes.
Confesso que tinha experença neste filme, não só pela historia mas pelos trailers que mostravam um protagonista com disponibilidade fisica para a personagem e intensidade emocional. E depois de ver o filme, o resultado final e no minimo um pouco aquem. Não que o filme nao tenha a intensidade emocional prometida no trailer, tem alias todo o filme vive dessa emoçao da ligaçao emotiva entre personagens. E esse é talvez o problema no resto do filme, nunca ter a racionalidade para ser algo diferente, para ter algo marcante ou seja dialogos situaçoes, ou mesmo o corpo narrativo.
O sentido que temos e que estamos perante uma boa produçao com bons elementos em todos os pontos, mas que estamos perante um filme demasiado obvio, ou seja em que tudo acontece by the book da forma que desde inicio sabemos que ia acontecer. E no cinema actual principalmente nos grandes filmes a capacidade de surpreender e um segredo dos melhores.
Ou seja não que estejamos presente uma mau filme, nada disso estamos perante um filme que chama a si bastante competencia temos e um filme que lhe falta vida, racionalidade deixando tudo nas mão de um coração forte que emociona o espetador mas que no final sente a falta de alguma coisa. Ainda para mais quando a parte mais intensa do filme, que era a ligação e a boa quimica entre Gylenhall e McAdams rapidamente desaparece e o filme assim como a personagem fica orfã do lado feminino
A historia fala de um conhecido lutador de boxe que ve a sua esposa falecer num acidente depois de um confronto num evento publico com um seu adversario. Levado à falencia tenta recuperar a carreira e a filha com a ajuda de um treinador carismatico para quem a vida tambem ja foi madrasta.
O argumento no seu corpo geral e obviamente limitado, principalmente porque nao consegue ter nenhum ingrediente novo, nas personagens e dialogo e muito menos no desenvolvimento do filme. Já em termos de emoçao o filme consegue ser intenso mas essa e talvez a forma mais facil que o filme consegue adquirir.
Fuqua e um realizador com qualidade mas cujos filmes parecem sempre ter algumas crises de maturidade, aqui quando todos pensavam que poderia ter o salto para a primeira linha acaba por perder por excesso de normalidade, pela falta de risco, que esta bem presente mas que acompanha na realizaçao. COmeçam a surgir duvidas se alguma vez terá um lugar na primeira linha de autores.
No cast Gylenhall e uma aposta certa, tem intensidade emocional, tem disponibilidade fisica tem carisma, e daqueles actores que em boa forma cabe em qualquer tipo de elenco com capacidade de o liderar. Aqui transmite isso, tem em si o melhor do filme, e combina bem com McAdams a subir de forma e que consegue ter o brilho que o filme necessita enquanto está presente. Os restantes nunca estao perto dos seus protagonistas.

O melhor - O coração bem presente na interpretação de Gylenhall

O pior - A falta de rasgo do argumento

Avaliação - C+